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segunda-feira, 20 de setembro de 2021

5 MITOS SOBRE A SANTA INQUISIÇÃO (Parte 2/6)

Apologistas da Fé Católica

5 MITOS SOBRE A SANTA INQUISIÇÃO

Texto da phd em História Medieval, Dra. Marian Horvat

MITO 1: “A Inquisição medieval foi um supressivo, abrangente, e todo-poderoso órgão centralizado de repressão mantido pela Igreja Católica.”

Realidade: Exceto na ficção, a Inquisição como um único todo-poderoso, terrível tribunal “cujos agentes trabalharam em todos os lugares para frustrar a verdade religiosa, a liberdade intelectual e liberdade política, até que foi derrubada em algum momento do iluminado século 19” simplesmente não existiu. O mito da Inquisição tomou forma nas mãos dos “reformadores anti-hispânicos e religiosos no século 16”. Foi uma imagem montada a partir de um corpo de lendas e mitos, que tomou forma no contexto da intensa perseguição religiosa do século 16. A Espanha, o maior poder na Europa, que havia assumido o papel de defensor do catolicismo, foi objeto de propaganda que degradou “A Inquisição” como a mais perigosa e característica arma dos católicos contra o protestantismo. Mais tarde, os críticos de qualquer tipo de perseguição religiosa iriam adotar o termo.
Na verdade, não havia uma Inquisição monolítica, mas três inquisições distintas. A Inquisição da Idade Média começou em 1184 no sul da França em resposta à heresia cátara, e dissolveu-se no final do século 14 quando o catarismo morreu. Estudos mais recentes mostram conclusivamente que não há provas claras de que as pessoas na Europa medieval concebiam a Inquisição como um órgão de governo centralizado. Os papas dos tempos não tinham a intenção de estabelecer um tribunal permanente. Por exemplo, só em 367 que o título inquisitor haereticae pravitatis apareceu quando o dominicano Alberico foi enviado para a Lombardia.
O Papa Gregório IX não estabeleceu a Inquisição como um tribunal distinto e separado, mas nomeou juízes permanentes que executaram funções doutrinárias em nome do papa. Quando eles se sentavam, havia a Inquisição. Uma das lendas mais prejudiciais espalhada ao longo dos séculos é a imagem de um tribunal onisciente, onipotente cujos dedos alcançaram todos os cantos da terra.

O pequeno número de inquisidores e seu alcance limitado de longe desmentem a retórica exagerada. No final do século 13, havia dois inquisidores para a totalidade de Languedoc (um dos focos de heresia albigense), dois para a província e de quatro a seis para o resto da França.
Quanto à acusação de que a Inquisição era um corpo onipresente em toda a cristandade, a Inquisição nem sequer existia no norte da Europa, Europa Oriental, Escandinávia, ou na Inglaterra, País de Gales, Irlanda e Escócia. A grande maioria dos casos, no século 13, foi dirigida contra os hereges albigenses no sul da França. Não estava ainda estabelecida em Veneza até 1289 e os arquivos daquela cidade mostram que a pena de morte foi infligida pelo poder secular em apenas seis ocasiões no todo.

“El Santo Oficio de la Santa Inquisição”, mais conhecido como a Inquisição espanhola, começou em 1478 como uma instituição do Estado designado para descobrir a heresia e desvios da verdadeira Fé. Mas Fernando e Isabel também o instituiu para proteger os conversos ou cristãos-novos, que se tornaram vítimas de indignação popular, preconceitos, medos e inveja. É importante notar que a Inquisição tinha autoridade sobre somente cristãos batizados, e que os não batizados eram completamente livres das suas medidas disciplinares a menos que violassem a lei natural.

Por fim, o Santo Ofício em Roma, foi iniciado em 1542, o menos ativo e mais benigno dos três. Um estudo recente realizado por John Tedeschi, The Prosecution of Heresy, trata da Inquisição Romana e os procedimentos que se seguiram após a sua constituição em meados do século 16 na sua luta para preservar a fé e para erradicar a heresia. O valor do estudo de Tedeschi é que ele subverte os pressupostos de longa data sobre a corrupção, coação desumana, e a injustiça da Inquisição romana da Renascença, pressupostos que Tedeschi admitiu que abrigou quando começou sua extensa obra nos documentos. O que ele “gradualmente” começou a encontrar foi que a Inquisição não era um “tribunal rígido, uma câmara de horrores, ou um labirinto judicial do qual a fuga era impossível”. Tedeschi aponta que o processo inquisitorial incluía a prestação de um advogado de defesa. Além disso, ao acusado era dado o direito a um advogado e até mesmo receber uma cópia autenticada de todo o julgamento (com os nomes das testemunhas de acusação excluídos) para que ele pudesse dar uma resposta. Em contraste, nos tribunais seculares da época, o advogado de defesa ainda era colocado apenas um papel cerimonial, e ao criminoso era negado o direito a um advogado (até 1836), e as provas contra o acusado só eram lidas no tribunal, onde ele teria que fazer a defesa no local. Tedeschi concluiu que a Inquisição romana distribuiu justiça legal em termos da jurisprudência do início da Europa moderna e vai ainda mais longe ao dizer:

“ talvez não seja exagero afirmar, de fato, que, em vários aspectos, o Santo Ofício foi um pioneiro na reforma do sistema judicial.”

Fonte: https://apologistasdafecatolica.wordpress.com/

Como cães aliviam sintomas de estresse e depressão

Helena Sushitskaya | Pixabay
Por Octavio Messias

Relação com os humanos definiu a maneira como a espécie evoluiu.

O cão é o melhor amigo do homem, diz o ditado. Dados coletados durante a pandemia do novo Coronavírus reforçam essa máxima. Centros de Zoonoses de diversas cidades brasileiras registram aumentos significativos no número de adoção de cães. Como o do Distrito Federal, que entre janeiro e setembro de 2020 registrou mais do que o dobro de adoções em comparação com todo o ano de 2019. 

Acariciar um cão reduz sintomas de ansiedade e depressão durante o período de isolamento, o que pode ser comprovado pela ciência. A interação com cães, entre outros animais, proporciona a redução nos níveis de cortisona (substância associada ao estresse) e um aumento na liberação de neurotransmissores que regulam o nosso bem-estar, como oxitocina, dopamina, endorfina e norepinefrina, também disparados no convívio com outras pessoas. Estudos ainda indicaram que afagar um cão aumenta os níveis de imunoglobulina A, um anticorpo que tem efeito anti-inflamatório e ajuda no combate à depressão. 

Empatia e socialização

Essa relação de troca entre as duas espécies começou entre 20 e 40 mil anos atrás, a partir da aproximação de lobos famintos em busca de restos de comida. Essa aliança, que garantiu a sobrevivência da espécie, ainda foi responsável pela evolução do cachorro há cerca de 11 mil anos, assim como, a partir da teoria evolucionista, nós evoluímos do macaco. Essa evolução trouxe aos caninos características que facilitaram seu convívio com humanos, como o instinto para o pastoreio, o comportamento de se expressar pelo olhar e a dependência dos humanos. Tanto que a espécie acompanhou a movimentação do homem pela terra na pré-história. 

A evolução do lobo para o cachorro é resultado da mutação de três genes associados à empatia e à socialização. Um deles, o GTF2I, assim como nos humanos, está relacionado à produção de oxitocina, neurotransmissor responsável pelo desenvolvimento da nossa sociabilidade e desencadeia uma sensação de segurança física e emocional, proporcionado bem-estar nas relações afetivas com familiares e amigos. 

E, claro, com os cachorros, que em tempos difíceis se revelam ainda mais parceiros e mais indispensáveis do que nunca.   

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Inocência: pedra preciosa para uns; pedra de tropeço para outros

Guadium Press
Os que perseguem os justos sempre têm uma vida corrompida. Eles não aguentam o peso de sua consciência quando homens virtuosos os increpam por palavras, e, sobretudo, pelo exemplo.

Redação (19/09/2021 10:11Gaudium PressAssim se inicia a primeira leitura deste 25° domingo do Tempo Comum:

“Os ímpios dizem: ‘Armemos ciladas ao justo, porque sua presença nos incomoda”’ (Sb 2,12).

Incômodo. É, sem dúvida, o sintoma da maior parte das doenças. Sabe-se que um incômodo na cabeça pode ter resultado numa simples enxaqueca ou num grave câncer; um incômodo na respiração pode resultar de uma doença crônica ou uma pneumonia. E quando se sente um incômodo faz-se necessário consultar um médico que analise os sintomas faça um diagnóstico, indicando os remédios necessários. Por ocasiões como essas todos já passamos.

Ora, a liturgia de hoje faz um verdadeiro diagnóstico a respeito de um certo incômodo, mostra-nos a grave doença que o causa e oferece-nos os remédios para curá-la. Aliás, é uma doença muito mais perigosa do que todas as outras.

A causa do incômodo está nos ímpios

Antes de prosseguir ao nosso “exame”, entretanto, é necessário explicar bem a frase da escritura acima mencionada. O justo, de si, não incomoda ninguém; a causa do incômodo não pode estar nele. Na verdade, não é a presença dos justos que incomoda os ímpios, mas é o fato de os ímpios serem ímpios a causa de tal incômodo. E eles se põem a perseguir os justos, julgando que, aniquilando-os, sanarão ou ao menos anestesiarão os maus sintomas seu interior. Loucura das loucuras! Seria como se um doente quisesse tirar a vida aos que tem boa saúde, julgando que, assim, se curariam. É, pois, deste modo que agem os ímpios.

E de qual doença eles padecem? A de um ódio ao bem, que nasce de uma inveja profunda, “um dos pecados mais vis e repugnantes que se possa cometer”[1], causa de todos os outros males, como diz São Tiago na segunda leitura de hoje: “Onde há inveja e rivalidade, aí estão as desordens e toda espécie de obras más” (Tg 3,16).

Os que perseguem os justos sempre têm uma vida corrompida. Eles não aguentam o peso de sua consciência quando homens virtuosos os increpam por palavras, e, sobretudo, pelo exemplo: o constante “Non licet tibi”[2] que não pode ser tolerado pelos partidários do mundo e da carne.

Admiração pela inocência

Por outro lado, no evangelho de hoje encontramos, em Nosso Senhor, o extremo oposto deste modo de ser dos ímpios:

“Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles e disse: ‘Quem acolher em meu nome uma destas crianças é a mim que estará acolhendo”’ (Mc 9, 36).

Nosso Senhor – a Inocência por excelência – admira e protege a inocência que Ele mesmo colocou naquela criança. Como diz São Leão Magno, Jesus “ama a infância, mestra de humildade, regra de inocência, modelo de doçura”.[3]

Não podemos ter noção de quanto Lhe apraz receber e acolher uma criança inocente que, por exemplo, a Ele se entrega já na aurora de sua vida. Exemplos temos muitos na História: a própria Maria Santíssima, com apenas três anos[4], Santo Tomás de Aquino, aos cinco anos,[5] e muitos outros.

Saibamos também nós acolher a estes pequenos, pois assim acolhemos o próprio Deus. E que Ele não permita aos ímpios incomodados tocarem em sua inocência, proibindo-os de rumarem pelas vias da santidade. Com efeito, para os justos a inocência é uma pedra preciosa e lhes causa admiração. Já para os ímpios, é uma pedra de tropeço que os enche de ódio.

Por Lucas Rezende


[1] ROYO MARÍN, Antonio. Teología moral para seglares. 7.ed. Madrid: BAC, 1996, v.I, p.488.

[2] Do latim: “Não te é lícito”.

[3] SÃO LEÃO MAGNO. In Epiphaniae Solemnitate. Sermo VII, hom. 18 [XXXVII], n. 3. In: Sermons. 2. ed. Paris: Du Cerf, 1964, v.I, p. 281.

[4] Cf. CLÁ DIAS, João Scognamiglio. Maria Santíssima! O Paraíso de Deus revelado aos homens. São Paulo: Arautos do Evangelho, 2020, v. II, p. 132.

[5] Cf. TOCCO, Guillaume de. L’histoire de saint Thomas d’Aquin. Paris: Du Cerf, 2005, p.29.

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Hoje começa a novena dos Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael

ACI Digital

REDAÇÃO CENTRAL, 20 set. 21 / 06:00 am (ACI).- Em 29 de setembro, a Igreja celebrará a Festa dos Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael, que aparecem na Bíblia com missões importantes de Deus.

Por isso, apresentamos uma novena em honra a esses três amigos do céu que têm a tarefa de defender o homem na luta contra os planos do demônio:

Pelo Sinal da Santa Cruz. Pelo sinal da Santa Cruz, livrai-nos, Deus, nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ato de Contrição

Senhor meu Jesus Cristo,
Deus e homem verdadeiro,
Criador e Redentor meu: por serdes Vós quem sois, sumamente bom
e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque Vos amo e estimo,
pesa-me, Senhor, de todo o meu coração, de Vos Ter ofendido;
pesa-me também de Ter perdido o céu e merecido o inferno;
e proponho firmemente, ajudado com o auxílio de Vossa divina graça,
emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender.
Espero alcançar o perdão de minhas culpas pela Vossa infinita misericórdia.
Amém.

Oração inicial

Deus todo-poderoso e eterno, bendito e louvado sejais por toda a eternidade, e que todos os Anjos e homens, por Vós criados, Vos adorem, Vos amem e Vos sirvem, ó Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal!

E vós, Maria, Rainha de todos os Anjos, aceitai benignamente as nossas súplicas dirigidas aos vossos servos e apresentai-as junto do trono do Altíssimo – vós que sois a omnipotência suplicante e Medianeira das graças –, a fim de obtermos graça, salvação e auxílio. Amém.

Oração aos Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael

São Miguel Arcanjo, tu és o Príncipe das milícias celestiais, o vencedor do dragão infernal, recebeste de Deus a força e o poder para aniquilar por meio da humildade o orgulho dos poderes das trevas. Imploramos-te, suscita em nós a autêntica humildade do coração, a fidelidade inquebrantável, para cumprir sempre a vontade de Deus, a força no sofrimento e nas necessidades, ajuda-nos a subsistir diante do tribunal de Deus.

São Gabriel Arcanjo, tu és o anjo da Encarnação, o mensageiro fiel de Deus, abre nossos ouvidos para captar os menores sinais e chamados do coração amante de nosso Senhor; Permanece sempre diante de nossos olhos, imploramos-te, para que compreendamos corretamente a Palavra de Deus e a sigamos e obedeçamos para cumprir aquilo que Deus quer de nós. Faz-nos vigilantes na espera do Senhor para que não nos encontre adormecidos quando chegue.

São Rafael Arcanjo, tu és o mensageiro do amor de Deus. Imploramos-te, fere nosso coração com um amor ardente por Deus e não deixes que esta ferida se feche jamais para que permaneçamos sobre o caminho do amor na vida diária e vençamos todos os obstáculos pela força deste amor.

Ajudai-nos grandes irmãos e santos, servidores como nós diante de Deus. Protegei-nos contra nós mesmos, contra nossa covardia e tibieza, contra nosso egoísmo e nossa avareza, contra nossa inveja e desconfiança, contra nossa suficiência e comodidade, contra nosso desejo de ser apreciados. Desligai-nos dos laços do pecado e de toda atadura ao mundo.

Desatai a venda que nós mesmos atamos sobre nossos olhos, para dispensar-nos de ver a miséria que nos rodeia, e poder olhar nosso próprio eu sem nos incomodar e com compaixão.

Cravai em nosso coração o aguilhão da santa inquietude de Deus, para que não cessemos jamais de busca-lo com paixão, contrição e amor.

Buscai em nós o Sangue de Nosso Senhor que se derramou por nós. Buscai em nós as lágrimas de nossa Rainha vertidas por nossa causa. Buscai em nós a imagem de Deus destroçada, desvanecida, deteriorada, imagem à qual Deus quis nos criar por amor.

Ajudai-nos a reconhecer Deus, a adorá-Lo, amá-Lo e servi-Lo. Ajudai-nos na luta contra os poderes das trevas que nos rodeiam e nos oprimem solapadamente.

Ajudai-nos para que nenhum de nós se perca e para que, um dia, gozosos, possamos nos reunir na felicidade eterna. Amém.

(Diz-se as intenções da novena e reza-se três Pai Nosso, Ave Maria e Glória)

Invocações finais

São Miguel, luta ao nosso lado com teus anjos, ajuda-nos e roga por nós.

São Rafael, luta ao nosso lado com teus anjos, ajuda-nos e roga por nós.

São Gabriel, luta ao nosso lado com teus anjos, ajuda-nos e roga por nós.

Amém.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Papa: aborto é homicídio. A Igreja deve ser próxima e compassiva, não política

Coletiva de imprensa no voo de regresso a Roma | Vatican News

Respondendo aos jornalistas no voo de regresso da Eslováquia, o Papa falou do diálogo com as autoridades húngaras, do antissemitismo e das vacinas, assim como da comunhão aos políticos que aprovam leis a favor do aborto.

VATICAN NEWS

“O aborto é homicídio” e a Igreja não muda a sua posição, mas “todas as vezes que os bispos administraram um problema não como pastores, tomaram uma posição política”. Foi o que disse o Papa Francisco dialogando com os jornalistas no voo que o trouxe de volta a Roma de Bratislava, concluindo a viagem a Budapeste e Eslováquia.

István Károly Kuzmányi (Magyar Kurír):

Santo Padre, nós lhe agradecemos por sua visita a Budapeste, onde citou o cardeal Mindszenty, que disse: “Se há um milhão de húngaros que rezam, não tenho medo do futuro...”. Por que decidiu participar depois de 21 anos do Congresso eucarístico em Budapeste e como vê o cristianismo na Europa?

Alguém pensou mal a propósito da visita a Budapeste, estava planejada assim, mas prometi ao Presidente de vocês que iria ver o próximo ano o outro para poder vir. São muitos os valores dos húngaros, impressionou-me o sentido do ecumenismo, com uma profundidade grande, grande. Em geral, a Europa – sempre o digo – deve responder aos sonhos dos seus pais fundadores. A União Europeia não é uma reunião para fazer as coisas, há um espírito na base da comunidade que Schumann, Adenauer e De Gasperi sonharam. Há o perigo de que seja somente um escritório de gestão, e isso não funciona, deve ir realmente à mística, buscar as raízes da Europa e levá-las adiante. E todos os países devem progredir. É verdade que alguns interesses, talvez não europeus, tentam usar a União Europeia para as colonizações ideológicas, e isso não está bem. Estive entre vocês na Transilvânia, foi belíssima aquela missa.

Bohumil Petrik (Dennik Standard):

A vacinação dividiu os cristãos na Eslováquia. O senhor afirma que é um ato de amor tomar a vacina, mas houve diferentes posições nas dioceses. Como reconciliar-se sobre este tema?

É um pouco estranho, porque a humanidade tem uma história de amizade com as vacinas: o sarampo, a poliomielite... talvez esta virulência se deve à incerteza, não só da pandemia. Há uma diversidade de vacinas e também a fama de que algumas são um pouco mais do que água destilada, e isso criou medo. Outros afirmam que é um perigo, porque dizem que com a vacina entra o vírus. Também no Colégio Cardinalício houve alguns negacionistas e um destes, pobrezinho, está internado com o vírus. Ironia da vida. Não sei explicar bem, alguns dizem que as vacinas não foram suficientemente testadas. Deve-se esclarecer: no Vaticano, estão todos vacinados, com exceção de um pequeno grupo, que está se estudando como ajudar.

Daniel Verdú Palai (El País):

Domingo pela manhã, o senhor se reuniu com Orban e podem-se compreender algumas divergências. Gostaríamos de perguntar como foi a reunião, se tocaram o tema dos migrantes e o que o senhor pensa a respeito da lei sobre os homossexuais que ele promulgou.

Eu recebi a visita. O Presidente veio até mim, teve esta delicadeza, é a terceira vez que o encontro; e veio com o primeiro-ministro e com o vice-ministro. O Presidente falou. O primeiro tema foi a ecologia, realmente chapeau a vocês húngaros pela consciência ecológica que têm: me explicou como purificam os rios, coisas que eu não sabia. Depois eu perguntei sobre a média de idade, porque estou preocupado com o inverno demográfico. Na Itália, a média de idade é 47 anos, Espanha creio pior ainda, tantos vilarejos estão vazios ou com muitos idosos. Como se resolve? O presidente me explicou a lei que eles têm para ajudar os casais jovens a se casarem, a terem filhos. Interessante, é uma lei que se assemelha muito com a lei francesa, mas mais aprimorada. Ali acrescentaram alguma coisa, o primeiro-ministro e o vice-ministro explicaram-se como era esta lei. Sobre a migração, nada. Depois voltamos sobre a ecologia. A família, no sentido da demografia: vê-se que há muitas pessoas jovens, muitas crianças. Também na Eslováquia, muitos casais jovens. Agora o desafio é procurar vagas de emprego para que não saiam para procurá-las. Mas estes foram os temas... Falou sempre o Presidente, ambos os ministros acrescentam algum dado. O encontro durou cerca de 40 minutos.

https://youtu.be/3HkToywVbB8

Gerard O'Connell (América):

Em primeiro lugar, queria dizer-lhe que estamos todos contentes com a cirurgia (referindo-se à cirurgia à qual o Papa foi recentemente submetido), que deu um ótimo resultado, o senhor rejuvenesceu!

Disseram-me que alguém queria fazer a operação.... Mas não foi uma coisa cosmética.

O senhor tem dito muitas vezes que somos todos pecadores e que a Eucaristia não é uma recompensa para os virtuosos, mas um remédio e alimento para os fracos. Como o senhor sabe, nos EUA após as últimas eleições, houve uma discussão entre os bispos sobre dar comunhão aos políticos que apoiaram as leis do aborto, e há bispos que querem negar a comunhão ao presidente e a outros altos funcionários. Outros bispos são a favor, outros dizem para não usar a Eucaristia como arma. O que o senhor pensa e o que aconselha os bispos a fazer? E o senhor, como bispo em todos estes anos, recusou publicamente a Eucaristia a alguém?

Eu nunca recusei a Eucaristia a ninguém, não sei se alguém veio nestas condições! Isto como padre. Nunca tive a consciência de ter uma pessoa como a que o senhor descreve na minha frente, isso é verdade. A única vez que aconteceu uma coisa simpática foi quando fui celebrar a missa em um lar de idosos, eu estava na sala e disse: quem quer comunhão? Todos os idosos levantaram as mãos. Uma velhinha levantou a mão e tomou a comunhão e disse: "Obrigado, eu sou judia". E eu disse: "Aquele que eu lhe dei também é judeu". A comunhão não é um prêmio para os perfeitos - pense no Jansenismo - a comunhão é um dom, um presente, é a presença de Jesus na Igreja e na comunidade. Então, aqueles que não estão na comunidade não podem comungar, como esta senhora judia, mas o Senhor quis recompensá-la sem o meu conhecimento. Fora da comunidade - excomungados – porque não são batizados ou se afastaram. Segundo problema, o do aborto: é mais do que um problema, é um homicídio, quem faz um aborto mata, sem meias palavras. Peguem qualquer livro sobre embriologia para estudantes de medicina. Na terceira semana após a concepção, todos os órgãos já estão lá, até mesmo o DNA... é uma vida humana, esta vida humana deve ser respeitada, este princípio é tão claro! Para aqueles que não conseguem entender, eu faria esta pergunta: é correto matar uma vida humana para resolver um problema? É correto contratar um pistoleiro para matar uma vida humana? Cientificamente, é uma vida humana. É correto eliminá-la para resolver um problema? É por isso que a Igreja é tão dura nesta questão porque se ela aceita isto é como se aceitasse o assassinato cotidiano. Um Chefe de Estado me disse que o declínio demográfico começou porque naqueles anos havia uma lei tão forte sobre o aborto que seis milhões de abortos foram realizados e isso deixou uma queda nos nascimentos na sociedade daquele país. Agora vamos à questão daquela pessoa que não está na comunidade, não pode fazer a comunhão. E isto não é um castigo, ela está fora. Mas o problema não é teológico, é pastoral, como nós bispos administramos este princípio pastoralmente, e se olharmos para a história da Igreja veremos que toda vez que os bispos não administraram um problema como pastores eles se posicionaram do lado político. Pense na noite de São Bartolomeu, hereges, sim, cortemos a garganta deles todos.... Pense na caça às bruxas.... no Campo di Fiori a Savonarola. Quando a Igreja para defender um princípio, o faz de forma não pastoral, toma partido em nível político, e este sempre foi o caso, basta olhar para a história. O que o pastor deve fazer? Ser um pastor, não condenar. Ser um pastor, porque ele é um pastor também para o excomungado. Pastores com o estilo de Deus, que é proximidade, compaixão e ternura. A Bíblia inteira assim o diz. Um pastor que não sabe ser pastor... Não conheço bem os detalhes dos EUA... Mas se você se faz próximo, tenro, e der comunhão? É uma hipótese. O pastor sabe o que fazer em todos os momentos. Mas se sair da pastoralidade da Igreja se torna um político, e pode ver isso em todas as condenações não pastorais da Igreja... Se o senhor diz que pode dar ou não dar, isto é casuística. Lembra da tempestade que se armou com Amoris laetitia? Heresia, heresia! Felizmente, houve o Cardeal Schoenborn, um grande teólogo, que esclareceu as coisas... Eles são filhos de Deus e precisam de nossa proximidade pastoral, então o pastor resolve as coisas como o Espírito lhe indica.

Stefano Maria Paci (Sky Tg 24):

Penso que o senhor considerará esta mensagem que estou prestes a lhe dar como um presente, foi-me pedido por Edith Bruck, a escritora judia que o senhor visitou em casa, uma longa mensagem assinada "sua irmã Edith", na qual ela agradece por seus gestos e apelos contra o antissemitismo durante esta viagem.

O antissemitismo está ressurgindo, está na moda, é uma coisa feia, feia....

O senhor falou sobre isso com as autoridades húngaras e uma resolução veio de Estrasburgo pedindo o reconhecimento dos casamentos homossexuais. Qual é seu pensamento?

O matrimônio é um sacramento, a Igreja não tem poder para mudar os sacramentos como o Senhor os instituiu. Há leis tentando ajudar as situações de muitas pessoas que têm uma orientação sexual diferente. É importante que os Estados tenham a possibilidade de apoiá-los civilmente, de dar-lhes segurança de herança, saúde, etc., não só para os homossexuais, mas para todas as pessoas que queiram se associar. Mas casamento é casamento. Isto não significa condená-los, eles são nossos irmãos e irmãs, devemos acompanhá-los. Há leis civis, por exemplo, para viúvas que querem se associar a uma lei para ter serviços... há o PACS francês, mas nada a ver com o casamento como sacramento, que é entre um homem e uma mulher. Às vezes, criam confusão. Todos são irmãos e irmãs iguais, o Senhor é bom, Ele quer a salvação de todos, mas por favor, não faça a Igreja negar sua verdade. Muitas pessoas com orientação homossexual aproximam-se da penitência, pedem conselhos ao padre, a Igreja as ajuda, mas o sacramento do matrimônio é outra coisa.

Em seguida, o Papa acrescentou:

Eu li uma coisa bela sobre um de vocês. Ela disse que esta jornalista está disponível 24 horas por dia para trabalhar e que ela sempre deixa os outros irem primeiro e ela atrás, ela dá a palavra aos outros e ela fica quieta. Isto foi dito por Manuel Beltran, sobre nossa Eva Fernández, obrigado!

Fonte: https://www.vaticannews.va/

Santo André Kim Taegon e companheiros

S. André Kim e Companheiros | arquisp
20 de setembro

Santo André Kim Taegon e companheiros

A Igreja coreana tem, talvez, uma característica única no mundo católico. Foi fundada e estabelecida apenas por leigos. Surgiu no início de 1600, a partir dos contatos anuais das delegações coreanas que visitavam Pequim, na China, nação que sempre foi uma referência no Extremo Oriente para troca de cultura.

Ali os coreanos tomaram conhecimento do cristianismo. Especialmente por meio do livro do grande padre Mateus Ricci, "A verdadeira doutrina de Deus". Foi o leigo Lee Byeok que se inspirou nele para, então, fundar a primeira comunidade católica atuante na Coréia.

As visitas à China continuaram e os cristãos coreanos foram, então, informados, pelo bispo de Pequim, de que suas atividades precisavam seguir a hierarquia e organização ditada pelo Vaticano, a Santa Sé de Roma. Teria de ser gerida por um sacerdote consagrado, o qual foi enviado oficialmente para lá em 1785.

Em pouco tempo, a comunidade cresceu, possuindo milhares de fiéis, Porém começaram a sofrer perseguições por parte dos governantes e poderosos, inimigos da liberdade, justiça e fraternidade pregadas pelos missionários. Tentando acabar com o cristianismo, matavam seus seguidores. Não sabiam que o sangue dos mártires é semente de cristãos, como já dissera o imperador Tertuliano, no início dos tempos cristãos. Assim, patrocinaram uma verdadeira carnificina entre 1785 e 1882, quando o governo decretou a liberdade religiosa.

Foram dez mil mártires. Desses, a Igreja canonizou muitos que foram agrupados para uma só festa, liderados por André Kim Taegon, o primeiro sacerdote mártir coreano. Vejamos o seu caminho no apostolado.

André nasceu em 1821, numa família da nobreza coreana, profundamente cristã. Seu pai, por causa das perseguições, havia formado uma "Igreja particular" em sua casa, nos moldes daquelas dos cristãos dos primeiros tempos, para rezarem, pregarem o Evangelho e receberem os sacramentos. Tudo funcionou até ser denunciado e morto, aos quarenta e quatro anos, por não renegar a fé em Cristo.

André tinha quinze anos e sobreviveu com os familiares, graças à ajuda dos missionários franceses, que os enviaram para a China, onde o jovem se preparou para o sacerdócio e retornou diácono, em 1844. Depois, numa viagem perigosa vivida, tanto na ida quanto na volta, num clima de perseguição, foi para Xangai, onde o bispo o ordenou sacerdote.

Devido à sua condição de nobre e conhecedor dos costumes e pensamento local, obteve ótimos resultados no seu apostolado de evangelização. Até que, a pedido do bispo, um missionário francês, seguiu em comitiva num barco clandestino para um encontro com as autoridades eclesiásticas de Pequim, que aguardavam documentos coreanos a serem enviados ao Vaticano. Foram descobertos e presos. Outros da comunidade foram localizados, inclusive os seus parentes.

André era um nobre, por isso foi interrogado até pelo rei, no intuito de que renegasse a fé e denunciasse seus companheiros. Como não o fez, foi severamente torturado por um longo período e depois morto por decapitação, no dia 16 de setembro de 1846 em Seul, Coréia.

Na mesma ocasião, foram martirizados cento e três homens, mulheres, velhos e crianças, sacerdotes e leigos, ricos e pobres. De nada adiantou, pois a jovem Igreja coreana floresceu com os seus mártires. Em 1984, o papa João Paulo II, cercado de uma grande multidão de cristãos coreanos, canonizou santo André Kim Taegon e seus companheiros, determinando o dia 20 de setembro para a celebração litúrgica.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

domingo, 19 de setembro de 2021

5 MITOS SOBRE A SANTA INQUISIÇÃO (Parte 1/6)

Apologistas da Fé Católica

5 MITOS SOBRE A SANTA INQUISIÇÃO

Texto da phd em História Medieval, Dra. Marian Horvat

Introdução

Para a sensibilidade do século XX, falar de “Santa” e “Inquisição” na mesma frase parece uma contradição. Nunca houve um assunto tão escrito – ou calado – como a Santa Inquisição. A mentalidade moderna tem uma dificuldade natural na compreensão de uma instituição como a Inquisição, porque o processo inquisitorial não foi baseado em doutrinas liberais, tais como a liberdade de pensamento que se tornou central na cultura ocidental no século 18. A mente moderna tem dificuldade em compreender a crença religiosa como algo objetivo, fora do âmbito do julgamento privado livre. A mente moderna não consegue ver a Igreja Católica como uma sociedade perfeita e soberana, onde a ortodoxia deve ser mantida a qualquer custo.

A intolerância religiosa não é um produto exclusivo da Idade Média: em todos os lugares e sempre, no passado, homens incrédulos perturbavam o bem comum e a paz pública tanto quanto causavam dissensões religiosas e conflitos. Na Idade Média, tornou-se aceito que o tipo mais grave de crise foi o que ameaçava a unidade e a segurança da Igreja Latina, e não proceder contra os hereges com todos os meios à disposição da sociedade cristã, não só era tola, mas uma traição ao próprio Cristo. O conceito moderno do Estado secular, neutro em relação a todas as religiões, teria chocado a mente medieval.
Os homens modernos experimentam dificuldade em compreender esta instituição, porque eles perderam de vista três fatos. Primeiro de tudo, eles deixaram de compreender a crença religiosa como algo objetivo, como um dom de Deus e, portanto, fora do âmbito do julgamento privado livre. Em segundo lugar, já não veem na Igreja uma sociedade perfeita e soberana, baseada substancialmente em uma pura e autêntica revelação, cujo primeiro e mais importante dever deve ser de naturalmente manter imaculado este original depósito da fé. Que a ortodoxia deveria ser mantida a qualquer custo parecia evidente para a mente medieval. A heresia, uma vez que afetava a alma, era um crime mais perigoso do que o assassinato, uma vez que a vida eterna da alma valia muito mais do que a vida mortal da carne.

Finalmente, o homem moderno perdeu de vista uma sociedade em que a Igreja e o Estado constituem uma forma de governo coeso. A autoridade espiritual estava inseparavelmente entrelaçada com a secular da mesma forma que a alma se une com o corpo. Dividir os dois em compartimentos separados teria sido impensável. O Estado não pode ser indiferente sobre o bem-estar espiritual em seus assuntos sem ser culpado de traição ao seu primeiro Soberano, Nosso Senhor Jesus Cristo. Antes da revolução religiosa do século 16, esses pontos de vista eram comuns a todos os cristãos.

Como observa William Thomas Walsh em Caracteres da Inquisição, a supressão positiva da heresia pelas autoridades eclesiásticas e civis na sociedade cristã é tão antiga como o monoteísmo em si. (Em nome da religião, Moisés matou muito mais pessoas do que Torquemada condenou). No entanto, a Inquisição, por si só, como um tribunal eclesiástico distinto, é de origem muito mais tardia. Historicamente, operada como uma fase no crescimento da legislação eclesiástica que adaptou determinados elementos do procedimento legal romano. Em seu próprio tempo, ela certamente não teria sido entendida como ela é apresentada hoje. Pois, como Edward Peters aponta tão bem em seu marco estudo sobre a Inquisição, “Inquisition”, a lenda da inquisição foi uma “invenção” das disputas religiosas e conflitos políticos do século 16.
Mais tarde foi adaptado para as causas de tolerância religiosa e da iluminação filosófica e política nos séculos 17 e 18. Este processo, que sempre foi anticatólico e, geralmente, anti-espanhol, tornou-se universalizado. Assim, eventualmente, a Inquisição tornou-se representante de todas as religiões repressivas que se opunham a liberdade de consciência, liberdade política e esclarecimento filosófico.

Fonte: https://apologistasdafecatolica.wordpress.com/

Nossa missão comum é proteger os filhos de Deus: mensagem do Papa à Conferência de Varsóvia

Reconhecer nossos erros e nossos fracassos - Papa Francisco | Vatican News

O Papa Francisco enviou neste sábado uma mensagem em vídeo à Conferência internacional sobre a proteção de menores e adultos vulneráveis ​​para as Igrejas da Europa Central e Oriental que se realiza na Polônia de 19 a 22 de setembro. Organizado pela Pontifícia Comissão para a Proteção de Menores e pela Conferência Episcopal da Polônia, o encontro contará com a participação de representantes de episcopados, ordens religiosas e profissionais leigos de 20 países.

Gabriela Ceraso – Cidade do Vaticano

A crise dos abusos sexuais perpetrados por membros da Igreja é um “transtorno muito grave" para a qual se buscam respostas adequadas a partir da escuta humilde das vítimas, da procura da verdade e do pedido de perdão.

O Papa retoma deste compromisso e do caminho que dele derivou por anos, a mensagem que dirige neste sábado àqueles que se preparam para participar, de 19 a 22 de setembro, em Varsóvia, da Conferência Internacional sobre a Proteção dos Menores e de Adultos Vulneráveis ​​para as Igrejas da Europa Central e Oriental. A mensagem em vídeo será apresentada na abertura dos trabalhos.

Organizada pela Pontifícia Comissão para a Proteção de Menores e pela Conferência Episcopal polonesa, o encontro reunirá bispos, sacerdotes, superiores de congregações religiosas masculinas e femininas, psicoterapeutas e especialistas leigos para discutir o tema "Nossa missão comum de proteger os filhos de Deus."

Somente a verdade e o perdão restabelecem a confiança

Vocês não são os primeiros a dar "esses passos necessários" e é "improvável" que sejam os últimos "nestes tempos difíceis", mas certamente "vocês não estarão sozinhos”. Ao assegurar sua proximidade aos trabalhos que terão início neste domingo, 19, o Papa reitera a prioridade no caminho de reação à chaga dos abusos, que já havia emergido em Roma na Cúpula dos líderes das Conferências Episcopais do mundo em fevereiro de 2019.

Francisco cita o discurso de dois anos atrás e o encorajamento então expressado de que "o bem das vítimas" não seja colocado de lado em favor da mal-entendida preocupação pela reputação da Igreja como instituição. Pelo contrário - diz hoje o Papa - só enfrentando a verdade destes comportamentos cruéis e buscando humildemente o perdão das vítimas e sobreviventes, a Igreja poderá encontrar o seu caminho para ser novamente considerada com confiança um lugar de acolhimento e segurança para os necessitados”.

Uma reforma concreta que ouça o apelo das vítimas

O abuso de menores nos círculos eclesiásticos em todo o mundo lançou uma sombra sobre a coerência e a sinceridade da Igreja, e para recuperar isso são necessárias expressões de contrição que se transformem em um “caminho de reforma” em termos de prevenção e de certeza de uma mudança real e confiável”. Neste sentido, o reiterado apelo à Conferência de Varsóvia.

Encorajo-vos a ouvir o apelo das vítimas e a comprometer-vos - uns com os outros e com a sociedade no sentido mais amplo - nestas importantes discussões, pois realmente dizem respeito ao futuro da Igreja na Europa Central e Oriental, não somente o futuro da Igreja, também o coração do cristão, dizem respeito à nossa responsabilidade.

Erros e fracassos podem abrir novos horizontes

O que aconteceu certamente representa um erro e um fracasso, mas não só. Na mensagem em vídeo, o Papa destaca que “reconhecer nossos erros e nossos fracassos pode nos fazer sentir vulneráveis ​​e frágeis, é certo. Mas também pode representar um tempo de graça esplêndida, um tempo de esvaziamento, que abre novos horizontes de amor e serviço mútuo."

Ser humildes instrumentos do Senhor

Se reconhecermos nossos erros, não teremos nada a temer, porque será o próprio Senhor quem nos terá conduzido até aquele ponto.

Por fim, citando a frase de Abraham Lincoln, décimo sexto presidente dos Estados Unidos da América - 'Sem malícia para com ninguém e com caridade para com todos -, o Papa indica a atitude com a qual trabalhar juntos, bispos, religiosos, leigos e vítimas para enfrentar os "desafios comuns":

Exorto-vos a serem humildes instrumentos do Senhor, a serviço das vítimas de abusos, vendo-as como companheiras e protagonistas de um futuro comum, aprendendo uns com os outros a se tornar mais fiéis e resilientes para que, juntos, possamos enfrentar os desafios futuros. 

Fonte: https://www.vaticannews.va/

O Milagre de São Januário

Editora Cléofas
Por Prof. Felipe Aquino

Todos os anos, desde de 1389, durante a comemoração da festa de São Januário, acontece o milagre da liquefação do seu sangue coagulado, que se repete diante de milhares de fiéis que se reúnem todos os anos no dia 19 de setembro, em torno da Capela do Tesouro da Catedral de Nápoles, Itália. Esta relíquia está conservada em dois frascos. O milagre é atestado por mais de 5000 processos verbais. No milagre da liquefação do sangue do mártir, este perde peso e aumenta de volume.

Montesquieu, que assistiu a duas liquefações em 1728 disse: “Posso declarar que o milagre de São Januário não é fraude; os padres estão de boa fé”. Em 15 de setembro de 1902, o conteúdo das ampolas foi submetido a exame eletroscópico diante de testemunhas. O cientista Sperindeo que realizou a experiência, disse: “Vi aparecer por trás da linha D, a faixa escura característica do sangue, e entre as duas uma zona clara”. Não há dúvida de que se trata de sangue humano.

São Januário foi martirizado e morto dia 19 de setembro de 305 d.C., na terrível e última perseguição romana do imperador Diocleciano, ante de Constantino acabar com elas. Ele era bispo de Benevento. São Januário foi martirizado com muitos outros cristãos em Pozzuoli, jogados às feras no anfiteatro da cidade. Como as feras não o atacaram, o governador ordenou que fosse morto pela espada, juntamente com o diácono Sósio, Próculo, Festo, Desidério, Eutiquio e Acúrcio. Os cristão, segundo o costume, recolheram um pouco do sangue dos mártires e os colocaram em algumas ampolas. Os restos mortais de São Januário foram sepultados em Nápoles, comprovados pela arqueologia, inclusive com uma pintura de São Januário, do século V.

Todos os anos, neste dia, a ampola com o sangue coagulado é apresentada à multidão pelo arcebispo da Cidade, cardeal Crescenzio Sepe junto com o prefeito de Nápoles.

Existe ainda no santuário o Busto-relicário de prata de São Januário sobre o altar da Catedral de Nápoles que, segundo a tradição, contém o crânio do mártir.

Este milagre maravilhoso acontece também em outros dias do ano, além do dia 19 de setembro; ocorre também em maio, mês dedicado à Virgem Maria e em 16 de dezembro. No dia 16 de dezembro houve um milagre atribuído a São Januário. Em 1631, Vesúvio, um enorme vulcão que fica perto de Nápoles e que no ano 70 destruiu as cidades de Herculano e Pompeia, entrou em erupção. Era algo assustador e que o povo temia.

Então, a Igreja de Nápoles realizou uma procissão levando a cabeça (crânio) do mártir e uma ampola com sangue sagrado até a Igreja de Santa Catarina, em Formiello, perto do vulcão que começava a erupção. Esta cessou imediatamente e o rio de lava e a chuva de cinzas foram cessaram e não houve nenhuma vítima.

Em 4 de maio de 1799, primeiro sábado do mês, o Vesúvio entrou novamente em erupção, Nápoles estava agitada politicamente por causa da implantação da República no lugar da monarquia. Neste primeiro sábado do mês, foi organizada uma procissão para São Januário. Neste dia aconteceu o milagre da liquefação do sangue do mártir.

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF