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sábado, 24 de julho de 2021

MARIA NO ANTIGO E NOVO TESTAMENTO

Virgem da Ternura | A12

Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

Maria, a mãe de Jesus, já tinha sido prefigurada no Antigo Testamento como aquela mulher, cujo filho, o Messias, o Salvador da humanidade, esmagaria a cabeça da serpente, do inimigo. E o livro do Apocalipse, que encerra o Novo Testamento, a representa figurativamente naquela mulher coroada de estrelas e vencedora do dragão.             

Uma devoção muito divulgada no Brasil e em todo o mundo é a de Nossa Senhora do Carmo ou do Monte Carmelo, devoção da Igreja com raízes no Antigo Testamento. Sua festa é no próximo dia 16 de julho.

Quase na divisa com o Líbano, o monte Carmelo situa-se na terra de Israel. “Carmo”, em hebraico, significa “vinha” e “El”, abreviatura de Elohim, significa “Deus”, donde Carmelo, a vinha de Deus. Ali se refugiou o profeta Elias, que lá realizou grandes prodígios, e, depois, o seu sucessor, Eliseu. Na pequena nuvem portadora da chuva após a grande seca, Elias viu simbolicamente Maria, a futura mãe do Messias esperado. Eles reuniram no monte Carmelo os seus discípulos e com eles viviam em ermidas.

Assim, Maria foi venerada profeticamente por esses eremitas e, depois da vinda de Cristo, por seus sucessores cristãos, como Nossa Senhora do Monte Carmelo ou do Carmo.

No século XII, os muçulmanos conquistaram a Terra Santa e começaram a perseguir os cristãos, entre eles os eremitas do Monte Carmelo, muitos dos quais fugiram para a Europa. No ano 1241, o Barão de Grey da Inglaterra retornava das Cruzadas com os exércitos cristãos, convocados para defender e proteger contra os muçulmanos os peregrinos dos Lugares Santos, e trouxe consigo um grupo de religiosos do Monte Carmelo, doando-lhes uma casa no povoado de Aylesford. Juntou-se a eles um eremita chamado Simão Stock, inglês de família ilustre do condado de Kent. De tal modo se distinguiu na vida religiosa, que os Carmelitas o elegeram como Superior Geral da Ordem, que já se espalhara pela Europa.

No dia 16 de julho de 1251, no seu convento de Cambridge, na Inglaterra, rezava o santo para que Nossa Senhora lhe desse um sinal do seu maternal carinho para com a Ordem do Carmo, por ela tão amada, mas então muito perseguida. A Virgem Santíssima ouviu essas preces fervorosas de São Simão Stock, dando-lhe, como prova do seu carinho e de seu amor por aquela Ordem, o Escapulário marrom, como veste de proteção, fazendo-lhe a célebre e consoladora promessa: “Recebe, meu filho, este Escapulário da tua Ordem, que será o penhor do privilégio que eu alcancei para ti e para todos os filhos do Carmo. Todo aquele que morrer com este Escapulário será preservado do fogo eterno. É, pois, um sinal de salvação, uma defesa nos perigos e um penhor da minha especial proteção”.

Por isso, os católicos fervorosos usam tão valiosa veste: “O sagrado Escapulário, como veste mariana, é penhor e sinal da proteção de Deus” (Pio XII). Aliado a uma vida cristã, o escapulário é garantia de bênçãos e de salvação.

Fonte: CNBB

Como viver as bem-aventuranças no mundo atual

Manuel Cohen / Aurimages

É possível enumerar alguns valores do Evangelho que a humanidade deveria apreciar e considerar essenciais.

No Evangelho segundo Mateus, as bem-aventuranças estão no início do Sermão da Montanha, aquela pregação inaugural de Jesus, na qual Ele expôs a novidade do Reino de Deus.

Em lugar de prescrever uma série de leis, Ele mostrou como se deve agir retamente, sinalizando que é esse o caminho da felicidade, aquele bem que todo ser humano procura alcançar.

Mas onde está a felicidade? Como viver feliz? Jesus responde em Mt 5,3-10. As afirmações dele nos surpreendem.

Ao contrário do que diz o mundo, a felicidade não está na riqueza, na fama, no poder e no prazer, mas sim no desapego, na mansidão, na busca da lealdade, na prática da misericórdia e da fraternidade, na autenticidade e na promoção da paz.

Até quem chora e sofre perseguição pode ser feliz, se é por causa da sua fidelidade a Deus.

Jesus e as bem-aventuranças

Jesus é o primeiro bem-aventurado, Aquele que mais perfeitamente cumpriu o que ensinou.

Por isso, quem deseja saber como viver as bem-aventuranças, procure aprender com a vida Dele. Basta seguir os exemplos que Ele deixou. Assim, entendemos que pobreza significa desapego e solidariedade, respeitar o direito dos outros, não tomar o lugar de ninguém.

Mansidão inclui tolerância e compreensão, saber conviver com o diferente e dominar o desejo de pagar o mal com o mal. A procura da justiça nos leva a viver para os outros, no amor-doação.

Ser puro de coração é levar uma vida transparente, agir sem segundas intenções. Misericórdia consiste em amar o pecador, sem deixar de rejeitar o pecado, e saber perdoar a quem nos ofende.

Como viver as bem-aventuranças hoje

Concretamente, como deve ser hoje em dia a vida do cristão que vive as bem-aventuranças? É possível enumerar alguns valores do Evangelho que a humanidade aprecia e considera essenciais.

Entre esses, estão:

  • Autoestima sem alardear suas qualidades;
  • Cooperação para o bem comum da sociedade;
  • Fidelidade aos compromissos assumidos;
  • Respeito ao diferente;
  • Honestidade e empenho na vida profissional;
  • Empatia com os irmãos que sofrem;
  • Sinceridade nas palavras e atitudes;
  • Resiliência e tenacidade nos contratempos da vida.

Tudo isso, vivido sob a inspiração de um profundo amor a Deus e aos irmãos, compõe um excelente programa de vida para quem deseja seguir Jesus “caminho, verdade e vida”.

Por Pe. José Raimundo Vidigal, C.Ss.R., via A12

Fonte: Aleteia

Melhor skatista do mundo, brasileira é devota de Nossa Senhora Aparecida

A skatista Pâmela Rosa / Foto: Facebook Pâmela Rosa

REDAÇÃO CENTRAL, 23 jul. 21 / 02:35 pm (ACI).- Pela primeira vez, as Olimpíadas terão a competição de skate e é desta modalidade que vem uma das expectativas de medalhas para o Brasil. Trata-se da líder do ranking mundial, Pâmela Rosa, que diz ser “bem devota” de Nossa Senhora Aparecida e tem tatuada em seu braço a imagem da padroeira do Brasil.

“Eu sou bem devota. Ela (Nossa Senhora Aparecida) me ajudou muito porque na primeira vez que ganhei os X-Games eu entreguei nas mãos dela e falei que, se eu ganhasse, a minha promessa seria dar o skate para Ela. Até hoje, se você for lá na Basílica, na sala das promessas, está lá o meu skate. Ela me cobriu com o manto sagrado”, contou em uma entrevista a O Dia, em 2018.

Segundo a atleta, é na fé, compartilhada por sua família, que se ampara, inclusive durante as competições. “Eu sempre me sinto bem protegida. Sempre que vou competir, peço para que ninguém se machuque”, disse.

Pâmela, de 21 anos, estreia nos Jogos Olímpicos de Tóquio no dia 26 de julho, na categoria street, em que o atleta deve executar manobras em uma pista plana com obstáculos. Ela conseguiu a classificação durante o Campeonato Mundial de Skate, em junho, em Roma, Itália.

“Lá vamos nós... Terminamos hoje a nossa busca por uma vaga nas olimpíadas, obrigada Deus, obrigada Mãezinha [modo carinhoso como se refere à Nossa Senhora Aparecida], obrigada família”, escreveu em suas redes sociais após conquistar a classificação, com o quarto lugar no mundial e o primeiro no ranking olímpico.

Nos jogos de Tóquio, Pâmela disputará ao lado das brasileiras Letícia Bufoni e Rayssa Leal. Esta última tem atraído as atenções por ser a mais jovem atleta olímpica do Brasil, com 13 anos. E, apesar da pouca idade, Rayssa também deixa claro em suas redes sociais sua fé em Deus, a quem dedica cada conquista. “A Deus toda honra e glória”, postou em seu Instagram, após conquistar a classificação olímpica e a medalha de bronze no mundial, em junho.

Em outra modalidade, o futebol, o Brasil também terá seus devotos de Nossa Senhora Aparecida. Entre eles está a atacante da seleção feminina, Bia Zaneratto. A jogadora também agradeceu pela intercessão da padroeira do Brasil em sua carreira deixando na sala de promessas do Santuário Nacional de Aparecida uma camisa autografada e uma fotografia. Além disso, em janeiro de 2019, ao visitar a “Casa da Mãe Aparecida”, Bia postou em suas redes sociais: “Não existe maneira melhor para começar o ano. Gratidão por todas as bênçãos recebidas e tantas outras que ainda virão”.

Fonte: ACI Digital

Cientista luta contra ameaça silenciosa do mercúrio na Amazônia

Cláudia Vega, coordenadora do Programa Mercúrio Cincia | Vatican News

A Amazônia representa 62% da área do Peru. Acolhe 51 povos originários diferentes e uma enorme biodiversidade, como poucos outros lugares do mundo. Recordando a exortação pós-sinodal do Papa Francisco, "Querida Amazonia", cujo primeiro aniversário foi celebrado em fevereiro, e recordando os princípios da Laudato si', a encíclica do Pontífice de 2015, vamos conhecer os esforços da cientista Claudia Vega para proteger a Amazônia e o seu povo.

Manuel Cubias – Vatican News

Nas últimas décadas, a Amazônia tem sofrido forte pressão por causa da extração excessiva de seus recursos naturais, registrando altas taxas de desmatamento e conflitos sociais. Uma das mais conhecidas é a de Madre de Dios, considerada "a capital da biodiversidade do Peru".

Claudia Vega estudou na escola jesuíta do distrito de El Salvador. A sua preocupação com a natureza e a vida de todos os seres humanos provavelmente tem suas raízes nas muitas atividades que realizou com o grupo de escoteiros do instituto. Uma vez concluído o ensino médio, ela investiu muito tempo e esforço na preparação profissional em áreas como química e medicina veterinária, saúde e proteção ambiental.

A cientista recolhe amostras de sedimentos nos rios | Vatican News

Atualmente, Claudia Vega faz parte de um importante grupo de cientistas da Amazônia peruana, no departamento de Madre de Dios, considerada a capital da biodiversidade. Lá, ela é coordenadora do Programa Mercúrio no Centro de Inovação Científica Amazônica (Cincia), que tem como objetivo estudar a poluição por mercúrio na área.

Claudia observa que, "infelizmente, em Madre de Dios, a principal atividade econômica é a mineração artesanal do ouro em pequena escala (Mape), que é feita usando mercúrio, um metal tóxico”. A atividade da Mape é a principal fonte de mercúrio antropogênico em nível mundial, e 52% do mercúrio liberado pela Mape em todo o mundo vem da América do Sul. De acordo com um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), "a Mape está associada a muitos problemas de saúde ocupacional e ambiental, especialmente quando praticada informalmente ou com recursos materiais e técnicas limitadas".

O Papa Francisco, na encíclica Laudato si' de 2015, destaca como estamos testemunhando um "uso desproporcional dos recursos naturais" feito historicamente em certas áreas do planeta. "As exportações de algumas matérias-primas para satisfazer os mercados do Norte industrializado produziram", recorda o Pontífice, "danos locais, como a poluição por mercúrio em minas de ouro ou a poluição por dióxido de enxofre em minas de cobre" (51).

A cientista explica que, para estudar esse fenômeno, foi iniciada uma colaboração entre Cincia, Wake Forest University (Wfu) e USAID, a Agência de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos, para criar um centro de pesquisa que encontrasse soluções inovadoras para o impacto da Mape na Amazônia peruana. Em 2017, foi criado o primeiro Laboratório de Mercúrio e Química Ambiental, com o objetivo de desenvolver estudos específicos na região. Até agora, foram realizadas mais de 300 amostragens para analisar a situação da poluição por mercúrio: solo, sedimentos, peixes, ar, aves, seres humanos (cabelos).

Uma equipe internacional e multidisciplinar

Claudia enfatiza que o trabalho científico que realiza envolve diferentes profissionais do país: "trabalho com engenheiros florestais, biólogos e ecologistas do Peru e de outros Estados que estão familiarizados com o impacto" que tais atividades provocam.

Membros da equipe internacional que trabalham nos laboratórios |
Vatican News

O conhecimento tem poder

Ao mesmo tempo, ela insiste: "estamos convencidos de que o conhecimento tem poder. Diagnosticar um problema é o primeiro passo para resolvê-lo. Precisamos produzir informações científicas a fim de comunicá-las às pessoas (ao público em geral) e aos órgãos decisórios (instituições) para que sejam levadas em conta na implementação de políticas públicas que visam o desenvolvimento sustentável e a proteção da saúde humana e do ecossistema na região amazônica".

Estudantes participam de sessão de formação sobre o impacto do mercúrio |
Vatican News

Os males permanecem, os benefícios vão embora

A cientista aponta o paradoxo da mineração: "ela causa um impacto na região amazônica, mas os benefícios produzidos por essa atividade vão para fora da região". Portanto, é importante destacar o impacto da mineração em pequena escala, como o desmatamento e a poluição por mercúrio, "para conscientizar as pessoas sobre a necessidade de melhorar os métodos de mineração e buscar soluções inovadoras".

Impacto da mineração nas florestas e na água | Vatican News

A face humana da mineração

Em um contexto marcado pela atividade mineradora, Claudia acredita que é essencial conscientizar a população e, em particular, as crianças e os jovens, para promover mudanças de comportamento na preservação da natureza. O Papa Francisco na Laudato si' enfatiza como a educação é chamada a "criar uma 'cidadania ecológica'" para "cuidar da criação com pequenas ações diárias" até "moldar um modo de vida" (211).

Temos casos de crianças e familiares de mineradores que, explica a cientista, "estão estudando biologia ou assuntos relacionados e trabalhando conosco para encontrar soluções para o impacto da mineração". E ela continua: "temos que pensar que a mineração representa uma forma de subsistência para milhares de pessoas; esta questão tem um contexto social e econômico muito complexo que implica consequências muito sérias em termos de meio ambiente e saúde humana".

Comunidades nativas, as mais afetadas pelo mercúrio

Outro elemento importante, observa a cientista, é que "as comunidades nativas estão entre as populações mais afetadas pela exposição ao mercúrio porque esse metal atinge níveis elevados em alguns peixes que são fonte de proteína para as comunidades, representando um risco para a saúde". O trabalho realizado pela equipe Cincia parte da observação de que o uso do mercúrio na mineração tem efeitos tóxicos sobre o meio ambiente e todos os seres vivos, ao mesmo tempo em que gera desmatamento e perda de cobertura vegetal. O uso crescente desse metal e a presença em peixes e outros animais consumidos por humanos faz das crianças e mulheres grávidas um grupo muito vulnerável: "o mercúrio pode atravessar a placenta e alcançar o cérebro do feto, causando danos irreversíveis", diz Claudia.

A voz das comunidades indígenas

A cientista insiste que, para a vida futura das comunidades indígenas, o uso de mercúrio na extração de ouro deve ser evitado. Igualmente importante é que eles "façam ouvir sua voz em nível nacional e internacional porque têm coisas muito importantes a dizer e a nos ensinar sobre o respeito à natureza".

Para as pessoas comuns, acrescenta Claudia, "é importante saber o custo de tudo que usamos; no caso do ouro, embora seja um metal precioso, pode ter um impacto negativo na região onde é extraído. Na região amazônica, a Mape provoca o desmatamento, a transformação da floresta em deserto e a poluição química”.

Amostragem com a ajuda de membros da comunidade | Vatican News

Claudia, referindo-se à América Central, declara: "a questão dos efeitos da mineração artesanal está apenas no início e ainda não é uma questão importante, mas tem todo o potencial para se tornar uma, porque infelizmente somos uma região onde há muita pobreza e as pessoas estão procurando meios para sobreviver. Aqui, a segurança e o sentido de proteção da natureza são fracos ou ausentes". Nesse sentido, o governo peruano ratificou a Convenção de Minamata, assegurando o compromisso de mitigar os impactos negativos sobre o meio ambiente e a saúde humana gerados pelo uso inadequado do mercúrio: impactos que - como reconhecem as autoridades de Lima - afetam principalmente os povos indígenas.

A voz de “Querida Amazonia”

O Papa Francisco se refere às culturas e às principais preocupações dos povos originários, expressas no Sínodo para a Amazônia. Os povos indígenas da Amazônia, enfatiza o Pontífice em “Querida Amazonia”, "expressam a autêntica qualidade de vida como um 'bom viver' que implica uma harmonia pessoal, familiar, comunitária e cósmica e se manifesta em sua forma comunitária de pensar a existência, na capacidade de encontrar alegria e plenitude numa vida austera e simples, assim como no cuidado responsável da natureza que preserva os recursos para as gerações futuras. Os povos aborígines poderiam nos ajudar a descobrir o que é uma sobriedade feliz e, nesse sentido, ‘têm muito a nos ensinar'" (71).

Fonte: Vatican News

Mosteiro de clausura é fundado no Tajiquistão, país ex-soviético e muçulmano

 

Aci Digital

REDAÇÃO CENTRAL, 23 jul. 21 / 04:50 pm (ACI).- A família religiosa do Instituto do Verbo Encarnado (IVE) fundou o primeiro mosteiro de vida contemplativa no Tajiquistão, ex-república da União Soviética. O mosteiro é dedicado a São João Paulo II, que promoveu as missões na Ásia Central, na época que o comunismo proibia a confissão pública da fé.

O mosteiro fica a poucos metros da paróquia de São José, uma das duas únicas igrejas católicas no país. Ali vivem quatro religiosas do Instituto do Verbo Encarnado originárias do Uzbequistão, Paraguai e Argentina. A cerimônia de fundação do novo mosteiro coincidiu com o Dia da Unidade Nacional do Tajiquistão, celebrada em 27 de junho.

missa foi presidida pelo administrador apostólico do Uzbequistão, padre Jerzy Maculewicz, e terminou com a procissão, nos arredores do mosteiro, de uma imagem da Virgem de Luján, padroeira da Argentina e das missões do Instituto do Verbo Encarnado.

O grupo de religiosas e fiéis fez a procissão cantando e rezando à Nossa Senhora por um trajeto curto, de quase cinquenta metros.

O padre Pedro López, responsável pelos católicos no Tajiquistão, considerou a procissão um momento especialmente “emotivo para as pessoas, porque não são coisas que vemos nestes países, como vemos em países cristãos europeus ou latino-americanos. Aqui, embora não haja proibições explícitas, não existe o costume de fazer manifestações públicas da fé”.

O Tajiquistão vive um período de instabilidade. A violência dos talibãs no Afeganistão tem feito com que muitos afegãos se refugiem no Tajiquistão. O padre Pedro López afirmou que “este mosteiro é providencial porque surgiu antes de começarem os problemas com o Afeganistão”.

“Para nós, o mosteiro tem um significado muito importante porque são religiosas que estão em missão, rezando pelos frutos dos apostolados que se realizam ali onde estamos trabalhando. E é algo muito oportuno nestes tempos de conflito. É um privilégio muito grande”, assegurou o padre López.

As quatro religiosas que moram no novo mosteiro se unem à pequena comunidade cristã, que não chega a 120 fiéis e que também conta com a presença de dois sacerdotes e três religiosas de vida ativa. Há também uma comunidade de Irmãs da Caridade.

O Tajiquistão tem cerca de 9 milhões de habitantes e praticamente todos são muçulmanos.

Igreja católica está presente no Tajiquistão desde o final dos anos 70, quando sacerdotes e leigos católicos chegaram ao país deportados pelo regime soviético.

Na década de 90, ao regressar aos seus respectivos países, os católicos deixaram dois templos construídos e uma pequena comunidade de irmãs de Santa Teresa de Calcutá, única presença católica até a chegada de um sacerdote do Verbo Encarnado, em 1997.

Fonte: ACI Digital

Santa Cristina

Sta. Cristina | ArquiSP
24 de julho

Santa Cristina, virgem e mártir

A arqueologia não serve apenas para descobrir os dinossauros enterrados pelo mundo. Ela também pode confirmar a existência dos santos mártires que marcaram sua trajetória na história pela fé em Deus. Foi o que aconteceu com santa Cristina, que teve sua tradição comprovada somente no século XIX, com as descobertas científicas desses pesquisadores.

Segundo os mosaicos descobertos na igreja de Santo Apolinário, em Ravena, construída no século VI, Cristina era realmente uma das virgens cristãs mártires das antigas perseguições. E portanto, já naquele século, venerada como santa, como se pôde observar pela descoberta de sua sepultura, que também possibilitou o aparecimento de um cemitério subterrâneo, que estava oculto ao lado.

A arte também compareceu para corroborar seu testemunho através dos tempos. O martírio da jovem virgem Cristina foi representado pelas mãos de famosos pintores, como João Della Robbias, Lucas Signorelli, Paulo Veronese e Lucas Cranach, entre outros. Além dos textos escritos em latim e grego que relatam seu suplício e morte, que só discordam quanto à cidade de sua origem.

Os registros gregos mostram como sua terra natal Tiro, enquanto os latinos citam Bolsena, na Toscana, Itália. Esses relatos do antigo povo cristão contam que o pai de Cristina, Urbano, era pagão e um oficial do Império Romano, que, ao saber da conversão da filha, queria obrigá-la a renunciar ao cristianismo. Por isso decidiu trancar a filha numa torre na companhia de doze servas pagãs. Para mostrar que não abdicava da fé em Cristo, Cristina despedaçou as estátuas dos deuses pagãos existentes na torre e jogou, janela abaixo, as jóias que as adornavam, para que os pobres pudessem pegá-las. Quando tomou conhecimento do feito, Urbano mandou chicoteá-la e prendê-la num cárcere. Nem assim conseguiu a rendição da filha, por isso a entregou aos juízes.

Cristina foi torturada terrivelmente e depois jogada numa cela, onde três anjos celestes limparam e curaram suas feridas. Como solução final, o governante pagão mandou que lhe amarrassem uma pedra ao pescoço e a jogassem num lago. Novamente, anjos intervieram: sustentaram a pedra, que ficou boiando na superfície da água, e levaram a jovem até a margem do lago.

As torturas continuaram, mesmo depois de seu pai ser castigado por Deus e morrer de forma terrível. Cristina ainda foi novamente flagelada, depois amarrada a uma grade de ferro quente e colocada numa fornalha superaquecida, mordida por cobras venenosas e teve os seios cortados, antes de, finalmente, ser morta com duas lanças transpassando seu corpo virgem. Assim o seu martírio foi divulgado pelo povo cristão desde o ano 287.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br
Arquidiocese de São Paulo

São Charbel Makhlouf

São Charbel (cathopic | Edwyn Alvarado)
24 de julho

SÃO CHARBEL MAKHLUF, PERSBÍTERO

São Charbel é um santo popular pelos milagres que Deus fez (e faz) por sua intercessão.

“São Charbel Makhlouf”: Eis o título do livro escrito pelo Pe. Ángel Peña, O.A.R (Ordem dos Agostinianos Recoletos), do Peru, que, traduzido para o português, foi publicado pela Cultor de Livros.

A obra, após breve introdução, contextualiza a história social, política e religiosa do Líbano, país de São Charbel Makhlouf (1828-1898), eremita-sacerdote da Ordem Libanesa Maronita. Daí a questão: quem são os maronitas? – Lê-se, na página 11, que: “os maronitas são sírios católicos que conservaram a reta fé em tempos de debates teológicos, especialmente em torno da Santíssima Trindade e de Jesus Cristo, Nosso Senhor, entre os séculos V e VII. Nunca romperam, portanto, a comunhão com o Santo Padre, o Papa. Liturgicamente, pertencem ao grupo dos antioquenos ocidentais que seguem a tradição litúrgica de São Tiago de Jerusalém, mas com algumas adaptações à liturgia latina” (nota 1).

Maronita

E por que maronita? – Responde-nos o próprio livro: “Os católicos maronitas do Líbano recebem o seu nome de São Marun, um santo eremita do século IV, que morreu no ano 410 […]. São Marun levou o movimento monástico à Síria, mas com as invasões árabes (636-750), os monges maronitas, discípulos de São Marun, fugiram para as regiões montanhosas e inacessíveis do Líbano. Desde o princípio, os monges maronitas se distinguiram por sua fidelidade à fé católica. A Igreja Maronita celebra, em 31 de julho, a festa de 350 monges mortos no ano 517 por defenderem sua fé católica contra os hereges monofisitas que diziam haver em Jesus apenas uma natureza, tendo Ele duas: a divina e a humana. Os monges maronitas, que fugiam da perseguição árabe, se estabeleceram especialmente nas cavernas das montanhas do Vale Santo de Qadiscia, que é considerado por eles como o berço da nação libanesa, porque nesses lugares inacessíveis começaram a trabalhar e a fabricar arados para, com muito esforço, poder cultivar a terra” (p. 14-15).

Feita essa necessária contextualização, passemos à pessoa de São Charbel, foco principal do livro. De família religiosa, perdeu o pai (Anton Zarur Makhlouf) muito cedo, mas Brígida, sua mãe, se casou pela segunda vez com Lahud Ibrahim que, mais tarde, foi ordenado sacerdote. Sim, o padrasto de São Charbel era padre, pois, segundo as normas da Igreja Católica Maronita, homens casados ​​podem ser ordenados, enquanto os já sacerdotes não podem se casar (cf. p. 18). Certamente, Ibrahim, a quem nosso santo, ainda menino, ajudava na Missa, muito o influenciou para o seu ingresso na vida religiosa. Relatam os que o conheceram que “era muito frágil de corpo, magro, mas se lhe via resplandecente de luz. E durante toda a sua vida, foi um bom trabalhador agrícola” (p. 19-20). Entrou para a vida religiosa aos 23 anos. Primeiro, como monge cenobita (vivia em comunidade), depois tornou-se eremita (vivia só na solidão e no silêncio). Em 23 de julho de 1859, foi ordenado sacerdote, ministério que assumiu com rigor, disciplina e zelo pelos irmãos e irmãs.

Vida do santo

A partir daí, o livro se põe a relatar fatos extraordinários da vida do santo libanês, incluindo tentações e infestações diabólicas, conhecimento do futuro – paranormal ou milagroso – e até casos de curas. Aliás, São Charbel é um santo popular pelos milagres que Deus fez (e faz) por sua intercessão. Faleceu, em 24 de dezembro de 1898, aos 70 anos. Seu corpo permaneceu incorrupto por muitos anos e dele emanava um óleo por meio do qual Deus curou muitas pessoas. Pode-se dizer, com justiça, que nosso santo é um místico (viveu em íntima união com Deus) e taumaturgo (“milagreiro”), por isso venerado no mundo todo. Beatificado por São Paulo VI, em 5 de dezembro de 1965, foi canonizado pelo mesmo Papa em 9 de outubro de 1977 (cf. p. 63-68).

Sua obra, rica em narrativa de fatos portentosos – de leitura agradável e edificante – foi, em português, enriquecida com o Prefácio e a Benção de Dom Edgard Madi, Eparca da Eparquia Maronita no Brasil, e por notas explicativas do tradutor brasileiro (cf. p. 7-10). Vale a pena lê-la e divulgá-la!

São Charbel Makhlouf, rogai por nós!

Por Vanderlei de Lima

https://www.cultordelivros.com.br/produto/sao-charbel-makhlouf-78565

Fonte: Diocese de Amparo (SP)

sexta-feira, 23 de julho de 2021

CARTA ENCÍCLICA "HUMANI GENERIS" (Parte 8/10)

Papa Pio XII | Derradeiras Graças

CARTA ENCÍCLICA "HUMANI GENERIS"

DE SUA SANTIDADE

O PAPA PIO XII

 

SOBRE  OPINIÕES FALSAS QUE
 AMEAÇAM A DOUTRINA CATÓLICA

 

A nossos veneráveis irmãos
os Patriarcas, Primazes, Arcebispos e Bispos
 e demais Ordinários locais em paz e comunhão com a Sé Apostólica.


5. Desprezo da filosofia escolástica

 

29. É coisa sabida o quanto estima a Igreja a humana razão, à qual compete demonstrar com certeza a existência de Deus único e pessoal, comprovar invencivelmente os fundamentos da própria fé cristã por meio de suas notas divinas, expressar de maneira conveniente a lei que o Criador imprimiu nas almas dos homens, e, por fim, alcançar algum conhecimento, por certo frutuosíssimo, dos mistérios.(6) Mas a razão somente poderá exercer tal oficio de modo apto e seguro se tiver sido cultivada convenientemente, isto é, se houver sido nutrida com aquela sã filosofia, que é já como que um patrimônio herdado das precedentes gerações cristãs e que por conseguinte goza de uma autoridade de ordem superior, porquanto o próprio Magistério da Igreja utilizou os seus princípios e os seus fundamentais assertos, manifestados e definidos lentamente por homens de grande talento, para comprovar a mesma revelação divina. Essa filosofia, reconhecida e aceita pela Igreja, defende o verdadeiro e reto valor do conhecimento humano, os inconcussos princípios metafísicos, a saber, os da razão suficiente, causalidade e finalidade, e a posse da verdade certa e imutável.

 

30. É verdade que em tal filosofia se expõem muitas coisas que, nem direta, nem indiretamente, se referem à fé ou aos costumes, e que, por isso mesmo, a Igreja deixa à livre disputa dos peritos; entretanto, em outras muitas não existe tal liberdade, principalmente no que diz respeito aos princípios e aos fundamentais assertos que há pouco recordamos. Mesmo nessas questões fundamentais pode-se revestir a filosofia com mais aptas e ricas vestes, reforçá-la com mais eficazes expressões, despojá-la de certos modos escolares menos adequados, enriquecê-la com cautela com certos elementos do progressivo pensamento humano; contudo, jamais é licito derrubá-la ou contaminá-la com falsos princípios, ou estimá-la como um grande monumento, mas já fora de moda. Pois a verdade e sua expressão filosófica não podem mudar com o tempo, principalmente quando se trata dos princípios que a mente humana conhece por si mesmos, ou daqueles juízos que se apóiam tanto na sabedoria dos séculos como no consenso e fundamento da revelação divina. Qualquer verdade que a mente humana, procurando com retidão, descobre não pode estar em contradição com outra verdade já alcançada, pois Deus, verdade suprema, criou e rege a humana inteligência, de tal modo que não opõe cada dia novas verdades às já adquiridas, mas, apartados os erros que porventura se tiverem introduzido, edifica a verdade sobre a verdade, de forma tão ordenada e orgânica como vemos estar constituída a própria natureza da qual se extrai a verdade. Por esse motivo o cristão, seja filósofo, seja teólogo, não abraça apressada e levianamente qualquer novidade que no decurso do tempo se proponha, mas deve sopesá-la com suma diligência e submetê-la a justo exame a fim de que não venha perder a verdade já adquirida ou a corrompa, com grave perigo e detrimento da mesma fé.

 

31. Se tudo quanto expusemos for bem considerado, facilmente se compreenderá porque a Igreja exige que os futuros sacerdotes sejam instruídos nas disciplinas filosóficas,  segundo o método, a doutrina e os princípios do Doutor Angélico,(7) visto que, através da experiência de muitos séculos, conhece perfeitamente que o método e o sistema do Aquinate se distinguem por seu valor singular, tanto para a educação dos jovens quanto para a investigação das mais recônditas verdades, e que sua doutrina está afinada como que em uníssono com a divina revelação e é eficacíssima para assegurar os fundamentos da fé e para recolher de modo útil e seguro os frutos do são progresso.(8)

 

32. E, pois, altamente deplorável que hoje em dia desprezem alguns a filosofia que a Igreja aceitou e aprovou, e que, imprudentemente, a tachem de antiquada em suas formas e racionalística, como dizem, em seus processos. Pois afirmam que essa nossa filosofa defende erroneamente a possibilidade de uma metafísica absolutamente verdadeira, ao passo que eles sustentam, contrariamente, que as verdades, principalmente as transcendentes, só podem ser expressas por doutrinas divergentes que mutuamente se completam, embora pareçam opor-se entre si. Pelo que, concedem que a filosofia ensinada em nossas escolas, com a lúcida exposição e solução dos problemas, com a exata precisão de conceitos e com as claras distinções, pode ser conveniente preparação ao estudo da teologia, como de fato o foi adaptando-se perfeitamente à mentalidade medieval; crêem, porém, que não é o método que corresponde à cultura e às necessidades modernas. Acrescentam, ainda, que a filosofia perene é só a filosofia das essências imutáveis, enquanto a mente moderna deve considerar a "existência" de cada um dos seres e a vida em sua fluência contínua. E, ao desprezarem esta filosofia, enaltecem outras, antigas ou modernas, orientais ou ocidentais, de forma tal a parecer insinuar que toda filosofia ou doutrina opinável, com o acréscimo de algumas correções ou complementos, se for necessário, harmonizar-se-á com o dogma católico; o que nenhum fiel pode duvidar seja de todo falso, principalmente quando se trata dos errôneos sistemas chamados imanentismo, ou idealismo, ou materialismo, seja histórico, seja dialético, ou também existencialismo, tanto no caso de defender o ateísmo, quanto no de impugnar o valor do raciocínio metafísico.

 

33. Por fim, acusam a filosofia ensinada em nossas escolas do defeito de atender só à inteligência no processo do conhecimento, sem levar em conta o papel da vontade e dos sentimentos. O que certamente não é verdade; de fato, a filosofia cristã jamais negou a utilidade e a eficácia das boas disposições de toda alma para conhecer e abraçar plenamente os princípios religiosos e morais; ainda mais, sempre ensinou que a falta de tais disposições pode ser a causa de que o entendimento, sufocado pelas paixões e pela má vontade, se obscureça a ponto de não mais ver como convém. E o Doutor Comum crê que o entendimento é capaz de perceber de certo modo os mais altos bens correspondentes à ordem moral, tanto natural como sobrenatural, enquanto experimentar no íntimo certa afetiva "conaturalidade" com esses mesmos bens, seja ela natural, seja fruto da graça; (9) e claro está quanto esse conhecimento, por assim dizer, subconsciente, ajuda as investigações da razão. Porém, uma coisa é reconhecer a força dos sentimentos para auxiliar a razão a alcançar conhecimento mais certo e mais seguro das realidades morais, e outra o que intentam esses inovadores, isto é, atribuir às faculdades volitiva e afetiva certo poder de intuição, e afirmar que o homem, quando, pelo exercício da razão, não pode discernir o que deva abraçar como verdadeiro, recorra à vontade, mediante a qual escolherá livremente entre as opiniões opostas, com inaceitável mistura de conhecimento e de vontade.

 

34. Nem há que admirar se ponham em perigo, com essas novas opiniões, as duas disciplinas filosóficas que, pela sua própria natureza, estão estreitamente relacionadas com a doutrina católica, a saber, a teodicéia e a ética, cuja função acreditam não seja demonstrar coisa alguma acerca de Deus ou de qualquer outro ser transcendente, mas antes mostrar que os ensinamentos da fé sobre Deus, ser pessoal, e seus preceitos, estão inteiramente de acordo com as necessidades da vida e que por isso mesmo todos devem aceitá-los para evitar a desesperação e obter a salvação eterna; tudo isso está em oposição aberta aos documentos de nossos predecessores Leão XIII e Pio X e não se pode conciliar com os decretos do concílio Vaticano. Não haveria, certamente, tais desvios da verdade que deplorar se também no terreno filosófico todos olhassem com a devida reverência ao magistério da Igreja, ao qual compete, por divina instituição, não só custodiar e interpretar o depósito da verdade revelada, mas também vigiar sobre as disciplinas filosóficas para que os dogmas católicos não sofram dano algum da parte das opiniões não corretas.

PIO PP. XII

Notas

6. Cf. Conc. Vat. I, Const. Dei Filius de fide cath., c. 4 "De fide et ratione".

7. CIC, cân.1366, § 2. 

8. AAS 38 (1946), p. 387.

9. Cf. S. Tomás, Summa Theol, II-II, q. l, a. 4 ad 3; q. 45, a. 2, in c.

Fonte: http://www.derradeirasgracas.com/

Aniversário natalício de Dom Paulo Cezar é celebrado na Catedral de Brasília

Dom Paulo Cezar | PASCOM-ArquiBrasília

ANIVERSÁRIO NATALÍCIO DE DOM PAULO CEZAR COSTA
Arcebispo de Brasília
A manhã dessa terça-feira, 20 de julho, foi marcada pela celebração eucarística em ação de Graças pelo aniversário natalício do arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar. A missa aconteceu na Catedral de Brasília. Respeitando o distanciamento social para conter o COVID-19, estiveram presentes padres, diáconos, seminaristas e o povo fiel. Concelebrando estiveram: Dom José Aparecido, bispo auxiliar de Brasília; Dom Fernando, arcebispo Militar do Brasil e Pe. João Firmino, pároco da Catedral e chefe de gabinete.

Em sua homilia, o arcebispo pede que rezem por ele e destacou seu único pedido em sua vida: “realizar a vontade de Deus custe o que custar.  Eu quero uma única coisa na minha vida: que o projeto de Deus vá se realizando e que eu me coloque sempre numa postura de abertura para realizar a cada momento, o projeto de Deus. O projeto de Deus não é fácil – como diz o papa Francisco – é buscado diariamente no encontro com a palavra de Deus, na oração, numa atitude sempre de escuta no dia a dia, uma atitude de intimidade com o Senhor. Que este seja o meu caminho, mas que seja também o caminho de todos nós.”

Um bispo amigo

Antes da cerimônia, alguns Padres resumiram as qualidades do Arcebispo de Brasília em duas palavras: Bom Pastor e Amigo. Para Dom José Aparecido, “é uma alegria celebrar o dom da vida a Dom Paulo que é nosso pastor tão querido pelo povo de Brasília.”

“A proximidade dele é muito importante”, fala Marcia paroquiana do Santuário do Santíssimo Sacramento“porque ele é a presença de Cristo, então ele traz a igreja próxima de cada um, de cada leigo e de cada fiel, então nós como leigos nos sentimos muito próximos e muito alegres. Desejamos-lhe muita saúde e muita paz. Que Deus o abençoe, que ele oriente toda a igreja de Brasília, esse é o nosso desejo.”

Representando os Carmelitas, Frei Márcio Silva disse que “a marca presente no ministério de Dom Paulo é a amizade, e também para nós Carmelitas, hoje é dia do profeta Elias. Elias é o amigo de Deus, então que Deus possa abençoar muito nosso arcebispo nesse dia do seu natalício.”

Dom Paulo, com seu jeito de ser, tem alegrado muitos os corações, explica Pe. João Firmino. “Em sete meses de governo, ele visitou quase 100 paróquias de 152 no total em Brasília, mesmo neste tempo de pandemia. Ele quer se fazer presente em cada comunidade para mostrar isso, a amizade de Deus, a amizade da Igreja, a presença da Igreja na vida de todos, então cabe a nós, em primeiro lugar, lembrar que precisamos rezar muito por ele.”

Para o Pe. Wilker Lima, chefe do Setor de Comunicação de Brasília, Dom Paulo é um amigo presente. “A amizade é esse despojamento de si, querendo viver com o outro, buscando o outro, e Dom Paulo nos ensina isso desde que chegou. Ele nunca deixou de ir ao encontro, seja do povo, seja do padre. Ele sempre quer conhecer as pessoas, suas histórias.”

“Além de ser o arcebispo da arquidiocese de Brasília é também um grande amigo, não só da minha pessoa, do padre Rodolfo, mas de outros padres leigos. É uma característica forte da personalidade cumprimentar, saudar as pessoas, estar onde elas estão, nas visitas pastorais, nas celebrações dos padroeiros, novenas ou até mesmo numa santa missa, a convite do padre ou às vezes por interesse de Dom Paulo de ir visitar aquela paróquia.”

Fonte: Arquidiocese de Brasília

Traditionis Custodes: as 9 perguntas feitas pelo Vaticano aos bispos de todo o mundo

Fred de Noyelle / GODONG
Por Timothy Dhellemmes

Tendo em vista o desenvolvimento do motu proprio Traditionis Custodes, o Vaticano enviou aos bispos de todo o mundo uma pesquisa composta por nove perguntas sobre a prática da Missa tridentina nas dioceses.

Antes da elaboração do motu proprio “Traditionis Custodes” os especialistas da Congregação para a Doutrina da Fé consultaram bispos de todo o mundo. Foi o que disse o Papa Francisco na sexta-feira, dia 16 de julho de 2021, na carta que acompanha o documento papal. 

Poucos dias depois da publicação deste texto, recebido de forma variada pelo clero e pelos fiéis, o site Crux revelou o conteúdo do questionário enviado às conferências episcopais. Composto por nove questões, o documento pretendia saber em que circunstâncias acontecia a celebração da Missa tridentina em cada diocese, como o rito era vivenciado e qual a correspondente necessidade pastoral. 

O documento, de acordo com o site foi enviado durante o ano de 2019, a pedido do Papa Francisco.

As 9 perguntas que embasaram a Traditionis Custodes

Foi com base nas respostas enviadas pelos bispos de todo planeta que o Papa Francisco elaborou a carta apostólica Traditionis Custodes (em forma de motu proprio).

A Santa Sé quis saber:

1. Qual é a situação, em sua diocese, em relação à forma extraordinária do rito romano?

2. Se aí se pratica a forma extraordinária, responde a uma verdadeira necessidade pastoral ou é promovida por um único sacerdote?

3. Em sua opinião, existem aspectos positivos ou negativos no uso da forma extraordinária?

4. As normas e condições estabelecidas pelo Summorum Pontificum são respeitadas?

5. Você acredita que, em sua diocese, a forma ordinária adotou elementos da forma extraordinária?

6. Para a celebração da Missa, você usa o Missal promulgado pelo Papa João XXIII em 1962?

7. Além da celebração da Missa na forma extraordinária, existem outras celebrações (por exemplo, Batismo, Confirmação, Casamento, Penitência, Unção dos enfermos, Ordenação, Ofício Divino, Tríduo Pascal, ritos fúnebres) de acordo com os livros litúrgicos anteriores ao Concílio Vaticano II?

8. O motu proprioSummorum Pontificum influenciou a vida dos seminários diocesanos e de outras casas de formação?

9. Treze anos depois do motu proprio Summorum Pontificum, qual é a sua opinião sobre a forma extraordinária do Rito Romano?

Nem todos os bispos responderam

Ainda segundo o site Crux, cada conferência episcopal teria recebido o questionário e decidido por conta própria respondê-lo ou não. Depois de consultar cerca de vinte prelados de todo o mundo, constatou-se que em alguns países, como o Chile, por exemplo, apenas os arcebispos receberam o questionário. 

Já na vizinha Argentina, todos os bispos receberam o questionário, mas muitos não responderam porque não há presença significativa de sacerdotes e fiéis favoráveis ​​à Missa Tridentina em sua região. 

Nos Estados Unidos, o questionário teria sido enviado a todos os bispos, enquanto na Austrália todas as dioceses o receberam. Na Europa e na África, a distribuição teria sido mais desigual. Até o momento, o Vaticano não divulgou o número exato de bispos em todo o mundo que realmente receberam o questionário.

Fonte: Aleteia

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF