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domingo, 31 de julho de 2016

Vigília de Oração: jovens, protagonistas da história

Cracóvia (RV) – Na parte da tarde deste sábado (30/7), o Santo Padre se dirigiu ao “Campus Misericordiae”, situado a 12 quilômetros de Cracóvia.

Este é lugar central dos principais eventos da JMJ, neste sábado e domingo, que são a Vigília de Oração e a Missa conclusiva da JMJ. O Campo da Misericórdia situa-se na localidade de Brzegi, uma região de atividades econômicas de Wieliczka. Trata-se de uma área de aproximadamente três mil hectares, capaz de acolher até dois milhões de pessoas. Depois da JMJ este lugar se tornará Asilo para Idosos e Centro de caridade para enfermos.
O altar no “Campus Misericordiae”, encontra-se em uma estrutura de 11 metros de altura, 150 de largura, bem visível de qualquer ponto do campo. Serão utilizados 66 autofalantes e 30 telões para uma maior participação dos jovens dos eventos conclusivos da JMJ.
Para se chegar ao “Campus Misericordiae” foram melhorados 17 quilômetros de estradas, instaladas antenas de Wi-Fi gratuito, além de uma Capela para adoração Eucarística, pontos de informação entre outros para necessidades pessoais.
No centro do “Campus Misericordiae” foi construído um grande lago natural no qual se destaca uma “Arca de Noé”, para evocar os 1050 anos de Batismo da Polônia.
Neste local, milhares de jovens participam, na noite deste sábado (30/7), da Vigília de Oração, presidida pelo Papa Francisco, que terá como tema: “Jesus, fonte de Misericórdia”! O evento prevê alguns testemunhos pessoais dos jovens e uma cenografia, com base no tema, dividida em cinco partes: fé aos duvidosos; esperança aos desencorajados; amor aos indiferentes, perdão a quem comete o mal, alegria às pessoas tristes.
Durante a Vigília de Oração no “Campus Misercordiae”, o Papa Francisco fez um longo pronunciamento, partindo dos testemunhos de vida apresentados pelos jovens.
Referindo-se ao depoimento de Rand, um rapaz da Síria, que pedia para "rezar pelo seu amado país”, o Papa disse: “O que há de melhor, para começar a nossa Vigília, do que rezar?
Viemos de várias partes do mundo, de continentes, países, línguas, culturas e povos diferentes. Somos «filhos» de nações que, talvez, estejam em paz ou, talvez, em guerra.
Neste sentido, Francisco convidou os presentes a rezar pelos sofrimentos das vítimas da guerra, embora nada justifica o sangue derramado de um irmão. A nossa resposta a este mundo em conflito tem um nome: fraternidade, irmandade, comunhão, família.
Aqui, pediu aos jovens presentes para fazer um momento de silêncio e rezar (pausa).
A seguir, o Pontífice recordou a imagem dos Apóstolos no dia de Pentecostes. Eles estavam fechados no Cenáculo, com medo e ameaçados pelo ambiente circunstante. Naquele contexto, aconteceu algo de espetacular e grandioso: a vinda do Espírito, que os impeliu a uma aventura impensável.
Os jovens, que acabaram de partilhar conosco as suas experiências, pareciam os discípulos, que temeram e se fecharam. Ficaram paralisados!
Com Jesus somos capazes de contagiar os demais com a alegria, que nasce do amor e da misericórdia de Deus; devemos vê-lo no faminto, no sedento, no maltrapilho, no doente, no amigo em perigo, no encarcerado, no refugiado, no migrante, no próximo solitário.
Deus, frisou Francisco, quer abrir as portas das nossas vidas. O mundo de hoje pede-nos para ser protagonistas da história. A história pede-nos para defender a nossa dignidade e o nosso futuro.
O Senhor, com o dia de Pentecostes, realiza em nós um dos maiores milagres: torna-nos sinais de reconciliação, de comunhão, de criação. Ele quer que as nossas mãos sejam suas mãos para construir um mundo novo.
O Senhor, concluiu o Papa, aposta no nosso futuro; Ele nos convida a deixar a nossa marca no mundo e na vida, que determina a história humana.
Logo, o Santo Padre exortou a juventude, presente em Cracóvia, a saber viver na diversidade, no diálogo, na partilha; a ter coragem de construir pontes e de abater os muros!
Por fim, como sinal de unidade, o Papa pediu aos jovens para dar-se as mãos, para formar uma grande ponte de fraternidade e amizade!
Ao término do pronunciamento do Pontífice, foi exposto sobre o altar do “Campus Misericordiae” o ostensório com o Santíssimo Sacramento para a adoração dos presentes.
Recordamos que amanhã, domingo, no mesmo “Campus Misericordiae”, o Papa Francisco presidirá à Santa Missa de encerramento da JMJ, da qual concelebrarão cerca de 1.200 bispos e 15 mil sacerdotes.
Radio Vaticano.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Dom Sergio é um dos bispos catequistas na JMJ 2016

O arcebispo de Brasília e presidente geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Sergio da Rocha participa da 31º Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Cracóvia. Dom Sergio foi convidado pela equipe organizadora da JMJ para atuar como bispo catequista.


Os bispos catequistas ficam responsáveis por orientar as catequeses dos vários grupos lingüísticos presentes no evento. As catequeses acontecem durante três manhãs, cada dia com um tema diferente. Este ano o tema geral é: “Felizes os misericordiosos porque alcançarão misericórdia” (Mt 5, 7)”. Nos outros dias, consecutivamente, serão abordados os seguintes temas: Este é tempo de misericórdia; Deixar-se tocar pela misericórdia de Cristo; eSenhor faz de mim um instrumento da tua misericórdia. Jovens de Portugal, de países africanos de língua portuguesa e do próprio Brasil, estiveram presentes em grande número nessas catequeses.
Em conversa por email, dom Sergio destacou vários pontos importantes desta vivencia de Jornada. Um deles foi o grande número de jovens provenientes de pastorais, e movimentos de nossa Arquidiocese, além dos padres diocesanos e religiosos que atuam em Brasília e também estão em grande número por lá.
Dom Sergio aproveitou para falar sobre a experiência de participar da Jornada que é o maior evento jovem do mundo. “Já tive a oportunidade de participar das últimas JMJ, como bispo catequista. É sempre uma experiência bonita demais para ser resumida em poucas palavras. Destaco dois pontos que comovem e animam a todos nós a caminhar, pois peregrinar é caminhar juntos! Primeiro: o testemunho alegre da multidão de jovens de todo o mundo, unidos nas celebrações e espalhados pelas ruas da cidade sede. Segundo: a presença do Papa animando ainda mais a juventude e todos nos”, ressaltou o bispo.
Por Kamila Aleixo/Arquidiocese de Brasília.

Discurso do Papa Francisco na Via Sacra da JMJ Cracóvia 2016

CRACÓVIA, 29 Jul. 16 / 02:41 pm (ACI).- No Parque Jordan e acompanhado por centenas de milhares de jovens, o Papa Francisco presidiu a Via Sacra da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Cracóvia 2016.

A seguir, o discurso completo do Santo Padre:
«Tive fome e destes-me de comer,
tive sede e destes-me de beber,
era peregrino e recolhestes-me,
estava nu e destes-me que vestir,
adoeci e visitastes-me,
estive na prisão e fostes ter comigo» (Mt 25, 35-36).
Estas palavras de Jesus vêm ao encontro da questão que muitas vezes ressoa na nossa mente e no nosso coração: «Onde está Deus?» Onde está Deus, se no mundo existe o mal, se há pessoas famintas, sedentas, sem abrigo, deslocadas, refugiadas? Onde está Deus, quando morrem pessoas inocentes por causa da violência, do terrorismo, das guerras? Onde está Deus, quando doenças cruéis rompem laços de vida e de afeto? Ou quando as crianças são exploradas, humilhadas, e sofrem – elas também – por causa de graves patologias? Onde está Deus, quando vemos a inquietação dos duvidosos e dos aflitos na alma? Há perguntas para as quais não existem respostas humanas. Podemos apenas olhar para Jesus, e perguntar a Ele. E a sua resposta é esta: «Deus está neles», Jesus está neles, sofre neles, profundamente identificado com cada um. Está tão unido a eles, que quase formam «um só corpo».
Foi o próprio Jesus que escolheu identificar-Se com estes nossos irmãos e irmãs provados pelo sofrimento e a angústia, aceitando percorrer o caminho doloroso para o calvário. Ao morrer na cruz, entrega-Se nas mãos do Pai e leva consigo e em Si mesmo, com amor de doação, as chagas físicas, morais e espirituais da humanidade inteira. Abraçando o madeiro da cruz, Jesus abraça a nudez e a fome, a sede e a solidão, a dor e a morte dos homens e mulheres de todos os tempos. Nesta noite, Jesus e nós, juntamente com Ele, abraçamos com amor especial os nossos irmãos sírios, que fugiram da guerra. Saudamo-los e acolhemo-los com fraterno afeto e simpatia.
Hoje a humanidade precisa de homens e mulheres, particularmente jovens como vós, que não queiram viver a sua existência «a metade», jovens prontos a gastar a vida no serviço gratuito aos irmãos mais pobres e mais vulneráveis, à imitação de Cristo que Se doou totalmente a Si mesmo pela nossa salvação. Perante o mal, o sofrimento, o pecado, a única resposta possível para o discípulo de Jesus é o dom de si mesmo, até da própria vida, à imitação de Cristo; é a atitude do serviço. Se alguém, que se diz cristão, não vive para servir, não serve para viver. Com a sua vida, renega Jesus Cristo.
Nesta noite, queridos jovens, o Senhor renova-vos o convite para vos tornardes protagonistas no serviço; Ele quer fazer de vós uma resposta concreta às necessidades e sofrimentos da humanidade; quer que sejais um sinal do seu amor misericordioso para o nosso tempo! Para cumprir esta missão, Ele aponta-vos o caminho do compromisso pessoal e do sacrifício de vós próprios: é o Caminho da cruz. O Caminho da cruz é o caminho da felicidade de seguir a Cristo até ao fim, nas circunstâncias frequentemente dramáticas da vida diária; é o caminho que não teme insucessos, marginalizações ou solidões, porque enche o coração do homem com a plenitude de Jesus. O Caminho da cruz é o caminho da vida e do estilo de Deus, que Jesus nos leva a percorrer mesmo através das sendas duma sociedade por vezes dividida, injusta e corrupta.
O Caminho da cruz é o único que vence o pecado, o mal e a morte, porque desemboca na luz radiosa da ressurreição de Cristo, abrindo os horizontes da vida nova e plena. É o Caminho da esperança e do futuro. Quem o percorre com generosidade e fé, dá esperança e futuro à humanidade.
Naquela Sexta-feira Santa, queridos jovens, muitos discípulos voltaram tristes para suas casas, outros preferiram ir para a casa da aldeia a fim de esquecer a cruz. Pergunto-vos: Nesta noite, como quereis tornar às vossas casas, aos vossos locais de alojamento? Nesta noite, como quereis voltar a encontrar-vos com vós mesmos? Cabe a cada um de vós dar resposta ao desafio desta pergunta.
AciDigital

Papa visita “cela da fome”, onde São Maximiliano Kolbe morreu


AciDigital

Papa Francisco reza em frente ao “muro da morte” em Auschwitz


AciDigital

Papa Francisco reza em silêncio no campo de concentração de Auschwitz


AciDigital

domingo, 24 de julho de 2016

JMJ ao vivo no YouTube em VaticanBR


Cidade do Vaticano (RV) – A redação brasileira prepara uma série de transmissões especiais durante a visita do Papa à Polônia.
Todas as transmissões extraordinárias da Rádio Vaticano irão ao ar também ao vivo no YouTube.
Inscreva-se em nosso canal VaticanBR para receber os alertas antes do início das transmissões para seguir de perto o encontro de Francisco com a juventude mundial.
playlist com as transmissões já está publicada. Os horários podem sofrem alterações sem prévio aviso.
Ao todo, serão  13 transmissões especiais: entre elas, a visita do Papa aos campos de concentração nazistas de Auschwitz e Birkenau, a Vigília de Oração com os jovens e a Missa de Encerramento – na qual o Pontífice anunciará a cidade-sede da próxima Jornada Mundial da Juventude.
Acesse a lista completa da programação no horário de Brasília.
(rb)
Radio Vaticano

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Do céu, Carmen Hernández seguirá ajudando o Caminho, afirma Pe. Mario Pezzi

Pe. Mario Pezzi e Carmen Hernández / Foto: Daniel Ibañez (ACI Prensa)
MADRI, 22 Jul. 16 / 01:00 pm (ACI).- A Missa de funeral de Carmen Hernández, iniciadora do Caminho Neocatecumenal com Kiko Argüello, reuniu milhares de pessoas na Catedral de Madri e, na cerimônia, Padre Mario Pezzi, também membro da equipe responsável pelo movimento em todo o mundo, destacou que, “do céu, não nos deixará e continuará nos ajudando”.

A cerimônia, presidida pelo Arcebispo da capital da Espanha, Dom Carlos Osorio Sierra, foi vivida com profunda reverência e esperança na ressurreição de Cristo.
No final do funeral, o sacerdote pronunciou algumas emotivas palavras de agradecimento. “É a primeira vez na história que uma realidade eclesial é fundada por um homem e uma mulher que estiveram colaborando constantemente juntos”, afirmou.
Sobre Carmen Hernández, o presbítero destacou que “foi apaixonada por Deus e Deus por ela, porque desde de pequena, conquistou-lhe o coração. Quis ir como missionária para a Índia e acho que uma vez fugiu de casa para ir”.
“Foi providencial para o Caminho quando encontrou Kiko e começou esta aventura que os últimos Papas definiram como ‘dom do Espírito Santo’, não um projeto de homens”.
“Ela colaborou com Kiko facilitando-lhe a renovação do Concílio Vaticano II, que se baseia sobretudo no tripé ‘liturgia, Palavra de Deus eIgreja’”, assinalou.
O sacerdote assegurou que ela “transmitiu a Kiko toda a riqueza do Concílio, sobretudo os movimentos litúrgicos bíblicos e patrísticos, porque estudava e pesquisava muito e Kiko plasmou no Caminho, com suas etapas”.
O Pe. Pezzi disse também que Carmen “lutou muito pelo que era fundamental para o Caminho: a vigília Pascal – celebrada durante toda a noite – e a Eucaristia em pequena comunidade”.
Além disso, recordou que foi ela quem “lutou para que o Caminho não fosse aprovado como uma associação de leigos, mas sim como uma iniciação cristã de adultos nas paróquias que recupera a riqueza do batismo”.
Por último, explicou que “Kiko e Carmen estavam enraizada no amor de Deus, e essa liberdade de relação ajudou muitas mulheres, porque o amor, como disse Bento XBI e agora o Papa Francisco, é respeito pela alteridade; não há amor sem liberdade e sem verdade, e isso ajudou muitas mulheres a descobrirem que sua vocação é a vida consagrada”. “Do céu, não nos deixará e continuará nos ajudando”, concluiu.
Por sua parte, em declarações ao Grupo ACI, o iniciador do Caminho, Kiko Argüello, disse também que, “graças a ela, conhecemos a renovação do Concílio, a Vigília Pascal... ela conheceu um dos melhores liturgistas de Espanha, que estava em contato com o Concílio e, por isso, levou o Caminho a tudo isso”.
“Carmen era muito livre, muitas mulheres no Caminho dizem que graças a ela se sentiram orgulhosas de ser mulher, para ela parresia. São João Paulo II a escutava muito”, afirmou.
Argüello também disse que “ela foi quem pediu para ajudar os conventos de clausura pela escassez de vocações e teve precisamente a ideia de pedir vocações para a clausura nos encontros que fazemos as vezes. Há mais de 4.000 irmãs do Caminho que entraram em algum mosteiro”.
Acidigital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF