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terça-feira, 12 de setembro de 2017

Igreja condena peça blasfema que apresenta Jesus como violador

Imagem referencial / Foto: Pixabay (Domínio Público)
Roma, 27 Abr. 17 / 08:00 am (ACI).- A controversa peça de teatro que apresenta Jesus violando uma mulher muçulmana foi condenada pela Igrejana Croácia, que instou os responsáveis a tomarem medidas, porque “ofende Deus, o homem e a nação”.
A peça intitulada “Nossa violência e sua violência” foi escrita pelo croata Oliver Frljic, que há algumas semanas dirigiu na Polônia um espetáculo teatral que mostra com uma imagem de São João Paulo II.
Através de um comunicado, a Arquidiocese de Split (Croácia) condenou a nova obra blasfema de Frljic que usa como contexto a atual crise de refugiados que chegam à Europa, do Oriente Médio e do Norte da África.
“Instamos a todos os responsáveis (...) a tomar medidas para que (a obra) não ofenda as pessoas nem humilhe a cultura”, assinalou a Arquidiocese no texto dirigido ao Ministro de Cultura, às autoridades em Split e ao teatro da cidade.
Advertiram que peça de Frljic “ofende Deus, o homem e a nação” e “provocou uma condenação local e internacional”.
A peça blasfema é apresentada durante o Festival Marulic, dedicado à memória do poeta do renascimento croata, defensor do humanismo cristão e cujas obras foram influenciadas pela Bíblia.
Nesse sentido, a Arquidiocese advertiu que a apresentação do espetáculo de Frljic é uma ofensa à memória de Marulic.
ACI Digital

sábado, 9 de setembro de 2017

23º Domingo do Tempo Comum: A correção fraterna!

+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília

Estamos vivenciando o mês especialmente dedicado à Bíblia, ocasião especial para crescer na escuta e na vivência da Palavra de Deus. O Salmo que rezamos hoje nos alerta: “Não fecheis o coração; ouvi, hoje, a voz de Deus!” (Sl 94).
Neste mês da Bíblia, continuamos a meditar o Evangelho segundo Mateus. Estamos lendo, com a Igreja, o capítulo 18, voltado especialmente para a vida em comunidade. Jesus se dirige aos seus discípulos orientando a vida comunitária. O texto, hoje proclamado, destaca a correção fraterna, sinal de amor e de responsabilidade diante do irmão que peca.
A verdadeira correção fraterna é um sinal de amor ao próximo e uma consequência da vida fraterna. Ela exclui o rancor, a fofoca ou os comentários que destroem o outro. O objetivo deve ser ajudar a superar os erros, ao invés de condenar a viver no pecado. Por isso, a verdadeira “correção fraterna”, segundo a própria expressão, ocorre apenas onde há fraternidade. A palavra de Jesus se refere ao relacionamento entre irmãos. “Se o teu irmão pecar contra ti...”, afirma o Senhor (Mt 18,15). A palavra “irmão” pressupõe alguém que está na comunidade e que necessita de ajuda fraterna para superar o pecado.  O primeiro passo ocorre no âmbito pessoal, pois Jesus fala em corrigir o irmão “a sós”, “em particular”. Não conseguindo, busca-se ajuda de outros dois ou três irmãos e, por fim, recorre-se à Igreja (Mt 18,16-17). A intenção sincera deve ser ajudar, pois “o amor não faz nenhum mal contra o próximo”, conforme afirma S. Paulo (Rm 13,10).
A correção ao irmão que erra é também sinal de responsabilidade perante o próximo. O profeta Ezequiel alerta sobre a responsabilidade pessoal em advertir o ímpio a respeito de sua conduta, para que ele não morra, mas tenha a vida (Ez 37,7-9).
Não é fácil praticar a correção fraterna, mas ela se faz cada vez mais necessária. Não é justo ficar falando mal das pessoas. Não é correto ficar indiferente diante de erros, que muitas vezes chegam a destruir a vida de quem erra e de sua família. Por isso, a oração se faz tão necessária. Jesus está no meio daqueles que se reúnem em seu nome e rezam unidos. A correção fraterna deve ser acompanhada da oração e iluminada pela Palavra de Deus; ela é fruto de uma comunidade unida pelo amor e pela oração. 
O Mês da Bíblia nos motiva a por em prática a Palavra de Deus. Por isso, procure aproximar-se mais do seu irmão, especialmente daquele que necessita recomeçar a vida, contando com a misericórdia de Deus e a presença fraterna dos irmãos.
Arquidiocese de Brasília

Do Sermão sobre as Bem-aventuranças, de São Leão Magno, papa

(Sermo 95,4-6: PL 54, 462-464)       (Séc.V)

A bem-aventurança do reino de Cristo
Após ter proclamado a felicíssima pobreza, o Senhor acrescenta: Bem-aventurados os que choram porque serão consolados (Mt 5,4). Estas lágrimas que têm a promessa da consolação eterna nada têm a ver com a comum aflição deste mundo; nem tornam bem-aventuradas as queixas arrancadas a todo o gênero humano. É outro o motivo dos gemidos dos santos, outra a causa das lágrimas felizes. A tristeza religiosa chora o pecado dos outros ou o próprio. Não se acabrunha porque se manifesta a divina justiça, mas dói-se do que se comete pela iniquidade humana. Sabe ser mais digno de lástima quem pratica a maldade do que quem a sofre, porque a maldade mergulha o injusto no castigo. A paciência leva o justo até à glória.  
 Em seguida diz o Senhor: Bem-aventurados os mansos porque possuirão a terra por herança (Mt 5,5). Os mansos e quietos, humildes, modestos e aflitos a suportar toda injúria recebem a promessa de possuir a terra. Não se considere pequena ou sem valor esta herança, como se fosse diferente da celeste morada, pois não se entende que sejam outros a entrar no reino dos céus. A terra prometida aos mansos e a ser dada aos quietos é a carne dos santos que, graças à humildade, será mudada pela feliz ressurreição e vestida com a glória da imortalidade, nada mais tendo de contrário ao espírito na harmonia de perfeita unidade. O homem exterior será então a tranquila e incorruptível possessão do homem interior.  
Os mansos a possuirão numa paz perpétua e nada diminuirá de sua condição, quando o corruptível se revestir da incorruptibilidade e o mortal se cobrir com a imortalidade (1Cor 15,54); a provação se mudará em prêmio, o ônus de outrora agora será honra.
www.liturgiadashoras.org

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Papa Francisco dá início a 20ª Viagem Apostólica Internacional

Papa Francisco dá início a 20ª Viagem Apostólica Internacional
“Venho como peregrino de esperança e de paz”: assim o Papa Francisco saúda os colombianos às vésperas de sua 20ª viagem apostólica internacional, que tem início na quarta-feira, 6 de setembro.

“Querido povo da Colômbia, daqui alguns dias visitarei o seu país. Virei como peregrino de esperança e de paz para celebrar com vocês a fé no nosso Senhor e também para aprender com sua caridade e perseverança na busca da paz e da harmonia.”
O Papa agradece antecipadamente a acolhida ao Presidente colombiano, aos bispos do país e a todos que trabalharam para esta visita se realize. Francisco cita também o lema da viagem, “Façamos o primeiro passo” e a importância de ir ao encontro do outro, estender a mão e trocar o sinal da paz.
Colômbia em busca da paz
“A paz é o que a Colômbia busca e para qual trabalha há muito tempo. Uma paz estável, duradoura, para que possamos nos ver e nos tratar como irmãos, não como inimigos. A paz nos recorda que somos todos filhos do mesmo Pai que nos ama e nos conforta.”
O Pontífice declara-se “honrado” de visitar a Colômbia, “terra rica de história, cultura, fé, homens e mulheres que trabalharam com determinação e perseverança para torná-la um local em que reine a harmonia e a fraternidade, em que o Evangelho é conhecido e amado.
Proteger o meio ambiente da exploração selvagem
Para Francisco, o mundo de hoje necessita de conselheiros de paz e de diálogo e também a Igreja é chamada a esta tarefa, “para promover a reconciliação com o Senhor e com os irmãos, mas também a reconciliação com o meio ambiente, que é uma criação de Deus e que estamos explorando de modo selvagem”.
Que esta visita, conclui o Papa, seja um abraço fraterno a cada colombiano. “Eu os abraço com afeto e peço ao Senhor que os abençoe, que proteja o país e lhe conceda a paz. E peço à Nossa Mãe, a Virgem Santa, que cuide de vocês. Não se esqueçam de rezar por mim. Obrigado e até logo.”
(Matéria da Rádio Vaticano)
CNBB

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

O domínio da “tela” nas crianças e pré-adolescentes

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Mídia Digital, Ernst & Young
Redação (Terça-feira, 05-09-2017, Gaudium Press) Tivemos a oportunidade, em artigo anterior, de nos perguntar se somos viciados digitais, assim como confirmar como esse fenômeno nos "rouba" o espaço que reservamos para os nossos e para Deus. Queremos considerar agora o crescimento do acesso, uso e abuso de dispositivos digitais por parte de crianças e pré-adolescentes.
Segundo numerosos pediatras, psicólogos e educadores, o fenômeno do "domínio da tela", é prejudicial ao normal desenvolvimento emocional e intelectual de uma criança pois, deixam de interagir com o mundo ao seu redor, isolando-se no mundo digital.
Mas acontece que, ao lado das crianças, encontramos pais constantemente apegados a dispositivos digitais. Isso os impossibilita, de certa forma, a estabelecer normas, uma vez que não são exemplo vivo do que não deve ser feito. Consideram mais cômodo, menos trabalhoso, dar mais liberdade, colocar um pequeno dispositivo em suas mãos, em vez de compartilhar, estar com ele, escutar-lhe.
A Dra. Steiner-Adair, autora do singular livro "A grande desconexão: proteção da infância e relações familiares na era digital", ressalta dois importantes momentos no relacionar-se com a criança ou o pré-adolescente: a ida ao colégio, e mais ainda a volta do mesmo; porque aqui têm que conter-lhe suas andanças, suas preocupações, suas alegrias.
Os pais ficam preocupados, não sabem como lidar com esta situação difícil. Existem vantagens e desvantagens. As vantagens, dizem alguns, são o comunicar-nos com nossos filhos, que os jogos desenvolvem o pensamento, que na pré-adolescência trocam com amigos aumentando seu relacionamento social.
Mas, Ignacio Gath, psicólogo do Instituto de Neurologia Cognitiva de Buenos Aires, objeta que o pré-adolescente ficará exposto a sites inapropriados, que se corre o risco de que cheguem a ele pessoas desconhecidas, expondo-os a situações de vulnerabilidade. O debate é amplo...
As crianças pedem celulares em idades cada vez mais novas, por que não... se todos o têm?, dizem eles. Mas, pergunta-se: quais são os benefícios para o seu bem-estar, tanto emocional quanto social?
A psicóloga mexicana Tania Castro chama de "órfãos digitais" os "filhos cujos pais permitem mergulhar na tecnologia sem restrição alguma, com o objetivo de mantê-los tranquilos e sem protestar. Qual é o risco?, se pergunta esta psicóloga. É que, com o uso excessivo destes dispositivos eletrônicos os transforma em uma "babá eletrônica". A televisão, em seu lugar de relevância, vai sendo gradualmente deslocada para os tablets, os celulares (com seus jogos e redes sociais), dando lugar para que "se perca o vínculo comunicativo entre pais e filhos" (ACI, 14 de maio de 2017).
Pesquisas em vários países mostram que as crianças passam entre 5 a 6 horas por dia na frente da tela, seja TV, celular ou Tablet. Reclamação singular das crianças no Reino Unido: 27% diz que seus pais têm normas duplas sobre a tecnologia... Diríamos nós: são "viciados digitais" e querem impedir que seus filhos sejam; o mau exemplo os trai. Há confrontos nas respostas: 60% dos pais acreditam que seu filho gasta muito tempo no dispositivo móvel em casa, mas 21% das crianças sentem que seus pais não ouvem porque estão em mensagens, ligações ou textos em seus celulares. Espantem-se: no Reino Unido, 39% das crianças se comunica por texto, e-mail ou redes sociais com seus pais, estando na mesma casa!
Este fenômeno de "encaixar a chupeta", da "baba eletrônica", da "paternidade distraída", dos "órfãos digitais", nos leva à consequente preocupação sobre a excessiva presença da tela nas crianças e pré-adolescentes.
As associações pediátricas alertam sobre o uso, especialmente em bebês, pois pode causar problemas de aprendizagem e psicomotricidade. Isso, muitos pais não sabem. Às vezes, pode produzir distúrbios de fala (ou específicos da linguagem) em crianças de 4 ou 5 anos que viveram acompanhados deles durante toda a infância. "Porque a imagem não tem uma palavra que acompanhe o processo de aprendizagem, é tanta a velocidade não parece ser um processamento adequado. As crianças preferem ver e interagir com o mundo digital em vez de criar cenários no mundo real. A redução da manipulação de objetos afeta a motricidade" (Clarín de Buenos Aires, 1-3-2017).
Ainda há repercussões sobre o comportamento, a saúde, o estudo: o uso excessivo em pré-adolescentes produz insônia e falta de descanso que levam a dificuldades de atenção, reduzindo o desempenho escolar; a diminuição da atividade física e exposição ao sol dá transtornos de peso; a troca on-line dificulta a aquisição de habilidades comunicacionais e sociais (um conflito on-line se soluciona com um clique, apagando o contato ou bloqueando-o).
Uma clara explicação é da psicóloga argentina Ileana Fischer, que coordena equipes no Centro Rascovsky. Recomenda -entre outras coisas- não dar telefone celular a menores de 2 anos. É o que vemos, crianças que ainda não falam, com os telefones celulares ou tablets de seus pais, impedindo isso que explorem o mundo de seu ambiente e se relacionem com os que os rodeiam.
Confirmando esta recomendação, a Academia Americana de Pediatria, com base em um estudo de 2010 da Kaiser Family Foundation, declara: "o cérebro de uma criança desenvolve-se rapidamente durante esses primeiros anos e as crianças aprendem melhor interagindo com as pessoas, do que com telas". Distrai-los com telas não é a solução, você tem que ensinar-lhes para que se acalmem ou divertam-se por si mesmos.
Mais radicais em suas propostas estão a Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Canadense de Pediatria: as crianças não devem usar dispositivos eletrônicos portáteis antes dos 12 anos de idade. Afirmação surpreendente! E por que proporiam isso? Vejamos as observações de Cris Rowan, terapeuta pediátrico e especialista em desenvolvimento infantil, autor do livro "Infância virtual", entra em polêmica propondo banir o uso para crianças menores que essa idade. Numerosas razões são colocadas no quadro de discussão, vejamos apenas algumas: 1) a exposição excessiva às tecnologias, mostrou-se associada a um deficit de atenção, atrasos cognitivos, problemas de aprendizagem, impulsividade e diminuição da autorregulação, por exemplo, crises de raiva. 2) Pouco movimento, desenvolvimento tardio. O movimento melhora a atenção e a capacidade de aprendizagem. 3) Aumento da obesidade. 4) De 9 e 10 anos, privados de sono, classificações afetadas negativamente. 5) Uso abusivo, fator causal no aumento da depressão infantil, ansiedade, transtornos de vinculação, deficit de atenção, comportamento infantil problemático. 6) Conteúdos violentos podem causar agressão infantil. 7) E quando são de alta velocidade contribuem para o deficit de atenção, diminuição da concentração e da memória. Quem não pode manter a atenção não pode aprender.
Deixamos em suas mãos estas informações para uma melhor ação neste delicado problema familiar. Que Deus e a Virgem os ajudem.
Por Pe. Fernando Gioia, EPpadrefernandogioia@heraldos.info
(Originalmente publicado em LA PRENSA GRÁFICA de El Salvador, 4 de setembro de 2016)
Traduzido para o português por Emílio Portugal Coutinho


Conteúdo publicado em gaudiumpress.org, no link http://www.gaudiumpress.org/content/89720-O-dominio-da--ldquo-tela-rdquo--nas-criancas-e-pre-adolescentes#ixzz4rvSWIgI9
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte. 

Do Comentário sobre o Evangelho de João, de Orígenes, presbítero

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(Tomus 10,20:PG14, 370-371)                (Séc.I)


Cristo falava do templo do seu corpo
Destruí este templo e em três dias o reedificarei (Jo 2,19). Os apegados ao corpo e às coisas sensíveis, creio, parecem indicar os judeus, que irritados por terem sido expulsos por Jesus, acusando-os de transformarem a casa do Pai em mercado de seus produtos, pedem um sinal. Por esse sinal devia Jesus justificar o seu procedimento e provar que era o Filho de Deus, o que eles na sua incredulidade não queriam admitir. Mas o Salvador ajuntou uma palavra sobre seu corpo, como se falasse daquele templo; aos que interrogavam: Que sinal mostras para assim fazeres?, responde: Destruí este templo e em três dias o reedificarei.  
Todavia ambos, tanto o templo como o corpo de Jesus, compreendidos como unidade, parecem-me ser figura da Igreja. Por ter sido edificada com pedras vivas; feita casa espiritual para o sacerdócio santo (1Pd 2,5). Edificada sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo sua máxima pedra angular o Cristo Jesus (Ef 2,20), existindo em verdade, como templo. Se, porém, por causa da palavra: Vós sois o corpo de Cristo e membros uns dos outros (1Cor 12,27), se entender serem destruídas e deslocadas as junturas e disposições das pedras do templo, como se lê no Salmo 21 sobre os ossos de Cristo, pelas ciladas das perseguições e tribulações e por aqueles que combatem a unidade do templo por contradições, levantar-se-á o templo e ressuscitará o corpo ao terceiro dia. Após o dia da maldade que pesa sobre ele, e após o dia da consumação que se seguir.  
Seguirá de perto o terceiro dia do novo céu e da terra nova, quando esses ossos, quero dizer, toda a casa de Israel, serão reerguidos, no grande domingo, em que a morte é vencida. Assim a ressurreição de Cristo depois da paixão contém o mistério da ressurreição do corpo total de Cristo. Como aquele corpo de Jesus, sensível, foi pregado na cruz, sepultado e depois ressuscitado, assim todo o corpo dos santos de Cristo com ele foi pregado na cruz e agora já não vive mais. Cada um deles, à semelhança de Paulo, não se gloria em coisa alguma a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo por quem está crucificado para o mundo e o mundo para ele.  
Por isto não apenas foi cada um de nós, junto com Cristo, pregado à cruz e crucificado para o mundo, mas também, junto com Cristo, sepultado: Fomos consepultados com Cristo, diz Paulo (Rm 6,4) e acrescenta como quem já recebeu as aras da ressurreição: E com ele ressuscitamos (cf. Rm 6,4).
www.liturgiadashoras.org

Papa recebe Kiko Argüello, fundador do Caminho Neocatecumenal

Papa Francisco ao lado de Kiko Argüello e Pe. Mario Pezzi. Foto: L'Osservatore Romano
ATLANTA, 05 Set. 17 / 05:30 pm (ACI).- O Papa Francisco recebeu em audiência privada Kiko Argüello e Pe. Mario Pezzi, líderes do Caminho Neocatecumenal, na segunda-feira, 4 de setembro, no Vaticano.
Argüello e Pe. Pezzi fazem parte da equipe internacional responsável por esse movimento eclesial reconhecido pela Santa Sé e cujos estatutos definitivos foram aprovados em 2008. Também fazia parte desta equipe Carmen Hernández, iniciadora juntamente com Kiko, que morreu em 19 de julho de 2016.
Argüello apresentou ao Pontífice um projeto para comemorar em 8 de maio de 2018 os 50 anos do Caminho em um grande encontro para toda a Europa e outros países do resto do mundo. Este será celebrado em Tor Vergata, nos arredores de Roma, na festa da Virgem de Pompeia e de Nossa Senhora de Luján, Padroeira da Argentina.
Durante a celebração haverá um envio de comunidades em missão para as paróquias que necessitem. As comunidades enviadas concluíram esta trajetória de educação na fé e a pedido dos párocos são enviadas a outras paróquias para evangelizar as pessoas afastadas, normalmente nas áreas degradadas das cidades.
O Santo Padre acolheu muito bem o convite e manifestou o seu desejo de participar deste encontro, de maneira que queria chegar a um acordo com o seu Vigário, Mons. Angelo di De Donatis, para começar os preparativos.
Além disso, o Papa Francisco encorajou novamente Kiko e Pe. Mario a continuar realizando o trabalho evangelizador e reconheceu os frutos do Caminho em todo o mundo.
Testemunho de um grande amor por Jesus
Em 18 de agosto, o Santo Padre também enviou uma carta a Kiko, agradecendo por enviar o livro “Diário”, escrito por Carmen Hernández de 1979 a 1981, publicado recentemente na Espanha.
“Alegro-me que por meio destas páginas se faça presente o testemunho de um grande amor por Jesus”, escreve o Papa. “Que Deus ajude o Caminho para que semeie em cada momento o Evangelho com alegria e sem reservas, com fé e humilde obediência”, acrescentou.
ACI Digital

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Redescobrem e traduzem o comentário em latim mais antigo dos Evangelhos

Comentário dos Evangelhos de Fortunatianus Aquileia / Crédito: Universidade de Birmingham
BIRMINGHAM, 05 Set. 17 / 12:00 pm (ACI).- Desaparecido por mais de 1.500 anos, o primeiro comentário em latim conhecido sobre os Evangelhos foi redescoberto na Biblioteca da Catedral de Colônia (Alemanha) e publicado em inglês na semana passada.
O comentário bíblico, escrito pelo Bispo italiano do século IV, Fortunatianus de Aquileia, foi redescoberto em 2012 pelo Dr. Lukas Dorfbauer, um pesquisador da Universidade de Salzburgo.
O manuscrito era amplamente conhecido por ter existido, embora muito eruditos acreditassem que tinham destruído ou se extraviado permanentemente. São Jerônimo também assinalou a existência deste comentário em sua obra Lives of Famous Men.
Dorfbauer encontrou o documento de 100 páginas na Biblioteca da Catedral de Colônia, em um manuscrito sem marcar que data do ano 800 e que tinha sido digitalizado em 2002. Enquanto outros eruditos sabiam do documento, a maioria de seu conteúdo bíblico foi passada por alto.
Mas, a curiosidade de Dorfbauer persistiu e decidiu investigar com mais profundidade o manuscrito para descobrir que não era apenas um documento anônimo, mas que sua origem parecia remontar para além do século IX.
O especialista começou a fazer anotações do documento e cruzou alguns de seus conteúdos com os escritos de São Jerônimo sobre Fortunatianus no século IV.
“Pude comparar as citações bíblicas no manuscrito de Colônia com nossas extensas bases de dados. Os paralelismos com os textos que circulavam no norte da Itália em meados do século IV ofereciam um ajuste perfeito com o contexto de Fortunatianus”, disse a ‘The Conversation’ o Dr. Hugo Houghton, diretor adjunto do Institute for Textual Scholarship and Electronic Editing (ITSEE) da Universidade de Birmingham.
Dr. Houghton, especialista em Novo Testamento em latim, começou a extrair citações do manuscrito redescoberto e o comparou com outros textos do século IV utilizando a grande base de dados de sua universidade.
Utilizou uma metodologia para analisar o texto e encontrou que a comparação “parecia preservar a forma original do trabalho inovador de Fortunatianus”.
“Tal descoberta é de considerável importância para nossa compreensão do desenvolvimento da interpretação bíblica latina, que passou a desempenhar um papel tão importante no desenvolvimento do pensamento e da literatura ocidental”, disse Houghton.
O comentário de Fortunatianus agora substitui a Vulgata como o comentário em latim conhecido mais antigo dos Evangelhos. A Vulgata foi traduzida do hebraico e aramaico ao latim por São Jerônimo entre os anos 382 e 405 e foi conhecido como a forma mais antiga do comentário em latim escrito dos Evangelhos.
O comentário de 160 capítulos está centrado principalmente no Evangelho de São Mateus, mas também inclui breves referências aos Evangelhos de São Marcos, São Lucas e São João.
Embora este novo documento seja anterior à Vulgata, continua sendo muito menos popular devido à sua recente redescoberta.
“Ainda demorará algum tempo para que este trabalho seja conhecido amplamente como os famosos escritos de mestres cristãos posteriores como Ambrósio, Agostinho e Jerônimo”, sublinhou Houghton.
ACI Digital

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Papa ao Caminho Neocatecumenal: semear o Evangelho com alegria e sem reservas

Papa com Kiko Arguello na Sala Paulo VI em 06 de março de 2015 -REUTERS
    Cidade do Vaticano (RV) – “Deus ajude o Caminho a semear a cada momento o Evangelho com alegria e sem reservas, com fé e humilde obediência”.
Este é o encorajamento do Papa Francisco a Kiko Arguello, na carta de agradecimento pelo livro “Diário”, escrito por Carmen Hernandez, iniciadora juntamente com Kiko do Caminho Neocatecumenal, falecida há um ano.
    A obra foi publicada em espanhol em julho pela Biblioteca de Autores Cristãos (BAC).
    “Querido irmão – lê-se na carta assinada por Francisco – recebi o livro com os diários escritos por Carmen Hernandez nos anos 1979-1981. Agradeço pelo presente. Me alegro que por meio destas páginas se faça presente o testemunho de um grande amor por Jesus, cuja luz transforma o sofrimento em oferta, o cansaço em alegria, a vida em um tempo para evangelizar”.
    “Que Deus ajude o Caminho para que semeie em cada momento o Evangelho com alegria e sem reservas, com fé e humilde obediência – exorta o Papa -  fazendo das provas e das dificuldades um motivo para gloriar-se no Senhor Jesus”.
    “Por favor – conclui Francisco – peço a você para rezar por mim. Que Jesus o abençoe e a Virgem maria o proteja”.
    A carta foi divulgada por Kiko Arguello durante um retiro realizado no centro Internacional do Caminho Neocatecumenal em Porto San Giorgio, nas Marcas, de onde esta segunda-feira partem mais de 400 sacerdotes, seminaristas e jovens de diversas nações para uma missão de seis dias em algumas cidades do centro da Itália.
    Levarão o anúncio do amor de Deus de dois em dois, segundo o mandato evangélico, na pobreza, sem levar consigo nem dinheiro nem celulares.
Rádio Vaticano

domingo, 3 de setembro de 2017

CNBB divulga mensagem aos brasileiros para as celebrações do dia 7 de setembro

A conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nesta sexta-feira (01), mensagem para o dia 7 de setembro, data que marca a Independência do Brasil. No documento, a entidade encoraja as pessoas de boa vontade a se mobilizarem pacificamente na defesa da dignidade e dos direitos do povo brasileiro, propondo “a vida em primeiro lugar”. A instituição convida as comunidades a se unirem ao movimento O “Grito dos Excluídos” e, nesta data também, o Conselho Permanente da CNBB sugere as comunidades rezem juntos pela realidade brasileira no O Dia de Oração e Jejum pelo Brasil.

Leia a mensagem na íntegra:
MENSAGEM DA CNBB
VIDA EM PRIMEIRO LUGAR
O “Grito dos Excluídos” nasceu com o objetivo de responder aos desafios levantados por ocasião da 2ª Semana Social Brasileira, realizada em 1994, cujo tema era “Brasil, alternativas e protagonistas”, e aprofundar o tema da Campanha da Fraternidade em 1995, que tinha como lema “Eras tu, Senhor”.
O Grito, realizado no dia 7 de setembro, com suas várias modalidades, é construído com a participação das comunidades cristãs, movimentos, pastorais sociais e organizações da sociedade civil, tem, em 2017, como tema: “Vida em primeiro lugar”, e como lema: “Por direito e democracia, a luta é de todo dia”.
A sociedade brasileira está cada vez mais perplexa, diante da profunda crise ética que tem levado a decisões políticas e econômicas que, tomadas sem a participação da sociedade, implicam em perda de direitos, agravam situações de exclusão e penalizam o povo brasileiro pobre.
O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, diante do grave e prolongado momento triste vivido no país, sugere às comunidades que, nesta data, sejam acrescentados dois elementos importantes da espiritualidade cristã, para acompanhar as reflexões e as ações sobre a realidade brasileira: UM DIA DE JEJUM E DE ORAÇÃO PELO BRASIL.
Encorajamos, mais uma vez, as pessoas de boa vontade, particularmente em nossas comunidades, a se mobilizarem pacificamente na defesa da dignidade e dos direitos do povo brasileiro, propondo “a vida em primeiro lugar”.
Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, acompanhe o povo brasileiro com sua materna intercessão!
Brasília, 31 de agosto de 2017
Cardeal Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília
Presidente da CNBB
Dom Murilo S. R. Krieger
Arcebispo de São Salvador
Vice-Presidente da CNBB
Dom Leonardo SteinerBispo Auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB
CNBB

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF