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domingo, 2 de julho de 2023

São Pedro e São Paulo: missionários na Igreja antiga e atual

São Pedro e São Paulo (Vatican Media)

Nós celebramos no final do mês de Junho, início de Julho, especificamente no domingo a solenidade de São Pedro e São Paulo, dois apóstolos, dois grandes missionários e educadores do Senhor Jesus Cristo.

Dom Vital Corbellini, Bispo de Marabá – PA.

São Pedro e São Paulo foram fiéis à mensagem evangélica proclamando-a para os outros, mas, sobretudo vivenciando-a em seus corações e nas suas atividades. Atualmente a doutrina sobre eles ajuntam-se a missão e também a educação, como formas de uma vida de doação, de amor a Deus, ao próximo como a si mesmo. Se Pedro era um dos membros dos doze apóstolos, escolhidos pelo Senhor para estarem com Ele e aprenderem a sua forma de viver e de atuar (Mc 3,13-19), Paulo teve um encontro com o Ressuscitado quando estava indo para Damasco (At 9, 1-9), encontro que o marcou para toda a sua existência, pois ele passou de perseguidor a seguidor de Jesus, cheio do Espírito Santo e da palavra evangélica. Hoje a missão e a educação continuam com o Papa Francisco, na sucessão apostólica. O Senhor Jesus o abençoe na caminhada. É muito importante fazer uma análise de suas vidas marcadas pelo Senhor, pela comunidade eclesial e a forma como eles inspiram a pastoral atual para que as pessoas doem as suas vidas ao Senhor, a exemplo de São Pedro e de São Paulo.

O Espírito Santo presentes na vida dos apóstolos

A missão e a educação estavam ligadas nos dois apóstolos pelo dom do Espírito Santo, os dois Pentecostes ocorridos na vida dos pagãos através dos dois apóstolos. Pedro estava na casa de Cornélio pedindo para as pessoas buscarem uma vida de convertidos do Senhor, pois ele ainda estava falando do Espírito Santo quando Ele desceu sobre todos os que estavam escutando a palavra de Deus. Desta forma os fiéis de origem judaica que estavam com Pedro admirarem-se de que o dom do Espírito Santo fosse derramado sobre os pagãos (At 10, 44-45). Em Éfeso quando Paulo realizava o batismo em nome do Senhor Jesus para as pessoas, quando ele chegou à imposição das mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles e começaram a falar em línguas e a profetizar (At 19, 5-7). Foram duas presenças do Espírito Santo que os impulsionou os fiéis para a missão e a educação.

A missão e a educação andaram juntas nos dois apóstolos

Pedro e Paulo foram seguidores do Senhor e deram as suas vidas pela causa do evangelho. É possível dizer que a missão e a educação andaram juntas nestes dois grandes seguidores de Cristo Jesus. Pedro aprendeu do Mestre a forma de servir e de amar as pessoas. No reconhecimento como Messias e Filho de Deus, o Senhor lhe confiou sobre a sua pedra, a construção da sua Igreja (Mt 16,18). Ele disse ao Senhor que só Ele tem palavras de vida eterna (Jo 6, 68). Ainda que não compreendesse o gesto de Jesus na última ceia de lavar os pés dos discípulos, mas ele aceitou que o Senhor lavasse os seus pés, as suas mãos e a sua cabeça (Jo 13,9). Diante das perguntas do Senhor se ele de fato o amava, Pedro prometeu um amor especial, primeiro ao Senhor para que ele apascentasse o rebanho do Senhor (Jo 21, 15-19). Pedro assumiu a missão de coordenar os seguidores do Senhor e também de educá-los nos valores da paz e do amor a Deus, ao próximo como a si mesmo. Ele teve uma palavra muito importante no dia de Pentecostes, afirmando que Jesus era o Senhor e que o Pai o ressuscitou dos mortos, de modo que Deus o constituiu Senhor e Cristo (At 2,36) e na casa de Cornélio disse que nele há a salvação e o perdão dos pecados (At 10,43). Paulo foi missionário e educador de Jesus Cristo. Antes de sua conversão foi perseguidor dos seguidores e das seguidoras do Senhor. No caminho para Damasco onde tinha poderes para prender os cristãos, Jesus apareceu em sua vida, de modo que o encontro e a visão do Senhor foram a sua grande transformação de perseguidor para anunciador do Senhor Jesus, encarnado e Ressuscitado (At 9, 4-9). Ele não fez parte dos doze apóstolos, mas ele se tornou um grande apóstolo, o maior deles, cuja missão foi grande diante dos demais, como ele dirá por que foi uma pessoa imbuída pelo Espírito Santo a proclamar para as pessoas, aos povos, a mensagem de salvação do Senhor Jesus Cristo (1 Cor 15,9-10). Ele fez diversas viagens pelo mundo constituindo comunidades, formando pessoas para o seguimento do Senhor. Neste sentido ele foi também um grande educador das pessoas e dos povos, conduzindo-os para Deus. O Apóstolo disse que ainda que a comunidade de Coríntios tivesse milhares de educadores em Cristo, não tinham muitos pais, porque foi Ele que por meio do evangelho os gerou em Cristo Jesus (1 Cor 4,15).

O que os santos padres disseram a respeito dos apóstolos, missionários e educadores?!

São Clemente de Roma, papa no final do século I e início do século II disse que Pedro e Paulo foram bons apóstolos, missionários e educadores. Pedro, pela inveja injusta, suportou muitas fadigas, sacrifícios, mas depois de ter prestado testemunho, isto é, de dar a sua vida pelo Senhor, foi para o lugar vitorioso que lhe era devido, a vida eterna com o Senhor. Paulo, da mesma forma, sofrendo pela inveja e a discórdia mostrou o preço reservado à perseverança. São Clemente disse que após ele ter alcançado os limites do Ocidente, deu um testemunho diante das autoridades, dando a sua vida pelo Senhor, foi para o lugar santo, tornando-se o maior modelo de perseverança[1]. Em Roma, Pedro e Paulo foram mártires do Senhor, após uma missão e educação profícuas pela Igreja e pelo Reino de Deus.

Roma: A Igreja que presidiu o amor e os seus fundadores

Santo Inácio de Antioquia, bispo nos séculos I e II afirmou que a Igreja de Roma, tendo presente os dois apóstolos, Pedro e Paulo, era aquela que presidia ao amor sem dúvida pela graças da missão e da educação. O fato era que a Igreja de Roma tinha a sua preferência por ser a primeira das Igrejas do mundo onde residia o sucessor dos apóstolos, Pedro e o grande evangelizador dos pagãos, Paulo. Ela é digna de ser chamada feliz, de louvor, que porta a lei de Cristo, que porta o nome do Pai[2].

Santo Ireneu de Lião reforçou a Tradição Apostólica no sentido de que os Apóstolos Pedro e Paulo evangelizaram em Roma, tornando-se os dois fundadores daquela Igreja. Por isso foram chamados de missionários e de educadores da Igreja de Roma[3].

O martírio dois missionários e educadores

Santo Agostinho, bispo de Hipona nos séculos IV e V afirmou que Pedro foi o primeiro dos apóstolos pela missão que o Senhor lhe confiou na condução de sua Igreja, na qual o Senhor lhe daria as chaves do Reino dos céus (Mt 16,18-19). Paulo foi o grande evangelizador e educador na fé ao dizer que não se sentiria bem se não evangelizasse (1 Cor 9,16). Santo Agostinho disse que a Igreja celebrava o martírio dos dois apóstolos como se na verdade os dois eram como um só em Cristo Jesus. Eles deram o mesmo testemunho ao Senhor pela doação de suas vidas. Pedro foi à frente e Paulo o seguiu. É celebrado o dia festivo, consagrado para toda a Igreja pelo sangue dos apóstolos. É preciso segundo Santo Agostinho, amar a fé, a vida, os trabalhos, os sofrimentos, os testemunhos, as missões, as educações dadas, as pregações dos dois apóstolos, Pedro e Paulo[4].

São Pedro e São Paulo seguiram a Jesus Cristo, amaram a Igreja do Senhor, foram missionários, educaram pessoas e povos para a vida que vem de Deus Uno e Trino em vista da salvação humana. Eles foram e são duas luzes no grande luzeiro que é o Senhor Jesus Cristo, na missionariedade e na educação para que mais pessoas sejam missionárias e educadoras da fé, da esperança e da caridade. O Senhor acompanhe o Papa Francisco na condução da Igreja pela paz, pelo amor a Deus, ao próximo como a si mesmo.

[1] Cfr. Clemente aos Coríntios, 5. In: Padres Apostólicos. São Paulo, Paulus, 1995, pg. 27.

[2] Cfr. Inácio aos Romanos, Introdução. In: Idem, pg103.

[3] Cfr. Ireneu de Lião, III,1,1. São Paulo, Paulus, 1995, pg. 247.

[4] Cfr. Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo. Sermo 295,1-2.4-,7-8; PL 38, 1348-1352. In: Liturgia das Horas. Aparecida, SP, Editora Vozes, Paulinas, Paulus, Editora Ave-Maria, 2000, pgs. 1392-1394.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Conselho de Cardeais debate Ucrânia e sinodalidade com o papa Francisco

Imagem ilustrativa / ACI Prensa

Por Almudena Martínez-Bordiú

Vaticano, 28 Jun. 23 / 01:37 pm (ACI).- O Conselho dos Cardeais se reuniu com o papa Francisco no Vaticano nos dias 26 e 27 de junho para refletir sobre o Sínodo da Sinodalidade, a guerra na Ucrânia e a proteção de menores na Igreja.

O Conselho dos Cardeais, também conhecido como C9, é o grupo de cardeais que colabora diretamente com o papa Francisco.

Um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé publicado ontem (27) diz que “com a colaboração do cardeal Gianfranco Ghirlanda, foram dados os primeiros passos na reflexão sobre como implementar o espírito, os princípios e os critérios da Constituição Apostólica Praedicate evangelium nas Cúrias diocesanas”, com a qual Francisco reformou a Cúria Romana.

A sinodalidade também foi tema da reunião. O cardeal Mario Grech, secretário-geral do Sínodo dos Bispos, falou sobre as últimas atualizações feitas com vistas à Assembleia que acontecerá em outubro de 2023 em Roma.

O cardeal Seán Patrick O'Malley, presidente da Pontifícia Comissão para a Proteção de Menores, informou sobre a recente Sessão Plenária que aconteceu em maio.

O'Malley apresentou o trabalho feito pela Comissão para atualizar os regulamentos e práticas em toda a Igreja, para que os mecanismos de proteção dos menores sejam eficazes em todas as dioceses.

Os cardeais assessores do papa também falaram sobre a situação do conflito na Ucrânia. A Santa Sé confirmou que a próxima sessão será em dezembro deste ano.

Conselho de Cardeais

O Conselho dos Cardeais tem sua origem nas Congregações Gerais que antecederam o conclave em que o papa Francisco foi eleito. O conselho está em funcionamento desde setembro de 2013, ano em que Francisco foi eleito.

O objetivo do órgão é ajudar o papa “no governo da Igreja universal” e “estudar um projeto de revisão da Constituição Apostólica Pastor bonus na Cúria Romana”, como disse o papa Francisco.

Os membros do Conselho são: cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado da Santa Sé; cardeal Fernando Vérgez Alzaga, presidente do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano; cardeal Fridolin Ambongo Besungu, arcebispo de Kinshasa, República Democrática do Congo; cardeal Oswald Gracias, arcebispo de Bombaim, Índia; cardeal Seán Patrick O'Malley, arcebispo de Boston, EUA; o cardeal Juan José Omella Omella, arcebispo de Barcelona, Espanha; cardeal Gérald Lacroix, arcebispo de Québec, Canadá; cardeal Jean-Claude Hollerich SJ, arcebispo de Luxemburgo; cardeal Sérgio da Rocha, arcebispo de São Salvador da Bahia, Brasil. O secretário da Comissão é dom Marco Mellino, bispo titular de Cresima, Tunísia.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Reflexão para o 13º Domingo do Tempo Comum (A)

Evangelho do domingo  (© Biblioteca Apostólica Vaticana Vat.lat.39, f.67v)

No Evangelho, Jesus retoma a questão da recompensa. Ele vê a generosidade em favor da missão. Ao mesmo tempo em que o Senhor é exigente com seus enviados, ele diz que aquele que receber um missionário, recebe Ele.

Padre Cesar Augusto, SJ – Vatican News

A liturgia de hoje propõe à nossa reflexão, uma história muito bonita.  O rico, que sempre é malvisto por causa de suas atitudes, no relato de hoje, tem uma atitude belíssima, de profunda fé e grande despojamento.

Uma mulher rica, mas estéril, habitante em uma região onde se adorava um deus pagão, patrono das pessoas desejosas de ter filhos, não se deixa contaminar com essa religião. Ao contrário, ela, depois de hospedar inúmeras vezes o Profeta Eliseu, um grande defensor de Javé, pede a seu marido construir, em sua casa, um quarto confortável para que o profeta pudesse descansar, quando viesse em missão.

Esse pedido, faz com que a ajuda ao profeta fosse algo que envolvesse sua família. Ela poderia ter pedido uma grande quantia para dar de ajuda ao profeta. Ele receberia, ficaria grato e iria embora; mas ela não pensa assim. Ela desejou hospedá-lo em sua casa, além do conforto, quis dar-lhe afeto, o carinho de uma família.

A mulher, cujo nome não sabemos, além de permanecer fiel a Deus tem a iniciativa de participar na ação missionária do profeta. Eliseu, cheio de gratidão, lhe anuncia que, apesar de ser estéril e de seu marido, bastante idoso, será mãe.

Aquilo que certamente, mais desejava na vida, ser mãe, e não pedira aos deuses, mas permanecera fiel a Javé, Ele a presenteia para alegrar seu coração, tão generoso e fiel.

No Evangelho, Jesus retoma essa questão da recompensa. Ele vê a generosidade em favor da missão. Ao mesmo tempo em que o Senhor é exigente com seus enviados, ele diz que aquele que receber um missionário, recebe ele, o Senhor e terá a recompensa como se a acolhida tivesse sido feita a ele, Jesus. Não nos esqueçamos do recado que o Senhor nos deu a respeito de um gesto tão simples que é dar um copo de água ao que tem sede.

Eis aí o sentido de uma frase muito nossa, que repetimos frequentemente: “Deus lhe pague!” Não significa que jogamos nas costas de Deus, as nossas dívidas, como jocosamente falamos, mas que somos conscientes de que aquela pessoa, que nos socorreu naquela nossa necessidade, só poderá receber, a altura, a retribuição do bem que nos fez, através do Senhor.

Não façamos o bem pensando na recompensa. Ele deverá ser feito gratuitamente. Mas, ao mesmo tempo, saibamos que o Senhor está atento à generosidade de nosso coração, para nos retribuir com aquilo que é necessário para a plenitude de nossa felicidade. E a plenitude de nossa felicidade é o AMORAMAR e SENTIR-SE AMADO.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Bernadino Realino

São Bernadino Realino (igrejadoscapuchinhos)

02 de julho

São Bernadino Realino

O político que se tornou santo

Origens

Bernardino nasceu na ilha de Capri, Nápoles, em 1 de dezembro ao ano 1530. Era filho de uma família rica e nobre, a família Realino. Na infância, recebeu formação cristã tradicional. Quando jovem, destacou-se pela Inteligência. Seus pais o enviaram para estudar na famosa Academia de Modena e, mais tarde, para a não menos famosa Universidade de Bolonha. Lá, ele se formou em direito civil e eclesiástico, além de filosofia e medicina.

Político

Aos vinte e cinco anos, o brilhante Bernardino ingressou na carreira da administração, por indicação de um cardeal amigo de sua família e governador da cidade de Milão. A partir desse momento, sua carreira decolou e ele passou a ocupar cargos importantes da administração e da política em vários lugares. Em dez anos, ele foi prefeito da cidade italiana de Felizzano de Monferrato, depois, advogado fiscal na famosa Alexandria, prefeito da cidade de Cassine, prefeito de outra cidade chamada Castel Leone e, por fim, foi nomeado auditor e lugar-tenente da grande cidade de Nápoles. Nesse tempo, ele nunca deixou de ajudar os pobres.

Um toque da Virgem Maria

A carreira política de Bernardino ia de vento em popa quando, em 1564, ele caiu gravemente doente. No leito, procurou novamente a oração. Certo dia, teve a visão da Virgem Maria com o Menino Jesus no colo e ficou curado. O fato causou uma profunda mudança no coração de Bernardino. Ele percebeu que Deus estava lhe dando uma segunda chance e que tinha uma missão muito mais importante para cumprir neste mundo. Por isso, procurou um sacerdote jesuíta, que o acolheu e se tornou seu diretor espiritual.

Vida religiosa

Aos trinta e cinco anos Bernardino ingressou na vida religiosa e foi ordenado sacerdote jesuíta. Como padre, intensificou o trabalho que já realizava junto aos pobres e tornou-se um grande evangelizador. Manifestou-se nele o dom da cura e dom extraordinário do conselho. Por isso, passou a ser procurado por todos, desde os príncipes, as autoridades religiosas e o povo em geral. Todos buscavam seu conselho iluminado. O pala Paulo V e alguns reis escreveram a ele pedindo orientação.

Padroeiro em vida

No ano 1574, o Padre Bernardino foi enviado à cidade de Lecce para fundar ali um colégio da Ordem dos Jesuítas. Lá, ele exerceu seu ministério sacerdotal por quarenta e dois anos. A sua atuação nesta comunidade foi tão marcante, que, quando adoeceu e estava prestes a falecer, o Conselho Municipal se reuniu à sua volta para pedir que ele aceitasse ser o padroeiro da cidade e intercedesse a Deus por ela. De viva voz, São Bernardino aceitou. Trata-se do único fato desse tipo registrado na tradição católica.

Morte

São Bernardino faleceu quanto tinha oitenta e seis anos. Era o dia 2 de julho do ano 1616. Desde então, passou a ser o padroeiro de Lecce mesmo antes de ter sido canonizado. Sua beatificação aconteceu 1m 1895 e a canonização em 1947. Mais tarde, ele se tornou também o padroeiro da cidade de Capri.

Oração a São Bernardino Realino

Ó Deus, que destes a São Bernardino Realino a graça de conhecer-vos a ponto de abandonar as honras, o luxo e as glórias humanas por causa de vós, dai também a nós a graça de conhecer-vos profundamente, para que possamos produzir frutos de santidade e amor como São Bernardino Realino. Por nosso Senhor Jesus Cristo vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, amém. São Bernardino Realino, rogai por nós.”

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

sábado, 1 de julho de 2023

A um mês da JMJ Lisboa 2023, 313 mil peregrinos estão inscritos

Imagem ilustrativa - Jovens na JMJ Panamá 2019 / David Ramos (ACI Prensa)

Lisboa, 30 Jun. 23 / 02:23 pm (ACI).- A um mês do início da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, mais de 663 mil peregrinos iniciaram a inscrição no evento. Desses, 313 mil já pagaram a taxa e estão com a inscrição concluída. 

A JMJ acontecerá de 1º a 6 de agosto, em Lisboa, Portugal. Segundo os organizadores, a expectativa é que mais de 1 milhão de pessoas participem do evento internacional.

A JMJ Lisboa 2023 divulgou hoje (30) um balanço, com dados compilados até ontem (29). Segundo os organizadores, os números “estão continuamente a evoluir, e, à semelhança do que aconteceu em anteriores Jornadas Mundiais da Juventude, à medida que se aproxima da data do encontro, assiste-se ao crescimento do interesse e na adesão ao maior encontro do papa com jovens de todo o mundo”.

Até o momento, os 313 mil peregrinos com inscrição concluída são provenientes de 151 países diferentes. Os países com maior número de peregrino que finalizaram a sua inscrição são Espanha, com 58.531 peregrinos; Itália, com 53.803; França, com 41.055; Portugal, com 32.771; e EUA, com 14.435.

Os peregrinos serão acolhidos nas dioceses de Lisboa, Santarém e Setúbal. Dos que finalizaram a inscrição, 70% solicitaram alojamento, totalizando 214.500 peregrinos. Segundo a organização da jornada, até o momento estão identificados mais de 472.926 lugares de pernoite para os peregrinos, 24.198 dos quais em famílias de acolhimento.

Cerca de 90% dos peregrinos solicitou apoio de alimentação, totalizando 289 mil jovens. A JMJ já contratou o fornecimento de quase 3 milhões de refeições.

Sobre os voluntários, até o momento, 32.717 iniciaram o processo de inscrição, dos quais 22.282 concluíram. Eles são provenientes de 143 países diferentes e têm a média de idade de 30 anos. Os organizadores da jornada falam na necessidade de 30 mil voluntários para atender a todos os peregrinos.

Dos voluntários inscritos, 500 são exclusivamente da área de saúde, nomeadamente médicos, enfermeiros e estudantes do final da licenciatura. Eles assegurarão a prestação de primeiros socorros a todos os peregrinos ao longo da semana do encontro.

A JMJ conta ainda cona inscrição de 737 bispos, 29 dos quais são cardeais. Os países com mais bispos inscritos são Itália, com 113; Espanha, 77; França, com 75; EUA, com 76; e Portugal, 45.

A preparação para a JMJ

A organização da JMJ Lisboa 2023 divulgou também dados sobre a preparação do evento.

Para as celebrações litúrgicas estão sendo produzidos 10 mil paramentos para os sacerdotes e bispos que participarão nas cerimônias religiosas. A fabricação é feita através de parceria Portugal-Itália.

Uma fábrica de burel, um tecido artesanal português feito de lã dos ovinos, foi escolhida para fazer uma faixa que será incluída no paramento principal que o papa Francisco vai usar em Lisboa. Esta será a primeira vez que o burel é usado em uma veste papal. Segundo os organizadores da JMJ, representará “o símbolo da participação do interior do país – e da cultura tradicional portuguesa – nestas celebrações”.

A Associação Nacional de Produtores de Proteaginosas, Oleaginosas e Cereais doou duas toneladas de trigo alentejano para a fabricação das hóstia. A produção está a cargo das irmãs clarissas do Mosteiro do Imaculado Coração de Maria, na Estrela.

No Parque Eduardo VII, que recebeu o nome de Colina do Encontro, acontecerá a missa de abertura celebrada pelo patriarca de Lisboa, cardeal Manuel Clemente, a acolhida ao papa Francisco e a via-sacra, com a presença do papa. O altar-palco neste local é uma obra de responsabilidade da JMJ Lisboa 2023, em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa (CML). Custará cerca de 450 mil euros. Terá 24 metros de altura e 40 metros de largura. Para a construção foram descarregadas 170 toneladas de ferro e madeira.

O projeto da Cidade da Alegria, em Belém, inclui uma feira de vocações para apresentação dos vários movimentos e ordens religiosas, uma capela e os 150 confessionários fabricados nas prisões de Paços de Ferreira, Porto e Coimbra. Ao todo, a JMJ Lisboa 2023 pagou 43 mil euros pelos confessionários, incluindo o pagamento do trabalho feito pelos presos.

No Parque do Perdão, onde será administrado o sacramento da reconciliação, há até momento 2,6 mil padres inscritos. As confissões serão nos cinco idiomas oficiais da JMJ Lisboa 2023: português, inglês, francês, espanhol e italiano.

Além dos atos centrais, na semana da JMJ acontecerá o Festival da Juventude. Embora o programa ainda não tenha sido divulgado, o festival já conta com um total de 480 eventos, que acontecerão em 100 locais de Lisboa, Cascais, Oeiras e Loures. O festival inclui a projeção de 15 filmes, 10 peças de teatro, 10 exposições, 55 eventos religiosos e de encontro, seis grupos de dança, 38 conferências e dois torneiros esportivos da JMJ Sports. Os eventos estão sob a responsabilidade de grupos de 57 países diferentes.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Santo Tomás de Aquino: Doctor Angelicus

Santo Tomás de Aquino  (© Biblioteca Apostólica Vaticana)

Denominado “Doctor Angelicus” = (“o Doutor Angélico”), Santo Tomás de Aquino é proposto pela Igreja como o grande mestre do universalismo filosófico e teológico (Concílio Vaticano II: OT, 16; Código de Direito Canônico, cânon 252§3).

Luís Eugênio Sanábio e Souza  - escritor

Diante da carta que o Papa Francisco enviou aos bispos das dioceses italianas de Latina, Sora e Frosinone por ocasião das celebrações do aniversário de 700 anos da canonização de Santo Tomás de Aquino,  parece-me importante recordar aqui um pouco sobre a vida deste grande santo que marcou a história da teologia e da filosofia.

Denominado “Doctor Angelicus” = (“o Doutor Angélico”), Santo Tomás de Aquino é proposto pela Igreja como o grande mestre do universalismo filosófico e teológico (Concílio Vaticano II: OT, 16; Código de Direito Canônico, cânon 252§3).

Nascido em 1225, perto de Nápoles, Santo Tomás iniciou seus estudos com os mestres beneditinos. Em 1244 ingressou na Ordem dos Dominicanos. No ano seguinte, fiel à sua vocação religiosa, viajou a Paris, onde se tornou discípulo de Santo Alberto Magno que era um grande sábio medieval.  Em Paris, Santo Tomás se formou em teologia e lecionou durante alguns anos, com grande êxito. Voltou à Itália, onde foi nomeado professor na Cúria Pontifical de Roma. Em 1274 foi convocado pelo Papa Gregório X para participar do Concílio de Lyon. Adoecendo durante a viagem, faleceu no mosteiro cisterciense de Fossanova, aos 49 anos de idade.

Santo Tomás de Aquino amou a verdade. Segundo o memorável Papa São João Paulo II, “nele, o Magistério da Igreja viu e apreciou a paixão pela verdade; o seu pensamento, precisamente porque se mantém sempre no horizonte da verdade universal, objetiva e transcendente, atingiu alturas que a inteligência humana jamais poderia ter pensado” (Encíclica “Fides et ratio” nº 44).

Santo Tomás, “ao mesmo tempo que, como é devido, distingue perfeitamente a fé da razão, une-as a ambas com laços de amizade recíproca: conserva os direitos próprios de cada uma e salvaguarda a sua dignidade” (Papa Leão XIII: Encíclica Aeterni Patris de 04/08/1879).  A chamada Suma Teológica é a obra prima de Santo Tomás em que ele defende a capacidade da razão humana de conhecer a Deus a partir da criação: o mundo material e a pessoa humana.  Certa vez o Papa Pio XI disse que “a Suma Teológica é o céu visto da terra”.   O Papa Leão XIII havia recordado que a maior honra, porém, prestada a São Tomás, só a ele reservada e que nenhum dos doutores católicos pode partilhar, provém dos padres do Concílio de Trento que, nesta solene reunião, quiseram colocar aberta sobre o altar, ao lado das Sagradas Escrituras, a Suma Teológica de Santo Tomás para dela extrair conselhos, razões e decisões. Santo Tomás de Aquino foi canonizado em 1323 pelo Papa João XXII e proclamado Doutor da Igreja em 1567 pelo Papa Pio V. 

Por fim, quero registrar aqui as seguintes palavras do saudoso Papa São Paulo VI por ocasião do sétimo centenário da morte do Doutor Angélico: “Sem dúvida, Santo Tomás possuiu, no máximo grau, a coragem da verdade, a liberdade de espírito quando enfrentava os novos problemas, a honestidade intelectual de quem não admite a contaminação do cristianismo pela filosofia profana, mas tão pouco defende a rejeição apriorística desta. Por isso, passou à história do pensamento cristão como um pioneiro no novo caminho da filosofia e da cultura universal. O ponto central e como que a essência da solução que ele deu ao problema novamente posto da contraposição entre razão e fé, com a genialidade do seu intuito profético, foi o da conciliação entre a secularidade do mundo e a radicalidade do Evangelho, evitando, por um lado, aquela tendência antinatural que nega o mundo e seus valores, mas, por outro, sem faltar às exigências supremas e inabaláveis da ordem sobrenatural; é, pois, com razão que Santo Tomás pode ser definido “apóstolo da verdade”” (Paulo VI, Carta Apostólica Lumen Ecclesiae, 8 de 20/11/1974).

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

“Armadura espiritual”: o que você deve saber sobre o grande poder do escapulário

Luis Echeverri Urrea | Shutterstock

Por Anna Gębalska-Berekets

"No sinal do escapulário está contida uma síntese evocativa da espiritualidade mariana que anima a piedade dos crentes, estimulando sua sensibilidade à presença amorosa de Nossa Senhora, a Mãe, em suas vidas" - disse São João Paulo II. Veja aqui:

O que é o escapulário?

O escapulário é uma parte do hábito que cobre os ombros, as costas e o peito. Para os leigos, são dois pedaços de tecido de lã unidos com fitas, que trazem a imagem do Sagrado Coração de Jesus e de Nossa Senhora do Carmo.

Segundo a tradição, o escapulário foi dado por Maria ao carmelita Simão Stock como sinal de amor e cuidado especiais. Qual é a história do escapulário, quais são as condições para seu recebimento e como se preparar para ele?

O manto de Maria

O escapulário é chamado de vestimenta ou sinal de Maria, uma expressão da aliança feita com ela. Originalmente, fazia parte da vestimenta monástica usada em quase todas as ordens religiosas, uma espécie de avental protetor contra sujeira. No sentido místico, é um pedaço do manto de Nossa Senhora sob o qual se refugiar em todas as dificuldades.

A tradição de usar o escapulário

O escapulário foi usado por muitos santos, incluindo São João Bosco, São Maximiliano Maria Kolbe, São João Maria Vianney, São Vicente de Paulo, Santo Afonso Maria Ligório e Santa Bernadete Soubirous. A história do escapulário é longa e remonta a meados do século XIII e está associada aos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo.

Segundo a tradição, a Sagrada Família passou pelo Monte Carmelo quando fugiu de Herodes com Jesus para o Egito. Por muitos séculos, a vida contemplativa foi conduzida ali por eremitas que se consideravam herdeiros espirituais do profeta Elias. A perseguição os forçou a deixar o Monte Carmelo. Então, eles se mudaram para a Europa. Durante esse período difícil, São Simão Stock, Superior Geral, pediu a Maria pela sobrevivência da Ordem.

Na noite de 15 para 16 de julho de 1251, a Santíssima Virgem Maria apareceu a ele. Ela lhe prometeu evitar o fogo do inferno para aqueles que usassem, como ele, essa peça carmelita. Ela entregou ao monge um escapulário e disse: “Receba, filho, o escapulário de sua ordem. Quem morrer com ele não experimentará o fogo do inferno”.

Święty Szymon Stock odbiera szkaplerz z rąk Maryi
São Simão Stock recebe o escapulário das mãos de Maria

Um sinal de aliança com Nossa Senhora

Com o recebimento do escapulário, surge um desejo consciente de confiar-se a Nossa Senhora, bem como uma ação concreta. Trata-se de tomar a decisão de compartilhar a vida cotidiana com Maria, de imitar seu estilo de vida e seu relacionamento com Deus.

A imposição cerimonial do escapulário é feita somente por um clérigo. No dia de seu recebimento, é escolhida uma das orações que, a partir de então, será recitada diariamente. Geralmente é “Sob a vossa proteção“. É bom estar em um estado de graça santificante nesse momento. O escapulário é usado dia e noite. Seu uso foi incentivado por muitos papas, entre eles o já mencionado João Paulo II, que era devoto de Nossa Senhora do Escapulário.

Em 1322, Maria apareceu a João XXII. Ela garantiu que todos os que usassem dignamente o escapulário seriam salvos do purgatório, no primeiro sábado após a morte. Ela prometeu que quem morresse vestido com o santo escapulário não experimentaria o fogo do inferno.

brown SCAPULAR

O Papa Pio X permitiu que o escapulário de pano fosse substituído pelo medalhão escapulário, por ser mais prático.

Ele é usado por religiosos, mas também por leigos. O escapulário pode ser recebido validamente por qualquer religioso ou padre ou diácono diocesano, usando um rito aprovado pela Santa Sé.

O escapulário pode ser adquirido em qualquer mosteiro carmelita ou em lojas e livrarias católicas.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Cardeal You Heung-Sik confirma na fé os católicos coreanos que a herdaram dos mártires de seu país

Cardeal You Heung-Sik saúda fiéis católicos coreanos em São Paulo (Foto: Luciney Martins/O SÃO PAULO)

Cardeal You Heung-Sik confirma na fé os católicos coreanos que a herdaram dos mártires de seu país

27 de junho de 2023 Por Fernando Geronazzo

Prefeito do Dicastério para o Clero visita São Paulo e celebra com fiéis de paróquia pessoal coreana.

Os fiéis da Paróquia Pessoal Coreana Santo André Kim Degun, no Bom Retiro, região central de São Paulo, receberam a visita do Cardeal Lazzarus You Heung-Sik, Prefeito do Dicastério para o Clero, da Santa Sé. O purpurado coreano chegou à capital paulista no sábado, 24, e, no domingo, 25, presidiu uma missa com a comunidade católica coreana.

Esta é a quarta vez que Dom Lazzarus visita a Paróquia destinada aos fiéis coreanos e seus descendentes em São Paulo. Nas ocasiões anteriores, ele veio como Bispo de Daejeon, diocese coreana da qual esteve à frente até ser nomeado Prefeito do Dicastério para o Clero pelo Papa Francisco, em 2021, e criado cardeal da Igreja no Consistório de 27 de agosto de 2022.

Antes da missa, houve um breve encontro do Cardeal You Heung-Sik com o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo. Na conversa fraterna, Dom Odilo recordou a visita que fez à Coreia do Sul, em 2017, para o Fórum Internacional para a Partilha sobre a Paz, promovido pela Arquidiocese de Seul. O Arcebispo também expressou seu apreço pela comunidade católica coreana em São Paulo por seu testemunho de fé viva na cidade.

O Cardeal Scherer lembrou, ainda, que, em 2021, a igreja matriz da Paróquia Pessoal Coreana foi local de peregrinação no ano jubilar do bicentenário de nascimento do mártir São Kim Degun, primeiro sacerdote coreano.

COMUNHÃO

Na homilia da missa, Dom Lazzarus manifestou sua alegria por reencontrar a comunidade coreana de São Paulo. Ele recordou que sua última visita à cidade foi antes da pandemia de COVID-19, sublinhando que, mesmo distante, esteve unido espiritualmente a todos os fiéis que sofreram com a emergência sanitária.

“Estou muito feliz em revê-los após esse período e os cumprimento por enfrentarem esses tempos difíceis com força e testemunho de caridade fraterna”, afirmou.

O Cardeal You Heung-Sik também transmitiu à comunidade a saudação do Papa Francisco, com quem se comunicou antes de viajar ao Brasil. “O Santo Padre me pediu que enviasse a vocês a sua bênção e que lhes pedisse que não deixassem de rezar por ele”, afirmou.

CATOLICISMO NA COREIA

Ao contrário de outros países asiáticos, o catolicismo não chegou à Península da Coreia por meio dos missionários europeus. No século XVI, alguns eruditos tiveram acesso a livros de missionários cristãos da China. A princípio, os coreanos desejavam conhecer o catolicismo como uma filosofia de vida; contudo, logo descobriram a fé e aderiram a ela como uma nova religião.

Entre esses primeiros estudiosos destaca-se Lee Seung-Hoon, que foi para Pequim, na China, com o desejo de praticar efetivamente o catolicismo. Lá, adotando o nome cristão de Pedro, foi batizado pelo missionário francês Padre Grammont, em 1784. Quando retornou à Coreia, fundou a primeira comunidade cristã em seu país.

No entanto, a fé e o estilo de vida católicos entraram em conflito com as ideologias políticas, culturais e religiosas da Coreia em uma época em que predominava o Confucionismo. Por esse motivo, a Igreja Católica coreana foi perseguida por mais de um século, tendo mais de 10 mil fiéis martirizados por não renegarem a fé recebida no Batismo.

Atualmente, a Coreia do Sul tem cerca de 50 milhões de habitantes, dos quais aproximadamente 5 milhões são católicos (10,7% da população).

Cardeal Odilo Scherer cumprimenta o Cardeal You Heung-Sik (Foto: Luciney Martins/O SÃO PAULO)

MÁRTIRES

São Kim Degun, também conhecido como Santo André Kim Taegon, nasceu em 21 de agosto de 1821. Filho de uma família nobre coreana, converteu-se ao catolicismo, dedicando-se à evangelização de sua pátria, onde o Cristianismo era duramente perseguido.

Em 16 de setembro de 1846, Santo André e mais 102 católicos foram martirizados. O jovem padre tinha 25 anos de idade e um ano de sacerdócio. Ele foi canonizado com seus companheiros em 6 de maio de 1984, por São João Paulo II, durante sua visita à Coreia do Sul na comemoração dos 200 anos do catolicismo nesse País.

O Cardeal You Heung-Sik atribui aos mártires coreanos a força e inspiração dos fiéis católicos no país asiático. “O sangue dos mártires nos encoraja para testemunhar que não é possível ser cristão sem unir a fé e a vida. Ser um bom católico significa viver a Palavra de Deus, testemunhar a fé com o amor de Jesus, sendo necessário, na maioria das vezes, navegar contra a corrente de tantas coisas que fazem mal à humanidade”, afirmou.

COREIA DO NORTE

Antes do atual cargo na Cúria Romana, Dom Lazzarus também foi o chefe do Comitê para a Paz da Conferência Episcopal Coreana e visitou a Coreia do Norte quatro vezes.

As duas Coreias são totalmente separadas desde a guerra ocorrida entre 1950 e 1953, quando as tropas norte-coreanas ultrapassaram a fronteira que separa os dois países, dando início à invasão da Coreia do Sul.

Na Coreia do Norte, sob regime comunista, a Igreja Católica é proibida de atuar livremente. Só podem exercer culto público os que fazem parte da Associação Católica da Coreia do Norte, instituição controlada pelo governo do ditador Kim Jong-un. Os demais católicos vivem a fé clandestinamente. Segundo essa associação nacional, existem 3 mil católicos inscritos no País, mas estima-se que o número real não passe de 800, sendo a maioria idosos batizados antes da Guerra da Coreia.

Dom Lazzarus preside missa na Paróquia Pessoa Coreana em Santo André Kim Degun
(Foto: Luciney Martins/O SÃO PAULO)

SEM PASTORES

Embora vacantes, as três dioceses católicas da Coreia do Norte continuam instituídas à espera de um dia poderem ser retomadas. Até 2012, o Anuário Pontifício indicava como Bispo de Pyongyang Dom Francis Hoong-ho, desaparecido desde 1949 após ser capturado pelo governo norte-coreano. Em 2013, a Santa Sé recebeu a confirmação de sua morte e seu nome foi incluído na lista de 81 mártires coreanos, cuja causa de beatificação está em andamento.

“Há mais de 70 anos, não temos notícias dos nossos irmãos na Coreia do Norte. É uma situação muito difícil. Lá não há bispos, nem sacerdotes. Para nós, é muito doloroso”, manifestou o Cardeal You Heung-Sik, reforçando o empenho da Igreja na Coreia do Sul, da Santa Sé e do próprio Papa na busca do diálogo e da reconciliação entre os dois países.

“Enviamos continuamente mensagens para a Coreia do Norte, na tentativa de abrir um diálogo multilateral e diplomático para resolver essa situação. Eu também já me coloquei à disposição do Santo Padre para, em seu nome, intermediar o diálogo entre as Coreias. Se ele considerar necessário, estarei pronto para ir nessa missão em favor do nosso povo coreano”, salientou Dom Lazzarus.

A programação da visita do cardeal coreano ao Brasil contou, ainda, com uma peregrinação ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. No domingo, 2 de julho, às 10h30, ele celebrará novamente a Eucaristia na Paróquia Pessoal Coreana, e, na noite da mesma data, embarcará rumo à Guatemala, na América Central.

Fonte: https://osaopaulo.org.br/

Santo Aarão

Santo Aarão (arquisp)

01 de julho

Santo Aarão

Primeiro sumo sacerdote (século XIII a.C.) Irmão mais velho de Moisés, Aarão foi o principal colaborador deste na recondução do povo eleito à Terra Prometida, uma vez libertado da escravidão do Egito. No Pentateuco vem descrita, de modo particular, sua função sacerdotal: “Exaltou Deus seu irmão Aarão, santo como seu irmão Moisés, da tribo de Levi. Fez com ele uma aliança eterna. Deu-lhe o sacerdócio do seu povo”.

Tinha a bela idade de 83 anos quando se apresentou diante do faraó, junto com o irmão, e foi o autor dos milagres das três primeiras pragas. Durante a caminhada no deserto, compartilhou com Moisés as dificuldades e responsabilidades. Conduziu o povo durante todo o tempo em que o irmão permaneceu no Sinai, mas teve a fraqueza de ceder ao desejo do povo de construir uma imagem de Deus (um bezerro de ouro, segundo a simbologia semítica). Foi duramente exprobrado, mas poupado da terrível cólera divina graças à intercessão de Moisés.

Após a solene consagração sacerdotal, o próprio Deus tomou a defesa da legitimidade contra a insubordinação de alguns opositores em relação ao milagre da vara. Mas quando Aarão, como Moisés, duvidou da possibilidade de uma intervenção divina para fazer brotar água da rocha, Deus o puniu da mesma forma que ao irmão: nenhum dos dois poria os pés na terra de Canaã!

De fato, Aarão morreu nas proximidades de Cades, aos pés do monte Hor, após ter sido despojado por Moisés das insígnias sacerdotais em favor de Eleazar. Foi pranteado pelo povo, que guardou luto por 30 dias, considerando-o — como se lê no livro de Sirácida*  — grande e semelhante a Moisés, a despeito das fraquezas humanas de que deu mostras em mais de uma ocasião. Entretanto, redimiu-se porque aceitou humildemente as repreensões e os castigos.

Sua hierática figura também se encontra no Novo Testamento: a Epístola aos Hebreus menciona Aarão quando submete a nossa reflexão o significado bem mais alto do sacerdócio de Cristo: “Porquanto todo sumo sacerdote, tirado do meio dos homens é constituído em favor dos homens em suas relações com Deus. A sua função é oferecer dons e sacrifícios pelos pecados”.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF