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terça-feira, 11 de maio de 2021

Santo Inácio de Láconi

Santo Inácio de Láconi | Canção Nova

Santo Inácio de Láconi
Origens

Francisco Inácio Vincenzo Peis, nasceu em Láconi, Itália, em 17 de novembro de 1701. Filho de uma família pobre e muito cristã, ele foi o segundo entre nove filhos. Seus pais eram ricos na prática das virtudes tanto humanas quanto cristãs. Por isso, educaram seus filhos na doutrina e no seguimento fiel de Jesus Cristo. 

Vocação e carismas

Desde a infância Inácio demonstrou sentir importante chamado para seguir na vida religiosa. Foi agraciado com dons especiais da cura e da profecia. Além disso, tinha um forte carisma e era querido por todos. Por outro lado, praticava penitências bastante severas. Mesmo assim, mantinha-se sempre sereno e alegre. Procurava, em tudo, estar em comunhão com Jesus Cristo. 


Vocação e doença

Aos dezenove anos, Inácio caiu gravemente enfermo. Em duas ocasiões esteve á beira da morte. Essas experiências levaram-no a decidir que sua vocação era seguir os mesmos passos de São Francisco de Assis, dedicando-se aos pobres e aos doentes. E ele prometeu que, se ficasse curado, assim seria sua vida. E a cura chegou.

Franciscano

 Curado, Inácio de Láconi dirigiu-se para a cidade de Cagliari. Seu objetivo era entrar no convento dos freis capuchinhos do Convento do Bom Caminho. Porém, por causa de sua saúde ainda frágil, não pôde ser recebido no convento. Ele, então, decidiu dar o devido tempo para a sua recuperação total. Então, depois de recuperar-se totalmente, ele fez os votos e vestiu o hábito dos franciscanos. Era o ano 1721.

Peregrinação franciscana

Frei Inácio de Láconi, foi enviado em missão para inúmeros conventos. Depois de quinze anos peregrinando a serviço da ordem, voltou para o Convento Capuchinho do Bom Caminho em Cagliari. Lá, ele viveu até a morte. Assumiu a função de porteiro do convento e desempenhou-a até o fim de seus dias.

Espírito Franciscano

Santo Inácio de Láconi vivia entre os irmãos o verdadeiro espírito franciscano. Amava a pobreza e o desprendimento; estava sempre disponível para os pobres, para os doentes, para os desamparados. Atendia sempre e com todo amor aos doentes do corpo e aos doentes da alma. Muitos desses, tidos como pecadores, recolocaram no caminho da fé depois de conhecerem frei Inácio.

Cegueira e morte

Nos últimos cinco anos de sua vida, Santo Inácio de Láconi ficou totalmente cego. Isso, porém, não o impediu de continuar a cumprir rigorosamente os regulamentos da vida no convento e as práticas da vida alegre em comunidade. Santo Inácio de Láconi faleceu em 11 de maio de 1781. Logo, sua fama de santidade se espalhou por causa de vários milagres conseguidos mediante sua intercessão. Ele foi beatificado em 1940 por Pio XII e canonizado em 1951 pelo mesmo Papa.

Oração a Santo Inácio de Láconi

“Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de Santo Inácio de Láconi, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.”

https://cruzterrasanta.com.br/

segunda-feira, 10 de maio de 2021

O amor ao dinheiro, sucesso e poder "nos afastam do Senhor", diz o Papa Francisco

Papa Francisco reza a oração do Regina Coeli do Vaticano.
Foto: Vatican Media

Vaticano, 09 mai. 21 / 11:39 am (ACI).- Durante a oração do Regina Coeli deste domingo, 9 de maio, o Papa Francisco alertou contra os amores do mundo, porque “amar como Cristo significa dizer não a outros ‘amores’ que o mundo nos propõe: amor pelo dinheiro, amor pelo sucesso, pela vaidade, pelo poder... Esses caminhos enganosos nos afastam do amor do Senhor”.

Em seu ensinamento prévio à oração do Regina Coeli, que rezou do Palácio Apostólico do Vaticano, o Santo Padre destaca que no Evangelho do dia Jesus "retoma o verbo-chave: permanecer".

“Ele nos convida a permanecer em seu amor para que sua alegria esteja em nós e nossa alegria seja plena”, explicou.

O Papa ressaltou que o amor ao qual Jesus se refere “é o amor que tem sua origem no Pai, porque ‘Deus é amor’. Como um rio escorre no Filho Jesus e através d’Ele chega até nós, suas criaturas”.

“O amor que Jesus nos dá é o mesmo amor com o qual o Pai O ama: amor puro, incondicional, amor gratuito. Doando-o a nós, Jesus nos trata como amigos, fazendo-nos conhecer o Pai e nos envolve em sua própria missão para a vida do mundo”, disse o Papa.

Então: “O que temos que fazer para permanecer neste amor? Jesus disse: ‘Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor’.

“Jesus resumiu seus mandamentos em apenas um, este: 'Amai-vos uns aos outros como eu vos amei'. Amar como Cristo ama significa colocar-se a serviço dos irmãos, como Ele fez quando lavou os pés dos discípulos. Significa sair de si mesmo, abrir mão da própria segurança humana, do conforto, para se abrir aos demais, especialmente para os mais necessitados. Significa colocar-se à disposição com o que somos e temos”.

Ou seja, amar como Cristo ama “significa dizer não a outros ‘amores’ que o mundo nos propõe: amor pelo dinheiro, amor pelo sucesso, pela vaidade, pelo poder... Esses caminhos enganosos nos afastam do amor ao Senhor e nos levam a nos tornarmos cada vez mais egoístas, narcisistas e prepotentes".

A “prepotência”, continuou o Pontífice, “leva a uma degeneração do amor, a abusar dos outros, a fazer a pessoa amada sofrer. Penso no amor doentio que se transforma em violência - e em quantas mulheres são vítimas disso hoje em dia das violências. Isto não é amor".

“Amar como o Senhor nos ama significa apreciar a pessoa que está ao nosso lado e respeitar sua liberdade, amá-la como ela é, não como queremos que fosse; como é, gratuitamente”.

“Em última análise, Jesus nos pede para permanecermos no seu amor, para habitar em seu amor, não em nossas ideias, não no culto de nós mesmos; pede-nos para sair da pretensão de controlar e administrar os outros para confiar e doar-nos a eles”.

O Papa Francisco concluiu seu ensinamento ressaltando que “o Senhor deseja que a alegria que Ele possui, porque está em total comunhão com o Pai, também esteja em nós, pois estamos unidos a Ele”.

ACI Digital

O apelo do Papa por Jerusalém e o pensamento à Colômbia

Confrontos em Jerusalém  (AFP or licensors)

O Papa Francisco expressou palavras de particular preocupação com a escalada de tensão na Cidade Santa, da qual recordou a identidade multi-religiosa e multicultural. Ele o fez, assegurando sua oração para que Jerusalém seja "um lugar de encontro e não de confronto" e pedindo por "soluções compartilhadas". Em seguida, voltou seus pensamentos para a Colômbia, onde se registram violências.

Silvonei José – Vatican News

"Acompanho com particular preocupação os acontecimentos que estão ocorrendo em Jerusalém": com estas palavras, após a recitação do Regina Caeli o Papa Francisco chamou a atenção para a Cidade Santa rezando para "que ela possa ser lugar de encontro e não de confrontos violentos; um lugar de oração e de paz".

O apelo por soluções compartilhadas

"Convido a todos a buscarem soluções compartilhadas, para que a identidade multi-religiosa e multicultural da Cidade Santa seja respeitada e possa prevalecer a fraternidade", disse Francisco, reiterando que "a violência só gera violência" e afirmando: "chega de confrontos".

Pensamento à Colômbia

O Papa Francisco também dirigiu o seu pensamento para a Colômbia: "Também quero expressar a minha preocupação com as tensões e conflitos violentos na Colômbia que causaram mortes e feridos. Há muitos colombianos aqui, rezemos por sua pátria".

Após outras referências a eventos atuais no momento após a recitação do Regina Caeli, o desejo a todos de um bom domingo, com o habitual convite para rezar pelo Papa.

Vatican News

ESTUDOS BÍBLICOS: SOLA SCRIPTURA (Parte 6/7)

Ecclesia

SOLA SCRIPTURA

Na vaidade de suas mentes

Uma análise ortodoxa deste ensinamento ortodoxo

Por John Whiteford

Tradução de Rafael Resende Daher

APROXIMAÇÃO # 3: DEIXE AS PASSAGENS CLARAS INTERPRETAR AS OBSCURAS.

Esta deve ter sido a solução perfeita encontrada para o problema de como interpretar a Bíblia — deixe que as passagens de fácil entendimento "interpretar" as obscuras. A lógica disto é simples, quando uma passagem obscura revela uma verdade obscura, esta passagem é seguramente declarada de maneira clara em outra passagem da Bíblia. Use simplesmente estas "passagens claras" como chave, para destrancar o significado da "passagem obscura." Assim os estudantes luteranos de Tubingen discutiram em sua primeira carta com o Patriarca Jeremias II:

"Então, não há melhor maneira de interpretar a Bíblia do que utilizando a própria Bíblia para interpretá-la, ou seja, por ela mesma. Pois a Bíblia foi inspirada pelo mesmo Espírito, que entende seu próprio testamento e que pode declarar seu significado da melhor maneira."

A promessa que este método trouxe foi insuficiente para resolver o caos e as divisões entre os protestantes. O ponto de aproximação se desintegra em determinados trechos que estão "claros" e em outros que estão "obscuros." Os batistas acreditam que é impossível um Cristão perder sua salvação, pois a pessoa é "salva," e demonstram diversas passagens para provar a doutrina da "Salvação Eterna" — por exemplo: "Pois os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis" (Romanos 11:29) e "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; elas jamais hão de perecer, e ninguém as roubará de minha mão" (João 10:27-28). Mas quando os batistas encontram versos que demonstram que a salvação pode ser perdida, como "no dia em que o justo vier a pecar, a sua justiça não o salvará" (Ezequiel 33:12), eles usam as passagens que estão "claras" para explicar estas que estão "obscuras." Os Metodistas acreditam que a salvação pode ser perdida se a pessoa se voltar contra Deus, e não encontram nenhuma obscuridade nestas passagens, pelo contrário, utilizam estes textos para provar aos Batistas que estas passagens estão "claras." E assim Metodistas e Batistas lançam seus versos da Bíblia de um lado para o outro, cada um não entendendo como o outro não consegue "ver" o que é tão "claro."

APROXIMAÇÃO # 4. EXEGESE CRÍTICA-HISTÓRICA

Afogados em um mar de opinião subjetiva e divisão, os protestantes começaram a agarrar em qualquer método intelectual com uma pequena parte de objetividade. Como o tempo passou e as divisões aumentaram, a ciência e a razão tornaram-se o padrão pelo qual os teólogos protestantes esperam provar a consistência de suas convicções bíblicas. Esta tentativa "científica" vem dominando as escolas Protestantes, e também começaram a predominar nas escolas Católicas Romanas, normalmente chamada de "Exegese Crítico-Histórica." Com a chegada da chamada era do "Iluminismo," a ciência é tida como capaz de resolver todos os problemas do mundo. As Universidades Protestantes começaram a aplicar metodologias filosóficas e científicas em sua teologia e até na Bíblia. Desde o Iluminismo, os estudantes protestantes analisam a Bíblia pelos seguintes aspectos: históricos, manuscritos, idiomas bíblicos etc. Como se a Bíblia Sagrada fosse uma escavação arqueológica, estes estudantes buscam encontrar fragmentos para demonstrar com a ciência o que a Bíblia tem a oferecer. Para ser franco, devo declarar que muito conhecimento útil foi produzido por esta escola. Mas, infelizmente, sua metodologia é errada, fundamentalmente grave, mas é retratada como portadora de uma aura de objetividade científica que vêm surgindo neste período.

Como todas as outras aproximações utilizadas pelos protestantes, este método busca entender a Bíblia ignorando a Tradição da Igreja. Embora não exista nenhum método protestante singular de exegese, todos possuem a mesma meta em "deixar a Bíblia falar por si só." Claro que ninguém que se diz Cristão pode ser contra o que a Bíblia "diz" se ela realmente "fala por si só" através destes métodos. O problema é a língua que os protestantes utilizam como filtro para chegar às suas suposições. Enquanto se dizem objetivos, eles interpretam a Bíblia de acordo com suas próprias tradições e dogmas (sejam eles fundamentalistas ou racionalistas liberais). O que muitos estudantes protestantes fizeram (posso relembrar a linha de Albert Schweitzer) é buscar na história o significado da Bíblia. Escreveram diversos volumes sobre o assunto, mas infelizmente, só chegaram às suas próprias conclusões.

Os estudantes protestantes ("liberais" e "conservadores") erraram em sua metodologia empírica do estudo Bíblico. Eu utilizo o termo "empirismo" para descrever estes esforços. Faço uso deste termo amplo para demonstrar a visão do mundo racionalista que possui a mente Ocidental, que está se esparramando pelo mundo. Sistemas de pensamento Positivistas (do qual o Empirismo faz parte) buscar firmar seus egos em alguma base de conhecimento "certa." [11]

O Empirismo, no sentido exato, é a convicção de que todo conhecimento é baseado na experiência, e que as coisas só podem ser estabelecidas e conhecidas por meio da certeza da observação científica. De mãos dadas com os métodos da observação experimental, veio o princípio da dúvida metodológica, e o principal exemplo é a filosofia de René Descartes, que começou sua discussão filosófica demonstrando que no universo tudo pode ser colocado em dúvida, inclusive a própria existência da pessoa, e nisso ele firma toda a verdade ("penso, logo existo"), construindo este sistema de filosofia. No princípio, os Reformadores estavam contentes com a suposição de que a Bíblia é a base de toda a teologia, e que a filosofia poderia ser colocada de lado. Mas como o espírito humanista do Iluminismo prevaleceu, os estudantes protestantes passaram a utilizar os métodos racionalistas em seus estudos da Bíblia, para descobrir o que pode ser conhecido "com certeza." Os estudantes protestantes liberais já concluíram estes estudos, já "descascaram a cebola," e agora utilizam suas próprias opiniões e sentimentos como base para a fé.

Os Protestantes conservadores foram bem menos persistentes em suas tentativas racionalistas. Assim, eles preservaram uma maior reverência à Bíblia e uma maior convicção em sua inspiração. Não obstante, esta aproximação (e até mesmo entre Fundamentalistas mais obstinados) é arraigada no mesmo espírito racionalista dos Liberais. O principal exemplo é encontrado entre os chamados "Fundamentalistas da Dispensação," que acreditam na teoria de que Deus negociou com o homem durante várias fases da história, de acordo com "dispensações diferentes," como a dispensação de Adão, a dispensação de Noé, a dispensação de Davi e assim por diante. Pode-se ver um pouco de verdade nesta teoria, mas além da dispensação do Velho Testamento, estes protestantes ensinam que vivemos atualmente uma "dispensação diferente" da dos cristãos do primeiro século. Embora existissem milagres no "período do Novo Testamento," hoje eles não existem mais. Isto é muito curioso, pois (além de não ter qualquer base Bíblica) esta teoria permite que os Fundamentalistas utilizem o mesmo empirismo da vida moderna na Bíblia. Assim, a discussão em torno desta tentativa parece à primeira vista ser apenas de interesse acadêmico, longe de ligar com a realidade do protestante comum, pois os "leigos protestantes conservadores" não foram afetados por este tipo de racionalismo.

A grande falácia desta teoria é a chamada "aproximação" científica da Bíblia, com a utilização de falsos estudos empíricos da história, da Bíblia e da teologia. Métodos empíricos trabalham bem quando utilizados corretamente nas ciências naturais, mas quando utilizados em áreas que não podem trabalhar, como em alguns momentos da história (que não podem ser repetidos para uma nova experiência), estes métodos não conseguem produzir resultados consistentes ou precisos [12].

Os cientistas precisam inventar um telescópio capaz de penetrar no espírito, e muitos estudantes protestantes afirmam que à luz da ciência deve-se rejeitar a existência dos demônios e do Diabo. Para o empirista, o Diabo deve aparecer vestindo uma roupa vermelha luminosa e segurar um garfo, somente assim sua existência será explicada por estes cientistas. Embora estes empiristas escondam o orgulho em suas franquezas, percebemos que eles estão cegos devido às suas suposições, e não conseguem mais ter nenhuma visão além das suas realidades. Se os métodos do empirismo fossem aplicados constantemente, todo o conhecimento seria posto em dúvida (até o próprio empirismo), mas o empirismo é inconsistente pois "sua mutilação cruel da experiência humana leva a uma severidade científica que prestigia seus próprios defeitos." [13]

As conexões entre as conclusões extremistas dos protestantes liberais e modernos apareceram, e os protestantes mais conservadores e Fundamentalistas ainda não parecem muito claros à maioria — estão claros apenas para os Fundamentalistas conservadores! Embora estes conservadores enxerguem uma oposição quase completa entre o liberalismo protestante, eles usam os mesmos métodos de estudo que os liberais, e é destes métodos que aparecem suas suposições filosóficas. Assim, a diferença entre "liberais" e "conservadores" não é apenas uma diferença de suposições básicas, mas do que os levou às suas conclusões.

Se a exegese protestante fosse verdadeiramente "científica," como ela se apresenta, seus resultados mostrariam mais consistência. Se seus métodos fossem realmente "tecnológicos e imparciais" (como eles dizem), não haveria importância sobre quem os usou, pois eles trabalhariam da "mesma maneira, para todo mundo." Mas o que encontramos quando examinamos o atual estudo bíblico dos protestantes? Segundo seus "experts," a escola protestante de estudos bíblicos está em crise [14]. Na verdade, esta crise é melhor ilustrada pelo mais conhecido estudioso protestante, Gerhald Hasel (em sua pesquisa sobre a história e o atual estado da teologia do Velho Testamento; "Old diz que durante os anos 70 foram produzidas cinco novas teologias protestantes, e nenhuma possuía uma aproximação com a outra e nem métodos comuns [15].

De fato, isto é incrível, considerando o alto-padrão que as escolas protestantes denominam seus estudos bíblicos, já que você pode perceber as ilimitadas conclusões das denominadas "boas escolas" que voltaram à tona. Em outras palavras, você pode encontrar conclusões pessoais sobre diversos assuntos, e até encontrar um P.H.D defendendo-as. Esta área não é uma ciência exata como a matemática ou a química! O que estamos defendendo, é que o que se apresenta como "ciência exata" na realidade é uma pseudociência, que esconde diversas perspectivas teológicas e filosóficas concorrentes. É uma pseudociência pois os cientistas desenvolvem instrumentos capazes de examinar e compreender Deus, pois a teologia científica exata ou este tipo de interpretação bíblica é impossível. Isto não significa que não há nada de útil nesta escola; mas queremos dizer que aspectos legítimos de aprendizagem de história e lingüística são camuflados pela névoa e pela parede da pseudociência, descobrimos então que os métodos de interpretação bíblica dos protestantes são produtos de suas suposições teológicas e filosóficas. [16]

Com uma subjetividade que ultrapassa a dos mais especulativos psicanalistas freudianos, os estudiosos protestantes escolhem os "fatos" e as "evidências" que fundamentam seus métodos de trabalho, para então prosseguir com suas suposições sobre a Bíblia Sagrada. Durante todo o tempo, os estudantes protestantes "liberais" e "conservadores" descreveram-se como cientistas "imparciais." [17] E desde quando as universidades modernas pararam de fornecer P.H.D.´s aos que apenas não adulteram a Verdade, os estudiosos protestantes passaram propor teorias "novas" e "criativas." Esta é a mesma essência de toda heresia: novidade, uma arrogante opinião pessoal e auto-ilusão.

NOTAS DE RODAPÉ

10. Ibid., 115.

11. A palavra "positivismo" vem do francês "positif," que significa "seguro, certo." Este termo foi utilizado primeiramente por Augusto Comte. Este sistema constituí-se na suposição de que o fato e a instituição é a última base do conhecimento — na filosofia de Comte, a experiência ou a percepção constitui a base, sendo assim o precursor do Empirismo Moderno [c.f. Encyclopaedia of Religion and Ethics, 1914 ed., s.v. "Positivism," by S.H. Swinny; and Wolfhart Pannenburg, Theology and Philosophy of Science, trans. Francis McDonagh (Philadelphia: Westminster Press, 1976), p. 29].

12. Por exemplo, um método para determinar a realidade dos eventos passados, os estudiosos empiristas utilizam o princípio da analogia. Desde que o conhecimento está baseado na experiência, o modo da pessoa entender está relacionado ao que é familiar. Sob o disfarce da análise histórica, eles julgam que um evento do suposto do passado (por exemplo, a ressurreição de Jesus) deve ser baseado em o que nós sabemos pela nossa experiência. E desde que estes historiadores passaram a observam tais coisas, os eventos milagrosos da Bíblia passaram a ser descritos como mitos ou lendas. Assim, para um Empirista, um "milagre" requer a violação da lei natural, então não existe milagre (por definição), pois as leis naturais são determinadas pela observação do que experimentamos, para o Empirista confrontado com a moderna analogia do milagre, o milagre não é mais um milagre, por constituir uma violação à lei natural. Portanto, os empiristas não produzem resultados que falsificam a realidade transcendente, ou os milagres, mas suas suposições negam desde o início a existência de tais coisas. [c.f. G. E. Michalson, Jr., "Pannenburg on the Resurrection and Historical Method," Scottish Journal of Theology 33 (April 1980): 345-359.]

13. Rev. Robert T. Osborn, "Faith as Personal Knowledge," Scottish Journal of Theology 28 (February 1975): 101-126.

14. Gerhard Hasel, Old Testament Theology: Basic Issues in the Current Debate (Grand Rapids: Eerdman’s Publishing Company, 1982), p. 9.

15. Ibid., p. 7.

16. I have discussed Liberal Protestantism only to demonstrate the fallacies of "Historical" exegesis.

17. Para uma crítica maior sobre o Método Crítico Histórico, veja Thomas Oden, Agenda for Theology: After Modernity What? (Grand Rapids: Zondervan, 1990) pp 103-147.

FONTE:

Folheto Missionário número P106
Copyright © 2005 Holy Trinity Orthodox Mission
466 Foothill Blvd, Box 397, La Canada, Ca 91011
Redator: Bispo Alexandre Mileant
(sola_scriptura_john_whiteford_p.doc, 04-29-2005) 

ECCLESIA

Formar um sacerdote, fibra de força e de misericórdia

Cardeal Stella e a Praça São Pedro | Vatican News

Os dicastérios da Santa Sé contados de dentro: história, objetivos e "balanço de missão", como funcionam as estruturas que apoiam o ministério do Papa. A Congregação para o Clero na entrevista com o Prefeito, Cardeal Beniamino Stella.

Alessandro De Carolis – Vatican News    

A "oficina" é o seminário, onde não apenas se constrói um intelecto, mas especialmente o coração, a própria fibra, humana mais do que cristã, do homem chamado a se tornar pastor de almas. O percurso para a formação sacerdotal é tarefa da Congregação para o Clero que dá especial atenção ao contexto de uma atividade que abraça e administra todos os aspectos da vida de um ministro de Deus em suas diversas articulações, com um balanço de missão anual de cerca de 2 milhões de euros (valores de 2021). O cardeal Beniamino Stella, prefeito do dicastério, explica o trabalho de seus colaboradores ao longo do caminho indicado pelo Papa Francisco, o de uma Igreja servida e animada por inteligências e braços que reavivam, em todo o mundo, a figura do Bom Samaritano.

Balanço de missão dos Dicastérios

A carta escrita em 4 de agosto de 2019, por ocasião do 160º aniversário da morte do Cura d'Ars, representa uma pequena "suma" pastoral e espiritual do magistério do Papa Francisco sobre o sacerdócio; qual é a "identidade típica" do sacerdote contida nela?

R. - O Papa Francisco está sempre muito atento aos sacerdotes e ao seu ministério. Já falou a eles em várias ocasiões, destacando certos aspectos da vida sacerdotal. A Carta para o 160º aniversário da morte de São João Maria Vianney representa um presente especial do Santo Padre, que se dirige aos sacerdotes a partir, antes de tudo, de sua própria experiência de vida. Lendo o texto do Papa, parece que ele "vê" seus "irmãos sacerdotes", que "sem fazer barulho" deixam tudo para se comprometerem ao serviço da comunidade e trabalhar "nas trincheiras", expostos às mais variadas situações, colocando "seu rosto", mas sem se dar "demasiada importância, para que o povo de Deus possa ser cuidado e acompanhado".

Assim, o Papa Francisco oferece uma típica identidade “existencial” do sacerdote. Ele não fala de um sacerdote ideal, que não existe, mas na realidade ele se dirige à multidão de sacerdotes que "em muitas ocasiões, de forma silenciosa e sacrificada", empenhando-se no "serviço a Deus e a seu povo", no anúncio do Evangelho, na celebração dos Sacramentos e no testemunho da caridade, escrevem "as mais belas páginas da vida sacerdotal". Apesar dos pecados e até mesmo às vezes dos crimes de alguns membros do clero, sobre os quais o Santo Padre não se cala, ele assinala que existem "muitos sacerdotes que, de maneira constante e íntegra (...), fazem de suas vidas uma obra de misericórdia".

É precisamente a misericórdia, diz o Santo Padre, depois do dom da própria vida, que é outra "qualidade primorosa" do padre, que o configura a Cristo Bom Pastor. Trata-se de uma atitude alegre, que tira sua força da oração e dos sacramentos, que toma forma na comunhão com o Bispo e seus coirmãos, que se realiza no entusiasmo pela evangelização e que, na perseverança e "paciência", torna-se proximidade "à carne do irmão sofredor".

Uma outra característica indicada pelo Santo Padre é a "coragem sacerdotal", que a Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis coloca dentro da necessária maturidade humana exigida dos candidatos às ordens sagradas. O Papa Francisco explica que o ministério sacerdotal não está imune "ao sofrimento, à dor e até mesmo à incompreensão", que são meios de configuração a Cristo, quando são assumidos e integrados no caminho da fé e da oração, através dos quais o sacerdote, fugindo da acídia - que o Papa chama de "tristeza adocicada" - permanece "diante do Senhor", que cura seu coração ferido e lava seus pés que ficaram sujos pela "mundanização".

Por fim, o conjunto de identidade oferecido pela Carta, descreve, sem citá-lo, a experiência de santidade do Cura d'Ars, explicita "dois laços constitutivos" da identidade sacerdotal: a ligação pessoal, íntima e profunda com Jesus, e a ligação com o Povo de Deus. A atitude que o Santo Padre propõe, seguindo o exemplo da Mãe de Deus, é o louvor. Poderíamos dizer, resumindo os traços de vida sacerdotal apresentados na Carta, que o Papa Francisco pede aos sacerdotes de hoje que sejam sacerdotes do Magnificat.

Cardeal Beniamino Stella ao lado da foto de São João Maria Vianney

Para o Pontífice, "a renovação da fé e o futuro das vocações só é possível se tivermos padres bem formados". Que espaço ocupam os temas da pastoral vocacional e da formação permanente do clero no trabalho da Congregação?

R. - A Congregação para o Clero dedicou tempo e energia para a elaboração da Nova Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis, publicada em 8 de dezembro de 2016, que, portanto, no final de 2021, completará 5 anos em vigor. É precisamente o próprio "dom da vocação ao presbitério, colocado por Deus no coração de alguns homens, que compromete a Igreja a oferecer-lhes um sério caminho de formação".  O Papa Francisco, reunido com a Congregação por ocasião da Assembleia Plenária de 2014, definia a formação como "guardar e fazer crescer as vocações para que deem frutos maduros". De fato, os sacerdotes são um diamante bruto, a ser trabalhado com cuidado, com respeito pela consciência das pessoas, e com plenitude, para que possam brilhar no meio do povo de Deus". Na perspectiva da Ratioa formação sacerdotal é única, começa no seminário (Formação Inicial), e continua durante toda a vida do sacerdote (Formação Permanente).

A Congregação acompanha, portanto, as Conferências Episcopais, e às vezes as dioceses individuais, na promoção da formação inicial e permanente do clero. Uma oportunidade favorável para o diálogo a este respeito com os Bispos dos diversos países do mundo é proporcionada pelas Visitas ad limina, ocasião em que, além de tratar de vários outros temas relativos às competências do Dicastério, é dado amplo espaço ao tema dos seminários e caminhos de formação permanente do clero. A Congregação insiste na implementação de projetos de formação e acompanha os caminhos iniciados, oferecendo indicações tanto de método como de conteúdo.

Por fim, a Congregação presta particular atenção às vocações sacerdotais, exortando ao estabelecimento e promoção em dioceses individuais, ou em nível regional ou nacional, de Centros apropriados, encorajando iniciativas de oração e também apoiando os Bispos como os principais responsáveis pelas vocações ao sacerdócio. É uma convicção comum, de fato, que a presença em comunidades do clero treinadas humana, espiritual, intelectual e pastoralmente, de acordo com as bem conhecidas quatro dimensões apresentadas pela Pastores dabo vobis, contribuirá significativamente para criar um clima espiritual adequado para o crescimento de novas vocações.

Como está estruturada a atividade do Dicastério e quais são os custos de gestão que permitem apoiar os objetivos da "missão" que lhe foi confiada?

R. - Como a palavra Congregação sugere, o Dicastério é composto de uma pluralidade de pessoas que colaboram para o serviço ao clero. Fazem parte da Congregação como membros, alguns Cardeais, Arcebispos e Bispos, designados pelo Santo Padre tanto de dentro da Cúria Romana como de diferentes partes do mundo garantindo assim seu alcance universal. A Congregação é presidida por um Cardeal Prefeito, assistido por dois Arcebispos Secretários, um dos quais responsável pelos Seminários, e por um Subsecretário. Dentro do Dicastério há 27 sacerdotes e 4 leigos. Além disso, quando necessário, vários consultores (teólogos, canonistas, psicólogos, juristas) colaboram com o Dicastério, tanto clérigos como leigos.

A atividade da Congregação para o Clero está dividida em quatro Seções. A Seção Clero, além dos numerosos casos "disciplinares" e de apoio às Igrejas particulares, examina as reclamações e responde aos pedidos dos Bispos e do clero. Uma área significativa é a dos "Recursos hierárquicos", por exemplo contra a supressão das paróquias, como expressão da liberdade dos fiéis de "dialogar" com a autoridade quando se sentem sobrecarregados por algum ato de governo e não é possível, apesar das tentativas, chegar a uma solução pacífica de outra forma. Através das "Faculdades Especiais" concedidas ao Dicastério, a Congregação pode demitir, por razões muito graves, os presbíteros e diáconos do estado clerical. Do trabalho e da experiência da Seção Clero surgiu a recente Instrução A Conversão Pastoral da Comunidade Paroquial a Serviço da Missão Evangelizadora da Igreja (20 de julho de 2020).

Seção Seminários se ocupa da promoção das vocações e apoia os Bispos diocesanos e as Conferências Episcopais no campo da formação sacerdotal, tanto inicial quanto permanente, especialmente nos seminários. Promove o conhecimento e a aplicação da Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis e acompanha os episcopados locais na elaboração da Ratio Nationalis, que deve depois ser aprovada pela Congregação para o Clero. Também é responsável pelos Colégios e Internatos em Roma. A Seção Administrativa, é competente em matéria de ordenamento e administração dos bens eclesiásticos que se encontram "sob a Suprema Autoridade do Romano Pontífice" e é um dos instrumentos que o Santo Padre utiliza para supervisionar a correta administração do patrimônio da Igreja. O Dicastério também exerce esta função quando se trata de conceder a Licença necessária ad valitatem para alguns atos de alienação de bens. A Seção Dispensas trata com os clérigos que abandonaram o exercício do ministério e pretendem se reconciliar com Deus, com a comunidade eclesial e também com sua própria "história". A concessão da dispensa - reservada ao Santo Padre - não é um direito, mas uma graça, concedida caso a caso, como sinal de misericórdia, quando a situação de abandono do ministério e de perda de identidade por parte do clérigo é considerada irreversível.

No que diz respeito aos custos de gestão, estes são atribuíveis aos salários dos funcionários e às despesas operacionais, e são cobertos pelas entradas das Atividades Institucionais (concessão de Rescrições em referência ao ordenamento de bens eclesiásticos, das dispensas das obrigações sacerdotais e diaconais, e da aplicação das Faculdades Especiais). Por fim, os Cursos de formação oferecidos pelo Dicastério são parcialmente financiados por uma contribuição simbólica dos estudantes, e o restante através da generosidade de outras entidades, entre as quais, em sua maioria, a Pia Fundação Pontifícia "Ajuda à Igreja que Sofre". 

A questão do celibato sacerdotal volta ciclicamente ao centro dos debates da Igreja. O Papa Francisco tem reiterado repetidamente seu valor como uma "doação" e – concordando com a clara posição de São Paulo VI - sempre excluiu uma mudança na atual disciplina eclesiástica. Como a Congregação relança o Magistério do Papa e promove a reflexão entre os sacerdotes sobre o valor da escolha do celibato?

R. - O tema da vida no celibato do sacerdote reaparece várias vezes à atenção, até porque é um "sinal de contradição" com respeito à mentalidade mundana, como é o casamento fiel, indissolúvel e aberto à vida. Além disso, as inconsistências e às vezes até mesmo os crimes dos sacerdotes poderiam levar a pensar que o problema reside precisamente no fato de que o padre viva no celibato. No entanto, os Pontífices do século passado reafirmaram e motivaram, mesmo em tempos difíceis, o valor do celibato como doação total a Deus e, consequentemente, como um espaço de liberdade para o ministério.

A Congregação para o Clero contribui para a reafirmação deste valor antes de tudo com um constante trabalho de estudo, por assim dizer, interno: os oficiais - teólogos, canonistas, psicólogos, formadores - se aplicam a um exame contínuo do tema, com a contribuição dos Membros e dos Consultores, para que a escolha celibatária possa ser compreendida em sua autenticidade, mas também em sua atualidade. O fruto deste trabalho é apresentado nos Cursos promovidos pelo Dicastério e compartilhado com as Conferências Episcopais, com os Formadores dos Seminários e com as Universidades. Um aspecto fundamental é a formação para o celibato sacerdotal. A formação ao celibato sacerdotal, de fato, não pode ser limitada ao tempo do seminário (formação inicial), mas deve continuar durante toda a vida do sacerdote (formação permanente), para que os sacerdotes possam constantemente assumir e renovar sua consciência de estar "enraizados em Cristo Esposo e totalmente consagrados ao serviço do Povo de Deus", entendendo o "celibato como um dom especial de Deus", segundo o ensinamento da Ratio, n. 110.

Não se trata, porém, de observar externamente uma pura disciplina, mas de acolher e assimilar sempre e de novo, como exortava São João Paulo II na Pastores dabo vobis, n. 29, "a motivação teológica da lei eclesiástica do celibato". Trata-se, por assim dizer, de viver um mistério, que talvez "não seja dado a todos para entender" (Mt 19 11-12), mas que justamente por isso exige uma profunda maturidade humana e espiritual, que a Congregação se compromete em promover através dos diversos canais de formação e apoio às Igrejas locais. Há uma bela imagem usada pelo Papa Francisco na Exortação Apostólica Pós-Sinodal Querida Amazonia, no n. 101: "Jesus Cristo apresenta-Se como Esposo da comunidade que celebra a Eucaristia, através da figura de um varão que a ela preside como sinal do único Sacerdote”. Por esta razão o presbítero celibatário não só representa, mas vive, poderíamos dizer, a representação viva deste "diálogo entre o Esposo e a esposa".

O tema do abuso de menores por parte de sacerdotes continua sendo uma ferida aberta no coração da Igreja. Qual é a contribuição específica que seu Dicastério pode oferecer para o trabalho de prevenção e erradicação deste doloroso fenômeno?

R. - A prevenção desses crimes por parte dos clérigos encontra-se em uma cuidadosa formação sacerdotal. Deve ser especificado, entretanto, que por formação não se entende simplesmente a comunicação de conceitos, com vistas à informação ou atualização, mas sim - tanto no seminário como após a ordenação – de uma formação integral, ou seja, relativa a todos os aspectos da pessoa, incluindo também a dimensão humana nos aspectos de afetividade, sexualidade e vontade. O seminarista primeiro, e depois o sacerdote, são chamados a crescer harmoniosamente como homens dotados de um saudável equilíbrio psicológico, maturidade afetiva e capacidade relacional.

A Congregação para o Clero propõe este tipo de educação da personalidade nos Seminários e nos cursos de formação permanente do Clero. Com efeito, a Ratio, pede neste campo "a máxima atenção", exclui das ordens sagradas os que "estiveram de alguma forma envolvidos em crimes ou situações problemáticas nesta área", e fornece "no programa de formação inicial e permanente" lições, seminários ou cursos específicos sobre a proteção de menores", interessando-se também "por áreas de possível exploração ou violência" como "por exemplo, o tráfico de menores" ou "trabalho infantil" (Ratio, 202). A figura do sacerdote proposta pela Ratio Fundamentalis, neste sentido, é a de um Pai e de um Pastor que cuida dos fiéis, um defensor dos mais pobres e fracos.

Em 2013, a Congregação foi encarregada da responsabilidade dos Seminários. Em quais setores e de que forma este trabalho é realizado?

R. - O Papa Bento XVI, com o motu proprio Ministrorum Institutio, de 16 de janeiro de 2013, quis que a Congregação para o Clero fosse responsável por tudo o que diz respeito à formação, vida e ministério dos sacerdotes e diáconos, a partir da perspectiva da unidade da matéria. Desde 1992, de fato, a exortação apostólica Pastores dabo vobis tinha permitido superar a concepção de formação identificada quase exclusivamente com o aspecto intelectual, e destinada a passar nos exames e obter títulos. A novidade do documento, por outro lado, consistia em apresentar em primeiro lugar uma formação integral, ou seja, incluindo, em harmonia, quatro dimensões: intelectual, espiritual, pastoral e humana. Em segundo lugar, depois, uma formação única e contínua, dividida em duas fases. A primeira no Seminário, como formação inicial que depois continua durante toda a vida do sacerdote na segunda fase, ou seja, a formação permanente.

Com essa perspectiva, foi realizada a transferência de competência em 2013, seguida, em 2016, pela nova Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis. Como resultado, as quatro Seções da Congregação, distinguidas pelas exigências de trabalho, atuam em conjunto em favor do clero. De maneira particular, os pedidos que emergem da vida concreta dos sacerdotes contribuem para estruturar caminhos de formação mais condizentes com a realidade e respondem às experiências do tempo presente. Na prática, o Dicastério acompanha as Conferências Episcopais na elaboração de uma Ratio Nationalis, ou seja, diretrizes para a formação sacerdotal que, com base nas indicações para a Igreja Universal contidas na Ratio Fundamentalis, refletem mais adequadamente a história, a cultura e os desafios de cada país individualmente. Além disso, a Congregação é competente para seminários interdiocesanos, no que se refere à sua criação, supressão e unificação, assim como para a aprovação de seus estatutos e a nomeação de seu reitor, sob proposta do episcopado local.

Um âmbito de particular importância a este respeito é o das Visitas Apostólicas ordinárias aos Seminários, que são necessárias para manter constante um diálogo e intercâmbio entre as Igrejas particulares e a Igreja universal. A fim de garantir este espírito, a Seção Seminários promove o diálogo com as Comissões Episcopais apropriadas, bem como com as Associações Nacionais de Seminários. Além deste estreito contato com as Igrejas locais, o Dicastério promove regularmente cursos de formação para formadores nos Seminários, geralmente por áreas linguísticas, organiza um Curso de Práxis Administrativa Canônica para os sacerdotes que são estudantes em Roma e que serão chamados para serem agentes legais em suas dioceses de origem, assim como um Curso de Práxis Formativa para os que se dedicarão a atividades educacionais, especialmente nos Seminários. A ideia básica é 'pensar' e criar seminários que preparem Sacerdotes segundo o Coração de Cristo, adequados às necessidades do mundo contemporâneo.

Cardeal Stella ao lado de uma foto antiga de seminaristas jogando futebol

O âmbito de atividade da Congregação também inclui o diaconato permanente. Qual é a realidade deste ministério na Igreja de hoje? E que espaço específico deve ser dado aos diáconos para evitar o risco de que seu papel permaneça suspenso em algum lugar entre o do padre e o do leigo?

R. - O Papa Francisco o disse abertamente: "Devemos ter cuidado para não ver os diáconos como meio-sacerdotes e meio-leigos". E ele identificou sua principal característica: eles são "os guardiães do serviço na Igreja". A ordenação diaconal é para alguns, os chamados diáconos transitórios, uma etapa no caminho para o sacerdócio ministerial, na qual a atitude de Cristo Servo é assumida para toda a vida, imitando o Senhor Jesus também no celibato. Depois, o Concílio Vaticano II, na esteira da Tradição da Igreja, restabeleceu a possibilidade do diaconato permanente, ou seja, dos homens, mesmo casados, ordenados não para o sacerdócio, mas precisamente para o serviço na Igreja. De fato, eles exercem seu ministério em celebrações e pregações, em obras de caridade, no cuidado com os pobres e na colaboração competente na administração dos bens da Igreja.

A Congregação para o Clero, em sua recente Instrução sobre a Renovação da Comunidade Paroquial (nn. 79-82), apresentando uma visão ministerial da Igreja, e na esteira do ensinamento conciliar e dos Pontífices, destacou a tarefa dos diáconos permanentes como profetas de serviço. Seu ministério, além disso, deve ir além dos limites da comunidade eclesial; de fato, eles são enviados às "periferias" e são marcados por um carisma missionário, especialmente para o "primeiro anúncio" do Evangelho nos lugares de fronteira e nos ambientes da vida ordinária das pessoas. Refiro-me aos diáconos permanentes envolvidos em hospitais, prisões, no acolhimento de migrantes, no mundo da educação e nos centros de escuta das Cáritas: hoje eles continuam, em nome de toda a Igreja, a obra do Bom Samaritano.

O aplicativo Clerus-App

Para realizar esta vocação específica, existe a necessidade de uma formação que não diz respeito apenas à dimensão intelectual, mas também à maturidade humana e espiritual, em vista da evangelização. Por esta razão, o Dicastério acompanha as Conferências Episcopais na elaboração de uma Ratio para a formação dos diáconos permanentes, a fim de realizar plenamente o potencial inerente à sua vocação. Além disso, a Congregação está em diálogo com os episcopados locais para que em todo o mundo possa ser instituída a ordem dos diáconos permanentes, que em algumas Igrejas locais ainda não foi providenciada. De fato, é responsabilidade das Conferências Episcopais providenciar a promoção do diaconato permanente em cada país.

Além disso, um aspecto único do diaconato permanente é o fato de que os homens casados também podem ser admitidos neste ministério. Esta opção os distingue claramente dos padres, que são sempre celibatários na Igreja latina. Também, o diácono permanente que tem uma família e exerce uma profissão é uma testemunha privilegiada do chamado universal à santidade na vida ordinária. No entanto, existem, embora em menor número, diáconos permanentes celibatários que testemunham o valor da virgindade para o Reino dos Céus, assumindo o compromisso do celibato no momento da ordenação, a fim de se dedicarem com maior liberdade às exigências do ministério.

A Congregação para o Clero está empenhada em promover o diaconato permanente em toda sua riqueza e atualidade: estes homens, de fato, não são "acólitos com a estola", mas são cristãos que se comprometem em manifestar - em comunhão com o Bispo e o presbitério diocesano - o rosto de Jesus, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida, seguindo o exemplo de São Francisco de Assis, que foi diácono permanente e que, motivando o serviço com a fraternidade, nos ensina a dirigir-nos aos outros chamando-os de "Fratelli tutti".

Vatican News

A empatia e o luto que revelam nossa humanidade

Shutterstock
Por Francisco Borba Ribeiro Neto

Diante da morte, temos um grande inimigo e um grande amigo.

Entre mais de 400 mil mortes por Covid-19, nenhuma provocou uma comoção nacional como a do ator Paulo Gustavo. Representa a face mais trágica da segunda onda da pandemia no Brasil: a morte de pessoas relativamente jovens, no auge da capacidade realizadora, que deixam filhos pequenos. Gente que ainda teria muito para viver, para dar e receber do mundo. Além disso, pelo temperamento e pelo ofício, representava a alegria da vida, o lado simpático do humor, o amigo que todos querem ver próximo.

Não assisto muito a televisão ou cinema, nem acompanho a vida das celebridades. Soube quem era Paulo Gustavo pelas notícias divulgadas durante sua doença. Pouco posso dizer sobre ele além disso, que está sendo amplamente divulgado na mídia. Acrescento apenas um detalhe, que me chamou a atenção. Na comunidade cristã, enquanto alguns insistiram em criticá-lo por sua união homoafetiva, outros fizeram questão de exaltá-lo por seu apoio a obras sociais católicas. A realidade é sempre mais complexa do que nossos esquemas – e esse, sem dúvida, é o desejo de Deus.

A empatia precede os valores

O luto que se espalhou pelo Brasil, com a morte de Paulo Gustavo, fala muito de nossa necessidade de dar nome, ver o rosto, identificar os amados daquele que morreu. Repetimos incessantemente que não somos números, mas precisamos dessa personalização das vítimas para recuperar o sentido da tragédia pessoal. Com o avanço da pandemia em 2021, é cada vez mais difícil encontrar alguém que não tenha um amigo ou um parente com perfil semelhante ao dele. Contudo, cada um de nós vive a sua dor num momento diferente, com um grupo específico. A força do drama da pessoa emblemática está justamente em sincronizar o sentimento coletivo, criando essa empatia que conecta as pessoas.

Essa percepção da dor do outro é uma das grandes forças construtoras da vida em sociedade e da descoberta que, ao longo da vida, fazemos de nossa própria humanidade. Psicopatas e sociopatas se caracterizam, entre outros aspectos, por sua incapacidade de ter empatia, de perceber o que acontece com as demais pessoas. Estão fechados em seu mundo e, nessa condição, não conseguem desenvolver nem mesmo sua própria humanidade.

A historiadora Lynn Hunt, no clássico A invenção dos direitos humanos: uma história (São Paulo: Companhia das Letras, 2009) considera que o desenvolvimento da empatia, enquanto sentimento social, nos séculos XVII e XVIII, e da percepção da própria dignidade estão na base da construção de sociedades democráticas, que procuram reconhecer e respeitar os direitos humanos. A empatia precede o reconhecimento dos valores morais e políticos, não no sentido de ser mais importante, mas no sentido de que ela é um dos fatores que concorrem para uma justa compreensão desses valores. Sem empatia, os valores se tornam formais e moralistas, podendo ser facilmente manipuláveis por quem tem o poder. Sem valores sólidos, a empatia se torna sentimentalista e instintiva, também se prestando facilmente à manipulação.

Nesse sentido, o luto compartilhado, experimentado com a morte de Paulo Gustavo, independentemente da opinião que cada um possa ter dele ou da política nacional, é um bem para a sociedade brasileira no enfrentamento à pandemia.

O luto e o mistério da vida

A morte sempre traz dor aos vivos. A falta e a saudade, o não dito e o não feito, podem – quando muito – ser mitigados pelo tempo, mas nunca evitados. Quem quisesse eliminar a dor da morte precisaria amputar a própria humanidade, se deixar transformar em criatura embrutecida ou máquina insensível.

Contudo, a dor da morte desvela a nós o mistério do mundo. Por algum tempo, é como se o véu do templo se rasgasse e pudéssemos adentrar o recinto sagrado onde o humano pode encontrar o divino e apreender o sentido último da realidade. É uma experiência sofrida, mas representa um bem possível. Como enfrentamos a morte, nossa e das pessoas que amamos, depende de como vivemos a vida. Por outro lado, o aprendizado propiciado pela morte nos torna mais sábios e, paradoxalmente, nos permite ser mais felizes no resto da vida – mesmo que a falta e a dor não desapareçam.

Diante da morte, temos um grande inimigo e um grande amigo. O inimigo é o absurdo, a falta de sentido, que se abate sobre nós particularmente diante do falecimento dos jovens, das mortes súbitas ou que poderiam ser evitadas. O absurdo da morte nos dá a impressão de que tudo é vão, relativiza nossas realizações e nos enche de medo da própria vida. O amigo é, justamente, a negação do absurdo: o sentido das coisas, que só o amor pode nos dar. A vida ganha sentido quando se torna um gesto de amor, a morte ganha sentido quando nos descobrimos amados por toda a eternidade. Quem não descobriu esses dois aspectos da existência, dificilmente viverá a morte e o luto de forma serena.

Em tempos de pandemia, quando o absurdo da morte parece ser ainda maior, se torna ainda mais urgente descobrir o sentido e a grandeza do amor.

Aleteia

8 mentiras sobre Deus que os católicos devem conhecer e rebater

Santíssima Trindade / Lawrence OP (CC-BY-NC-ND-2.0)

Lima, 10 mai. 21 / 07:00 am (ACI).- Tendo em conta a complexidade da teologia católica a respeito da natureza de Deus, a seguinte lista, baseada nas Sagradas Escrituras e no Magistério da Igreja, responde a 8 mentiras recorrentes que estão à espreita dos católicos no mundo atual.

1. Cristo é insuficiente

Não existem novas revelações e o cânon bíblico está fechado. Há muitas pessoas que querem “aumentar” os ensinamentos de Cristo sustentando que, como as Sagradas Escrituras foram “escritas há muito tempo”, estas deveriam ser “atualizadas”.

Videntes e impostores de todo tipo difundem suas supostas “habilidades proféticas” que, ao parecer, estão contra o que sabemos de Deus. Nada mais longe da verdade.

Se estas pessoas estão certas, por que o Espírito Santo dá a cada uma diferentes mensagens? Cristo e sua Igreja não precisam de nada dos seres humanos. A mensagem de Cristo é válida e autêntica ontem, hoje e sempre como afirma no livro dos Hebreus 13,8.

2. Pode haver novas revelações do plano da salvação

Não há e nunca poderão existir novas revelações para ser acrescentadas na economia da salvação. Algumas revelações privadas foram aprovadas pela piedade popular (por exemplo, Sagrado Coração, Nossa Senhora de Lourdes, a Divina Misericórdia) e outras não.

A chave é se estão de acordo com as revelações originais de Cristo nas Sagradas Escrituras. As pessoas se colocam em uma situação precária quando se atrevem a julgar não somente a Bíblia, como também a Deus e Sua Igreja, negando assim a Tradição e o magistério.

3. Jesus nunca assegura ser Deus na Bíblia

Cristo se refere a si mesmo como Deus cerca de 50 vezes nas Sagradas Escrituras.

Do mesmo modo, os Evangelhos mostram as reações de quem se opunha a Jesus depois de afirmar que Ele era Deus ou igual a Deus (por exemplo em Marcos 14,61-62).

Se Jesus nunca afirmou ser Deus, por que algumas pessoas se incomodaram tanto com Ele há 2000 anos ao ponto de crucificá-lo? Cristo foi condenado à morte porque o consideravam blasfemo ao referir-se a si mesmo como Deus.

4. Todos somos filhos de Deus e, portanto, Ele deve amar tudo o que somos

Sim. Deus criou todos nós. Deus ama todos. Todos somos seus filhos. Entretanto, Ele nos chama para Si mesmo em um espírito de amor e arrependimento, mas nem todo mundo está preparado e disposto a fazer esse tipo de compromisso.

Não podemos dizer que somos seus filhos e ao mesmo tempo nos negar em reconhecer nossa relação com nosso Pai Celestial. (1 João 3,10, Romanos 8,15, Efésios 2,1-16).

Deus é misericordioso, mas nem todos nós queremos ser perdoados, ou inclusive, pensamos que não fizemos nada que deve ser perdoado (1 João 1, 8).

5. Todos adoramos o mesmo Deus

Só existe um Deus único e verdadeiro porque Ele mesmo o afirmou (Deuteronômio 4,39, Isaías 43,11, 45,5), entretanto, nem todo mundo o reconhece. Cabe também destacar que nenhuma deidade pagã afirmou algo assim.

Apesar de parecer ser politicamente correto que todas as pessoas adoram o mesmo Deus, é teológica, histórica e antropologicamente incorreto. Fora da tradição judaico-cristã, as deidades são impotentes, caprichosas, comedidas, hedonistas, egoístas, tremendamente emocionais e tem pouca preocupação pelos assuntos humanos.

O Deus judaico-cristão é o prórpio amor. Nenhuma outra religião descreve sua deidade desta maneira.

6. Todas as religiões são iguais

Esta crença está ligada ao ponto anterior e, portanto, é incorreta. Algumas religiões são violentamente a antítese de todas as demais expressões religiosas. Alguns requerem o sacrifício humano, condutas imorais, as quais são consideradas virtudes ou propõem “textos sagrados” que são ilógicos e contraditórios. É impossível sugerir que todas as religiões sejam iguais.

Cristo nos diz que Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida (João 14,6). O Deus judaico-cristão se apresentou ao seu povo e lhes ensina porque os ama (Atos 4,12). Nenhuma outra religião faz tais afirmações. A salvação só vem de Cristo e não de Maomé, Buda ou Joseph Smith. O culto lhe pertence por direito somente a Yahvé, que é o grande ‘EU SOU’ (Apocalipse 4,11).

Existem diferenças irredutíveis entre o cristianismo e o judaísmo como a encarnação, a paixão e a ressurreição. Podemos estender esta lista de incompatibilidades ao considerar as religiões pagãs. Entretanto, muitas exigências éticas através das religiões podem ser iguais ou pelo menos compatíveis. Esta não é uma coincidência estranha, pelo contrário, se o único Deus está chamando toda a humanidade, então sua marca será deixada sobre várias respostas ao chamado.

7. Deus usa os homens como “ratos de laboratório”

Deus é onisciente e sabe o que vamos fazer. Ama nossa existência e não nos trata como se fôssemos “ratos de laboratório”.

Deus é amor (1 João 4, 8-16) e, portanto, nunca poderia nos torturar para ver “o que faríamos”. A tentação está dentro de nós mesmos e é nossa decisão seguir a lei de Deus ou rechaçá-la (Deuteronômio 30,19).

8. A Eucaristia é um mero símbolo

Esta é uma perniciosa heresia e é bastante frequente. Por que o pão e o vinho são oferecidos no altar por um sacerdote como Corpo e Sangue de Cristo? Porque Jesus o diz (Lucas 16).

De fato, revelou às pessoas que o acompanhavam na sinagoga de Cafarnaum e vários fizeram birra. Jesus perguntou aos seus discípulos se também queriam deixá-lo por fazer tal afirmação e Pedro respondeu: “Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (João 6,68).

Além do que Jesus disse, deve se considerar como os primeiros cristãos viam a Eucaristia. Para São Paulo, é uma celebração com a qual se anuncia e atualiza a morte do Senhor até a sua volta (1 Coríntios 11,26).

“Portanto, quem come o pão ou bebe o sangue do Senhor indignamente, será réu do corpo e sangue do Senhor. Por isso, cada um deve examinar-se, e comer deste modo o pão e beber do cálice. Porque quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe sua própria condenação” (1 Coríntios 11, 27-29).

A Didaquê ou instrução dos doze apóstolos reflete este sentimento: “Não permitam que comam ou bebam de sua Eucaristia, a exceção dos batizados em nome do Senhor, porque o Senhor falou: ‘Não deem o que é santo aos cães’” (Didaquê 9,5).

Publicado originalmente em National Catholic Register (https://www.ncregister.com/).

ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF