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sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Votos de dom Paulo Cezar Costa para 2022: “que seja um ano de solidariedade”

Dom Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília | Vatican News

Arcebispo de Brasília deseja também que no ano novo possamos construir uma sociedade à altura de Deus e da dignidade humana.

Vatican News

No apagar das luzes de mais um ano e no resplandecer de um novo, dom Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília, deixa sua mensagem de Feliz 2022 para o povo brasileiro, em especial aos que acompanham o trabalho da Rádio Vaticano - Vatican News.

Em vídeo gravado em Roma, dom Paulo recordou das principais dificuldades enfrentadas neste ano que se encerra, principalmente àquelas relacionadas à pandemia da Covid-19. “Tanta gente perdeu o emprego. Tanta gente não teve o direito de chorar seus entes queridos”, afirma o arcebispo.

Para o ano que se inicia neste sábado, dom Paulo reitera uma vontade muito singular, mas que se faz presente no coração da Igreja Católica no Brasil: “o desejo construirmos uma sociedade à altura de Deus e à altura da dignidade e grandeza do ser humano”, completa o arcebispo da capital federal.

Confira a íntegra da mensagem de Ano Novo de dom Paulo Cezar Costa:

https://youtu.be/vhT1dALoQEo

Estamos iniciando o ano de 2022. Este ano de 2021, foi um ano em que vivemos todo o desafio da pandemia, que vivemos o desafio da exclusão. Tanta gente perdeu seu emprego. Tanta gente não teve o direito de chorar seus entes queridos. Olhemos agora para 2022 que se abre diante de nós. Que 2022 seja um ano muito bom, abençoado, um ano de solidariedade. Que seja um ano em que nossos corações manifestem aquilo que melhor há de nós. O nosso amor, a nossa solidariedade, nosso desejo de fazermos o bem. Além disso, o nosso desejo de construirmos uma sociedade à altura de Deus e à altura da dignidade e grandeza do ser humano. Feliz 2022 para você e para sua família.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Silvestre I

S. Silvestre I | arquisp
31 de dezembro

São Silvestre I

A Igreja deixou de sofrer as sanguinárias perseguições e saiu da clandestinidade, no século IV, sob o império do imperador bizantino Constantino, que se converteu à fé em Cristo. Desse modo, o cristianismo se expandiu livremente, tendo no comando da Igreja um papa à altura para estruturá-lo como uma organização eclesiástica duradoura. Era Silvestre I, um romano eleito em 314. Tanto assim que sobreviveu a muitas outras turbulências para chegar, triunfante, ao terceiro milênio.

Embora o imperador Constantino tenha deixado florescer a semente plantada pelos apóstolos de Jesus, após anos de perseguições e ter feito tantos mártires, o cristianismo ainda não estava em completa paz. Até o imperador convertido foi convocado para ajudar a manter a paz da Igreja, e ele obedeceu ao papa Silvestre I. Quando irrompeu o cisma na África, o imperador usou sua autoridade para manter a paz, inclusive para o Império. Além disso, foi orientado a ser o autor da convocação do Concílio de Nicéia, o primeiro da Igreja, em 325, no qual a Igreja de Roma saiu vencedora, aprovando o credo contra a heresia ariana.

Tudo isso acontecia com o papa Silvestre I já bem idoso. Como não agüentaria a viagem, mandou representantes à altura para que a Igreja se firmasse no encontro: o bispo Ósio, de Córdoba, e mais dois sacerdotes assessores. Como havia harmonia entre o papa e Constantino, a Igreja conseguir bons resultados também no sínodo. Recebeu um forte apoio financeiro para a construção de valiosos edifícios eclesiásticos, que também marcaram o governo desse papa.

A construção mais importante, sem dúvida, foi a basílica em honra de são Pedro, no monte Vaticano, em Roma. O local era um antigo cemitério pagão, o que fez aumentar muito a importância e o significado de a construção dedicada a Pedro ter sido feita ali. Quem descobriu isso foi o papa Pio XII, comandando escavações no local em 1939. Outra foi a Basílica de São Paulo Extra-Muro, e também a dedicada a são João, em Roma.

Também por causa de Silvestre, Constantino patrocinou à Igreja um ato histórico e de muita relevância para a humanidade e o catolicismo: doou seu próprio palácio Lateralense, para servir de moradia para os papas, e toda a cidade de Roma e algumas outras vizinhas para a Igreja. Mas esses atos não ocorreram porque Constantino tinha-se convertido ou por interferência de sua mãe Helena: o grande mérito se deve ao trabalho do papa Silvestre I. Podemos analisar melhor com a atitude de Constantino, que nunca se deixou batizar. A conversão total veio no leito de morte, quando pediu o batismo e recebeu a comunhão. Constantino está, agora, incluído no livro dos santos, ao lado de sua mãe.

Quanto ao papa são Silvestre I, morreu em 335, depois de ter permanecido no trono de Pedro durante vinte e um anos, e produzido tantos e bons frutos para o cristianismo. No ano seguinte ao da sua morte, começou a ser dedicada a são Silvestre uma festa no dia 31 de dezembro, enquanto, no Oriente, ele é celebrado dois dias depois.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

As Fontes da Teologia: a Tradição e o Magistério

Crédito: Presbíteros
As Fontes da Teologia:
a Tradição e o Magistério.

1.      Significado da Tradição em geral:

“Tradição” é algo muito mal visto na cultura, especialmente a partir do ano 1968. Nessa época surgia um forte clamor juvenil por se romper com tudo o que é “tradicional”, todos os valores antigos e obsoletos.

Na verdade, se fizermos uma analise serena do homem, da sua vida social, do seu comportamento em geral, veremos que o ser humano é um ser de tradição. O homem sempre rompe os limites do imediato, está sempre ligado a seu passado e com projetos para o futuro. O homem sempre recebe tradições dos antigos, cria algumas, elimina outras e transmite a maioria para os jovens. A tradição se funda na mortalidade e nas limitações humanas, na necessidade de organizar e transmitir experiências, conhecimentos, modos de ser adquiridos. A tradição é um conceito dinâmico que representa o centro de toda cultura.

Todas comunidades humanas criam tradições, que condicionam e determinam a mentalidade e o comportamento da comunidade na qual elas estão inseridas. A tradição é a memória dos povos, conserva o passado e proporciona aos homens de certa comunidade uma determinada identidade.

“A tradição é a capacidade dos grupos humanos de transmitir a cultura criada pelo conjunto dos indivíduos que os compõem, de multiplicá-la, enriquecê-la e conservá-la de geração em geração.[1]”

O centro da tradição de cada cultura é a linguagem.

2.      Crítica e reabilitação da tradição:

A cultura ocidental criticou várias vezes a idéia da tradição, especialmente a partir do século XVI. As causas desse fenômeno são tanto filosóficas como religiosas.

A Reforma Protestante tende a rejeitar a tradição por motivos de “pureza evangélica.” O homem se une imediatamente a Deus e todo elemento humano parece uma espécie de contaminação, uma interferência ilegítima na relação do crente e Deus.

Algo parecido foi afirmado no âmbito da filosofia racionalista do século XVII. Premissa primeira dessa filosofia é que a verdade não se apóia em nada distinto do próprio pensamento. O “eu” passa a ser o fundamento de todo pensamento científico e não mais os conteúdos recebidos da história. Nessa época aparece a função mediadora do mundo real, dos demais homens, da autoridade e da tradição. O mundo real passa a ser considerado mundo dos sentidos, que podem nos enganar (Descartes). O homem passa a ser considerado “lobo para o homem” (Rousseau); a autoridade passa a ser identificada com autoritarismo; e a tradição passa a ser algo obsoleto.

A Ilustração do século XVII considera a autoridade e a tradição como obstáculos que impedem o crescimento da “razão pura”, senhora de si. “Aude Sapere!” exclamará Kant, como um grito de ordem aos homens cultos para se libertar das tradições religiosas e das autoridades.

Alguns autores representantes do Romanticismo do século XIX, críticos da Ilustração, reabilitaram o conceito de tradição. Esses autores (Herder, Schlegel, Novalis, Gadamer etc.) insistiam na idéia de que “o que foi consagrado pela tradição e pelo passado contém uma autoridade anônima e que nosso ser histórico e finito está determinado pelo que a autoridade o transmitiu.[2]”

3.      O desenvolvimento da Teologia da Tradição na Igreja.

A Tradição cristã não é simplesmente uma variação religiosa de um fenômeno cultural humano. A Tradição cristã se fundamenta em Deus, que se revelou em Israel e em Jesus Cristo, para a salvação de todos os homens.

Podemos definir, pois a Tradição como “o conjunto de conteúdos doutrinais e espirituais que procedem diretamente de Jesus e dos Apóstolos, que se manifestam na Escritura, e se conservam e se desenvolvem historicamente no seio da Igreja.[3]”

No Novo Testamento Jesus Cristo aparece condenando algumas tradições antigas, em Mt. 15. Alguns leitores desatentos ou mal-intencionado da Bíblia consideram esse texto como a condenação absoluta que Jesus Cristo faz das tradições. É evidente para qualquer um leitor inteligente que Jesus nesse texto está condenando algumas tradições judaicas, desvinculadas à caridade. Quando a Igreja Católica afirma o valor da Tradição, não está, pois, reabilitando as tradições farisaicas, condenadas por Cristo. A Igreja Católica defende a Tradição que começa com Cristo, quer dizer, tudo o que Cristo fez e ensinou aos Apóstolos.

No Novo Testamento há muitos textos que os Apóstolos exortam os cristãos a guardar as tradições recebidas deles (que por sua vez, receberam de Cristo). Podemos citar alguns exemplos: 1Cor 11,23; 18,3: “o que vos transmito é o que eu mesmo recebi do Senhor”. As Cartas Pastorais insistem na necessidade de conservar fielmente o “depósito da fé” e a Tradição recebida dos Apóstolos. Podemos ver isso em: 1Tim 1,18; 2 Tim 1,13-14; 2,2; 2 Pe 3,2.

Quando a Igreja teve de manter sua fé nos séculos II e III, frente ao confronto com os gnósticos, os Pais da Igreja desenvolveram o princípio da Tradição como regra de fé.

“Todo aquele que queira ver a verdade pode encontrar em cada Igreja a Tradição que os Apóstolos pregara no mundo inteiro.” (Santo Irineu de Lião)

“Toda doutrina que está em conformidade com aquelas Igrejas Apostólicas, deve ser considerada como verdade, pois indubitavelmente o que as Igrejas receberam dos Apóstolos, isto foi recebido de Cristo e Cristo de Deus.” (Tertuliano)

Quando no século XVI Lutero evocou o princípio de “Sola Scriptura” o Concílio de Trento manteve a referência à Igreja dos tempos apostólicos e ensinou que era preciso render idêntico respeito à Escritura e à Tradição, como fonte única da verdade evangélica. Em questões de fé e de moral não se pode interpretar a Escritura “contra o sentido que a santa Mãe Igreja sustentou e sustém.”

No século XIX e XX a noção de Tradição foi novamente estudada com grande profundidade. Os principais autores dessa época, sobre esse tema, são: Möhler (1796-1838), Newman (1801-1900) e Blondel (1861-1949). Eles desenvolvem a idéia da “Tradição viva”, que se desenvolve na Igreja.

4.      Tradição e Regra de Fé:

A relação entre a Tradição e a regra de fé está exposta de maneira sintética e suficientemente clara na Constituição Dei Verbum, 8.

“E assim, a pregação apostólica, que se exprime de modo especial nos livros inspirados, devia conservar-se, por uma sucessão contínua, até à consumação dos tempos. Por isso, os Apóstolos, transmitindo o que eles mesmos receberam, advertem os fiéis a que observem as tradições que tinham aprendido quer por palavras quer por escrito (cfr. 2 Tess. 2,15), e a que lutem pela fé recebida dama vez para sempre (cfr. Jud. 3). Ora, o que foi transmitido pelos Apóstolos, abrange tudo quanto contribui para a vida santa do Povo de Deus e para o aumento da sua fé; e assim a Igreja, na sua doutrina, vida e culto, perpetua e transmite a todas as gerações tudo aquilo que ela é e tudo quanto acredita.

Esta tradição apostólica progride na Igreja sob a assistência do Espírito Santo. Com efeito, progride a percepção tanto das coisas como das palavras transmitidas, quer mercê da contemplação e estudo dos crentes, que as meditam no seu coração (cfr. Lc. 2, 19. 51), quer mercê da íntima inteligência que experimentam das coisas espirituais, quer mercê da pregação daqueles que, com a sucessão do episcopado, receberam o carisma da verdade. Isto é, a Igreja, no decurso dos séculos, tende contìnuamente para a plenitude da verdade divina, até que nela se realizem as palavras de Deus.

Afirmações dos santos Padres testemunham a presença vivificadora desta Tradição, cujas riquezas entram na prática e na vida da Igreja crente e orante. Mediante a mesma Tradição, conhece a Igreja o cânon inteiro dos livros sagrados, e a própria Sagrada Escritura entende-se nela mais profundamente e torna-se incessantemente operante; e assim, Deus, que outrora falou, dialoga sem interrupção com a esposa do seu amado Filho; e o Espírito Santo – por quem ressoa a voz do Evangelho na Igreja e, pela Igreja, no mundo – introduz os crentes na verdade plena e faz com que a palavra de Cristo neles habite em toda a sua riqueza (cfr. Col. 3,16)”.

5.      Tradição e Escritura:

“A sagrada Tradição, portanto, e a Sagrada Escritura estão intimamente unidas e compenetradas entre si. Com efeito, derivando ambas da mesma fonte divina, fazem como que uma coisa só e tendem ao mesmo fim. A Sagrada Escritura é a palavra de Deus enquanto foi escrita por inspiração do Espírito Santo; a sagrada Tradição, por sua vez, transmite integralmente aos sucessores dos Apóstolos a palavra de Deus confiada por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo aos Apóstolos, para que eles, com a luz do Espírito de verdade, a conservem, a exponham e a difundam fielmente na sua pregação; donde resulta assim que a Igreja não tira só da Sagrada Escritura a sua certeza a respeito de todas as coisas reveladas. Por isso, ambas devem ser recebidas e veneradas com igual espírito de piedade e reverência.” (Dei Verbum 8)

6.      As principais testemunhas da Tradição, os Padres da Igreja:

Os Padres da Igreja são os escritores eclesiásticos antigos caracterizados por sua santidade de vida, por seu profundo conhecimento das Escrituras e da doutrina da fé e pela responsabilidade que exerceram na Igreja Antiga, pois eram grandes pastores. São considerados como as testemunhas privilegiadas da Tradição, pois nos unem os ensinamentos recebidos dos Apóstolos e a Igreja de todos os tempos.

A Igreja ensinou que o consenso patrístico unânime constitui regra certa para interpretar a Sagrada Escritura (Conc. de Trento, D 786, Vaticano I, D 17888).

7.      O sentido cristão da fé (sensus fidelium):

“O Povo santo de Deus participa também da função profética de Cristo, difundindo o seu testemunho vivo, sobretudo pela vida de fé e de caridade oferecendo a Deus o sacrifício de louvor, fruto dos lábios que confessam o Seu nome (cfr. Hebr. 13,15). A totalidade dos fiéis que receberam a unção do Santo (cfr. Jo. 2, 20 e 27), não pode enganar-se na fé; e esta sua propriedade peculiar manifesta-se por meio do sentir sobrenatural da fé do povo todo, quando este, «desde os Bispos até ao último dos leigos fiéis», manifesta consenso universal em matéria de fé e costumes. Com este sentido da fé, que se desperta e sustenta pela ação do Espírito de verdade, o Povo de Deus, sob a direção do sagrado magistério que fielmente acata, já não recebe simples palavra de homens mas a verdadeira palavra de Deus (cfr. 1 Tess. 2,13), adere indefectivelmente à fé uma vez confiada aos santos (cfr. Jud. 3), penetra-a mais profundamente com juízo acertado e aplica-a mais totalmente na vida.” (LG 12)

8.      Os teólogos da Igreja e o consenso teológico:

A Teologia é «a fé à procura de explicações» e «explicações à procura de razões de fé». Magistério e Teologia têm a finalidade de conservar e atualizar a revelação. Ambos brotam da revelação. Contudo têm também funções diversas:

A Teologia: tem a função de conhecer e penetrar o sentido da revelação, o sentir da comunidade e tirar conclusões para dar ao magistério. A teologia deverá ter uma profunda ligação com a comunidade, ela é uma ciência comunitária por excelência.

Magistério: tem a função de receber o que a teologia lhe dá e, com a ajuda do Espírito Santo, aprofundar esses dados, sistematizá-los e depois propô-las como verdades de fé. Depois irá servir-se da Teologia para transmitir isto ao povo.

9.      Relação da Escritura e da Tradição da Igreja com o Magistério eclesiástico:

“A sagrada Tradição e a Sagrada Escritura constituem um só depósito sagrado da palavra de Deus, confiado à Igreja; aderindo a este, todo o Povo santo persevera unido aos seus pastores na doutrina dos Apóstolos e na comunhão, na fração do pão e na oração (cfr. Act. 2,42 gr.), de tal modo que, na conservação, atuação e profissão da fé transmitida, haja uma especial concordância dos pastores e dos fiéis.

Porém, o encargo de interpretar autenticamente a palavra de Deus escrita ou contida na Tradição, foi confiado só ao magistério vivo da Igreja, cuja autoridade é exercida em nome de Jesus Cristo. Este magistério não está acima da palavra de Deus, mas sim ao seu serviço, ensinando apenas o que foi transmitido, enquanto, por mandato divino e com a assistência do Espírito Santo, a ouve piamente, a guarda religiosamente e a expõe fielmente, haurindo deste depósito único da fé tudo quanto propõe à fé como divinamente revelado.

É claro, portanto, que a sagrada Tradição, a sagrada Escritura e o magistério da Igreja, segundo o sapientíssimo desígnio de Deus, de tal maneira se unem e se associam que um sem os outros não se mantém, e todos juntos, cada um a seu modo, sob a ação do mesmo Espírito Santo, contribuem eficazmente para a salvação das almas.” (D.V. 10)


[1] RATZINGER, J. Teoría de los principios teológicos, Barcelona, 1985,98.

[2] GADAMER, Verdade e Método, p. 348.

[3] Dei Verbum, n. 8.


Fonte: https://www.presbiteros.org.br/

Da Sagrada Família em Barcelona à Catedral de Bahrain via Notre Dame de Paris: fidelidade e memória

Notre Dame. Foto: Arquivo | ZENIT

A fidelidade - à arquitetura, à história e até a um modo de compreender a Igreja - também voltou ao tema de Notre-Dame em Paris.

Por: Simone Varisco

(Notícias ZENIT -  Caffe Storia / Roma, 18.12.2021). - Uma nova estrela brilha sobre Barcelona. Junto com alguma nova controvérsia. A construção da Sagrada Família, formalmente o Templo Expiatório da Sagrada Família, está em andamento há quase 140 anos: um tempo incalculável para o imediatismo que dita o ritmo de nossas sociedades. É uma época que relembra - e não por acaso - a lenta contemplação da Idade Média, quando as igrejas eram de Deus, a construção era para todos e os sonhos eram mais uma herança do que uma propriedade. Como resultado da genialidade de Antoni Gaudí e da participação de milhares de outras pessoas, em sua maioria desconhecidas, em primeiro lugar os habitantes de Barcelona, ​​em mais de um século a história da Sagrada Família superou obstáculos e controvérsias, desde a Guerra Civil Espanhola,

"No entanto, ele se move". Após a conclusão da torre dedicada à Virgem Maria - há dezoito torres no projeto, uma para cada um dos doze apóstolos, quatro para os evangelistas, uma para a Virgem Maria e uma para Jesus, a mais alta - no dia 29 de novembro 2021, uma estrela de doze pontas de vidro e aço, simbolizando a Estrela da Manhã, foi colocada no topo da estrutura. A iluminação, inaugurada no dia 8 de dezembro, festa da Imaculada Conceição, com certeza vai impressionar. Mas não para todos, se for verdade o que o The Guardian diz sobre o descontentamento de uma parte dos cidadãos de Barcelona, ​​que consideram a estrela muito distante da estética do resto da basílica.

Uma questão de fidelidade - à visão de Gaudí, no caso - que há décadas alimenta tensões entre os moradores e a Diretoria de Construção do Templo Expiatori de la Sagrada Família, fundação que zela pela construção. Um discurso que durará muitos anos, se - como agora é provável - a conclusão da obra, prevista para 2026, um século após a morte de Gaudí, não for respeitada. Fidelidade à memória? «Saúdo de modo especial os mais pobres desta grande cidade, os enfermos», disse o Papa Francisco no vídeo divulgado para o acendimento da estrela, «as pessoas afetadas pela pandemia de Covid-19, os idosos, os jovens que ver seu futuro comprometido, para pessoas que vivem momentos de provação. Caros amigos, para todos vocês hoje brilha a estrela da Torre de Maria.

A fidelidade - à arquitetura, à história e até a um modo de compreender a Igreja - também voltou ao tema de Notre-Dame em Paris. Na última quinta-feira, 9 de dezembro, os especialistas da Comissão do Patrimônio Francês emitiram "um parecer favorável" (com duas ressalvas sobre os bancos e as estátuas das capelas) sobre os planos apresentados pela Arquidiocese de Paris para a reforma da catedral, parcialmente destruída pelo incêndio que abalou o mundo em 2019. Uma parte da Igreja local pretende aproveitar a restauração para dar um novo aspecto ao edifício com vista à sua reabertura em 2024. Além de ser um local de culto, Notre -Dame É um símbolo mundialmente famoso que, antes do incêndio, era visitado por 12 milhões de pessoas todos os anos. Em outras palavras, um meio de comunicação extraordinário,

E é justamente na mensagem que as tensões e as distâncias se esgotam. O padre Gilles Drouin, um liturgista comissionado pelo (ex) arcebispo Aupetit para repensar o interior da catedral, disse que queria preservar Notre Dame como um local sagrado, mas também tentar acomodar melhor um público visitante "que nem sempre é cristão". . Bancos de alumínio com rodas no lugar das cadeiras de palha anteriores, pequenas lâmpadas individuais para estimular a meditação e projeções bíblicas nas paredes são algumas das hipóteses, talvez as mais provocativas. Mas também está em cima da mesa um novo roteiro para os turistas que respeite o caráter sagrado do lugar e a restauração das 14 capelas, já deterioradas antes do incêndio, que lhes permitiria redescobrir les Mays,

Quanto à arte, segundo o Le Monde, as obras de artistas contemporâneos, como as do artista de rua Ernest Pignon-Ernest, o pintor e escultor alemão (com incursões famosas na Itália) Anselm Kiefer e a escultora Louise Bourgeois, puderam dialogar com os dos "anfitriões" do século XVII, como os irmãos Le Nain ou Charles Le Brun. O que eles dizem um ao outro é outra coisa. Além disso, não se deve esquecer que a cruz de ouro do altar-mor, que sobreviveu ao fogo e se tornou imediatamente um símbolo "muito tradicional" de graça e renascimento, é ela própria uma obra de arte contemporânea, do escultor Marc Couturier, instalada em 1994.

Sagrada Família, Barcelona (ES) | ZENIT

Notre Dame de Paris | ZENIT

Porque a realidade, como costuma acontecer, acaba sendo menos fantasiosa do que hipóteses. Essa constatação não evitou que a imprensa desmoronasse, tanto dentro quanto fora da França. As propostas “distorcem completamente a decoração e o espaço litúrgico”, denunciam uma centena de personalidades transalpinas, entre elas o filósofo Alain Finkielkraut e o apresentador Stéphane Bern, em artigo publicado há poucos dias no Le Figaro. "Muitas vezes a estupidez compete com o kitsch", comentam. Uma "Disneylândia do politicamente correto", um "showroom experimental", eles cortam o Canal, das páginas de Spectator, Telegraph e Independent, citando vozes críticas com o (suposto) novo estilo que rompe com o original. Qualquer que seja o significado de "original" em uma história de 860 anos de constantes alterações, reparos e renovações. Um elemento de continuidade? Eu respeito. Pelo menos a maior parte do tempo. Esse seria um bom ponto de partida.

E depois a fidelidade à missão da Igreja, que se torna pedra viva nos lugares de culto e nas comunidades que os habitam. Ainda mais se houver dificuldades. É o caso da Catedral de Nossa Senhora da Arábia, padroeira do Golfo Pérsico, maior igreja católica da Península Arábica, consagrada na sexta-feira, 10 de dezembro, em Awali (Bahrein) pelo cardeal Luis Antonio Tagle, prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos. Há laços estreitos com o rei Hamad bin Isa Al Khalifa, que doou o terreno onde fica a igreja e é um dos principais proponentes do projeto.

A nova catedral é o culminar do empenho de Dom Camillo Ballin, Vigário Apostólico da Arábia do Norte, falecido em 12 de abril do ano passado, dos 90.000 católicos do Bahrein e dos 2,5 milhões distribuídos entre Kuwait, Catar e Arábia Saudita, principalmente trabalhadores migrantes de diferentes países. Em toda a península Arábica, especialmente na Arábia Saudita, a prática pública do cristianismo é severamente limitada, por isso muitos cristãos encontram refúgio no Bahrein para receber os sacramentos e viver sua fé à luz do dia. A consagração da nova Catedral de Awali é um passo importante nas relações Igreja-Estado, mas acima de tudo um testemunho para o crescente número de cristãos na área. Catedral no deserto, fidelidade à esperança.

Tradução do original em italiano por Pe. Jorge Enrique Mújica, LC

Fonte: https://es.zenit.org/

O que é a “terapia da humildade”?

CalypsoArt - Shutterstock
Por Dolors Massot

A humildade é uma virtude vital para ajudar a superar muitos transtornos de personalidade e redirecionar pensamentos negativos.

Do ponto de vista da normalidade da vida humana, certos transtornos de personalidade costumam estar enraizados na incapacidade de pensar positivamente dos outros.

Os profissionais que se dedicam à psicoterapia, reconhecem isso quando ouvem alguém falar sobre seus problemas. Certa vez, ao sugerir a virtude da humildade para curar todos os conflitos do coração de um paciente, ele me perguntou:

– Sim, mas … humildade? Que terapia é essa?

Minha resposta foi que humildade é, antes de tudo, andar na verdade e com respeito a tudo o que é bom, porque a verdade convém ao nosso ser.

Como explicar a humildade com mais clareza?

Trata-se de compreender que o que você pensa sobre si mesmo, sobre outras pessoas e sobre o mundo ao seu redor o afeta positiva ou negativamente. Além disso, podemos aprender a identificar tais pensamentos quando são negativos, a modificá-los, de forma que nossas ações se adaptem a essa forma de viver com mais paz e liberdade.

É, por assim dizer, todo um programa de maturidade em que a própria felicidade é desempenhada, bem como a dos outros. Tanto que, diante das dificuldades, vale a pena pedir conselhos e deixar-se ajudar pelas pessoas certas.

Por este caminho poderemos conquistar a boa vontade tão necessária para compreender, desculpar, perdoar, acolher e amar os outros, fazendo com que muitos problemas desapareçam, sejam resolvidos ou superados da melhor maneira.

Exemplo de humildade

Um paciente me contou que começou a se curar de muitos conflitos internos ao criar o hábito de rezar diante de uma manjedoura. Ele reconheceu o exemplo de humildade no nascimento de quem, sendo Mestre e Senhor de toda a criação, também precisou do cuidado típico de cada recém-nascido para sobreviver.

A lição foi brilhante!

Deus, que poderia ter nascido em mil circunstâncias diferentes, escolheu a pobreza e a indiferença dos homens para apontar a necessidade da humildade para crescer na reciprocidade do seu amor. Algo que devemos aprender e reaprender ao longo de nossas vidas.

Portanto, é muito apropriado nos perguntarmos: “Qual a importância de aprender a nos deixar humilhar pelas coisas deste mundo sem que isso se traduza em complexos que nos adoecem por ocupar todo o nosso coração e mente?” 

Quantas oportunidades se apresentam a nós para nos deixarmos humilhar e sair fortalecidos sem recorrer a frases como: eles não me amam, não me compreendem, eles não me reconhecem, eles não me pediram perdão, seus defeitos são tais e tais, eu derramei sangue por eles.

Oportunidades para alcançar a cura e a paz

São oportunidades para alcançar saúde física, psicológica, emocional e espiritual. Através da humildade reconhecemos que os defeitos e limitações dos outros não nos tiram o que há de mais importante em nossas vidas: o amor de Deus por nós.

Pensando assim, com verdade e humildade, alcançaremos as verdadeiras paz interior e liberdade.

Se agíssemos desta forma, quanta infelicidade e distúrbios como amor egoísta, possessividade, quantos problemas conjugais, auto-engano, suscetibilidade, insegurança, doenças neuróticas e vários vícios poderiam ser evitados?

Humildade não é aceitar injustiça

Humildade é viver com sabedoria, dando a outra face, mas sem aceitar a falta de caráter ou permitir a injustiça. É a verdadeira força interior para agir com a força do amor.

Força pela qual voltamos a ser como crianças, que não é infantilidade, mas maturidade para alcançar no coração a simplicidade e a espontaneidade de pensar, falar e fazer com a verdade e sorrir com a alma. 

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Das sombras do cisma à luz da verdade: Beato John Henry Newman

Cardeal Newman | Guadium Press
Estudos provam que, após a conversão do Cardeal Newman, centenas de eclesiásticos anglicanos se converteram ao Catolicismo por seu edificante exemplo.

Redação (29/12/2021 09:34Gaudium Press) Poucos homens representaram de modo tão exemplar toda a conjuntura histórica e religiosa de uma nação quanto John Henry Newman, sacerdote anglicano que, como exemplo para numerosos ingleses que, desde o séc. XIX abjuram do Anglicanismo e abraçam a Igreja verdadeira, veio a tornar-se Príncipe da Santa Igreja Católica

John Henry nasceu em Londres, em meados de 1801, de família abastada e aristocrata. Dado o caráter e qualidades do jovem, sua família preferiu que seguisse a carreira das letras na famosa Universidade de Oxford, onde se destacou sempre como o melhor estudante.

Entretanto, quando deveria realizar os exames finais do curso universitário, escolheu as provas de maior dificuldade, opção comumente escolhida por alunos excepcionais. Ao contrário do que se esperava, John não alcançou a pontuação necessária, sendo reprovado nos exames finais. Apesar de que realizasse o concurso quase três anos antes da idade prevista — o que desculpa sua pretensa falta de capacidade — a reprovação ecoou profundamente na jovem alma de Newman: “por que dedicar-se a algo meramente terreno apenas para ser bem visto?”

No coração do Anglicanismo

Deu-se então um forte estalo na consciência de Newman, algo análogo a uma conversão, prenunciativa, sem dúvida, daquela que experimentaria posteriormente: era o chamado a algo mais elevado do que a vida comum dos outros homens; era o sacerdócio — apesar de anglicano — no qual imolam-se os interesses pessoais em prol do rebanho de Cristo. Com a meta sobrenatural em vista, Newman pôde terminar brilhantemente seus estudos — agora na idade prevista… — e receber a ordenação.

Graças às suas grandes qualidades naturais, aliadas a um espírito generoso e dedicado, sua atuação pastoral superou de longe antigos e expertos eclesiásticos da Inglaterra; de fato, há tempos que o Anglicanismo experimentava acentuado declínio. Ainda não conhecendo as verdadeiras sendas da religião, John Newman julgou seu dever opor-se a tal situação. E esta foi, talvez até de maneira menos explícita, a gênese do Movimento de Oxford,[1] que ao menos manteve a igreja da Inglaterra unida às suas bases cristãs comuns ao Catolicismo Romano.

“Venda seu bens e depois Me siga”

Cardeal Newman | Guadium Press

Porém, enquanto os fiéis ingleses orbitavam em torno da figura espiritual de Newman, algo parecia distar o já experiente sacerdote das práticas e ideias por ele até agora defendidas: era o chamado de Roma!

Ele, que até agora não negara uma só vez o que Deus lhe pedira em seu interior, parecia contrariado e hesitante; sempre aprendera ser o Catolicismo Romano uma deturpação da verdadeira religião, uma aplicação exagerada de regras e preceitos que tolhiam ao homem a liberdade ensinada por Cristo.

Era gritante, porém, a evidente infecundidade da religião inglesa em contraposição à exuberância e fertilidade de Roma; ademais, a simples análise das dissidências entre ambas religiões era suficiente para privar-lhe de argumentos para fundamentar sua ortodoxia.

O auge deste toque da Graça deu-se em um dia em que estudava Santo Agostinho: ao correr os olhos pelas duras reprimendas que o Santo dispensava às heresias da época, saltou-lhe à vista o quanto eles — Newman e os ingleses anglicanos — não distavam tanto dos dissidentes do séc. IV… não teriam eles mesmos nascido das próprias raízes secas e mortas da heresia?

A Luz Divina iluminou a fundo este ponto e, como desfecho de um longo processo de mais de 10 anos, Newman decidiu abjurar o Anglicanismo e abraçar a Igreja Católica Romana; cumpriu, desse modo, realmente o que o moço rico do Evangelho não foi capaz: vendeu seus bens e seguiu o Senhor.

Por grandes tempestades, o voo à Verdade

Aos 45 anos de idade Newman converteu-se ao Catolicismo. Por intermédio do Beato Domingos da Mãe de Deus,[2] pôde aprender os rudimentos do Catolicismo Romano. Já nas primeiras entrevistas com o santo presbítero, ficou decidido o ingresso de John no seminário romano.

De fato, Newman teve de sentar-se nas bancas do seminário ao lado de novatos de 20 anos… mas isso não lhe dava preocupação alguma: seu objetivo era maior. Ao cabo de dois anos recebeu as ordens católicas e pôde ingressar na Igreja docente da Inglaterra. Este, bem como outros tantos fatos nos quais aflora o espírito humilde de Newman, arrancaram ao Cardeal Wiseman — seu superior, e um de seus maiores opositores… — o belo testemunho: “asseguro-vos que, em tempo algum, a Igreja recebeu um convertido que a ela haja vindo com maior docilidade e simplicidade de fé.”[3]

Esta profunda humildade de John Newman seria ainda muito provada durante sua árdua vida. O estado no qual se encontrava a Igreja Católica nas ilhas britânicas era lastimoso: exiguidade de vocações sacerdotais, desânimo no apostolado, falta de instrução religiosa e intelectual, desuniões etc. Abraçar uma religião em tal condição não era apenas heroico, mas sobretudo um desafio, ao qual Newman se propôs de corpo inteiro.

Porém, a calúnia e a traição perseguiram-no acirradamente neste intento, pelo que John Newman viu todas suas esperanças fracassadas, muitas vezes pela mão de seus irmãos, os católicos. Os próprios prelados ingleses cortavam-lhe o passo em inúmeras iniciativas, como foi, por exemplo, a fundação de universidades católicas de qualidade, o que não pôde lograr de todo.

Ora, perseverar em tais circunstâncias não é senão fruto de grande virtude, uma adequação e resignação constante e diária à vontade Divina. Com muita razão comentou Bento XVI, ainda Cardeal: “Newman foi ao longo de sua vida uma pessoa que se converteu, que se transformou.[4]

A púrpura

Cardeal Newman | Guadium Press

Devido às numerosas calúnias que comprometiam sua imagem diante da opinião pública católica, forjadas por Charles Kingsley, publicou em 1864 o Apologia pro Vita Sua, um caloroso testemunho autobiográfico sobre sua conversão e atuação como católico romano. Porém, o reconhecimento por parte da Igreja ainda demorou certo tempo: em 1879 o Papa Leão XIII elevou-o à dignidade de Príncipe da Igreja, outorgando-lhe o cardinalato.

Convertido, após uma vida inteira de perseverança e resignação, era confirmada a integridade de sua imagem. De fato, até Leão XIII alegava que se sentia enormemente orgulhoso por ter podido distinguir um homem como Newman.[5] Posteriormente, João Paulo II impulsou a causa de sua beatificação, realizada por Bento XVI em 19 de setembro de 2010.

O tempo, felizmente, foi pródigo o suficiente para atestar os méritos da vida do Cardeal Newman antes de sua morte. Vítima de uma forte congestão pulmonar, faleceu em 11 de agosto de 1890, contando 89 anos de idade. “Acabamos de perder a nossa maior testemunha de fé…” suspirava o pregador diante do corpo inerte do célebre purpurado.

Em seu epitáfio, por ele mesmo escolhido, lê-se o lema que compendiou seu duplo trânsito: Ex umbris et imaginibus ad veritatem; das sombras do cisma à luz da verdade católica, da penumbra da vida terrena à Verdade Eterna.[6]

Por André Luiz Kleina

Referências:

NEWMAN, John Henry. Apologia pro Vita Sua. Trad: Daniel Bueno. Madrid: Buey mudo, 2010.

CARDEAL JOSEPH RATZINGER. Discurso no centenário da morte do Cardeal John Henry Newman, 28 de abril de 1990.

BELLENGER, Dominic; FLETCHER, Stella. Princes of the Church: a history of the English Cardinals. Gloucestershire: Sutton, 2001.

PENIDO, Teixeira-Leite. O Cardeal Newman. Petrópolis: Vozes, 1955.


[1] O Movimento de Oxford foi uma grande reforma na espiritualidade religiosa do Anglicanismo, não obstante não o ter atingido em sua totalidade; centrava-se em restituir à religião inglesa seu caráter de parte integrante do Cristianismo, mas não propunha uma aproximação com Roma. Newman e outros intelectuais de Oxford encontram-se como propulsores deste movimento.

[2] Domingos Barberi — em religião, Domingos da Mãe de Deus — nasceu em 1792 em Viterbo, Itália; foi sacerdote dos Passionistas e missionário na Inglaterra durantes muitos anos, nos quais logrou grandes e impressionantes conversões, como a de Newman. Faleceu em 1849. Seus restos se encontram em Sutton, Inglaterra.

[3] PENIDO, Teixeira-Leite. O Cardeal Newman. Petrópolis: Vozes, 1955, p. 98.

[4] CARDEAL JOSEPH RATZINGER. Discurso no centenário da morte do Cardeal John Henry Newman, 28 de abril de 1990.

[5] Cf. PENIDO, Teixeira-Leite. O Cardeal Newman. Petrópolis: Vozes, 1955, p. 180.

[6] Cf. PENIDO, Teixeira-Leite. O Cardeal Newman. Petrópolis: Vozes, 1955, p. 185.

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF