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terça-feira, 31 de maio de 2022

Uma escultura tocante para celebrar a beleza da vida

Timothy Schmalz
Por Isabella H. de Carvalho

Criada por um escultor canadense, esta nova obra é uma "celebração artística da sacralidade de toda vida".

Se você sair da movimentada rua comercial da Via del Corso, em Roma, e entrar na igreja de São Marcello al Corso, você pode ver (à esquerda do altar), uma estátua da Virgem Maria, envolvendo seus braços ao redor do ventre que carrega o Menino Jesus. Esta obra de arte do escultor canadense Timothy Schmalz, “Monumento à Vida”, foi abençoada pelo arcebispo Vincenzo Paglia, presidente da Pontifícia Academia para a Vida, no domingo, 29 de maio de 2022.

A estátua de bronze com o útero de aço inoxidável, é “uma celebração artística da sacralidade de toda vida”, diz o artista.

O “Monumento à Vida” foi uma doação para a associação cristã “Movimento Italiano pela Vida”.

A escultura de Timothy Schmalz foi abençoada em um cenário de debate feroz sobre o aborto, particularmente na América do Norte, a região de origem do artista. Nos Estados Unidos, a Suprema Corte está decidindo se deve reverter o marco histórico que legalizou o aborto no país.

Mãe e filho silenciosos

O escultor salientou, no entanto, que sua escultura não é uma “arma de confronto”, mas espera que ela tenha o “poder de persuadir, convencer e tocar as pessoas”, além de fazê-las “pensar profundamente na ideia de que toda a vida humana é bela”.

Timothy Schmalz explicou: “Eu não queria fazer uma escultura pró-vida que ofendesse ninguém, porque as pessoas que não estão convencidas [disso] não vão aprender nada. Se você tem um manifestante pró-vida segurando [representações de] fetos mortos, as únicas pessoas que entendem essa mensagem são os pró-vida”. O outro lado não tem ideia e isso não funciona”, explicou.

O artista enfatiza ainda que a escultura “não grita com você, é uma mãe e uma criança silenciosa”. E indaga: “Quem vai se aborrecer com isso?”

Vale ressaltar que o escultor escolheu o aço inoxidável para formar o ventre, ao contrário de suas outras obras de arte que são feitas principalmente em bronze. Ele explica que queria representar “uma nimbus“, para enfatizar que o útero é “a fonte de toda a realidade humana”. Além disso, por ser uma superfície reflexiva, o público pode ver a própria imagem no útero da escultura, cada um sendo enviado de volta ao lugar onde sua vida começou.

Beleza e diálogo

O artista canadense enfatiza a importância da arte na divulgação de mensagens positivas e na evangelização silenciosa e sutil. Ele confidencia que a inspiração veio da citação do autor russo Fiódor Dostoiévski: “A beleza salvará o mundo”. “Se eu posso usar a beleza para aproximar o diálogo para alguma compreensão e amor de ambos os lados [da questão], então a escultura é uma grande ferramenta”, diz ele.

“Culturalmente, não podemos perder a importância da sacralidade da vida”, lembra o artista. Além da estátua de Roma, uma versão de dois metros de altura do “Monumento à Vida” também será instalada em Washington, D.C., em frente à Basílica do Santuário Nacional da Imaculada Conceição.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF