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sábado, 18 de setembro de 2021

São José Copertino

S. José Copertino | arquisp
18 de setmebro

São José Copertino

No dia 17 de junho de 1603, nasceu, no reino de Nápoles, na aldeia de Copertino, um menino de nome José. Era o filho mais novo da família Desa, cujo pai, um pobre carpinteiro, mal conseguia sustentar a família. Ele veio ao mundo num pequeno estábulo, onde permaneceu nos primeiros meses de vida, porque o pai, endividado, teve de vender o pouco que possuíam.

Já naquela época os desníveis sociais geravam miséria, insegurança e sofrimento, impedindo que filhos de famílias pobres estudassem e desenvolvessem sua cultura e inteligência. Mas, apesar de iletrado, o menino foi criado no rigor dos ensinamentos de Cristo, pois sua família era muito religiosa. Assim foi a infância de José. Os únicos talentos por ele manifestados foram de ordem espiritual: o da oração e o da caridade para com os mais necessitados, que sofriam as agruras da miséria, como ele.

Quando completou dezessete anos, estava determinado a tornar-se frade. Mas até os capuchinhos que o haviam aceitado como irmão leigo fizeram-no devolver o hábito, por causa da sua grande confusão mental. Isso causou a José um sofrimento muito grande. Mas não desistiu. Finalmente, foi aceito no Convento de Grotella, pelos Frades Menores, que o acolheram e lhe deram uma tarefa simples: cuidar de uma mula.

Mesmo renegado, estava determinado a ser sacerdote. Foi então que as graças divinas começaram a intervir na sua vida. Apesar da dificuldade que tinha em estudar, milagrosamente saía-se muito bem nas provas para tornar-se sacerdote. Desde então, começaram a aparecer sinais de predileção divina e fenômenos que atestavam sua santidade interior, presenciados pela comunidade de fiéis e irmãos da Ordem. Eram manifestações extraordinárias, como, por exemplo, curas totalmente milagrosas de doentes de todos os tipos de enfermidades. Ainda: em êxtases de oração, caminhava pela igreja sem colocar os pés no chão e, sem tomar nenhum cuidado com o corpo, exalava um fino e delicado odor. Por tudo isso, já era venerado em vida como santo.

Outro fato relevante na vida de José de Copertino é que, apesar de quase não ter nenhum estudo teológico, tinha o dom da ciência e era consultado por teólogos a respeito de questões delicadas. Espantosamente, tinha sempre respostas sábias e claras. Com isso, José conquistou a glória máxima e, mesmo sendo considerado o frade mais ignorante de toda a Ordem franciscana, sua fama de bom cristão, seu comportamento peculiar e seus milagres chegoaram a Roma. O papa Urbano VIII convocou-o e recebeu-o com as honras de que era merecedor. Talvez esse tenha sido um dos dias mais felizes na vida de José de Copertino.

Em 1628, foi ordenado sacerdote. José de Copertino mergulhou tão profundamente nas coisas de Deus que acabou se tornando um conselheiro de padres, bispos, cardeais, chefes de Estado e religiosos em geral. Todos o procuravam. E ele os atendia com paciência, humildade e sabedoria, indicando-lhes a luz de que necessitavam.
José de Copertino morreu aos sessenta anos de idade, no dia 18 de setembro de 1663, no Convento de Osímo, Itália. O local, que se tornara um ponto de peregrinação com ele ainda vivo, tornou-se, imediatamente, um santuário a ele dedicado. Festejado liturgicamente no dia de sua morte, este singular frade franciscano é considerado pelos estudiosos como "o santo mais simpático da hagiografia católica".

Os freqüentes êxtases espirituais, que lhe permitiam "voar" literalmente pela igreja, fizeram de são José de Copertino o padroeiro dos aviadores e pára-quedistas. Também, devido à sua determinação diante das numerosas dificuldades encontradas nos estudos e exames de seleção, é considerado o santo padroeiro dos estudantes que se encontram nessa condição, anualmente.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

http://arquisp.org.br/

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Papa Francisco encoraja catequistas a centrar a evangelização na Eucaristia

Papa Francisco / Foto: Vatican Media
Por Mercedes de la Torre | ACI Prensa

Vaticano, 17 set. 21 / 03:25 pm (ACI).- O papa Francisco disse que a catequese deve ser uma obra de evangelização com o olhar fixo no mistério eucarístico, hoje, 17 de setembro, durante o encontro “Catequese e catequistas para a nova evangelização” organizado pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização.

O papa discursou na Sala Clementina do Vaticano e disse aos participantes do encontro para “observar como o grande compromisso da catequese pode ser eficaz na obra evangelizadora se o seu olhar se mantém fixo no mistério eucarístico”.

“Não podemos esquecer que o lugar privilegiado da catequese é precisamente a celebração eucarística, onde irmãos e irmãs se reúnem para descobrir, cada vez mais, os diferentes modos como Deus está presente nas suas vidas”, disse o papa.

Ele lembrou do encontro com os bispos, sacerdotes, religiosas e catequistas na catedral de são Martinho, em Bratislava, onde afirmou que “a evangelização não é jamais uma mera repetição do passado” e citou o exemplo dos “grandes santos evangelizadores, como Cirilo e Metódio, como Bonifácio, que foram criativos, com a criatividade do Espírito Santo”.

“Abriram novos caminhos, inventaram novas línguas, novos alfabetos, para transmitir o Evangelho, para a inculturação da fé. Isso exige saber ouvir as pessoas, ouvir os povos aos quais se anuncia: ouvir a sua cultura, a sua história. Ouvir, não de forma superficial, pensando já nas respostas pré-fabricadas que levamos na pasta. Não! Escutar realmente e confrontar essas culturas, essas línguas, inclusive, e sobretudo, o não dito, o não expresso, com a Palavra de Deus, com Jesus Cristo, o Evangelho vivo”, disse Francisco.

Ele perguntou: “Não é essa a tarefa mais urgente da Igreja entre os povos da Europa?” Francisco disse que “a grande tradição cristã do continente não deve tornar-se uma relíquia histórica. Caso contrário, não será mais uma ´tradição`. A tradição está viva ou não. E a catequese é tradição, é um tradere. Mas é tradição viva, de coração a coração, de mente a mente, de vida a vida. Portanto: apaixonados e criativos, com o impulso do Espírito Santo”.

“Tenho medo dos catequistas com o coração, a atitude e a face ´pré-cozidas`”, disse Francisco, e afirmou que “o catequista é livre ou não é catequista” porque ou “o catequista se deixa interpelar pela realidade que encontra e transmite o Evangelho com grande criatividade, ou não é catequista. Pense bem sobre isso”.

Ministério de catequista

Depois, o papa Francisco falou da instituição do ministério laical de catequista, em maio de 2021, para que “a comunidade cristã sinta a necessidade de despertar esta vocação e de experimentar o serviço de alguns homens e mulheres que, vivendo a celebração eucarística, sintam mais vivamente a paixão por transmitir a fé como evangelizadores”.

“O catequista e a catequista são testemunhas que se põem ao serviço da comunidade cristã, para sustentar o aprofundamento da fé na realidade da vida cotidiana. São pessoas que anunciam incansavelmente o Evangelho da misericórdia; pessoas capazes de criar os laços necessários de acolhida e proximidade que permitem apreciar melhor a Palavra de Deus e celebrar o mistério eucarístico oferecendo frutos de boas obras”, afirmou o pontífice.

Francisco disse que lembra com carinho das duas catequistas que o prepararam para a primeira Comunhão, com quem continuou sua relação como sacerdote e, com uma delas que ainda vive, como bispo.

“Sentia um grande respeito, inclusive um sentimento de agradecimento, sem fazê-lo explícito, mas eu sentia uma espécie de veneração. Por quê? Porque eram as mulheres que tinham me preparado para a minha primeira Comunhão, juntamente com uma freira (...) Há uma proximidade, um vínculo muito importante com os catequistas”, disse o papa.

Francisco também falou da publicação do Diretório para a Catequese e encorajou as Conferências Episcopais a “relerem o caminho da catequese como um momento em que os cristãos, que se preparam para celebrar a culminação do mistério da fé, são convidados a ir primeiro à cidade, ao encontro das pessoas, ocupadas nos seus afazeres cotidianos”.

O papa citou o novo diretório para lembrar que “a catequese não é uma comunicação abstrata de conhecimentos teóricos que devem ser memorizados como se fossem fórmulas matemáticas ou químicas. É, antes que nada, a experiência mistagógica daqueles que aprendem a encontrar os seus irmãos onde eles vivem e trabalham, porque eles mesmos encontraram Cristo, que os chamou a ser discípulos missionários”.

“Devemos insistir em mostrar o centro da catequese: Jesus Cristo ressuscitado te ama e nunca te abandona! Esse primeiro anúncio nunca pode nos encontrar cansados ou repetitivos nas diferentes etapas do caminho catequético”, pediu o papa.

Por fim, Francisco agradeceu aos catequistas que se dedicarão às crianças e jovens que “se preparam para completar o seu caminho de iniciação cristã” e rezou para que “a Virgem Maria interceda por vocês, para que sejam sempre assistidos pelo Espírito Santo”.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Família Religiosa de St. Arnold Janssen: coerência ética para cuidar da Criação

Amazônia 

Três Congregações Religiosas fundadas por São Arnaldo Janssen participaram de um webinar, onde ouviram os gritos de mulheres e homens pedindo ação e coerência para deter a devastação da terra, o sofrimento das comunidades e famílias, e a mudança climática.

Vatican News

"Ouvindo o grito da Terra e dos Povos: economias para a conversão ecológica" foi o título do webinar organizado pela Comissão de Justiça, Paz e Integridade da Criação (JPIC) dos Missionários Verbitas SVD, a Rede Igrejas e Mineração através da Campanha de Desinvestimento em Mineração, Vivat International e Steyler Ethical Bank, que aconteceu no dia 4 de setembro como parte das celebrações do Tempo da Criação. Representantes das três Congregações Religiosas fundadas por St. Arnold Janssen participaram do webinar: Congregação dos Missionários do Verbo Divino, das Missionárias Servos do Espírito Santo e das Servas do Espírito Santo de adoração perpétua.

A Campanha de Desinvestimento em Mineração

Na véspera de mais um aniversário de sua fundação, os Missionários do Verbo Divino e a família de São Arnaldo Janssen presentes nos cinco continentes juntaram-se a esta iniciativa onde se ouvem os clamores de ação e coerência sobre como a Igreja pode responder aos gritos de hoje, a fim de gerar uma aliança para ações concretas para deter a devastação da terra, o sofrimento das comunidades e famílias e a mudança climática. "O Desinvestimento em Mineração é uma ferramenta que busca maneiras de defender e fazer ouvir as vidas e reivindicações das pessoas e da natureza. O desinvestimento na mineração - comentou o Padre Dario Bossi - é um ato de coerência ética dentro da Igreja, que nos permite ir juntos, em nome e ao lado de muitas comunidades que sofrem os impactos do extrativismo".

Irmão Ferrada: transformando situações de injustiça

Por sua vez, o Irmão Carlos Ferrada SVD, Coordenador de JPIC da Congregação, confirmou a adesão à Campanha de Desinvestimento em Mineração. Reconhecendo que as Congregações membros da família de St. Arnold Janssen estão muito comprometidas com os 7 objetivos da plataforma Laudato Si, que buscam possíveis e responsáveis transformações com as situações de injustiça que são experimentadas pelas mudanças climáticas: "faremos nossos planos de ação baseados em 4 pilares - disseram os religiosos - oração, lobby na arena política, educação e ações concretas". Neste sentido, o missionário verbita sublinha que é um dever ético e ecológico ver como os recursos são administrados. "Em que tipos de empresas e setores econômicos investimos nossos recursos para que não contribuam para uma maior violação dos direitos das pessoas e para a destruição da Irmã Mãe Terra".

Anitalia Pijachi: a extração traz nova escravidão

Anitalia Pijachi, mulher indígena do povo Ocaina-Murui da Amazônia colombiana, também marcou presença no webinar. Ela foi enfática em sua denúncia de como o extrativismo e a mineração assolaram as relações recíprocas que são tecidas entre todos os seres que habitam a floresta e o mundo, humanos e não humanos, e como as relações espirituais e sagradas são violadas. "Não comemos ouro, comemos comida e alimentos que são compartilhados com todos", compartilhou a líder amazônica, "por isso Deus colocou ouro no coração da terra. O ouro não é para todos, não deve ser retirado, porque é algo quente, porque gera dor. Essa é a palavra do conselho de nossos anciãos". Anitalia Pijachi lembrou que para sua cultura, a extração de minerais é uma forma antiga de colonialismo que continua até hoje, trazendo novas formas de escravidão.

Irmã Hoar: Espiritualidade dos cuidados como uma experiência de vida permanente

Uma contribuição à espiritualidade do cuidado foi dada pela Irmã Christina Hoar, da Congregação Servas do Espírito Santo, que compartilhou sua experiência acompanhando a comunidade no vale de Tránsito, no Chile, onde foram ameaçadas pela empresa mineira Barrick Gold. "Não sabíamos como lidar com esta situação, não tínhamos experiência prévia e não entendíamos realmente o que estávamos enfrentando - disse a irmã indonésia - nosso trabalho pastoral era a formação, a informação, de paróquia em paróquia, acompanhando as comunidades sobre a questão da mineração e seus efeitos negativos. Foi uma luta entre David e Golias, mas nosso trabalho estava focado na defesa da vida. Os camponeses falam sem medo sobre a forma como o governo e a empresa mineira operam".

Dom Vicente Ferreira e Dom Norberto Förster: vozes presentes com os irmãos feridos

O bispo Vicente Ferreira, que acompanha o povo de Brumadinho, no estado de Minas Gerais, Brasil, terrivelmente afetado pelo derramamento de lodo tóxico que enterrou as famílias, e que ainda estão de luto pelo seu desaparecimento, fez presente a falta de proteção e a constante injustiça. "O governo faz acordos sobre a dor das comunidades, para servir aos interesses das multinacionais criminosas". É um desastre, todas as leis contra a regulamentação da mineração estão sendo desrespeitadas. O que nos sustenta na profecia e na luta são as comunidades e o trabalho em rede".

Depois de 33 anos no Brasil, onde chegou ainda sendo seminarista, Dom Norberto Foerster, missionário do Verbo Divino, nascido na Alemanha, foi nomeado pelo Papa Francisco bispo de Ji-Paraná, no estado de Rondônia. No webinar, o missionário verbita apresentou a realidade de um dos estados amazônicos mais afetados pela mineração e pelo agronegócio, onde povos indígenas e tradicionais sofrem com o avanço das economias extrativistas. "Amazônia concentra 72% da área minerada: Três de cada quatro hectares minerados, considerando a mineração Industrial e garimpo no Brasil, estavam na Amazônia em 2020, ou 72,5% de toda a área minerada; 40% das áreas de garimpo estão dentro de Unidades de Conservação", lembrou Foerster ao apresentar dados do Relatório MapBiomas sobre a Expansão da Mineração e do Garimpo no Brasil nos últimos 36 anos. "No que diz respeito a novos compromissos, as organizações baseadas na fé têm estado na vanguarda do desinvestimento em combustíveis fósseis desde 2016. Hoje a chamada para desinvestimento também deve ser feita para a mineração. O desinvestimento na mineração é uma coerência ética", convocou o bispo.

As vozes dos bispos se somaram às diferentes realidades que foram ouvidas, unidas em comum com as feridas da injustiça, da desigualdade, da indiferença e da violação de direitos. A rede, as alianças, a possibilidade de responder de forma concreta e coerente aos gritos de tantos irmãos e irmãs impactados pelo extrativismo, e da Mãe Terra enlutada, geme em dores de parto. "A Igreja tem uma grande responsabilidade em saber ouvir essas dores e responder de forma esperançosa ao presente e ao futuro. O que sustenta nossa força na profecia são os corpos feridos de nossos irmãos e irmãs - Dom Vicente Ferreira salientou - nós estamos feridos com eles. Se acreditamos que o Espírito Santo está lhes dando força por baixo, não podemos deixá-los sozinhos, não podemos negar nossa presença. Somos um corpo ferido, mas um corpo de profecia".

Fonte: https://www.vaticannews.va/

4 dicas contra a ansiedade

Zai Aragon - Shutterstock
Por Octavio Messias

Como dissolver as preocupações em atividades que podemos controlar.

O comportamento de fuga é uma resposta natural do organismo mediante situações de ameaça, como um animal selvagem na floresta ou a pandemia. Nesse contexto de ameaça, o corpo produz um hormônio chamado cortisona, que tem diversos benefícios ao corpo e permite uma resposta rápida.

No entanto, quando nada é feito para combater ou para fugir do agente ameaçador, esse hormônio tem efeito prejudicial à saúde, gerando perda de memória, dificuldade de concentração, depressão, ansiedade e até perda de cabelo.

Por isso, em uma situação em que não temos tanto controle sobre o agente ameaçador – um vírus, a crise econômica etc. – e lidamos com um inimigo invisível, é importante recorrer a outros métodos para nos manter presentes no aqui e agora e não deixar a ameaça corroer nossos pensamentos. Confira, a seguir, 4 dicas para lidar com a ansiedade em tempos pandêmicos. 

Respire

Ao oxigenar o corpo e o cérebro você manda uma mensagem para o organismo de que a situação está sob controle e ativa o sistema parassimpático, que nos traz as sensações de calma, repouso e saciação. E ao ativamente focar na respiração, nos mantemos mais presentes e, logo, menos preocupados com a ameaça. Uma boa técnica é contar até quatro ao inspirar profundamente, e depois expirar por mais quatro segundos, repetindo o procedimento até se sentir melhor. 

Meditação

A meditação é outra forma infalível não só de nos manter presentes, como para focar na respiração, nas sensações do corpo, nos ruídos externos ou do ambiente, deixando, assim, os pensamentos negativos do lado de fora. Os mantras (sílabas ou palavras sem significado, como OM, entoadas ao se meditar) têm essa função de “enganar” a mente. Rezar, além de trazer paz espiritual e acalmar o coração, também cumpre esse propósito. 

Exercite-se

Não existe atividade mais eficiente para nos fazer focar no que estamos fazendo e afastar as preocupações do que exercícios físicos dinâmicos. Aí entram esportes coletivos, como futebol, vôlei e basquete, e individuais, como squash e artes marciais, além de treinos aeróbicos e crossfit. Sem contar que a endorfina, neurotransmissor descarregado pelo cérebro mediante atividades físicas prolongadas, é um calmante natural. 

Rituais

Quando parte de nossa rotina, rituais nos trazem uma sensação de aconchego, a repetição gera familiaridade, e isso nos transmite calma e a sensação de acolhimento. Um simples ritual como beber uma xícara de chá ou um banho relaxante com espumas e óleos aromáticos, tornam-se um pretextos para saborear o momento e esquecer os problemas. O importante é que sejam rituais prazerosos. 

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Antes amigo de Deus do que dos homens

Guadium Press
Jônatas, filho do primeiro rei dos judeus, sempre generoso na hora da dificuldade, recebeu o prêmio dos amigos fiéis.

Redação (16/09/2021 09:29Gaudium Press) As Sagradas Escrituras, sempre sábias e justas em suas descrições e apreciações, não deixam de atestar reiteradas vezes as virtudes e méritos de grandes homens do Antigo Testamento.

Relacionados à ascendência do Messias, inúmeros personagens brilharam por sua atuação como protetores, cooperadores e defensores da linhagem do Homem-Deus, sem propriamente fazerem parte da bendita linhagem.

Jônatas, filho do rei Saul e ilustre amigo do rei David, representou a verdadeira amizade em seu grau mais alto, isto é, a disposição de dar o sangue e renunciar a toda e qualquer vantagem ou benefício em favor dos outros, sem esperar retribuições.

Sempre generoso…

Como atesta a Escritura,[1] o filho do primeiro rei de Israel era de uma coragem e audácia incomparáveis, sempre aliadas a mais sutil perspicácia. Acompanhando seu pai nos combates contra os povos vizinhos da Palestina, sua espada mais de uma vez determinou a salvação e o êxito dos israelitas; nada seria desta ousadia, entretanto, se não estivesse sempre iluminada pela Fé: “Nada impede ao Senhor dar a vitória, sejamos muitos ou poucos[2], era o que repetia insistentemente na horas difíceis; o Senhor, por isso, assegurava-lhe a vitória.

No entanto, diante da imensa potência dos Filisteus[3] que ameaçava seriamente o reino de Israel, Deus escolheu um jovem para uma grande missão: David, ungido pelo profeta Samuel em nome de Deus, deveria substituir Saul no governo do reino e exterminar os infiéis.

Após a humilhante derrota de Golias, enquanto todos os louvores e atenções se dirigiam ao jovem David, o coração de Saul se endurecia ao discernir o desígnio da Providência sobre aquele menino, ao qual nunca mais viu com bons olhos. Ao contrário de seu progenitor, Jônatas possuía uma alma eminentemente admirativa e, em um golpe de vista, “apegou-se profundamente a Davi; amou-o como a si mesmo”.[4]

Entretanto, como uma paixão raramente se satisfaz com o que tem, a inveja e ódio do rei contra o vencedor dos filisteus crescia constantemente; a tal ponto estes sentimentos se apoderaram dele que, em presença da corte reunida, anunciou sua intenção de matar David.[5]

…na hora da dificuldade…

Mas — narra a Escritura — Jônatas filho de Saul amava profundamente Davi” e, temendo que seu pai lhe fizesse algum mal “preveniu-o a respeito disso”.[6] Mesmo quando corria o perigo de cair na desgraça do rei, não hesitou em ser fiel a seu amigo, custasse o que custasse.

Nesta terrível perspectiva passavam-se os anos. Sempre temendo algum perigo por parte do rei, David e Jônatas viveram um longo período de angústia, no qual nada era seguro senão o estreito laço que os unia: perseguições, fugas, reconciliações… Jônatas renunciou a seus privilégios e interesses em favor de um homem fugitivo e sem bens, incapaz de proporcionar-lhe recompensas por seus favores; seus esforços, na perspectiva moderna, seriam considerados realmente vãos.

Extremamente volúvel, Saul mudava constantemente seu parecer sobre o vencedor de Golias, embora dele recebesse repetidas provas da fidelidade. David teve inúmeras vezes a vida de seu inimigo nas mãos; maior era, entretanto, seu amor e fidelidade à realeza instituída por Deus, a qual respeitava e temia.

…recebeu o prêmio dos amigos fiéis

O último capítulo do livro de Samuel[7] traz o desfecho desta terrível e bela história: tendo os filisteus mais uma vez investido contra os israelitas, Saul e suas tropas não foram capazes de refreá-los, e fugiram assim montes adentro. Chegados a Gelboé, os judeus não puderam mais resistir; a fúria dos infiéis descarregou-se sobre o rei e seus filhos, que não sobreviveram ao ataque. Jônatas sucumbiu lutando valorosamente até o fim, enquanto Saul, temeroso, suicidou-se diante do inimigo…

Logo ao saber do ocorrido, David, que havia perdido aquele que lhe assegurara a vida, proclamou: “Teu adorno, Israel, jaz ferido sobre os teus montes. Ai, tombaram os valentes! Como tombaram os valentes em plena batalha! Jônatas foi morto sobre as tuas alturas. Choro por ti, meu irmão Jônatas. Tu me eras tão querido”.[8] Era o clamor da alma dilacerada, obrigada pelas circunstâncias a separar-se de um grande bem.

Diante da fama e da glória, sói acontecer do afortunado esquecer-se dos que mais bem lhe fizeram para fechar-se em si; o célebre rei de Israel, porém, era amigo realmente. Sabendo que Jônatas deixara um filho que era coxo, mandou chamar-lhe e disse-lhe: “Não temas, pois serei misericordioso para contigo por causa de Jônatas, teu pai. Vou restituir-te todos os campos de Saul, e tu sempre comerás o pão da minha mesa”.[9]

E como se não bastasse este nobre gesto — embora póstumo — de amor, mandou recolher e sepultar solenemente os restos de Jônatas, pelo que, como sinal de benção, “Deus voltou a ser propício ao país”.[10]

Decerto, poucas vezes encontra-se uma amizade com este teor; anacrônica, não apenas pelo tempo em que se deu, mas pela constatação de que não há mais amigos com esta disposição. A amizade é para sempre ou não é amizade; é uma aliança, um compromisso que transborda os limites do sepulcro e do tempo.

A segredo da amizade é, sem dúvida, ser antes “amigo de Deus”, amar exclusivamente pelo desígnio que o Altíssimo tem sobre cada um; os que assim vivem, recebem o prêmio dos amigos fiéis: estar na memória dos homens e no coração de Deus.

Por André Luiz Kleina


[1] Cf. 1 Samuel 13, 1-7.

[2] 1 Samuel 14, 6.

[3] Povo idólatra oriundo das terras da atual Gaza.

[4] 1 Samuel 18, 4.

[5] Cf. 1 Samuel 19, 1.

[6] 1 Samuel 19, 1-2.

[7] 1 Samuel 31.

[8] Cf. 2 Samuel 1, 19-26.

[9] Cf. 2 Samuel 9, 7.

[10] 2 Samuel 21, 14.

Fonte: https://gaudiumpress.org/

CNBB promove encontro com parlamentares católicos

Dom Walmor Oliveira, dom Giambattista Diquattro e senador Rodrigo Pacheco

CNBB INICIA ENCONTRO COM PARLAMENTARES CATÓLICOS NA BUSCA DO DIÁLOGO E DA POLÍTICA MELHOR

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) iniciou, na manhã desta quinta-feira, 16 de setembro, o I Encontro de Parlamentares Católicos a serviço do Povo Brasileiro. Na abertura do evento, foi destacada a busca pelo diálogo e pela “política melhor” apontada pelo Papa Francisco na carta encíclica Fratelli Tutti. Em sua fala, o o arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, destacou que a Igreja apoia e investe em tudo o que pode promover e garantir a ‘política melhor’, como acentuou o Papa no capítulo V do documento sobre a Fraternidade humana e a amizade social.

O encontro teve inicio nesta quinta e segue até amanhã com a participação de cerca de 80 parlamentares, entre vereadores, deputados estaduais e federas e senadores. Na abertura, discursaram o presidente da CNBB; o núncio apostólico no Brasil, dom Giambattista Diquattro; e o presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco.

Aposta no diálogo

Para dom Walmor Oliveira de Azevedo, o I Encontro de Parlamentares Católicos a serviço do Povo Brasileiro “é uma aposta na eficácia do diálogo como instrumento de construção de entendimentos e respostas novas na reconstrução da sociedade brasileira nos trilhos da justiça e da paz à luz dos valores e princípios do Evangelho de Jesus Cristo”.

O arcebispo falou do empenho e do investimento da Igreja Católica no Brasil em promover o diálogo e a tarefa de “fecundar e iluminar a tarefa política com os valores do Evangelho”.

O ápice do encontro é a promoção do diálogo, segundo dom Walmor, para que parlamentares digam o que esperam da Igreja e “se deixem interpelar ao ouvir o que a Igreja também deles espera”. Esse diálogo permanente, continua, “permite o aperfeiçoamento do serviço na política e nutre a esperança de um novo tempo, ao se tocar mentalidades, na medida de redimensionamento de critérios pelos confrontos a partir de valores e princípios”. 

Em vista do bem comum

A articulação de parlamentares católicos, no entanto, mesmo com sua importância, não deve ser compreendida, segundo dom Walmor, “como entrincheiramento em defesa de interesses cartoriais e grupais”. Valerá nessa relação “sempre a primazia do bem comum, o sentido inegociável da solidariedade e da igualdade, a defesa da promoção dos princípios democráticos”.

“A fé cristã tem uma grandeza que emoldura e inspira a qualidade do desempenho político na sua essencialidade para a vida na nação. Isso fica entendido como serviço sério e sincero prestado a um povo em vista do seu bem, por meio de legislações que garantam o direito e a justiça na verdade e na paz. A Igreja, por isso, incentiva homens e mulheres à participação e representação políticas no horizonte rico e inspirador de sua Doutrina Social”, destacou o presidente da CNBB.

No atual contexto, com “a complexidade e o desafio de se configurar um novo tecido social e político brasileiro”, dom Walmor destacou elementos que “apelam especial cuidado com exercício da política”. São eles “os desdobramentos históricos da política brasileira, os agravamentos dos problemas com o advento da pandemia da Covid-19 em curso e a precipitação perigosa da cidadania nas alas das polarizações e extremismos”.

Fraternidade Universal

A atuação do parlamentar católico, segundo dom Walmor, tem uma responsabilidade “de ser desempenhada nos trilhos de valores e princípios que impulsionem o novo, gestem respostas novas e alimentem o horizonte cidadão com as convicções da fraternidade universal”.

O núncio apostólico no Brasil, dom Giambattista Diquattro, também destacou a fraternidade como virtude a ser aprimorada no Brasil. Após transmitir a saudação cordial e a bênção do Papa Francisco, recordou a riqueza da variedade étnica, espiritual e cultural única do país: “Essa variedade admirável corrobora para o seu compromisso com a paz e a superação dos conflitos”, sublinhou.

Dom Giambattista ressaltou que “precisamos cada vez mais de fraternidade e amor para promover a integração entre os homens, fato este perseguido no momento crítico que vivemos”.

“Num mundo em que todos estamos interligados , a mera ordem e o mero progresso econômico não são suficientes enquanto é urgente que a sociedade civil reafirme a sua mensagem de fraternidade, de integração e de paz. O Brasil se destaca pela sua solidariedade que ultrapassa as suas fronteiras e por sua história marcada indelevelmente pela fé. Oxalá esta ajude a alimentar de modo tão natural propósitos e sentimentos de amor, de ordem e de progresso”, desejou.

O núncio apostólico no Brasil também espera que a vocação à fraternidade e a “cordialidade identitária” do povo brasileiro “nunca desapareçam dos vossos corações, mas acompanhe sempre, esculpindo a autenticidade que vos caracteriza”.

Ele ainda pediu que os parlamentares cultivem a “beleza do conjunto”, o que requer paciência, fadiga, coragem e partilha, zelo e criatividade. “É obra humana que Deus abençoa”.

CNBB

Reconhecimento

Em seu discurso, o presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco, iniciou agradecendo o convite e manifestando seu reconhecimento e admiração “pelo papel essencial e pelo trabalho incansável e produtivo que a CNBB vem desenvolvendo há quase sete décadas, na edificação de uma sociedade mais justa, mais fraterna, mais solidária, sempre presente e atuante nos momentos decisivos da conturbada trajetória de consolidação e de desenvolvimento da jovem democracia brasileira”.

Para o parlamentar, com a realização do encontro, “a CNBB irmana-se com os que veem na democracia a única saída viável para a crise brasileira, bem como reafirma seu compromisso com a defesa intransigente dos mais pobres, dos que mais precisam de uma nova política, dos que mais carecem de uma política melhor”.

Superações

O presidente do Congresso Nacional comentou sobre o fato de a porcentagem de católicos na população brasileira não se traduzir em “índices similares de representatividade e atuação política”. A maioria cristã em números também não está refletida quando se considera “as convicções éticas e religiosas cristãs que nos norteiam”. Esse destaque de Pacheco deve-se à realidade do país, transparecida no “contraste ofensivo entre, de um lado, o maior número de brasileiros miseráveis desde 2010 e, de outro lado, o número recorde de novos bilionários brasileiros neste ano de 2021”.

“A reversão dessas tendências, nada alvissareiras, têm como requisito inicial a superação definitiva de impasses institucionais que tanto prejudicam e paralisam o país. Pacificar e tornar plenamente produtiva a interação harmônica entre os poderes é, no entanto, não mais do que uma etapa inicial dentro de uma tarefa maior, que é colocar o Brasil de volta ao caminho do desenvolvimento, de volta ao caminho da erradicação da fome, da geração de emprego e de trabalho, do controle eficaz do poder aquisitivo da moeda e, sobretudo, da redução das desigualdades sociais muito acentuadas inclusive na pandemia do coronavírus”, disse Pacheco.

O parlamentar destaca que atingir esses objetivos “demandará uma nova política, uma política melhor, nos termos da encíclica Fratelli Tutti”.

“Urge, em primeiro lugar, recolocar a política a serviço do bem comum. Isso implica não apenas atender as ora ainda negligenciadas necessidades básicas dos vulneráveis e desfavorecidos, mas também submeter de forma irrestrita o pensar e o agir político nos valores da fraternidade, da solidariedade e da justiça social”.

Para Rodrigo Pacheco, é imprescindível qualificar e valorizar a discussão política “buscando o diálogo paciente e persistente, em oposição às interações superficiais, improdutivas, raivosas e intolerantes, tão características de boa parte das redes sociais”.

Vislumbrando o processo eleitoral do próximo como oportunidade para a “necessária depuração política na substância e na forma” que o Papa descreve, Pacheco  espera “o reencontro do Brasil com alguma normalidade política”. Até que esse momento chegue, o que pode demorar um pouco mais a ideia, segundo o senador, é “manter, nas palavras do Sumo Pontífice, a confiança nas reservas do bem, sem perder a esperança”.

“Às vésperas dos 200 anos da independência nacional, é fundamental que todos nós democratas, que almejamos um Brasil mais justo, fraterno e solidário, não possamos esmorecer. Com calma e serenidade, e o Brasil há de superar a crise multifacetada que ora enfrentamos”, animou Pacheco, que ainda apontou para a retomada do desenvolvimento a necessidade de união nacional, respeito, responsabilidade e otimismo.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Um novo olhar sobre a confissão, o sacramento da alegria

O Papa se confessando na Basílica de São Pedro | Vatican News

No centro do perdão está Deus que nos abraça, não a lista de pecados e nossa humilhação.

ANDREA TORNIELLI

A confissão é um "sacramento da alegria", na verdade uma "festa", no Céu e na terra. Na terça-feira, 14 de setembro, no Estádio de Košice, era como se o Papa Francisco olhasse nos olhos de cada um dos jovens que o acolheram, para convidá-los a viver o Sacramento da Penitência de uma nova maneira. E o que o Sucessor de Pedro lhes disse foi um conforto não só para os presentes, mas para todos os que acompanharam aquele encontro pela televisão ou pela internet, ou apenas leram o discurso papal.

Não é o sacramento, pouco frequentado nestes dias, que mudou. O que Francisco propôs foi uma visão completamente diferente da confissão em comparação com a experiência de tantos cristãos e a um certo legado histórico.

Em primeiro lugar, o Papa indicou no sacramento "o remédio" para os momentos da vida em que "estamos para baixo". E à pergunta de uma jovem, Petra, que lhe perguntou como seus coetâneos poderiam "superar os obstáculos no caminho para a misericórdia de Deus", ele respondeu com outra pergunta: "Se eu lhes perguntar: o que vocês pensam quando vão se confessar? Estou quase certo da resposta: nos pecados. Mas os pecados são realmente o centro da confissão? Deus quer que você se aproxime dele pensando em você, nos seus pecados ou Nele?"

"A maneira cristã", disse Francisco dois dias antes, em Budapeste, "começa com um passo atrás, com o retirar-se do centro da vida para dar lugar a Deus. Este mesmo critério, esta mesma perspectiva aplicada à confissão pode provocar uma pequena-grande revolução copernicana na vida de cada um: no centro do Sacramento da Penitência não estou mais eu, humilhado com uma lista de pecados - talvez sempre os mesmos - para serem recontados com dificuldade ao sacerdote. No centro está o encontro com Deus que acolhe, abraça, perdoa e eleva.

"Não se vai à confissão", explicou o Papa aos jovens, "como pessoas castigadas que têm que se humilhar, mas como filhos que correm para receber o abraço do Pai. E o Pai nos levanta em cada situação, nos perdoa cada pecado. Ouçam bem isto: Deus sempre perdoa! Vocês entenderam? Deus sempre perdoa". Não se vai a um juiz para acertar contas, mas "a Jesus que me ama e me cura".

Francisco aconselhou os sacerdotes a "sentirem-se" no lugar de Deus: "Que se sintam no lugar de Deus Pai que sempre perdoa, abraça e acolhe. Damos a Deus o primeiro lugar na confissão. Se Deus, se Ele é o protagonista, tudo se torna belo e a confissão se torna o Sacramento da alegria. Sim, da alegria: não do medo e do julgamento, mas da alegria".

O novo olhar sobre o sacramento da penitência proposto pelo Papa pede para não permanecer prisioneiros da vergonha dos próprios pecados - vergonha que "é uma coisa boa" - mas a superá-la porque "Deus não se envergonha de você. Ele o ama bem ali, onde você tem vergonha de si mesmo. Ele o ama sempre". Para aqueles que ainda não conseguem se perdoar acreditando que nem mesmo Deus pode fazê-lo "porque eu sempre cairei nos mesmos pecados", Francisco diz: "Quando Deus se ofende? Quando você vai pedir-lhe perdão? Não, nunca. Deus sofre quando pensamos que Ele não pode nos perdoar, porque é como dizer a Ele: 'Você é fraco no amor'... Mas Deus se regozija em nos perdoar, toda vez. Quando ele nos levanta, ele acredita em nós como fez da primeira vez, não se desanima. Somos nós que nos desanimamos, Ele não. Ele não vê pecadores para rotular, mas filhos para amar. Ele não vê pessoas erradas, mas filhos amados; talvez feridos, e então Ele tem ainda mais compaixão e ternura. Toda vez que nos confessamos - nunca nos esqueçamos disso – há festa no céu. Que seja o mesmo na terra!" Da vergonha à festa, da humilhação à alegria. Não é o Papa Francisco, mas o Evangelho, onde se lê sobre o pai que espera ansiosamente o filho pecador, continuamente examinando o horizonte, e mesmo antes que ele tenha tempo de se humilhar, detalhando meticulosamente todos os seus pecados, Ele o abraça, o levanta e faz festa com ele e para ele.

Fonte: https://www.vaticannews.va/

São Roberto Belarmino

S. Roberto Belarmino | arquisp
17 de setembro

São Roberto Belarmino

Roberto Francisco Rômulo Belarmino veio ao mundo no dia 4 de outubro de 1542, em Montepulciano, Itália. Era filho de pais humildes e católicos de muita fé. Tiveram doze filhos, dos quais seis abraçaram a vida religiosa, tal foi a influência do ambiente cristão que proporcionaram a eles com os seus exemplos.

O menino Roberto nasceu franzino e doente. Talvez por ter tido tantos problemas de saúde nos primeiros anos de existência, dedicou atenção especial aos doentes durante toda a vida.

Embora constantemente enfermo, Roberto demonstrou desde muito cedo uma inteligência surpreendente, que o levou ao magistério e a uma carreira eclesiástica vertiginosa. Em 1563, foi nomeado professor do Colégio de Florença e, um ano depois, passou a lecionar retórica no Piemonte. Em 1566, foi para o Colégio de Pádua, onde também estudou teologia e, em 1567, mudou para a escola de Louvain, sendo, então, já muito conhecido em todo o país como excelente pregador.

Em 1571, tendo concluído todos os estudos, recebeu a ordenação sacerdotal e entrou para a Companhia de Jesus. Unindo a sabedoria das ciências terrenas, o conhecimento espiritual e a fé, escreveu os três volumes de uma das obras teológicas mais consultadas de todos os tempos: "As controvérsias cristãs sobre a fé", um tratado sobre todas as heresias.

Mais tarde, em 1592, Belarmino foi nomeado diretor do Colégio Romano, que contava com duzentos e dois professores e dois mil estudantes, entre os quais duzentos jesuítas. Lá, realizou um trabalho de tamanha importância que, algum tempo depois, foi nomeado para o cargo de superior provincial napolitano, função em que ficou apenas por dois anos, pois o papa Clemente VIII reclamava sua presença em Roma, para auxiliá-lo como consultor no seu pontificado. Nesse período, produziu outra obra famosa: "Catecismo", que teve dezenas de edições e foi traduzido para mais de cinqüenta idiomas.

Com a morte do papa Clemente VIII, o seu sucessor, papa Leão XI, governou a Igreja apenas por vinte e sete dias, vindo a falecer também. Foi assim que o nome de Roberto Belarmino recebeu muitos votos nos dois conclaves para a eleição do novo sumo pontífice. Mas, no segundo, surgiu o novo papa, Paulo V, que imediatamente o chamou para trabalharem juntos no Vaticano. Esse trabalho ocupou Belarmino durante os vinte e dois anos seguintes.

Morreu aos setenta e nove anos de idade, em 17 de setembro de 1621, apresentando graves problemas físicos e de surdez, conseqüência dos males que o acompanharam por toda a vida. Com fama de santidade ainda em vida, suas virtudes foram reconhecidas pela Igreja, sendo depois beatificado, em 1923. A canonização de são Roberto Belarmino foi proclamada em 1930. No ano seguinte, recebeu o honroso título de doutor da Igreja. A sua festa litúrgica foi incluída no calendário da Igreja na data de sua morte, a ser celebrada em todo o mundo cristão.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

http://www.arquisp.org.br/

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Família missionária na Hungria conta como viveram a visita do papa Francisco

Família Palacios Francés em 2015, com seus 6 primeiros filhos.
Depois nasceram mais dois. Crédito: Diocese de Burgos, Espanha
Por Blanca Ruiz

REDAÇÃO CENTRAL, 16 set. 21 / 10:56 am (ACI).- José Maria Palacios e Amaya Francés são espanhois e moram na Hungria desde 2015 com seus oito filhos. Eles contaram como viveram a visita do papa Francisco e como, apesar de ela ter sofrido um tumor e paralisia facial, dão graças a Deus pela sua vida missionária.

O papa Francisco visitou a Hungria e a Eslováquia do dia 12 ao 15 de setembro. Entre as milhares de pessoas que participaram dos eventos com o papa, estavam José María e Amaya.

“O que mais me chamou a atenção é que ninguém gritava ao ver o papa. Eu não sou dessas pessoas que gritam, mas soltei um ´viva o papa` do fundo do coração. E o meu marido também. Acho que os húngaros não acharam isso muito legal, eles são muito quietos, não gritam, nada a ver com os espanhóis quando veem o papa passar”, explicou Amaya às Pontifícias Obras Missionárias (POM).

“Espero que os meus filhos mais velhos guardem no coração as palavras que Francisco nos disse”, afirmou ela.

Segundo eles, sua vida é simples. “Trabalhamos, levamos os filhos à escola e, quando podemos, damos catequese para convidar as pessoas ao Caminho Neocatecumenal. Também damos cursos de noivos. Em muitos domingos saímos pelas praças para cantar e rezar as laudes”, contou Amaya.

Um começo difícil

Durante os primeiros meses na Hungria, em 2015, eles estudaram o idioma. “Agora a gente consegue se comunicar, mas é um idioma difícil”, disse Amaya. Seus filhos falam perfeitamente e estão adaptados ao país.

No entanto, a chegada à Hungria não foi fácil. Jose María era engenheiro agrícola na Espanha e tinha um bom trabalho. Ao chegar à Hungria, trabalhou por um ano na limpeza de um colégio. “Logo, conseguiu outro trabalho. Cortava pedras para a construção de cozinhas e banheiros, um trabalho muito duro, onde aspirava muito pó. Foi duro. E finalmente mudou de emprego, ganhando o mesmo, mas em um lugar muito melhor, no instituto dos Jesuítas, onde os mais velhos estudam”, disse ela.

Amaya contou à POM que, nos últimos seis anos, eles experimentaram muitas coisas novas na Hungria, entre elas, a possibilidade de adquirir uma casa, apesar das dificuldades de ser estrangeiro.

“O aluguel das casas é caro, mas o Senhor nos deu uma casa muito bonita. Ainda é um pouco do banco, mas é nossa também. Demorou seis meses para que eles nos dessem um empréstimo. Só o meu marido trabalhava, com um salário muito, muito normal, oito filhos e estrangeiros...”, contou ela.

Operada de um tumor

Quando se estabeleceram na nova casa, acharam que poderiam descansar um pouco. Mas não foi assim.

“Mas alguns dias depois de dar à luz a nossa última filha, em 3 de janeiro de 2020, fui diagnosticada com um meningioma na base do crânio. A última gravidez tinha sido muito complicada, com muitos enjoos e os ginecologistas me disseram que era próprio da gravidez. Em outubro, fiquei surda de um ouvido e o otorrino me pediu uma ressonância da cabeça após dar à luz. O meningioma era grande”, explicou.

Em uma semana, Amaya conseguiu tirar o passaporte de Sofia, a pequena recém-nascida, e voltou à Espanha para ser operada.

“Minha irmã cuidou da minha filha recém-nascida por quase um mês, em Madri. O que mais me custou foi não ver a minha filha durante aquele tempo, porque me operaram em Pamplona, onde eu nasci e onde vivem meus pais”, disse ela.

Segundo o seu relato à POM, Amaya recebeu a unção dos enfermos um dia antes da operação, ministrado pelo mesmo sacerdote que a casou, algo que foi “um presente” para ela.

Amaya contou que, naquele período, seu marido foi, junto com a sua comunidade e a sua família, “uma coluna forte”.

Ela ainda está se recuperando. A operação foi “muito boa” porque o tumor pôde ser extraído e, por enquanto, não voltou a crescer. Ela terá que fazer exames a cada seis meses.

“Tenho que levar uma vida mais tranquila que antes porque minha cabeça está muito sensível. Fiquei surda e tenho um pouco de paralisia facial, mas dou graças a Deus por poder cuidar dos meus filhos todos os dias”, afirmou Amaya.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF