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quinta-feira, 28 de outubro de 2021

O Milagre da Escada de São José

A escada de São José | Derradeiras Graças

A piedosa tradição

Há na cidade de Santa Fé, no Estado do Novo México, EUA, uma capela conhecida como Loretto Chapel. Nela destaca-se uma bela e despretensiosa escada. A piedade tradicional atribui a construção a São José.

Cidade de Santa fé, no Estado do Novo México nos EUA

Em 1898 a Capela passou por uma reforma. Um novo piso superior foi feito, porém faltava a escada para subir. As Irmãs consultaram os carpinteiros da região e todos acharam difícil fazer uma escada numa Capela tão pequena.

As religiosas, então, rezaram uma novena a São José para pedir uma solução. No último dia da novena, apareceu um homem com um jumento e uma caixa de ferramentas. Ele aceitou fazer a escada, porém exigiu que fosse com as portas fechadas.

Meses depois a escada estava construída como queriam as Irmãs. No momento de pagar o serviço, o homem desapareceu sem deixar vestígios. As religiosas puseram anúncios no jornal local e procuraram por toda a região sem encontrar quaisquer notícias ou informações sobre o ignoto carpinteiro. Nesse momento as Irmãs perceberam que o homem poderia ser São José, enviado por Jesus.

Capela São José | Derradeiras Graças

Há vários elementos que reforçam a aura de piedoso mistério que envolve a construção da escada: A madeira utilizada não é da região, e ninguém sabe como foi parar lá. Também não foi utilizado prego na escada, apenas pinos de madeira.

Além do mais, hoje soa misterioso que ela se mantenha em pé pois é do tipo caracol e não tem apoio central. Na verdade apenas um apoio colateral metálico foi acrescentado a posteriori que não resolve a essência do incógnita. Diz-se que engenheiros e arquitetos não conseguiram desvendar a física por trás da obra.

Por fim, a escada tem 33 degraus, a idade de Jesus Cristo, o que reforça ainda mais a suposição de um fenômeno de origem sobrenatural.

A Capela recebe em média 200 casamentos e mais de 250 mil visitantes por ano. Ela ficou conhecida como a Escada Milagrosa. Grande número de artigos e programas de TV foram dedicados a ela e seus “mistérios”.

Capela São José | Derradeiras Graças

O milagre
Segundo São Tomás de Aquino.

Milagre equivale a cheio de admiração, quer dizer, aquilo que tem uma causa oculta em absoluto e para todos. Esta causa é Deus.

“Portanto, chamam-se milagres aquelas coisas feitas por Deus fora da ordem de causas conhecidas por nós. (...) O milagre é uma obra difícil porque excede a natureza. Pela mesma razão se diz que é insólito porque acontece fora da ordem costumeira.” (Suma Teológica, I, q. 107, art 7).

Santo Tomás divide os milagres em três categorias:

A primeira, e a mais impressionante, é a dos fenômenos que contradizem as regras da natureza. Por exemplo, se o sol voltar atrás ou parar. Estes são os milagres maiores.

A segunda categoria é a dos fatos admiráveis produzidos por alguém ou algo que não tem capacidade para realizá-los. Por exemplo, um santo ressuscitar um morto ou fazer andar um paralítico.

O santo, por exemplo, é um ser humano e não pode fazer isso, logo se conclui que interveio a propósito dele uma força superior capaz de fazer o prodígio. E esta força só pode ser sobrenatural, Angélica ou Divina. São os milagres de segunda grandeza.

Por fim, a terceira categoria, é a dos fatos que excedem a natureza pelo modo e pela ordem que são produzidos. Por exemplo, um encadeamento de fenômenos que é inexplicável para os homens. Em si cada elo da corrente é explicável, mas a sucessão é tão rara que na prática nunca acontece.

Enche de maravilha por tanto que aconteça, e tem propósito falar de milagre, pois interveio uma causa sobrenatural que fez funcionar a natureza com um modo e com uma ordem que maravilha aos homens. É a categoria ínfima dos milagres.

Fonte: Site Oficial da Capela. http://www.lorettochapel.com/staircase.html

http://www.derradeirasgracas.com/

Papa quer visitar indígenas no Canadá após escândalo das valas comuns em escolas

Antoine Mekary | ALETEIA | I.Media

Quando as valas foram descobertas, Francisco condenou com veemência o "modelo colonizador" adotado no país.

O Papa Francisco está disposto a visitar comunidades indígenas no Canadá como gesto de reconciliação após o escândalo das recentes descobertas de valas comuns em escolas criadas pelo governo do país para, supostamente, integrar crianças nativas à sociedade canadense. O modelo de “integração”, porém, envolvia graves abusos ao forçar as crianças a se distanciarem bruscamente da sua cultura, tradições e idiomas.

Aleteia

Embora as escolas pertencessem ao governo canadense, a sua gestão era confiada, na maioria dos casos, a congregações religiosas, muitas delas católicas. Por esta razão, a Igreja foi acusada de conivência ou omissão diante dos abusos e atos de violência, física e psicológica, infligidos às crianças nativas naquelas instituições.

Tais escolas existiram durante décadas no Canadá. As valas comuns que foram achadas contêm restos mortais de crianças falecidas principalmente nos primeiros anos do século XX, na grande maioria dos casos por causas naturais. O que causou profunda indignação não foram as mortes em si, mas a maneira como as crianças eram separadas da família tanto em vida quanto no próprio sepultamento.

Caminho de reconciliação proposto pela Igreja

Ainda que a responsabilidade final pelas escolas e pela sua metodologia era do governo canadense, os bispos católicos do país fizeram publicamente um pedido de desculpas pelas graves falhas cometidas por membros da Igreja na sua gestão.

Além das palavras, a Igreja assumiu compromissos concretos com as comunidades nativas canadenses. Segundo o Vatican News, foram disponibilizados 30 milhões de dólares, em todo o Canadá, durante cinco anos, para financiar programas a serem definidos conjuntamente entre as lideranças indígenas e as dioceses, paróquias e órgãos da Igreja no país. Dom Donald Bolen, arcebispo de Regina, disse que será “um longo caminho” e que “é importante percorrê-lo: precisamos continuar com ações concretas por justiça e reconciliação”.

Representantes das comunidades indígenas manifestaram à Santa Sé o desejo de um encontro pessoal com o Papa, a fim de ouvir diretamente dele um pedido de desculpas.

Francisco se declarou disposto a aceitar.

Papa quer visitar indígenas no Canadá após escândalo das valas comuns em escolas

boletim diário da Santa Sé publicado na manhã desta quarta-feira, 27, informa que “a Conferência Episcopal do Canadá convidou o Santo Padre a fazer uma viagem apostólica ao Canadá, também no contexto do longo processo pastoral de reconciliação com os povos indígenas. Sua Santidade indicou a sua disponibilidade para visitar o país, numa data a combinar”.

Quando as valas foram descobertas na metade deste ano, o Papa Francisco condenou com veemência o que descreveu como “modelo colonizador” adotado no Canadá.

A viagem de Francisco ao Canadá seria a sua primeira visita ao país. Ele já esteve nos Estados Unidos em 2015 e no México em 2016.

Reações violentas

Em contraposição à postura de responsabilização e reconciliação apresentada pela Igreja Católica, manifestantes radicais reagiram com violência no Canadá, promovendo uma onda de ataques contra igrejas em todo o país.

Fonte: Aleteia (https://pt.aleteia.org/)

Papa Francisco “fala diferente” de Biden sobre o aborto, diz porta-voz da Casa Branca

ACI Digital

WASHINGTON DC, 28 out. 21 / 01:38 pm (ACI).- "O papa fala de maneira diferente" do presidente dos EUA, Joe Biden, disse a secretária de imprensa de Biden, Jen Psaki, ontem numa entrevista coletiva sobre encontro do presidente americano com o papa Francisco amanhã, 29 de outubro, no Vaticano.

O democrata Biden, o segundo presidente católico dos EUA, "é alguém que defende e acredita que o direito de escolha de uma mulher é importante. O papa falou de maneira diferente", disse Psaki, em resposta a uma pergunta do correspondente da EWTN, Owen Jensen.

"Pobreza, o combate à crise climática e o fim da pandemia de covid-19", áreas em que o papa e Biden concordam, serão a "peça central" do encontro, segundo a porta-voz. "Todas estas são questões extremamente importantes e impactantes”.

“Eu acho que a fé do presidente é bastante pessoal para ele. Sua fé tem sido uma fonte de força através de várias tragédias que ele viveu em sua vida", disse ela. "Ele vai à igreja todos os fins de semana".

"Certamente esperamos que este seja um encontro caloroso", concluiu a porta-voz.  

O papa Francisco já chamou o aborto de "assassinato", comparou o aborto à "contratação de um assassino", disse que as vítimas não nascidas do aborto “têm o rosto de Jesus”, e condenou os esforços para promover o aborto como um "serviço essencial" durante a pandemia.

Biden e sua administração tomaram uma série de medidas para financiar o aborto ou flexibilizar as regras de financiamento de grupos abortistas.

A administração Biden pressionou para que o aborto fosse financiado pelos contribuintes através do Medicare, serviço público de saúde dos EUA. Os democratas também apoiaram Biden na proposta de orçamento de 2022 sem uma emenda constitucional que impede o financiamento ao aborto com dinheiro de impostos e que vinha sendo adotada desde os anos 1970. Em 28 de janeiro Biden revogou a Política da Cidade do México que vetava o financiamento pelo governo federal americano de grupos pró-aborto fora dos EUA.

Quando uma lei pró-vida entrou em vigor no Texas em 1º de setembro, Biden prometeu uma resposta de todo o governo para manter o aborto legal o Estado.

Fonte: ACI Digital (https://www.acidigital.com/)

A imagem da Igreja como a nova Eva

"Depois que Cristo, elevado e pregado na cruz, expirou, um
dos soldados golpeou-lhe o lado com a lança e dali
imediatamente brotou sangue e água: daquela água e 
daquele sangue nasce a Igreja toda"

"Muitos santos Padres e Doutores da Igreja veem na mulher, anunciada no proto-Evangelho, a Mãe de Cristo, Maria, como «nova Eva». Os antigos notaram que a saudação de Gabriel, Ave, era o contrário de Eva, nome latino da esposa perfeita que Deus criou para Adão. Mas, essa imagem de Nova Eva, é também atribuída à Igreja, nascida na cruz de Cristo."

Jackson Erpen - Cidade do Vaticano

"No termo desta missão do Espírito, Maria torna-se a «Mulher», a nova Eva «mãe dos vivos», Mãe do «Cristo total». É como tal que Ela está presente com os Doze, «num só coração, assíduos na oração», no alvorecer dos «últimos tempos», que o Espírito vai inaugurar na manhã do Pentecostes, com a manifestação da Igreja." (CIC 726).

A Igreja como Esposa de Cristo, como Mãe, como Povo de Deus: estes foram alguns temas aprofundados neste nosso espaço pelo Pe. Gerson Schmidt*, que no último programa nos propôs a reflexão Maria, Mãe da Igreja. Seguindo este percurso de aprofundamento dos conhecimentos sobre a nossa Igreja e os documentos conciliares, vamos ouvir hoje a explanação do sacerdote gaúcho sobre "A imagem da Igreja como a nova Eva":

"A Lumen Gentium nos aponta a fundação da Igreja do lado aberto de Jesus na cruz. Diz assim o número 3 da Constituição Dogmática sobre a Igreja: “A Igreja, ou seja, o Reino de Cristo já presente em mistério, cresce visivelmente no mundo pelo poder de Deus. Tal começo e crescimento exprimem-nos o sangue e a água que manaram do lado aberto de Jesus crucificado (cfr. Jo. 19,34), e preanunciam-nos as palavras do Senhor acerca da Sua morte na cruz: «Quando Eu for elevado acima da terra, atrairei todos a mim» (Jo. 12,32 gr.). Sempre que no altar se celebra o sacrifício da cruz, na qual «Cristo, nossa Páscoa, foi imolado» (1 Cor. 5,7), realiza-se também a obra da nossa redenção” (LG, 3).

Muitos santos Padres e Doutores da Igreja veem na mulher, anunciada no proto-Evangelho, a Mãe de Cristo, Maria, como «nova Eva» (Catecismo da Igreja Católica, 411; 511;726; 975). Os antigos notaram que a saudação de Gabriel, Ave, era o contrário de Eva, nome latino da esposa perfeita que Deus criou para Adão. Mas, essa imagem de Nova Eva, é também atribuída à Igreja, nascida na cruz de Cristo. Como diz o Catecismo: “A Igreja nasceu primeiramente do dom total de Cristo para nossa salvação, antecipado na Eucaristia e realizado na cruz” (CIC, 766).

São João Crisóstomo, nas “homilias sobre algumas passagens do Novo Testamento”, traduz de forma bem clara essa realidade, dizendo que “assim como Eva saiu do lado de Adão, também nós saímos do lado de Cristo. É isto que quer dizer a expressão “carne da minha carne e osso dos meus ossos” (Gn 2,23). Todos sabemos que Eva foi modelada do lado de Adão, e na Escritura se lê claramente que Deus fez cair sobre Adão um torpor, tirou-lhe uma costela e com ela formou a mulher.

De onde, pois, podemos nós apreender que a Igreja nasceu do lado de Cristo? É ainda a Escritura que nos revela. Depois que Cristo, elevado e pregado na cruz, expirou, um dos soldados golpeou-lhe o lado com a lança e dali imediatamente brotou sangue e água (Jo 19,34): daquela água e daquele sangue nasce a Igreja toda. Ele mesmo nos testemunha isso dizendo: Se alguém não nasce da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus (Jo 3,5); e aqui chama de Espírito o sangue. Na realidade, nós viemos à luz graças à água do batismo, e depois somos sustentados vivos pelo sangue. Vê, portanto, de que maneira somos carne da sua carne e osso dos seus ossos, a partir do momento em que daquele sangue e daquela água fomos gerados e mantidos em vida?

Como a mulher foi modelada enquanto Adão estava imerso num profundo torpor, num sono pesado, assim a Igreja nasce do lado de Cristo imerso na morte. Mas a mulher não deve ser amada somente pelo fato de ser membro do nosso corpo, e que de nós deriva a sua origem, mas sim e ainda mais porque Deus nos deu um mandamento explícito dizendo: Por isso o homem deixará seu pai e sua mãe; e se unirá à sua mulher e os dois serão uma só carne (Gn 2,24). Também Paulo nos recorda esta lei para levar-nos de todos os modos a tal amor.

E continua o Bispo São João Crisóstomo nessa comparativa: “depois de ter confirmado esta lei, o apóstolo exclama: Este mistério é grande (Ef 5,32). Dize-me tu, por que é grande? Porque se refere a Cristo e à Igreja. Como o esposo, depois de ter deixado o pai, se apressa a ir ao encontro da esposa, assim Cristo, depois de ter deixado a casa paterna se pôs a caminho do encontro com a sua esposa: não nos chamou a subir às alturas sublimes dos céus, mas ele próprio desceu até nós. Quando então ouves falar da sua vinda, não penses numa mudança de lugar, mas sim numa adequação: ou seja, mesmo estando conosco permanecia com o Pai. Por isso o Apóstolo diz: Este mistério é grande (Ef 5,32). É grande também no que se refere aos homens; no entanto, quando o considero com referência a Cristo e à sua Igreja, então, verdadeiramente, a grandeza do mistério me enche de grande encanto e admiração. Por isso, depois de ter dito: Este mistério é grande (o apóstolo) acrescenta em seguida: refiro-me a Cristo é à Igreja (Ef 5,32)”. "

*Padre Gerson Schmidt foi ordenado em 2 de janeiro de 1993, em Estrela (RS). Além da Filosofia e Teologia, também é graduado em Jornalismo e é Mestre em Comunicação pela FAMECOS/PUCRS.

Fonte: Vatican News (https://www.vaticannews.va/)

SÃO SIMÃO E SÃO JUDAS TADEU, APÓSTOLOS

SS. Simão e Judas Tadeu | Opus Dei
28 de outubro

SS. SIMÃO E JUDAS TADEU, APÓSTOLOS


1. São Simão

Simão é, talvez, o mais desconhecido dos apóstolos. Aliás, na Sagrada Escritura, recebeu denominações para ser diferenciado de Simão Pedro. É chamado de Simão, “o cananeu”, pelos apóstolos Mateus e Marcos. Alguns estudiosos cristãos entendem que este “cananeu” pode ser uma referência a Canaã, a terra de Israel.

Mas quando Lucas, no seu Evangelho, o chama de “o zelote”, parece querer indicar que Simão pertencera ao partido judeu radical que tinha o mesmo nome. Os radicais zelotes pregavam a luta armada contra os dominadores. Como se vê, Jesus queria, mesmo, um colégio de doze apóstolos que representassem todas as correntes políticas e religiosas da época.

Conta uma antiga tradição que Simão encontrou-se com o apostolo Judas Tadeu na Pérsia e, desde então, viajaram juntos. Percorreram as doze províncias do Império Persa, deixando o conhecimento histórico e religioso como foi encontrado num antigo livro da época chamado “Atos de Simão e Judas”, de autor desconhecido. Nele consta que, no dia 28 de outubro do ano 70, houve o assassinato dos dois apóstolos a mando dos sacerdotes pagãos, preocupados com a eloquência das pregações que convertiam multidões inteiras.Sabe-se que Simão, como todos os outros apóstolos dos primeiros tempos do cristianismo, depois do Pentecostes percorreu caminhos pregando o Evangelho sem nada levar consigo. Realizou muitos milagres, curou enfermos, limpou leprosos e expulsou espíritos imundos.

Outras fontes falam da pregação de Simão também no Egito, Líbia e Mauritânia. Segundo Eusébio, idôneo e célebre historiador, Simão teria sido o sucessor de Tiago na cátedra de Jerusalém, nos anos da trágica destruição da cidade santa.

Conforme um antigo registo atribuído ao famoso historiador Egesipo, Simão teria sido martirizado no ano 107, durante o governo do imperador Trajano, com cento e vinte anos de idade.

2. São Judas Tadeu

Judas, apóstolo que celebramos hoje, para não ser confundido com Judas Iscariotes, “apóstolo da perdição”, o traidor de Jesus, foi chamado nos evangelhos de Judas Tadeu. O nome Judas vem de Judá e significa festejado. Tadeu quer dizer peito aberto, destemido, melhor ainda, magnânimo.

Era natural de Caná da Galileia, na Palestina, filho de Alfeu, também chamado Cléofas, e de Maria Cléofas, ambos parentes de Jesus. O pai era irmão de são José; a mãe, prima-irmã de Maria Santíssima. Portanto Judas era primo-irmão de Jesus e irmão de Tiago, chamado o Menor, também discípulo de Jesus.

Os escritos cristãos dessa época revelam mesmo esse parentesco, uma vez que, alguns estudiosos referem que Judas Tadeu seria um dos noivos do episódio que relata as bodas de Caná, por isso Jesus, Maria e os apóstolos estariam lá.

Após ter recebido o dom do Espírito Santo, Judas Tadeu iniciou sua pregação na Galileia. Realizou inúmeros milagres em sua caminhada pelo Evangelho. Depois, foi para a Samaria e, próximo do ano 50, tomou parte no primeiro Concílio, em Jerusalém. Em seguida, continuou a evangelizar na Mesopotâmia, Síria, Armênia e Pérsia, onde encontrou Simão, e passaram a viajar juntos.Na Bíblia, ele é citado poucas vezes, mas de maneira importante. No evangelho de Mateus, vemos que Judas Tadeu foi escolhido por Jesus. Enquanto nas escrituras de João ele é narrado mais claramente. Na ceia, Judas Tadeu perguntou a Jesus: “Mestre, por que razão deves manifestar-te a nós e não ao mundo?” Jesus respondeu-lhe que a verdadeira manifestação de Deus está reservada para aqueles que o amam e guardam a sua palavra. Também faz parte do Novo Testamento a pequena Carta de São Judas, a qual traz os fundamentos para perseverar no amor de Jesus e adverte contra os falsos mestres.

Ao certo, o que sabemos é que o apóstolo Judas Tadeu tornou-se um mártir da fé, isto é, morreu por amor a Jesus Cristo. A sua pregação e o seu testemunho eram tão intensos que os pagãos se convertiam. Os sacerdotes pagãos, furiosos, mandaram assassinar o apóstolo, a golpes de bastões, lanças e machados. Tudo teria acontecido no dia 28 de outubro de 70.Conta a tradição que percorreram juntos as doze províncias do Império Persa, nas quais converteram muitos pagãos. Ainda segundo essa fonte, os dois apóstolos foram torturados e mortos no mesmo dia, por pagãos perseguidores. Por isso a Igreja manteve a mesma data para as duas homenagens.

3. Liturgia da festa de S. Simão e S. Judas, ApóstolosOs restos mortais, guardados primeiro no Oriente Médio e depois em França, agora são venerados em Roma, na Basílica de São Pedro. Considerado pelos cristãos o santo intercessor das causas impossíveis, foi a partir da devoção de santa Gertrudes que essa fama ganhou força na Igreja. Ela, na sua biografia, relatou que Jesus lhe aconselhou pedir a São Judas Tadeu até nos “casos mais desesperados”. Depois disso, aumentou o número de devotos do seu poder de resolver as causas que parecem sem solução. Diz a tradição que não há um devoto que tenha pedido sua ajuda e não tenha sido atendido.

Nota Histórica

O nome de Simão figura em undécimo lugar na lista dos Apóstolos. Dele se sabe apenas que nasceu em Caná e que tinha o denominativo de «Zelotes».
Judas, de sobrenome Tadeu, é o Apóstolo que na Última Ceia perguntou ao Senhor por que razão Se manifestava aos seus discípulos e não ao mundo (Jo 14, 22).

Liturgia das Horas

Do Comentário de São Cirilo de Alexandria, bispo,
sobre o Evangelho de São João
(Lib. 12, 1: PG 74, 707-710) (Sec. V)
Como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós
Nosso Senhor Jesus Cristo constituiu os guias e mestres do mundo e os dispensadores dos seus divinos mistérios e mandou lhes também que brilhassem como lâmpadas e iluminassem não só o país dos judeus mas tudo o que está debaixo do sol, todos os homens do mundo e habitantes da terra. É pois verdadeiro quem diz: Ninguém tome para si esta honra, mas quem for chamado por Deus. Foi, de facto, Nosso Senhor Jesus Cristo que chamou a este excelso apostolado alguns dos seus discípulos, de preferência a todos os demais.
Estes bem aventurados discípulos foram colunas e fundamento da verdade. Deles diz o Senhor que os enviou como Ele próprio foi enviado pelo Pai. E ao mesmo tempo que mostra a dignidade do apostolado e a glória incomparável do poder que lhes confia, parece indicar também a função do ministério apostólico.
Com efeito, se Ele pensava que devia mandar os seus discípulos da mesma forma que o Pai O tinha enviado, era necessário que, para O poderem imitar perfeitamente, eles compreendessem bem o mandato do Pai ao Filho. Por isso, ao explicar nos de muitas maneiras o objectivo da sua missão, dizia: Não vim chamar os justos, mas os pecadores à penitência. E ainda: Desci do Céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade d’Aquele que Me enviou. Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo se salve por meio d’Ele.
Definida assim em poucas palavras a missão dos Apóstolos, diz que os envia como Ele fora enviado pelo Pai, para que soubessem que o seu dever consistia em chamar os pecadores à conversão; em sarar os enfermos tanto do corpo como do espírito; em nunca procurar na administração dos bens de Deus a sua própria vontade, mas a d’Aquele por quem tinham sido enviados; e em salvar o mundo com a sua doutrina.
Se ledes os Actos dos Apóstolos e os escritos de São Paulo, facilmente podeis saber com quanta diligência procuraram os santos Apóstolos pôr em prática estas normas de acção.

Fonte: Opus Dei (https://opusdei.org/)

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Conheça os pensamentos magníficos da beata Sandra Sabattini

http://www.apg23.org/

Sandra Sabattini foi atropelada por um carro aos 23 anos de idade, quando estava noiva. Seus pensamentos íntimos, que ela escreveu em um diário, revelam uma jornada espiritual extraordinária.

Comprometida em servir aos mais pobres, marginalizados e deficientes por meio da comunidade João XXIII, Sandra Sabattini, noiva de Guido Rossi – agora casado e pai de três filhos – era estudante de medicina e se preparava para ser missionária médica na África. Atropelada por um carro em 29 de abril de 1984, quando ia para uma reunião da comunidade, ela morreu três dias depois, em 2 de maio.

A vida de Sandra Sabattini é um testemunho de fé alegre e viva, sustentada por uma intensa vida de oração e incansáveis gestos de ternura para com os pobres. 

Pouco depois de sua morte, seu pai espiritual, Don Oreste Benzi, teve a oportunidade de ler as páginas escritas pela jovem. Ele compreendeu imediatamente que aquelas linhas revelavam uma alma profunda e simples, contemplativa e racional, imersa numa fé inabalável. As notas que Sandra Sabattini escrevia desde os 10 anos de idade levaram à publicação do “Diario di Sandra” (Diário de Sandra). 

Se as primeiras páginas são simples pensamentos de uma criança, a partir dos 14 anos, elas manifestam profundas reflexões espirituais.

Confira alguns de seus pensamentos.

Sandra Sabattini: uma vida de intensa oração

 “A meta da minha vida é a união com o Senhor, o instrumento para alcançá-la é a oração”.

“Se eu não rezar uma hora por dia, nem me lembro de ser cristã.”

Testemunha da alegria

“Não posso forçar outras pessoas a pensar como eu, mesmo que eu ache isso certo. Só posso fazer com que elas conheçam minha alegria.”

(Outubro de 1977, 16 anos)

“Sandra, adore tudo o que você faz. Ame os minutos que você vive, que tem permissão para viver. Procure sentir a alegria do momento presente, seja ele qual for, para nunca perder a coincidência.”

(Outubro de 1981, 20 anos)

Uma vida de serviço

Quando tinha 14 anos, Sandra participou de uma viagem às Dolomitas (norte da Itália) com adolescentes deficientes. Ela voltou com a intenção de ajudá-los ainda mais:

“Nós quebramos nossos ossos, mas essas são pessoas das quais eu nunca desistirei.”

“A caridade é a síntese da contemplação e da ação, o ponto de união entre o céu e a terra, entre o homem e Deus”.

(1983, 22 anos)

A opção por Cristo

“Não sou eu que busco a Deus, mas Deus que me busca. Não preciso olhar (…): as palavras param mais cedo ou mais tarde, e aí você percebe que só lhe resta a contemplação, a adoração, mais do que esperar por Ele. Fazer você entender o que Ele quer de você … Sinto a contemplação necessária para o meu encontro com o pobre Cristo ”.

(Outubro de 1978, 17 anos)

Gratidão profunda

“Obrigado, Senhor, porque recebi coisas bonitas na vida até agora, tenho de tudo, mas acima de tudo te agradeço porque tu te revelaste, porque te conheci”.

(Dezembro de 1977, 16 anos)

Na última página do diário, dois dias antes do acidente, Sandra Sabattini deixou seu testamento espiritual:

“Esta vida não é minha, evolui no ritmo de uma respiração regular que não é minha. Não há nada neste mundo que seja seu. Sandra, faça acontecer! É um dom sobre o qual o “Doador” pode intervir quando e como quiser. Cuida do presente que te é oferecido, deixa-o mais bonito e completo quando chegar a hora”.

(Abril de 1984, 23 anos)

 Fonte: Aleteia (https://pt.aleteia.org/)

Família Inaciana se reunirá para comemorar a conversão de Santo Inácio

Guadium Press
O ano inaciano, iniciado no dia 20 de maio, continua em curso e uma grande reunião da família inaciana acontecerá entre os dias 30 de outubro e 1° de novembro.

França – Marselha (26/10/2021 4:00, Gaudium Press) Já em 2019, o Padre Arturo Sosa, superior geral dos jesuítas, anunciou para os anos de 2021-2022 o “Ano Inaciano”.

No próximo fim de semana, de 30 de outubro ao dia 1 de novembro, Solenidade de Todos os Santos, a família inaciana da França, Bélgica e Luxemburgo, se reunirão em Marselha, cidade do sul da França, para comemorar o ano inaciano.

Com o tema “Com Inácio, para águas mais profundas” ,o evento vai reunir: jesuítas, congregações e comunidades inspiradas em Santo Inácio, instituições escolares, caritativas e sociais baseados no mesmo carisma.

Todos são convidados a participar desse momento de partilha e descobrir novas facetas da família espiritual de Santo Inácio.

Guadium Press

Duas Grandes datas para os jesuítas

O “ano inaciano”, que começou em 20 de maio passado e vai até o dia 31 de julho de 2022, celebra duas datas importantes da História da Igreja e sobretudo da história dos jesuítas, uma das ordens religiosas mais conhecidas da História.

A primeira data são os 500 anos da conversão de Santo Inácio de Loyola. Por ocasião do cerco à cidade de Pamplona, em 20 de maio de 1521, Inácio de Loyola é atingido por uma bala. Durante sua convalescença, a leitura da vida de Cristo e dos Santos leva o cavaleiro espanhol a uma conversão profunda.

Também os 400 anos da canonização de Santo Inácio e de São Francisco Xavier, em 12 de março de 1622, são lembrados durante o ano inaciano. (FM)


Fonte: https://gaudiumpress.org/

Por que os cristãos creem na ressurreição e não na reencarnação?

Cristo ressuscitado. Pintura de Rafaellino Del Garbo.
Wikipédia / Domínio público

REDAÇÃO CENTRAL, 27 out. 21 / 06:00 am (ACI).- Talvez um tema da nova era (new age) que goza de popularidade no mundo atual é a reencarnação, uma crença que inclusive alguns católicos aceitam apesar de ser incompatível com a fé cristã.

Uma pesquisa realizada pelo prestigioso ‘Pew Center’ revelou que, por exemplo, 29% dos cristãos nos Estados Unidos aceitam a reencarnação como algo verdadeiro. No caso dos católicos, 36% admitem esta crença.

Onde surge a crença na ressurreição?

Embora a crença na ressurreição comece quando o Senhor Jesus ressuscitou no terceiro dia depois da sua morte, já havia alguma ideia a respeito disso entre alguns judeus e fariseus.

"Os fariseus acreditavam em anjos e almas espirituais e, geralmente, na ressurreição dos mortos", disse à CNA – agência em inglês do Grupo ACI– o diácono Joel Barstad, professor de Teologia no Seminário Saint John Vianney, em Denver (Estados Unidos).

"A ressurreição de Jesus entre os mortos confirmou essa crença, mas também lhe deu uma base sólida e profunda", acrescentou.

A doutrina cristã sobre a ressurreição se encontra no Catecismo da Igreja Católica, do número 988 ao 1001.

O número 989 assinala: “Nós cremos e esperamos firmemente que, tal como Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos e vive para sempre, assim também os justos, depois da morte, viverão para sempre com Cristo ressuscitado, e que Ele os ressuscitará no último dia. Tal como a d'Ele, também a nossa ressurreição será obra da Santíssima Trindade”.

“A palavra ‘carne’ designa o homem na sua condição de fraqueza e mortalidade. ‘Ressurreição da carne’ significa que, depois da morte, não haverá somente a vida da alma imortal, mas também os nossos ‘corpos mortais’ (Rm 8, 11) retomarão a vida”, diz o número 990.

“Crer na ressurreição dos mortos foi, desde o princípio, um elemento essencial da fé cristã. ‘A ressurreição dos mortos é a fé dos cristãos: é por crer nela que somos cristãos’”, assinala o número 991.

"A salvação é a unidade com Cristo, porque Cristo traz o Reino de Deus e esse Reino se realiza na ressurreição", disse à CNA Michael Root, professor de Teologia sistemática da Universidade Católica da América.

Joel Barstad afirmou que "um cristão é um indivíduo que realmente quer ser alguém agora e depois da morte até o fim do mundo, mas para que isso seja possível, vou precisar do meu corpo ressuscitado e os outros precisarão dos seus", explicou .

Por que os cristãos devem rejeitar a reencarnação?

Segundo Root, as duas razões principais para rejeitar a crença na reencarnação são: que ela se opõe à forma como Cristo oferece a salvação e porque é contra a natureza da pessoa humana.

Root explicou que a reencarnação "contradiz a imagem da salvação do Novo Testamento, onde a nossa participação na ressurreição de Cristo é efetivamente do que se trata a salvação" e "nos dá uma imagem muito diferente do que é ser humano: um ente incorpóreo que não está relacionado a nenhum tempo específico".

"O cristianismo leva muito a sério que somos seres com um corpo e qualquer noção de reencarnação considera que o ser só tem um tipo de ligação acidental com qualquer corpo específico, porque a partir dessa perspectiva a pessoa passa de um corpo para outro e outro e outro; e o fato de não ter um corpo específico acaba na ideia de que a pessoa não sabe quem ela é", destacou Root.

O documento do Vaticano sobre a Nova Era intitulado "Jesus Cristo portador da água da vida" diz que "a unidade cósmica e a reencarnação são incompatíveis ​​com a crença cristã de que a pessoa humana é um ser único, que vive uma vida só sobre a qual é totalmente responsável: este modo de entender a pessoa coloca em questão tanto a responsabilidade quanto a liberdade pessoal".

Barstad também assinalou que a crença na reencarnação não é algo positivo, nem para os budistas e hindus, que veem como algo de que se deve fugir.

"Não conheço uma doutrina sólida sobre a reencarnação (...) que considere a reencarnação de uma alma como algo bom; embora de repente alguns hindus ou estoicos a reconheçam como uma necessidade cósmica benigna; mas certamente a aspiração mais profunda" de alguns que acreditam nisso “seja dissolver completamente o nexo das relações temporais e corporais; ou seja, dissolver a relação com o corpo, de modo que não seja possível outra reencarnação para uma alma. A meta da alma é então se converter permanentemente em ninguém", destacou Barstad.

Esperança da ressurreição

Enquanto os cristãos podem experimentar o sofrimento na vida, também podem viver a esperança de que "são amados por Cristo que, através de sua própria morte humana e divina, e ressurreição, pode levá-los até o fim e remodelá-los, fazendo algo lindo a partir de uma confusão", explicou Barstad.

Além disso, os cristãos esperam a ressurreição dos outros, seus amigos e entes queridos, "para viver em um novo céu e uma nova terra".

"Por tudo isso evangelizamos, por isso nos arrependemos dos nossos erros e perdoamos aqueles que nos fazem algum mal. Por isso rezamos pelos mortos e os santos que já tem a visão beatífica de Deus também rezam por nós".

Os santos, concluiu o especialista, "ainda estão envolvidos com o mundo e esperam conosco a revelação final de Cristo que dará a todos a ressurreição".

Fonte: ACI Digital

Assis. 35 anos após a oração pela paz, reconhecida como "Casa da Vida"

Assis, o encontro inter-religioso em prol da paz de
27 de outubro de 1986 com João Paulo II  (Vatican Media)

A cidade de Assis recorda o histórico encontro desejado por São João Paulo II em 27 de outubro de 1986. Um espírito que se reflete no reconhecimento que a Fundação Internacional Raul Wallenberg entrega a toda a comunidade de Assis por ter contribuído para salvar centenas de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

Eugenio Bonanata – Vatican News

O dia 27 de outubro se tornou um dia histórico para a cidade de Assis, pois nesta ocasião revive o Dia de Oração Inter-Religiosa pela Paz proclamado por São João Paulo II em 1986. Através de várias iniciativas procura-se evocar o espírito daquele dia inesquecível, seguindo um caminho unitário que atravessa a toda a cidade e se projeta muito além. Na agenda deste ano há dois eventos principais: a oração da tarde no refeitório da Porciúncula na presença de vários líderes religiosos e a cerimônia da manhã intitulada "Espírito de Assis", que a Diocese organizou no centro histórico em colaboração com as autoridades civis, no espírito de acolhida e paz.

Centenas de judeus salvos

No centro das comemorações está o novo status de Assis, que agora é declarada "Casa da Vida" por ter salvo centenas de judeus durante os anos sombrios da Segunda Guerra Mundial. Será inaugurada uma placa para este reconhecimento concedida pela Fundação Internacional Raul Wallenberg, a ONG criada em memória do diplomata sueco que salvou milhares de vidas da perseguição nazista na Hungria e cuja missão é destacar os muitos heróis silenciosos que atuaram nesta frente naqueles anos.

O projeto 'Casa da Vida' tem tem como objetivo a necessidade de não esquecer. É semelhante à iniciativa das "pedras de tropeço", que marcam as casas onde aconteceram as deportações, embora tenha uma ênfase diferente. “Fazemos isso já há sete anos", explica Silvia Costantini, vice-presidente da Fundação, "e consiste em colocar uma placa nos lugares do mundo que deram refúgio às pessoas que fugiam do país". Pela primeira vez, porém, nos encontramos diante de uma cidade inteira comprometida com esta rede clandestina de salvação que - acrescenta a responsável pelo Museu da Memória de Assis, Marina Rosati – tinha sua sede geral dentro do palácio do bispo".

Unidos para proteger

“O aspecto realmente interessante", aponta Silvia Costantini, "é que não houve um único caso de denúncia". Assim, todos os habitantes de Assis na época estavam unidos para garantir a proteção dos perseguidos". E não é coincidência que a data de 27 de outubro de 2021 tenha sido escolhida para voltar a chamar a atenção para este evento. "Esta é outra etapa do caminho traçado por João Paulo II em 1986, que também estamos levando adiante também com uma oração que se realiza no dia 27 de cada mês e que cada vez é dedicada a uma situação de guerra ou de extrema dificuldade econômica e social", continuou Rosati. A oração de outubro de 2021 é pelo destino e pela vida das crianças soldados, segundo o desejo do bispo Dom Domenico Sorrentino, que está organizando todas as atividades: desde o lançamento do Museu da Memória, localizado nas dependências da Cúria, até as comemorações de hoje.

Na escuridão, a luz do bem

"Uma cerimônia", afirma Rosati, "que está totalmente de acordo com o espírito de grande acolhida e paz que esta cidade transpira". De agora em diante, na Via Borgo San Pietro, uma placa recordará esta homenagem a todos os peregrinos que passarem, confiando que os jovens em particular lhe deem atenção. “O que queremos lembrar", conclui Silvia Costantini, "é que toda pessoa, mesmo no momento mais obscuro e difícil de sua história, pode escolher fazer o bem". Uma mensagem de solidariedade, de fraternidade e sobretudo de esperança, valores que nos unem à oração inter-religiosa pela paz desejada por João Paulo II".

Fonte: Vatican News

São Frumêncio

S. Frumêncio | Canção Nova
27 de outubro
SÃO FRUMÊNCIO

Origens

Frumêncio viveu uma história fantástica. Os dados que nos chegaram sobre ele contam a partir de sua adolescência. No tempo do imperador Constantino, no Século IV, Frumêncio era um dos discípulos de um filósofo chamado Merópio. Como discípulo, acompanhou seu mestre numa longa viagem à Índia. Quando retornavam, o navio parou no porto de Adulis, que fica no mar Vermelho. Neste porto, a vida de Frumêncio tomou um rumo inesperado e foi completamente transformada.

Piratas da Etiópia

No porto de Adulis, a embarcação em que Frumêncio viajava foi cruelmente atacada por piratas da etiópia. Estes, roubaram o navio e assassinaram todos os passageiros e tripulantes. Todos, menos Frumêncio e Edésio, dois amigos adolescentes, discípulos de Merópio. No momento do ataque, eles estavam entretidos lendo e conversando sobre um livro, debaixo de uma árvore. Porém, apesar de sobreviverem, foram levados como escravos para a Etiópia e entregues ao rei. Este fato mudou completamente a vida de Frumêncio e Edésio.

Conquistando o rei da Etiópia

Chegando à Etiópia, os dois adolescentes foram levados ao rei. Este, conversou com eles e detectou grande sabedoria e firmeza de caráter. Ambos confessaram ser cristãos e isto foi interpretado como virtude pelo rei. Por isso, ordenou que eles ficassem no palácio. Edésio recebeu a função de copeiro e Frumêncio passou a ser um secretário direto do rei. Aos poucos, Frumêncio foi conquistando a confiança de todos na corte, principalmente da rainha. Porém, ainda assim, eram escravos.

Libertação e missão

Quando a rainha ficou viúva, seu filho menor deveria assumir o poder. Como não tinha idade, a rainha assumiu em seu lugar, como regente. Em seguida, assinou a libertação de Frumêncio e Edésio, com uma condição: que eles só partissem, quando completassem a missão de educar o príncipe herdeiro. Ambos assumiram a missão com amor, enxergando nisso a possibilidade de contribuírem para um mundo melhor.

Uma igreja no porto

Algum tempo depois, Frumêncio e Edésio conseguiram autorização da rainha para construção de uma igreja perto do porto da cidade. O objetivo era atender aos mercadores cristãos que passavam pela Etiópia. A construção dessa igreja ajudou sobremaneira na difusão da fé cristã entre o povo da Etiópia, porque aquele porto era um ponto chave no país. A maioria dos mercadores passava por ali. Muito embora esta difusão da fé tenha acontecido de forma lenta e difícil. Mas foi a partir dessa igreja, semeada por São Frumêncio, que a semente da fé cristã começou a germinar no continente africano. Enquanto isso, Frumêncio e Edésio continuavam a formação do futuro rei da Etiópia.

Os dois irmãos de fé se separam

Quando Frumêncio e Edésio completaram o tempo de educação e formação do príncipe da Etiópia, a rainha cumpriu sua promessa e os libertou. Edésio decidiu voltar para sua terra natal, que também era a de Frumêncio, a cidade de Tiro, perto de Sidônia, na antiga Fenícia, hoje Líbano. Em Tiro, Edésio se encontrou com São Rufino. Este, na época, era historiador e registrou toda a odisseia que os dois irmãos de fé, Frumêncio e Edésio, enfrentaram. Frumêncio, por sua vez, foi para a cidade de Alexandria, no Egito. Ali, mais uma vez, sua vida tomaria um novo rumo.

Bispo da Etiópia

Frumêncio foi se encontrar com o Bispo de Alexandria, Santo Atanásio, para lhe fazer um pedido muito especial: designar um bispo e vários missionários para a evangelização da Etiópia. Santo Atanásio, porém, cheio de sabedoria, indicou São Frumêncio como primeiro bispo da Etiópia. Frumêncio, sentindo aí o chamado de Deus, respondeu afirmativamente. Santo Atanásio, então, ordenou-o e consagrou-o bispo.

De volta à Etiópia

Quando voltou com alguns missionários, São Frumêncio encontrou o jovem que tinha sido seu pupilo empossado como rei da Etiópia. O jovem nutria grande estima por aquele que tinha sido tão bom e sábio mestre. Sabendo que Frumêncio se tornara bispo, o jovem rei abraçou a fé, converteu-se e pediu o batismo. Em seguida, convidou o povo de seu país a acompanhá-lo na alegria do seguimento de Jesus Cristo. Assim, a fé cristã começou a se enraizar na Etiópia.

Abba Salama

São Frumêncio começou sua missão auxiliado pelos missionários e pelo testemunho do rei, seu ex-pupilo. Por causa de sua santidade e bondade, São Frumêncio passou a ser chamado pelo povo etíope de "Abba Salama", que quer dizer "Pai da Paz". Ele dedicou toda a sua vida à evangelização da Etiópia, até sua morte em 380. São Frumêncio passou a ser chamado de "Apóstolo da Etiópia".

Oração a São Frumêncio

Ó Deus, que aos vossos pastores associastes São Frumêncio, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.”

Fonte: Cruz da Terra Santa

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF