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sábado, 26 de maio de 2018

Papa Francisco: o matrimônio é a beleza cristã

Matrimônio (Canção Nova)
A beleza do matrimônio foi o tema homilia do Papa Francisco na missa celebrada na manhã de sexta-feira, 25, na capela da Casa Santa Marta. Entre os fiéis, havia sete casais que celebravam 50 e 25 anos de casamento.

O trecho do Evangelho segundo São Marcos fala da intenção dos fariseus de colocar Jesus à prova fazendo-lhe uma pergunta que o Papa define “casística”, isto é, quando se reduz a fé a “um sim ou um não”. E explica:
Não o grande "sim" ou o grande "não" dos quais ouvimos falar, que é Deus. Não: se pode ou não se pode. E a vida cristã, a vida segundo Deus, segundo essas pessoas, está sempre no ‘se pode’ e ‘não se pode’.
A pergunta diz respeito ao matrimônio, querem saber se é lícito ou não que um marido repudie a própria mulher. Mas, afirma Francisco, Jesus vai além, eleva o nível e “chega até a Criação e fala do matrimônio que é talvez a coisa mais bela” que o Senhor criou naqueles sete dias.

A desgraça da separação

‘Desde o início da criação [Deus] os fez homem e mulher; o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher e os dois se tornarão uma só carne’. “É forte o que diz o Senhor”, comenta o Papa, fala de “uma carne” que não se pode dividir. Jesus “deixa o problema da divisão e vai à beleza do casal que deve caminhar como um só”. Francisco destaca que o homem e a mulher devem abandonar aquilo que eram antes “para começar uma nova estrada, um novo caminho”. E depois toda a vida realizam este caminho de “ir avante juntos: não dois, um”. O Papa então recomenda: “Não devemos nos deter, como esses doutores, num ‘se pode’ ou ‘não se pode’ dividir um matrimônio. Às vezes, acontece a desgraça de não funcionar e é melhor se separar para evitar uma guerra mundial, mas isso é uma desgraça. Devemos ver o positivo”.
Francisco citou um casal que festejava 60 anos de casamento e, diante da pergunta se eram felizes, os dois se olharam nos olhos, que ficaram repletos de lágrimas pela comoção, e responderam: "Somos apaixonados!”.
É verdade que existem dificuldades, que existem problemas dos filhos ou do próprio matrimônio, do próprio casal, discussões, brigas... mas o importante é que a carne permaneça uma e superam, superam, superam isso. E este não é somente um sacramento para eles, mas também para a Igreja, como se fosse um sacramento que chama a atenção, que atrai a atenção: “Mas olhem que o amor é possível!”. E o amor é capaz de fazer viver apaixonados toda uma vida: na alegria e na dor, com o problema dos filhos e os próprios problemas... mas ir sempre avante. Na saúde e na doença, mas ir sempre avante. Esta é a beleza.

O matrimônio feliz não é notícia

O homem e a mulher foram criados à imagem e semelhança de Deus e o próprio matrimônio se torna assim Sua imagem. E é por isso, afirma o Papa, que é tão bonito: “O matrimônio é uma pregação silenciosa a todos os outros, uma pregação de todos os dias”.
É doloroso quando isso não faz notícia: os jornais, os telejornais não veem isso como notícia. Aquele casal tantos anos juntos.. não é notícia. Sim, a notícia é o escândalo, o divórcio ou que se separam – às vezes se devem separar, como disse, para evitar um mal maior... Mas a imagem de Deus não é notícia. E esta é a beleza do matrimônio. São a imagem e a semelhança de Deus. E esta é a nossa notícia, a notícia cristã.
Francisco repete que a vida matrimonial e familiar não é fácil, e cita a Primeira Leitura extraída da carta de São Tiago Apóstolo, que fala da paciência. Diz que talvez seja a virtude mais importante no casal – seja do homem, seja da mulher – e conclui com uma oração ao Senhor “para que dê à Igreja e à sociedade uma consciência mais profunda, mais bela do matrimônio, que todos nós possamos entender e contemplar que no matrimônio há a imagem e a semelhança de Deus”.

Por Vatican News
Arquidiocese de Brasília

Santíssima Trindade: mistério central da fé e da vida cristã

“Celebrar a Santíssima Trindade representa para a Igreja celebrar a fonte de onde ela emana”, diz o bispo de Santo André (SP) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Pedro Carlos Cipollini.

Esse mistério central da fé cristã é ressaltado no concílio Vaticano II: a Igreja brota da Trindade. Outra definição bem didática foi escrita pelo bispo teólogo de Ilhéus (BA), já falecido, dom Valfredo Tepe, “o Pai projeta a Igreja, Jesus a funda e o Espírito Santo a administra”.
Neste domingo, 27 de maio, a Igreja celebra a solenidade litúrgica da Santíssima Trindade, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, três pessoas e um só Deus verdadeiro. Esta celebração convida os cristãos a rezar e a agradecer o convite que Jesus faz para voltar com ele ressuscitado, para sua pátria: a Trindade.
“Esta celebração nos convida a celebrar a criação que é obra da Trindade, celebrar a humanidade vocacionada à fraternidade e solidariedade: um só é vosso Pai! E eu e o Pai somos um”, destaca dom Cipollini.
Ainda segundo o bispo, de junto do Pai Jesus ressuscitado envia o Espírito Santo que nos santifica e nos torna santificadores deste mundo. “Espírito de Verdade e amor derramado em nossos corações para compreendermos que Jesus é o enviado do Pai e crermos nele, ouvindo e vivendo o que ele nos ensinou”.
O mistério da Trindade que não pode ser entendido porque é um mistério está nas origens da fé viva da Igreja, principalmente através do Batismo. “A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós” (2Cor 13,13; cf. 1Cor 12,4-6; Ef 4,4-6) já pronunciavam os Apóstolos.
Santo Agostinho dizia que: “O Espírito Santo procede do Pai enquanto fonte primeira e, pela doação eterna deste último ao Filho, do Pai e do Filho em comunhão” (A Trindade, 15,26,47).
“Trazemos para nossa vida o mistério da Trindade quando conhecemos Jesus que nos revela este mistério e é o caminho para adentrarmos nele. Quando brota em nós a paixão para a unidade e o amor vividos na busca continua da Verdade que se revela em Jesus, aí então o Mistério da Trindade se torna realidade para nós”.
Dom Cipollini ressalta que é preciso aprender a viver a unidade na diversidade unidos pelo amor. “Viver a Trindade é a partir da fé abater tudo o que divide e construir pontes que integram”.
CNBB

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Corpus Christi 2018: 40 anos da festividade na Esplanada dos Ministérios

Está chegando umas das maiores expressões de fé de nossa Arquidiocese. É a festa de Corpus Christi que tradicionalmente acontece na Esplanada dos Ministérios com a presença de milhares de fiéis.

A festa que acontece no dia 31 de maio, este ano será ainda mais especial por comemorar também os 40 anos da realização da festividade na Esplanada.  A programação terá início a partir das 6h quando cerca de 500 jovens se reúnem para a montagem do tapete, onde mais tarde será usado como “passarela” para a passagem do Corpo e Sangue de Cristo juntamente com todo o clero de Brasília.
Ainda pela manhã acontece, pelo terceiro ano consecutivo, a Corrida de Corpus Christi que também traz a modalidade de Patins inline com percursos de, 10 km e 21 km, além de três opções de corrida para, 5 km e 10 km.
As inscrições para a corrida seguem até o dia 20 de maio para pagamento com Boleto Bancário e até o dia 27 de maio para pagamentos com cartões de crédito e podem ser feitas pelo site:  http://www.corridadecorpuschristi.com
A programação retorna na parte da tarde, a partir das 15h com diversas apresentações artísticas e momentos de oração e preparação para a Santa Missa, que terá início ás 17h00.
Também na parte da tarde haverá atendimento de confissão para os fiéis.
A procissão será realizada ao final da celebração e irá percorrer o primeiro quadrilátero da Esplanada, em frente a Catedral Metropolitana. Na ocasião serão concedidas três bênçãos. A primeira para os doentes, a segunda pelos governantes e a terceira pelas famílias. Este é considerado pela maioria dos fiéis um dos pontos mais bonitos da festa.
Trânsito e infra-estrutura
O Trânsito no local será modificado durante todo o dia. Pela manhã e até a hora da procissão, três faixas da Via S1 e N1 ficarão interditadas para a circulação de veículos. Na hora da procissão, todas as faixas das Vias S1 e N1 ficarão fechadas para a passagem do cortejo. A alternativa será utilizar as vias anexas aos Ministérios.
Toda a infra-estrutura também está sendo pensada para garantir a segurança de todos que virão para a Festa. No local haverá tenda de saúde, água potável, banheiros químicos e a presença do Detran, Bombeiro Civil e particular, Polícia Civil e Polícia Milita.
Durante todo o dia também haverá a venda de alimentos nos barracões que serão montados no local.
Traga a sua vela e venha participar desta grande festa de nossa Arquidiocese.

Por Kamila Aleixo

Arquidiocese de Brasília

Festa oficial de Corpus Christi será celebrada na Esplanada

O Santuário Santíssimo Sacramento convida toda comunidade para participar do Tríduo de Oração, que terá início  no dia 28 de maio, a partir das 19h30, em preparação à festividade do Corpo e Sangue de Cristo, celebrada na quinta-feira, 31/05, na Esplanada dos Ministérios.

Cada dia de oração será dedicado a uma intenção. No primeiro dia, a celebração será presidida por dom Valdir Mamede, bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília. Na terça-feira, 29/06, a celebração será presidida pelo bispo dom José Raimundo Damasceno, bispo Emérito de Aparecida. Já na quarta-feira, 30/05, a celebração será presidida por dom Marcony Vinícius Ferreira, bispo auxiliar de Brasília.
Na quinta-feira, dia 31,  a Solenidade será presidida, às 09h, pelo cardeal  Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília e presidente da CNBB.  Na parte da tarde, todos são convidados a participarem da Solenidade presidida pelo arcebispo dom Sérgio da Rocha, na Esplanada dos Ministérios, às 17h.
Encerrando a semana de festividade no Santuário, na sexta e sábado, 01 e 02/06, acontece o Arraia do Santíssimo, com comidas típicas, bandas e apresentação de quadrilha. A entrada custa R$2,00.De Adorações Permanentes a Adorações Perpétuas
Entre os anos de 1996 e 2000, a Paróquia Dom Bosco, Asa Sul, era sede das Adorações Permanentes, caracterizadas por serem realizadas durante um período do dia.
 A partir de 2005, no Ano da Eucaristia, Dom João Braz de Aviz, Arcebispo Emérito de Brasília, instituiu as Adorações Perpétuas, que são realizadas durante 24h, sendo interrompidas apenas para a celebração da Santa Missa. Desde então, o Santuário Santíssimo Sacramento passou ser a sede das venerações ao Santíssimo Sacramento.
 De acordo com a secretaria paroquial, cerca de 200 pessoas participam por dia dos momentos de oração oferecidos pelo Santuário.

Atendimento da Secretaria do Santuário
A secretaria do Santuário funciona de segunda a sábado nos seguintes horários:
Segunda a sexta: 08h- 18h
Sábado: 08h-12h

Corpus Christi na Esplanada dos Ministérios
A Igreja celebra no próximo dia 31, a Festa de Corpus Christi, a solene instituição do Santíssimo Sacramento da Eucaristia.

Na Arquidiocese de Brasília, haverá grande festa durante todo o dia para celebrar essa solenidade que é comemorada há 40 anos na Esplanada dos Ministérios da Capital Federal. As atividades terão início com a confecção do tapete, às 06h, seguida da Corrida de Corpus Christi, com largada às 07h. Na parte da tarde haverá momentos de oração e de descontração, com apresentações artísticas, a partir das 15h.
 
O auge do festejo acontece com a Santa Missa às 17h, que será presidida pelo arcebispo dom Sergio da Rocha, e concelebrada pelos bispos auxiliares e por todo o clero de Brasília.

Ao final da celebração, pouco antes da benção final, acontece a tradicional procissão ao longo do primeiro quadrilátero da Esplanada, com a concessão de bençãos aos doentes, aos governantes e às famílias.

Não perca! Sua presença é indispensável!

Por Gislene Ribeiro

Arquidiocese de Brasília

Tempo Comum: III Semana do Saltério


7ª Semana do Tempo Comum
III Semana do Saltério

domingo, 20 de maio de 2018

Do Tratado contra as heresias, de Santo Irineu, bispo

Lib. 3,17,1-3:SCh34,302-306)         (Séc.II)

O envio do Espírito Santo
        Ao dar a seus discípulos poder para que fizessem os homens renascer em Deus, o Senhor lhes disse: Ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo (Mt 28,19)
        Deus prometera, por meio dos profetas, que nos últimos tempos derramaria o seu Espírito sobre os seus servos e servas para que recebessem o dom da profecia. Por isso, o Espírito Santo desceu sobre o Filho de Deus, que se fez Filho do homem, habituando-se com ele a conviver com o gênero humano, a repousar sobre os homens e a morar na criatura de Deus. Assim renovava os homens segundo a vontade do Pai, fazendo-os passar da sua antiga condição para a vida nova em Cristo.
        São Lucas nos diz que esse Espírito, depois da ascensão do Senhor, desceu sobre os discípulos no dia de Pentecostes, com o poder de dar a vida nova a todos os povos e de fazê-los participar da Nova Aliança. Eis por que, naquele dia, todas as línguas se uniram no mesmo louvor de Deus, enquanto o Espírito congregava na unidade as raças mais diferentes e oferecia ao Pai as primícias de todas as nações.
        Foi por isso que o Senhor prometeu enviar o Paráclito, que os tornaria capazes de receber a Deus. Assim como a farinha seca não pode, sem água, tornar-se uma só massa nem um só pão, nós também, que somos muitos, não poderíamos transformar-nos num só corpo, em Cristo Jesus, sem a água que vem do céu. E assim como a terra árida não produz fruto se não for regada, também nós, que éramos antes como uma árvore ressequida, jamais daríamos frutos de vida, sem a chuva da graça enviada do alto.
        Com efeito, nossos corpos receberam, pela água do batismo, aquela unidade que os torna incorruptíveis; nossas almas, porém, a receberam pelo Espírito.
O Espírito de Deus desceu sobre o Senhor como espírito de sabedoria e discernimento, espírito de conselho e fortaleza, espírito de ciência e de temor de Deus(Is 11,2). É este mesmo Espírito que o Senhor por sua vez deu à Igreja, enviando do céu o Paráclito sobre toda a terra, daquele céu de onde também Satanás caiu como um relâmpago (cf. Lc 10,18).
        Por esse motivo, temos necessidade deste orvalho da graça de Deus para darmos fruto e não sermos lançados ao fogo, e para que também tenhamos um Defensor onde temos um acusador. Pois o Senhor confiou ao Espírito Santo o cuidado da sua criatura, daquele homem que caíra nas mãos dos ladrões e a quem ele, cheio de compaixão, enfaixou as feridas e deu dois denários reais. Tendo assim recebido pelo Espírito a imagem e a inscrição do Pai e do Filho, façamos frutificar os dons que nos foram confiados e os restituamos multiplicados ao Senhor.
www.liturgiadashoras.org

Pentecostes: Enviai o Vosso Espírito, Senhor!

+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
“Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai”, nós cantamos com o Salmo 103, nesta solenidade de Pentecostes, celebrando a vinda do Espírito Santo. Esta súplica se completa com o belíssimo e antigo hino rezado na “Sequência”  referindo-se a ação do Espírito Santo na vida da Igreja, que “espera e deseja” os seus sete dons.       
Dentre os sinais da presença do Espírito, encontramos na Palavra de Deus proclamada, nesta Eucaristia, a unidade e o entendimento, ao contrário de Babel que gerou divisão e desentendimento. Conforme os Atos dos Apóstolos, em Pentecostes, gente de diferentes culturas e línguas entendem e acolhem a pregação dos Apóstolos, pela ação do Espírito Santo. “Todos nós os escutamos anunciar as maravilhas de Deus na nossa própria língua” (At 2,11), testemunham as pessoas que estavam em Jerusalém naquele dia. O Espírito é luz que aquece e ilumina, animando os discípulos na pregação do Evangelho e abrindo os corações para a sua acolhida.          
São Paulo aos Coríntios também ressalta a unidade na diversidade de dons e ministérios provenientes do mesmo Espírito “em vista do bem comum”, da construção do corpo que é a Igreja. “Formamos um único corpo”, proclama o Apóstolo (1Cor 12,13). Quem vive no orgulho e na vaidade provoca brigas e divisão. Quem se deixa conduzir pelo Espírito de Deus, a ele atribuindo os dons que possui e o bem que faz, promove a unidade, a reconciliação e a paz. O Evangelho segundo João nos mostra que o Espírito Santo é dom do Ressuscitado aos seus discípulos, confiando-lhes a missão de perdoar os pecados. O perdão é sinal de uma vida conduzida pelo Espírito Santo.  
Num tempo de tantos conflitos e divisões, necessitamos muito do Espirito Santo para promover a união e o entendimento entre as pessoas, na família, na comunidade e na sociedade. A súplica que dirigimos a Deus neste Pentecostes deve continuar em nossos lábios e em nossos corações durante o ano todo. Necessitamos valorizar mais o Espírito Santo que recebemos por ocasião dos sacramentos do Batismo e da Crisma, suplicando a sua presença e deixando-nos por ele conduzir. Num tempo de renovação missionária da Igreja, estimulada pelo Papa Francisco, necessitamos sempre mais acolher a presença do Espírito, através da oração e de uma vida santa, para colaborar na missão evangelizadora da Igreja.  Por isso, reze todos os dias a oração ao Espírito Santo, especialmente quando estiver perante decisões difíceis, a fim de ter a luz necessária  e a força para praticar o Evangelho. Procure corresponder ao dom do Espírito que recebemos através da vivência da caridade, que segundo S. Paulo, é o dom maior e o critério para nossas ações.
Arquidiocese de Brasília

São Leonardo Murialdo


Leonardo Murialdo nasceu na Itália, em 26 de outubro de 1828, e, aos cinco anos, já era órfão de pai. A família era abastada, numerosa, profundamente cristã e muito tradicional em Turim, sua cidade natal. Isso lhe garantiu uma boa formação acadêmica e religiosa. A mãe, sua primeira educadora, o enviou para Savona, para estudar no colégio dos padres Scolapi.
Na adolescência, atravessou uma séria crise de identidade, ficando indeciso entre ser um oficial do rei Carlos Alberto ou engenheiro. Mas a vida dos jovens pobres e órfãos, sem oportunidades e perspectivas, lhe trazia grandes angústias e desejava fazer algo por eles. Por isso Leonardo escolheu o caminho do sacerdócio e da caridade para aplacar essa grande inquietação de sua alma. Com muito estudo, tornou-se doutor em teologia, em 1850, e depois foi ordenado sacerdote, em 1851.
Seus primeiros anos de ministério se distinguiram pela dedicação à catequese das crianças e à criação de vários orfanatos dedicados aos jovens pobres da periferia, aos órfãos e abandonados. A sua mentalidade aberta e o trabalho voltado à juventude lhe trouxeram o convite para ser reitor do Colégio de Jovens Artesãos, o qual aceitou com amor.
Na direção do colégio, Leonardo instaurou um clima de moralidade, harmonia, formação religiosa e disciplina familiar, apoiado por competentes colaboradores, leigos e religiosos. Com essa política, assegurou a muitos jovens o acesso a uma adequada formação cristã, cultural e profissional. Ali, os jovens, assistidos de perto por Leonardo, ingressavam com a idade de oito anos e recebiam formação até os vinte e quatro anos, quando conseguiam um trabalho qualificado.
O êxito da sua pedagogia do amor fez com que o pequeno colégio crescesse em tamanho e em expressão. Surgiram, de várias partes da Itália, solicitações para a criação desses colégios de apoio à juventude. Nesse momento, Leonardo criou a Pia Sociedade Turinense de São José, mais conhecida como Congregação de São José, que se espalhou pela Europa, África e Américas.
A entrega total a essa missão e as extenuantes horas de trabalho lhe custaram graves danos à saúde. Em 30 de março de 1900, depois de várias crises de pneumonia, Leonardo morreu. Em 1970, foi canonizado pelo papa Paulo VI. A festa de são Leonardo Murialdo foi designada para o dia 18 de maio.
A Igreja também celebra hoje a memória dos santos:  João I, Félix de Cantalício e Cláudia.

Arquidiocese de Brasília

Pentecostes, Solenidade do Espírito Santo e do nascimento da Igreja

REDAÇÃO CENTRAL, 20 Mai. 18 / 06:00 am (ACI).- Hoje é celebrada Solenidade de Pentecostes, que comemora a vinda do Espírito Santo sobre Maria e os Apóstolos, cinquenta dias após a ressurreição de Jesus Cristo.

O capítulo dois do livro dos Atos dos Apóstolos descreve que “de repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo”.João Paulo II ao refletir sobre este evento em sua encíclica “Dominum et vivificantem”, assinalou que “o Concílio Vaticano II fala do nascimento da Igreja no dia de Pentecostes. Este acontecimento constitui a manifestação definitiva daquilo que já se tinha realizado no mesmo Cenáculo no Domingo da Páscoa”.
“Cristo Ressuscitado veio e foi ‘portador’ do Espírito Santo para os Apóstolos. Deu-lho dizendo: ‘Recebei o Espírito Santo’. Isso que aconteceu então no interior do Cenáculo, ‘estando as portas fechadas’, mais tarde, no dia do Pentecostes, viria a manifestar-se publicamente diante dos homens”.
Posteriormente, o Papa da família cita o documento conciliar “Lumen Gentium”, em que se ressalta que “o Espírito Santo habita na Igreja e nos corações dos fiéis como num templo (cf. 1 Cor 3, 16; 6, 19); e neles ora e dá testemunho da sua adopção filial (cf. Gál 4, 6; Rom 8, 15-16. 26). Ele introduz a Igreja no conhecimento de toda a verdade (cf. Jo 16, 13), unifica-a na comunhão e no ministério, edifica-a e dirige-a com os diversos dons hierárquicos e carismáticos e enriquece-a com os seus frutos (cf. Et 4, 11-12; 1 Cor 12, 4; Gál 5, 22)”.
ACI Digital

terça-feira, 15 de maio de 2018

Milagre de Caná

Redação (Segunda-feira, 14-05-2018, Gaudium Press) Após ter sido batizado por São João Batista e sofrer as tentações do demônio no deserto, Nosso Senhor começou sua vida pública, que durou três anos, terminando com sua gloriosa Paixão e Morte.

Pregações de Nosso Senhor

Ele escolheu os Apóstolos, percorreu com eles a Galileia e a Judeia, fazendo pregações e confirmando-as com prodigiosos milagres.
Jesus não expunha sua doutrina secamente, mas a ilustrava com analogias, contrastes, parábolas. A doutrina e o exemplo são como as asas de um pássaro. Se um conferencista não utilizar uma delas, sua exposição se tornará defectível.
Em suas pregações, Nosso Senhor mostrava não apenas a verdade e o bem, mas também o belo: "Olhai como crescem os lírios. Não trabalham, nem fiam. No entanto, Eu vos digo: nem Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um só dentre eles" (Lc 12, 27).
"Além de seu ensinamento, a própria presença de Nosso Senhor despertava admiração. Sua fisionomia não podia ser mais perfeita. Cabelos, lábios, sobrancelhas e orelhas eram de uma insuperável beleza. Seu olhar percorria os circunstantes de forma suave, tranquila, firme, penetrante e atraente, causando enlevo naqueles sobre os quais recaía. Uma voz magnífica, comunicativa, dotada de um timbre e de uma inflexão inteiramente fora do comum, acompanhava os movimentos das mãos, os quais, por sua vez, eram proporcionadíssimos, comedidos, perfeitos, sem exageros nem timidezes. E a postura dos ombros, o modo de sentar-Se ou de virar a cabeça eram inimagináveis."
Inúmeras vezes, Jesus manifestou sua misericórdia. Mas quis também patentear sua combatividade: usando um chicote, expulsou em duas ocasiões distintas os vendilhões do Templo (cf. Mc 11, 15-17; Jo 2, 14-22).
A respeito das prédicas de Jesus, escreve Plinio Corrêa de Oliveira: "O Divino Mestre, pregando na Judeia, que estava sob a ação próxima dos pérfidos fariseus, usou de uma linguagem candente. Na Galileia, pelo contrário, onde predominava o povo simples e era menor a influência dos fariseus, sua linguagem tinha um tom mais docente e menos polêmico."
Em todas as coisas que Nosso Senhor dizia ou fazia, notava-se a grandeza. Esta "é uma virtude que aperfeiçoa as demais, levando o homem a praticá-las de forma esplêndida ou eminente; é o ornato e o esplendor das demais virtudes, tornando-as fulgurantes. Em outros termos, pode-se afirmar ser ela o oposto da mediocridade."

Regressando da Judeia para a Galileia

Tendo deixado o deserto da Judeia, onde foi tentado pelo demônio, Jesus reuniu alguns discípulos: Pedro, André, João Evangelista, Tiago Maior, Felipe e Natanael - que recebeu o nome de Bartolomeu. Após ter permanecido aproximadamente seis meses na Judeia, Ele iniciou sua viagem de volta à Galileia.
Ao passar por Nazaré, informaram-Lhe que na cidade de Caná - situada a dez quilômetros de distância - realizava-se uma festa de casamento. Certamente por motivo de parentesco próximo, Nossa Senhora precisou comparecer. Jesus acompanhou-A, levando consigo seus discípulos.
Em certo momento, o vinho veio a faltar e Maria Santíssima, cheia de compaixão, recorreu ao seu Divino Filho, dizendo tão-somente: "Eles não têm vinho!" (Jo 2, 3).
"Nossa Senhora tudo interpretava com sabedoria e por certo considerou que a Providência permitira a falta de vinho para dar a Jesus ocasião de manifestar sua Divindade [...]
"De outro lado, Nosso Senhor já teria revelado à sua Mãe o grande mistério da Eucaristia." E Ela poderia ter pensado que essa era a ocasião para seu Divino Filho instituir aquele Sacramento.

600 litros de vinho!

"Jesus respondeu-Lhe: ‘Mulher, por que dizes isto a Mim? Minha hora ainda não chegou" (Jo 2, 4).
"Embora a palavra mulher, presente nesta resposta de Jesus, soe um tanto dura aos nossos ouvidos, na linguagem do tempo denotava, ao contrário, respeito e solenidade, inclusive grande estima e até um matiz de ternura. E não era raro usá-la para dirigir-se a princesas e rainhas."
Atendendo ao pedido de Nossa Senhora, Jesus fez um estupendo milagre: 600 litros de água foram transmudados em vinho!
Por que essa superabundância de vinho?
"Nosso Senhor assim agiu para nos mostrar que o supérfluo, de si, não só não é pecado, mas pode até ser legítimo e recomendável." Provavelmente Ele quis livrar alguns parentes dos noivos de um grave apuro, ou aliviá-los em sua pobreza. O grande exegeta Fillion nos convida a admirar "a munificência régia do presente nupcial de Jesus".

Um milagre muito maior

"Embora o milagre de Caná tenha sido espetacular, foi muito menor do que aquele que se opera em cada Missa, com a transubstanciação do vinho e do pão em Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor."
Esse foi o primeiro milagre na ordem da natureza que o Salvador realizou. Dizemos "na ordem da natureza", porque na ordem da graça o primeiro milagre feito por Ele operou-se quando santificou João Batista, ainda no seio de Santa Isabel.
Ambos os milagres foram feitos por intercessão de Nossa Senhora, a Medianeira de todas as graças. Nosso Senhor "começou e continuou seus milagres por Maria, e por Maria os continuará até ao fim dos séculos".

Por Paulo Francisco Martos
(in "Noções de História Sagrada" - 150)

Conteúdo publicado em gaudiumpress.org, no link http://www.gaudiumpress.org/content/95175#ixzz5FZ2yS4WQ
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte. 

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF