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quarta-feira, 28 de outubro de 2020

5 hábitos adquiridos na pandemia e que todo mundo deveria manter

Milan Ilic Photographer | Shutterstock
por Matt Paolelli

Esses novos costumes podem dar mais sentido à vida nos próximos anos.

Durante a pandemia, certamente, trouxe novos hábitos. Porém, não foi só o costume de lavar mais as mãos ou viver como um eremita. Voltar ao básico e trabalhar em casa, por exemplo, me proporcionaram a capacidade de implementar alguns hábitos positivos em minha vida cotidiana. Alguns deles venho tentando dominar há anos. Mas sem sucesso.

Portanto, à medida que voltamos a um senso de normalidade, espero continuar seguindo alguns desses hábitos da pandemia. Veja alguns exemplos:

1. Conversar com os vizinhos

Naqueles gloriosos dias pré-pandemia, eu costumava ver meus vizinhos quando estava cortando a grama, empurrando meus filhos em balanços no quintal ou voltando para casa depois de fazer alguma coisa. Na maioria das vezes, eu fazia apenas um aceno ou dizia um “oizinho”, por exemplo, e só.

Entretanto, depois de ser obrigado a ficar em casa por vários meses, comecei a me tornar muito mais amigável com eles. Eu me senti como se estivesse de volta no tempo. Me peguei, então, em conversas por cima da cerca com meus vizinhos, conversas aleatórias com pessoas passeando com seus cachorros, encontros socialmente distantes na calçada com pessoas da rua. Como consequência, nosso bairro está começando a parecer mais como uma comunidade de pessoas que realmente conhecemos. Isso, sem dúvida, se tornará ainda mais verdadeiro quando pudermos passar algum tempo de qualidade um com o outro.

2. Fazer atividade física

Embora eu tenha sido um corredor casual por um bom tempo, a pandemia me elevou para o status de “corredor ávido” e eu simplesmente não me sinto bem nos dias em que não posso sair correr ou caminhar. Quando o tempo está ruim, eu corro na esteira mesmo. A propósito, também observei melhorias na pressão alta, no apetite, no humor e no sono, graças a esse aumento de exercícios.

3. Conversar com amigos distantes

Durante a pandemia, reservei uma noite por semana para uma ligação via Zoom com o primo de minha esposa e uma de nossas sobrinhas, que moram em um estado diferente. Começamos chamando-a de “noite de jogos” e jogávamos online. Como resultado, o hábito tornou-se uma necessidade terapêutica de autocuidado, bem como uma maneira de conhecer melhor esses membros da família em um nível muito mais profundo. E isso simplesmente nunca teria acontecido sem a pandemia.

Há outros amigos distantes com quem conversei via Zoom. E concordamos que não deveria haver uma doença perigosa varrendo o mundo para usarmos a tecnologia para nos reconectar. Agora que o constrangimento do bate-papo por vídeo foi superado, espero continuar a conversar com as pessoas com quem, de outra forma, perdi contato.

4. Fazer um diário de jornada

Sim, às vezes parece que cada dia desta pandemia é exatamente igual ao anterior. Mas isso não precisa tornar nossas atividades diárias menos significativas. Para ajudar a capturar os momentos mais memoráveis ​​desta época que um dia será um capítulo nos livros de história de nossos netos, eu baixei um aplicativo que me pede a cada noite para escrever algumas linhas. Assim como acontece com a corrida, tenho feito, aos trancos e barrancos, um diário da minha vida. Embora tenha que admitir que isso ainda não se tornou um hábito, acho que quando posso me limitar a escrever apenas uma anedota rápida sobre o dia, minha taxa de sucesso sobe. O ritmo interminável da vida na pandemia e o estresse de ter filhos pequenos estão causando estragos na minha memória. Então, sei que um dia vou valorizar esses breves vislumbres da vida cotidiana na época da Covid.

5. Tornar a gratidão um hábito

O traço comum dos hábitos acima é o foco na gratidão. Praticar a gratidão, portanto, é um hábito em si mesmo. Isso, porém, requer muita prática, especialmente quando a vida é mais complicada ou difícil do que gostaríamos que fosse. Reconhecer e agradecer a Deus pelos dons que Ele nos deu em meio às nossas provações nos ajuda a mudar nosso foco na reclamação, no estresse e na negatividade. Por outro lado, entram em cena a esperança, a alegria e as possibilidades do plano de Deus para nossos vidas.

Mesmo que seja a última coisa que possamos querer fazer, enfrentar mais um dia de pandemia com uma disposição consciente de gratidão pode nos ajudar a encontrar um significado maior na monotonia e na paz mais profunda em nossos corações. A bênção oculta é que todos nós temos muito tempo para começar a desenvolver esse hábito agora.

Aleteia

Mártir espanhol de 19 anos será beatificado em novembro

Joan Diggle | Guadium Press

Redação (27/10/2020,  11:00, Gaudium Press) No próximo dia 7 de novembro será beatificado em Barcelona o jovem Joan Roig Diggle.
Joan Diggle tinha apenas 19 anos quando, por ódio à Fé, foi assassinado pelos comunistas durante a guerra Guerra Civil Espanhola de 1936.
Ele tinha a devoção de ir à missa diariamente, queria ser missionário e, de certa feita, diante de tentativa de dessacralização e profanação do Santíssimo Sacramento enfrentou o perigo de morte para defender a Eucaristia. Como catequista, dedicou grande parte de seu tempo na evangelização das crianças em uma época que isto era um perigo constante.

Seu exemplo de vida convertia mais do que suas palavras

O novo Beato nasceu em Barcelona em 12 de maio de 1917. Seu pai era Ramón Roig Fuente e sua mãe era Maud Diggle Puckering, uma mulher da Inglaterra com quem o jovem falava em inglês.
Ele estudou com os Irmãos de La Salle e com os padres escolápios. Teve como professores os sacerdotes Ignacio Casanovas e Francesc Carceller, que também foram mártires e beatos.
Participou da Federação de Jovens Cristãos da Catalunha (FJCC), criada em 1932 e que tinha 8 mil membros antes da Guerra Civil.
Joan Meseguer, presidente em 1936 do ramo infantil do FJCC, escreveu sobre Joan que, “quando veio para Masnou ninguém o conhecia, mas logo se fez notória sua piedade e amor ardente pela Eucaristia. Passava horas diante do Santíssimo Sacramento sem perceber. Seu exemplo convertia mais do que suas palavras”.

A Catalunha será vermelha, pelo comunismo e pelo sangue de mártires: preparemos com Fé e coragem, podemos ser um deles

Meseguer recorda que Joan Diggle “queria ser missionário. Em um círculo de estudos realizado poucos dias antes de 18 de julho, ele nos disse que veríamos a Catalunha vermelha, mas não só do comunismo, mas do sangue de seus mártires, e que todos deveríamos nos preparar, porque se Deus nos tivesse escolhido para ser um destes, deveríamos estar dispostos a receber o martírio com graça e coragem, como convém a todos os bons cristãos, e assim o fizeram os primeiros nas catacumbas”.

 Joan Diggle tinha apenas 19 anos quando, por ódio à Fé, foi assassinado pelos comunistas durante a guerra Guerra Civil Espanhola de 1936.

Para evitar que os comunistas profanassem uma Igreja disse: coloco meus braços na cruz da porta. Teriam que queimá-lo antes de tirá-lo de lá

Aos amigos, em momentos de perigo, dizia: “Não morrerei sem os sacramentos porque cumpri as nove primeiras sextas-feiras, e a promessa do Coração de Jesus não falha”, algo que se cumpriu no dia em que foi preso e executado.

José Gili Doria, Vigário de Masnou, escreveu em 1936: “Um dia Joan me disse: ‘Normalmente dedico pelo menos duas horas por dia à vida espiritual: Missa, comunhão, meditação e visita ao Santíssimo Sacramento; é pouco, mas o meu trabalho e o apostolado não me deixam fazer mais’”.
Gil Doria também disse que “quando depois das eleições de 16 de fevereiro começaram a queimar igrejas, Joan me disse que, se o caso chegasse a Masnou, ele não suportaria ver nossa igreja queimar; colocaria seus braços na cruz diante da porta, e teriam que queimá-lo também antes de tirá-lo de lá”.

Catequista e amigo de bem-aventurados

Joan foi nomeado responsável pelo ramo infanto-juvenil da FJCC, do qual faziam parte crianças de 10 a 14 anos, as quais ele evangelizava com zelo e carinho. Ia à Missa diariamente às 7h e depois pegava o trem para estudar em Barcelona.
Posteriormente assumiu mais responsabilidades na FJCC e tornou-se amigo de Pe. Pere Llumá, que também foi seu diretor espiritual. Também teve amizade com o Beato Pere Tarrés, que naquela época era um jovem médico leigo e vice-presidente da FJCC.

Joan Diggle tinha apenas 19 anos quando, por ódio à Fé, foi assassinado pelos comunistas durante a guerra Guerra Civil Espanhola de 1936.

Por que razão mataram Joan Diggle?

Um de seus biógrafos explica que “a única razão pela qual o mataram foi porque ele era católico. Não tinha outros vínculos senão a paróquia e a Federação dos Jovens Cristãos. Morreu porque não teve medo de defender Cristo”. Isso teria despertado ódio contra ele.
Em 20 de julho de 1936, milicianos vermelhos queimaram a sede da FJCC. Assim começou uma feroz perseguição contra os jovens “fejocistas”, como eram chamados os membros desta associação que não tinha laços partidários.
Estima-se que cerca de 300 jovens da organização foram assassinados na Catalunha, incluindo cerca de 40 sacerdotes.

Maud, a mãe de Joan, diz que naquela época seu filho “foi aliviando penas, encorajando os tímidos, visitando os feridos, buscando diariamente nos hospitais entre os mortos, para saber quais dos seus tinham caído assassinados”.
“Todas as noites, aos pés da cama, com o crucifixo nas mãos, implorava para uns, clemência, para outros, perdão, e para todos, misericórdia e força”.

Igrejas fechadas, guardião da Eucaristia

Diante da perseguição, os templos de Barcelona foram fechados, queimados ou destruídos e não era possível participar da Missa em nenhuma igreja.
Pe. Llumá deu ao jovem uma âmbula com a Eucaristia para que pudesse dá-la aos mais necessitados em suas casas.
Em uma dessas visitas, Joan Roig disse à família Rosés que naquele dia que estava com eles iam matá-lo. “Nada temo, carrego comigo o Amo”. Deixou o Santíssimo Sacramento e, após voltar de seu trabalho, o pegou e o levou para sua casa.

Algumas horas depois, milicianos bateram na porta de sua casa e Joan rapidamente consumiu as hóstias que custodiava. Abraçou sua mãe e se despediu dela em inglês, dizendo: “God is with me” (Deus está comigo).

As últimas palavras ao ser executado pelos comunistas

A patrulha das juventudes libertárias de Badalona, formada por militantes comunistas, o levou junto ao cemitério de Santa Coloma de Gramanet. Suas últimas palavras foram: “Que Deus os perdoe como eu os perdoo”.
Joan Roig foi assassinado com 5 tiros no coração e um na cabeça, em 11 de setembro de 1936. Tinha 19 anos. Segundo as leis da época, não era considerado adulto. Após a guerra, seus restos mortais foram recuperados e reconhecidos pelas 5 feridas no peito e no crânio.

Jaume Marés, tio de Joan Roig, quando soube de sua prisão, pediu ajuda a um amigo policial. Ele revelou que um dos algozes havia lhe falado sobre o menino: “Ah! Aquele menino loiro era um homem corajoso, morreu pregando. Morreu dizendo que nos perdoava e que pedia a Deus que nos perdoasse. Quase nos comoveu”.

Em 7 de novembro o jovem mártir será o Beato Joan Roig Diggle

Seus restos mortais repousam em uma capela da paróquia de San Pere de Masnou. O Cardeal Ricard Maria Carles encerrou a fase diocesana do processo de beatificação em 2001 e o enviou ao Vaticano.
Em 2 de outubro, o Papa Francisco aprovou o decreto que reconhece o martírio de Joan Roig, que será beatificada no dia 7 de novembro, em Barcelona. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações ACI)

https://gaudiumpress.org/

Senado dos Estados Unidos confirma Amy Barrett como juíza da Suprema Corte

Amy Coney Barrett. Crédito: Rachel Malehorn /
Wikimedia CC BY SA 3.0

WASHINGTON DC, 27 out. 20 / 01:00 pm (ACI).- O Senado dos Estados Unidos confirmou, na noite desta segunda-feira, a juíza Amy Coney Barrett como membro da Suprema Corte, cargo para o qual prestou juramento horas depois na Casa Branca.

A votação de 52 contra 48 ocorreu pouco antes das 20h e depois de uma sessão excepcional de domingo na qual os senadores votaram para abrir caminho para a confirmação de Barrett em 26 de outubro.

A senadora republicana Susan Collins juntou-se aos democratas para se opor à confirmação de Barrett. Após a votação, a resolução de confirmação formal foi enviada à Casa Branca para a assinatura do presidente Donald Trump.

O juiz Clarence Thomas administrou o juramento constitucional oficial a Barrett na Casa Branca.

Com Barrett, há agora seis juízes católicos praticantes na Suprema Corte, juntando-se ao presidente do Supremo Tribunal John Roberts e aos juízes Clarence Thomas, Samuel Alito, Sonia Sotomayor y Brett Kavanaugh.

Além disso, Barrett se juntará a Sotomayor como as duas únicas juízas católicas da Suprema Corte na história dos Estados Unidos.

Nascida em Nova Orleans, Barrett frequentou a Escola de Direito da Universidade de Notre Dame antes de servir como assistente jurídico do juiz do Tribunal de Circuito de D.C., Laurence Silberman, e do juiz da Suprema Corte, Antonin Scalia. Depois, dedicou-se a exercer sua profissão de forma privada. Em 2002, voltou para a Faculdade de Direito de Notre Dame para lecionar e em 2010 tornou-se professora.

Barrett é uma mãe católica de sete filhos, incluindo dois haitianos adotivos. Ela é membro do grupo carismático ecumênico People of Praise, e sua participação no grupo foi alvo de certo escrutínio na imprensa durante seu processo de confirmação. Alguns qualificaram o grupo como um "culto" e criticaram a organização por uma prática, modificada desde então, que consistia em chamar líderes de "cabeças" e "donzelas", que são referências a passagens bíblicas.

O Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Portland, Dom Peter Smith, é membro de um grupo de sacerdotes associados ao People of Praise. Dom Smith explicou à CNA – agência em inglês do Grupo ACI - que People of Praise foi um dos muitos movimentos carismáticos leigos que surgiram na Igreja após o Vaticano II e representou uma oportunidade para as famílias católicas viverem sua fé.

Em 2017, Barrett foi nomeada para o Tribunal de Apelações do Sétimo Circuito dos Estados Unidos e enfrentou perguntas hostis de senadores sobre a influência que suas crenças católicas poderiam ter em seu raciocínio judicial.

Durante a audiência de confirmação de Barrett, a senadora democrata Dianne Feinstein questionou Barrett sobre sua fé e valores pessoais, dizendo que “quando lemos seus discursos, a conclusão à qual chegamos é que o dogma vive fortemente em você. E isso é algo preocupante".

Em 1998, Barrett foi coautora de um artigo com o professor de direito John Garvey sobre a possibilidade de que os juízes católicos se recusem em casos de pena de morte, por causa da doutrina da Igreja sobre a pena de morte.

Em 2017 e 2020, senadores democratas mencionaram o artigo. Barrett disse em suas respostas escritas de 2017 que "não consigo pensar em nenhum caso ou categoria de casos, incluindo os casos de pena de morte, nos quais eu me sentiria obrigada a recusar-me por motivos de consciência se confirmada como juíza no Sétimo Circuito".

Barrett também disse ao presidente do comitê, o senador republicano Lindsey Graham, que sua fé não influenciaria as decisões do tribunal.

Durante as audiências de confirmação de Barrett para a Suprema Corte, os democratas no Comitê Judiciário do Senado se mantiveram distantes das referências à sua fé, em vez disso, pediram que emitisse a sua opinião sobre as sentenças existentes da Suprema Corte, incluindo as que legalizavam a contracepção e o aborto.

Barrett foi secretária do juiz Antonin Scalia e já havia falado sobre a influência dele em sua filosofia judicial. O professor de Direito da Notre Dame, Paolo Carozza, disse à CNA que a filosofia jurídica de Barrett é de "restrição judicial".

No entanto, Barrett disse repetidamente aos senadores ontem que, embora ela fosse secretária de Scalia e compartilhasse sua filosofia judicial, ela não era a mesma pessoa que o juiz falecido e julgaria os casos como achasse adequado.

Barrett considerou vários casos de aborto enquanto estava no Sétimo Circuito.

Um deles foi quando se juntou à maioria da corte para defender a regra que estabelece em Chicago uma "zona de distanciamento" de 2,5 metros que ativistas pró-vida e conselheiros devem manter em relação a um centro de aborto. A opinião majoritária citou a sentença “vinculante” da Suprema Corte em Hill vs. Colorado, outro caso de “zona de distanciamento”.

O grupo Alliance Defending Freedom (ADF) pediu à Suprema Corte para ouvir uma objeção à regra da "zona de distanciamento" de 4,5 metros de Pittsburgh; o Tribunal ainda não aceitou ou rejeitou o caso de Nikki Bruni e outros conselheiros pró-vida.

Barrett ingressará na Suprema Corte uma semana antes de serem marcados os argumentos orais em um importante caso de liberdade religiosa, Fulton vs. Filadelfia; o caso poderia decidir outras batalhas judiciais nas quais os governos locais exigiram que as agências religiosas de adoção entreguem crianças aos casais do mesmo sexo.

Publicado originalmente em CNA. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

ACI Digital

SS. SIMÃO E JUDAS (TADEU), APÓSTOLOS

SS. Simão e Judas (Tadeu)  (© Musei Vaticani)

Quando se fala de Simão (dito o Zelote) e Judas Tadeu, penetramos nas entrelinhas mais íntimas dos anais do Evangelho, onde Deus mostra, com toda a intensidade, a sua dimensão de Homem. Estes dois Apóstolos, menos conhecidos que os outros, paradoxalmente, são dois parentes mais estreitos de Jesus: eram dois de seus primos. No que se refere a Judas Tadeu, a tradição é bastante precisa; sabe-se pelas Escrituras que seu pai, Alfeu, era irmão de São José; enquanto sua mãe, Maria de Cléofas, era prima da Virgem Maria. Por outro lado, sobre a existência de Simão, a tradição é bastante vaga.

As facetas de um Apóstolo

O Evangelho fala de Simão como o décimo Apóstolo, antes de Judas Tadeu. Este dado histórico é verídico. Desde então, as coisas tornaram - se mais confusas, - caso raro entre os discípulos de Jesus.

Muitos identificam Simão com o primo homônimo de Cristo, irmão de Tiago o Menor. Os bizantinos o identificam com Natanael de Caná e o organizador do banquete das Bodas de Caná. No entanto, São Fortunato de Poitiers afirma que Simão e Judas Tadeu foram enterrados em Suanir, na Pérsia, onde receberam a palma do martírio.

Segundo a tradição, é quase certeza que, naquela região do mundo, Simão - chamado “o Zelote” ou “o Cananeu”, como os evangelistas Mateus e Marcos o chamam, - encontra Judas Tadeu, seu companheiro de missão e de predestinação.

Judas, discípulo fiel

Havia dois Judas que seguiam Jesus; naturalmente, o menos conhecido era Tadeu. Por causa desta homonomia ambos contaram com uma escassa devoção, sobretudo na Idade Média.

Quando os Onze apóstolos deixaram Jerusalém, para ir anunciar o Reino de Deus em outras plagas, Judas Tadeu partiu da Galileia e da Samaria, deslocando-se, ao longo dos anos, para a Síria, Armênia e a antiga Pérsia. Nesta região, segundo fontes fidedignas, encontrou Simão; a pregação dos dois levou dezenas de milhares de babilônios e pessoas de outras cidades a receber o batismo. Como sempre, o Evangelho atrai seguidores e inimigos. De fato, para estes dois Apóstolos chegou a hora de dar o testemunho derradeiro.

Coragem de ser cristãos

Ambos foram presos e levados ao templo do Sol para que renegassem a Cristo e oferecessem culto à deusa Diana. Ao rejeitarem a proposta, - narra-se - Judas Tadeu declarou que os ídolos pagãos eram falsos. Naquele mesmo instante, dois horríveis demônios saíram do Templo e o destruíram. As pessoas que assistiam a cena, aterrorizadas, atacaram os dois Apóstolos e os mataram de modo brutal. Suas relíquias estão conservadas na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Vatican News

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Ataques ao Papa

Papa Francisco | Presbíteros
por Mons. José Maria Pereira

Acredito na importância de uma reflexão sobre o que temos visto nas redes sociais, ou até, o que é pior, em grupos dentro da própria Igreja Católica: Críticas ao Papa, à Igreja! Quando tais críticas vêm de jornalistas ou de outras pessoas fora da Igreja, até se entende, pois, às vezes, não têm formação religiosa ou, outras vezes, não têm fé. Quando as críticas vêm de pessoas de dentro da Igreja, denota falta de fé, falta de amor à Igreja.

Ao falar da lei do amor, lembra São Paulo: “A lei se resume neste único mandamento: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Mas se vos mordeis e vos devorais uns aos outros, cuidado para não serdes consumidos uns pelos outros!” (Gl 5, 14-15).

Por mais errada que seja uma mãe, o filho não fica falando mal, expondo a mãe em praça pública. A Igreja é nossa Mãe, merece o nosso respeito e o nosso amor. “Crer que a Igreja é ‘santa’ e ‘Católica’, e que ela é ‘uma’ e ‘apostólica’ (como acrescenta o Símbolo niceno-constantinopolitano) é inseparável da fé em Deus Pai, Filho e Espírito Santo…” (Catecismo da Igreja, 750).

“A Igreja é, em Cristo, como que o sacramento ou o sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano”, diz o Concílio Vaticano ll, LG 1. Portanto, ser o sacramento da união íntima dos homens com Deus é o primeiro objetivo da Igreja. Como sacramento, a Igreja é instrumento de Cristo (Cf. Catecismo da Igreja, n 775 e 776).

“Cristo e a Igreja, eis, portanto, o ‘Cristo total’ (Catecismo, n. 795). A Igreja é uma Com Cristo. Os santos têm uma consciência bem viva dessa unidade: ‘Nosso Senhor mostrou-se como uma só pessoa com a santa Igreja, que Ele assumiu’” (São Gregório Magno).

Diz São Tomás de Aquino: “Cabeça e membros são como que uma só pessoa mística” (S Th 3, 48,2).

Santa Catarina de Sena é para nós um modelo de amor à Igreja e ao Papa, a quem chamava “o doce Cristo na terra”.

Cristo, ao instituir os Doze, “instituiu-os à maneira de Colégio ou grupo estável, ao qual prepôs Pedro, escolhido dentre eles” (LG 19).

Somente a Simão, a quem deu o nome de Pedro, o Senhor constituiu como a pedra de sua Igreja. Entregou-lhe as suas chaves (Jo 21, 15-17). O Papa, Bispo de Roma e sucessor de Pedro, “é o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade, quer dos Bispos quer da multidão dos fiéis” (LG 23).

Quando se ataca ou se critica o Papa, está-se enfraquecendo e dividindo a Igreja de Cristo.

A pessoa do Papa, a sua tarefa a serviço da Igreja Universal, a ajuda que lhe prestam os seus colaboradores mais diretos devem ocupar, diariamente, um lugar primordial nas nossas orações. O peso que o Vigário de Cristo deve carregar sobre os ombros com solicitude paternal é esmagador.

A fé leva a acatar o que ensina o Concílio: “Com efeito, o Pontífice Romano, em virtude do seu múnus de Vigário de Cristo e de Pastor de toda a Igreja, possui, na Igreja, poder pleno, supremo e universal. E ele pode sempre livremente exercer este poder” (LG 22; CD 2; 9).

É urgente intensificar a oração pelo Papa, pela Igreja! Gosto das palavras de São Josemaria Escrivá, no livro Amar a Igreja, pág. 27: “Estes tempos são tempos de prova e devemos pedir ao Senhor – com clamor que não cesse ( Is 58,1 ) – que os encurte, que olhe com misericórdia para a sua Igreja e conceda novamente luz sobrenatural às almas dos pastores e às de todos os fiéis”. Não podemos negligenciar este dever filial para com a nossa Mãe, a Igreja, misteriosamente necessitada de proteção e de ajuda: “Ela é Mãe…, e uma mãe deve ser amada” (São João Paulo ll, Homilia, 7/11/1982).

O amor ao Papa é sinal do nosso amor a Cristo. E este amor e veneração devem manifestar-se na oração diária pela sua pessoa e intenções: “O Senhor o conserve e o vivifique e o faça feliz na terra, e não permita que caia nas mãos dos seus inimigos”.

É um amor que deve exprimir-se com maior intensidade em determinados momentos, como os que estamos vivendo ultimamente.

Que Santa Catarina de Sena nos comunique um pouco do seu amor à Igreja e ao Papa. E, com palavras da Santa, peçamos à Nossa Senhora: “A ti recorro, Maria! Ofereço-te a minha súplica pela doce Esposa de Cristo e pelo seu Vigário na terra, a fim de que lhe seja concedida luz para governar a Santa Igreja com discernimento e prudência” (Santa Catarina de Sena, Oração, 11).

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Inimigos da Igreja triunfam constantemente, mas não poderão derrotá-la

YASUYOSHI CHIBA/AFP/Getty Images

"O combate entre a Igreja e o mundo tem isto de particular: sempre parece que o mundo a vence, mas, de fato, é ela que ganha".

Inimigos da Igreja estão sempre proclamando que a Igreja está morta. No entanto, São John Henry Newman nos recorda a verdadeira realidade: a vitória dos inimigos da Igreja é apenas aparente, porque “as portas do inferno não prevalecerão contra ela“. Afinal, é Cristo quem nos dá essa garantia!

De fato, o cardeal inglês que se converteu do anglicanismo e foi canonizado pelo Papa Francisco nos reafirma: “Tendo sido fundada na primeira vinda de Cristo, a Igreja não desaparecerá antes do Seu regresso“. E ele nos aprofunda nesta certeza de modo inspirador. O seguinte fragmento dos seus escritos, por exemplo, aborda especificamente esta realidade. O texto aparece nos seus “Sermões sobre os temas do dia”, nº 6, “Fé e Experiência”, 2.4:

Era fonte de perplexidade para quem crê, como lemos nos salmos e nos profetas, ver que os maus tinham êxito onde os servos de Deus pareciam fracassar. E o mesmo se passa ao tempo do Evangelho.
No entanto, a Igreja possui este privilégio especial, que nenhuma outra religião tem: o de saber que, tendo sido fundada na primeira vinda de Cristo, não desaparecerá antes do Seu regresso. Em cada geração, contudo, parece que ela sucumbe e que os seus inimigos triunfam. O combate entre a Igreja e o mundo tem isto de particular: sempre parece que o mundo a vence, mas, de fato, é ela que ganha. Os seus inimigos triunfam constantemente, dizendo-a vencida; os seus membros perdem frequentemente a esperança. Mas a Igreja permanece!

Inimigos da Igreja têm o seu tempo, mas a Igreja é eterna

(…) Reinos são fundados e desmoronam; nações se espraiam e desaparecem; dinastias começam e terminam; os príncipes nascem e morrem; as coligações, os partidos, as ligas, os ofícios, as corporações, as instituições, as filosofias, as seitas e as heresias se fazem e se desfazem. Elas têm o seu tempo, mas a Igreja é eterna. E no seu tempo, contudo, elas parecerem ter uma grande importância (…) Neste momento, muitas coisas põem a nossa fé à prova. Não vemos o futuro; não vemos que o que parece agora ter êxito não durará muito tempo. Hoje, vemos filosofias, seitas e clãs se alastrarem, florescentes.
A Igreja parece pobre e impotente (…) Peçamos a Deus que nos instrua: temos necessidade de ser ensinados por Ele; estamos cegos. Quando as palavras de Cristo puseram os apóstolos à prova, eles pediram-Lhe: “Aumenta a nossa fé” (Lc 17,5). Procuremos por Ele com sinceridade: nós não nos conhecemos; temos necessidade da Sua graça. Qualquer que seja a perplexidade a que o mundo nos induza, procuremos por Ele com espírito puro e sincero. Peçamos humildemente que Ele nos mostre o que não compreendemos, que suavize o nosso coração quando ele se obstina, que nos dê a graça de O amarmos e de Lhe obedecermos fielmente em nossa busca.

 Aleteia

Por que os cristãos creem na ressurreição e não na reencarnação?

Cristo ressuscitado. Pintura de Rafaellino Del Garbo.
Wikipédia / Domínio público

REDAÇÃO CENTRAL, 27 out. 20 / 06:00 am (ACI).- Talvez um tema da Nova Era (New age) que goza de popularidade no mundo atual é a reencarnação, uma crença que inclusive alguns católicos aceitam apesar de ser incompatível com a fé cristã.

Uma pesquisa realizada pelo prestigioso ‘Pew Center’ revelou que, por exemplo, 29% dos cristãos nos Estados Unidos aceitam a reencarnação como algo verdadeiro. No caso dos católicos, 36% admitem esta crença.

Onde surge a crença na ressurreição?

Embora a crença na ressurreição comece quando o Senhor Jesus ressuscitou no terceiro dia depois da sua morte, já havia alguma ideia a respeito disso entre alguns judeus e fariseus.

"Os fariseus acreditavam em anjos e almas espirituais e, geralmente, na ressurreição dos mortos", disse à CNA – agência em inglês do Grupo ACI– o diácono Joel Barstad, professor de Teologia no Seminário Saint John Vianney, em Denver (Estados Unidos).

"A ressurreição de Jesus entre os mortos confirmou essa crença, mas também lhe deu uma base sólida e profunda", acrescentou.

A doutrina cristã sobre a ressurreição se encontra no Catecismo da Igreja Católica, do número 988 ao 1001.

O número 989 assinala: “Nós cremos e esperamos firmemente que, tal como Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos e vive para sempre, assim também os justos, depois da morte, viverão para sempre com Cristo ressuscitado, e que Ele os ressuscitará no último dia. Tal como a d'Ele, também a nossa ressurreição será obra da Santíssima Trindade”.

“A palavra ‘carne’ designa o homem na sua condição de fraqueza e mortalidade. ‘Ressurreição da carne’ significa que, depois da morte, não haverá somente a vida da alma imortal, mas também os nossos ‘corpos mortais’ (Rm 8, 11) retomarão a vida”, diz o número 990.

“Crer na ressurreição dos mortos foi, desde o princípio, um elemento essencial da fé cristã. ‘A ressurreição dos mortos é a fé dos cristãos: é por crer nela que somos cristãos’”, assinala o número 991.

"A salvação é a unidade com Cristo, porque Cristo traz o Reino de Deus e esse Reino se realiza na ressurreição", disse à CNA Michael Root, professor de Teologia sistemática da Universidade Católica da América.

Joel Barstad afirmou que "um cristão é um indivíduo que realmente quer ser alguém agora e depois da morte até o fim do mundo, mas para que isso seja possível, vou precisar do meu corpo ressuscitado e os outros precisarão dos seus", explicou .

Por que os cristãos devem rejeitar a reencarnação?

Segundo Root, as duas razões principais para rejeitar a crença na reencarnação são: que ela se opõe à forma como Cristo oferece a salvação e porque é contra a natureza da pessoa humana.

Root explicou que a reencarnação "contradiz a imagem da salvação do Novo Testamento, onde a nossa participação na ressurreição de Cristo é efetivamente do que se trata a salvação" e "nos dá uma imagem muito diferente do que é ser humano: um ente incorpóreo que não está relacionado a nenhum tempo específico".

"O cristianismo leva muito a sério que somos seres com um corpo e qualquer noção de reencarnação considera que o ser só tem um tipo de ligação acidental com qualquer corpo específico, porque a partir dessa perspectiva a pessoa passa de um corpo para outro e outro e outro; e o fato de não ter um corpo específico acaba na ideia de que a pessoa não sabe quem ela é", destacou Root.

O documento do Vaticano sobre a Nova Era intitulado "Jesus Cristo portador da água da vida" diz que "a unidade cósmica e a reencarnação são incompatíveis ​​com a crença cristã de que a pessoa humana é um ser único, que vive uma vida só sobre a qual é totalmente responsável: este modo de entender a pessoa coloca em questão tanto a responsabilidade quanto a liberdade pessoal".

Barstad também assinalou que a crença na reencarnação não é algo positivo, nem para os budistas e hindus, que veem como algo de que se deve fugir.

"Não conheço uma doutrina sólida sobre a reencarnação (...) que considere a reencarnação de uma alma como algo bom; embora de repente alguns hindus ou estoicos a reconheçam como uma necessidade cósmica benigna; mas certamente a aspiração mais profunda" de alguns que acreditam nisso “seja dissolver completamente o nexo das relações temporais e corporais; ou seja, dissolver a relação com o corpo, de modo que não seja possível outra reencarnação para uma alma. A meta da alma é então se converter permanentemente em ninguém", destacou Barstad.

Esperança da ressurreição

Enquanto os cristãos podem experimentar o sofrimento na vida, também podem viver a esperança de que "são amados por Cristo que, através de sua própria morte humana e divina, e ressurreição, pode levá-los até o fim e remodelá-los, fazendo algo lindo a partir de uma confusão", explicou Barstad.

Além disso, os cristãos esperam a ressurreição dos outros, seus amigos e entes queridos, "para viver em um novo céu e uma nova terra".

"Por tudo isso evangelizamos, por isso nos arrependemos dos nossos erros e perdoamos aqueles que nos fazem algum mal. Por isso rezamos pelos mortos e os santos que já tem a visão beatífica de Deus também rezam por nós".

Os santos, concluiu o especialista, "ainda estão envolvidos com o mundo e esperam conosco a revelação final de Cristo que dará a todos a ressurreição".

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O DEUS DOS JUDEUS E SEUS DEVIOS DA VERDADE

XIV. Abordemos também – ó Rei – os judeus, para ver o que estes, por sua vez, pensam a respeito de Deus. Estes, sendo descendentes de Abraão, Isaac e Jacó, viveram como forasteiros no Egito e dali Deus os retirou com mão poderosa e braço excelso por meio de Moisés, legislador deles, e por muitos prodígios e sinais lhes deu a conhecer o seu poder. Entretando, mostrando-se também eles desconhecidos e ingratos, muitas vezes serviram aos cultos de outras nações e mataram os justos e profetas que lhes foram enviados. Assim, quando o Filho de Deus veio sobre a terra, após o insultarem, entregaram-no a Pôncio Pilatos, governador romano, e o condenaram à morte de cruz, não respeitando os benefícios que ele lhes havia feito, nem as incontáveis maravilhas que operara entre eles; desta forma, pereceram por sua própria iniqüidade. Com efeito, continuam ainda agora a adorar o único Deus onipotente, porém não segundo o cabal conhecimento, já que negam a Cristo, Filho de Deus; são semelhantes aos gentios, embora, de certo modo, pareçam cercar-se da verdade de que, entretanto, se afastaram. Isto é o suficiente sobre os judeus…

O DEUS VIVO DOS CRISTÃOS E SEUS COMPORTAMENTOS

XV. Os cristãos, por sua parte, contam sua origem a partir do Senhor Jesus Cristo; este é professado como sendo Filho do Deus Altíssimo no Espírito Santo, descido do céu para a salvação dos homens. Foi gerado de uma virgem santa, sem gérmen nem corrupção; fez-se carne e apareceu aos homens, para afastá-los do erro da existência de muitos deuses. E, tendo cumprido sua admirável missão, sofreu a morte da cruz por desígnio voluntário, segundo uma maravilhosa economia, e, após três dias, ressuscitou e subiu aos céus. A glória de sua vinda poderás – ó Rei – conhecê-la, se lerdes o que entre eles [=os cristão] se chama Escritura Evangélica.

Este [Jesus] teve doze discípulos, os quais, após sua ascensão aos céus, percorreram as províncias do Império e ensinaram a grandeza de Cristo, de forma que um deles percorreu esta nossa região pregando a doutrina da verdade. Daí que os que servem à justiça de sua pregação são chamados “cristãos”. E estes são os que tem falado a verdade em todas as nações da terra, pois conhecem o Deus criador é artífice do universo em seu Filho Unigênito e no Espírito Santo; eles não adoram outro Deus senão este. Os mandamentos do mesmo Senhor Jesus Cristo trazem gravados em seus corações e são praticados, esperando a ressurreição dos mortos e a vida do século que há de vir. Não cometem adultério, não fornicam, não levantam falso testemunho, não cobiçam os bens alheios, honram o pai e a mãe, amam aos seus próximos e julgam com justiça.O que não querem que se lhes façam, não fazem aos outros. Aos que os ofendem, os exortam e tentam ser amigos; empenham-se em fazer o bem aos seus inimigos, são mansos e modestos. Se afastam de toda união ilegítima e de toda impureza. Não desprezam a vida, não desamparam o órfão. Os que tem compartilham abundantemente com os que não tem. Se vêem um forasteiro, o acolhem sob seu teto e se alegram com ele como um verdadeiro irmão, pois não se chamam irmãos segundo a carne, mas segundo a alma…

Estão dispostos a dar suas vidas por Cristo porque guardam com firmeza os seus mandamentos, vivendo santa e justamente segundo o que lhes ordenou o Senhor Deus. A Ele são dadas graças a todo momento, por toda comida e bevida, bem como pelos demais bens… Este é, portanto, verdadeiramente o caminho para o reino eterno, prometido por Cristo para a vida vindoura.

E, para que saibas – ó Rei – que não digo estas coisas por minha própria conta, inclina-te sobre as Escrituras dos cristãs e verificarás que não digo nada além da verdade.

CONCLUSÃO

XVI. Assim, com toda razão compreendeu o teu filho e foi ensinado a servir o Deus vivo, para salvar-se no século que está por vir. Eis que grandes e maravilhosas são as coisas pregadas e operadas pelos cristãos, pois não pregam palavras de homens, mas sim a de Deus. Pelo contrário, as demais nações erram e a si mesmas se enganam pois, andando nas trevas, se chocam uns contra os outros como bêbados.

XVII. Até aqui – ó Rei – dirigi-te este meu discurso, cuja verdade foi trazida à minha mente. Por isso, que os teus sábios insensatos parem imediatamente de falar contra o Senhor, pois convém a todos vós venerar o Deus Criador e oferecer tudo às suas palavras incorruptíveis a fim de que, escapando do juízo e dos castigos, sejais declarados herdeiros da vida imperecível.

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Ideias para celebrar a Festa de todos os Santos com as crianças

Foto: Shower of Roses / http://showerofroses.blogspot.com

REDAÇÃO CENTRAL, 27 out. 20 / 05:00 am (ACI).- Fantasias, doces, flores e até as polêmicas abóboras também podem ser úteis para celebrar a Festa de Todos os Santos com as crianças. A seguir, apresentamos algumas propostas.

Em algumas paróquias e comunidades católicas, tornou-se costume fantasiar as crianças de um santo favorito e se reunir em um local para compartilhar atividades infantis. Não é preciso um grande investimento, mas com a ajuda de alguns tecidos ou objetos domésticos, uma boa caracterização pode ser alcançada.

Por exemplo, se a ideia é se vestir como Santa Catarina de Sena, pode-se usar um longo vestido branco com um tecido preto para a cabeça em forma de “véu” (usado pelas religiosas), sustentado por uma coroa de ramos secos. Enquanto na mão, pode segurar uma cruz com lírios.

Caso queira dar um toque mais doce, pode mudar o vestido por um de cor creme e a coroa por uma de rosas e, assim, torna-se Santa Rosa de Lima.

No caso dos meninos, uma grande manta ou lençol branco que envolva o corpo e uma imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, na parte da frente, daria a impressão de ter na família um São Juan Diego com o manto da Virgem.

Também poderia representar São Domingos Sávio, padroeiro dos coros de crianças, com calça marrom, jaqueta verde, camisa branca e uma gravata borboleta.  E se o que se busca é caracterizar um santo fundador, então, uma túnica preta ou marrom representaria Santo Inácio de Loyola ou São Francisco de Assis, respectivamente.

Nas atividades infantis, é possível usar recipientes com doces e colar neles a imagem dos santos que sejam mais conhecidos.

Por exemplo, para aprofundar sobre a vida de São João Paulo II, são feitas perguntas da vida do Pontífice e que responder corretamente pegará um doce do recipiente que tem a imagem do “Papa peregrino”. Os doces também podem ser envolvidos com algumas de suas frases mais famosas.

Quem vive em regiões de época de abóboras, como Estados Unidos, a ideia é usá-las para desenhar nelas uma estrela, uma cruz; para os mais criativos, o rosto da Virgem Maria ou de Cristo. Assim, evita-se as imagens terríveis e lhe dá um sentido mais cristão.

Pode ver mais ideias para representar os santos em: http://showerofroses.blogspot.com/2013/10/celebrating-saints-our-2013-costumes.html.

ACI Digital

A forma do batismo: somente por imersão? (Parte 11/12) – A arte paleocristã

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A ARTE PALEOCRISTÃ

Denomina-se “arte paleocristã” o estilo de arte que se desenvolve durante os cinco primeiros séculos da nossa Era, desde o surgimento do Cristianismo, durante a dominação romana; e, depois da liberdade de culto, até a invasão dos povos bárbaros[6].

O testemunho das catacumbas, no que se refere à forma de batismo, até onde se pode avançar, é forte e irrefutavelmente a favor da infusão e da aspersão. Todas as figuras representadas neste rito indicam que estas formas de batismo eram praticadas, não existindo nenhuma expressão clara dessa arte como evidência do batismo por imersão. Ademais, nenhuma figura mostra Jesus sendo batizado por imersão.

Como exemplo, vejamos quatro pinturas feitas entre os séculos II e III, das catacumbas romanos, onde os cristãos se refugiavam, sepultavam os seus mortos e se reuniam quando estavam sendo perseguidos pelo Império Romano.

Recordemos que as pinturas nos primeiros anos da Igreja também eram um meio de evangelização, pois mostravam como eles criam. Com efeito, se estas pinturas apresentavam o batismo por infusão, é porque os primeiros cristãos praticavam essa forma, caso contrário haveria uma completa contradição.

Vejamos agora algumas citações sobre a arqueologia de alguns pesquisadores, que têm relação com o batismo:

O “Dicionário Oxford da Bíblia” (2004) afirma:

  • “A evidência arqueológica desde os primeiros séculos mostra que o batismo era administrado às vezes por imersão, mas também por infusão, usando um recipiente para derramar água sobre a cabeça do candidato”.

A “História do Cristianismo de Cambridge” (2006) também conclui a partir da evidência arqueológica que o derramar água três vezes sobre a cabeça do candidato era uma forma frequente (cf. Margaret Mary Mitchell, Frances Margaret Young e K. Scott Bowie; “Cambridge History of Christianity”, vol. 1: “From origins to Constantine”; Cambridge University Press, 2006, ISBN 978-0-521-81239-9, pp.160-161).

Robin Jenses escreve:

  • “Historiadores tem assumido que às vezes que o batismo era realizado pela imersão total do corpo; no entanto, a evidência arqueológica e iconográfica é ambígua neste ponto. Ademais, um grande número de pinturas mostra água sendo derramada sobre a cabeça dos candidatos (infusão), seja a partir de uma queda d’água, seja por um recipiente litúrgico” (“Living Water: Images, Symbols, and Settings of Early Christian Baptism”).

—–
NOTA:
[6] Explicação completa sobre a arte paleocristã aqui: https://www.solumverbumdei.com/2020/02/sabe-usted-que-es-el-arte-paleocristiano.html (em espanhol).

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF