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quarta-feira, 17 de julho de 2019

A Igreja recorda 16 carmelitas mártires decapitadas na Revolução Francesa

REDAÇÃO CENTRAL, 17 Jul. 19 / 05:00 am (ACI).- No dia seguinte à festa de Nossa Senhora do Carmo, recorda-se hoje as 16 carmelitas de Compiègne (França), que foram decapitadas por ódio à fé durante a Revolução Francesa, como foi profetizado 100 anos antes de sua morte.

As carmelitas se estabeleceram em Compiègne em 1641 e, fiéis ao espírito de Santa Teresa, ganharam a estima dos moradores. Entretanto, durante a Revolução Francesa, seu convento foi fechado e as religiosas foram forçadas a viver como seculares segundo a lei revolucionária de 1790.
Dias depois, foram obrigadas a assinar o chamado “juramento revolucionário” (liberdade, igualdade e fraternidade) para não serem deportadas e a comunidade passou a residir em quatro casas diferentes.
Passado um tempo, a priora Teresa de Santo Agostinho propôs a suas irmãs que fizessem novamente uma estrita vida conventual, como se não tivessem sido exclausuradas. Desse modo, e apesar de estarem em diferentes casas, viveram a obediência a sua superiora.
Algumas pessoas perceberam e denunciaram ao Comitê de Saúde Pública, que imediatamente investigou as casas e colheu “provas de vida conventual” como uma estampa do Sagrado Coração, cartas e escritos. Isso foi visto como um complô secreto para o “restabelecimento da monarquia e o desaparecimento da República”.
Foram detidas, embora algumas tenham conseguido escapar. Então, as carmelitas concordaram de retirar o juramento revolucionário. Quando lhes foi pedido que voltassem a assiná-lo, disseram que não fariam e foram acusadas de “conspirar contra a revolução”.
Foram levadas a Paris com as mãos amarradas sobre duas carroças. Ao chegar, colocaram-nas na prisão da Conciergerie, antessala da guilhotina, junto com outros presos, religiosos e seculares.
Presas, as carmelitas se tornaram um modelo de piedade e firmeza na fé. Continuaram com suas orações e conseguiram festejar Nossa Senhora do Carmo em 16 de julho com muita alegria e solenidade.
Em 17 de julho de 1794, compareceram diante do Tribunal Revolucionário e todas foram condenadas a morte.
Aos pés da guilhotina, cantaram o “Te Deum”, renovaram suas promessas e votos e subiram uma a uma para oferecer sua vida dando um corajoso testemunho de Cristo.
Assim, cumpriu-se o que cem anos antes uma religiosa da mesma comunidade de Compiègne havia visto em uma espécie de sonho ou revelação, na qual todas as carmelitas do mosteiro estavam vestidas de branco e levando a palma do martírio.
Foram beatificadas por São Pio X em 1906.
ACI Digital

terça-feira, 16 de julho de 2019

Nossa Senhora do Carmo, a mais bela flor do jardim de Deus

REDAÇÃO CENTRAL, 16 Jul. 19 / 05:00 am (ACI).- Segundo a tradição, no dia 16 de julho de 1251, São Simão Stock, superior dos Carmelitas, encontrava-se em profunda oração rogando por seus religiosos perseguidos quando a Virgem lhe apareceu com o hábito da Ordem na mão e entregou-lhe o escapulário.

Tempos depois, a devoção a Nossa Senhora do Carmo foi florescendo e a espiritualidade carmelita se estendeu por vários lugares do mundo.
A festa de Nossa Senhora do Carmo, que se celebra a cada 16 de julho, é ainda símbolo do encontro entre a Antiga e a Nova Aliança, porque foi no monte Carmelo (vocábulo hebreu que significa jardim) onde o profeta Elias defendeu a fé do povo escolhido contra os pagãos.
Elias e Eliseu permaneceram no Monte Carmelo e com seus discípulos viveram de maneira contemplativa, como eremitas em oração. Em meados do século XII de nossa era, São Bertolo fundou a Ordem do Carmelo e vários sacerdotes foram viver no Carmelo como eremitas.
Por volta de 1205, Santo Alberto, patriarca de Jerusalém, entregou aos eremitas do Carmelo uma regra de vida, que foi aprovada pelo Papa Honório III em 1226. Eles tinham a missão de viver na forma de Elias e de Maria Santíssima, a quem veneravam como a Virgem do Carmo.
No século XIII, o Papa Inocêncio IV concedeu aos carmelitas o privilégio de ser incluídos entre as ordens mendicantes junto com os franciscanos e dominicanos. Os carmelitas passaram por algumas reformas, sendo a maior delas a realizada por Santa Teresa d´Ávila (Santa Teresa de Jesus) e São João da Cruz. Através dos séculos, esta espiritualidade deu muitos santos à Igreja.
Oração à Nossa Senhora do Carmo
Ó bendita e imaculada Virgem Maria, honra e esplendor do Carmelo! Vós que olhais com especial bondade para quem traz o vosso bendito escapulário, olhai para mim benignamente e cobri-me com o manto de vossa fraqueza com o vosso poder, iluminai as trevas do meu espírito com a vossa sabedoria, aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade. Ornai minha alma com a graça e as virtudes que a tornem agradável ao vosso divino Filho. Assisti-me durante a vida, consolai-me na hora da morte com a vossa amável presença e apresentai-me à Santíssima Trindade como vosso filho e servo dedicado; e lá do céu, eu quero louvar-vos e bendizer-vos por toda a eternidade.
Nossa Senhora do Carmo libertai as benditas almas do purgatório. Amém!
ACI Digital

segunda-feira, 15 de julho de 2019

Papa nomeia Card. da Rocha membro da Congregação para o Clero

Cardeal Sérgio da Rocha agora é membro da Congregação para o Clero
Cardeal Sérgio da Rocha agora é membro da Congregação para o Clero
Cidade do Vaticano
O Papa Francisco nomeou neste sábado (13/07) novos membros para a Congregação para o Clero.
Entre os cardeais, há um brasileiro: o arcebispo de Brasília, Sérgio da Rocha. Os demais escolhidos são: Anders Arborelius, bispo de Estocolmo (Suécia); Giuseppe Petrocchi, arcebispo de L'Aquila (Itália); Baltazar Enrique Porras Cardozo, administrador apostólico de Caracas e arcebispo de Mérida (Venezuela).
Também foram nomeados os seguintes bispos e arcebispos: Filippo Iannone, presidente do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos; Milton Luis Tróccoli Cebedio, bispo de Maldonado-Punta del Este (Uruguai); Michel Aupetit, arcebispo de Paris (França); Robert Francis Prevost, bispo de Chiclayo (Peru); Juan de la Caridad García Rodríguez, arcebispo de Havana (Cuba).
Integram a Congregação outros dois cardeais brasileiros: João Braz de Aviz, prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, e Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo.
A competência da Congregação para o Clero está atualmente indicada nos artigos 93-98 da Constituição Apostólica Pastor Bonus, sendo articulada em quatro Seções:
1. “Seção Clero”: reúne, sugere e promove iniciativas para a santidade e a atualização intelectual e pastoral do Clero (Sacerdotes diocesanos e diáconos) e para a sua formação permanente; exerce vigilância sobre os Capítulos Catedralícios, os Conselhos Pastorais, os Conselhos Presbiterais, os párocos, todos os clérigos que exercem o ministério pastoral, etc., as ofertas das Missas, as pias fundações, pias doações, oratórios, igrejas, santuários, arquivos eclesiásticos e bibliotecas; promove uma distribuição mais adequada do clero no mundo.
2.- “Seção Seminários”: com o Motu Proprio Ministrorum institutio“  de 16 de Janeiro de 2013, o Papa Bento XVI atribuiu à Congregação para o Clero a competência sobre todos os Seminários, com exceção daqueles dependentes das Congregações para as Igrejas Orientais e para a Evangelização para os Povos, e transferiu ao mesmo Dicastério a Pontifícia Obra para as Vocações Sacerdotais (erigida com o Motu Proprio Cum nobis, de SS. Pio XII, 04 de novembro de 1941). Tal inovação recebeu maior impulso com o Decreto Conciliar Optatam totius, n. 2, 28 de outubro de 1965.
3.- “Seção Administrativa”: é competente em matéria de ordenamento e administração dos bens eclesiásticos pertencentes às pessoas jurídicas públicas. Além disso, concede as licenças para os negócios jurídicos previstos pelos cânones 1292 e 1295 CIC e das aprovações das taxas e dos tributos. Enfim, tem cuidado também da remuneração justa, da previdência por invalidez ou envelhecimento, da assistência sanitária do clero, etc.
4.- “Seção Dispensas”: Tal seção, que foi instituída com Carta N. 64.730/P, de 28 de dezembro de 2007, é competente para tratar, conforme o direito, as dispensas das obrigações decorrentes da sacra ordenação do Diaconato e do Presbiterato, dos clérigos diocesanos e religiosos da Igreja Latina e das Igrejas Orientais.
O antigo Studium (Curso de Prática Administrativo-Canônica) está anexado à Congregação para o Clero e foi reconhecido oficialmente pelo Papa Bento XV, com Decreto do dia 28 de outubro de 1919, para que os sacerdotes jovens adquirissem prática no exercício ordinário e regular dos temas eclesiásticos e em particular na aplicação das leis canônicas no âmbito administrativo.
Instituto "Sacrum Ministerium", a partir do Ano Letivo 1994-1995, foi anexado à Congregação para o Clero, para a formação dos responsáveis pela formação permanente dos sacerdotes. No mesmo ano, iniciou-se a publicação semestral da revista com o mesmo nome. Tal publicação representa um auxílio aos Ordinários, Sacerdotes, demais clérigos, nos âmbitos formativos do ministério pastoral, no vasto universo da formação permanente.
www.vaticannews.va/pt

São Boaventura, o “Doutor Seráfico”

REDAÇÃO CENTRAL, 15 Jul. 19 / 05:00 am (ACI).- “O gozo espiritual é o melhor sinal de que a graça habita em uma alma”, escreveu uma vez São Boaventura, Doutor da Igreja, conhecido como “Doutor Seráfico”, por seus escritos cheios de fé e amor ao Senhor. Sua festa é celebrada neste dia 15 de julho.

São Boaventura nasceu na Itália por volta de 1221. Depois de tomar o hábito da ordem franciscana, estudou na Universidade de Paris (França). Posteriormente, ensinou Teologia e Sagrada Escritura nesse mesmo centro de estudos.
Dedicava muito tempo à oração e seu rosto alegre e sereno era o reflexo de sua alma. Entretanto, começou a se considerar indigno, cheio de faltas, e algumas vezes se abstinha de comungar, embora sua alma desejasse receber a Eucaristia com todo seu amor.
Mas, Deus lhe mostrou sua misericórdia e teve uma revelação divina em que recebeu a comunhão. Desde aquele dia, São Boaventura comungou normalmente e depois se preparou para receber a ordem sacerdotal.
Compôs seu “Comentário às Sentenças de Pedro Lombardo”, que é uma grande suma de teologia escolástica. “A maneira como se expressa sobre a teologia, indica que o Espírito Santo falava por sua boca”, dizia o Papa Sisto IV sobre esta obra.
Nessa época, foi desencadeado um ataque de alguns professores da Universidade de Paris contra os franciscanos, produto da inveja e desconforto que geravam os êxitos pastorais da vida santa dos membros da ordem.
O Papa interveio e, depois de uma investigação, devolveu aos filhos de São Francisco suas cadeiras. Em 1257, São Boaventura e Santo Tomás de Aquino receberam o título de doutores.
São Boaventura foi eleito superior geral dos frades menores e assumiu uma ordem dividida entre os que pediam uma severidade inflexível e os que desejavam que se mitigasse a regra original. Dessa maneira, o santo começou a escrever a vida de São Francisco de Assis.
Em uma ocasião, Santo Tomás de Aquino foi visitar Boaventura quando escrevia sobre “o pobre de Assis”. Ao chegar, encontrou-o em sua cela em plena contemplação e Santo Tomás se retirou dizendo: “Deixemos um santo trabalhar por outro santo”. Esta obra biográfica se chamou “Lenda Maior”.
Foi nomeado Cardeal Bispo de Albano e chamado imediatamente para Roma. O Papa Gregório X lhe encomendou a preparação dos temas do Concílio ecumênico de Lyon sobre a união com os gregos ortodoxos, no qual participou ativamente.
Renunciou a seu cargo de superior geral da ordem e pouco tempo depois partiu para a Casa do Pai, na noite de 14 para 15 de julho de 1274, em Lyon.
ACI Digital

domingo, 14 de julho de 2019

XV Domingo do tempo comum: “QUEM É O MEU PRÓXIMO?”

+ Dom Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
“Mestre, que devo fazer para receber em herança a vida eterna?” (Lc 10,25). Jesus responde esta pergunta em dois momentos. O primeiro, após recordar o mandamento do amor a Deus e ao próximo, ele diz: “Faze isso e viverás” (Lc 10,28). Contudo, naquele tempo, os mestres da Lei discutiam a respeito de quem seria precisamente “o próximo”, com diferentes posições. A tendência predominante era excluir da definição de “próximo” os inimigos e os que não faziam parte do povo de Israel. Por isso, num segundo momento, Jesus conta a “parábola do bom samaritano” transmitindo uma compreensão justa de quem é o próximo e de como tratá-lo.  No final, ele conclui a sua resposta dizendo: “Vai e faze a mesma coisa” (Lc 10,37), ensinando-nos a ter “compaixão” e “usar de misericórdia” para com o próximo.
De acordo com a parábola, o próximo é, acima de tudo, quem necessita de nós, por estar caído no caminho, ferido e abandonado, seja amigo ou não, seja conhecido ou não, seja da mesma raça ou não. A estrada, de cerca de 30 km, entre Jerusalém e Jericó era perigosa, com bandos armados ameaçando os viajantes, o que dificultava receber ajuda em casos de extrema violência, como descrito na parábola. As dificuldades existentes na relação entre os judeus e os samaritanos tornavam o gesto misericordioso do samaritano ainda mais significativo. O samaritano reconheceu o outro como o próximo a ser amado.
É preciso aproximar-se de quem sofre com compaixão e misericórdia, a fim de cuidar dos feridos e de levantar os caídos. Há muita gente sofrida e caída pelo caminho à espera de um bom samaritano que a levante, anime e conduza. Esta é a atitude dos verdadeiros discípulos de Cristo e praticantes da Palavra de Deus: usar de misericórdia, gastar nosso tempo, nossas energias e nossos bens com quem necessita do nosso amor fraterno e solidário.
A quem achar difícil demais ou fora do seu alcance praticar a Palavra de Deus, o livro do Deuteronômio afirma: “Ao contrário, esta palavra está bem ao teu alcance, está em tua boca e em teu coração, para que a possas cumprir” (Dt 30,14). Nós cumprimos a Palavra, animados pela fé em Jesus Cristo, sustentados pelo poder de Deus. S. Paulo ressalta a soberania e a primazia de Cristo, no belo hino transmitido em sua carta aos Colossenses (Cl 1,15-20). Motivados pelo Evangelho, elevemos a nossa oração a Jesus, a fim de imitar o samaritano e, deste modo, responder com generosidade à sua palavra: “Vai e faze o mesmo!”
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

São Camilo de Léllis, padroeiro dos enfermos e precursor da Cruz Vermelha

REDAÇÃO CENTRAL, 14 Jul. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 14 de julho, é celebrado São Camilo de Léllis, fundador Ordem dos Ministros dos Enfermos e padroeiro dos doentes, dos profissionais da saúde e hospitais. Seus religiosos se tornaram os enfermeiros de guerra, antes que existisse a Cruz Vermelha.

São Camilo nasceu em 1550 na Itália. Fez parte do exército veneziano para lutar contra os turcos, mas contraiu uma enfermidade na perna pela qual sofreu toda a sua vida. Mais tarde, ingressou como paciente e criado no hospital de San Giacomo em Roma, mas meses depois despediram-no por ser muito revoltoso. Assim, retornou como soldado contra os turcos.
Tinha o vício do jogo de azar e certo dia perdeu tudo o que possuía, inclusive a camisa que estava usando. Na miséria, começou a trabalhar na construção de um convento capuchino na Manfredonia.
Ao escutar as pregações, pouco a pouco seu coração foi mudando até que se reconheceu como um grande pecador e encomendou-se à misericórdia de Deus. Ingressou nos capuchinhos, mas não pôde fazer a profissão por causa da enfermidade de sua perna. Retornou ao hospital de San Giacomo e se dedicou aos cuidados dos doentes, chegando a ser um funcionário superintendente do hospital.
Vendo a necessidade, fundou uma associação de pessoas que desejavam se consagrar por caridade aos cuidados dos doentes. Depois do acompanhamento de São Felipe Neri, decidiu receber as ordens sagradas.
São Camilo decidiu se tornar independente do Hospital San Giacomo e com dois companheiros iniciou a Congregação dos Ministros dos Enfermos. Todos os dias cuidavam dos pacientes do Hospital do Espírito Santo, cuidando deles como se fossem o próprio Cristo e aproximando-os dos sacramentos.
Com o tempo, o serviço da congregação foi se ampliando e assumiram a missão de atender os prisioneiros doentes e os convalescentes que viviam em casas particulares. Desde então, São Camilo enviou religiosos com as tropas para que atendessem os que caíssem feridos.
Muitos religiosos morreram neste sacrificado serviço, inclusive pela peste, mas São Camilo e seus irmãos continuaram heroicamente. Tempo depois, São Gregório XIV confirmou a Congregação de São Camilo como ordem religiosa.
O santo dos enfermos sempre padeceu por sua perna, que além de tê-la fraturado, havia duas chagas dolorosas na planta do pé. Antes de morrer, sofria de náuseas e quase não podia comer, mas mesmo assim se mantinha preocupado pelos necessitados.
Em 1607, renunciou à direção de sua ordem e partiu para a Casa do Pai em 14 de julho de 1614, aos 64 anos. Leão XIII o proclamou padroeiro dos enfermos junto com São João de Deus. Pio XI o declarou padroeiro dos doentes e de suas associações.
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sábado, 13 de julho de 2019

Santo Henrique II, único imperador declarado santo pela Igreja

REDAÇÃO CENTRAL, 13 Jul. 19 / 06:00 am (ACI).- Santo Henrique II foi um rei alemão e imperador do Sacro Império Romano Germânico entre os anos 1014 e 1024; também foi o único imperador declarado santo pela IgrejaCatólica.

É neto de Carlos Magno e o último da linhagem do imperador Oto I e da dinastia saxônica. Também é considerado o maior apóstolo da paz nos primeiros 20 anos do século XI e um dos mais destacados promotores da civilização ocidental, colaborando com o trabalho do Papado e dos monges de Cluny.
Sua santidade foi sendo cultivada desde pequeno ao contar com uma vasta família religiosa. Seu irmão Bruno foi Bispo, sua irmã Brígida foi religiosa, enquanto a outra irmã, Gisela, foi esposa de Santo Estêvão, rei da Hungria.
Santo Henrique nasceu em 6 de maio de 973 e seus pais era Henrique I o “Passarinheiro”, duque da Baviera, e Gisela, filha do duque Conrado de Borgonha. Esta última o confiou desde muito jovem a Santo Wolfgan, Bispo de Ratisbona, que formou sua inteligência e sua vontade com uma esmerada educação cristã e sólida piedade.
Após a morte de seu pai, herdou o ducado em 995; e, quando seu primo, o Imperador Oto III, morreu sem deixar herdeiros, os príncipes eleitores julgaram que nenhum outro estava mais bem preparado para ser rei da Alemanha do que ele. Dessa forma, foi eleito soberano em 1002.
Doze anos mais tarde, depois de consolidar suas fronteiras sustentando campanhas militares contra o Principado de Polônia, lutar contra os bizantinos e restituir no cargo o Papa Bento VIII, Henrique II foi coroado imperador do Sacro Império Romano Germânico junto com sua esposa, Santa Cunegundes, na basílica de São Pedro, em Roma.
Henrique II era chamado “o piedoso”, porque sempre buscou estender a religião cristã e o amor a Cristo.
Para conceder sua irmã Gisela como esposa ao rei Estêvão da Hungria, colocou como condição a tal mandatário que propagasse o catolicismo por todo o seu reino, o que foi cumprido de forma admirável.
Por todas as partes, erguia templos, construía conventos para religiosos e apoiava os que se dedicavam a evangelizar.
Morreu repentinamente em 13 de julho de 1024, aos 51 anos, e foi canonizado em 1146, pelo Papa Eugênio III. Poucos reis tiveram na vida tão boa fama e menos ainda foram venerados e gozaram do amor de seus súditos como o neto de Carlos Magno.
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Santa Teresa dos Andes, padroeira dos jovens da América Latina

REDAÇÃO CENTRAL, 13 Jul. 19 / 05:00 am (ACI).- “Cristo, esse louco de amor, me fez louca também”, dizia Santa Teresa dos Andes, jovem carmelita descalça que buscava estar sempre em comunhão com Jesus. Faleceu ainda nova, aos 19 anos, e tornou-se modelo de santidade principalmente para a juventude latino-americana, da qual é padroeira.

Nascida em 13 de julho de 1900, em Santiago, no Chile, recebeu o nome Joana Fernandez Solar. Seus pais, Miguel e Lúcia, a educaram em um ambiente cristão. Aos seis anos passou a participar da Missa quase diariamente ao lado de sua mãe.
Essa vivência nutriu no coração da menina o grande desejo de receber a primeira comunhão, o que aconteceu em 1910. A partir de então, procurava comungar todos os dias e gostava de passar longos momentos em um íntimo diálogo com Jesus.
Estudou durante 11 anos no Colégio do Sagrado Coração e nos últimos três anos passou para o regime de internato. Nessa ocasião, precisou assumir com resignação o distanciamento de seus familiares, algo que ela se julgava incapaz de fazer, pois era muito dedicada à família.
Foi aos 14 anos que sentiu confirmada a sua vocação à vidareligiosa. A troca de correspondências com a superiora das carmelitas dos Andes a ajudou a amadurecer este chamado até que, aos 17 anos, começou a expressar o desejo de ser carmelita.
Dois anos mais tarde, em 1919, ingressou para as carmelitas dos Andes, tomando o nome de Teresa de Jesus. Sua vida no Carmelo foi breve, pois onze meses depois contraiu febre tifoide e faleceu aos 19 anos, no dia 12 de abril de 1920.
Teresa foi beatificada por São João Paulo II em 1987 e canonizada pelo mesmo Papa em 1993, quando ele a chamou pela primeira vez de Santa Teresa de Jesus “dos Andes”. Na ocasião, o Pontífice ainda recordou que ela era a primeira santa chilena e a primeira carmelita descalça da América Latina a ser elevada à honra dos altares.
Na homilia de canonização de Santa Teresa, João Paulo II assinalou ainda que, “a uma sociedade secularizada, que vive de costas para Deus, esta carmelita chilena, que viveu com alegria apresentada como modelo da perene juventude do Evangelho, oferece o testemunho límpido de uma existência que proclama aos homens e mulheres de hoje que no amar, adorar e servir a Deus estão a grandeza e a alegria, a liberdade e a realização plena da criatura humana”.
O Pontífice ressaltou que a vida de Santa Teresa “grita suavemente a partir do claustro: ‘só Deus basta!’” e este é um grito “especialmente aos jovens, famintos de verdade e em busca de uma luz que dê sentido a suas vidas”.
“A uma juventude solicitada pelas contínuas mensagens e estímulos de uma cultura erotizada e uma sociedade que confunde amor genuíno, que é doação, com o uso hedonista do outro, esta jovem virgem dos Andes proclama hoje a beleza e bem-aventurança que emana corações puros”, acrescentou.
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quinta-feira, 11 de julho de 2019

São Bento, padroeiro da Europa e patriarca dos monges do Ocidente

REDAÇÃO CENTRAL, 11 Jul. 19 / 05:00 am (ACI).- “Ora et labora” (orar e trabalhar) é o famoso lema do grande São Bento Abade, padroeiro da Europa e patriarca dos monges do Ocidente. Por seu legado e influência, segue sendo um dos santos mais venerados de toda a cristandade e sua festa litúrgica é celebrada neste 11 de julho.

São Bento nasceu em Núrsia (Norcia – Itália), em 480. Sua irmã gêmea foi Santa Escolástica. Depois de estudar retórica e filosofia em Roma, São Bento se retirou da cidade para Enfide (atualmente, Affile) para aprofundar o estudo e dedicar-se à disciplina ascética.
Aos 20 anos, foi para o Monte Subiaco e viveu em uma caverna com a orientação de um eremita. Anos mais tarde, foi com os monges de Vicovaro, que depois o elegeram prior.
Não durou tanto tempo, já que tentaram envenená-lo devido à disciplina que exigia. Como era seu costume, São Bento fez o sinal da cruz sobre o vidro que lhe tinham dado e o objeto se quebrou em pedaços. Após fazê-los cair em si sobre o que fizeram, afastou-se deles.
Com um grupo de jovens, impressionados por seu exemplo de cristão, fundou mosteiros, um deles em Monte Cassino, e escreveu sua famosa Regra que se tornou inspiração para inúmeros regulamentos de comunidades religiosas monásticas até hoje. Do mesmo modo, iniciou centros de formação e cultura.
São Bento era muito conhecido pelo seu trato amável e por seus sacrifícios. Levantava-se de madrugada para rezar os salmos, rezava e meditava por várias horas, jejuava diariamente e ajudava os povoados ao pregar. O santo via o trabalho como algo honroso que levava à santidade.
Da mesma forma, consolava os doentes, dava esmolas e alimento aos necessitados e conta-se que em algumas ocasiões “ressuscitou” os mortos com a ajuda de Deus.
Encontrou seu amor e força no Cristo crucificado e, como exorcista, submetia os espíritos malignos com a famosa “cruz de São Bento”.
O santo previu a data de sua morte, que ocorreu em 21 de março 547, poucos dias depois que faleceu sua irmã Santa Escolástica. Morreu de pé na capela com as mãos levantadas para o céu. “Deve-se ter um imenso desejo de ir para o céu”, foram suas últimas palavras.
No final do século VIII, em muitos lugares, começou-se a celebrar a sua festa no dia 11 de julho.
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terça-feira, 9 de julho de 2019

Santa Paulina, fundadora das Irmãzinhas da Imaculada Conceição

REDAÇÃO CENTRAL, 09 Jul. 19 / 05:00 am (ACI).- A Igreja recorda neste dia 9 de julho a memória litúrgica de Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus, italiana, que viveu no Brasil, onde dedicou sua vida ao serviço aos mais necessitados e fundou a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição.

Amábile Lucia Visintainer nasceu em Trento (norte da Itália) em 16 de dezembro de 1865. Seus pais Napoleão e Ana eram cristãos devotos, mas muito pobres.
Foi esta precária situação econômica que motivou a família da santa a emigrar para o Brasil em 1875. Os Visintainer se estabeleceram no estado de Santa Catarina, em uma comunidade italiana chamada Nova Trento.
Logo após sua chegada, Amábile conheceu Virginia Rosa Nicoldi e ambas se tornaram melhores amigas. Compartilhavam o mesmo amor por Cristo e sempre rezavam juntas fervorosamente. Até fizeram a primeira comunhão ao mesmo tempo, quando tinham 12 anos.
Durante sua adolescência, a jovem começou a participar do apostolado paroquial dando catequese para as crianças, cuidando dos doentes e idosos, e até mesmo a limpando a igreja. Amábile se dedicava a estes trabalhos de corpo e alma e, sem que ela suspeitasse, dilapidaram sua vocação para a vida religiosa.
Com a permissão de seu pai, a santa construiu uma pequena casa, em terreno doado por um barão, onde ia rezar, recebia os enfermos e ensinava as crianças. Sua primeira paciente foi uma mulher com câncer terminal e que não tinha ninguém para cuidar dela.
O dia 12 de julho de 1890 é considerado a data de fundação da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, a primeira congregação feminina fundada no país, que começou com o trabalho de Amábile e Virginia na pequena cabana.
Naquele mesmo ano, as duas amigas e outra jovem fizeram seus votos religiosos. Amábile mudou seu nome para Paulina do Coração Agonizante de Jesus e foi nomeada superiora.
O apostolado das irmãs atraiu muitas vocações. Além de suas obras de caridade, também tinham uma pequena indústria de seda para superar as dificuldades econômicas.
Em 1903, Paulina foi convidada a se mudar para São Paulo. Estabeleceu-se no bairro do Ipiranga, onde fundou a obra “Sagrada Família” para acolher os ex-escravos e seus filhos. Em 1918, a igreja brasileira deu reconhecimento a suas virtudes por seu exemplo vocacional.
Em 1938, contraiu diabetes e seu calvário começou. Tiveram que amputar o seu braço direito e chegou a ficar cega. Madre Paulina morreu piedosamente em 9 de julho de 1942.
Ela foi beatificada em 1991 pelo Papa João Paulo II durante sua visita ao Brasil e canonizada em 2002.
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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF