Translate

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

São Simeão, Bispo e mártir

REDAÇÃO CENTRAL, 18 Fev. 20 / 05:00 am (ACI).- No século I, São Simeão serviu como o segundo Bispo de Jerusalém. Além disso, foi parente de Cristo, segundo descrevem os Evangelhos de São Mateus (13,55) e São Marcos (6,3).

No livro ‘História Eclesiástica’ de Eusébio de Cesareia (Pai da história da Igreja), este santo é descrito como primo do Senhor – segundo a carane – por ser filho de Cléofas, o irmão de São José.
Do mesmo modo, a mãe de Simeão é mencionada pelo escritor Hegesipo como concunhada da Virgem Maria. No evangelho de São João e da São Mateus é mencionada uma “irmã” da Mãe de Deus, que viria a ser Maria, esposa de Cléofas (pai de Simeão).
Depois do martírio pelos judeus do primeiro Bispo de Jerusalém, São Tiago o Justo, e a imediata tomada da cidade, a tradição conta que os apóstolos e discípulos do Senhor, que ainda permaneciam vivos, se reuniram e deliberaram que Simeão seria nomeado seu sucessor.
Como descreve Eusébio de Cesareia, na época do imperador Trajano, ressurgiu nas cidades e outros lugares da Palestina uma nova perseguição contra os cristãos por causa das revoltas do povo.
Foi então que o Bispo de Jerusalém, Simeão, foi denunciado como cristão e descendente de Davi, sendo sentenciado à morte pelo governador romano Ático. Foi torturado e crucificado aos 120 anos.
ACI Digital

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Sete santos fundadores da Ordem dos Servos de Maria

REDAÇÃO CENTRAL, 17 Fev. 20 / 05:00 am (ACI).- No século XIII, sete jovens ricos provenientes da República Livre de Florença (hoje Itália) decidiram abandonar suas riquezas para se entregar a Cristo, seu Evangelho e à Virgem Maria.

Mais tarde, fundaram a Ordem dos Servos de Maria, e sua festa é comemorada neste dia 17 de fevereiro.
Este é o único caso na história da Igreja Católica no qual sete pessoas fundaram uma ordem religiosa.
No dia 15 de agosto de 1233 (festa da Assunção de Maria), a Virgem apareceu a eles e lhes pediu que renunciassem ao mundo e se dedicassem exclusivamente a Deus.
Foi então que Buonfiglio dei Monaldi (Bonfilho), Giovanni di Buonagiunta (Bonajunta), Bartolomeo degli Amidei (Amadeu), Ricovero dei Lippi-Ugguccioni (Hugo), Benedetto dell’Antella (Maneto), Gherardino di Sostegno (Sóstenes) e Alesio de Falconieri (Aleixo), que nesta época formavam uma confraria de leigos chamada Laudenses, repartiram todo o seu dinheiros entre os pobres e se retiraram ao Monte Senario, perto de Florença, para rezar e fazer penitência. Lá construíram uma Igreja e uma ermida, na qual levaram uma vida austera.
Tempos depois, todos foram ordenados sacerdotes a pedido do Cardeal, delegado do Sumo Pontífice, exceto Santo Aleixo Falconieri, o mais novo deles, que por humildade quis permanecer sempre como irmão.
Em 1239, os sete fundaram a ordem religiosa dos Servos de Maria, após uma nova visão da Virgem na qual lhes disse para seguir as regras de Santo Agostinho e lhes mostrou um hábito negro, recomendando que o usassem em memória da Paixão de seu Filho.
Desde 1240, foram conhecidos como os Servitas e rapidamente estenderam seu trabalho apostólico por toda Florença, chegando a fundar vários conventos e igrejas.
As características desta organização são a grande devoção à Santíssima Virgem, a solidão e o retiro.
Os Servos de Maria foram reconhecidos pela Santa Sé em 1304. Sua memória é comemorada em 17 de fevereiro, dia em que, segundo consta, morreu o último de seus membros, Santo Aleixo Falconieri, no ano 1310.
ACI Digital

domingo, 16 de fevereiro de 2020

Reta final da visita Ad Limina do regional Centro-Oeste

Visita Ad Limina - CNBB Centro Oeste
Nesta sexta feira, 14 de fevereiro, já caminhando para o final da primeira etapa da visita ad limina da CNBB com o grupo de bispos do Centro-Oeste, uma programação ainda intensa será cumprida no Vaticano. Os bispos vão visitar celebrar missa na capela do hotel e depois visitar três dicastérios da Santa Sé na parte da manhã: o departamento para os Leigos, a Família e a Vida, o departamento para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral e o Pontifício Conselho para a Nova Evangelização. No período da tarde, eles têm apenas um compromisso oficial: vão visitar o Pontifício Conselho para a Tutela de Menores.
Quinta-feira
As atividades da quinta-feira, 13 de fevereiro, foram resumidas pelo padre Francisco Agamenilton, Administrador Diocesano de Uruaçu (GO) e correspondente, escolhido pelos colegas, para dar informações sobre a visita. Confira o texto enviado por ele:
Celebração da Eucaristia
Nosso dia se iniciou com a celebração da eucaristia na basílica São João de Latrão. A missa foi às 7h30 presidida pelo Cardeal Sérgio da Rocha.
Tribunal da Penitenciária Apostólica
Logo em seguida, nos dirigimos para o Tribunal da Penitenciaria Apostólica onde fomos recebidos pelo cardeal Piacenza, penitenciário maior, às 9h. Compete a este tribunal cuidar de tudo o que diz respeito às indulgências e ao foro interno, principalmente à confissão. É a este tribunal que se recorre quando se pede a absolvição dos pecados reservados à Santa Sé. Após a introdução feita por Dom José Aparecido, o cardeal enfatizou o aspecto da comunhão dos santos implicados na indulgência. Ele teceu comentários sobre a modalidade de lidar com o penitente e reforçou as atitudes de acolhida e misericórdia. Destacou ainda o testemunho de sacerdotes no empenho de favorecer o sacramento da confissão aos fieis.
Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica
O próximo compromisso foi às 10h30 na Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica. Este departamento cuida de todos os religiosos, monges, eremitas e leigos dos institutos seculares. Fomos recebidos pelo cardeal dom João Brás de Aviz e a equipe formada de vários consagrados. Dom Washington fez a apresentação do Regional Centro-Oeste no tocante à vida consagrada. Ele agradeceu todos estes homens e mulheres consagrados que no início de nossas dioceses desbravaram o Goiás com a evangelização. Neste departamento pudemos ouvir o Cardeal Aviz em sua apresentação panorâmica da situação da vida consagrada pelo mundo. Nós expomos nossos desafios e recebemos as devidas orientações.
Congregação para a Causa dos Santos
A manhã se encerrou com a visita à Congregação para a Causa dos Santos, às 12h. Fomos recebidos pelo secretário do dicastério, Dom Marcello Bartolucci. Esta congregação cuida de todo o processo que leva um católico à canonização. Desta vez a introdução foi feita por Dom Washington que apresentou como nosso povo é ligado ao culto aos santos. Dom Marcello destacou o fato de o santo ser uma grande fonte de pastoral e nos indicou alguns procedimentos no tratar a questão do processo de beatificação de alguém.
Pontifícia Comissão para a América Latina
À tarde, às 15h30, nos dirigimos para a Pontifícia Comissão para a América Latina. Sua principal função é aconselhar e ajudar as Igrejas particulares em América Latina. Logo depois da introdução feita por dom Fernando Brocchini, os oficiais da Comissão nos apresentaram a natureza da Comissão, seus trabalhos e se dispuseram a nos ajudar segundo a sua possibilidade.
Congregação para os Bispos
Terminamos nosso dia às 17h quando nos encontramos com o Cardeal Ouelet e seu secretário, dom Ilson Montanari, responsáveis pela Congregação para os Bispos. É este departamento que se ocupa daquilo que se refere à criação de uma diocese e à nomeação dos bispos, assim como o trabalho deles. Dom Waldemar apresentou o trabalho dos bispos e seus desafios no Regional Centro-Oeste. O cardeal Ouelet se interessou pelo trabalho missionário por meio dos conselhos missionários e nos incentivou a cuidar bem do clero e reforçar a colegialidade episcopal como grande sinal profético em um mundo fragmentado.
Arquidiocese de Brasília/CNBB
https://arqbrasilia.com.br/

6º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO "A" - O CAMINHO DA SABEDORIA E DA VIDA

+ Dom Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
Segundo o Livro do Eclesiástico, o homem tem diante de si dois caminhos: o bem e o mal, a vida e a morte. Com a sabedoria de Deus, é chamado a escolher a vida, pois o Senhor “não mandou a ninguém agir como ímpio e a ninguém deu licença para pecar” (Eclo 15,19).      São Paulo afirma que tal sabedoria “não é deste mundo”, mas vem de Deus. Ele anuncia a “sabedoria de Deus”, recordando-nos que aquilo que Deus preparou para nós vai muito além do que possamos ver, ouvir ou imaginar (1Cor 2,6-10).
O Evangelho nos mostra a sabedoria de Deus, Jesus Cristo, ensinando-nos a trilhar o caminho da vida. No “Sermão da Montanha”, narrado por Mateus, Jesus dá a nova Lei ao novo povo de Deus, assim como outrora Moisés subiu o monte Sinai para dar a Lei ao povo da Antiga Aliança. Contudo, logo no início do texto proclamado, Jesus esclarece que não veio para “abolir a Lei e os Profetas”, mas sim para dar-lhes pleno cumprimento (Mt 5,17).
Jesus ensina o verdadeiro sentido da Lei, que estava sendo esquecido, tornando-a muito mais exigente, conforme os quatro exemplos que são apresentados na passagem proclamada hoje: 1º) a respeito do homicídio, Jesus vai muito além do simplesmente “não matar”, excluindo qualquer tipo de dano ao irmão; 2º) sobre o adultério, ele ultrapassa a letra da lei advertindo sobre a raiz deste pecado, que está no coração do homem; 3º) quanto ao divórcio, Jesus recusa a prática então em vigor, recordando, numa outra passagem, que o Criador fez o homem e a mulher para se unirem numa só carne, não devendo o homem separar o que Deus uniu (cf. Mt 19,3-9); 4º) o último exemplo se refere aos juramentos; ao invés deles, Jesus afirma a importância da sinceridade e da verdade, ao propor que “seja o vosso sim: “Sim” e o vosso não: “Não”. Este modo mais exigente e fiel de compreender e viver a Lei deverá nortear a vida dos discípulos de Cristo, como caminho de vida e de verdadeira liberdade a ser trilhado pelo novo povo de Deus.
Em resposta à Palavra de Deus, seja sempre maior o nosso empenho em progredir na acolhida e vivência da sabedoria divina. Com o Salmo 118, nós reconhecemos que é “feliz o homem sem pecado em seu caminho, que na lei do Senhor Deus vai progredindo”! É feliz quem anda na nova Lei do Senhor! Por isso, procure ler e meditar, de modo especial, o Evangelho segundo Mateus, que está sendo proclamado nos Domingos do Tempo Comum, deste Ano Litúrgico, procurando discernir os passos que Deus espera de nós no caminho da sabedoria e da vida.
Folheto: O Povo de Deus/Arquidiocese de Brasília.

10 belas amizades de santos na história da Igreja

São Francisco e Santa Clara de Assis -
São João Paulo II e Santa Teresa de Calcutá/
Foto: Wikipédia (Domínio Público) -
L'Osservatore Romano
REDAÇÃO CENTRAL, 16 Fev. 20 / 06:00 am (ACI).- Um amigo fiel “não tem preço, e o seu valor é incalculável, é remédio que cura, e os que temem ao Senhor o encontrarão”, diz a Bíblia no capítulo 6 do livro de Eclesiástico.
Esses santos descobriram esse tesouro e testemunharam ao mundo que é possível ter uma amizade bonita, fecunda e centrada no Senhor. A seguir, apresentamos 10 belas amizades de santos na história da Igreja.
1. São Francisco e Santa Clara de Assis
A amizade desses dois santos italianos é uma das mais conhecidas na Igreja Católica.
Quando São Francisco de Assis conheceu Santa Clara, tomou a decisão de “retirar do mundo malvados tão precioso dom para enriquecer com ele o seu Divino Mestre”. Em 1212, a jovem fugiu da sua casa para consagrar-se a Deus na igreja de São Damião e prometeu obedecer Francisco em tudo.
Logo depois, ela fundou a Ordem das clarissas e cuidava dos doentes que Francisco lhe enviava. Em 1225, atendeu o seu amigo, que sofria devido aos estigmas e cuja saúde havia piorado.
Francisco, antes de morrer em 1226, enviou uma mensagem de encorajamento a Santa Clara para que não desanimasse com a sua partida.
2. São João Paulo II e Santa Teresa de Calcutá
A amizade entre o Papa polonês e a fundadora albanesa das Missionárias da Caridade é uma das que mais comove os fiéis na atualidade. São João Paulo II costumava chamá-la de “Minha mãe”.
O Papa peregrino desenvolveu a sua vocação religiosa em meio à guerra e ao comunismo, enquanto ela descobriu o seu chamado a servir os mais necessitados em Calcutá, uma das cidades mais pobres da Índia.
Santa Teresa de Calcutá o visitou várias vezes no Vaticano e em 1986 o Pontífice viajou à Índia, onde conheceu o asilo “Nirmal Hriday” (Sagrado Coração) que ela fundou. A religiosa expressou que este era “o dia mais feliz” da sua vida.
3. São Vicente de Paulo e Santa Luísa de Marillac
O principal motor da vida destes santos franceses foi a caridade. Aos 36 anos, São Vicente de Paulo sentiu o chamado a servir os pobres.
Decidiu fundar a Congregação da Missão (Vicentinos) para evangelizar os mais necessitados e trabalhar na formação do clero.
Alguns anos depois, conheceu uma corajosa e determinada viúva chamada Luísa de Marillac. O santo decidiu dar-lhe uma formação espiritual e juntos fundaram em 1633 a Companhia das Filhas da Caridade.
4. Santa Teresa do Menino Jesus e Santa Elisabete da Trindade
Santa Teresa de Lisieux e Santa Elisabete da Trindade foram duas religiosas carmelitas francesas cuja amizade se baseava em sua profunda vida espiritual.
Elas se conheceram no Carmelo de Dijon, localizado no leste da França. Elisabete, conhecida como a “irmã espiritual” de Santa Teresa, escreveu diversos livros sobre a Santíssima Trindade.
Ambas desejavam fervorosamente chegar ao céu e estar junto com o seu amado Jesus. Elas morreram antes de completar 30 anos de idade. Santa Teresa de Lisieux faleceu em 1897 e a sua amiga morreu nove anos depois.
5. Santa Rosa e São Martinho de Lima
Estes são os dois santos mais importantes do Peru e se tornaram conhecidos pelo seu testemunho de humildade e serviço aos mais necessitados. Segundo a tradição, ambos foram batizados na igreja de São Sebastião, com dois anos de diferença, e receberam o sacramento da Crisma das mãos de Santo Toríbio de Mogrovejo, o segundo Arcebispo de Lima.
Ambos cresceram em amizade enquanto atendiam os doentes e escravos da cidade. Além disso, pertenciam à ordem dos dominicanos. Santa Rosa de Lima era terciária, enquanto São Martinho era religioso.
6. Santo Inácio de Loyola e São Francisco Xavier
Estes dois santos espanhóis se conheceram na Universidade de La Sorbona em Paris, França. Santo Inácio de Loyola tinha aproximadamente 33 anos quando seu discípulo São Pedro Fabro o apresentou a São Francisco Xavier.
A princípio, Francisco considerou Inácio antipático, porque sempre repetia a frase de Cristo: “Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”. Pouco a pouco, o jovem deixou de lado a sua vaidade e fez os exercícios espirituais criados pelo fundador da Companhia de Jesus (Jesuítas).
Em 1540, o Papa Paulo III aprovou a criação da Ordem e Santo Inácio foi escolhido como seu primeiro Superior Geral, enquanto São Francisco Xavier partiu como missionário para Índia e Japão.
7. Santa Teresa d'Ávila e São João da Cruz
Teresa era uma jovem sonhadora e determinada quando fez seus votos no Carmelo, em 1536, aos 21 anos de idade. No Carmelo, percebeu que as carmelitas na Espanha e em outros lugares tinham diminuído e se converteram em um centro social para todos os que desejavam uma vida fácil e relaxada.
Quando começou a encontrar os novos conventos carmelitas, conheceu um jovem frade chamado João e depois de entrevistá-lo, convidou-o a fazer parte da reforma do Carmelo a fim de revitalizar o carisma original de pobreza e da oração.
Esses amigos também escreveram lindos poemas que são baseados em suas provações e alegrias espirituais. O mais conhecido de Santa Teresa d'Ávila é “Nada te turbe” e de São João Cruz é “A noite escura da Alma”.
8. São João Bosco e São Domingos Sávio
Após ser ordenado sacerdote em 1841, São João Bosco criou um oratório onde reuniu centenas de jovens para formá-los. Naquela época, um sacerdote o apresentou a um menino chamado Domingos. O santo ficou impressionado com a vida espiritual e a alegria do menino. Por isso, decidiu acolhê-lo e tornou-se seu diretor espiritual.
Em uma noite, Dom Bosco o encontrou tremendo de frio na cama e coberto apenas com um lençol. Quando chamou a atenção de São Domingos Sávio, o menino brincou dizendo: “Nosso Senhor não pegou nenhuma pneumonia no estábulo em Belém”.
Domingos morreu em 1857. Dois anos depois, Dom Bosco fundou a Ordem dos Salesianos junto com um grupo de jovens.
9. São Cornélio e São Cipriano
O Papa São Cornélio e o Bispo de Cartago, São Cipriano, testemunharam sua fé durante a perseguição que sofreram por parte do Império Romano.
Este Pontífice enfrentou o sacerdote Novaciano, que proclamou a heresia de que a Igreja Católica não tinha o poder para perdoar os pecados. O santo o enfrentou e foi apoiado neste debate pelo seu amigo São Cipriano.
São Cornélio foi enviado ao exílio e morreu decapitado em 253. Por sua parte, São Cipriano foi martirizado da mesma maneira cinco anos depois.
10. Santas Felicidade e Perpétua
Perpétua era uma jovem mãe de 22 anos, de família rica e Felicidade era a sua escrava. Elas foram presas por serem cristãs.
Na prisão, Felicidade deu à luz a uma menina e os cristãos ajudaram para que Perpétua pudesse permanecer com seu bebê durante os seus últimos dias de vida.
Receberam a comunhão antes de serem jogadas a uma vaca selvagem e morrer decapitadas em 203. Os cristãos criaram a filha da Felicidade, enquanto as tias e a avó de Perpétua foram responsáveis pela educação do seu filho.
ACI Digital

Santo Onésimo, Bispo de Éfeso

REDAÇÃO CENTRAL, 16 Fev. 20 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 16 de fevereiro, a Igreja celebra Santo Onésimo, que foi um escravo fugitivo que se tornou Bispo de Éfeso e que morreu mártir ao ser apedrejado em Roma. Seu nome vem do grego e significa “proveitoso”.

Segundo o Martirológio Romano, Onésimo “foi acolhido por São Paulo de Tarso e concebido como filho na fé”. Isto ocorreu quando fugia da justiça depois de ter roubado seu amo Filêmon, um cristão rico e líder da Igreja de Colossos (território da atual Turquia).
Foi quando Onésimo entrou em contato com São Paulo, que se encontrava, então, como prisioneiro em Roma. O Apóstolo o converteu, batizou e o enviou à casa de seu antigo amo com uma carta de recomendação tal como está escrito em sua carta a Filêmon 10-12: “Venho suplicar-te em favor deste filho meu, que gerei na prisão, Onésimo. Ele poderá ter sido de pouca serventia para ti, mas agora será muito útil tanto a ti como a mim. Torno a enviá-lo para junto de ti, e é como se fora o meu próprio coração”.
Nos versículos 18-19 da mesma epístola, Paulo se compromete a pagar as dívidas de Onésimo. “Se ele te causou qualquer prejuízo ou está devendo alguma coisa, lança isto em minha conta. Eu, Paulo, escrevo de próprio punho: Eu pagarei. Para não te dizer que tu mesmo te deves inteiramente a mim!”.
Dos 25 versículos que a carta de São Paulo a Filêmon contém, 12 são dedicados a apresentar Onésimo com seu filho . Em sua carta aos Colossenses (4,7-9), cita novamente Onésimo e conta que voltou à casa de Filêmon e finalmente foi enviado como um verdadeiro irmão:
“Quanto ao que me concerne, o caríssimo irmão Tíquico, ministro fiel e companheiro no Senhor, vos informará de tudo. Eu vo-lo envio para este fim, para que conheçais nossa situação e console os vossos corações. Ele vai juntamente com Onésimo, nosso caríssimo e fiel irmão, conterrâneo vosso. Ambos vos informarão de tudo o que aqui se passa”.
Ao que parece, Filêmon perdoou e colocou em liberdade seu escravo arrependido e o mandou se reunir de novo com São Paulo.
São Jerônimo conta que Onésimo chegou a ser pregador do Evangelho e, em seguida, Bispo de Éfeso por ordem do Apóstolo Paulo. Posteriormente, Onésimo foi feito prisioneiro e levado a Roma, onde morreu apedrejado.
ACI Digital

sábado, 15 de fevereiro de 2020

São Cláudio de la Colombiere, jesuíta entregue ao Coração de Jesus

REDAÇÃO CENTRAL, 15 Fev. 20 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 15 de fevereiro, a Igreja Católica comemora São Cláudio de la Colombiere, sacerdote jesuíta francês do século XVII, que escreveu sobre as visões do Sagrado Coração de Jesus de outra grande santa, Margarida Maria Alacoque.

Quando canonizou Cláudio em 1992, o Papa São João Paulo II o apresentou como modelo de jesuíta, recordando como “se entregou por completo ao Sagrado Coração, ‘sempre abrasado de amor’. Inclusive, praticou o esquecimento de si mesmo a fim de alcançar a pureza do amor e de elevar o mundo a Deus”.
Nascido no sul da França durante 1641, São Cláudio fazia parte de uma família de sete filhos, dos quais quatro entraram no sacerdócio ou na vida religiosa. Frequentou uma escola da Companhia de Jesus em sua juventude e ingressou na ordem aos 17 anos.
Como noviço, Cláudio admitiu ter uma “terrível aversão” ao rigoroso tratamento requerido pela ordem, mas o noviciado conseguiu incrementar o seu talento natural, o que o levaria, em seguida, a fazer um voto privado de obedecer as regras o mais perfeitamente possível.
Depois de completar os períodos de estudo, Cláudio foi ordenado sacerdote em 1669. Conhecido como um grande pregador, também ensinou na universidade e serviu como tutor dos filhos do ministro de finanças do rei Luís XIV.
Em 1674, foi eleito superior de uma casa dos jesuítas na cidade de Paray-le-Monial. Nessa época, quando também foi confessor em um convento de religiosas da localidade, Cláudio fez parte de diversos acontecimentos que mudariam sua própria vida e a história da Igreja no Ocidente.
Uma dessas religiosas era Santa Margarida Maria Alacoque, que dizia ter experimentado revelações privadas de Cristo, solicitando a devoção ao Seu coração. Entretanto, dentro do convento, esta notícia – que o tempo e a Igreja se encarregariam de mostrar que era verdadeira – foi recebida com certo desprezo.
Durante seu tempo em Paray-le-Monial, o Padre Cláudio se tornou o diretor espiritual desta grande santa e escutou cuidadosamente seu testemunho sobre as revelações, chegando à conclusão de que a Irmã Margarida Maria as tinha recebido, efetivamente, de maneira extraordinária.
Os escritos de Cláudio de la Colombiere e seu testemunho da realidade das experiências da santa ajudaram a estabelecer o Sagrado Coração como um dos pilares da devoção católica. Isto, por sua vez, ajudou a combater a heresia jansenista, que afirmava que Deus não quer a salvação de algumas pessoas.
No outono de 1676, o Padre Cláudio foi chamado à Inglaterra. Durante um momento de tensão no país religiosamente desgarrado, exerceu seu ministério como capelão e pregador de Maria de Modena, uma católica que havia se tornado a Duquesa de York.
Em 1678, um falso rumor se estendeu sobre um suposto complô católico contra a monarquia inglesa. A mentira levou à execução de 35 pessoas inocentes, entre eles, oito jesuítas. O Pe. Cláudio não foi assassinado, mas foi acusado, detido e preso em um calabouço durante várias semanas.
O jesuíta francês suportou heroicamente a provação, mas as condições na prisão maltrataram muito sua saúde antes de sua expulsão da Inglaterra. Voltou para a França em 1679 e retomou seu trabalho como professor e sacerdote, fomentando o amor pelo Sagrado Coração de Jesus entre os fiéis.
Em 1681, Cláudio de la Colombiere voltou a Paray-le-Monial, o local das revelações de Santa Margarida Maria Alacoque.
Lá, em 1682, quando tinha apenas 41 anos, o sacerdote morreu de uma hemorragia interna no primeiro domingo da Quaresma, no dia 15 de fevereiro.
Foi beatificado em 1929 – nove anos depois da canonização de Santa Margarida Maria Alacoque – e canonizado 63 anos depois, por São João Paulo II.
ACI Digital

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

São Cirilo e São Metódio, copatronos da Europa

REDAÇÃO CENTRAL, 14 Fev. 20 / 05:00 am (ACI).- A Igreja universal recorda neste dia 14 de fevereiro os irmãos São Cirilo e São Metódio, copatronos da Europa, conhecidos como apóstolos dos escravos,

Antes de entrar na vida religiosa, São Cirilo se chamava Constantino e São Metódio tinha o nome de Miguel.
São Cirilo era monge e evangelizou a Rússia. Além disso, fundou a literatura eslava, escrevendo textos litúrgicos como o missal, o apostolário e outros livros litúrgicos em caracteres “cirílicos”.
No ano 863, dirigiu-se com seu irmão Metódio para evangelizar a Moravia. São Cirilo morreu em Roma em 14 de fevereiro de 896. É possível que tenha sido Bispo ou que tenha morrido logo depois de sua ordenação episcopal.
São Metódio chegou a ser ordenado bispo e desenvolveu um incansável trabalho evangelizador em Moravia, Bohemia, Panonia e Polônia. Em seguida, foi Arcebispo de Vellehrad (Eslováquia), onde foi preso em 870, devido à oposição do clero alemão.
Alguns o acusaram de herege, mas foi liberado de todas as acusações. Também traduziu a Bíblia à língua eslava. Faleceu em 6 de abril de 885, em Vellehrad.
Em 2004, São João Paulo II disse que “é impossível pensar na civilização europeia sem sua herança cristã”.
ACI Digital

São Valentim, padroeiro dos namorados

REDAÇÃO CENTRAL, 14 Fev. 20 / 06:00 am (ACI).- Neste dia 14 de fevereiro, recorda-se a festa de São Valentim, padroeiro dos namorados. Segundo a tradição, durante a perseguição aos cristãos o santo arriscava a sua vida para unir os casais em matrimônio.

Todos os santos se caracterizam por ter amado Deus ao ponto de entregar a vida por Ele através do próximo. Inclusive algumas pessoas foram assassinadas por ódio a este amor a Jesus Cristo e a sua Igreja, por isto são chamados de mártires.
Entretanto, de todos eles, somente São Valentim costuma ser relacionado ao amor de casais. Sua celebração foi associada com a crença comum na Idade Média, principalmente na Inglaterra e na França, de que no dia 14 de fevereiro (ou seja, no meio do segundo mês do ano) as aves começam a acasalar.
Os três mártires São Valentim
Nos antigos martirológios menciona-se no dia 14 de fevereiro pelo menos três santos chamados Valentim, todos eles mártires.
Um deles é mencionado como sacerdote de Roma, outro como bispo em Interamna (atualmente Terni). Ambos aparentemente foram martirizados na segunda metade do século III e sepultados na Via Flaminiana, mas em diferentes locais da cidade.
De ambos se conserva algum tipo de registro, mas são de datas relativamente posteriores e sem valor histórico. Sobre o terceiro São Valentim, foi martirizado na África, junto com outros companheiros.
ACI Digital

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

O Papa: deslizar no mundanismo é a lenta apostasia do coração

00006_13022020.jpg
Na homilia da Missa na Casa Santa Marta, na manhã desta quinta-feira, o Papa Francisco exorta a estar atentos à "queda com anestesia", quando a fidelidade a Deus se perde gradualmente

Debora Donnini - Cidade do Vaticano

Deixar-se deslizar lentamente no pecado, relativizando as coisas e entrando em "negociação" com os deuses do dinheiro, da vaidade e do orgulho. A partir daquela que define como "queda com anestesia", o Papa fez sua homilia na Missa desta manhã (13/02) na Casa Santa Marta, refletindo sobre a história do rei Salomão.
A Primeira Leitura da Liturgia do dia (1Rs 11, 4-13) "nos fala da apostasia, por assim dizer, de Salomão", que não foi fiel ao Senhor, explicou Francisco. De fato, quando ele era idoso, suas mulheres o fizeram "desviar seu coração" para seguir outros deuses.
Quando jovem, era muito valoroso, pedindo ao Senhor somente a sabedoria, e Deus o tornou sábio, a ponto de os juízes irem até ele, assim como também a rainha de Sabá, da África, com presentes, porque ouviram falar de sua sabedoria. "Vê-se que essa mulher era um pouco filósofa e lhe fez perguntas difíceis", diz o Papa, observando que "Salomão saiu vitorioso dessas perguntas" porque sabia como responder.

A lenta apostasia

Naquele tempo, continua Francisco, era possível ter mais de uma esposa, o que não quer dizer - explica - que fosse lícito ser um "mulherengo". O coração de Salomão, porém, se enfraqueceu não por ter se casado com essas mulheres - podia fazê-lo - mas porque as havia escolhido de outro povo, com outros deuses. E Salomão então caiu na "armadilha" e se perdeu quando uma das esposas lhe disse para ir adorar Camos ou Melcom.  E fez isso por todas as mulheres estrangeiras que ofereciam sacrifícios aos seus deuses. Em uma palavra, "permitiu tudo, deixou de adorar o único Deus". Do coração enfraquecido pelo excesso de afeição pelas mulheres, "o paganismo entrou em sua vida". Assim, destaca Francisco, aquele jovem sábio que rezou pedindo sabedoria, caiu ao ponto de ser rejeitado pelo Senhor.
"Não foi uma apostasia da noite para o dia, foi uma apostasia lenta", explica o Papa. Também o rei Davi, seu pai, de fato, havia pecado - gravemente pelo menos duas vezes – mas logo se arrependeu e pediu perdão: permaneceu fiel ao Senhor que o guardou até o fim.
Davi chorou por aquele pecado e pela morte do filho Absalão e quando fugia dele, humilhou-se pensando em seu pecado, quando as pessoas o insultavam. "Era santo. Salomão não é santo", afirmou. O Senhor lhe havia dado tantos dons, mas ele havia desperdiçado tudo porque deixara seu coração enfraquecer. Não se trata - observa o Papa - do "pecado de uma vez", mas do "deslizar".
As mulheres desviaram seu coração e o Senhor o reprova: "Você desviou o coração". E isto ocorre na nossa vida. Nenhum de nós é um criminoso, nenhum de nós comete grandes pecados como Davi cometeu com a esposa de Urias, nenhum. Mas onde está o perigo? Deixar-se escorregar lentamente porque é uma queda com anestesia, você não se dá conta, mas lentamente você escorrega, relativiza as coisas e perde a fidelidade a Deus. Estas mulheres eram de outros povos, tinham outros deuses, e quantas vezes nos esquecemos do Senhor e entramos em negociações com outros deuses: o dinheiro, a vaidade, o orgulho. Mas isto é feito lentamente e se não houver graça de Deus, perdemos tudo.

Cuidado com a mundanidade, você não pode estar bem com Deus e com o diabo

Mais uma vez o Papa se refere ao Salmo 105 (106) para enfatizar que esta mistura com os povos e aprender a agir como eles significa tornar-se mundano, pagão:
E para nós este lento deslizamento na vida é em direção da mundanização, este é o pecado grave: "Todos o fazem, mas sim, não há problema, sim, não é realmente o ideal, mas...". Estas palavras justificam-nos ao preço de perder a fidelidade ao único Deus. Eles são ídolos modernos. Vamos pensar neste pecado da mundanização. De perder a autenticidade do Evangelho. O genuíno da Palavra de Deus, de perder o amor deste Deus que deu a sua vida por nós. Não se pode estar bem com Deus e com o diabo. Isto é o que todos dizemos quando falamos de uma pessoa que é um pouco assim: "Ele está bem com Deus e com o diabo". Ele perdeu a sua fidelidade.

O amor de Deus fará com que paremos

E, na prática, continua, significa não ser fiel "nem a Deus nem ao diabo". Em conclusão, o Papa exorta-nos a pedir ao Senhor a graça de parar quando compreendermos que o coração começa a escorregar:
Pensemos neste pecado de Salomão, pensemos em como aquele sábio Salomão caiu, abençoado pelo Senhor, com toda a herança de seu pai Davi, como ele caiu lentamente, anestesiado para esta idolatria, para esta mundanização e lhe foi tirado o reino. Peçamos ao Senhor a graça de entender quando nosso coração começa a enfraquecer e a escorregar, para nos deter. Serão a Sua graça e o Seu amor nos deter se nós rezarmos a Ele.

Vatican News

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF