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quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Santo Irineu de Lyon será Doutor da Igreja

Vitral com a imagem de Santo Irineu de Lyon e o papa Francisco
/ Daniel Ibáñez (ACI Prensa)

Vaticano, 20 jan. 22 / 11:13 am (ACI).- O papa Francisco vai proclamar santo Irineu de Lyon Doutor da Igreja universal.

Nascido no ano 125 na Ásia Menor, provavelmente em Esmirna, atual Turquia, destacou-se por combater heresias com argumentos que apresentou em cinco livros nos quais refutava as diferentes seitas, colocando-as diante da doutrina correta emanada dos ensinamentos dos Apóstolos e das Sagradas Escrituras. Bispo e Lyon, na França, Santo Irineu refutou especialmente a doutrina dos gnósticos.

De sólida formação acadêmica e religiosa, tinha amplo conhecimento das Sagradas Escrituras, literatura e filosofia, esteve em estreito contato com os discípulos dos apóstolos, como são Policarpo.

Segundo a tradição, Santo Irineu foi martirizado, mas os detalhes de sua morte são desconhecidos. Os restos mortais de Santo Irineu foram sepultados em uma cripta, sob o altar da então chamada Igreja de São João, mas que depois passou a se chamar Igreja de Santo Irineu. Este túmulo ou santuário foi destruído pelos calvinistas em 1562 e os últimos vestígios de suas relíquias desapareceram.

O papa anunciou sua intenção de proclamar santo Irineu de Lyon Doutor da Igreja com o título de Doctor unitatis, Doutor da Unidade em encontro com os membros do “Grupo Misto de trabalho Ortodoxo-Católico Santo Irineu” no Palácio Apostólico do Vaticano.

Naquela ocasião, Francisco destacou a importância que a figura de santo Irineu tem hoje para o diálogo ecumênico entre católicos e ortodoxos porque “veio do Oriente, exerceu seu ministério episcopal no Ocidente e foi uma grande ponte espiritual e teológica entre os cristãos orientais e ocidentais”.

Segundo um comunicado da Santa Sé, Francisco recebeu a proposta da Congregação para as Causas dos Santos durante a audiência concedida hoje ao prefeito, cardeal Marcello Semeraro, que pediu ao papa que aprovasse "o parecer afirmativo da Sessão Plenária dos cardeais e bispos membros do mesmo dicastério, sobre a concessão do título de Doutor da Igreja universal a santo Irineu, bispo de Lyon”.

Santo Irineu será o segundo Doutor da Igreja proclamado por Francisco. O primeiro foi são Gregório de Narek, em 2015.

Nos pontificados anteriores, Bento XVI nomeou são João de Ávila e santa Hildegarda de Bingen Doutores da Igreja.

São João Paulo II proclamou santa Teresinha do Menino Jesus. São Paulo VI nomeou santa Teresa d´Ávila e santa Catarina de Sena.

São João XXIII nomeou são Lourenço de Brindisi, e Pio XII nomeou santo Antônio de Pádua Doutor da Igreja.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Nossa Senhora de Sião

Nossa Senhora de Sião | arquisp
20 de janeiro

Nossa Senhora de Sião

Um dos fatos marcantes da história religiosa do século XIX foi a aparição de Nossa Senhora ao judeu Afonso Ratisbonne e sua retumbante conversão ao catolicismo. Muito distante da fé católica vivia o jovem banqueiro Afonso Ratisbonne, natural de Estrasburgo, nascido em 1814, de riquíssima família israelita.

No dia 20 de janeiro de 1842, em viagem turística a Roma, por curiosidade meramente artística ele acedeu entrar na Igreja de Sant’Andrea delle Fratte, acompanhado de um amigo, o Barão de Bussières. Enquanto este foi à sacristia, a fim de encomendar uma missa, o jovem judeu apreciava as obras de arte daquele templo. Quando se encontrava diante do altar consagrado a Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa (hoje conhecido como altar da Madonna del Miracolo — Nossa Senhora do Milagre), Ela apareceu-lhe e o converteu instantaneamente de inimigo da Igreja católica em seu fervoroso apóstolo.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

São Sebastião

São Sebastião | YouTube
20 de janeiro

SIGNIFICADO E SIMBOLISMO DE SÃO SEBASTIÃO

A imagem de São Sebastião, tão conhecida de todos nós, revela um momento importante do martírio deste grande santo. Francês de nascimento, nascido em 256, Sebastião ingressou no exército romano e tornou-se capitão da guarda pretoriana, cargo de confiança do imperador. Sebastião, porém, era cristão e, sempre que podia, visitava os irmãos na fé que estavam presos, levando-lhes conforto espiritual e consolo. Posicionava-se contra as perseguições e torturas infringidas aso cristãos. Por isso, descoberto pelo Imperador Maximiano, foi preso, torturado e obrigado a renunciar a sua fé cristã. Negando-se a obedecer, o imperador o condenou a uma morte lenta e exemplar.

As flechas de São Sebastião

As flechas de São Sebastião revelam-nos a primeira fase das torturas que o santo enfrentou. Tendo como algozes seus companheiros de exército, São Sebastião suportou várias flechadas em seu corpo sem renegar a fé. Quando todos pensaram que ele estivesse morto, deixaram-no amarrado para ser devorado pelos animais e aves de rapina.

A árvore de São Sebastião

São Sebastião é representado amarrado numa árvore em especial: o carvalho. No cristianismo primitivo, o carvalho era o símbolo da perseverança, da tenacidade e da persistência, por causa da dureza desta madeira nobre. Assim, este símbolo nos fala da firmeza, da tenacidade e da perseverança de São Sebastião. E a força que ele recebeu do céu foi tão grande, que ele não morreu em decorrência das flechadas. Ele foi recolhido por outros cristãos e cuidado por Santa Irene até se recuperar totalmente. O carvalho simboliza toda essa força de São Sebastião.

O corpo seminu de São Sebastião

O corpo seminu de São Sebastião simboliza a humilhação que ele sofreu por parte do império romano. Simboliza também o 'despir-se do homem velho, fraco e pecador, para vestir-se de Cristo, forte e vencedor.'

O pano vermelho de São Sebastião

O pano vermelho de São Sebastião cobrindo suas partes íntimas, simboliza o duplo martírio. O primeiro é este retratado na imagem. O segundo foi aquele que causou sua morte física e teve causa mais nobre ainda. Depois de recuperado, Sebastião voltou a se apresentar ao imperador, para lhe pedir que parasse com as perseguições contra os cristãos, alegando que o imperador estava perseguindo o próprio Jesus Cristo na pessoa de seus seguidores. O imperador, porém, não cedeu e mandou que Sebastião fosse açoitado e decapitado. Assim aconteceu. Por isso, o pano vermelho em São Sebastião representa seu duplo martírio.

A aura de São Sebastião

A aura de São Sebastião representa sua santidade, testemunhada por vários cristãos da época. Esta santidade aparece desde o seu amor dedicado aos cristãos presos e necessitados, até à sua disposição de morrer por Jesus Cristo sem renegar sua fé. Trata-se de um grande testemunho, que serviu de exemplo para milhares de cristãos ao longo de séculos.

A poderosa oração a São Sebastião.


'Glorioso mártir São Sebastião, soldado de Cristo e exemplo de cristão, hoje vimos pedir a vossa intercessão junto ao trono do Senhor Jesus, nosso Salvador, por Quem destes a vida. Vós que vivestes a fé e perseverastes até o fim, pedi a Jesus por nós para que sejamos testemunhas do amor de Deus. Vós que esperastes com firmeza nas palavras de Jesus, pedi-Lhe por nós, para que aumente a nossa esperança na ressurreição. Vós que vivestes a caridade para com os irmãos, pedi a Jesus para que aumente o nosso amor para com todos. Enfim, glorioso São Sebastião, protegei-nos contra a peste, a fome e a guerra; defendei as nossas plantações e os nossos rebanhos, que são dons de Deus para o nosso bem e para o bem de todos. E defendei-nos do pecado, que é o maior de todos os males. Assim seja.'

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

PACTO EDUCATIVO GLOBAL

CEFEP

Dom Leomar Antônio Brustolin
Arcebispo de Santa Maria (RS)

No dia 15 de outubro de 2020, o Papa Francisco reforçou o seu empenho com um Pacto Educativo Global. O Papa destacou que a pandemia do Covid 19 manifestou a crise sobre nossa forma de compreender a realidade e de nos relacionarmos entre nós e afetou diretamente o mundo da educação.  

Desde o início da pandemia, aliás, tem se observado o quanto o mundo da educação apresenta tanto estruturas frágeis, quanto abnegação dos educadores. Estes, de forma geral, nunca deixaram de buscar novas formas de contato com seus estudantes para garantir a continuidade do processo educativo. O mundo da educação vem sendo, há tempos, um campo de oportunismos e descasos, com propostas simplistas para problemas complexos.  

Para o Papa Francisco, a educação é um dos caminhos mais eficazes para humanizar o mundo e a história. Ela apresenta-se como o antídoto natural à cultura individualista, que às vezes degenera num verdadeiro culto do “ego” e no primado da indiferença.  O Papa destaca as preocupações com as questões de pobreza, as crises existenciais e a questão da sustentabilidade da vida no planeta como razões para propor uma nova educação.  

Ao trabalhar nessa perspectiva, o Papa amplia enormemente a compreensão comumente guardada a respeito da educação. Muito mais do que uma sistemática de ensino e aprendizagem a respeito de algum assunto, a educação é o processo através do qual a humanidade emergiu na Terra.  É através dela que cada ser humano se apropria da cultura, da memória e, portanto, da  própria identidade. A educação ultrapassa e transcende escolas, universidades e quaisquer sistemas de ensino ou avaliação, ainda que se concretize principalmente nesses lugares e processos. 

É preciso superar propostas educativas focadas na utilidade, no resultado, na funcionalidade e na burocracia, que confundem educação com instrução e acabam por fragmentar as culturas. É urgente trabalhar por uma cultura integral, participativa e poliédrica. Também é necessário problematizar algumas visões a respeito de educação cultivadas em nosso meio. A imagem romantizada e idealizada dos educadores, em vários discursos, raramente leva em conta toda a formação necessária para se exercer a profissão. Junto a isso ainda persiste a ideia de que educação é algo que se realiza com simples “transmissão” de conhecimentos, quando se sabe que aprendizagem é algo que se dá na experiência concreta, devidamente mediada por quem tem formação para tanto.  

O Papa também diz que não devemos esperar tudo daqueles que governam, pois há espaços de corresponsabilidade capazes de iniciar e gerar novos processos e transformações. Isso depende de cada pessoa e das comunidades locais. Urge que toda sociedade seja pedagógica em suas relações e educadora em suas finalidades.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Arcebispo de Brasília agradece ao antigo Ecônomo no encerramento de seu mandato

Pe. José Henrique | arqbrasilia

Arcebispo de Brasília agradece ao antigo Ecônomo no encerramento de seu mandato

Nesta terça-feira (18/01/2022), memória litúrgica de Santa Margarida da Hungria, o Arcebispo Metropolitano de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa, enviou carta endereçada ao Reverendíssimo Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa, Padre José Henrique de Matos Félix que, até então, colaborava como Ecônomo da Arquidiocese de Brasília.

No final do ano de 2021, Padre José Henrique conclui o seu mandato como Ecônomo da Arquidiocese e, agora, dedicar-se-á mais exclusivamente ao pastoreio da porção do povo de Deus da Paróquia de Nossa Senhora das Graças na Asa Norte.

Pe. José Henrique | arqbrasilia

Na carta, o Arcebispo agradece o empenho e generosidade com os quais o Padre José Henrique geriu os assuntos temporais da Arquidiocese nos últimos 5 anos e destacou as inúmeras virtudes que o padre empenhou neste serviço. Além disso, Dom Paulo destacou a estima que os padres da Arquidiocese têm pelo antigo ecônomo que tudo resolveu com acolhimento e fraternidade.

Assume, neste ano, a função de Ecônomo da Arquidiocese o Revmo. Pe. Roberto Carlos Rambo. Abaixo você pode conferir a carta de agradecimento de Dom Paulo Cezar.

arqbrasilia

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Eucaristia é profanada na França

Guadium Press
Durante a distribuição da Sagrada Comunhão na Missa dominical de 16 de janeiro, um homem esmigalhou e jogou por terra a hóstia que tinha recebido.

Redação (18/01/2022 12:15, Gaudium Press) A onda de profanações contra a Igreja Católica continua na França e de maneira cada vez mais violenta.

Na Missa do último domingo, 16 de janeiro, o Padre Simon Violet, vigário da paróquia parisiense do Espírito Santo, presenciou uma cena gravíssima.

Durante a distribuição da comunhão, um homem se aproximou para receber a comunhão, mas ao invés de levar a hóstia até a boca, ele a esmigalhou em sua mão e depois lançou as partículas pelo chão.

A profanação aconteceu na Missa de 11 horas, a mais frequentada da paróquia, ademais havia uma preparação batismal para as crianças. Conforme explicou o Pe. Violet para Aleteia: a igreja estava cheia.

O sacerdote segurou o profanador pela roupa e este apenas respondeu: “Por Nadia!”, em seguida sumiu no meio da multidão.

Foto publicada no Tweet do Pe. Simon de Violet | Guadium Press

Procissão, oraçõe e Missa de reparação

O Padre Simon Violet concluiu que o ato foi totalmente premeditado. Apesar de perceber alguns ferimentos nas mãos do profanador, o sacerdote disse que o homem estava inteiramente sóbrio.

O celebrante fez vir um cibório onde recolher as partículas espalhadas por terra. No fim da Missa, Padre Violet decidiu explicar o ocorrido para os fiéis que não viram a cena e, sobretudo, para as crianças compreendessem a gravidade da cena que assistiram.

O sacerdote decidiu fazer do cortejo final uma procissão com a hóstia profanada: “Nós atravessamos o povo de Deus, com o corpo ‘quebrado’ do Senhor. Há algo de profético e dramático nisso”, explicou o sacerdote.

Após a celebração, o pároco dissolveu a hóstia enquanto recitava uma oração de reparação e anunciou a celebração de uma Missa de desagravo, na quarta-feira, 19 de janeiro.

Devido à gravidade da profanação, os sacerdotes decidiram falar abertamente para apontar o problema e, de outro lado, afervorar os fiéis na devoção eucarística. (FM)

Com informações de Aleteia.

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Papa Francisco admite que sente dores ao ficar de pé

Antoine Mekary | Aleteia
Por Ricardo Sanches - Kathleen N. Hattrup

"Dor ciática" que o Papa enfrenta desde o início do pontificado parece ter aumentado.

“Minha perna dói e hoje dói ficar de pé”, disse o Papa Francisco no início de uma audiência com a delegação da Revista Terra Santa em 17 de janeiro de 2022. O Pontífice, que optou por ler seu discurso sentado, pediu desculpas a seus convidados por não ficar de pé: “Assim é melhor para mim”, admitiu.

O Papa Francisco sofre de problemas no quadril e tem certa dificuldade ao andar. Em 2015, por ocasião da viagem do Papa aos Estados Unidos, seu porta-voz assegurou que o pontífice faz sessões de fisioterapia regularmente.

O mancar às vezes bastante notável do Santo Padre é devido à dor ciática, uma condição geralmente causada pela compressão de um nervo nas costas. O problema costuma causar dores intensas nas costas e em uma perna. Já no primeiro ano de seu pontificado, Francisco falou que isso lhe causava problemas. “Não desejo isso para ninguém!” disse ele, voltando da Jornada Mundial da Juventude no Brasil.

Dor ciática parece ter aumentado

A doença parece ter afetado particularmente o Papa de 85 anos nos últimos dois anos. Em 31 de dezembro de 2020, a Santa Sé anunciou que Francisco não presidiria as cerimônias de fim e começo de ano por causa da “dor ciática”. Posteriormente, o Pontífice adiou ou cancelou vários compromissos oficiais.

Há algumas semanas, o Papa Francisco voltou a delegar a presidência da celebração das Vésperas e do Te Deum de 31 de dezembro ao cardeal Giovanni Battista Re, desta vez sem explicação.

Tratamento

No entanto, o médico argentino e amigo do Papa, Nelson Castro, autor de um livro sobre a saúde dos papas, foi tranquilizador em outubro passado. Ele disse em uma coletiva de imprensa que a ciática do Papa havia sido tratada durante o ano de 2021. O Papa, disse ele, estava perfeitamente apto a viajar.

O ano de 2021 também teve outro desafio médico para o pontífice: no início de julho, ele ficou internado por 10 dias após uma operação no cólon que resultou na retirada de 33 centímetros de intestino.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pintura mural é descoberta e restaurada em igreja de santa Rosa de Lima, no Peru

Fotos: José Carbonell | ACI Digital

Lima, 18 jan. 22 / 02:46 pm (ACI).- Uma equipe de restauração do Programa de Recuperação do Centro Histórico de Lima (PROLIMA) descobriu e restaurou uma pintura mural na igreja de Santa Rosa de Lima, no centro histórico da capital peruana.

A restauração iniciada em junho de 2019 foi concluída com a restauração da pintura no final de 2021.

José Gálvez Krüger, diretor da Enciclopédia Católica (EC), disse à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que esta instituição tem convênio com a PROLIMA, para que Gálvez estude e interprete elementos emblemáticos da cidade.

Gálvez escreve na EC que “a descoberta da pintura mural, do lado de fora do que era a nave da igreja de Santa Rosa dos padres, surpreendeu a todos. Os elementos decorativos encontrados aumentam e enriquecem a conhecida iconografia de Santa Rosa de Lima”.

O diretor da EC afirma que essas descobertas podem ser explicadas através da emblemática.

“Além da emblemática mística geral, há uma emblemática mística, típica de Santa Rosa. O emblema é uma figura simbólica composta por um desenho, um título e um texto que explica e desenvolve um assunto específico.

Fotos: José Carbonell | ACI Digital

A pintura mural descoberta e restaurada mostra, “através de hieróglifos, o amor esponsal e místico do coração de Santa Rosa. Ele também faz alusão à sua vida penitencial e aos espaços em que exerceu seu apostolado”.

“Na nossa opinião, são as paredes da ermida que a santa construiu, no meio do jardim da sua casa, com as próprias mãos. É a parede na qual Rosa de Lima escreve o anúncio de seu noivado com Cristo”, diz Gálvez.

Outro elemento importante na pintura são as “passifloras, presas às paredes da ermida. Indicam que Santa Rosa estava firmemente ligada à paixão de Cristo, à maneira de uma videira”.

Fotos: José Carbonell | ACI Digital

“As passifloras ou flores da paixão se distinguem pela forma, tamanho e cor da flor. A característica desta flor é ser composta por elementos que parecem evocar a paixão do Mártir do Calvário”, destaca.

“As pinturas na parede da igreja de Santa Rosa são, em suma, um convite que Cristo faz à alma cristã. Convida a um horto diferente daquele no qual o demônio vivia”, ressalta Gálvez.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Cardeal Comastri: o Terço é uma oração jovem que dá conforto a todos

Nossa Senhora Desatadora dos Nós | Vatican News

Em 20 de janeiro, o Cardeal guiará a oração mensal do Terço Mariano na Igreja de Santa Ana no Vaticano, diante do ícone de Nossa Senhora Desatadora dos Nós: repetir a "Ave Maria" continua a atrair e acalmar os corações de muitas pessoas, enquanto a pandemia ainda causa ansiedades.

Eugenio Bonanata e Daniele D’Elia – Vatican News

É muito grande a participação de fiéis na oração do Terço dedicado a Nossa Senhora Desatadora dos Nós, que é celebrada todos os meses na paróquia de Santa Ana no Vaticano, a poucos passos da entrada do território da Santa Sé. "O próximo encontro será no dia 20 de janeiro às 20h", anuncia o Cardeal Angelo Comastri, que há alguns meses vem presidindo a oração diante do ícone tão querido ao Papa Francisco.

Apaixonados pelo Terço

"Números além de todas as expectativas", observou o Cardeal em uma conversa com jornalistas, confiando que "às vezes tivemos que dizer ‘não tem mais lugar’ às pessoas que chegavam por causa dos limites de capacidade”. Uma resposta semelhante é esperada para o encontro de 21 de fevereiro, à mesma hora, e a tendência leva a uma reflexão. O Cardeal Comastri pode ser considerado um precursor neste sentido, pois no início da emergência sanitária ele teve a ideia, em sintonia com o Papa, de transmitir o Terço ao vivo da Basílica de São Pedro. Na época, como agora, embora com características ligeiramente diferentes, a pandemia ainda é assustadora, as pessoas precisam de conforto e vários meios de comunicação confirmam sua preferência pela transmissão de momentos de oração. "Quando temos uma dor", observa Comastri, "geralmente a confiamos à nossa mãe. E todos nós temos nossa Mãe no céu, que é Maria".

Maria, mulher de escuta

Para o cardeal, isto explica o valor do Terço: sua juventude e a sua capacidade de despertar a atenção, apesar de ser uma oração tradicional. "Entretanto", adverte, lembrando as palavras de Madre Teresa de Calcutá, "tradicional não significa 'velho': significa que tem muitos anos de idade e, portanto, tem muito significado. E o fato de a 'Ave Maria' ser repetida é a coisa mais humana que existe, porque quando você ama alguém você nunca se cansa de dizer 'eu te amo', então é uma exigência do coração".

O vigário emérito do Papa para a Cidade do Vaticano nos exorta a pedir a intercessão de Nossa Senhora também para intensificar a escuta que toda a Igreja é chamada a praticar e a intensificar no caminho sinodal. "Maria", sublinhou o Cardeal Comastri, recordando o diálogo com o Arcanjo Gabriel, "é a mulher com a maior capacidade de escuta. E o Papa insiste, com razão, na necessidade de sabermos escutar. Porque todos nós somos capazes de falar. Mas não é fácil escutar. Portanto, acredito que aprender a escutar é uma ótima maneira de amadurecer para as pessoas e a comunidade eclesial".

A bondade atrai os afastados

Mas o que é necessário para o diálogo? Qual é o conselho para os religiosos e leigos? O Cardeal fala do escritor Giuseppe Prezzolini, que se definia como um não crente. Precisamente por este motivo, Paulo VI - seu amigo - perguntou-lhe como chegar aos mais afastados. Prezzolini respondeu: "Santo Padre, se o senhor quiser alcançar os que estão afastados, prepare pessoas verdadeiramente boas, sem orgulho, humildes. Porque a inteligência desperta admiração, a cultura leva a aplausos, mas só a bondade atrai e entra no coração dos outros. Preparem boas pessoas - conclui o Cardeal Comastri com as palavras de Prezzolini - e vocês saberão como dialogar com todos".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Mário

São Mário (A12)
19 de janeiro
São Mário

No século III, marcado por violentas perseguições do Império Romano aos católicos, Mário e sua esposa Marta, com os filhos Audífax e Ábaco, saíram da Pérsia em peregrinação a Roma, para visitar os túmulos de São Pedro e São Paulo.

Já nos arredores da cidade, encontraram o sacerdote Valentim, que cuidava de sepultar os corpos decapitados de cerca de 270 mártires da Fé. A família piedosamente se juntou a ele nesta obra de misericórdia. E neste trabalho foram todos descobertos e presos pelas autoridades romanas.

Instados a renegarem o Cristo e adorarem o imperador, negaram-se e foram portanto condenados à morte. Valentim foi condenado também por celebrar o matrimônio cristão, proibido pelas leis romanas. Mário e os dois filhos foram decapitados logo, na via Cornélia, e Valentim um mês depois, no mesmo lugar.

Marta, que ainda não havia sido batizada, foi levada para um poço 21 quilômetros fora dos muros da cidade, e afogada. Seus corpos foram encontradas por uma cristã que, como eles anteriormente, providenciou o sepultamento dos irmãos fiéis, neste caso no túmulo da sua própria família, num terreno da sua residência na mesma Via Cornélia. No local encontram-se ainda hoje as ruínas de uma Igreja, visitada pelos turistas. Os restos mortais dos mártires foram aí encontrados e posteriormente levados como relíquias de veneração para diferentes igrejas na Itália e na Alemanha.

Porém estes mártires ficaram conhecidos e populares no próprio século III, na Europa e em outros lugares, sua história sendo divulgada principalmente entre os católicos, muito em função de um Concílio realizado nos anos 268-270, quando Cláudio era imperador e a perseguição aos cristãos foi bastante reduzida. (Como curiosidade, o nome “Mário” tornou-se muito comum e largamente adotado a partir destes acontecimentos).

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

São Mário é considerado um santo da família, uma vez que a manteve unida sob a Fé mesmo diante da perseguição e da morte de todos os seus membros, algo que nos recorda a firmeza e coragem de toda uma família no Antigo Testamento (cf. 2Mc 7). Sim, desde o princípio, Deus dispôs que a família vivesse e crescesse unida na Fé, e que seus membros se articulassem em conjunto no caminhar para Deus, sob a direção de um chefe – como o Corpo Místico de Cristo unido à Cabeça (cf. 1Cor 12,12-31), no qual muitos são os membros da família dos filhos de Deus, mas parte de um mesmo e só corpo que deve se mover em uníssono, em comunhão, para um mesmo fim. Cada parte do Corpo é importante, tem a sua função própria, indispensável e única para o benefício do todo, que partilha dos sofrimentos e sucessos de cada um. São Mário não é “mais” santo do que os demais mártires da sua família (ou do que o sacerdote Valentim), mas é natural que seu nome represente a todos, como legítimo chefe segundo a disposição de Deus para o matrimônio (Gn 3,16) após o Pecado Original. Contudo, quem recebe um cargo de direção é quem mais deve servir, a exemplo de Cristo que se sacrificou pela Sua Igreja (Mc 10,42-45), por isso é admirável que São Mário tenha formado tão bem a sua família na obediência e fidelidade a Deus, dando também o exemplo do martírio para eles – e para nós. O sacerdote também é um pai – “padre” significa “pai” – e neste episódio São Valentim igualmente está incluído como exemplo da integração necessária entre o pastor e o rebanho. Não parece ser simples acaso que, dentre todas as suas funções sacerdotais, a causa registrada da sua condenação, historicamente, fosse justamente a de celebrar o matrimônio como Sacramento, ou, a primeira forma de relacionamento que Deus quis para o ser humano, com Adão e Eva, no Paraíso… o destaque está também na família, unida, com membros que se apoiam, e que partilham mutuamente o ensino da Verdade de Cristo: tanto a família natural quanto a dos filhos de Deus precisa ter membros solidamente formados e participando da mesma vida, do mesmo alimento eucarístico, para que uns ajudando os outros cheguem todos à felicidade completa. O valor intrínseco, transcendental e infinito da família formada sob o matrimônio católico é tão fundamental que sobre ela, especificamente, estão voltados os esforços do mundanismo atual, que a quer destruir através de variadas ideologias de libertinagem, independência, autossuficiência (sob o nome de “liberdade”). Por isso devemos seguir o exemplo da Sagrada Família e dele dar testemunho, como forma concreta de fazer o bem.

Oração:

Senhor, Pai Santo, que nos criastes por infinito amor e nos destes a dignidade de Vossos filhos, algo que nem aos anjos concedestes: pela intercessão de São Mário e companheiros mártires, dai-nos as graças necessárias para Vos sermos fiéis formando e apoiando uns aos outros, na Igreja doméstica da nossa família em comunhão com Vosso Corpo Místico, enterrando o pecado na vivência das virtudes, para que a nossa peregrinação em direção ao destino dos Apóstolos Vos seja agradável e obra de misericórdia para os irmãos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF