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sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Adeus ao Rei Pelé

Pelé  (ANSA)

O futebol perdeu nesta quinta-feira (28/12) o maior jogador de todos os tempos. O Brasil perdeu o maior ídolo de sua história. A imprensa brasileira e do mundo inteiro destaca que mundo perdeu Pelé, o Rei do futebol.

Vatican News

Edson Arantes do Nascimento, mais simplesmente Pelé, faleceu às 15h27 desta quinta-feira aos 82 anos, após um período de internação no hospital Albert Einstein, em São Paulo. Pelé não resistiu a complicações de um câncer no cólon e morreu em decorrência de falência múltipla dos órgãos. Ele foi internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, no dia 29 de novembro para uma reavaliação do tratamento por quimioterapia

No último boletim divulgado, em 21 de dezembro, os médicos afirmaram que o câncer de cólon havia progredido e que o rim e coração de Pelé exigiam cuidados. Segundo informações da Imprensa brasileira o velório de Pelé será realizado na Vila Belmiro, estádio onde jogou durante quase 20 anos. Ele será enterrado no Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos, onde o Rei do futebol tinha um espaço reservado desde 2003.

Ele passou para a história da Seleção brasileira onde marcou 95 gols. Defendeu o Santos por quase 20 anos e conquistou três Copas do Mundo, em quatro participações.

Edson Arantes do Nascimento nasceu na cidade mineira de Três Corações em 23 de outubro de 1940. No entanto, passou boa parte de infância e adolescência em Bauru, no interior de São Paulo. Foi lá que o grande jogador de futebol começou a jogar, influenciado pelo seu pai, Dondinho.

Depois, Pelé fixou residência em Santos, mas virou um autêntico cidadão do mundo jogando futebol. Primeiro, como jogador profissional. Depois da aposentadoria, em razão de compromissos como garoto-propaganda e embaixador do esporte.

Pelé fez o Santos e a seleção virarem gigantes Conhecido como o "Rei do Futebol" e o "Atleta do Século". Ao longo da carreira, fez mais de 1200 gols, entre jogos do Santos, da seleção brasileira e do New York Cosmos (EUA), seu último clube.

São Paulo decretou 7 dias de luto oficial.

O monumento do Cristo Redentor ficará iluminado nas cores do Brasil durante toda a noite desta quinta-feira, a partir das 18h, em homenagem ao atleta do século, que encantou o mundo inteiro em vida e sempre será uma grande inspiração a todos os brasileiros, destaca um comunicado  do Santuário Cristo Redentor.

Sagrada Família

Sagrada Família de Nazaré | A12
30 de dezembro
Sagrada Família

Quando Deus quis, no seu amor, enviar seu Filho para morar entre nós, Ele escolheu uma família para receber Verbo Divino. Com isso Deus marcou com maior dignidade a família humana e mostrou que esta instituição é essencial para o desenvolvimento da pessoa.

A família de Nazaré tornou-se assim o modelo para as famílias cristãs do mundo. A bondade de Maria e a justiça de José deveriam ser as virtudes procuradas pelos pais e mães de família. Em Nazaré, Jesus aprendeu a andar, correr, brincar, comer, rezar, cresceu, estudou, foi aprendiz e auxiliar de seu pai adotivo José, a quem amava muito e por ele era muito amado também.

Jesus nasceu numa verdadeira família para receber tudo o que necessitava para crescer e viver, mesmo sendo muito pobre. Teve o amor dos pais unidos pela religião, trabalhadores honrados, solidários com a comunidade, conscientes e responsáveis por sua formação escolar, cívica, religiosa e profissional.

Essa família é o modelo de todos os tempos. É exemplar para toda a sociedade, especialmente nos dias de hoje, tão atormentada por divórcios e separações de tantos casais, com filhos desajustados e todos infelizes. A família deve ser criada no amor, na compreensão, no diálogo, com consciência que haverá momentos difíceis e crises.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão:

Cada homem e cada mulher que deixam o pai e a mãe para se unirem em matrimônio e constituir uma nova família não o podem fazer levianamente, mas devem fazê-lo somente por um autêntico amor, que não é uma entrega passageira, mas uma doação definitiva, absoluta, total até a morte.

Oração:

Ó Deus de bondade, que nos destes a Sagrada Família como exemplo. Concedei-nos imitar em nossos lares as suas virtudes para que, unidos pelos laços do amor, possamos chegar, um dia, às alegrias da vossa casa. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

A percepção da Igreja como “luz refletida” que une os Padres do primeiro milênio e o Concílio Vaticano II

A Transfiguração, mosaico da primeira metade do século XI do mosteiro
de Hosios Loukas, Chaidari, Atenas | 30Giorni
Arquivo 30Dias - 07/08 - 2011

REFLEXÕES SOBRE O MISTÉRIO E A VIDA DA IGREJA

A percepção da Igreja como “luz refletida” que une os Padres do primeiro milênio e o Concílio Vaticano II.

O último Concílio reconhece que o ponto de origem da Igreja não é a própria Igreja, mas a presença viva de Cristo, que edifica pessoalmente a Igreja. A luz que é Cristo se reflete, como num espelho, na Igreja

pelo cardeal Georges Cottier, O.P.

Cardeal Georges Cottier | 30Giorni

No já próximo 2012 vão se completar os cinquenta anos do início do Concílio Vaticano II. Meio século depois, esse que foi um acontecimento maior na vida da Igreja continua a suscitar debates – que provavelmente se intensificarão nos próximos meses – a respeito de qual é a interpretação mais adequada daquela assembleia conciliar.

As disputas de caráter hermenêutico, embora certamente importantes, correm o risco de se tornar controvérsias para especialistas. Ao passo que pode interessar a todos, sobretudo no momento presente, descobrir qual foi a fonte inspiradora que animou o Concílio Vaticano II.

A resposta mais comum reconhece que aquele evento era movido pelo desejo de renovar a vida interior da Igreja e também adaptar sua disciplina às novas exigências, para voltar a propor com novo vigor sua missão no mundo atual, atenta, na fé, aos “sinais dos tempos”. Mas, para ir mais a fundo, é preciso perceber qual era o rosto mais íntimo da Igreja que o Concílio se propunha a reconhecer e a representar para o mundo, em seu intento de atualização.

O título e as primeiras linhas da constituição dogmática conciliar Lumen gentium, dedicada à Igreja, são iluminadores, nesse sentido, em sua clareza e simplicidade: “Sendo Cristo a luz dos povos, este Sacrossanto Sínodo, congregado no Espírito Santo, deseja ardentemente anunciar o Evangelho a toda criatura e iluminar todos os homens com a claridade de Cristo que resplandece na face da Igreja”. No incipit de seu documento mais importante, o último Concílio reconhece que o ponto de origem da Igreja não é a própria Igreja, mas a presença viva de Cristo, que edifica pessoalmente a Igreja. A luz que é Cristo se reflete, como num espelho, na Igreja.

A consciência desse dado elementar (a Igreja é, no mundo, o reflexo da presença e da ação de Cristo) esclarece tudo o que o último Concílio disse sobre a Igreja. O teólogo belga Gérard Philips, que foi o principal redator da constituição Lumen gentium, evidencia justamente esse dado no início de seu monumental comentário ao texto conciliar. Segundo ele, “a Constituição sobre a Igreja adota desde o início a perspectiva cristocêntrica, perspectiva que se afirmará com insistência ao longo de toda a exposição. A Igreja está profundamente convencida disto: a luz dos povos se irradia não dela, mas de seu divino Fundador; ao mesmo tempo, a Igreja sabe muito bem que, refletindo-se em seu rosto, essa irradiação alcança a humanidade inteira” (La Chiesa e il suo mistero nel Concilio Vaticano II: storia, testo e commento della costituzione Lumen gentium. Milano: Jaca Book, 1975, v. I, p. 69). Uma perspectiva que Philips retoma até as últimas linhas de seu comentário, em que repete que “não nos cabe profetizar sobre o futuro da Igreja, sobre seus insucessos e desenvolvimentos. O futuro desta Igreja, que Deus quis fazer o reflexo de Cristo, Luz dos Povos, está em Suas mãos” (ibid., v. II, p. 314).

A percepção da Igreja como reflexo da luz de Cristo aproxima o Concílio Vaticano dos Padres da Igreja, que desde os primeiros séculos recorriam à imagem do mysterium lunae, o mistério da lua, para sugerir qual era a natureza da Igreja e a ação que lhe convém. Como a lua, “a Igreja resplandece não por luz própria, mas pela luz de Cristo” (“fulget Ecclesia non suo sed Christi lumine”), diz Santo Ambrósio. Para Cirilo de Alexandria, “a Igreja é iluminada pela luz divina de Cristo, que é a única luz no reino das almas. Há, portanto, uma só luz: nessa única luz resplende todavia também a Igreja, que não é porém o próprio Cristo”.

Nesse sentido, merece atenção a opinião dada recentemente pelo historiador Enrico Morini, num artigo publicado no site www.chiesa.espressonline.it, de Sandro Magister.

Segundo Morini – que é professor de História do Cristianismo e das Igrejas na Universidade de Bolonha –, o Concílio Vaticano II pôs-se “na perspectiva da mais absoluta continuidade com a tradição do primeiro milênio, segundo uma periodização não puramente matemática, mas essencial, uma vez que o primeiro milênio de história da Igreja foi o da Igreja de sete concílios, ainda indivisa [...]. Promovendo a renovação da Igreja, o Concílio não pretendeu introduzir algo novo – como desejam e temem, respectivamente, progressistas e conservadores –, mas retornar ao que se havia perdido”.

A observação pode gerar equívocos, se for confundida com o mito historiográfico segundo o qual o itinerário histórico da Igreja é uma progressiva decadência e um distanciamento crescente de Cristo e do Evangelho. Também não é possível dar crédito a contraposições artificiosas, segundo as quais o desenvolvimento dogmático do segundo milênio não seria conforme à Tradição compartilhada durante o primeiro milênio da Igreja indivisa. Como evidenciou o cardeal Charles Journet, apoiando-se também no beato John Henry Newman e em seu ensaio sobre o desenvolvimento do dogma, o depositum que recebemos não é um depósito morto, mas vivo. E tudo o que é vivo se mantém vivo desenvolvendo-se.

Ao mesmo tempo, devemos perceber como um dado objetivo a correspondência entre a percepção da Igreja expressa na Lumen gentium e a já compartilhada nos primeiros séculos do cristianismo. Em outras palavras, a Igreja não deve ser pressuposta como um sujeito fechado em si mesmo, preestabelecido. A Igreja se atém ao dado de que a sua presença no mundo floresce e permanece como reconhecimento da presença e da ação de Cristo.

Às vezes, também em nossa mais recente atualidade eclesial, essa percepção do ponto de origem da Igreja parece para muitos cristãos ofuscar-se, e parece acontecer uma espécie de reviravolta: de reflexo da presença de Cristo (que com o dom de Seu Espírito edifica a Igreja), passa-se a perceber a Igreja como uma realidade material e idealmente empenhada em atestar e realizar por si mesma sua presença na história.

Desse segundo modelo de percepção da natureza da Igreja, que não é conforme à fé, derivam consequências concretas.

Se a Igreja percebe-se no mundo como reflexo da presença de Cristo, como deve ser, o anúncio do Evangelho só pode acontecer no diálogo e de modo livre, renunciando a qualquer meio de coerção, quer material, quer espiritual. É o caminho indicado por Paulo VI em sua primeira encíclica, Ecclesiam Suam, publicada em 1964, que expressa perfeitamente o olhar para a Igreja que é próprio do Concílio. O modo como o Concílio encarou as divisões entre os cristãos e, depois, entre os fiéis de outras religiões reflete a mesma percepção da Igreja. Assim, o pedido de perdão pelas culpas dos cristãos, que surpreendeu e gerou discussões no corpo eclesial quando foi apresentado por João Paulo II, também é perfeitamente consoante com a consciência de Igreja que até aqui descrevi. A Igreja pede perdão não por seguir lógicas de etiqueta mundanas, mas porque reconhece que os pecados de seus filhos ofuscam a luz de Cristo, que ela é chamada a refletir em seu rosto. Todos os seus filhos são pecadores chamados pela ação da graça à santidade. Uma santificação que é sempre dom da misericórdia de Deus, que deseja que nenhum pecador – por mais horrível que seja o seu pecado – seja acorrentado pelo maligno na via da perdição. Assim, podemos compreender a fórmula do cardeal Journet: a Igreja é sem pecado, mas não sem pecadores.

A referência à verdadeira natureza da Igreja como reflexo da luz de Cristo têm também implicações pastorais imediatas. Infelizmente, no atual contexto, registramos a tendência de alguns bispos a exercerem seu magistério por meio de pronunciamentos pela mídia, em que frequentemente se dão prescrições, instruções e indicações sobre o que devem ou não devem fazer os cristãos. Como se a presença dos cristãos no mundo fosse o produto de estratégias e prescrições e não surgisse da fé, ou seja, do reconhecimento da presença de Cristo e de sua mensagem. Talvez, no mundo atual, fosse mais simples e reconfortante poder ouvir pastores que falam a todos sem dar a fé por pressuposta. Como reconheceu Bento XVI durante sua homilia em Lisboa em 11 de maio de 2010, “muitas vezes preocupamo-nos afanosamente com as consequências sociais, culturais e políticas da fé, dando por suposto que esta fé existe, o que é cada vez menos realista”

Ninguém se salva sozinho! - Papa Francisco

Papa Francisco | Vatican News

NINGUÉM SE SALVA SOZINHO! – PAPA FRANCISCO

Dom Carlos José

Bispo da Diocese de Apucarana – Paraná

“O Senhor falou a Moisés, dizendo: “Fala a Aarão e a seus filhos: Ao abençoar os filhos de Israel, dizei-lhes: ‘O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face, e se compadeça de ti! O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz! ’ Assim invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei” (Nm 6,22-27).

Abençoados por Deus que nos enviou seu Filho, o Príncipe da Paz, vivenciamos o Santo Natal na alegre certeza de que tudo se renova em Cristo e com Cristo, o Senhor do Universo e Redentor da humanidade. O Natal é a certeza de que Deus está presente no meio de nós, sempre e em todas as situações.

A beleza das festividades natalinas, dos abraços e dos encontros não podem se limitar a momentos apenas, mas devem ser realmente um novo modelo de vida, um broto de esperança que levem a caminhos inéditos que gerem renovadas posturas diante do mundo atual.

“Juntos, ninguém pode salvar-se sozinho”, com esse apelo marcante, o Papa Francisco, com imensa sabedoria, em sua mensagem para a Celebração do 56º Dia Mundial da Paz, a realizar-se em 01 de janeiro de 2023, exorta o povo de Deus a um recomeço, não cada um por si mesmo, mas unidos com um mesmo objetivo que busca um bem maior, pois é nítido que separados, com individualismo, nada se constrói.

A humanidade grita por socorro, clama por paz. São Paulo nos adverte constantemente sobre a vigilância, o agir e se transformar enquanto há tempo, pois, “Com efeito, vós próprios sabeis perfeitamente que o Dia do Senhor chega de noite como um ladrão” (I Ts 5,1-2). Essa verdade incontestável sobre a qual nos fala o Apóstolo Paulo, deveria ser o nosso despertar para a mudança tão necessária.

O Papa Francisco não se cansa de nos lembrar dos efeitos devastadores causados pela Pandemia que, além das dolorosas perdas humanas, causou e continua causando grandes problemas nas estruturas humanitárias e sociais mundo afora. Sabemos que a Pandemia gerou desgastes irreparáveis, porém, notamos que houve uma mobilização mundial para que se estancasse o mais rápido possível as causas e se amenizasse seus efeitos; houve um despertar de consciência sobre o cuidar uns dos outros, sobre a responsabilidade que temos sobre a vida do próximo, mesmo que desconhecido, e pudemos perceber que ‘juntos’ é mais fácil superar as situações.

Está mais que na hora de repensarmos atitudes, omissões e posturas. A paz deve ser construída pensando no todo e não apenas naquilo que me cai bem ou me interessa, mas o coletivo é o que importa. A vigilância deve ser constante, assim como constante deve ser nosso empenho na construção do bem comum. Se realmente aprendemos algo com a vivência do Natal, a hora é agora de colocarmos em prática o nosso sim diante do desejo de Deus de que façamos parte de seu plano de amor e salvação, e esse plano não inclui desavenças, conflitos e guerras. É um plano harmônico onde todos possam viver de forma a usufruir os bens que a Casa Comum oferece.

Temos o mais belo exemplo de aceitação da vontade Divina bem diante de nossos olhos e coração. Nesse primeiro domingo de 2023 a Santa Igreja celebra Santa Maria, Mãe de Deus, a Mulher do Sim e da entrega absoluta de sua vida ao Pai e à humanidade. A Virgem Maria não titubeou ao deixar seus próprios sonhos de lado para passar a viver os desejos do Pai e assim, dar-se a si mesma como Sacrário Vivo para que o Filho Unigênito, o Príncipe da Paz fosse gerado para nossa salvação. Do ventre puríssimo da Santa Mãe de Deus brotou a Vida Nova, o sentido de todas as coisas se fez novo e a Luz inundou todas as trevas, de ontem, de hoje e de amanhã.

A paz só se torna possível quando deixamos o egoísmo e olhamos para a necessidade do próximo e o ajudarmos, quando o abraço, a partilha, o perdão e o cuidado forem mais importantes que os bens materiais e consumo exagerado, aí a paz será mais viável.

Que a Virgem Maria e São José nos ensinem e auxiliem a sermos construtores de dias melhores, onde possa transbordar a esperança, a fé e a fraternidade. Que 2023 seja de novas atitudes de paz e acolhimento para todos. Juntos, aos pés da Mãe de Deus, unidos a Cristo, feliz 2023 a todos.

Em 2022 sequestrados, presos ou mortos mais de 100 religiosos e religiosas

Cristãos perseguidos | Vatican News

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, relatou que neste ano de 2022 foram assassinados 12 sacerdotes e 5 religiosas em vários países, enquanto que foram sequestrados, 42 sacerdotes e 9 religiosas, todos na África. O país de maior alarme entre assassinatos e sequestros é a Nigéria. A situação preocupante na Nicarágua.

Tiziana Campisi e Debora Donnini – Vatican News

A Nigéria é o país onde a maioria dos sacerdotes e religiosos foram mortos e sequestrados este ano. São informações da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre que publicou o "Relatório sobre os cristãos oprimidos por sua fé 2020-2022", no qual constata-se o triste número de sacerdotes e consagrados assassinados, sequestrados e presos em 2022 em vários países: mais de 100. O convite que a Fundação faz  a todos os países envolvidos é para garantir a segurança e a liberdade dos sacerdotes, religiosas e outros agentes pastorais que trabalham para servir aos mais necessitados. Enquanto que a Fundação pede aos amigos e benfeitores que rezem por aqueles que ainda estão na prisão e pelas comunidades e famílias daqueles que perderam suas vidas. O número de sacerdotes mortos durante o ano é de 12, dos quais quatro na Nigéria, três no México, assassinados por membros de cartéis de narcotráfico, e dois na República Democrática do Congo. Cinco religiosas perderam suas vidas, incluindo duas no Sudão do Sul e as outras três no Haiti, Moçambique e na República Democrática do Congo.

A perseguição religiosa aumentou no último ano

O diretor da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, Alessandro Monteduro, disse ao Vatican News, que no mundo as áreas onde os cristãos sofrem mais discriminação e às vezes perseguição se encontram em uma vasta região da África. Em particular no Sahel, no Chade, Níger, Mali, Burkina Faso e Nigéria, e também no Sul da Ásia - Índia, Paquistão, Mianmar - e depois na Coréia do Norte e na China, onde a Acs relata casos de detenção forçada. Em 75% dos 24 países onde há perseguição religiosa, acrescenta Monteduro, a opressão dos cristãos aumentou, assim como a opressão contra todas as minorias religiosas. "Em Burkina Faso, por exemplo", continua o diretor da ACS Itália, "60% do país não pode mais ser alcançado pelas organizações humanitárias porque está sob o controle de terroristas, e as comunidades cristãs foram forçadas a deixar os lugares onde viviam ou se mudaram para os países vizinhos".

Quase 8 mil cristãos assassinados em ódio à fé entre 2021 e 2022

Monteduro aponta que há 400 milhões de cristãos vivendo em terras de perseguição, e que na Nigéria, os que mais perseguem os que professam sua fé em Cristo são as organizações terroristas jihadistas - aderentes do Estado Islâmico e Boko Haram. Os extremistas pertencem às comunidades Fulani, os pastores que tentam tomar posse de terras cultivadas principalmente por cristãos. O diretor da ACS Itália aponta que entre 2021 e 2022, quase 8 mil cristãos foram assassinados em ódio à fé, perseguidos porque o cristianismo contém um núcleo de justiça social que não é bem-vindo e causa aborrecimento àqueles que militam em grupos para-terroristas, jihadistas. Em particular, conclui Monteduro, a atividade dos missionários é assustadora porque espalha o amor, contribui em propagar um clima de harmonia que, em vez disso, é hostil àquela ideia de sociedade que os jihadistas querem para si mesmos e para os outros. Os missionários, em suma, são vistos como pacificadores, aqueles que constroem canais de diálogo e que estão próximos ao Ocidente e a seus valores.

Clérigos retidos

Pelo menos 32 clérigos foram detidos, alegadamente como meio de intimidação e coerção. Os casos mais recentes dizem respeito a quatro sacerdotes da Igreja Católica Greco-Ucraniana que trabalhavam na Ucrânia ocupada pela Rússia e que foram presos enquanto realizavam atividades pastorais. Dois deles foram mais tarde libertados e "deportados" para território ucraniano, os outros dois permanecem sob custódia e podem enfrentar acusações de terrorismo e teme-se que possam ser torturados na prisão. “É muito preocupante", diz a ACS, "a situação na Nicarágua, onde 11 membros do clero foram presos ou detidos". Entre eles estão pelo menos dois seminaristas, um diácono, sete sacerdotes e o bispo de Matagalpa. Em 10 de janeiro, Dom Rolando Alvarez, atualmente em prisão domiciliar, terá que comparecer ao tribunal sob a acusação de "ameaça à integridade nacional". Enquanto que dois meses atrás foram presos um bispo e dois sacerdotes na Eritréia, pelos quais as autoridades não deram nenhuma explicação. Um sacerdote foi preso em Mianmar durante protestos contra o regime, e várias freiras e dois diáconos foram presos na Etiópia durante o conflito de Tigray no final de 2021, mas libertados em 2022.

O Milagre e dois outros filmes que irão fisgar sua atenção do começo ao fim

Aidan Monaghan courtesy of Netflix
Florence Pugh como Lib Wright e Kíla Lord Cassidy como Anna O’Donnell
em cena de O Milagre
Por Beatriz Camargo

Selecionamos três histórias recém-lançadas no streaming que abordam temas que vão além da religião.

Com a chegada das festas de final de ano e das férias, os serviços de streaming intensificam seus lançamentos presenteando os assinantes com novos filmes e estreias aguardadas.

Assim, entre as boas surpresas deste ano, algumas novidades chamam a atenção pelos títulos que tendem a evidenciar o viés religioso das histórias. Esse é o caso de Três Cristos, protagonizado por Richard Gere, e que provavelmente já chamou sua atenção no catálogo da Netflix.

Do mesmo modo, você também já deve ter se deparado com a sugestão de “O Milagre” em sua tela, outra novidade da popular rede de streaming.

Além deles, temos ainda As linhas tortas de Deus, filme que tem sido muito recomendado nas redes sociais. Mas será que vale a pena assisti-los?

Portanto, não deixe de conferir nossas breves resenhas e descubra se vale – ou não – dedicar suas horas de descanso assistindo a estas histórias.

O Milagre

Longe de ser uma história edificante, o filme se passa na Irlanda em 1862, 13 anos após a Grande Fome que abalou todo o país. A enfermeira Lib Wright (Florence Pugh) chega a uma pequena comunidade fervorosamente devota para examinar a jovem Anna O’Donnell (Kíla Lord Cassidy).

A menina de 11 anos está sem comer há mais de quatro meses, sobrevivendo apenas do que ela chama de “maná dos céus”.

Contudo, sob um clima de tensão e mistério, a missão de Lib é descobrir o que realmente está acontecendo — mesmo que, para isso, tenha de desafiar a fé de toda a comunidade.

Dirigido pelo chileno Sebastian Lelio, o filme é baseado no aclamado livro homônimo escrito por Emma Donoghue.

Embora sua trama seja completamente fictícia, o tema do longa é inspirado nos vários episódios de “jejuns milagrosos” que ocorrerem até o século XIX.

Um adendo importante: este filme é recomendável para maiores de 14 anos.

https://youtu.be/yEKBntF0--8

Três Cristos

Na década de 1950, era comum que pessoas doenças mentais fossem mantidas em hospitais psiquiátricos. Além de altas doses de sedativos, esses pacientes costumavam receber tratamentos como terapia de choques elétricos e raramente recebiam atendimento psicoterapêutico.

É exatamente este o contexto de Três Cristos, filme baseado em uma história real: o estudo de caso psiquiátrico The Three Christs of Ypsilanti, de 1964. No longa-metragem, Dr. Alan Stone (Richard Gere) é um psiquiatra que decide estudar três pessoas esquizofrênicas paranoicas que apresentam transtorno de identidade idêntico: todos alegam ser a reencarnação de Jesus Cristo.

Com o intuito de se aproximar dos pacientes e entender mais de suas doenças, Dr. Stone rompe barreiras e enfrenta o ceticismo dos colegas médicos ao iniciar uma terapia inovadora baseada na troca de correspondências, dispensando por completo os tratamentos que afetavam os internos fisicamente.

https://youtu.be/-XsHsfR0IVI

As linhas tortas de Deus

Também ambientado em um hospital psiquiátrico, este longa-metragem espanhol apresenta uma intrincada história de investigação e é uma adaptação da obra literária ficcional de Torcuato Luca de Tena.

Na trama, a detetive particular Alice Gould (Bárbara Lennie) forja documentos para conseguir se internar num hospital onde um jovem paciente morreu de forma misteriosa.

À medida que suas investigações avançam, ela se vê envolvida numa espiral de crime em que terá de provar sua inocência e, principalmente, sua sanidade.

Como um bom filme de suspense, ele envolve os expectadores do começo com uma trama repleta de reviravoltas que irão agradar os fãs do gênero.

https://youtu.be/ZuHdZdq7DFg

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Angola na expectativa de novos bispos e de novas dioceses em 2023

Dom José Manuel Imbamba, Presidente da CEAST | Vatican News

Quatro dioceses em Sede Vacante, novos Bispos e novas dioceses podem ser conhecidos ao longo do próximo ano, a nível da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST). A informação foi avançada pelo presidente da Conferência, D. José Manuel Imbamba que destaca o crescimento pastoral em Angola.

Anastácio Sasembele - Luanda

Cresce a expectativa e multiplicam – se as orações dos fiéis das dioceses em Sede Vacante, que aguardam com fé pela nomeação dos Bispos para as suas respectivas dioceses.

Quatro das 20 dioceses que compõe a Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) estão em “Sede Vacante”, nomeadamente as dioceses do Sumbe, Lwena, Kwito – Bié e São Tomé e Príncipe.

Falecimento, transferência e renúncia são as principais razões que levaram a que estas Sede episcopais ficassem sem os seus ocupantes no governo pastoral.

D. José Manuel Imbamba, presidente da CEAST diz que ao longo do próximo ano (2023) serão nomeados os novos bispos titulares para estas dioceses cujos processos já tramitam a distintos níveis dos organismos competentes e destaca a prudência da Santa Sé na nomeação de um Bispo.

Sé vacante ou Sede vacante no direito canónico corresponde ao período em que a Sé episcopal de uma Igreja particular está sem ocupante. Isto significa que para uma diocese , o bispo diocesano faleceu, renunciou, foi transferido ou perdeu seu ofício.

Caso haja um bispo coadjutor, com direito a sucessão, na diocese este é imediatamente conduzido ao governo da Sé episcopal e esta não fica Vacante, entretanto não é o que aconteceu nestas quatros dioceses da CEAST que por este período de Sé Vacante estão sob cuidados de um administrador diocesano, eleito pelo Colégio de Consultores, que pode desempenhar algumas funções limitadas pelo Código de Direito Canónico ou por um administrador apostólico, neste caso um bispo nomeado pelo Papa.  

D. Imbamba falou igualmente da possibilidade da criação de futuras dioceses, o rebanho cresce dia após dia e os desafios pastorais aumentam, substancialmente em territórios, como das atuais dioceses de Benguela, Lubango e Lwena.

Dom Paulo pede orações ao Papa Emérito Bento XVI

Bento XVI | arqbrasilia

O Cardeal Dom Paulo Cezar Costa pede a toda a Arquidiocese de Brasília que se una nesta grande corrente de oração pelo Papa Emérito Bento XV. Que nossas orações o conforte neste momento de sofrimento e agonia.

No final da Audiência Geral, o Papa Francisco pediu aos fiéis uma “oração especial” por seu antecessor de 95 anos: “Que o Senhor o sustente neste testemunho de amor à Igreja até o fim”. O Diretor da Sala de Imprensa do Vaticano lançou um comunicado na manhã afirmando: “A situação no momento permanece sob controle, constantemente monitorada pelos médicos”

Após a Audiência Geral, respondendo a perguntas de jornalistas, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, afirmou o seguinte:

“Quanto ao estado de saúde do Papa Emérito, para quem o Papa Francisco pediu orações no final da Audiência Geral desta manhã, posso confirmar que nas últimas horas houve um agravamento devido ao avanço da idade. A situação no momento permanece sob controle, constantemente monitorada pelos médicos”. Afirmando ainda que, “no final da Audiência Geral, o Papa Francisco foi ao mosteiro Mater Ecclesiae para visitar Bento XVI. Nós nos unimos a ele na oração pelo Papa Emérito”.

São Tomás Becket

S. Tomás Becket | diocesedeblumenau
29 de dezembro
São Tomás Becket

Origens

Tomás Becket nasceu em 21 de dezembro de 1118, na cidade de Londres. Seu pai era normando. Tomás cresceu na Corte real inglesa, lado a lado com príncipe herdeiro do trono, chamado Henrique. Era um dos jovens que compunham a comitiva do príncipe e um de seus amigos mais íntimos. Tomás e Henrique tinham grande afinidade. Tomás, a princípio, era ambicioso, aventureiro, amante das diversões, caçador audacioso e amigo das disputas perigosas. Ele e o príncipe compartilharam a adolescência e a juventude.

Chanceler

Quando Henrique III, seu amigo, foi corado, a amizade dos dois ainda teve continuidade, pois o rei o nomeou seu chanceler. Num certo momento, porém, Tomás começou a se interessar pela vida religiosa. Começou a estudar a doutrina cristã e tornou-se amigo do arcebispo de Londres, chamado Teobaldo de Canterbury.

Arcebispo

Seguindo as orientações do arcebispo, Tomás Becket foi se aprofundando na fé, no conhecimento de Deus e da Doutrina. A um dado momento concluiu que deveria deixar o cargo de chanceler para se dedicar à religião. Recebeu, então, a ordem do diaconato, através do bispo Teobaldo, passando a ser arcediácono do bispo.

Quando Dom Teobaldo faleceu, o papa permitiu que o rei de escolhesse o novo arcebispo. Henrique III nomeou o amigo para o cargo.

Amizade desfeita

Tomás Becket recebeu a ordenação sacerdotal em 1162 e, no dia seguinte, a sagração como bispo de Canterbury. Logo, porém, começou a ter problemas com o rei. Primeiramente porque Henrique III publicou um conjunto de leis que chamou de "Constituições de Clarendon". Essas leis davam direitos abusivos ao rei, e pretendiam reduzir a Igreja a um pequeno departamento do Estado da Inglaterra. Dom Tomás Becket, zeloso dos assuntos da Igreja e dos direitos de Deus, foi frontalmente contra. O rei, então, passou de amigo a perseguidor. Tanto que Tomás Becket teve de fugir dali para a França.

Exílio

O bispo Tomás Becket permaneceu no exílio durante seis anos. Só conseguiu voltar para a sua diocese na Inglaterra quando o papa Alexandre III conseguiu um acordo de paz com Henrique III. Ao chegar novamente à sua diocese, Dom Tomás Becket foi aclamado pelo povo. Os fiéis, com efeito, amavam-no e respeitavam muito sua integridade de homem correto e de pastor dedicado.

Paz frágil

Tomás Becket, porém, sabia muito bem que aquela paz era frágil. Tanto que afirmou a todos: "Voltei para morrer no meio de vós". Seu primeiro ato depois de retornar à diocese foi destituir todos os bispos que tinham cedido aos caprichos do rei. Nesse momento, a paz, que já era frágil, desapareceu.

Perseguição e morte

Quando Henrique III ficou sabendo desses atos de Dom Tomás Becket, pediu que alguém matasse o bispo. Tomás Becket foi avisado da intenção clara do rei, mas preferiu não fugir outra vez. E respondeu com uma frase que ficou gravada na história: "O medo da morte não deve fazer-nos perder de vista a justiça". Assim, entrou em oração, vestiu os sagrados paramentos e ficou à espera de seus assassinos dentro da catedral. Quatro cavaleiros chegaram e o apunhalaram na catedral. Como cordeiro manso, ele não ofereceu resistência. Era o dia 29 de dezembro de 1170. Assim, São Tomás Becket entregou sua vida por causa da justiça e da verdade de Jesus Cristo. Foi mártir. Sua canonização aconteceu apenas três anos depois de seu martírio, sendo celebrada pelo Papa Alexandre III. A sua festa litúrgica acontece no dia de sua morte.

Oração a São Tomás Becket

“Senhor nosso Deus, que destes ao mártir São Tomás Becket a grandeza de alma que o levou a dar a vida pela justiça, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de saber perder a vida por Cristo neste mundo, para podermos encontrá-la para sempre no Céu. Por Nosso Senhor. Amem. São Tomás Becket, rogai por nós.

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

A parábola da rosa

Rosa | Cléofas

A parábola da rosa

 POR PROF. FELIPE AQUINO

Um homem plantou uma rosa e passou a regá-la constantemente.

Antes que ela desabrochasse, ele a examinou e viu o botão que em breve desabrocharia, mas notou espinhos sobre o talo e pensou: “Como pode uma flor tão bela vir de uma planta rodeada de espinhos tão afiados?”

Entristecido por este pensamento, ele se recusou a regar a rosa antes mesmo de estar pronta para desabrochar, e ela morreu. Assim é com muitas pessoas.

Dentro de cada alma há uma rosa: São as qualidades dadas por Deus. Dentro de cada alma temos também os espinhos: São as nossas faltas.

Muitos de nós olhamos para nós mesmos e vemos apenas os espinhos, os defeitos.

Nós nos desesperamos, achando que nada de bom pode vir de nosso interior.

Nós nos recusamos a regar o bem dentro de nós, e consequentemente, isso morre. Nunca percebemos o nosso potencial.

Algumas pessoas não veem a rosa dentro delas mesmas. Portanto alguém mais deve mostrar a elas.

Um dos maiores dons que uma pessoa pode possuir ou compartilhar é ser capaz de passar pelos espinhos e encontrar a rosa dentro de outras pessoas. Esta é a característica do amor.

Olhar uma pessoa e conhecer suas verdadeiras faltas. Aceitar aquela pessoa em sua vida, enquanto reconhece a beleza em sua alma e ajudá-la a perceber que ela pode superar suas aparentes imperfeições. Se nós mostrarmos a essas pessoas a rosa, elas superarão seus próprios espinhos. Só assim elas poderão desabrochar muitas e muitas vezes.

Portanto sorriam e descubram as rosas que existem dentro de cada um de vocês e das pessoas que amam…

Autor desconhecido

Retirado do livro: “Sabedoria em Parábolas”. Prof. Felipe Aquino (org.). Ed. Cléofas.

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF