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domingo, 23 de setembro de 2018

25º Domingo do Tempo Comum: Aquele que serve a todos!

+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
A cena retratada pelo Evangelho (Mc 9,30-37) mostra-nos a dificuldade dos discípulos de entenderem Jesus e de viverem os seus ensinamentos. Ele falava da sua paixão e morte na cruz, o que implica em doação, sacrifício e despojamento. Os discípulos, porém, discutiam sobre qual deles seria o maior, o mais importante, isto é, pensavam em grandeza e em vantagens. Contudo, mais tarde, são justamente eles que irão dar a vida por Cristo, pregando o Evangelho e permanecendo fiéis. O que aconteceu com eles? Os discípulos passam a compreender Jesus, convivendo com ele, escutando-o e falando com ele. Eles aprenderam fazendo a experiência de estar com Jesus, de caminhar com ele. Por fim,  viveram o mistério da paixão, morte e ressurreição de Jesus e receberam o Espírito Santo.

O que ocorreu com os apóstolos continua a acontecer também na vida dos discípulos de hoje. Em nossa época, é ainda mais forte a tendência em querer estar acima dos outros, em buscar vantagens e viver para si. Jesus continua a nos ensinar e a nos convidar a fazer a experiência de uma vida nova, na qual a grandeza está em ser o “último de todos e aquele que serve a todos”.  Ele continua a nos mostrar uma criança, convidando-nos a acolher os pequenos e fragilizados. A criança simboliza quem necessita de cuidado e proteção, pela sua vulnerabilidade,  quem é desprovido de bens e de segurança.  Acolher de modo fraterno, valorizar e defender quem vive nesta condição significa acolher o próprio Jesus, conforme as suas palavras. Quem acolhe Jesus na Eucaristia deve estar disposto a acolher também aos irmãos, a começar dos pequenos, dos pobres, dos enfermos e fragilizados.  O desafio de compreender e viver o Evangelho, hoje, pode ser superado na medida em que nos dispomos, de fato, a viver como discípulos e discípulas de Jesus Cristo, caminhando com ele nas alegrias e dores, falando com ele por meio da oração, escutando a sua sua Palavra e esforçando-nos para colocá-la em prática. Se ainda não conseguiu, comece a ler diariamente ao menos um breve trecho da Bíblia, rezando e meditando com ele.
Nos diversos campos da vida social, em nosso tempo, torna-se ainda mais necessário o testemunho cristão de humildade, serviço, acolhida e atenção aos pequenos, conforme o ensinamento de Jesus. Espera-se, especialmente dos que atuam na política, a honestidade e o serviço efetivo em favor da população. Sejam, de fato, “servidores” do bem comum, “aqueles que servem a todos”.
Neste período eleitoral, é importante recordar-se do apelo insistente da Igreja pela paz, pelo diálogo e o respeito entre todos, jamais recorrendo à violência. “Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9).
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus.

domingo, 16 de setembro de 2018

24º Domingo do Tempo Comum – Ano B

A liturgia do 24º Domingo do Tempo Comum diz-nos que o caminho da realização plena do homem passa pela obediência aos projectos de Deus e pelo dom total da vida aos irmãos. Ao contrário do que o mundo pensa, esse caminho não conduz ao fracasso, mas à vida verdadeira, à realização plena do homem.
A primeira leitura apresenta-nos um profeta anónimo, chamado por Deus a testemunhar a Palavra da salvação e que, para cumprir essa missão, enfrenta a perseguição, a tortura, a morte. Contudo, o profeta está consciente de que a sua vida não foi um fracasso: quem confia no Senhor e procura viver na fidelidade ao seu projecto, triunfará sobre a perseguição e a morte. Os primeiros cristãos viram neste “servo de Jahwéh” a figura de Jesus.
No Evangelho, Jesus é apresentado como o Messias libertador, enviado ao mundo pelo Pai para oferecer aos homens o caminho da salvação e da vida plena. Cumprindo o plano do Pai, Jesus mostra aos discípulos que o caminho da vida verdadeira não passa pelos triunfos e êxitos humanos, mas pelo amor e pelo dom da vida (até à morte, se for necessário). Jesus vai percorrer esse caminho; e quem quiser ser seu discípulo, tem de aceitar percorrer um caminho semelhante.
A segunda leitura lembra aos crentes que o seguimento de Jesus não se concretiza com belas palavras ou com teorias muito bem elaboradas, mas com gestos concretos de amor, de partilha, de serviço, de solidariedade para com os irmãos.
LEITURA I – Is 50,5-9a.
SALMO RESPONSORIAL – Salmo 114 (115).
LEITURA II – Tiago 2,14-18.
EVANGELHO – Mc 8,27-35.
ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS PARA O 24º DOMINGO DO TEMPO COMUM
(adaptadas de “Signes d’aujourd’hui”)
1. A PALAVRA MEDITADA AO LONGO DA SEMANA.
Ao longo dos dias da semana anterior ao 24º Domingo do Tempo Comum, procurar meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma leitura em cada dia, por exemplo… Escolher um dia da semana para a meditação comunitária da Palavra: num grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo de movimentos eclesiais, numa comunidade religiosa… Aproveitar, sobretudo, a semana para viver em pleno a Palavra de Deus.
2. BILHETE DE EVANGELHO.
Ficamos sempre admirados ao ver Jesus proibir que falem d’Ele. A razão é simples: tem medo que os seus discípulos ou a multidão desfigurem o seu rosto de Messias. Os homens olham com os olhos da carne, e que desejam eles? Um Messias nacionalista, poderoso, libertando o seu povo da ocupação romana. Quanto a Jesus, pede que O olhem com os olhos da fé: o Messias prometido é um Messias sofredor, porque Deus quer dar aos homens o sinal do seu Amor, um Amor que vai até ao fim, até ao dom total. Pedro terão, então, necessidade de purificar a sua fé, e é após a ressurreição que os seus olhos se abrirão, reconhecendo o Messias n’Aquele que lhe mostrará as suas chagas. E Ele mesmo fará a experiência da passagem pela morte para conhecer a Vida, ele caminhará atrás do seu Mestre, ele renunciará a si próprio, ele tomará a sua cruz e seguirá Jesus até ao fim.
3. À ESCUTA DA PALAVRA.
Como qualquer ser humano, Pedro é uma mistura muito complexa de sombra e de luz. À questão de Jesus “para vós, quem sou Eu?”, ele responde: “Tu és o Messias”. Mateus precisa que é por uma revelação do Pai que Pedro pôde reconhecer que Jesus era o Messias. Daí a necessidade que Pedro estivesse aberto e acolhedor, na escuta do Pai! É o lado-luz do apóstolo… E logo depois, quando Jesus anuncia a sua paixão e morte, Pedro muda. Aos seus olhos, é o Mestre que se engana. Pedro aqui não escuta o Pai, fecha-se. É o lado-sombra de Pedro… Pedro ficará sempre o mesmo. Conhecemos bem as suas declarações de fidelidade incondicional, seguidas, alguns horas depois, pela sua tríplice negação. Ele terá a mesma atitude após o Pentecostes. Em Antioquia, segundo os Actos dos Apóstolos, ele não hesitava em comer com os pagãos convertidos a Jesus, o que um bom judeu não podia aceitar. Eis que pessoas que andavam com Tiago chegam. Pedro tem medo: vão contestá-lo. Então, retira-se. Através de Pedro, vemos como Deus age. Jesus escolheu Pedro para que fosse o primeiro servidor da unidade dos discípulos. Ele teve nele uma confiança ainda maior após a sua negação. Jesus não muda! Ele continua a escolher e a enviar discípulos para que sejam, ao serviço da unidade da comunidade, pastores que prolongam a acção do único Pastor. Mas estes homens guardam o seu lado-luz e o seu lado-sombra. S. Paulo dirá que Deus confia o seu tesouro a vasos de argila, “para que a vossa fé repouse, não na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus”. Apesar dos limites e dos defeitos dos pastores, o Espírito Santo continua a fazer crescer o Reino! Que Ele fortaleça a nossa fé e a nossa esperança!
4. PARA A SEMANA QUE SE SEGUE…
Em nome de Jesus Cristo… Nesta semana, através dalguns pequenos “actos” (gestos de gentileza, de serviço, de perdão, de partilha, etc.), procuremos seguir o caminho de Cristo, mas tendo consciência de o fazer em seu nome, em nome do amor com que nos ama. E ofereçamos-Lhe estes pequenos testemunhos na nossa oração da tarde.
www.dehonianos.org

Quanto tempo deveria durar uma Missa? e a homilia? Confira o que opina o Papa Francisco

O Papa Francisco. Foto: © Vatican Media/ACI Prensa. Todos os direitos reservados
PALERMO, 16 Set. 18 / 07:47 am (ACI).- Falando aos fiéis reunidos na Piazza Armerina na região italiana da Sicília, o Papa Francisco revelou quanto deveriam durar a Missa e a homilia em sua opinião.
Diante de uma multidão de pessoas presentes na Piazza Europa e depois de cumprimentar as autoridades locais, o Santo Padre contou que costumava ouvir de alguns fiéis que deixavam de ir à missa porque só a homilia do celebrante durava 40 minutos, e expressou: “quarenta minutos deve durar a Missa inteira e a homilia não mais de oito minutos”.
O Pontífice fez esta afirmação ao refletir sobre a Igreja como comunidade eucarística: “dali, da Eucaristia, tomamos o amor de Cristo para levá-lo às ruas do mundo, para ir com Ele ao encontro com os irmãos”.
“Com Jesus, com Ele –este é o segredo– se pode consagrar a Deus toda realidade, fazer que Seu rosto se imprima nos rostos, que Seu amor encha os rostos de amor”, indicou o Papa.
“No que diz respeito à participação na Santa Missa, especialmente na dominical, é importante não estar obcecados pelos números: os exorto a viver a bem-aventurança da pequenez, de ser o grãozinho de mostarda, um pequeno rebanho, um punhado de levedura, uma flama tenaz, um grão de sal”.
O Santo Padre disse então: “Quantas vezes escutei: ‘Ah, padre, eu rezo, mas não vou a Missa. Não vou’. Mas, por que? ‘Porque a homilia me deixa entediado, dura quarenta minutos’ Não! Quarenta minutos deve durar a Missa inteira e a homilia não mais de oito minutos”.
Não é a primeira vez que o Papa Francisco se refere à duração da homilia. Em uma Audiência Geral em fevereiro deste ano, o Santo Padre pediu aos sacerdotes que “a homilia seja breve, mas que esteja bem preparada. E como se prepara uma homilia, queridos sacerdotes, diáconos, bispos? Como se prepara?”.
“Com a oração, com o estudo da Palavra de Deus e fazendo uma síntese clara e breve; não tem que durar mais de dez minutos, por favor”, ressaltou o Pontífice naquela ocasião.
ACI Digital

Papa Francisco: Uma fé que se reduz a fórmulas pré-fabricadas é uma fé míope

Euronews
Vaticano, 16 Set. 18 / 08:05 am (ACI).- O Papa Francisco afirmou que a profissão de fé em Cristo e no Evangelho deve materializar-se em gestos concretos de amor a Deus e ao próximo, e advertiu que “uma fé que se reduz a fórmulas pré-fabricadas é uma fé míope”.
Durante a oração do Ângelus na praça de São Pedro, neste domingo 16 de setembro, o Santo Padre recordou como o Senhor interpela seus discípulos e lhes pergunta o que as pessoas falam dele.
Jesus “sabe que os discípulos são muito sensíveis à popularidade do Mestre. Por isso expõe a pergunta: quem dizem que sou eu? Daí emerge que Jesus é considerado pelo povo como um grande profeta”.
“Mas, em realidade, a Jesus não lhe interessa a sondagem dos falatórios do povo. Nem aceita que seus discípulos respondam às suas perguntas com fórmulas pré-fabricadas, citando personagens famosos da Sagrada Escritura, porque uma fé que se reduz às fórmulas é uma fé míope”.
Francisco explicou que “o Senhor quer que seus discípulos de ontem e de hoje estabeleçam com Ele uma relação pessoal, e o acolham assim no centro de suas vidas. Por este motivo os exorta a ficar com toda a verdade diante de si mesmos e lhes pergunta: ‘E vós, quem dizeis que eu sou?’. Jesus, hoje, volta-nos a dirigir esta pergunta tão direta e confidencial a cada um de nós: ‘Quem sou eu para você?’”.
“Cada um de nós está chamado a responder, em seu coração, deixando-se iluminar pela luz que o Pai nos dá para conhecer seu Filho Jesus. E pode nos suceder o mesmo que sucedeu a Pedro, e afirmar com entusiasmo: ‘Tu és o Cristo’”.
Entretanto, “quando Jesus lhes diz claramente aquilo aos discípulos, quer dizer, que sua missão se cumpre não no amplo caminho do triunfo, e sim na árdua via do Servo sofredor, humilhado, rejeitado e crucificado, então pode nos suceder também como a Pedro, e nós protestemos e nos rebelemos porque esse caminho contrasta com nossas expectativas”.
Nesses momentos, “também merecemos as palavras do Jesus: ‘afasta-te de mim, Satanás! Porque não pensas como Deus, mas como os homens”.
O Pontífice sublinhou que “a profissão de fé em Jesus não pode ficar em palavras, mas exige uma autêntica escolha e gestos concretos, de uma vidamarcada pelo amor a Deus e ao próximo. Jesus nos diz que, para segui-lo, para ser seus discípulos, é preciso negar-nos a nós mesmos, quer dizer, deixar de lado o orgulho egoísta e carregar com a cruz”.
E Jesus nos oferece uma regra fundamental: “‘Quem quer salvar sua vida, a perderá, mas quem perde sua vida por minha causa e pela causa do Evangelho, então a salvará’”.
“Para entender este paradoxo é necessário recordar que nossa vocação mais profunda é o amor, porque estamos feitos à imagem de Deus, que é amor”.
“Com frequência na vida, por tantos motivos, equivocamo-nos de caminho, procurando a felicidade nas coisas, ou nas pessoas que tratamos como se fossem coisas. Mas só encontramos a felicidade quando o amor, o verdadeiro, sai ao nosso encontro, nos surpreende e nos faz mudar”, concluiu o Papa Francisco.
ACI Digital

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Ano Nacional do Laicato na Arquidiocese de Brasília


(2017-2018)

Ano Nacional do Laicato na Arquidiocese de Brasília

O Ano Nacional do Laicato foi instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e motivado pelo Conselho Nacional do Laicato no Brasil (CNLB), em resposta a um pedido do Santo Padre, o Papa Francisco: fazer crescer “a consciência da identidade e da missão dos leigos na Igreja”.
Na Arquidiocese de Brasília, o ano dedicado aos leigos foi aberto oficialmente na manhã do domingo, dia 26/11/17, durante Santa Missa presidida pelo cardeal Sergio da Rocha, arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida.
Neste ano tão especial, o Papa Francisco concede indulgências plenárias sob as condições pré-estabelecidas.
Veja abaixo:
  • Como obter as Indulgências Plenárias:
  • Confessar-se
  • Comungar
  • Rezar pelo Papa
  • Obras Espirituais:
  • Fazer peregrinação a um templo dedicado a Nossa Senhora Aparecida
  • Fazer uma prece a Nossa Senhora Aparecida
  • Para quem Obter?
  • Para si mesmo
  • Para uma alma
  • Não pode obter para outra pessoa viva
  • Quantas indulgências posso obter?
  • Uma a cada dia
  • Arquidiocese de Brasília

"Hoje em dia é preciso ter coragem para casar-se", afirma Papa Francisco

Papa saúda jovens recém-casados. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa
VATICANO, 12 Set. 18 / 06:30 pm (ACI).- O Papa Francisco afirmou na manhã de hoje, durante a Audiência Geral, que os recém-casados “são corajosos, porque hoje em dia é preciso ter coragem para casar-se. Eles são admiráveis!”, assegurou.
Toda quarta-feira, no final da catequese realizada durante a Audiência Geral no Vaticano, o Papa dirige algumas palavras aos recém-casados, aos jovens, aos idosos e aos doentes, e em seguida, saúda cada um. Entretanto, hoje pronunciou esta mensagem breve dirigida a eles de maneira especial.
Os casais jovens e recém-casados ​​sempre estiveram em um lugar especial no trabalho pastoral do Papa Francisco no seu pontificado.
No último dia 14 de julho, o Santo Padre surpreendeu um guarda suíço e a sua noiva, ao presidir a cerimônia de seu casamento na igreja de Santo Stefano degli Abissini, nos Jardins Vaticanos.
Em janeiro deste ano, durante sua viagem apostólica ao Peru e ao Chile, Francisco celebrou o casamento de dois tripulantes do avião que o transladava de Santiago à cidade de Iquique.
ACI Digital

Papa Francisco acolhe pedido de renúncia

Papa Francisco acolhe pedido de renúncia
A Nunciatura Apostólica no Brasil comunicou na manhã desta quarta-feira, 12 de setembro, a decisão do papa Francisco em acolher o pedido de renúncia ao governo pastoral da diocese de Formosa (GO), apresentado por dom José Ronaldo Ribeiro e manteve como Administrador Apostólico da sede vacante Formosa, dom Paulo Mendes Peixoto, Arcebispo Metropolitano de Uberaba (MG).
Biografia

Dom José Ronaldo nasceu no dia 28 de fevereiro de 1957, em Uberaba (MG). Estudou Filosofia e Teologia no Seminário Maior Nossa Senhora de Fátima, em Brasília (DF). Foi ordenado presbítero no dia 5 de maio de 1985, também em Brasília. Tomou posse como pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, em Sobradinho, no dia 1º de junho de 1985. Por lá desempenhou várias iniciativas e realizações.
Foi nomeado bispo de Janaúba (MG) em 6 de junho de 2007. Recebeu a ordenação episcopal no dia 28 de julho de 2007, em Sobradinho (DF) e tomou para si o lema : “In corde legem meam” – Minha lei no coração (Jr. 31, 31-34). Sua posse na diocese se deu em 25 de agosto de 2007.
Em setembro de 2014, dom José Ronaldo foi nomeado bispo de Formosa (GO). Tomou posse na diocese no dia 22 de novembro do mesmo ano.
CNBB

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Santa Maria La Antigua

REDAÇÃO CENTRAL, 09 Set. 18 / 06:00 am (ACI).- Neste dia 9 de setembro, o Panamá, sede da próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ), celebra a festa solene de sua padroeira, Santa Maria La Antigua.

Conta a história que a imagem da Virgem estava em uma capela lateral da Catedral de Sevilha (Espanha), a qual foi reconstruída no século XIV e só se conservou a parede onde estava  a imagem. Por isso, chamou-se Santa Maria La Antigua.
Em 1510, em honra a esta devoção, Vasco Núñez de Balboa e Martín Fernández de Enciso fundaram a cidade de Santa Maria la Antigua del Darién, chegando a ser a primeira diocese em terra firma na América, desde 9 de setembro de 1513.
Desde 1513, Santa Maria La Antigua é padroeira da Catedral e da Diocese do Panamá; mas, foi recentemente, em 9 de setembro de 2000, Ano Santo Jubilar, que a Conferência Episcopal Panamenha a proclamou padroeira do país e, em 27 de fevereiro de 2001, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos acolheu a solicitação de declará-la oficialmente padroeira do país.
ACI Digital

domingo, 9 de setembro de 2018

23º Domingo do tempo Comum: Criai ânimo, não tenhais medo!

+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
Neste mês dedicado especialmente à Palavra de Deus, o Evangelho segundo Marcos nos apresenta Jesus tocando os ouvidos e a boca de um homem surdo que tinha dificuldade para falar (Mc 7,31-37). Esta passagem nos faz pensar nas vezes em que os nossos ouvidos e os nossos lábios estão fechados perante Deus e os irmãos. Quando somos batizados, a Igreja repete o gesto e as palavras de Jesus, dizendo a cada um de nós – “Efata”, “Abre-te”. Porém, ao longo da vida, corremos o risco de tantas vezes não ouvir a voz de Deus, assim como de fechar os ouvidos aos irmãos que necessitam de nós. Deixamos de anunciar a Palavra de Deus e de ajudar o irmão a vivê-la. Por isso, somos continuamente necessitados do encontro com Cristo que liberta-nos da incapacidade de ouvir a sua Palavra e de anunciá-la com coragem. O Efata é um convite  a sair do fechamento e do comodismo para uma vida nova.
O evangelista ressalta que foram as pessoas que levaram aquele homem a Jesus e suplicaram por ele. Há muitos que necessitam de nossa ajuda fraterna e de nossa oração para serem libertados da sua condição espiritual de surdos-mudos. Não podemos ficar acomodados ou indiferentes perante a situação triste de quem não se abre para o encontro com Cristo. Ele renova e transforma aqueles que dele se aproximam, com pecados e sofrimentos. Mas é preciso ajudar os irmãos a caminharem até Jesus, na Igreja, sempre que possível indo com eles e acolhendo-os fraternalmente na comunidade. Devemos ajudá-los com nossas palavras, proximidade fraterna e orações. A Igreja missionária escuta e anuncia a Palavra a todos, especialmente aos que mais sofrem. Somos todos participantes da missão evangelizadora da Igreja, cada um segundo a sua vocação.
Para isso, necessitamos de comunidades orantes e fraternas, que acolham a todos, com especial atenção aos pobres, que jamais devem ser menosprezados, conforme nos adverte a Carta de São Tiago (Tg 2,1-5), hoje proclamada na segunda leitura.
Aos tristes e desanimados, Isaías anuncia a esperança e a alegria (Is 35,4-7). “Criai ânimo, não tenhais medo”, diz o profeta também a nós, indicando-nos a razão desta atitude: Deus vem ao nosso encontro para trazer vida nova. Nele, encontramos o ânimo, a esperança e a alegria.
Com o Salmo 145, nós bendizemos a Deus pelo seu amor pelos que mais sofrem, sentindo-nos por ele amados e procurando levar o seu amor misericordioso para todos.
Lembre-se, neste Mês da Bíblia, de escutar com mais atenção a Palavra de Deus nas missas e procure fazer a leitura orante da Bíblia em sua casa. Leia a Bíblia, reze e medite a Palavra de Deus como o verdadeiro “pão de cada dia”, alimento que não pode faltar.
O Povo de Deus / Arquidiocese de Brasília

Do Sermão sobre as Bem-aventuranças, de São Leão Magno, papa


(Sermo 95,6-8: PL 54,464-465)      (Séc.V)

A sabedoria cristã
Em seguida diz o Senhor: Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque serão saciados (Mt 5,6). Esta fome nada tem de corpóreo. Esta sede não busca nada de terreno. Mas deseja ser saciada com a justiça e, introduzida no segredo mais oculto, anseia por ser repleta do próprio Senhor.  
Feliz espírito, faminto do pão da justiça e que arde por tal bebida. Na verdade não teria disso nenhuma cobiça, se não lhe houvesse provado a doçura. Ouvindo o espírito profético que lhe diz: Provai e vede como é suave o Senhor (Sl 33,9), tomou uma porção da altíssima doçura e inflamou-se pelo amor das castíssimas delícias. Abandonando todo o criado, acendeu-se-lhe o desejo de comer e beber a justiça e experimentou a verdade do primeiro mandamento: Amarás o Senhor Deus de todo o teu coração, com toda a tua mente, com todas as tuas forças (Dt 6,5; cf. Mt 22,37). Porque não são coisas diferentes amar a Deus e amar a justiça.  
Por fim, como o interesse pelo próximo se une ao amor de Deus, também aqui o desejo da justiça é acompanhado pela virtude da misericórdia, e se diz: Bem-aventurados os misericordiosos porque deles terá Deus misericórdia (Mt 5,7).  
Reconhece, ó cristão, a dignidade de tua sabedoria e entende de que modo engenhoso foste chamado ao prêmio. A misericórdia te quer misericordioso, a justiça, justo, para que em sua criatura transpareça o Criador e no espelho do coração do homem refulja a imagem de Deus expressa pelas linhas da imitação. Firme é a fé dos que assim agem, teus desejos te acompanham e daquilo que amas gozarás sem fim.
Já que pela esmola tudo se faz puro para ti, chegas à bem-aventurança que é prometida como consequência. Diz o Senhor: Bem-aventurados os puros de coração porque verão a Deus (Mt 5,8). Imensa felicidade, caríssimos, para quem se prepara tão grande prêmio. Que é, então, ter o coração puro? Entregar-se às virtudes acima descritas. Que inteligência poderá conceber e que língua proclamar quão grande seja a felicidade de ver a Deus? E, no entanto, isto acontecerá quando a natureza humana for transformada, de sorte que não mais em espelho ou enigma, mas face a face (1Cor 13,12), verá aquela Divindade que homem algum pôde ver tal qual é. E obterá o que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem subiu ao coração do homem (1Cor 2,9), pelo gáudio indizível da eterna contemplação.

Responsório Sl 30(31),20; 1Cor 2,9a

R. Como é grande, ó Senhor, vossa bondade
que reservastes para aqueles que vos temem,
* Para aqueles que em vós se refugiam.
V. O que os olhos não viram nem ouvidos ouviram
nem jamais penetrou na mente humana
foi o que Deus preparou para todos que o amam.
* Para aqueles.

www.liturgiadashoras.org


Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF