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terça-feira, 31 de maio de 2022

«O Espírito Santo, Que O Pai Enviará Em Meu Nome, Vos Ensinará Todas As Coisas»

A Gazeta News

Os que têm o Espírito por mestre
não precisam do conhecimento que vem dos homens.
Mas, iluminados pela luz desse Espírito,
olham o Filho, veem o Pai,
e adoram a Trindade das Pessoas,
o Deus único, cuja natureza é indizivelmente una. […]
Para, homem; treme, tu que és de natureza mortal,
e pensa que foste extraído do nada
e que, saindo do ventre de tua mãe,
viste o mundo que foi feito antes de ti.
E, se pudesses conhecer a altura do céu,
ou indicar a natureza do sol, da lua e das estrelas,
onde permanecem fixos e como se movem […],
ou mesmo a natureza da terra Os de onde foste tirado,
os seus limites e as suas medidas, a sua largura e o seu tamanho […],
se tivesses descoberto a finalidade de cada coisa,
se tivesses contado a areia do mar,
se pudesses conhecer a tua própria natureza […],
então poderias idealizar o teu Criador,
e forma como, na Trindade, a unidade permanece sem fusão,
e, na unidade, a Trindade sem divisão.
Procura o Espírito! […]
Talvez Deus te conforte e te conceda,
como já te concedeu veres o mundo, o sol e a luz do dia,
sim, ele dignar-Se-á iluminar-te do mesmo modo […],
iluminar-te com a luz do Triplo Sol. […]
Então, aprenderás a graça do Espírito,
que, mesmo ausente, está presente pelo seu poder,
e que, presente, não vemos por causa da sua natureza divina,
que está em toda a parte e em lugar nenhum.
Se procuras vê-lo de um modo sensitivo,
onde O encontrarás? Em lugar nenhum, dirás simplesmente.
Mas se tiveres força para O olhar espiritualmente,
será Ele a iluminar a tua mente e a abrir os olhos do teu coração.

Simeão, o Novo Teólogo (c. 949-1022),
Hino 21; SC 174
Fonte: Evangelho Cotidiano

https://www.ecclesia.org.br/

Uma escultura tocante para celebrar a beleza da vida

Timothy Schmalz
Por Isabella H. de Carvalho

Criada por um escultor canadense, esta nova obra é uma "celebração artística da sacralidade de toda vida".

Se você sair da movimentada rua comercial da Via del Corso, em Roma, e entrar na igreja de São Marcello al Corso, você pode ver (à esquerda do altar), uma estátua da Virgem Maria, envolvendo seus braços ao redor do ventre que carrega o Menino Jesus. Esta obra de arte do escultor canadense Timothy Schmalz, “Monumento à Vida”, foi abençoada pelo arcebispo Vincenzo Paglia, presidente da Pontifícia Academia para a Vida, no domingo, 29 de maio de 2022.

A estátua de bronze com o útero de aço inoxidável, é “uma celebração artística da sacralidade de toda vida”, diz o artista.

O “Monumento à Vida” foi uma doação para a associação cristã “Movimento Italiano pela Vida”.

A escultura de Timothy Schmalz foi abençoada em um cenário de debate feroz sobre o aborto, particularmente na América do Norte, a região de origem do artista. Nos Estados Unidos, a Suprema Corte está decidindo se deve reverter o marco histórico que legalizou o aborto no país.

Mãe e filho silenciosos

O escultor salientou, no entanto, que sua escultura não é uma “arma de confronto”, mas espera que ela tenha o “poder de persuadir, convencer e tocar as pessoas”, além de fazê-las “pensar profundamente na ideia de que toda a vida humana é bela”.

Timothy Schmalz explicou: “Eu não queria fazer uma escultura pró-vida que ofendesse ninguém, porque as pessoas que não estão convencidas [disso] não vão aprender nada. Se você tem um manifestante pró-vida segurando [representações de] fetos mortos, as únicas pessoas que entendem essa mensagem são os pró-vida”. O outro lado não tem ideia e isso não funciona”, explicou.

O artista enfatiza ainda que a escultura “não grita com você, é uma mãe e uma criança silenciosa”. E indaga: “Quem vai se aborrecer com isso?”

Vale ressaltar que o escultor escolheu o aço inoxidável para formar o ventre, ao contrário de suas outras obras de arte que são feitas principalmente em bronze. Ele explica que queria representar “uma nimbus“, para enfatizar que o útero é “a fonte de toda a realidade humana”. Além disso, por ser uma superfície reflexiva, o público pode ver a própria imagem no útero da escultura, cada um sendo enviado de volta ao lugar onde sua vida começou.

Beleza e diálogo

O artista canadense enfatiza a importância da arte na divulgação de mensagens positivas e na evangelização silenciosa e sutil. Ele confidencia que a inspiração veio da citação do autor russo Fiódor Dostoiévski: “A beleza salvará o mundo”. “Se eu posso usar a beleza para aproximar o diálogo para alguma compreensão e amor de ambos os lados [da questão], então a escultura é uma grande ferramenta”, diz ele.

“Culturalmente, não podemos perder a importância da sacralidade da vida”, lembra o artista. Além da estátua de Roma, uma versão de dois metros de altura do “Monumento à Vida” também será instalada em Washington, D.C., em frente à Basílica do Santuário Nacional da Imaculada Conceição.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Por que abençoar os alimentos antes das refeições?

Foto: Wikipedia
Entre os sacramentais, as bênçãos ocupam um lugar importante. Compreendem, ao mesmo tempo, o louvor de Deus pelas suas obras e a intercessão da Igreja para que os homens possam fazer uso dos dons de Deus segundo o espírito do Evangelho (CCE 1678).

Redação (29/05/2022 09:08Gaudium Press) Muitos pensam que as bênçãos são reservadas apenas aos sacerdotes e religiosos, mas não é assim! A Igreja prevê que algumas bênçãos sejam reservadas também para os leigos.

Entre amigos, familiares e, dependendo da situação, até um leigo pode abençoar. No livro Ritual das Bênçãos, também há muitas bênçãos que os leigos podem dar. Tendo recebido o sacramento do batismo, o cristão torna -se “portador da bênção de Deus”.

Qual é o significado da Bênção dos alimentos?

A bênção dos alimentos nos lembra de que é sempre Deus quem dá os benefícios quotidianos, o autor da vida e da providência. De fato, no Pai-Nosso, rezamos: O pão nosso de cada dia nos dai hoje e, no Evangelho, encontramos: “Nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” ( Mt 4 , 4).

Assim, as refeições que saboreamos nesta terra podem nos ajudar a bem compreender certos aspectos do Sagrado Banquete que é a Santa Missa.

Por que abençoar?

O Catecismo da Igreja Católica nos explica: “A bênção é a resposta do homem aos dons de Deus: nós bendizemos o Omnipotente que primeiramente nos abençoa e enche dos seus dons”.(n. 551) Toda a bênção é louvor de Deus e oração para obter os seus dons.

Em que consiste a bênção das refeições?

A família em pé (ou o grupo reunido ao redor da mesa), antes de se sentar e começar a comer, todos fazem o sinal da cruz, e um dos membros (por exemplo, o pai da família ou a mãe) reza a oração de bênção sobre a refeição. Sempre se inicia e termina uma oração com o Sinal da Cruz.

Oração

Não há uma fórmula específica, mas a bênção tradicional é:

Abençoai-nos, Senhor, e a este alimento que por vossa bondade vamos tomar. Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém.

Há também outras orações que podem ser adaptadas de acordo com os comensais e em diversas situações. O importante é voltar o pensamento para Deus antes de começar a comer e agradecer-Lhe o alimento recebido que é um dom, lembrando que no mundo há muitas pessoas, inclusive crianças, que todos os dias não sabem se vão ter a oportunidade de fazer uma refeição.

Por Rita Sberna

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Um Consistório de final de verão que olha para o mundo

Consistório para a criação de novos cardeais em 28 de novembro de 2020
(Vatican Media)

As escolhas e os números da oitava criação cardeal do Papa Francisco.

ANDREA TORNIELLI

Com um anúncio surpresa e quase três meses antes da data, o Papa Francisco convocou um Consistório para o próximo dia 27 de agosto para a criação de 21 novos cardeais, 16 dos quais com menos de oitenta anos e, portanto, eleitores em um eventual Conclave, mais cinco que já atingiram essa idade ou chegarão antes de receber o Barrete.

O final de agosto não é uma data tradicional para os Consistórios (que geralmente aconteciam em fevereiro, junho ou novembro), mas a lista de novos cardeais foi precedida pelo anúncio de um encontro que reunirá todos os cardeais do mundo com o Papa e será dedicado à nova Constituição Apostólica sobre a Cúria Romana, "Praedicate Evangelium", promulgada no dia 19 de março passado, que entrará em vigor no domingo, 5 de junho, festa de Pentecostes. O Consistório para os novos cardeais no sábado, 27 de agosto, precederá o encontro, marcado para segunda-feira, 29 e terça-feira, 30 de agosto.

Uma olhada na lista confirma a linha seguida por Francisco ao longo de seu pontificado: muitos dos 16 nomes dos novos cardeais eleitores - além dos três primeiros curiais, bastante previsíveis, ou seja, os prefeitos dos dicastérios do Culto Divino e do Clero, juntos com o Presidente do Governatorato) - são uma surpresa. Mais uma vez o Papa opta por associar bispos de todo o mundo ao colégio dos cardeais, preferindo as periferias e sem levar em conta aquelas sedes que antes eram tradicionalmente consideradas "cardinalícias".

Os três novos cardeais da Cúria vêm da Europa (Arthur Roche, inglês), (Fernando Vergez, espanhol) e da Ásia (Lazzaro You, Coreia).

Dois novos cardeais eleitores estão à frente de dioceses na Europa (o arcebispo de Marselha e o bispo de Como); cinco estão nas fronteiras da Ásia (um deles, o italiano Giorgio Marengo, prefeito apostólico na Mongólia, com seus 48 anos se tornará o mais jovem do colégio). Dois são bispos na África e quatro nas Américas (um nos Estados Unidos, três na América Latina, com duas dioceses do Brasil cujo titular recebe o Barrete). São significativas as púrpuras ao arcebispo de Marselha, nascido em Argel, e ao bispo de Como, que se torna o único cardeal à frente de uma diocese entre o Noroeste e o Nordeste da Itália.

Mais uma vez, Francisco associou ao colégio cinco prelados, dois dos quais não bispos, que já ultrapassaram ou estão prestes a ultrapassar o limite de idade que exclui do eleitorado ativo em caso de Conclave. Nesta mini-lista, a maioria é italiana (três em cinco), com reconhecimento, entre outros, do padre jesuíta Gianfranco Ghirlanda, ex-reitor da Gregoriana, apreciado canonista e colaborador da Santa Sé.

O colégio dos cardeais-eleitores está, portanto, crescendo em número em relação ao teto de 120 estabelecido por Paulo VI, como já aconteceu várias vezes. Atualmente o colégio é composto por 208 cardeais, dos quais 117 são eleitores e 91 não eleitores. Em 27 de agosto, subirá para 229 cardeais, dos quais 132 são eleitores. Olhando para os três últimos pontificados, o colégio será composto por 52 cardeais criados por João Paulo II (11 dos quais são eleitores); 64 criados por Bento XVI (dos quais 38 são eleitores) e 113 criados por Francisco (dos quais 83 são eleitores).

Do ponto de vista geográfico, os cardeais serão distribuídos da seguinte forma: Europa, 107 cardeais, dos quais 54 são eleitores; as Américas, 60 cardeais, dos quais 38 são eleitores; Ásia, 30 cardeais, dos quais 20 são eleitores; África, 27 cardeais, dos quais 17 são eleitores; Oceania, 5 cardeais dos quais 3 são eleitores.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Futuro cardeal, arcebispo de Brasília diz que papa quer igreja atenta à exclusão social, à pobreza e à ecologia

Dom Paulo Cezar Costa. Foto: Arquidiocese de Brasília

BRASILIA, 30 mai. 22 / 03:39 pm (ACI).- O arcebispo de Brasília, dom Paulo Cezar da Costa será criado cardeal pelo papa Francisco no próximo consistório. No domingo (29), após o anúncio de Francisco, dom Paulo Cezar falou com a imprensa e destacou que “o papa Francisco tem a preocupação de que a Igreja seja cada vez mais evangelizadora, missionária, próxima dos últimos, dos pobres, dos necessitados, do nosso povo, que seja atenta aos principais problemas da sociedade brasileira, da exclusão social, da pobreza que aumentou, da questão da ecologia”.

Dom Paulo Cezar da Costa foi nomeado bispo auxiliar do Rio de Janeiro em novembro de 2010. Em junho de 2016, assumiu a diocese de São Carlos (SP) e, em outubro de 2020, foi nomeado arcebispo de Brasília. Questionado sobre esta rápida “ascensão” na Igreja, com apenas 11 anos de bispo, disse ver como “bondade e misericórdia do Senhor”.

“Desde o início do meu ministério reflito muito sobre o papel do ministério como serviço, da Igreja como servidora. E o papa tem me chamado para servir. Eu servi como auxiliar do Rio de Janeiro, depois servi como bispo de São Carlos e, agora aqui em Brasília, como arcebispo. E o papa me pede para servir também no colégio cardinalício. Quero ser também um servidor do povo de Deus, gastar minha vida servindo como Jesus Cristo serviu, como Maria serviu”, disse.

Dom Paulo Cezar contou que conhece o papa Francisco desde o início de seu ministério, pois ajudou na organização da Jornada Mundial da Juventude de 2013, quando era bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ). “O papa Francisco sempre me encantou pela sua simplicidade, pelo homem de Deus que ele é, simples, humilde, mas que tem clareza das coisas e aponta um caminho de Igreja em que eu acredito, uma Igreja evangelizadora, servidora, que esteja presente nas periferias humanas, nas periferias existenciais”.

Para o arcebispo de Brasília, a sua nomeação como cardeal é “uma honra” para ele próprio, mas também para a Igreja no Brasil e, especialmente, em Brasília.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Campanha “SOS Recife e região: ajuda humanitária para as famílias atingidas

Campanha “SOS Recife e região metropolitana

O governo pernambucano decretou emergência no estado. Quatorze municípios da região metropolitana também decretaram emergência.

Vatican News

Fortes chuvas atingiram a região metropolitana do Recife nos últimos dias, com mais intensidade na última sexta e sábado, em que cerca de 20 municípios já acumularam mais de 100mm de chuva em 24 horas. O governo pernambucano decretou emergência no estado. Quatorze municípios da região metropolitana também decretaram emergência.

Segundo dados divulgados pela Defesa Civil, o Estado de Pernambuco assistiu ao aumento no número de desabrigados, cerca de 3.957 pessoas, deslizamentos de barreiras, alagamentos e um saldo que contabiliza, entre sexta e domingo, 91 pessoas mortas.

Para amparar e mitigar os efeitos desta tragédia na vida das pessoas e famílias atingidas, a arquidiocese de Olinda e Recife, Cáritas Arquidiocesana de Olinda e Recife e a Cáritas Brasileira Nordeste 2 lançaram a campanha emergencial #SOS RECIFE E REGIÃO METROPOLITANA, Solidariedade que Transforma.

O que doar?

A ação busca arrecadar doações de alimentos não perecíveis, material de limpeza, produtos de higiene, colchões e lençóis que deverão ser entregues na Cúria Arquidiocesana localizada da avenida Rui Barbosa, 409, Graças- Recife, das 8h às 16h, e nas paróquias. As doações também podem ser feitas através de doações online via Chave PIX ou depósito em conta, em favor da Cáritas Arquidiocesana de Olinda e Recife.

Para o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, o momento é de união, oração e solidariedade. “Convocamos a todos a ajudar nossos irmãos mais necessitados neste momento de dor e desamparo. A arquidiocese e as paróquias estão de portas abertas para receber a sua solidariedade e doação. Invocamos as bênçãos Deus e a proteção materna de Maria a todos os pernambucanos que estão sendo atingidos com as chuvas em nosso estado”, declara.

A secretária executiva da Cáritas Brasileira NE2, Neilda Pereira, reforça que o momento é de solidariedade e união de todos para ajudar às milhares de vítimas atingidas com as fortes chuvas na região metropolitana do Recife. “Estamos vivenciando uma situação humanitária emergencial. São milhares de vítimas desalojadas, pontos iminentes de mais desabamentos , além de vítimas fatais. Enquanto organismo da Igreja, a Cáritas tem o papel neste momento de ajudar os mais necessitados e em situação de vulnerabilidade”, comenta.

Campanha “SOS Recife e região | CNBB

Fonte: CNBB

https://www.vaticannews.va/pt

Visita de Nossa Senhora a Santa Isabel

Visitação da Virgem Maria | Cléofas
31 de maio

Visita de Nossa Senhora a Santa Isabel

Amar é servir! Desinteressadamente. É a primeira lição que Maria nos dá.

Tão logo o Arcanjo Gabriel anunciou a Maria que ela seria a Mãe do Salvador, e Maria vai, apressadamente, diz São Lucas, para fazer uma visita à sua prima Isabel, já idosa, para ajudá-la nos serviços do lar. A Virgem caminha cerca de 200 km, passa pela Samaria e chega a Judeia, vai à cidade de Ain-Karin, no alto das montanhas da Judeia onde morava o sacerdote Zacarias.

Certamente, Maria caminha, por uma semana, meditando o mistério anunciado pelo anjo: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo!”. “Não temas Maria, encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho que colocarás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á filho do Altíssimo e o Senhor Seu Deus lhe dará o trono do seu Pai Davi… e o seu reino não terá fim” (Lc 1,30ss).

Seu coração humilde transbordava de alegria e júbilo, ainda sem entender tudo. Mas, apesar de tudo o que se passava em sua mente e em seu coração, ela pensa na sua idosa parenta Isabel, que precisa dela. Vai, então, às pressas pelas montanhas da Judeia. Ao chegar à casa de Isabel, a saúda: Shalom! João Batista estremece no seio de Isabel, e esta, cheia do Espírito Santo, diz São Lucas, exclama:

“Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio. Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!” (Lc 1,40-45).

Isabel é a primeira pessoa, iluminada pelo Espírito Santo, que percebe que está diante da Mãe de Deus humanado. “A Mãe do meu Senhor!”. Ciente desta verdade, diante de Jesus e de João Batista que se encontram ainda nos seios de suas mães, com sentimentos de humilde gratidão para com a grandeza e bondade de Deus, Maria, cheia do Espírito Santo, expressa com o Magnificat, toda a sua alegria e júbilo:

“Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhou para sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo. Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem. Manifestou o poder do seu braço: desconcertou os corações dos soberbos. Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes. Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e sua posteridade, para sempre” (Lc 46-55).

Vinte séculos de cristianismo repetiram rezando e cantando este hino. Este canto é o suficiente para provar e demonstrar a visita do Anjo e o prodígio operado na Virgem Maria. Se ela não tivesse estado sob a ação do Espírito Santo, jamais aceitaria ser chamada de “bendita entre todas as mulheres”, como lhe disse Isabel. E como se atreveria a dizer que “todas as gerações me chamarão de bem aventurada”. E o mais admirável é que todas as suas palavras se realizaram e todos os séculos passam ante Ela cantando a sua felicidade sem igual, de ser escolhida para ser a Mãe de Deus, por ser a mais humilde de todas as mulheres.

O Verbo encarnado em Maria é causa de graça para Isabel que, pelo Espírito Santo, percebe os grandes mistérios que se operam nela: a sua dignidade de Mãe de Deus, a sua fé na palavra divina e a santificação do Batista, precursor, que exulta de alegria no ventre da mãe.

Maria ficou com Isabel até o nascimento de João Batista, servindo-a humildemente. A primeira coisa que faz a Mãe de Deus, é servir! Amar é servir! Desinteressadamente. É a primeira lição que Maria nos dá. Ela não levou em conta ser a Mãe do Salvador; teria o direito de ser servida; mas, ao contrário, vai logo servir. Reinar com Cristo é servir!

São Francisco de Sales, doutor da Igreja, diz: “Na Encarnação Maria se humilha confessando-se a serva do Senhor… Porém, Maria não fica só na humilhação diante de Deus, pois sabe que a caridade e a humildade não são perfeitas se não passam de Deus ao próximo. Não é possível amar a Deus que não vemos, se não amamos os homens que vemos. Esta parte realiza-se na Visitação”.

Depois dos oito dias para o rito da circuncisão de João Batista e imposição do nome, Maria volta para Nazaré.

A festa da Visitação, de origem franciscana, que os frades menores já a celebravam em 1263, era celebrada a dois de julho, isto é, ao término da visita de Maria.

A festa foi depois estendida a toda a Igreja Latina pelo papa Urbano VI (1378-1389) para propiciar com a intercessão de Maria a paz e a unidade dos cristãos divididos pelo grande cisma do Ocidente no século 14.

O atual calendário litúrgico abandonou a data tradicional de 2 de julho para fixar-lhe a memória no último dia de maio, como coroação do mês que a devoção popular consagra ao culto particular da Virgem.

Prof. Felipe Aquino

Fonte: https://cleofas.com.br/

São Félix de Nicósia

S. Félix de Nicósia | arquisp
31 de maio

São Félix de Nicósia

Félix nasceu em Nicósia, na Itália, em 5 de novembro de 1715, filho de Filipe Amoroso e Carmela Pirro, de origem humilde e analfabeto. Diz o postulador de sua causa de canonização, padre Florio Tessari: "Órfão de pai desde seu nascimento, era proveniente de uma família que conseguia sobreviver com muita dificuldade".

Vivia próximo ao convento dos frades capuchinhos. Freqüentava a comunidade dos frades e admirava o seu modo de viver. Sempre que visitava o convento, sentia-se fortemente atraído por aquela vida: alegria na austeridade, liberdade na pobreza, penitência, oração, caridade e espírito missionário.

Aos 18 anos de idade, em 1735, bateu à porta do convento, pedindo para ser acolhido como irmão leigo, por ser analfabeto. A resposta foi negativa. Porém insistiu muitas vezes, sem se cansar. Após dez anos de espera, foi acolhido na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos com o nome de irmão Félix de Nicósia. Depois do noviciado e da profissão religiosa, foi destinado a Nicósia, onde permaneceu durante toda a vida, tornando-se, na cidade, uma presença de espiritualidade radicada no meio do povo.

Afirma o padre Florio Tessari: "Analfabeto, mas não de Deus e de seu Espírito, Félix entendeu que o segredo da vida não consiste em indicar, com força, a Deus, a nossa vontade, mas em fazer sempre alegremente a vontade dele. Essa simples descoberta lhe permitiu ver sempre, em tudo e apesar de tudo, Deus e seu amor; particularmente onde é mais difícil identificá-lo. Deixando-se somente invadir e preencher-se de Deus, ia imediatamente ao coração das coisas, à raiz da vida, onde tudo se recompõe na sua originária harmonia. Para fazer isso não precisa muita coisa, não precisa tantas palavras. Basta a essencial sabedoria do coração onde habita, fala e age o Espírito".

Morreu no dia 31 de maio de 1787. Foi beatificado pelo papa Leão XIII em 12 de fevereiro de 1888 e proclamado santo pelo papa Bento XVI no dia 23 de outubro de 2005.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

Santa Camila Batista da Varano

Sta. Camila Batista da Varano | arquisp
31 de maio

Beata Camila Batista da Varano

O príncipe Júlio César de Varano, senhor do ducado de Camerino, era um fidalgo guerreiro e alegre, muito generoso com o povo e sedutor com as damas. Tinha cinco filhos antes de se casar, aos vinte anos, com Joana, filha do duque de Rimini, que completara doze anos de idade. Tiveram três filhos. Criou todos juntos no seu palácio de Camerino, sem distinção entre os legítimos e os naturais.

Camila era sua filha primogênita, fruto de uma aventura amorosa com uma nobre dama da corte. Nasceu em 9 de abril de 1458. Cresceu bela, inteligente, caridosa e piedosa. Tinha uma personalidade sedutora e divertida, apreciava dançar e cantar. Tinha herdado o temperamento do pai, motivo de orgulho para ele, que a amava muito.

Ainda criança, depois de ouvir uma pregação sobre a Paixão de Jesus Cristo, fez um voto particular: derramar pelo menos uma lágrima todas as sextas-feiras, recordando todos os sofrimentos do Senhor. Porém tinha dificuldade para conciliar o voto à vida divertida que levava, quando não conseguia vertê-la sentia-se mal toda a semana. Mas esse exercício constante, a leitura sobre mística e o estudo da religião, amadureceram a espiritualidade de Camila, que durante as orações das sextas-feiras ficava tão comovida que chorava muito.

Aos dezoito anos, já sentia o chamado para a vida religiosa, mas continuava atraída pela vida e os divertimentos da corte. Quando conseguiu afastar todas as tentações, pediu a seu pai para ingressar num convento. Ele foi categórico e não permitiu. Camila ficou sete meses doente por causa disso. Seu pai fez de tudo, mas ela não desistiu. Após dois anos, acabou consentindo. Assim, aos vinte e três anos, em 1481, ingressou no mosteiro das clarissas, em Urbino, tomando o nome de irmã Batista e vestindo o hábito da Ordem.

O príncipe, entretanto, queria a filha próxima de si. Por isso comprou um convento da região e entregou aos franciscanos, para que o transformassem num mosteiro de clarissas. O primeiro núcleo saiu de Urbino, trazendo nove religiosas, entre as quais irmã Camila Batista, como a chamavam, que se tornou a abadessa do novo mosteiro de Camerino.

Os anos que se sucederam foram de grandes experiências místicas para Camila Batista, sempre centradas na Paixão e Morte de Jesus Cristo. Escreveu o famoso livro "As dores mentais de Jesus na sua Paixão", que se tornou um guia de meditação para grandes santos. Depois ela própria se tornou uma referência para as autoridades civis e religiosas que procuravam seus conselhos.

Morreu com fama de santidade, em 31 de maio de 1524, nesse mosteiro. A cerimônia do funeral se desenvolveu no pátio interno do palácio paterno. Foi declarada beata Camila Batista de Varano pela Igreja, para ser celebrada no dia de sua morte.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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segunda-feira, 30 de maio de 2022

Brasil quer ser líder pró-vida no mundo e promove adesões a tratado contra aborto

@brasilsemaborto
Por Francisco Vêneto

O acordo não é só oposição a legislações abortistas, mas uma pró-ativa estruturação da defesa da saúde integral da mulher.

O Brasil quer ser uma nação líder nas políticas pró-vida no mundo, e, com este objetivo, está promovendo novas adesões ao assim chamado Consenso de Genebra: trata-se de um tratado global em defesa da vida e contra o aborto, lançado em 2020.

Os Estados Unidos, que eram o principal signatário, deram um nítido passo atrás sob a gestão do atual presidente Joe Biden, que, por razões ideológicas, retirou o país dos tratados em defesa da vida e da família que haviam sido assinados pelo antecessor, Donald Trump.

A adesão da Colômbia

No dia 13 deste mês de maio, durante sessão extraordinária da Organização dos Estados Americanos (OEA) em Washington, a Colômbia aderiu ao Consenso de Genebra, marcando um chamativo contraste com a postura da sua Suprema Corte, que, três meses antes, havia descriminalizado o aborto no país.

A Colômbia foi 36º país a assinar o Consenso de Genebra. Segundo o jornal Gazeta do Povo, a adesão colombiana decorreu de intensa articulação do governo brasileiro, cujos esforços para trazer mais países latino-americanos ao acordo é coordenado pela ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Cristiane Britto, em conjunto com a secretária nacional da Família, Angela Gandra, que afirmou:

“Para nós foi uma alegria, porque [a Colômbia] é um país que acabou de ter a Suprema Corte admitindo o aborto com seis meses. Isso mostra que o governo está forte para mostrar que é pró-vida e pró-família”.

Políticas pró-vida e pró-família no Brasil

No tocante à proteção da vida e à defesa da maternidade no Brasil, a ministra Cristiane Britto citou iniciativas dos ministérios do Trabalho e da Economia e declarou:

“Todos os programas do governo, de toda a Esplanada, têm que ter a perspectiva do fortalecimento de vínculos familiares (…) A gente vai colocar como política de Estado, não de governo, que a pauta da família é prioritária, porque é isso que a própria sociedade brasileira quer”.

O Consenso de Genebra

O acordo internacional pró-vida não é apenas uma forma de oposição às legislações abortistas, mas sim, pró-ativamente, uma estruturação da defesa da saúde integral da mulher. Essa defesa inclui a preocupação com os impactos físicos e psicológicos do aborto, costumeiramente negligenciados no discurso de quem defende o aborto como “solução de saúde pública”.

O acordo destaca ainda a necessidade de se fortalecer a família, bem como a soberania dos países para legislarem sobre o aborto sem pressões de lobbies abortistas.

Junto com o Brasil, as nações atualmente mais engajadas na expansão do Consenso de Genebra são a Polônia e a Hungria – não por acaso, os dois países são incansavelmente pintados pela “grande mídia” como “de extrema direita” e “contrários aos direitos humanos”.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF