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segunda-feira, 10 de maio de 2021

S. JOÃO DE ÁVILA, SACERDOTE

S. João de Ávila | Dom Total

São João de Ávila, o Apóstolo da Andaluzia

11 de maio de 2012 – No fim do século XV nascia em Almodóvar del Campo, nas cercanias de Toledo, mais um varão que seria um dos luminares no firmamento da Santa Igreja: São João de Ávila.

Nascido a 6 de janeiro de 1500, e tendo ancestralidade judia, o pequeno João aos 14 anos foi enviado a Salamanca para estudar Direito mas, não sentindo no estudo das leis humanas o estímulo para a sua vida, abandonou os estudos e regressou à cidade natal, ali passando três anos em reflexão e penitência, sendo-lhe proveitosas as muitas horas que passava recolhido em frente ao sacrário onde era mantido o Santíssimo Sacramento.

Discernindo um chamado de Deus, decidiu-se por trilhar a via clerical, o que foi precedido de estudos apropriados feitos em Alcalá de Henares, onde foi aluno de Frei Domingo de Soto, célebre teólogo dominicano.

Sua ordenação presbiteral deu-se em 1526, sendo a primeira missa celebrada por alma de seus pais, que haviam falecido pouco antes, quando ele estudava. Nesse dia vestiu e serviu a refeição a vários mendigos, tendo-se desfeito da fortuna que herdou dos ricos pais (era herdeiro único) destinando-a aos pobres. E passou a viver da caridade dos outros, de quem recebia esmolas para o sustento.

Um ano após ser ordenado dispôs-se a ser missionário na América, e assim ofereceu-se a um bispo que viajaria ao novo continente, rumo ao México. Porém foi dissuadido dessa ideia, aceitando então o encargo de evangelizar a região correspondente ao sul da península ibérica, o que o levou a ser considerado O Apóstolo da Andaluzia, região em que concentrou a maior parte de sua ação.

As atividades evangelizadoras de São João de Ávila revelaram um profundo saber teológico associado a uma alma acentuadamente contemplativa, havendo nele um inegável desprendimento dos bens terrenos. Dotado de especial memória para com as Sagradas Escrituras, dizia-se dele que se, por algum motivo, a Bíblia desaparecesse do mundo, ele a restituiria à humanidade, pois a tinha decorado… Mais importante que a lembrança das palavras era, entretanto, o conhecimento de seu conteúdo, tantas vezes utilizado para fundamentar as palavras faladas e escritas com que desenvolvia seu trabalho evangelizador.

Como exemplo de frutos de seu ardoroso apostolado cita-se a conversão de São Francisco de Bórgia (que futuramente sucederia Santo Inácio de Loyola à frente da Companhia de Jesus) e São João de Deus (que tanto beneficiaria os doentes com suas obras). Vários santos do século XVI com ele trocaram cartas, dentre os quais Santo Inácio de Loyola, São Pedro de Alcântara, São Francisco de Bórgia, Santa Teresa de Jesus.

Infelizmente muitas de suas obras perderam-se com o passar dos anos, principalmente os sermões, não sem antes darem muitos frutos. Vários de seus escritos, porém, foram cuidadosamente conservados. Autor prolífico, escreveu diversas obras ascéticas dirigidas às várias classes de pessoas. Dentre elas citam-se o Epistolário Espiritual Para Todos os Estados, O Conhecimento de Si Mesmo, Tratado Sobre o Sacerdócio, e outras.

Sua ostensiva atuação como pregador incomodou alguns clérigos nos quais o sentimento de inveja brotou, os quais denunciaram São João de Ávila aos inquisidores de Sevilha. Isso fez com que ficasse encarcerado de 1531 a 1533 quando passou por um processo, no qual havia cinco denunciantes que o acusavam e 55 defensores.
Tendo partido para a Eternidade em 1569, São João de Ávila foi beatificado por Leão XIII em 1894 e canonizado por Paulo VI em 10 de maio de 1970. Pio XII, em 1946, proclamou-o patrono do clero secular espanhol. Sua inserção na lista dos Doutores da Igreja foi anunciada por Bento XVI na Jornada Mundial da Juventude em 2011.

Fonte:Gaudium Press

https://cleofas.com.br/

domingo, 9 de maio de 2021

Dia das Mães: 10 mamães católicas que alcançaram a santidade

ACI Digital
Por Maria Ximena Rondón

REDAÇÃO CENTRAL, 09 mai. 21 / 07:00 am (ACI).- Por ocasião da celebração do Dia da Mãe, apresentamos uma lista de 10 mães que chegaram à santidade. Mulheres que são exemplo para as mães católicas de hoje, que mostram que na vida cotidiana do matrimônio e da família é possível alcançar a glória do céu.

Antes de todas as santas, porém, destacamos a Mãe de Deus, a Virgem Maria, aquela que com o seu “sim” concebeu e deu à luz o Salvador. Ela que acompanhou o Senhor em todos os momentos, guardava e meditava tudo em seu coração.

Maria, a mais humilde entre as mulheres, se tornou modelo para toda mulher e mãe, exemplo de amor, fidelidade, confiança em Deus. Além disso, foi à Maria que, na cruz, Jesus entregou toda a humanidade através de São João. Por isso, também nós a chamamos nossa Mãe.

A seguir, a lista das 10 santas mães:

1. Santa Gianna Beretta Molla (1922-1962)

Esta Santa italiana adoeceu de câncer e decidiu continuar com a gravidez de seu quarto filho, em vez submeter-se a um aborto, como lhe sugeriam os médicos para salvar sua vida.

Gianna estudou medicina e se especializou em pediatria. Seu trabalho com os doentes se resumia na seguinte frase: “Como o sacerdote toca Jesus, assim nós, os médicos, tocamos Jesus nos corpos de nossos pacientes”.

Casou-se com o Pietro Molla, com quem teve quatro filhos. Durante toda sua vida, conseguiu equilibrar seu trabalho com sua missão de mãe de família.

Gianna morreu em 28 de abril de 1962, aos 39 anos, uma semana depois de ter dado à luz. Foi canonizada em 16 de maio de 2004 pelo Papa João Paulo II, que a tornou padroeira da defesa da vida.

2. Santa Mônica (332-387), mãe de Santo Agostinho

A mãe de Santo Agostinho nasceu no Tagaste (África) no ano 332. Seus pais a casaram com um homem chamado Patrício. Embora fosse trabalhador, seu marido era violento, mulherengo, jogador e desprezava a religião.

Durante 30 anos, Mônica sofreu os ataques de ira de seu marido. Santa Mônica orava e oferecia sacrifícios constantemente pela conversão de seu esposo. No ano 371, Deus lhe concedeu este desejo e Patrício se batizou. Ficou viúva um ano depois, quando Agostinho tinha 17 anos.

Durante 15 anos rezou e ofereceu sacrifícios pela conversão de seu filho, que levava uma vida libertina. No ano 386, Santo Agostinho lhe anunciou sua conversão ao catolicismo e seu desejo de permanecer celibatário até a morte.

Morreu santamente no ano 387, aos 55 anos. Muitas mães e esposas se pedem a intercessão de Santa Mônica pela conversão de seus filhos e maridos.

3. Santa Rita de Cássia (1381-1457)

Embora desde menina quisesse ser religiosa, seus pais a casaram com o Paolo Ferdinando.

Seu marido pertencia a uma família de mercenários e, apesar de beber muito, ser mulherengo e violento, Rita foi fiel durante todo seu matrimônio. O casal teve filhos gêmeos do mesmo temperamento do pai. A Santa encontrou fortaleza em Jesus, a quem oferecia sua dor.

Depois de 20 anos de oração, Paolo se converteu e começou um caminho de santidade junto a Rita. Entretanto, foi assassinado por seus inimigos. Seus filhos juraram vingar a morte de seu pai e Rita pediu ao Senhor que lhes concedesse a morte antes de vê-los cometer um pecado mortal. Antes de morrer, os gêmeos perdoaram os assassinos de seu pai.

No ano 1417, ingressou como religiosa no convento das religiosas Agostinianas. Ali meditou e aprofundou a Paixão de Cristo. Em 1443, recebeu os estigmas. Depois de uma grave enfermidade, faleceu em 1457. Seu corpo está incorrupto até hoje. É conhecida como a “Santa das Causas Impossíveis”.

4. Santa Maria da Cabeça (?- 1175)

Maria Toribia nasceu na Espanha, próximo de Madri. Foi a esposa de São Isidro Lavrador. Realizava seus trabalhos com humildade, paciência, devoção e austeridade. Além disso, sempre foi atenta e serviçal com seu marido. O casal só teve um filho.

Como tanto Isidro como Maria queriam ter uma vida totalmente entregue a Deus, decidiram se separar. Seu marido ficou em Madri e Maria partiu para uma ermida. Ali, entregou-se a profundas meditações e fazia obras de caridade.

Quando Maria da Cabeça morreu, foi enterrada na ermida que com tanto amor visitava. Seus restos foram transladados para Madri e são atribuídos a ela milagres de cura dos males da cabeça.

5. Santa Ana, Mãe da Virgem Maria

Joaquim e Ana eram um rico e piedoso casal que residia no Nazaré. Como não tinham filhos, ele sofria humilhações no Templo. Um dia, o santo não voltou para sua casa, mas foi às montanhas para entregar a Deus sua dor. Quando Ana se inteirou do motivo da ausência de seu marido, pediu ao Senhor que lhe tirasse a esterilidade e lhe prometeu oferecer seus filhos para seu serviço.

Deus escutou suas orações e enviou-lhe um anjo que lhe disse: “Ana, o Senhor olhou suas lágrimas; conceberá e dará à luz e o fruto de seu ventre será bendito por todo mundo”.  Este anjo fez a mesma promessa a Joaquim. Ana deu à luz uma filha a quem chamou Miriam (Maria) e que foi a Mãe de Jesus Cristo.

6. Beata Ângela de Foligno (1249-1309)

Ângela viveu apegada às riquezas desde sua juventude até sua vida de casada. Além disso, teve uma vida libertina.

Em 1285, sofreu uma crise existencial. Como vivia perto de Assis, sentiu-se tocada e desafiada pelo exemplo de São Francisco. Um dia, estava tão atormentada pelo remorso que pediu ao Santo que a livrasse. Então foi à Igreja de São Feliciano, onde fez uma confissão de vida.

Ali fez uma promessa de castidade perpétua e começou a levar uma vida de penitência, dando de presente seus melhores vestidos e fazendo estritos jejuns. Depois de sua conversão, perdeu sucessivamente sua mãe, seu marido e seus oito filhos. Morreu em 1309.

7. Santa Isabel de Portugal (1274-1336)

Aos 12 anos tornou-se esposa do Diniz, rei de Portugal. Desde que chegou ao país, ganhou a simpatia do povo por seu caráter piedoso e devoto. Embora seu marido fosse mulherengo e tivesse filhos com várias mulheres, Isabel os acolheu na corte e lhes deu uma atenção cristã. Mas, quando o príncipe Afonso advertiu que seu direito ao trono estava em perigo, decidiu rebelar-se e o rei respondeu violentamente.

Esta briga entre Diniz e Afonso causou muita dor a Isabel que interveio muitas vezes nas batalhas entre eles. Um dia, a rainha se interpôs entre ambos exércitos para evitar o derramamento de sangue.

Logo depois da morte do rei em 1324, Isabel se retirou para Coimbra e recebeu o hábito como franciscana clarissa. Em 1336, eclodiu um novo conflito entre o Afonso IV e o rei de Castilla, Afonso XI, que era neto da Isabel.

A rainha foi até o acampamento dos exércitos, onde foi recebida e caiu doente. Antes de morrer, seu filho lhe prometeu que não invadiria Castilla.

8. Santa Clotilde (474-545)

Graças a ela, o fundador da nação francesa se converteu ao catolicismo e a França foi um país católico. A rainha convencei seu marido a converter-se ao cristianismo se ele ganhasse a batalha de Tolbiac, contra os alemães.

O rei Clodoveu obteve a vitória e foi batizado no Natal de 496 pelo Bispo São Remígio. Naquela mesma noite, receberam o sacramento a irmã do rei e três mil de seus homens. Desde esse momento, Clotilde foi chamada na França: “Filha primogênita da Igreja”.

Clotilde era amada por todos por causa de sua grande generosidade com os pobres, sua pureza e devoção. Seus súditos estavam acostumados a dizer que parecia mais uma religiosa do que uma rainha.

Depois da morte de Clodoveu, houve guerra porque seus dois filhos queriam o trono. Durante 36 anos, Clotilde rezou pela reconciliação de ambos. Um dia, quando os dois exércitos estavam preparados para o combate, surgiu uma forte tormenta que impediu a batalha. Graças à oração da rainha, os irmãos fizeram as pazes.

9. Santa Helena (270-329)

Em meio à pobreza, conheceu o general romano Constâncio Cloro. Apaixonaram-se e se casaram. O filho do casal foi o imperador Constantino. Foi repudiada por seu marido, por ambição ao poder. Santa Helena passou 14 anos de sofrimento e se converteu ao cristianismo.

Em 306, Constantino foi proclamado imperador romano, embora continuasse sendo pagão. Entretanto, converteu-se quando viu uma Cruz, antes da batalha da Saxa Rubra, com uma legenda que dizia: “Com este sinal vencerás”.

Depois da vitória, Constantino decretou a livre profissão da religião católica e expandiu o cristianismo por todo o império. O imperador autorizou sua mãe para que utilizasse o dinheiro do governo para realizar boas obras. A Igreja atribui à Santa Helena o descobrimento da Cruz de Cristo. Morreu santamente no ano 329.

10. Santa Zélia Martin, Mãe de Santa Teresinha de Lisieux (1831-1877)

Embora durante sua juventude também quisesse ser religiosa, a abadessa lhe negou a entrada ao convento. Por isso, decidiu abrir uma fábrica de rendas caseiras. A boa qualidade de seu trabalho fez sua oficina famosa. Sempre teve uma boa relação para com seus trabalhadores.

Em 1858, Zélia passou pelo jovem relojoeiro Luís Martin na rua. Em pouco tempo ambos se apaixonaram e se casaram três meses depois.

Zélia sempre quis ter muitos filhos e que todos fossem educados para o céu. Isso foi exatamente o que fez porque suas cinco filhas Paulina, Leonia, Maria, Celina e Teresa foram religiosas. A última foi Santa e Doutora da Igreja.

O amor que Zélia sentia por Luís era profundo e elevado. Para ela, sua maior alegria era estar junto a seu marido e compartilhar com ele uma vida santa.

Em 1865, o câncer no seio provocaria muito sofrimento a Zélia. Entretanto, soube assumir sua enfermidade e estava disposta a aceitar a vontade de Deus. Morreu em 1877. Foi beatificada junto com seu marido pelo Papa Bento XVI no ano 2008. Em 2015, o casal foi canonizado pelo Papa Francisco.

ACI Digital

VI -DOM DA PÁSCOA- Ano "B"

Dom Paulo Cezar Costa
Arcebispo de Brasília

A santidade na vivência do mandamento do amor

Este sexto domingo da Páscoa nos apresenta Jesus que dá o mandamento do amor: “Amai uns aos outros assim como eu vos amei” (Jo 15, 12). Quero lhe apresentar a história de uma jovem que se santificou vivendo o mandamento do amor: Chiara Badano nasceu em 29 de outubro de 1971, em Sassello, Itália, única filha de Ruggero Badano e Maria Teresa Caviglia. Estavam casados havia 10 anos e não conseguiam ter filhos, até que Ruggero foi visitar o Santuário de Nossa Senhora das Rocas pela enésima vez  e sua oração pedindo a graça de um filho foi atendida, pois, um mês depois, Maria Teresa estava grávida. Quando a menina nasceu, entenderam logo que “aquela menina era, antes de tudo, filha de Deus, e não nossa”. A sua infância se desenvolveu com tranquilidade. A menina cresceu e é educada num ambiente de diálogo e afeto, onde havia também os “nãos”.

Não tinha completado ainda 9 anos, quando conheceu a experiência do movimento dos Focolares. Foi um encontro com um grupo de colegas da sua idade. Ali percebeu, com força, o amor de Deus. No seu diário,  encontram-se fatos como este: “Uma amiga está com catapora e todos têm medo de visitá-la. Com o consentimento dos pais, eu levo todo dia os deveres de casa para que ela não se sinta sozinha”. Chiara cresce, é uma jovem que está sempre rodeada pelas amigas e que ama os esportes: tênis, natação, escaladas nas montanhas etc. Surgem alguns desentendimentos com os pais, pois ela gosta de sair à noite nos fins de semana, mas o diálogo e o afeto familiar vencem e se colocam  em acordo. Ela gostava de vestir-se bem, de pentear-se com cuidado,  às vezes, de se maquiar, mas sempre de forma discreta. Os rapazes, como é normal, se interessam por ela, mas ela é uma jovem sonhadora. Revela, às vezes, as amigas: “aquele me agrada”, como jovem normal que era, mas nada além disso.

Verão de 1988. Depois de saber que tinha sido reprovada em matemática, sente o coração apertado, mas não dá sinais de tristeza. Escreve assim aos pais:”Chegou um momento importante: o encontro com Jesus Abandonado. Abraça-lo não foi fácil”. Mas, naquela manhã, Chiara Lubic (fundadora do movimento dos Focolares) explicou às Gen 4 que Ele deve ser o esposo delas.  Quando pede a Chiara Lubic um novo nome, ela lhe dá Chiara Luce, dizendo que a sua vida deveria ser a manifestação da luz de Deus.

Um fato inesperado acontece: jogando tênis, ela sente uma forte dor no ombro. As dores continuam e os exames revelam um tipo grave e doloroso de tumor. Ela acolhe a notícia com coragem e diz: “sou jovem, vou suportar”. Inicia-se uma grande transformação, vive a doença numa atitude de fé, enfrentando duas dolorosas operações. A quimioterapia causa a queda dos cabelos e, a cada cacho que perde, repete: “Por ti, Jesus”. Os pais, sempre presentes, relembram que sob aquele sofrimento existe um misterioso desígnio de Deus. No hospital de Pietra Ligure, apesar das dores e febres, não conseguia ficar parada: começou a cuidar de uma jovem com depressão que ocupava o quarto ao lado, indo com ela para todos os lugares, em longas caminhadas pelos corredores. Diante dos pedidos para que tivesse prudência, retrucava: “mais tarde vou ter tempo para dormir”. A mãe conta que quando entendeu a gravidade da sua doença, ela sentiu que ia morrer. Ela se jogou de bruços na cama, com os olhos fechados, ficou assim uns vinte e cinco minutos, depois falou: “Disse novamente o meu sim”. E não voltou mais atrás. Apenas uma vez pergunta para Jesus: Por que, Jesus? Poucos minutos depois responde sozinha: “Se Tu queres, Jesus, eu também quero”. Ela escreve às amigas: “Um outro mundo me esperava e eu não podia fazer outra coisa senão abandonar-me. Agora me sinto envolvida por um esplendido desígnio que pouco a pouco me é revelado”. Num dos seus últimos dias, ela diz: “Não peço mais a Jesus que Ele venha me buscar para me levar ao paraíso; não quero Lhe dar a impressão de que não quero mais sofrer”. O momento do seu encontro com o Supremo Esposo foi um domingo, dia 7 de outubro de 1990. Na homilia da sua missa de corpo presente, o bispo diz: “ Eis o fruto da família cristã, de uma comunidade cristã, o resultado de um movimento que vive o amor recíproco e tem Jesus em meio”. Que o exemplo de Chiara Luce desperte todos nós, e principalmente a nossa juventude, para a medida alta da vida, a santidade.

Arquidiocese de Brasília

Por que é tão difícil pedir ajuda?

Bilanol | Shutterstock

Às vezes é mais fácil ajudar alguém do que aceitar ajuda. Reconhecer que precisamos dos outros requer uma boa dose de humildade e simplicidade.

Amar é dar, todo o mundo sabe disso. Mas às vezes esquecemos que também é receber, porque parece muito barato para ser uma prova de amor. Talvez você está lendo este artigo num canto de sua cozinha em frente de uma montanha de pratos sujos: “Bem, eu gostaria exatamente que você me ajudasse. E garanto que não custaria nada aceitar a ajuda!” Sem esforço? Eu não tenho tanta certeza! Nem sempre sabemos pedir ajuda ou aceitar o que nos é oferecido espontaneamente: “Você é muito pequeno, não saberá fazer isso”, dizemos ao nosso caçula de casa, que sai desanimado. E para uma amiga visitante: “Fica sentada! Você está aqui para descansar”.

Quando eles não nos ajudam, ou não o suficiente, geralmente somos bons em resmungar, ficar com raiva ou sofrer em silêncio com ares de vítima resignada (dependendo do caráter de cada um). Mas é mais difícil para nós expressar nossos desejos de forma clara e simples. Gostaríamos que os outros adivinhassem o que esperamos deles. Um dos erros mais frequentes no casal, na família ou num grupo de amigos é acreditar que o afeto nos permite ler o pensamento dos outros.

Por que às vezes é difícil que ajudem nós?

“Acabei detestando as grandes refeições festivas, por tudo o que envolvem para fazer: fazer compras, cozinhar, lavar…”. Sim, mas como você diz isso para a família ou aos convidados? Não nos atrevemos a reconhecer os limites do nosso sacrifício e da nossa paciência, tornamos num dever garantir que cada um tenha uns dias despreocupados, mesmo custando assumir todas as cargas sobre nossas costas.

No entanto, o Senhor nos mostra o caminho. Ele, que é o Todo-Poderoso, o criador e o mestre de tudo, queria precisar de ajuda. Ele se tornou uma criança, totalmente dependente de seus pais. Ele pediu à samaritana algo para beber e para o jovem algo para comer quando foi feita a multiplicação dos pães, inclusive no auge da Paixão, ele aceitou a ajuda de Simão de Cirene para carregar sua cruz. Ele se tornou pobre para que pudéssemos ajudá-lo. Tornou-se homem para que, ajudando os nossos irmãos, o ajudássemos, à Ele, que “tinha fome, tinha sede, estava de passagem, nu, doente, na prisão…” (Mt 25,35-36). Ele poderia ter dispensado de nós, mas escolheu precisar de nós: Ele sabia que não tinha maneira melhor de nos mostrar o quanto somos importantes para Ele e o quanto Ele confia em nós.

Por que às vezes é difícil que ajudem nós? Existem todos os tipos de razões, mais ou menos interligadas, que podem entrar em jogo. Primeiro, as dificuldades de comunicação mencionadas anteriormente. Depois, a falta de autoconfiança: “Quem me ajuda vai ver com certeza que não faço tudo perfeito, pode me julgar e criticar”. É particularmente verdadeiro se a opinião das pessoas em questão for importante para nós (pais ou sogros).

Pedir ajuda também é desistir de controlar tudo

Pedir ajuda é reconhecer que não somos todos poderosos e que precisamos dos outros. E aceitar os outros como são, não como gostaríamos que fossem. Eles não vão nos ajudar colocando-se às nossas ordens como se fossem escravos, mas contribuindo com sua própria personalidade, com riquezas que podem nos desconcertar e limites que podem nos irritar. Trabalhar com outra pessoa requer mais paciência do que trabalhar sozinho. Estender a mão ao outro para pedir ajuda – seja para dar uma mão para aparar a grama ou para um favor mais importante – é uma forma muito bonita de valorizá-lo, de elevá-lo aos próprios olhos, mostrando-lhe nossa estima.

Quem não gosta de se sentir útil e agradável para os outros? Desde o garotinho de 6 anos que se orgulha de apenas esvaziar a máquina de lavar louça (mesmo que quebre um prato de vez em quando), ao avô colado na poltrona que passa horas consertando um brinquedo quebrado, todos ficam felizes em ter seu lugar. E quando temos a visita de um ente querido em casa, uma das melhores maneiras de quebrar o gelo e criar laços é preparar um almoço ou pintar as janelas juntos. Não vamos nos privar disso!

Aleteia

“Deus é amor: quem permanece no amor, permanece em Deus, e Deus permanece nele.”

A Frase - Deus é Amor

“Deus é amor: quem permanece no amor, permanece em Deus, e Deus permanece nele.” (1Jo 4,16) | Palavra de Vida de Maio 2021.

Não podemos mais separar a cruz e a glória, não podemos separar o Crucificado do Ressuscitado. São dois aspectos do mesmo mistério de Deus que é Amor.

por Letizia Magri   publicado em 06/05/2021.

“DEUS É AMOR”:  essa é a definição mais luminosa de Deus na Escritura. Ela aparece apenas duas vezes, justamente neste texto, que é uma carta ou talvez uma exortação, inspirada no quarto Evangelho. Com efeito, o autor é um discípulo que testemunha a tradição espiritual do apóstolo João. Ele escrevia a uma comunidade cristã do primeiro século que, infelizmente, já estava enfrentando uma das provações mais dolorosas: a discórdia, a divisão, tanto no âmbito da fé como do testemunho. 

Deus é amor: Ele vive em si mesmo a plenitude da comunhão como Trindade e transborda esse amor sobre suas criaturas. Àqueles que o recebem, Ele dá o poder de se tornarem seus filhos1, com o seu próprio DNA, capazes de amar. E o seu amor é um amor gratuito, que liberta de todo medo e timidez2.

No entanto, para que se realize a promessa de comunhão mútua – nós em Deus e Deus em nós –, é necessário “permanecer” nesse mesmo amor ativo, dinâmico, criativo. É por isso que os discípulos de Jesus são chamados a se amarem uns aos outros, a darem a vida, a compartilharem seus bens com qualquer pessoa necessitada. Com esse amor a comunidade permanece unida, profética, fiel.

“Deus é amor: quem permanece no amor, permanece em Deus,  e Deus permanece nele.”

É um anúncio forte e claro também para nós, hoje, que às vezes nos sentimos esmagados por eventos imprevisíveis e difíceis de controlar, como a pandemia ou outras tragédias pessoais ou coletivas. Sentimo-nos perdidos e assustados. Por isso é forte a tentação de nos fecharmos em nós mesmos, de levantarmos muros para nos protegermos daqueles que parecem ameaçar nossa segurança, em vez de construirmos pontes para nos encontrarmos.

Como é possível continuar acreditando no amor de Deus nessas circunstâncias? É possível continuar amando? 

Josiane, libanesa, estava longe de seu país quando soube da terrível explosão no porto de Beirute, em agosto de 2020. Ela, que vive a Palavra de Vida, confidenciou aos amigos que também a vivem: 

Em meu coração senti dor, raiva, angústia, tristeza, perplexidade. Era muito forte a pergunta: já não chega, tudo o que o Líbano sofreu até agora? Eu pensava naquele bairro arrasado, onde nasci e vivi; onde parentes e amigos estão agora mortos, feridos ou desalojados; onde edifícios, escolas, hospitais, que conheço muito bem, estão agora destruídos.

Procurei ficar ao lado de minha mãe e de meus irmãos, responder à infinidade de mensagens de muitas outras pessoas que demonstravam proximidade, carinho, oração, ouvindo a todos em meio a essa ferida profunda que se tinha aberto. 

Eu queria acreditar e ACREDITO que esses encontros com os que sofrem são um apelo para responder com aquele amor que Deus colocou em nossos corações. Apesar das lágrimas, descobri uma luz no grande número de libaneses, frequentemente jovens, que se levantaram, olharam ao redor e socorreram outros necessitados. Nasceu em mim a esperança de que existem jovens dispostos a se comprometerem seriamente inclusive na política, porque estão convencidos de que a solução vem pelo caminho do verdadeiro diálogo, da concórdia, da descoberta de que somos – como de fato somos – irmãos.

“Deus é amor: quem permanece no amor, permanece em Deus,  e Deus permanece nele.”

Chiara Lubich nos oferece uma sugestão preciosa para vivermos esta frase do Evangelho: 

Não podemos mais separar a cruz e a glória, não podemos separar o Crucificado do Ressuscitado. São dois aspectos do mesmo mistério de Deus que é Amor3. [...] Uma vez feita esta oferta, não nos preocupemos mais com ela, e sim procuremos realizar o que Deus quer de nós, lá onde estamos: [...] Procuremos amar os outros, os próximos que estão ao nosso redor. Se fizermos isso, poderemos experimentar um efeito incomum e inesperado: a nossa alma será invadida de paz, de amor, de alegria pura, de luz. […] Então, espiritualmente enriquecidos por essa experiência, poderemos ajudar mais eficazmente todos os nossos irmãos a encontrar a felicidade entre as lágrimas, a transformar em serenidade aquilo que os atormenta. Assim, nos tornaremos instrumentos de alegria e felicidade para muitos: daquela felicidade que constitui o anseio de todo coração humano.4

Por Letizia Magri

https://www.cidadenova.org.br/

Parolin: sem ecossistema equilibrado corremos risco de colapso

Secretário de estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin/
Foto: Bohumil Petrik/CNA

“Hoje, a humanidade é chamada a olhar para si mesma sem presunção de superioridade absoluta. De fato, com outros seres vivos não apenas compartilhamos o mesmo planeta, e com alguns, até mesmo o mesmo espaço de vida”. Foi o que disse o secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, em sua mensagem em vídeo por ocasião da 5ª Conferência Internacional intitulada: “Exploring the Mind, Body & Soul – How Innovation and Novel Delivery Systems Improve Human Health”. 

O cardeal também salientou que “nossa vida depende de muitos outros organismos e que, sem um ecossistema equilibrado, corremos o risco de um colapso”. O secretário de Estado também lembrou algumas afinidades do homem “com o mundo animal, mesmo se o ser humano ‘esconde’ dentro de si características que o tornam radicalmente diverso dos animais”.

Humanitas

Uma primeira dimensão é a racionalidade. “Somos capazes de um alto grau de auto-entendimento. Refletimos não apenas sobre nós mesmos, mas também sobre os outros e sobre o universo ao nosso redor”. Outra característica única, disse o cardeal Parolin, é “a consciência moral, que nos permite agir distinguindo entre o que é bem e o que é mal”. “Esta referência fundamental nos leva a fazermos questões éticas sobre nossas ações, sobre a sociedade, sobre o uso das ferramentas que desenvolvemos e tornamos socialmente utilizáveis”.  Finalmente, “descobrimos em nós a existência de uma dimensão mais inefável: a abertura ao horizonte transcendente que na vida de muitos de nós flui para a experiência religiosa, mas que também nos impele a nos questionarmos sobre as últimas questões e o horizonte que vai além da mera dimensão terrestre”. Os antigos pensadores “encerraram esta especificidade e singularidade do ser humano em um único termo, humanitas”.

Uma conferência multidisciplinar

Entre os temas abordados durante a Conferência estão ecologia, economia, tecnologias utilizadas no cuidado da saúde, filantropia e altruísmo. O que os une é a referência à pessoa humana. A reunião, que abre on-line hoje, contará com a presença de médicos, cientistas, éticos, líderes religiosos, defensores dos direitos dos pacientes e formuladores de políticas para discutir as últimas descobertas na medicina, cuidados de saúde e prevenção, bem como o significado antropológico e o impacto cultural dos avanços tecnológicos. Na conclusão da Conferência, patrocinada pelo Pontifício Conselho para a Cultura e pela Fundação Cura, o Papa Francisco dirigirá uma mensagem em vídeo aos participantes.

https://noticias.cancaonova.com/

Padre Pio era devoto de Nossa Senhora de Fátima e recebeu dela a graça de uma cura

Nossa Senhora de Fátima - São Pio de Pietrelcina /
Foto: Flickr Our Lady of Fatima International Pilgrim Statue
(CC BY-SA 2.0) - Domínio público

REDAÇÃO CENTRAL, 09 mai. 21 / 08:00 am (ACI).- São Pio de Pietrelcina era muito devoto de Nossa Senhora e foi à Virgem de Fátima que o santo atribuiu a sua cura quando, em 1959, uma imagem peregrina esteve na Itália.

Padre Pio enfrentou uma dura doença quando tinha 72 anos. Tudo começou em abril de 1959, quando ficou gravemente abatido por uma pleurisia.

O santo foi de tal forma acometido da enfermidade que precisou parar de atender confissões, de dar a benção do Santíssimo Sacramento aos fiéis e de celebrar a Missa, ficando de cama. Em maio, sofreu uma forte recaída.

Entretanto, tudo começou a mudar a partir de agosto, dia em que a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima chegou de helicóptero a San Giovanni Rotondo.

A imagem chegou à Itália para percorrer algumas localidades, entre elas Foggia, e Pe. Pio não poderia participar deste momento devido à sua enfermidade.  Mas, a programação da peregrinação mudou e a imagem da Virgem foi para San Giovanni Rotondo, pertencente à diocese de Foggia.

Conforme relatos, na manhã de 6 de agosto, Padre Pio conseguiu ir até a Igreja e ficou diante da imagem de Nossa Senhora de Fátima, mesmo abatido pelo cansaço. Sentado em frente à Virgem, ofertou-lhe um rosário e beijou-lhe os pés.

À tarde, quando a imagem da Virgem de Fátima seguiria para outro destino de sua peregrinação, o helicóptero que a levava deu três voltas sobre o convento, algo que, mais tarde, nem mesmo o piloto soube explicar porque aconteceu.

Naquele momento, Padre Pio lamentou: “Ó minha Mãe, quando vieste à Itália, encontraste-me com esta doença. Vieste para me visitar aqui em San Giovanni e encontraste-me ainda sofrendo com ela. Agora estais de partida e eu não fiquei livre da minha doença!”.

Foi quando se deu a cura do santo. Padre Pio sentiu subitamente um arrepio, seguindo da sensação de calor e bem-estar, ao que o capuchinho exclamou: “Estou curado! Nossa Senhora me curou!”.

A devoção de Padre Pio à Virgem Maria se expressou durante toda a sua vida, por gestos e palavras. Diz-se que o santo costumava rezar o Rosário de 15 mistérios até 35 vezes por dia.  Se tinha um conselho a dar aos católicos era para “amar a Senhora e a rezar o Rosário, porque o Rosário é a arma contra os males do mundo”.

São Pio de Pietrelcina dizia ainda que “o Santo Rosário é a arma daqueles que querem vencer todas as batalhas” e exortava: “Invoquemos sempre o auxílio de Nossa Senhora”.

ACI Digital

Santa Luísa de Marillac

Sta. Luísa de Marillac | csvp

Santa Luísa de Marillac, patrona das Obras Sociais.

Menina adotada

Nasceu no dia 12 de agosto de 1591, na França. Provavelmente foi adotada, sendo registrada como filha natural de Luis 1º de Marillac, cavaleiro e Senhor de Ferriéres-em-Brie e comandante de uma companhia do rei. Em 1595 o pai coloca Luiza em uma pensão do Mosteiro Real de Saint-Louis de Poissy, das freiras dominicanas.

Formação desde a infância

Com as freiras dominicanas começa seu aprendizado: ler, escrever, conhecer a Deus. As freiras dominicanas lhe dão uma sólida formação humana. Quando Luis de Marillac morre, seu tutor passa a ser Miguel de Marillac, (chanceler da França). Este coloca Luiza em um lar para meninas em Paris. Nessa época ela começa a frequentar as freiras capuchinhas, Filhas da Cruz. Ali ela faz votos de servir a Deus e aos pobres. Ela sentia que esta era sua verdadeira vocação e o que mais desejava.

Casamento

Miguel de Marillac, porém, decide casá-la com um secretário dos comandantes da Rainha Mãe, Maria de Médicis. Assim, em fevereiro de 1613, Luiza se casa com Antonio Le Gras e passa a ser chamada de "mademoiselle", título reservado às esposas de nobres da França. Luiza não queria se casar. Na verdade, foi privada, a princípio, de realizar sua vocação, o que lhe causou vários sofrimentos. Mesmo assim, Deus abençoou e tiveram um filho, Miguel. O menino, porém, ficou muito doente e ela entrou em depressão por causa disso.

Luz de Pentecostes

Num dia de Pentecostes Luiza recebeu uma graça do Espírito Santo: seu espírito foi iluminado e suas dores e tristezas desapareceram. Ela compreendeu que deveria ficar com seu marido e cuidar dele até quando ele morresse. Deveria também cuidar de seu filho até o tempo de leva-lo para as pensões dos filhos dos nobres, onde ele seria bem cuidado e educado. Depois disso, ela teria o tempo para cumprir sua vocação de ajudar os mais necessitados. Luiza sentiu também que encontraria um novo diretor espiritual, o que aconteceu em 1625 quando ela encontra o Padre Vicente de Paulo, (futuro São Vicente). Este criou as Confrarias da Caridade e estabeleceu a Congregação da Missão, denominada de Lazaristas.

As profecias começam a se cumprir

Após ficar viúva, Luiza de Marillac coloca seu filho Miguel em uma pensão em Saint- Nicolas, como era costume na época. Os filhos dos nobres eram colocados nessas pensões, onde eram muito bem cuidados e educados. Isso tranquilizou o coração de Luiza.

São Vicente de Paulo e Luisa de Marillac

Depois, Luiza vai trabalhar com São Vicente de Paulo, nas Damas da Caridade (obra fundada por São Vicente), ajudando diretamente aos pobres. São Vicente nomeou Luisa como inspetora das casas de caridade. Em março de 1634, com a ajuda e permissão do Padre Vicente, Luisa e mais quatro amigas fundam a Companhia das Filhas da Caridade. Em 1655 ela conseguiu a aprovação da congregação com o Papa.

Fundação de hospitais: organização das obras de amor ao próximo

Luisa e o Padre Vicente começam a fazer muita coisa: ajudam as crianças abandonadas, dão socorro às vítimas da guerra dos 30 anos, cuidam de doentes mentais, participam da criação do hospital do Santo Nome de Jesus e do Hospital Geral de Paris.

A Obra de amor se expande

São Vicente, então, escreve a regra para as casas da caridade. Eram as "irmãs não enclausuradas, as moças ao ar livre; seu véu era a santa humildade; seu mosteiro a casa do doente; por cela um quarto de aluguel; por claustro as ruas das cidades". Com essas palavras de São Vicente e com sua ajuda, Luisa de Marillac funda várias casas das Irmãs de Caridade em várias cidades da França e também da Polônia, a pedido da Rainha Maria Gonzaga. Em 1652, quando a "peste" assolou a cidade de Paris, Santa Luisa e suas irmãs tiveram grande trabalho para ajudar os doentes, de tal forma que não pararam um só momento.

Últimos momentos

No ano de 1660 Luiza de Marillac sentia que seu fim estava se aproximando e queria ser assistida por São Vicente. Seu desejo, porém, não aconteceu pois ele com 85 anos também estava muito doente. Ele apenas conseguiu enviar a ela uma bênção, dizendo: "madame, ides antes de mim, espero em breve, rever-nos no céu." São Vicente sabia que Luiza santificou-se ajudando aos pobres e necessitados, enxergando neles a pessoa de Jesus Cristo. Por isso, ela certamente iria para o céu.

Morte de Santa Luisa

Santa Luiza recebeu a comunhão e deu uma benção para as irmãs de caridade dizendo:

"Queridas irmãs, continuo pedindo a benção de Deus para vós e a graça de perseverardes na vocação. Cuidai bastante do serviço dos pobres e vivei em grande união e cordialidade, amando umas às outras, a fim de imitardes a união de vida de Nosso Senhor. E rogai com fervor à Santíssima Virgem, para que ela seja nossa única Mãe." Ela recebeu a unção dos enfermos na hora de sua morte, pediu para fechar as cortinas e, pouco tempo depois, suavemente, faleceu. A seu pedido, teve um funeral foi muito simples, tendo sido sepultada na igreja de Saint-Lourent.

Canonização

Santa Luisa de Marillac foi beatificada pelo Papa Bento XV, em 9 de maio de 1920. Foi canonizada pelo Papa Pio Xl, no dia 11 de março de 1934. Foi declarada patrona das Obras Sociais em 1960 pelo Papa Bem-aventurado João XXIII. Seu corpo foi transferido para a capela da Casa Mãe das Filhas da Caridade, em Paris, França. Sua festa é no dia 15 de março. No Brasil existe uma cidade em Minas Gerais, chamada Marillac, em homenagem à Santa que é a sua padroeira.

Oração

Santa Luisa de Marillac, que tanto conhecestes os sofrimentos das imposições da família, privando-vos da liberdade de viver vossa verdadeira vocação para fazer-vos casar-se. Tu, que sofrestes as amarguras das dificuldades em todos os sentidos, intercedei junto a Deus para que os pais de nossos jovens saibam respeitar a vocação que cada um traz dentro de si, dentro da dignidade e do direito que Deus lhe confere. Santa Luisa de Marillac, que fostes agraciada com a amizade de dois famosos sacerdotes, pela santidade que viveram, São Francisco de Sales e São Vicente de Paulo, os quais, nos momentos mais importantes de vossa vida, apontaram-vos uma grande luz quando vos sentíeis no "fim do túnel", e pudestes viver  vossa vocação de auxiliadora dos infelizes pobres e doentes, e fundastes com São Vicente de Paulo o primeiro núcleo das Filhas da Caridade, rogai por nós, para que não vivamos uma vida centrados em nós mesmos e sim  nas necessidades tão prementes de nossos irmãos que sofrem.Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

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sábado, 8 de maio de 2021

“Tchau, papai”: as últimas palavras que Maurício ouviu do bebê Murilo antes da chacina em Saudades

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"Perguntei pelo meu filho e descobri que estava morto": quando um pai tenta descrever o indescritível.

“Tchau, papai”: estas foram as últimas palavras que o eletricista Maurício Massing, de 35 anos, ouviu do pequeno Murilo, de 1 ano e 9 meses, na manhã em que a barbárie perpetrada na escola infantil Aquarela, em Saudades, chocou o Brasil. Maurício estava indo para o trabalho de carona com a esposa, Kerli da Silva, de 28 anos, que logo depois levaria o meino para o que deveria ser mais um dia normal e pacato na escolinha. Quando saiu do carro, aproximadamente às 7h15 da manhã, Maurício ouviu as últimas palavras que Murilo lhe diria nesta vida – e que deveriam ser apenas as palavras normais de uma despedida provisória de poucas horas: “Tchau, papai!”.

Por volta das 10h20, Kerli também estava no trabalho, a pouca distância da creche, quando a irmã lhe avisou que a creche tinha sido atacada. Fazia somente dois meses que Murilo frequentava a escolinha, e apenas no período matutino: até então, Kerli tinha cuidado do filho em casa durante mais de um ano e meio. À tarde, ele ficava com a avó materna.

A despedida da mãe

Em declarações ao jornal O Globo, Kerli recordou que Murilo tinha acordado cedo e tomado seu leite ainda na cama, com o irmão. Ao terminar, foi até a cozinha levando as mamadeiras dos dois. Pouco depois, quando a jovem mãe deixava o menino na porta da escola, perguntou se ele queria lhe entregar a chupeta. Murilo disse que não. E, também para ela, suas últimas palavras foram as que tinha dito ao pai logo antes: “Tchau, mamãe!”.

A tragédia

Quando Kerli recebeu a notícia do massacre, a gerente da loja onde trabalha a levou até a escola. No cenário de gritaria e choque das pessoas, com viaturas e ambulâncias já contrastando gritantemente com a rotina de uma cidade pequena, pacífica e segura, Kerli tentou entrar na creche, mas um policial a barrou no portão e declarou que as crianças tinham sido levadas para as casas vizinhas. Ela foi em busca de Murilo.

“Estava todo mundo muito desesperado, chorando muito, correndo de um lado pro outro”.

Kerli tinha chegado praticamente no mesmo instante em que o pai de outra das vítimas, a pequena Sarah Luiza Mahle Sehn, 1 ano e 7 meses. Ele conseguiu entrar pelos fundos, e, quando tentava fazer o mesmo, Kerli ouviu uma professora gritar que Murilo tinha sido levado para o hospital, situado a menos de cinco minutos da creche. A mãe correu para lá, mas voltou a ser barrada na porta. O nervosismo era tamanho que a mãe desesperada sequer conseguia recordar qual era a roupa que Murilo usava naquela manhã. Só conseguiu informações sobre o pequeno quando foi vista por uma amiga que trabalha no hospital. Foi quando Kerli recebeu a notícia devastadora: seu filhinho já tinha chegado sem vida.

“Tchau, papai”

Maurício só viria a saber da tragédia quase uma hora depois, porque, pelo trabalho, tinha ido à cidade vizinha de Pinhalzinho. Quando voltou a Saudades, lhe disseram para ir direto ao hospital. A esposa estava sendo amparada porque tinha passado mal.

“Perguntei pelo meu filho e descobri que estava morto”.

À reportagem de O Globo, o pai tentou descrever o indescritível:

“A dor é insuportável (…) É inexplicável (…) Minha dor é tão grande que nem consigo sentir revolta ainda. O luto pelo Murilo não sai da cabeça”.

Aleteia 

Texas aprova lei que restringe a prática do aborto

Guadium Press
De acordo com a lei aprovada, qualquer cidadão pode denunciar e processar médicos, clínicas de aborto ou quem “ajude conscientemente” a prática de abortos ilegais.

Redação (07-05-2021, 10:50, Gaudium Press) A Câmara dos Representantes do Texas aprovou uma lei que proíbe o aborto a partir do momento em que o batimento cardíaco fetal é detectado. A lei já foi votada e aprovada pelo Senado do Texas e aguarda a assinatura do governador.

A lei já aprovada permite que qualquer cidadão denuncie ou processe médicos, clínicas de aborto e qualquer pessoa que “ajude conscientemente” a fazer abortos que violem a limitação estabelecida pelo próprio texto legal.

O objetivo final dos legisladores texanos é que a Suprema Corte julgue favoravelmente as leis já aprovadas que limitam o aborto em vários estados e, com isto, possibilitem a revogação da denominada ‘decisão Roe x Wade’ que abriu as portas para o verdadeiro holocausto que o aborto produziu nos Estados Unidos.

Abortistas pressionam o Governador e prometem apelar a um juiz federal

Os texanos pró-aborto têm reagido fortemente e pressionam o governador Greg Abbot para que não assine a lei alertando-o que, se ela for sancionada, apelarão para um juiz federal pedindo o impedimento de sua implementação.

Este foi um tipo de procedimento que já aconteceu em outros Estados onde leis pró vida foram aprovadas pelo poder legislativo e sancionadas pelo governador.

Na argumentação usada para impedir a sanção da lei pró vida, os abortistas afirmam que muitas mulheres só percebem que estão grávidas depois que se ouvido o batimento cardíaco do feto, que ocorre na sexta semana de gestação. (JSG)
(Com informações e foto InfoCatólica)

https://gaudiumpress.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF