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sábado, 27 de agosto de 2022

A estátua da Virgem Maria que ajuda a regular o trânsito

© V. S.
Por Anna Ashkova

Perto de Alençon, na região de Orne (França), um homem colocou uma estátua de Nossa Senhora das Dores em frente da sua casa por uma razão muito importante.

Desde Maio, uma estátua de Nossa Senhora das Dores tem estado a vigiar os motoristas em Saint-Paterne (França). Ao contrário do que se poderia pensar, não é a entrada de um oratório ou capela. É simplesmente uma estátua da Virgem Maria, cujo objetivo é proteger a casa do seu proprietário, Vincent Sagot, mas também os motoristas e habitantes desta pequena vila.

“Depois de me mudar para cá em Janeiro de 2022, quis decorar a minha casa. A minha entrada estava vazia, e uma colega falou-me de uma estátua de um anjo que ela tinha instalado em sua casa, e eu pensei que poderia fazer o mesmo”, explica o homem de 50 anos.

Então ele estava a navegar em websites de decoração exterior à procura do famoso anjo, quando de repente uma página abriu por acaso: “Deparei-me com esta estátua e soube que tinha de comprá-la. Era como se a própria Virgem Maria me pedisse para instalar a imagem à entrada da minha casa”, diz ele.

© V. S.

Se a presença da imagem era originalmente um símbolo de decoração, então de proteção da sua propriedade e da sua casa, este morador da pequena vila estava longe de suspeitar que a sua influência teria um efeito sobre o mundo exterior.

“Vivo numa estrada com muitas curvas perigosas. Os carros conduzem a alta velocidade. Desde que a Virgem Maria foi instalada na beira da estrada, o trânsito melhorou. Os condutores diminuem a velocidade”, diz Vincent Sagot.

Acesa por lâmpadas elétricas à noite, a Mãe de Deus também atrai quem passa por ali caminhando. “Alguns param diante dela para rezar. Não me oponho a isso. É bonito que as pessoas se dirijam à Virgem Maria”, diz.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Um cardeal Franciscano e de Francisco

Dom Leonardo Ulrich Steiner - Arcebispo de Manaus | Vatican News

Pela primeira vez na história, um bispo da Amazônia terá uma vaga no Colégio Cardinalício.

Padre Modino - CELAM

No dia 29 de maio, os primeiros raios de sol em Manaus traziam uma notícia que foi motivo de surpresa para muita gente. Na verdade, conhecendo a lógica do Papa Francisco, a escolha de um cardeal da Amazônia era algo esperado. Ele é um Papa que gosta de ter por perto àqueles que vivem nas periferias, pois é lá onde ele encontra as luzes para seu pontificado.

Foi nesse dia que, mais uma vez sem avisar ninguém, o Papa Francisco convocou um novo consistório, que será realizado neste sábado, 27 de agosto, na Basílica de São Pedro. Entre os novos purpurados estará o Arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Ulrich Steiner, a quem muitos já chamam o cardeal da Amazônia ou o cardeal da floresta.

A indicação de dom Leonardo é mais um exemplo do que tem acontecido em todos os consistórios convocados até agora pelo Papa Francisco, onde sempre aparecem bispos de lugares desconhecidos e que nunca tiveram um representante dentro do Colégio Cardinalício.

Pela primeira vez na história, um bispo da Amazônia terá uma vaga no Colégio Cardinalício. Desde o primeiro momento, Dom Leonardo deixou claro que sua nomeação não era algo que fizesse referência exclusiva a sua pessoa, e sim um serviço que assumia em nome da Igreja e dos povos da Amazônia. Uma região, uns povos e uma Igreja que ocupam um lugar importante no coração do Papa Francisco, que convocou um Sínodo para a Amazônia que está mudando a história da Igreja universal.

Dom Leonardo durante entrevista na Rádio Vaticano | Vatican News

Dom Leonardo é franciscano, a ordem fundada pelo Santo de Assis, que viveu e deixou como carisma o amor aos pobres e à Irmã Mãe Terra, algo que desde o início de seu pontificado foi assumido pelo primeiro Papa que assumiu o nome de Francisco. O Papa Bergoglio é um jesuíta com coração franciscano, grande amigo do Cardeal Hummes, o franciscano recentemente falecido, que dedicou os últimos anos de sua vida à Amazônia.

Nos primeiros dias como Bispo de Roma, o Papa Francisco afirmou que ele gostaria de uma Igreja pobre e para os pobres, e sua primeira encíclica, Laudato Si´, pode ser considerada uma atualização do vivido e defendido pelo Santo de Assis oito séculos atrás. São princípios que guiam a vida do novo cardeal, quem acostuma se encontrar e distribuir alimentos para os moradores de rua de Manaus. Um arcebispo que apoia decididamente o trabalho com os povos indígenas e as comunidades ribeirinhas, que denuncia os graves impactos que sofre o bioma amazônico, em consequência da falta de respeito pelas leis e princípios ambientais.

A criação de dom Leonardo como cardeal é motivo de alegria, mas também de esperança, pois a Amazônia terá mais alguém entre os colaboradores mais próximos do Santo Padre. O colégio cardinalício contará com uma voz que, como já está fazendo desde que assumiu o pastoreio da Igreja de Manaus, vai defender a vida que se faz presente de modos tão diferentes na Querida Amazônia.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

“Autoajuda ou ajuda do Alto?” (2): Considerando as dificuldades financeiras

Deus Pai | Guadium Press
“Cumpre, pois, não se afligir; ocupando-se embora razoavelmente de seus afazeres, não se deixar dominar pela angústia de sombrias perspectivas de futuro, e contar, sem hesitações, com o socorro da Providência”.

Redação (26/08/2022 09:52Gaudium Press) Costuma-se dizer que o dinheiro é um excelente servo, mas um péssimo senhor. Ai daqueles que fazem do dinheiro a causa última de sua existência! Entretanto, precisamos gerir nossas necessidades, e muitas vezes nos deparamos com uma inclemente dificuldade financeira em nossos caminhos… A este propósito, o Pe. Thomas de Saint-Laurent, em “O Livro da Confiança”, tece um comentário muito elucidativo:

Deus provê às nossas necessidades‘Não vos inquieteis’, diz o Senhor. Qual será o sentido exato desse conselho?… Deveremos, para obedecer à direção do Mestre, negligenciar completamente os negócios temporais?… Não duvidamos de que a Graça peça, às vezes, a certas almas, o sacrifício de uma pobreza estrita e de um total abandono à Providência.

O Espírito Santo louva a mulher forte que soube governar bem a sua casa. Ele no-la mostra, no Livro dos Provérbios, acordando bem cedo para distribuir aos criados a tarefa quotidiana e trabalhando também com suas próprias mãos. Nada escapa à sua vigilância. Os seus nada têm a temer: acharão todos, graças à sua previdência, o necessário, o agradável e, até, certo luxo moderado. Seus filhos a proclamam bem aventurada, e seu marido exalta-lhe as virtudes (Cf. Pr 21, 10-28).

A Verdade não teria louvado tão calorosamente essa mulher, se ela não houvesse cumprido o seu dever. Cumpre, pois, não se afligir; ocupando-se embora razoavelmente de seus afazeres, não se deixar dominar pela angústia de sombrias perspectivas de futuro, e contar, sem hesitações, com o socorro da Providência. Nada de ilusões!… Uma confiança assim pede grande força de alma. Temos que evitar um duplo escolho: a falta e a demasia. Aquele que, por negligência, se desinteressa de suas obrigações e de seus negócios, não pode, sem tentar a Deus, esperar um auxílio excepcional. Aquele que dá às preocupações materiais o primeiro lugar das suas cogitações, aquele que conta mais consigo do que com Deus, engana-se ainda mais crassamente; rouba assim ao Altíssimo o lugar que Lhe compete em nossa vida.”

Por Afonso Costa

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Santa Mônica

Santa MÔnica | arquisp
27 de agosto

Santa Mônica

Viúva (332-287)

Mônica nasceu em Tagaste, atual Argélia, na África, no ano 332, no seio de uma família cristã. Desde muito cedo dedicou sua vida a ajudar os pobres, que visitava com freqüência, levando o conforto por meio da Palavra de Deus. Teve uma vida muito difícil. O marido era um jovem pagão muito rude, de nome Patrício, que a maltratava. Mônica suportou tudo em silêncio e mansidão. Encontrava o consolo nas orações que elevava a Cristo e à Virgem Maria pela conversão do esposo. E Deus recompensou sua dedicação, pois ela pôde assistir ao batismo do marido, que se converteu sinceramente um ano antes de morrer.

Tiveram dois filhos, Agostinho e Navígio, e uma filha, Perpétua, que se tornou religiosa. Porém Agostinho foi sua grande preocupação, motivo de amarguras e muitas lágrimas. Mesmo dando bons conselhos e educando o filho nos princípios da religião cristã, a vivacidade, inconstância e o espírito de insubordinação de Agostinho fizeram que a sábia mãe adiasse o seu batismo, com receio que ele profanasse o sacramento.

E teria acontecido, porque Agostinho, aos dezesseis anos, saindo de casa para continuar os estudos, tomou o caminho dos vícios. O coração de Mônica sofria muito com as notícias dos desmandos do filho e por isso redobrava as orações e penitências. Certa vez, ela foi pedir os conselhos do bispo, que a consolou dizendo: "Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas".

Agostinho tornou-se um brilhante professor de retórica em Cartago. Mas, procurando fugir da vigilância da mãe aflita, às escondidas embarcou em um navio para Roma, e depois para Milão, onde conseguiu o cargo de professor oficial de retórica.

Mônica, desejando a todo custo ver a recuperação do filho, viajou também para Milão, onde, aos poucos, terminou seu sofrimento. Isso porque Agostinho, no início por curiosidade e retórica, depois por interesse espiritual, tinha se tornado freqüentador dos envolventes sermões de santo Ambrósio. Foi assim que Agostinho se converteu e recebeu o batismo, junto com seu filho Adeodato. Assim, Mônica colhia os frutos de suas orações e de suas lágrimas.

Mãe e filho decidiram voltar para a terra natal, mas, chegando ao porto de Óstia, perto de Roma, Mônica adoeceu e logo depois faleceu. Era 27 de agosto de 387 e ela tinha cinqüenta e seis anos.

O papa Alexandre III confirmou o tradicional culto a santa Mônica, em 1153, quando a proclamou Padroeira das Mães Cristãs. A sua festa deve ser celebrada no mesmo dia em que morreu. O seu corpo, venerado durante séculos na igreja de Santa Áurea, em Óstia, em 1430 foi trasladado para Roma e depositado na igreja de Santo Agostinho.
Uma de suas frases: "Nada está longe de Deus".

Fonte: Os santos e os beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente, Mario Sgarbossa, Paulinas.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

Hoje o Consistório com Francisco: 20 novas púrpuras e 2 Santos para a Igreja

Imagem do Consistório em 29/11/2020  (Vatican Media)

Na tarde deste sábado, o Papa impõe o barrete vermelhos nos pastores provenientes dos cinco continentes. Ao final do rito de criação dos novos cardeais, o voto para a canonização do fundador dos scalabrinianos, João Batista Scalabrini, e do leigo salesiano, Artêmides Zatti. Nos dias 29 e 30 de agosto, o encontro sobre o Praedicate Evangelium.

Salvatore Cernuzio - Cidade do Vaticano

Velhas e novas púrpuras de todos os cantos do globo se encontram neste sábado, 27 de agosto, em Roma, para o oitavo Consistório do Papa Francisco, que cria 20 novos cardeais, dos quais 16 têm menos de oitenta anos, portanto, eleitores em um futuro Conclave, e quatro não eleitores, tendo ultrapassado limite de idade para tal.

Trata-se de um Consistório universal, com pastores provenientes dos cinco continentes. Um Consistório também "misto", que verá a criação de 20 novos cardeais e junto a votação das causas de canonização de dois beatos. Um Consistório, celebrado em um período inusitado como agosto, que não se conclui em uma única cerimônia, mas, idealmente, prossegue outros dois dias, na próxima semana, com o encontro de reflexão e aprofundamento da Praedicate Evangelium, a Constituição Apostólica que reforma o Cúria.

O Consistório de 2020 | Vatican News

O rito de criação dos novos cardeais

O rito durante o qual o Papa imporá o barrete vermelho aos novos cardeais, entregará o anel e atribuirá o Título ou Diaconia, será realizado à tarde, às 16h (horário de Roma) na Basílica de São Pedro. Começará com o canto de "Tu es Petrus" e as palavras de agradecimento ao Santo Padre pelo primeiro cardeal da lista. Em seguida, o Papa pronunciará a fórmula para a criação dos novos purpurados, que jurarão fidelidade e obediência ao Pontífice e seus sucessores "até o derramamento de sangue". Um a um eles se aproximarão da sede do Papa para receber os símbolos do cardinalato de joelhos: solidéu vermelho, barrete, anel, a bula com a atribuição do Título/Diaconia. Todos receberão o abraço da paz de Francisco, um gesto repetido logo depois pelo cardeal decano, o primeiro dos cardeais presbíteros e o primeiro dos diáconos, representando todo o Colégio dos Cardeais.

A votação das canonizações

O rito de criação deste sábado será seguido pelo Consistório público ordinário para o voto de canonização do Beato João Batista Scalabrini, bispo de Piacenza, fundador da Congregação dos Missionários de São Carlos e da Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo, mais conhecido como Scalabrinianos, e Artêmides Zatti, leigo professo dos Salesianos.

O cardeal Marcello Semeraro, prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, lerá a Peroratio e apresentará brevemente as biografias dos Beatos. Em seguida, o Papa expressará a avaliação dos votos e anunciará o dia das canonizações. No final, ele sairá da Basílica pela Porta de oração com os novos cardeais, para provavelmente ir - como tem acontecido todos os anos até agora - ao Mosteiro Mater Ecclesiae nos Jardins do Vaticano, para visitar e saudar o Papa emérito Bento XVI.

As "visitas de calor"

Das 18h às 20h, os novos cardeais saudarão os fiéis de Roma e dos países de origem nas chamadas "visite del calore" na Sala Paulo VI e nos "curiais" no Palácio Apostólico. Todos juntos, na segunda e terça-feira dos dias 29 e 30 de agosto, se reunirão para os dois dias de estudo da Praedicate Evangelium, selado, na terça-feira às 17h30, com a Missa do Pontífice sempre na Basílica de São Pedro.

Cardeais durante Consistório | Vatican News
Cardeais durante Consistório | Vatican News

Os nomes dos novos cardeais foram anunciados pelo Papa da janela do Palácio Apostólico durante o Angelus de 29 de maio, junto com o pedido de rezar por eles "para que, confirmando sua adesão a Cristo, possam me ajudar no meu ministério como Bispo de Roma para o bem de todo o santo povo fiel de Deus”.

A lista de nomes confirmou o duplo critério que animava os sete Consistórios anteriores do pontificado de Jorge Mario Bergoglio. O da internacionalidade, com especial atenção ao Sul do mundo, e a superação das cadeiras outrora tradicionalmente consideradas "cardinalícias", com predileção pelas periferias, ou seja, os territórios fronteiriços que historicamente nunca viram um cardeal.

Em todos os lugares do mundo

Além dos três primeiros nomes curiais, previsíveis para o cargo, que são os prefeitos dos Dicastérios do Culto Divino e do Clero, juntamente com o presidente do Governatorato, a lista inclui origens da Europa, seis novos cardeais da Ásia, dois da África, um da América do Norte e quatro da América Central e Latina.

Quatro novos países estarão representados neste contexto: Mongólia, Paraguai, Singapura e Timor Leste. Além disso, há 7 religiosos, dos quais 5 são eleitores e 2 não eleitores. Assim, 3 novas famílias religiosas ingressam no colégio cardinalício: os eudistas, o Istituto Missioni Consolata e os legionários de Cristo. Os mais numerosos no Colégio dos Cardeais são os Salesianos, 10.

O caso do bispo van Looy

No anúncio no Angelus de maio havia 21 nomes listados pelo Papa: entre os mais de 80 - ou seja, aqueles que não poderão votar em um futuro Conclave, mas que recebem a púrpura como sinal de agradecimento pelo serviço realizado na Igreja - também incluiu Dom Luc Van Looy, bispo emérito de Ghent, na Bélgica.

O prelado, menos de vinte dias após o anúncio do Papa, pediu para ser exonerado do cardinalato devido à polêmica causada por sua nomeação. Van Looy é de fato acusado por associações de vítimas de abuso sexual por parte do clero, de não ter agido de forma incisiva no passado diante de tais crimes. E o próprio Dom Van Looy, para evitar que os sobreviventes sofressem novas feridas, havia apresentado este pedido ao Papa que o aceitou em junho passado.

O barrete cardinalício | Vatican News

Os nomes dos novos cardeais:

1.  Arthur Roche, prefeito da Congregação para o Culto Divino;

2.  Lazzaro You Heung-sik, prefeito da Congregação para o Clero;

3.  Fernando Vérgez Alzaga, presidente da Pontifícia Comissão para o Estado da Cidade do Vaticano e o Governatorato.

4.  Jean-Marc Avelin, arcebispo de Marselha;

5.  Peter Ebere Okpaleke, bispo de Ekwulobia, Nigéria;

6.  Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus, Amazônas;

7.  Filipe Neri António Sebastião do Rosário Ferrão, arcebispo de Goa e Damão, Índia;

8.  Robert W. McElroy, bispo de San Diego, EUA;

9.  Virgílio do Carmo da Silva; arcebispo de Timor Leste;

10. Oscar Cantoni, bispo de Como, Itália;

11. Anthony Poola, arcebispo de Hyderabad, Índia;

12. Paulo César Costa, arcebispo de Brasília;

13. Richard Kuuia Baawobr, arcebispo de Wa, Gana;

14.William Seng Chye Goh; arcebispo de Cingapura;

15. Adalberto Martínez Flores; arcebispo de Assunção, Paraguai;

16. Giorgio Marengo, missionário da Consolata e Prefeito apostólico de Ulan Bator, capital da Mongólia. Este purpurado tem 48 anos é o membro mais jovem do Colégio Cardinalício.

Novos Cardeais com mais 80 anos:

17. Jorge Enrique Jiménez Carvajal, arcebispo emérito de Cartagena (Colômbia);

18. Arrigo Miglio, arcebispo emérito de Cagliari, Itália;

19. Padre Gianfranco Ghirlanda, jesuíta, canonista e ex-reitor da Pontifícia Universidade Gregoriana;

20. Dom Fortunato Frezza, cônego de São Pedro no Vaticano.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Meditações sobre a Ressurreição (Parte IV)

Ressuscitou | Com. Cat. Shalom

4. RESGATANDO SÃO TOMÉ

Coração valente

São Tomé é uma figura que costuma ser apresentada como símbolo do ceticismo: Já há até uma frase feita: “Ver para crer, como Tomé”. E, no entanto, Tomé é um dos personagens mais comoventes do Evangelho. Vamos procurar compreender, nesta meditação, que, em boa parte, Tomé é um injustiçado. Como é que era mesmo Tomé na realidade? Que nos diz dele o Evangelho?

Para começar o “resgate” de Tomé (que resgata os bons exemplos que nos dá), é preciso dizer que, dele, sabemos uma coisa certa, e é que foi um dos idealistas que, deixando todas as coisas, seguiram Jesus. Portanto, confiava em Jesus, acreditava nele – senão, não teria largado tudo e apostado nele – ; além disso, tinha-lhe amor, pois ninguém se entrega nas mãos de uma pessoa que lhe é indiferente; e era generoso.

Logicamente era humano, e, portanto, tinha fraquezas como aliás todos os Apóstolos, como todos nós. Mas, antes da Paixão de Jesus, o Evangelho mais nos mostra nele fortaleza que fraqueza. Refiro-me àqueles momentos críticos – pouco antes da Paixão – , em que Jesus já era perseguido de morte em Jerusalém e teve de retirar-se para além do Jordão, juntamente com os Apóstolos, porque ainda não tinha chegado a sua hora.  O que lá aconteceu é tocante…

Naquele lugar retirado, Jesus recebeu o recado de Marta e Maria, pedindo-lhe que fosse de novo a Jerusalém (a Betânia, pertíssimo de Jerusalém), porque seu irmão Lázaro estava muito doente: Senhor, aquele que amas está enfermo. Jesus, no entanto, deixou-se ficar ali ainda dois dias. Mas, de repente, disse: Voltemos para a Judéia. Isso assustou os discípulos: Mestre – disseram-lhe –, há pouco os judeus te queriam apedrejar, e voltas para lá? Jesus não ligou, e disse-lhes abertamente que Lázaro já tinha morrido, mas –acrescentou – vamos a ele. Todos ficaram gelados, pensando que aquilo era pôr-se na boca do lobo…

Todos menos um! Tomé! Só ele, cheio de coragem, foi capaz de dizer aos seus condiscípulos: Vamos também nós, e morramos com ele! Estava disposto a morrer com Jesus, por Jesus. Como vemos, no coração de Tomé não há nada de covardia, nem de dúvidas, nem de vacilações.

Coração sincero

E ainda há um outro traço do caráter de Tomé que o Evangelho põe em relevo.Tomé era um homem que era sincero e gostava da objetividade. Não era daquele tipo de homens que são “objetivos” só para pôr dificuldades, tirar o corpo e dizer que não dá (“sou realista”, dizem, e, na realidade, são pessimistas ou comodistas). Ele gostava da objetividade para entender melhor as coisas e, assim, poder agir melhor e resolver melhor os assuntos. Isso não diminuía nem um pouco a fé que tinha em Jesus. Tomé unia a fé ao realismo, um binômio excelente em si mesmo…, mas que pode desequilibrar-se, e então se torna perigoso (como logo veremos). É algo que fica bem claro na Última Ceia.

Naquela noite da Quinta-feira Santa, Jesus estava despedindo-se dos seus discípulos, e consolava-os com infinita ternura dizendo-lhes: Não se perturbe o vosso coração. Na casa de meu Pai há muitas moradas …; vou preparar-vos um lugar. Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo… E vós conheceis o caminho para onde eu vou. Neste ponto interveio Tomé, com a sua franqueza um pouco brusca, mas cheia de confiança em Jesus:  Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos saber o caminho?  Jesus não levou a mal essa pergunta nem a achou indelicada. Ao contrário, tomou pé dela para dizer umas palavras que ficarão para sempre gravadas no coração do cristão: Jesus respondeu-lhe: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vai ao Pai senão por mim”.

Mas houve um outro momento crucial, em que esse realismo franco de Tomé… espanou. Foi após os acontecimentos perturbadores da Paixão, quando Jesus já havia ressuscitado (e daí vem a “má fama” de Tomé).

Lembremos o que aconteceu. Na tarde do domingo de Páscoa, em que Jesus apareceu aos Apóstolos no Cenáculo, Tomé – diz o Evangelho – não estava com eles. Ou seja, não viu Jesus. Provavelmente, chegou bem mais tarde, naquela noite, ou então só voltou à casa no dia seguinte. Podemos imaginar que chegou ao Cenáculo triste, com olheiras de pouco dormir e o ricto amargo na boca de muito sofrer. Pois bem, mal acabava de subir a escada até o segundo andar – a sala de cima –, quando os outros que lá estavam se lhe atiraram em cima, agitadíssimos, dizendo: Vimos o Senhor!

Pobre Tomé! Aquela enxurrada de entusiasmo, totalmente inesperada, caiu-lhe como um golpe de malho na cabeça. Deixou-o atordoado. Eu o imagino de olhos arregalados, assustado com a estranha euforia dos outros, balbuciando: “Estão loucos! Vocês perderam o juízo?” E o bom Tomé, o sofrido Tomé, o franco Tomé, de repente embirrou. A sua tendência para o realismo e a objetividade saiu dos eixos, extrapolou em casmurrice e desequilibrou-se: Mas ele replicou-lhes: Se não vir nas suas mãos o sinal dos pregos, e não puser o meu dedo no lugar dos pregos, e não introduzir a minha mão no seu lado, não acreditarei! Emburrou, e não havia modo de fazê-lo sair atitude fechada.

O amor que faz duvidar

Vemos nessa atitude só um defeito? Será que não poderíamos pensar que era tão grande o carinho de Tomé por Jesus, que não aguentava pensar sequer na possibilidade de que houvesse um engano? Não tinha coragem para deixar que a sua esperança subisse a mil por hora como um foguete, na crença de que Jesus vivia, para depois cair vertiginosamente e espatifar-se no chão, na decepção. E se tudo não passasse de histeria dos amigos? Não esqueçamos que, às vezes, a alegria dá medo. Temos tanto receio de embarcar numa alegria grande que depois nos possa decepcionar! Por isso, quando desejamos muito, muito mesmo, uma coisa que nos promete enorme alegria, temos a tendência instintiva de começar a pensar nas coisas “ruins” que poderão acontecer: vai surgir um imprevisto, vai falhar na última hora, vou chegar atrasado, não vai dar certo…

Isso pode explicar a reação negativa de Tomé. No entanto, é preciso reconhecer que houve mesmo uma falha. De fato, Jesus teve de corrigi-lo… E, do erro dele, nosso Senhor quis que nós aprendêssemos. Ele sempre tira o bem de tudo, mesmo do mal.

Em que consistiu seu erro? Naquela hora decisiva, faltaram-lhe a fé e a esperança sobrenaturais. Tomé quis ser tão realista, tão terra-a-terra – para se garantir – , que só ficou vendo o que tinha debaixo dos pés e na ponta do nariz. Isto é o que acontece com todos os que se chamam a si mesmos “realistas”, gente de “pé no chão”, “experientes” e “conhecedores da vida” …, e se esquecem de que a coisa mais “realista” que há no mundo é a presença viva de Deus, o seu poder e a sua ação amorosa… e muitas vezes inesperada e desconcertante.

Um realismo que se torna pessimismo

É interessante observar que todos os pessimistas se chamam a si mesmos realistas e desprezam os “sonhadores” (assim chamam aos que vivem da fé), como se fossem ingênuos ou tolos. Felizmente, nós cremos no Deus da esperança, e por isso somos necessariamente otimistas.

Cristo quer, sem dúvida, que vivamos uma vida realista, mas contando com o “fator” mais real de todos, que é Ele e a força assombrosa do seu amor e da fidelidade às suas promessas. Assim o expressa, de maneira maravilhosa, a Carta aos Hebreus:  A fé é o fundamento das coisas que se esperam, é uma certeza a respeito do que não se vê. Foi ela que fez a glória dos nossos antepassados. A falta desta fé no amor e nas promessas de Deus traz consigo a falta da esperança que a fé deveria gerar. Este foi o motivo da repreensão afetuosa que Jesus deu a Tomé. E deu-a com razão, pois Tomé não soube pôr toda a sua fé nas promessas anteriores de Cristo – voltarei a vós…., ao terceiro dia o Filho do homem ressuscitará… –; e não deu crédito ao testemunho dos outros Apóstolos que, por ser unânime, merecia confiança.

Mas a repreensão de Jesus, como todas as suas palavras e atos, é uma grande luz para a nossa alma. Vejamos o que diz o Evangelho:

Oito dias depois (da aparição aos Apóstolos no dia da Páscoa), estavam os seus discípulos outra vez no mesmo lugar e Tomé com eles. Estando trancadas as portas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco” … Podemos imaginar a cara de espanto do nosso Tomé… O seu coração deve ter ficado acelerado, quase que a estourar-lhe o peito, quando Jesus se dirigiu pessoalmente a ele. Depois, Jesus disse a Tomé: “Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado, e não sejas incrédulo, mas homem de fé! E, apanhando a mão de Tomé, fez como estava dizendo.

A reação de Tomé, caindo em lágrimas aos pés de Jesus, foi esplêndida: Respondeu-lhe Tomé: “Meu Senhor e meu Deus!” Ele, que tinha duvidado, acabou fazendo o maior ato de fé até então pronunciado por qualquer dos Apóstolos: um ato de fé absolutamente explícita, luminosa, na divindade de CristoMeu Deus! E Jesus encerrou a questão, pensando em nós, em todos os que haveríamos de ser os seus discípulos, no decorrer dos séculos: Creste porque me viste. Felizes aqueles que creem sem terem visto!

O lado luminoso da lição de Tomé

É como se, com as palavras que dirigiu a Tomé, Cristo nos perguntasse: “Você crê mesmo em mim?” “Você, por crer em mim, sabe esperar nas coisas que não se veem, que só se preveem com a fé, sabe esperar nas coisas que Deus quer, mas que os “realistas” chamam “impossíveis?” Vale a pena lembrar o que escreve São Paulo: Porque pela esperança é que fomos salvos. Ora, ver o objeto da esperança já não é esperança; porque o que alguém vê, como é que ainda o espera?[1]

Deus – por assim dizer – “desafia-nos” a viver de esperança, a saber esperar do seu amor coisas grandes que não vemos, coisas que nos parecem impossíveis, mas que Ele nos quer dar. Mesmo diante das maiores dificuldades, todos podemos dizer com São João:  Nós conhecemos o amor de Deus, e acreditamos nele.

O “realismo” cristão está feito de fé, de audácia e de magnanimidade. O nosso realismo é a esperança está o segredo do otimismo do cristão. É preciso que, aquecidos pela fé, pelo amor e pela esperança, saibamos apontar alto, apontar para coisas grandes, para ambições santas, e confiar plenamente em Deus. A mulher de fé, o homem de fé, confia sobretudo em dois pilares fortíssimos sobre os quais se apoia a esperança cristã: a obediência a Deus (fazer o que sabemos que Deus nos pede), e a oração (pedir com a fé com que um filho pede a um pai de cujo amor não duvida). Apoiada na obediência e na oração, a nossa esperança ficará, como diz o Livro da Sabedoria”, cheia de imortalidade.

Há alguns exemplos, no Evangelho, que ilustram tudo isto muito bem. Hoje vamos focalizar apenas um deles, que é especialmente claro e tocante.

Generosidade e esperança

Todos nos lembramos, provavelmente, da passagem do Evangelho que narra a primeira multiplicação dos pães. E talvez tenhamos presente a figura encantadora daquele menino   – de que fala São João no capítulo sexto do seu Evangelho –, que colaborou com o milagre.

Mais de cinco mil pessoas estavam certa vez em um lugar afastado, ouvindo Jesus. Passou o tempo e sentiram fome. Percebendo isso, o Senhor disse aos Apóstolos que lhes dessem de comer. Mas como poderiam fazê-lo? Não havia nem pão nem dinheiro para comprá-lo. De repente, André apareceu trazendo pela mão um garoto, que estava, ao mesmo tempo, feliz e meio encabulado: “Eu posso dar – assim deve ter falado o menino a André – cinco pães de cevada e dois peixes”. Ao vê-lo, Jesus sorriu, pegou os pães e os peixinhos, e deu a entender a todos que tudo estava resolvido. Mandou sentar na relva todo o mundo, pediu aos Apóstolos que repartissem os cinco pães e os dois peixes e … comeram todos à vontade e ainda sobraram doze cestos! Um milagre apoiado num “impossível”, numa oferenda pequena, mas cheia de amor, de generosidade…

Não é clara a mensagem? Cristo – com esse milagre – diz-nos: “Não desanime se acha que não tem meios para resolver os problemas, para sair de uma situação de pecado, para ajudar um filho ou um amigo, se acha que não tem capacidade para aliviar as necessidades de tantas pessoas que carecem de tudo e sofrem; ou para fazer apostolado; ou que não tem forças para adquirir determinadas virtudes. Tenha confiança em mim, e faça da sua parte o que puder, ainda que seja pouquinho…; mas que seja tudo o que pode mesmo, como o menino que deu tudo o que tinha. O resto – acrescenta Jesus – é comigo.

Concluindo esta meditação, não vemos que o maior e melhor realismo do mundo é ter fé e confiança em Deus? As pessoas que agem “como se Deus não existisse, ou não visse, ou não amasse” caem na e mais trágica falsificação da realidade. As pessoas que ainda não perceberam que a oração é infinitamente mais forte que a energia atômica e que o poder quase ilimitado do dinheiro, estão fora da realidade. As pessoas que não percebem que a maior garantia de que receberão os dons de Deus é obedecer a Deus – obedecendo ao seu Evangelho e à sua santa Igreja – estão fora da objetividade. Não nos deixemos dominar nunca – ainda que a nossa vida atravesse momentos muito difíceis – por uma visão acanhada e míope. Peçamos a Tomé que nos ajude a ser os “realistas da esperança”, que com certeza ele nos acudirá. Tem experiência…

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[i] São Josemaria Escrivá, Amigos de Deus, n. 313

Fonte: https://presbiteros.org.br/

Haverá três consistórios no Vaticano entre amanhã e terça

Consistório / ACI Digital

Vaticano, 26 ago. 22 / 10:57 am (ACI).- O papa Francisco celebrará três consistórios no Vaticano. Serão amanhã (27), segunda-feira (29) e terça-feira (30).  Um consistório é a reunião do Colégio dos Cardeais convocada pelo papa para ajudá-lo no governo da Igreja Católica, e também para a criação de novos cardeais.

O primeiro desses consistórios será amanhã (27), e nele serão criados 21 novos cardeais.

Dos 206 cardeais que fazem parte do Colégio dos Cardeais, o papa Francisco nomeou 92, número ao qual 21 terão de ser adicionados após o consistório de amanhã (27)

O papa Francisco vai fazer a cerimônia na basílica de São Pedro às 16h (11h no horário de Brasília), onde acontecerá a imposição do barrete, a entrega do anel e a atribuição do Título ou Diaconia a cada novo cardeal.

Assim que terminar a nomeação dos novos cardeais, acontecerá outro consistório ordinário, onde os cardeais vão dar solenidade à decisão do papa de canonizar os beatos Giovanni Battista Scalabrini e Artemide Zatti. A data da canonização também será escolhida.

Na segunda-feira (29) e terça-feira (30), será feito um consistório extraordinário, no qual todos os cardeais da Igreja Católica são chamados a participar.

Segundo a CNA, agência em inglês do grupo ACI, o papa Francisco não convoca um consistório extraordinário como este desde 2015. Naquela ocasião, o objetivo foi discutir a reforma da Cúria.

Este ano, a reforma da Cúria continua sendo a base da discussão, embora a forma de realizá-la seja totalmente diferente.

Os cardeais já têm um relatório prévio que dom Marco Mellino, secretário do Conselho dos Cardeais, apresentou aos responsáveis ​​do dicastério.

Os consistórios extraordinários anteriores incluíam um ou vários relatórios e um debate livre. No entanto, neste próximo consistório os cardeais serão divididos em grupos linguísticos, novidade que acompanha o funcionamento dos sínodos.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Ser catequista é viver, testemunhar e fazer comunhão

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz | Vatican News

Neste domingo celebramos, dentro de uma Igreja ministerial e servidora, o relevante ministério da catequese, que faz ressoar a Palavra de Deus em nossos corações e realidade para iluminá-la e transformá-la.

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz - Bispo Diocesano de Campos

Rumo ao centenário da nossa Diocese de Campos festejamos, com todos os catequistas, o jubileu dos 100 anos desta missão na planície Goytacá.

Um caminho que tem raízes na Quam Singularis que incentivou a comunhão das crianças e o Catecismo de São Pio X. Com Pio XI, 1922, ano da fundação da diocese, com a força e empenho da Ação Católica e outros movimentos laicais, a catequese ganha numerosos colaboradores que auxiliam os padres nesta nobre tarefa do ensino da doutrina católica. Com o Concílio Vaticano II, temos a renovação que se verifica no Diretório Geral da Catequese, que traz uma valorização da catequese de adulto que passa a ser o modelo, a ênfase, no catequizando e uma metodologia mais dialógica e bíblica.

No Brasil, a CNBB publica o Documento nº 22, que tem um impacto muito profundo, pois afirma a índole e finalidade comunitária da catequese, a metrologia interativa entre fé e vida, a dimensão social na ótica dos pobres, e as RAETs (roteiros de atividades transformadoras). A nova evangelização, como plano pastoral e missionário, com São João Paulo II, vai dar destaque ao primeiro anúncio e insistir novamente no RICA (Rito de iniciação cristã para os adultos) que, aqui no Brasil, vai ter como lema: para adultos catequese adulta.

Nos últimos tempos, a catequese, impulsionada pelas semanas nacionais da catequese, propõe uma catequese de estilo catecumenal que, face a uma diversidade e pluralismo crescente da sociedade, assuma a tarefa de uma catequese iniciática, mistagógica (unida a liturgia e à sua simbólica) e missionária, que possa inculturar a fé.

Finalmente, nos dias de hoje, respondendo à crise sanitária e civilizatória mundial, a catequese, adaptando-se criativamente aos novos cenários, incorpora as novas tecnologias da comunicação digital de uma forma crítica, assume o paradigma socioambiental como vocação e missão do cristão no cuidado da casa comum, e uma atenção mais dedicada a novas situações que desafiam a própria estrutura eclesial: refugiados, migrantes, doentes, pessoas portadoras de deficiências.

Agradecemos muito ao empenho e labor dos padres Fabiano Goulart e José Carlos Fernandez que, com suas equipes, acompanham a catequese nos Vicariatos Norte e Noroeste. A celebração do jubileu da catequese reunirá, neste domingo, no Centro de Evangelização Sagrado Coração, em Italva, mais de 1200 catequistas para comemorar o centenário e a admirável obra eclesial da catequese diocesana. Deus seja louvado!

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF