Editora Cidade Nova |
O rádio ainda vive e pode ser uma ferramenta de fraternidade.
Seja para educar, informar, divertir, evangelizar, formar ou ouvir a comunidade, o rádio permanece como uma forte ferramenta para levar a fraternidade aos quatro cantos do mundo.
por 14/02/2022, modificado em 16/02/2022 publicado emNo dia 13 de fevereiro celebramos o Dia Mundial do Rádio. Há quem diga que esse meio de comunicação de massa tão único acabou. Nos últimos tempos, ficamos tão adaptados ao novo conceito de comunicação nichada como o podcast, que por vezes podemos nos esquecer de que esse meio tão prático, acessível, informativo e, até mesmo, divertido ainda vive - e permanece forte, de pé.
Aqui no Brasil, a primeira voz a viajar pelas ondas radiofônicas foi a do então presidente Epitácio Pessoa durante o centenário da independência, em 07 de setembro de 1922. O aparelho chegou ao país pelas mãos do cientista Edgar Roquette Pinto, o Pai da Radiodifusão brasileira, como ficou conhecido.
E foi em 1986 que Flávio Valente teve seu primeiro contato com o rádio e se apaixonou pelo meio. Ele ainda era estagiário na Rádio Bandeirantes, mas a partir daí construiu uma bela vida ao seu lado: trabalhou como repórter, produtor, em todos os setores da reportagem, e ganhou prêmios no Rio Grande do Sul de jornalismo econômico, de Direitos Humanos, Educação e da Associação Riograndense de Imprensa, em cobertura policial.
Atualmente, exerce outro serviço no jornalismo, mas sua rotina com o meio nunca cessou.
“Tomo banho conectado no aplicativo de uma rádio. Cozinho ouvindo rádio. Asso o churrasco conectado numa rádio local ou então em alguma rádio pelo mundo. O rádio é o companheiro de todas as horas.”
Para Flávio, mesmo com avanço tecnológico, o meio permanece com as suas características próprias que o fazem quase que insubstituível, como por exemplo a ausência de internet para que funcione, assim podemos ouví-lo em qualquer lugar. Além disso, por utilizar apenas a voz, ele se torna acessível para toda a população. O jornalista conclui que este aspecto prático e amplo concede ao rádio uma grande potência para que ele se torne uma ferramenta de fraternidade.
“Eu mesmo faço essa experiência do programa Prisma, aqui em Porto Alegre. Todas as quartas, fazemos um programa de uma hora com diversas ações que signifiquem a construção de uma nova humanidade.”
Ronnaldh de Oliveira também enxerga o mesmo potencial. Jornalista, ele conta que uma das experiências mais fortes que teve foi poder levar instituições de jovens em conflito com a lei para dentro dos estúdios.
“Por meio dessa ferramenta poderosa de comunicação pudemos redirecionar socialmente muitos jovens presos. A autoestima deles foi crescendo através dos programas porque entendiam ali que eram sujeitos de muitos dons, que podiam fazer algo além do crime. O rádio é uma ferramenta de mudança de vidas, de encontro com os seus sonhos, com seus dons, com o seu próprio eu.”
Sobre o futuro do rádio ambos são enfáticos: ele ainda vive e não acabará. “O Podcast apesar de ser um streaming de áudio, segue uma lógica diferente do rádio. É como se os programas fossem disponibilizados para que o povo ouça. O rádio vai além, interage em tempo real com seus ouvintes e a grade da emissora caminha durante o dia com o seu público”, conclui Ronnaldh.
Seja para educar, informar, divertir, evangelizar, formar ou ouvir a comunidade, o rádio permanece como uma forte ferramenta para levar a fraternidade aos quatro cantos do mundo.