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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

O rádio ainda vive e pode ser uma ferramenta de fraternidade

Editora Cidade Nova

O rádio ainda vive e pode ser uma ferramenta de fraternidade.

Seja para educar, informar, divertir, evangelizar, formar ou ouvir a comunidade, o rádio permanece como uma forte ferramenta para levar a fraternidade aos quatro cantos do mundo.

por Teresa Breda   publicado em 14/02/2022, modificado em 16/02/2022

No dia 13 de fevereiro celebramos o Dia Mundial do Rádio. Há quem diga que esse meio de comunicação de massa tão único acabou. Nos últimos tempos, ficamos tão adaptados ao novo conceito de comunicação nichada como o podcast, que por vezes podemos nos esquecer de que esse meio tão prático, acessível, informativo e, até mesmo, divertido ainda vive - e permanece forte, de pé. 

Aqui no Brasil, a primeira voz a viajar pelas ondas radiofônicas foi a do então presidente Epitácio Pessoa durante o centenário da independência, em 07 de setembro de 1922. O aparelho chegou ao país pelas mãos do cientista Edgar Roquette Pinto, o Pai da Radiodifusão brasileira, como ficou conhecido. 

E foi em 1986 que Flávio Valente teve seu primeiro contato com o rádio e se apaixonou pelo meio. Ele ainda era estagiário na Rádio Bandeirantes, mas a partir daí construiu uma bela vida ao seu lado: trabalhou como repórter, produtor, em todos os setores da reportagem, e ganhou prêmios no Rio Grande do Sul de jornalismo econômico, de Direitos Humanos, Educação e da Associação Riograndense de Imprensa, em cobertura policial.

Atualmente, exerce outro serviço no jornalismo, mas sua rotina com o meio nunca cessou.

“Tomo banho conectado no aplicativo de uma rádio. Cozinho ouvindo rádio. Asso o churrasco conectado numa rádio local ou então em alguma rádio pelo mundo. O rádio é o companheiro de todas as horas.”

Para Flávio, mesmo com avanço tecnológico, o meio permanece com as suas características próprias que o fazem quase que insubstituível, como por exemplo a ausência de internet para que funcione, assim podemos ouví-lo em qualquer lugar. Além disso, por utilizar apenas a voz, ele se torna acessível para toda a população. O jornalista conclui que este aspecto prático e amplo concede ao rádio uma grande potência para que ele se torne uma ferramenta de fraternidade. 

“Eu mesmo faço essa experiência do programa Prisma, aqui em Porto Alegre. Todas as quartas, fazemos um programa de uma hora com diversas ações que signifiquem a construção de uma nova humanidade.”

Ronnaldh de Oliveira também enxerga o mesmo potencial. Jornalista, ele conta que uma das experiências mais fortes que teve foi poder levar instituições de jovens em conflito com a lei para dentro dos estúdios.

“Por meio dessa ferramenta poderosa de comunicação pudemos redirecionar socialmente muitos jovens presos. A autoestima deles foi crescendo através dos programas porque entendiam ali que eram sujeitos de muitos dons, que podiam fazer algo além do crime. O rádio é uma ferramenta de mudança de vidas, de encontro com os seus sonhos, com seus dons, com o seu próprio eu.”

Sobre o futuro do rádio ambos são enfáticos: ele ainda vive e não acabará. “O Podcast apesar de ser um streaming de áudio, segue uma lógica diferente do rádio. É como se os programas fossem disponibilizados para que o povo ouça. O rádio vai além, interage em  tempo real com seus ouvintes e a grade da emissora caminha durante o dia com o seu público”, conclui Ronnaldh. 

Seja para educar, informar, divertir, evangelizar, formar ou ouvir a comunidade, o rádio permanece como uma forte ferramenta para levar a fraternidade aos quatro cantos do mundo. 

Fonte: https://www.cidadenova.org.br/

O que Santo Agostinho pensava sobre as guerras

Santo Agostinho | Public domain
Por Ricardo Sanches

Santo Agostinho foi o percursor do conceito de "guerra justa". Mas, do ponto de vista racional e espiritual, o que faz um conflito ser "justificável"?

Santo Agostinho de Hipona foi um dos primeiros e grandes teólogos do Cristianismo. Em sua Suma Teológica, ele se dedicou a discutir filosoficamente os assuntos que davam um nó na cabeça dos cristãos. A guerra estava entre esses temas.

A ideia deste Doutor da Igreja era tentar entender por que “esse vício oposto à caridade” acontecia com tanta frequência.

No artigo “A guerra a partir dos olhos de Santo Tomás de Aquino”, Fernando Vasconcellos Sperle Musso Santos explica:

“O que move Agostinho para tentar definir a guerra é um impasse que ele tem com a própria fé, que proíbe assassinatos e prega a paz entre os povos, mas que está sofrendo ataques de inimigos externos”.

Santo Agostinho e o conceito da “guerra justa”

Dos pensamentos de Santo Agostinho surgiram o conceito de “guerra justa”, que também encontra bases em outros filósofos.

De forma resumida, Agostinho considerava duas questões acerca da guerra:

  1. Quando é permitido travar uma guerra? (o direito da guerra)
  2. Quais são os limites na maneira de travar uma guerra? (os direitos na guerra)

Agostinho, à sua época, via a guerra como um trágica necessidade entre os povos, mas nem todas eram justificadas moralmente.

Para ele, existiam três regras para que, esgotadas todas as possibilidades de paz, uma guerra fosse iniciada:

– a autoridade. Diz Agostinho: “A ordem natural, que é dirigida para a paz das coisas morais, requer que a autoridade e a deliberação para realizar uma guerra estejam sob o controle de um líder”;

– a causa justa. Este Doutor da Igreja abominava como motivos da guerra “o desejo de causar dano, a crueldade da vingança, uma mente implacável e insaciável, a selvageria da revolta e o orgulho da dominação”;

– a intenção correta. Agostinho escreveu: “uma intenção encaminha a promover o bem ou a evitar o mal. […]. Pode, entretanto, acontecer que, sendo legitima a autoridade de quem declara a guerra e também justa a causa, resulte, sem problemas, ilícita por causa da má intencionalidade.”

O legado de Santo Agostinho

Por seus embasamentos racionais e espirituais, os argumentos agostinianos acerca dos conflitos embasaram pensamentos de futuros teólogos e até de papas. O próprio Catecismo da Igreja Católica aborda o tema. O texto diz que as guerras só serão justas se:

-o prejuízo causado pelo agressor à nação ou comunidade de nações seja duradouro, grave e certo;

– que todos os outros meios de lhe pôr fim se tenham revelado impraticáveis ou ineficazes;

– que estejam reunidas condições sérias de êxito;

– que o emprego das armas não traga consigo males e desordens mais graves do que o mal a eliminar.

Assim, as guerras modernas, como a da Ucrânia, por exemplo, não podem, pelas óticas de Santo Agostinho e do Catecismo, ser consideradas “justas”.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Há nove anos, Bento XVI se despedia dos fiéis como papa pela última vez

Bento XVI se despede dos fiéis em Castel Gandolfo, em 28 de fevereiro de 2013.
Foto: Vatican Media

REDAÇÃO CENTRAL, 28 fev. 22 / 05:00 am (ACI).- Depois de anunciar a sua decisão de renunciar ao ministério em 11 de fevereiro, 2013, o papa emérito Bento XVI fez a sua renúncia no dia 28 de fevereiro do mesmo ano e se transladou do Palácio Pontifício do Vaticano a Castel Gandolfo.

Em 28 de fevereiro de 2013, às 17h07 (hora local), Bento XVI deixou o Vaticano e seguiu de helicóptero até Castel Gandolfo. Na varanda da casa de verão dos pontífices, ele, que havia sido papa durante oito anos, se dirigiu aos peregrinos reunidos na praça para lhes dizer: "Eu sou simplesmente um peregrino que iniciou a última etapa da sua peregrinação nesta terra".

Logo depois de ser transladado a Castel Gandolfo, foram fechadas as portas do local, começou a Sede Vacante.

Bento XVI viveu em Castel Gandolfo durante dois meses, enquanto realizavam as adaptações apropriadas em sua nova residência, o antigo mosteiro "Mater Eclesiae".

Entretanto, durante esses 62 dias, não ficou sozinho. De fato, nas primeiras imagens "roubadas" do Pontífice, ele aparecia caminhando pelos jardins junto com o seu secretário, dom Georg Gänswein.

Além disso, recebeu algumas visitas, como a do seu sucessor papa Francisco, que visitou Castel Gandolfo em 23 de março. Naquele dia, as primeiras imagens de ambos se abraçando na frente do helicóptero e rezando na capela ajoelhados no mesmo banco deram a volta ao mundo.

Um pouco mais de um mês depois, Bento XVI voltou ao Vaticano, onde Francisco o esperava para lhe dar as boas-vindas. A partir disso, Bento XVI começou uma nova vida no mosteiro ‘Mater Ecclesiae’ junto das quatro ‘memores Domini’ (Rossella, Loredana, Carmela e Cristina), leigas consagradas do Movimento Comunhão e Libertação que o ajudam desde então e com o prefeito da Casa Pontifícia e secretário particular do papa emérito, dom Georg Gänswein.

Mas desde que vive no Vaticano, Joseph Ratzinger também visitou aquela que tinha sido sua casa durante os meses de verão e algumas semanas depois da sua renúncia; durante essas visitas, percorreu os jardins junto com dom Gänswein, rezou o rosário e participou de um concerto de piano.

Bento XVI em boa forma

Embora nas primeiras imagens divulgadas após a sua renúncia, Bento XVI foi visto usando uma bengala e movendo-se com dificuldade, ele mesmo disse durante os meses seguintes que queria deixar claro que está "muito bem". Assim assegurou o ator italiano Lino Banfi quando encontrou com ele no mosteiro ‘Mater Ecclesiae’, ocasião na qual também indicou que "toca piano, lê, estuda e reza".

Em outubro de 2017, Dom Gänswein desmentiu os rumores publicados no Facebook que Bento XVI estava à beira da morte.

Francisco visita Bento antes de cada viagem

Em meados de 2014, o Prefeito da Casa Pontifícia, Dom Georg Gaenswein, revelou que, antes de qualquer viagem internacional, o Papa Francisco visita Bento XVI, um gesto que mostra a boa relação que existe entre ambos e como o atual Pontífice continua a visão do seu antecessor.

Em 14 de fevereiro de 2015, Bento XVI participou da criação de 20 novos cardeais pelo Papa Francisco, e no dia 8 de dezembro do mesmo ano foi o primeiro peregrino a cruzar a Porta Santa da Basílica de São Pedro, durante a inauguração do Ano Santo da Misericórdia.

Do mesmo modo, em 28 de junho de 2016, Bento XVI pronunciou algumas palavras ao seu sucessor. Durante os 65 anos de ordenação sacerdotal do Papa Francisco, o Papa Emérito afirmou que “a sua bondade, desde o primeiro momento da eleição, em cada momento da minha vida aqui, me toca, me leva, realmente, interiormente”.

“Mais do que nos Jardins do Vaticano, com a sua beleza, a Sua bondade é o lugar onde eu moro: Sinto-me protegido”, acrescentou.

Uma vida de oração

Em 11 de fevereiro de 2017, quatro anos depois da renúncia de Bento XVI ao pontificado, o Pe. Federico Lombardi, ex porta-voz do Vaticano, afirmou que o Papa alemão vive em oração e com muita discrição o seu serviço de acompanhamento à Igreja e de solidariedade com seu sucessor, o Papa Francisco.

O sacerdote jesuíta, que foi Diretor da Sala de Imprensa durante o pontificado de Bento XVI, disse que, embora a força física de Joseph Ratzinger esteja debilitada devido à sua idade, "as forças mentais e espirituais estão perfeitas".

"Realmente é muito bonito ter o Papa Emérito que reza pela Igreja, pelo seu Sucessor. É uma presença que sentimos. Sabemos que ele está presente e, embora não o vejamos com frequência, quando o vemos, todos nós ficamos muito contentes, porque o amamos. Portanto, o sentimos como uma presença que nos acompanha, nos consola e nos tranquiliza", afirmou o sacerdote, atual presidente da Fundação Joseph Ratzinger.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Papa para a Quaresma: “Não nos cansemos de semear o bem"

"A seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecidos" | Vatican News

“A Quaresma vem recordar-nos que o bem, como aliás o amor, a justiça e a solidariedade não se alcançam duma vez para sempre; hão de ser conquistados cada dia”. É o convite do Papa Francisco na sua mensagem para a Quaresma 2022, a partir de uma exortação do Apóstolo São Paulo.

Jane Nogara - Vatican News

Foi publicada nesta manhã (24/02) a mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2022. A reflexão sugerida pelo Santo Padre é sobre a exortação de São Paulo aos Gálatas: “Não nos cansemos de fazer o bem; porque, a seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecido. Portanto, enquanto temos tempo, pratiquemos o bem para com todos” (Gal 6, 9-10a). É um convite para perseverarmos, na sua mensagem Francisco reflete sobre algumas palavras de São Paulo.

Quaresma tempo de semear

No trecho do Apóstolo sobre a sementeira e a colheita o Papa diz: “Temos uma imagem que Jesus muito prezava. São Paulo fala-nos dum kairós: um tempo propício para semear o bem tendo em vista uma colheita. Qual poderá ser para nós este tempo favorável? Certamente é a Quaresma, mas é-o também a nossa inteira existência terrena, de que a Quaresma constitui de certa forma uma imagem. Francisco recorda também que “o primeiro agricultor é o próprio Deus, que generosamente continua a espalhar sementes de bem na humanidade”. Ponderando por fim:

“Esta chamada para semear o bem deve ser vista, não como um peso, mas como uma graça pela qual o Criador nos quer ativamente unidos à sua fecunda magnanimidade”

Em Deus, nada se perde

E a colheita? Continua o Santo Padre: “Mas de que colheita se trata? Um primeiro fruto do bem semeado, temo-lo em nós mesmos e nas nossas relações diárias, incluindo os gestos mais insignificantes de bondade. Em Deus, nenhum ato de amor, por mais pequeno que seja, e nenhuma das nossas ‘generosas fadigas’ se perde”. E Francisco explica que na realidade, só nos é concedido ver uma pequena parte do fruto daquilo que semeamos, pois, “segundo o dito evangélico, um é o que semeia e outro o que ceifa”.

“É precisamente semeando para o bem do próximo que participamos na magnanimidade de Deus”

“Semear o bem para os outros - continua o Santo Padre - liberta-nos das lógicas mesquinhas do lucro pessoal e confere à nossa atividade a respiração ampla da gratuidade, inserindo-nos no horizonte maravilhoso dos desígnios benfazejos de Deus”.

Não nos cansemos de fazer o bem

O segundo ponto da expressão do Apóstolo analisada pelo Papa refere-se a “não nos cansarmos de fazer o bem”. Perante a amarga desilusão por tantos sonhos desfeitos, adverte “a tentação é fechar-se num egoísmo individualista” e “refugiar-se na indiferença”. Porém Deus anima “dá forças ao cansado e enche de vigor o fraco. (…) Aqueles que confiam no Senhor, renovam as suas forças”.

“Ninguém se salva sem Deus”

Por isso, “não nos cansemos de rezar. Precisamos de rezar, porque necessitamos de Deus. A ilusão de nos bastar a nós mesmos é perigosa. Neste ponto Francisco recorda o nosso sofrimento com a pandemia: “No meio das tempestades da história, encontramo-nos todos no mesmo barco, pelo que ninguém se salva sozinho; mas sobretudo ninguém se salva sem Deus, porque só o mistério pascal de Jesus Cristo nos dá a vitória sobre as vagas tenebrosas da morte".

E convida: “Não nos cansemos de extirpar o mal da nossa vida. Possa o jejum corporal, a que nos chama a Quaresma, fortalecer o nosso espírito para o combate contra o pecado. Não nos cansemos de pedir perdão no sacramento da Penitência e Reconciliação, sabendo que Deus nunca Se cansa de perdoar”. O Papa recorda também que não devemos nos cansar de fazer o bem “através duma operosa caridade para com o próximo. Durante esta Quaresma, exercitemo-nos na prática da esmola, dando com alegria”. “A Quaresma – disse ainda Francisco - é tempo propício para procurar, e não evitar, quem passa necessidade; para chamar, e não ignorar, quem deseja atenção e uma boa palavra; para visitar, e não abandonar, quem sofre a solidão”.

A seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecido

Quanto ao terceiro ponto das palavras do Apóstolo o Papa falou sobre “A seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecido”, aqui Francisco nos pede perseverança, fé. Afirmando que “cada ano, a Quaresma vem recordar-nos que o bem, como aliás o amor, a justiça e a solidariedade não se alcançam duma vez para sempre; hão de ser conquistados cada dia".

Dom da perseverança leva à salvação

“Neste tempo de conversão – explica ainda o Papa - buscando apoio na graça divina e na comunhão da Igreja, não nos cansemos de semear o bem. O jejum prepara o terreno, a oração rega, a caridade fecunda-o. Na fé, temos a certeza de que ‘a seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecido’, e obteremos, com o dom da perseverança, os bens prometidos para salvação nossa e do próximo”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Romano

S. Romano | arquisp
28 de fevereiro

São Romano

Nascido no ano 390, o monge Romano era discípulo de um dos primeiros mosteiros do Ocidente, o de Ainay, próximo a Lion, na França. No século IV, quando nascia a vida monástica no Ocidente, com o intuito de propiciar elementos para a perfeição espiritual assim como para a evolução do progresso, ele se tornou um dos primeiro monges franceses.

Romano achava as regras do mosteiro muito brandas. Então, com apenas uma Bíblia, o que para ele era o indispensável para viver, sumiu por entre os montes desertos dos arredores da cidade. Ele só foi localizado por seu irmão Lupicino, depois de alguns anos. Romano tinha se tornado um monge completamente solitário e vivia naquelas montanhas que fazem a fronteira da França com a Suíça. Aceitou o irmão como seu aluno e seguidor, apesar de possuírem temperamentos opostos.

A eles se juntaram muitos outros que desejavam ser eremitas. Por isso teve de fundar dois mosteiros masculinos, um em Condat e outro em Lancome. Depois construiu um de clausura, feminino, em Beaume, no qual Romano colocou como abadessa sua irmã. Os três ficaram sob as mesmas e severas regras disciplinares, como Romano achava que seria correto para a vida das comunidades monásticas. Romano e Lupicino se dividiam entre os dois mosteiros masculinos na orientação espiritual, enquanto no mosteiro de Beaume, Romano mantinha contato com a abadessa sua irmã, orientando-a pessoalmente na vida espiritual.

Consta nos registros da Igreja que, durante uma viagem de Romano ao túmulo de São Maurício, em Genebra, ele e um discípulo que o acompanhava, depois também venerado pela Igreja, chamado Pelade, tiveram de ficar hospedados numa choupana onde havia dois leprosos. Romano os abraçou, solidarizou-se com eles e, na manhã seguinte, os dois estavam curados.

A tradição, que a Igreja mantém, nos narra que este foi apenas o começo de uma viagem cheia de prodígios e milagres. Depois, voltando dessa peregrinação, Romano viveu recluso, na cela de seu mosteiro e se reencontrou na ansiada solidão. Assim ele morreu, antes de seu irmão e irmã, aos 73 anos de idade, no dia 28 de fevereiro de 463.

O culto de São Romano propagou-se velozmente na França, Suíça, Bélgica, Itália, enfim por toda a Europa. As graças e prodígios que ocorreram por sua intercessão são numerosos e continuam a ocorrer, segundo os fieis que mantêm sua devoção ainda muito viva, nos nossos dias.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

domingo, 27 de fevereiro de 2022

ORE PARA CARMEM

ORE PARA CARMEM

Nasceu em Ólvega (Soria) a 24 de Novembro de 1930. Passou a infância em Tudela (Navarra). Desde criança sentiu a vocação missionária sob a influência do espírito de São Francisco Xavier. Estudou Ciências Químicas na Universidade de Madrid. Por alguns anos ela fez parte do "Instituto dos Missionários de Cristo Jesus" e estudou Teologia em Valência. Em 1964 conheceu Kiko Argüello no quartel de Palomeras Altas em Madrid, e depois de anunciar o Evangelho aos pobres com os quais o Senhor vive, os conduz a uma síntese teológico-catequética baseada na Palavra de Deus, na Liturgia e na Comunidade, que será a base do Caminho Neocatecumenal, cujo Estatuto foi aprovado pela Santa Sé em 2008. O então Arcebispo de Madrid, D. Casimiro Morcillo, encoraja-os a difundi-lo nas paróquias. Há mais de 50 anos, junto com Kiko Argüello, Ele deu sua vida anunciando o Evangelho em todo o mundo. Tinha um amor imenso por Jesus Cristo, pela Igreja, pela Virgem, pelo Papa, pela Liturgia, pela Sagrada Escritura e pelas raízes hebraicas do cristianismo. Ele morreu em Madri em 19 de julho de 2016.

ORAÇÃO PARA DEVOÇÃO PRIVADA

PARA PEDIR GRAÇAS E FAVORES POR INTERCESSÃO DE CARMEN HERNÁNDEZ

Ó DEUS,
QUE ESCOLHENDO CARMEN HERNÁNDEZ
COMO CO-INICIADORA DO CAMINHO NEOCATECUMENAL,
CONCEDESTE UM GRANDE AMOR A CRISTO JESUS E À IGREJA,
À SAGRADA ESCRITURA E À ORAÇÃO LITÚRGICA,
ZELO ARDENTE PELO ANÚNCIO ITINERANTE DO EVANGELHO
E FIDELIDADE PARA VOCÊ NO TESTE CRUZADO;
CONCEDE-ME, POR SUA INTERCESSÃO,
SER FIEL AO BATISMO QUE RECEBI
E, SE FOR DA TUA VONTADE, A GRAÇA QUE TE PEÇO.
POR JESUS CRISTO, NOSSO SENHOR. AMÉM
PAI NOSSO. AVE MARIA. GLÓRIA.

De acordo com os decretos de Urbano VIII, nada se destina a impedir
o julgamento da autoridade da Igreja. COM LICENÇA ECLESIÁSTICA.


Fonte: https://carmenhernandez.org/

Conversa telefônica entre o Papa e Zelenskyi: profunda dor pela guerra na Ucrânia

Presidente Zelensky nas ruas de Kiev  (ANSA)

O presidente ucraniano agradeceu Francisco pelas suas orações pela paz, afirmando que o povo da Ucrânia sente o seu "apoio espiritual".

Silvonei José - Vatican News

Neste sábado o Papa teve uma conversa telefônica com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyi. A confirmação foi feita pelo diretor da Sala de Imprensa vaticana, Matteo Bruni. A conversa teve lugar enquanto notícias dramáticas da frente de guerra continuam a chegar e em Kiev se combate nas ruas. A embaixada ucraniana junto à Santa Sé relatou num tuíte que Francisco expressou "a sua mais profunda dor pelos trágicos eventos que estão ocorrendo no nosso país".

Num outro tuíte, o próprio presidente Zelenskyi disse: "Agradeci ao Papa Francisco por ter rezado pela paz na Ucrânia e por uma trégua. O povo ucraniano sente o apoio espiritual de Sua Santidade".

Hoje, pelo segundo dia consecutivo, o Papa usou na conta do Twitter @Pontifex os idiomas ucraniano e russo para dizer com força o seu não à guerra:

"Jesus ensinou-nos que à diabólica insensatez da violência se responde com as armas de Deus, com a oração e o jejum. Que a Rainha da Paz preserve o mundo da loucura da guerra".

Os tuítes, com a imagem de Cristo na cruz, são acompanhados pelos hashtags #PreghiamoInsieme e #Ucrânia e acompanham-nos ao dia do jejum e oração pela paz na Ucrânia convocado por Francisco para o dia 2 de março, Quarta-feira de Cinzas.

Na manhã de sexta-feira Francisco quis expressar a sua preocupação sobre o conflito num colóquio de 30 minutos, indo pessoalmente à sede da Embaixada da Federação Russa junto à Santa Sé.

Ontem Francisco em tuítes em ucraniano e russo retomou as palavras da encíclica Fratelli tutti:

"Toda guerra deixa o nosso mundo pior de como o encontrou. A guerra é um fracasso da política e da humanidade, uma vergonhosa rendição, uma derrota diante das forças do mal".

Também ontem, o Papa telefonou ao arcebispo mor de Kiev-Halyč da Igreja Greco-católica ucraniana, Sviatoslav Shevchuk, pedindo informações sobre a situação em Kiev e na Ucrânia e expressando a sua vontade de fazer tudo o que estiver ao seu alcance. O Papa agradeceu à Igreja Greco-católica ucraniana pela sua proximidade com o povo, pela sua decisão de estar ao lado do povo e por disponibilizar a cripta da Catedral de Kiev, que se tornou um verdadeiro refúgio. Finalmente, assegurou as suas orações e deu a sua bênção ao sofrido povo ucraniano.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Para o bem da humanidade, Senado dos EUA tem que rejeitar lei do aborto, diz Warsaw

Michael Warsaw, CEO da EWTN / EWTN

REDAÇÃO CENTRAL, 26 fev. 22 / 04:00 pm (ACI).- O Senado dos EUA programou-se para votar na segunda-feira um projeto de lei que anularia as restrições estaduais ao aborto nos EUA e permitiria que crianças não nascidas fossem mortas até o momento do nascimento, por qualquer motivo.

Intitulada Women's Health Protection Act (WHPA, Lei de Proteção à Saúde da Mulher), a medida reformularia radicalmente a lei do aborto no país, ainda que a Suprema Corte anule neste anos as decisões históricas que efetivamente legalizaram o aborto nos EUA há quase 50 anos.

“Esta é a legislação sobre aborto mais radical que já foi votada no Senado dos EUA”, diz Michael Warsaw, presidente do conselho e CEO da EWTN Global Catholic Network, a que pertence ACI Digital.

“Este projeto anularia todas as leis estaduais que regulamentam o aborto. Isso inclui leis estaduais que limitam abortos dolorosos tardios e leis que proíbem a realização de abortos por causa da raça, sexo ou condição da criança. Acabaria até com as leis básicas de consentimento informado que garantem que as mães tenham todas as informações relevantes antes de escolher um aborto", escreveu Warsaw no jornal National Catholc Register, da EWTN.

A votação do Senado ocorre enquanto a Suprema Corte decide, ainda este ano, o caso Dobbs x Jackson Women's Health Organization, que desafia diretamente Roe x Wade, a decisão de 1973 que legalizou o aborto em todo o país. O caso Dobbs, que julga uma lei do Mississippi de 2018, centra-se na questão de saber se "todas as proibições de abortos eletivos antes da viabilidade são inconstitucionais", ou se os Estados podem proibir o aborto antes que um bebê seja viável, ou seja, possa sobreviver fora do útero, estágio que o tribunal já determinou ocorrer entre a 24ª e a 28ª semanas de gravidez.

Se a Suprema Corte não mantiver a decisão sobre Roe quando decidir o caso Dobbs, legislar sobre o aborto será deixado para cada Estado. O WHPA ameaça essas eventuais restrições estaduais ao aborto.

A Câmara dos Deputados aprovou o projeto em setembro. Embora o presidente Joe Biden, um católico, apoie fortemente a medida, não se espera que ela seja aprovada no Senado quando for votada.

Mesmo assim, Warsaw exorta os católicos e os americanos pró-vida a reconhecerem a grave ameaça do projeto de lei aos nascituros e à dignidade da vida humana. Ele cita o ensinamento claro da Igreja Católica, que chama o aborto de "grave ofensa", e condena os esforços legislativos para financiá-lo e promovê-lo. Mas a resistência a tais erros não é suficiente, diz Warsaw; a Igreja e o movimento pró-vida devem continuar a pressionar por mudanças nas políticas que deem ajuda real às mães e seus bebês.

“O cerne da agenda do lobby do aborto não é apenas uma desvalorização total da dignidade de cada vida humana, é pôr as mães contra seus filhos – pondo de cabeça para baixo a compreensão do relacionamento humano mais fundamental”, escreve ele.

"É totalmente falso afirmar que as crianças são um impedimento para o florescimento das mulheres, que a única solução para uma gravidez inesperada é o aborto e que os bebês ‘indesejados’ estão melhor mortos. Católicos e pró-vidas devem se unir para dissipar esses mitos", continua.

“Estamos em um ponto de virada crítico em nossa luta para proteger a vida. Não podemos vacilar. Não podemos permitir que todo o nosso progresso seja eliminado", escreve Warsaw. "Esta legislação deve ser derrotada - para o bem da humanidade".

Leia o texto completo em inglês de Warsaw aqui.

Fonte: https://www.acidigital.com/

VIII Domingo do Tempo Comum - Ano C

Dom Paulo Cezar | arqbrasilia

VIII Domingo do Tempo Comum

Dom Paulo Cezar Costa

Arcebispo de Brasília

O coração, fonte das ações

            A Palavra de Deus deste oitavo domingo, no Evangelho (Lc 6, 39-45), traz vários ensinamentos de Jesus, que nos fazem olhar para nós mesmos, para a nossa realidade humana e espiritual e respondermos as perguntas: que caminho fizemos no nosso crescimento interior e que caminho deveremos ainda trilhar no nosso crescimento? Jesus inicia com um provérbio que expressa a realidade da cegueira espiritual: “Pode um cego guiar outro cego?” A cegueira é a incapacidade de ver, aqui ela expressa a falta de crescimento espiritual, humano. Alguém que não cresceu espiritualmente, humanamente, pode formar outra pessoa? Pode ser mestre de outro? Jesus mostra que não. Jesus continua mostrando que o caminho do discipulado é seguir o mestre. Ele é o nosso mestre. Quem quer ser perfeito deve se espelhar em Jesus, deve buscar se identificar com Jesus. A perfeição cristã não é um caminho de conformação ao mundo, às ultimas ideias do mundo, mas sim, a Jesus Cristo, ao seu Evangelho: esse é o caminho do discípulo.

Em seguida, Jesus usa a imagem do cisco no olho. Para tirar o cisco do olho do irmão, do outro, é preciso estar com o olho limpo, sem uma trave. Quem tem uma trave no olho, não consegue ver para tirar o cisco do olho do irmão. É a realidade de cada um de nós que deve analisar-se, conhecer seus pontos fortes e suas debilidades, seus defeitos e virtudes. Quem se conhece, é capaz de, verdadeiramente, ajudar os irmãos. Pouco tempo faz se tinha o hábito, nos seminários e casas religiosas, de antes da oração da noite, se fazer o exame de consciência. Infelizmente é um hábito que parece que foi perdido. O exame de consciência nos ajuda a nos encontrarmos, todos os dias, com as nossas virtudes e com os nossos defeitos. Conhecer- se a si mesmo é um princípio de sabedoria e a condição para ajudarmos os outros a crescer. Por isso, Sócrates já dizia: “Conhece-te a ti mesmo”.

Por fim, Jesus usa a imagem da árvore boa que dá bons frutos e a árvore má, que dá frutos ruins. Essa imagem da natureza nos ajuda a olharmos para a nossa interioridade, para o nosso coração. É da nossa forma de pensar, de conceber, da nossa interioridade, que provem as nossas ações. A nossa exterioridade revela a nossa interioridade, o nosso coração. Por isso, Jesus conclui: “O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira coisas boas, mas o mau, de seu mal tira o que é mau: por que a boca fala daquilo que o coração está cheio” (Lc 6, 45). O Evangelho remete para a interioridade, para o coração. É dali, que sai o bem e o mal. Se o coração é bom, sairá coisas boas, se o coração é mal, sairá coisas ruins. Este Evangelho deve nos conduzir à reflexão sobre a educação na nossa sociedade hoje. Vive-se num mundo da exterioridade, da cultura da aparência, e a formação da interioridade, da consciência, onde fica? Se quisermos uma cultura de valores, pautada pela ética, pelo bem, é preciso formar o coração e a consciência das pessoas. Nossas ações externas revelam aquilo que vai dentro de nós. Que o grande educador, Jesus de Nazaré, nos ajude a uma educação integral, a uma educação que forme o coração, a consciência para o bem, para os valores.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

O Papa: as palavras têm um peso, as calúnias mais afiadas que uma faca

Papa Angelus  (Vatican Media

No Angelus, Francisco nos convida a termos cuidado com as palavras que usamos e que podem "alimentar preconceitos, levantar barreiras" e poluir o mundo. Pede às pessoas que reflitam sobre seu olhar: "Nós olhamos para nossas misérias. Sempre encontramos razões para culpar os outros e nos justificarmos.

Silvonei José – Vatican News

"Falamos com mansidão ou poluímos o mundo espalhando venenos: criticando, lamentando-se, alimentando a agressão generalizada"?

Num momento de crise e tensão, de medo e desequilíbrios internacionais, Francisco exorta à paz que, disse no Angelus, é construída a partir da linguagem. Detendo-se sobre o Evangelho de Lucas, no qual "Jesus nos convida a refletir sobre nosso olhar e nosso falar", o Papa em sua catequese adverte sobre as consequências de um uso impróprio e superficial de uma linguagem que pode ferir como uma arma. 

Com a língua também podemos alimentar preconceitos, levantar barreiras, atacar e até destruir nossos irmãos: as fofocas machucam e as calúnias podem ser mais afiadas que uma faca!

Raiva e agressão no mundo digital

Um risco que está aumentando especialmente hoje em dia no mundo digital: demasiadas palavras, disse o Papa, que "correm velozes" e "transmitem raiva e agressão, alimentam notícias falsas e se aproveitam dos medos coletivos para propagar ideias distorcidas". O Pontífice citou Dag Hammarskjöld, o diplomata sueco que foi secretário geral da ONU de 1953 a 1961 e ganhador do Prêmio Nobel da Paz, que disse: "Abusar das palavras equivale a desprezar o ser humano".

Praça São Pedro - Angelus | Vatican News

Cuidado com o uso superficial das palavras

É verdade, assim como é verdade que "como alguém fala, pode-se dizer o que tem no coração".

As palavras que usamos dizem quem somos. Às vezes, porém, prestamos pouca atenção às nossas palavras e as usamos superficialmente. Mas as palavras têm peso: elas nos permitem expressar pensamentos e sentimentos, dar voz aos medos que temos e aos projetos que queremos fazer, de abençoar a Deus e aos outros.

Vamos nos perguntar que tipo de palavras usamos, disse o Papa aos fiéis: "Palavras que expressam atenção, respeito, compreensão, proximidade, compaixão, ou palavras que visam principalmente nos fazer parecer bem diante dos outros"?

O cisco e a trave

Da mesma forma, devemos também refletir sobre o nosso "olhar". Isto é, se estivermos concentrados em "olhar o cisco no olho de nosso irmão sem perceber a trave em nosso próprio olho". Significa "estar muito atento aos defeitos dos outros, mesmo aqueles pequenos como um cisco, negligenciando serenamente os nossos, dando-lhes pouco peso".

Sempre encontramos razões para culpar os outros e nos justificarmos. E tantas vezes reclamamos de coisas que estão erradas na sociedade, na Igreja, no mundo, sem primeiro nos questionarmos e sem nos comprometermos a mudar, antes de tudo, nós mesmos.

"Toda mudança fecunda, positiva, deve começar por nós mesmos, caso contrário, não haverá mudança", disse o Papa.

Reconhecer as próprias misérias

Fazendo assim, enfatizou o Papa, "nosso olhar é cego". E se somos cegos "não podemos pretender ser guias e mestres para os outros: um cego, de fato, não pode guiar outro cego". A primeira coisa é, portanto, "olhar para dentro de nós mesmos para reconhecer nossas misérias", porque "se não conseguirmos ver nossos próprios defeitos, estaremos sempre inclinados a ampliar os defeitos dos outros". Se, por outro lado, reconhecemos nossos erros e nossas misérias, a porta da misericórdia se abre para nós".

Ver o bem nos outros, não o mal

Trata-se, em síntese de olhar para os outros como o Senhor nos olha, "que não vê antes de tudo o mal, mas o bem".

É assim que Deus olha para nós: Ele não vê em nós erros irredimíveis, mas filhos que cometem erros. Muda-se a ótica. Ele não se concentra nos erros, mas nos filhos que cometem erros... Deus sempre distingue a pessoa de seus erros. Ele sempre acredita na pessoa e está sempre pronto para perdoar os erros. E nós sabemos que Deus sempre perdoa.

Todos nós somos chamados a fazer o mesmo: "Não buscar nos outros o mal, mas o bem".

https://youtu.be/-ED5aHC2_0o

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Gabriel de Nossa Senhora das Dores

S. Gabriel de Nossa Senhora das Dores | arquisp
27 de fevereiro

São Gabriel de Nossa Senhora das Dores

No dia primeiro de março de 1838 recebeu o nome de Francisco Possenti, ao ser batizado em Assis, sua cidade natal. Quando sua mãe Inês Friscioti morreu, ele tinha quatro anos de idade e foi para a cidade de Espoleto onde estudou em instituição marista e Colégio Jesuíta, até aos dezoito anos. Isso porque, como seu pai Sante Possenti era governador do Estado Pontifício, precisava a mudar de residência com freqüência, sempre que suas funções se faziam necessárias em outro pólo católico.

Possuidor de um caráter jovial, sólida formação cristã e acadêmica, em 1856 ingressou na congregação da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, fundada por São Paulo da Cruz, ou seja, os Passionistas. Sua espiritualidade foi marcada fortemente pelo amor a Jesus Crucificado e a Virgem Dolorosa

Depois foi acolhido para o noviciado em Morrovalle, recebendo o hábito e assumindo o nome de Gabriel de Nossa Senhora das Dores, devido à sua grande devoção e admiração que nutria pela Virgem Dolorosa. Um ano após emitiu os votos religiosos e foi por um ano para a comunidade de Pievetorina para completar os estudos filosóficos. Em 1859 chegou para ficar um período com os confrades da Ilha do Grande Sasso. Foi a última etapa da sua peregrinação. Morreu aos vinte e quatro anos, de tuberculose, no dia 27 de fevereiro de 1862, nessa ilha da Itália.

As anotações deixadas por Gabriel de Nossa Senhora das Dores em um caderno que foi entregue a seu diretor espiritual, padre Norberto, haviam sido destruídas. Mas, restaram de Gabriel: uma coleção de pensamentos dos padres; cerca de 40 cartas testemunhando sua devoção à Nossa Senhora das Dores e um outro caderno, este com anotações de aula contendo dísticos latinos e poesias italianas.

Foi beatificado em 1908, e canonizado em 1920 pelo Papa Bento XV, que o declarou exemplo a ser seguido pela juventude dos nossos tempos.

São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, teve uma curta existência terrena, mas toda ela voltada para a caridade e evangelização, além de um trabalho social intenso que desenvolvia desde a adolescência. Foi declarado co-patrono da Ação Católica, pelo Papa Pio XI, em 1926 e padroeiro principal da região de Abruzzo, pelo Papa João XXIII, em 1959.

O Santuário de São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, é meta de incontáveis peregrinações e assistido pelos Passionistas, é um dos mais procurados da Itália e do mundo cristão. A figura atual deste Santo jovem, mais conhecido entre os devotos como o "Santo do Sorriso", caracteriza a genuína piedade cristã inserida nos nossos tempos e está conquistando cada dia mais o coração de muitos jovens, que se pautam no seu exemplo para ajudar o próximo e se ligar à Deus e à Virgem Mãe.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF