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quinta-feira, 4 de agosto de 2022

“Semana Mundial de Aleitamento Materno”: 1-7 de agosto

Mãe com seu filho - Venezuela  (AFP or licensors)

Menos da metade dos recém-nascidos são amamentados na primeira hora de vida e apenas 44% são amamentados, exclusivamente, nos primeiros seis meses de vida.

Vatican News

À medida que as crises globais continuam a ameaçar a saúde e a nutrição de milhões de recém-nascidos e crianças, é de vital importância dar mais valor à amamentação, como melhor início de vida.

Nesta “Semana Mundial de Aleitamento Materno”, dedicada ao tema “Sustentemos a amamentação: Educar e Apoiar”, o UNICEF e a Organização Mundial da Saúde (OMS) fazem um premente apelo aos governos para que concedam maiores recursos para proteger, promover e apoiar políticas e programas de amamentação, sobretudo para as famílias mais vulneráveis, que vivem em contextos de emergência.

Entre as emergências, inclusive as do Afeganistão, Iêmen, Ucrânia, Chifre da África e Sahel, a amamentação assegura uma maior fonte de nutrição, acessível para os recém-nascidos e a crianças pequenas; oferece um poderoso meio de defesa contra doenças e todas as formas de desnutrição infantil, inclusive a desnutrição aguda.

O aleitamento serve como primeira vacina para o recém-nascido e o protege das doenças comuns da infância. No entanto, o estresse emocional, o esgotamento físico, a falta de espaço e de privacidade e as carências higiênicas, que acometem as mães em situações de emergência, levam muitos recém-nascidos a não aproveitar dos benefícios da amamentação para sobreviver.

Menos da metade dos nenês são amamentados na primeira hora de vida, tornando-os mais vulneráveis ​​a doenças e morte, e apenas 44% são amamentados, exclusivamente, nos primeiros seis meses de vida, um dado muito aquém dos objetivos da Assembleia Mundial da Saúde (OMS), que deveria ser de 50% até 2025.

Proteger, promover e sustentar o aleitamento, hoje mais do que nunca, é de vital importância, não apenas para proteger o nosso planeta, principal sistema alimentar natural e sustentável, mas também pela sobrevivência, crescimento e desenvolvimento de milhões de crianças.

Por isso, o UNICEF e a OMS fazem um premente apelo aos governos, benfeitores, sociedade civil e setores privados para intensificar seus esforços:

• Dando prioridade aos investimentos em políticas e programas de apoio ao aleitamento materno, sobretudo em contextos de fragilidade e insegurança alimentar;

• Dando aos agentes no campo da saúde e da nutrição mais estruturas e comunidades, com as devidas habilidades, para dar conselhos de qualidade e apoio prático para as mães que amamentam;

• Dando proteção aos assistentes e agentes da saúde contra os ataques dos mercados antiéticos da indústria do leite em pó, adotando e promovendo, integralmente, o Código Internacional sobre o comércio dos substitutos do leite materno, mesmo em contextos humanitários;

• Promovendo políticas favoráveis às famílias, que proporcionem às mães o tempo, o espaço e o apoio que necessitam para amamentar.

UNICEF Itália

Na Itália, em 2021, mais de 33 mil crianças nasceram em “Hospitais Amigos”, reconhecidos pelo UNICEF e pela OMS italianos. Nestes hospitais, equipes de médicos e enfermeiros adotam as boas práticas científicas para que as mães e os recém-nascidos disponham de apoio efetivo na hora do parto e na primeira amamentação.

Por sua vez, Carmela Pace, presidente do UNICEF Itália, recorda que o “UNICEF na Itália promove um programa intitulado "Juntos pelo Aleitamento Materno". Até o momento, 31 Hospitais, 7 Comunidades e 4 Cursos Superiores, reconhecidos como “Amigos das Crianças e do Aleitamento Materno”, além de mais de 900 centros de assistência para Bebês, fazem parte da rede, dedicada a todas as famílias, para cuidar melhor de seus filhos”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São João Maria Batista Vianney

S. João Maria Batista Vianney | arquisp
04 de agosto

São João Maria Batista Vianney

João Maria Batista Vianney sem dúvida alguma, se tornou o melhor exemplo das palavras profetizadas pelo apóstolo Paulo: "Deus escolheu os insignificantes para confundir os grandes". Ele nasceu em 8 de maio de 1786, no povoado de Dardilly, ao norte de Lyon, França. Seus pais, Mateus e Maria, tiveram sete filhos, ele foi o quarto. Gostava de freqüentar a igreja e desde a infância dizia que desejava ser um sacerdote.

Vianney só foi para a escola na adolescência, quando abriram uma na sua aldeia, escola que freqüentou por dois anos apenas, porque tinha de trabalhar no campo. Foi quando se alfabetizou e aprendeu a ler e falar francês, pois em sua casa se falava um dialeto regional.

Para seguir a vida religiosa, teve de enfrentar muita oposição de seu pai. Mas com a ajuda do pároco, aos vinte anos de idade ele foi para o Seminário de Écully, onde os obstáculos existiam por causa de sua falta de instrução.

Foram poucos os que vislumbraram a sua capacidade de raciocínio. Para os professores e superiores, era considerado um rude camponês, que não tinha inteligência suficiente para acompanhar os companheiros nos estudos, especialmente de filosofia e teologia. Entretanto era um verdadeiro exemplo de obediência, caridade, piedade e perseverança na fé em Cristo.

Em 1815, João Maria Batista Vianney foi ordenado sacerdote. Mas com um impedimento: não poderia ser confessor. Não era considerado capaz de guiar consciências. Porém para Deus ele era um homem extraordinário e foi por meio desse apostolado que o dom do Espírito Santo manifestou-se sobre ele. Transformou-se num dos mais famosos e competentes confessores que a Igreja já teve.

Durante o seu aprendizado em Écully, o abade Malley havia percebido que ele era um homem especial e dotado de carismas de santidade. Assim, três anos depois, conseguiu a liberação para que pudesse exercer o apostolado plenamente. Foi então designado vigário geral na cidade de Ars-sur-Formans. Isso porque nenhum sacerdote aceitava aquela paróquia do norte de Lyon, que possuía apenas duzentos e trinta habitantes, todos não-praticantes e afamados pela violência. Por isso a igreja ficava vazia e as tabernas lotadas.

Ele chegou em fevereiro de 1818, numa carroça, transportando alguns pertences e o que mais precisava, seus livros. Conta a tradição que na estrada ele se dirigiu a um menino pastor dizendo: "Tu me mostraste o caminho de Ars: eu te mostrarei o caminho do céu". Hoje, um monumento na entrada da cidade lembra esse encontro.

Treze anos depois, com seu exemplo e postura caridosa, mas também severa, conseguiu mudar aquela triste realidade, invertendo a situação. O povo não ia mais para as tabernas, em vez disso lotava a igreja. Todos agora queriam confessar-se, para obter a reconciliação e os conselhos daquele homem que eles consideravam um santo.

Na paróquia, fazia de tudo, inclusive os serviços da casa e suas refeições. Sempre em oração, comia muito pouco e dormia no máximo três horas por dia, fazendo tudo o que podia para os seus pobres. O dinheiro herdado com a morte do pai gastou com eles.

A fama de seus dons e de sua santidade correu entre os fiéis de todas as partes da Europa. Muitos acorriam para paróquia de Ars com um só objetivo: ver o cura e, acima de tudo, confessar-se com ele. Mesmo que para isto tivessem que esperar horas ou dias inteiros. Assim, o local tornou-se um centro de peregrinações.

O Cura de Ars, como era chamado, nunca pôde parar para descansar. Morreu serenamente, consumido pela fadiga, na noite de 4 de agosto de 1859, aos setenta e três anos de idade. Muito antes de ser canonizado pelo papa Pio XI, em 1925, já era venerado como santo. O seu corpo, incorrupto, encontra-se na igreja da paróquia de Ars, que se tornou um grande santuário de peregrinação. São João Maria Batista Vianney foi proclamado pela Igreja Padroeiro dos Sacerdotes e o dia de sua festa, 4 de agosto, escolhido para celebrar o Dia do Padre.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Perseguição aos cristãos: uma realidade global e crescente

Perseguição aos cristãos | O São Paulo

Desde o começo do ano, em especial no continente africano, aumentaram os casos de sequestros e assassinatos dos que professam a fé no Cristo.

Por Jornal O São Paulo, 27/07/2022

Desde o começo do ano, em especial no continente africano, aumentaram os casos de sequestros e assassinatos dos que professam a fé no Cristo; no Oriente Médio, cristãs sofrem com intimidações; e na América Latina, ameaças ostensivas são para os que se colocam ao lado dos mais vulneráveis. 

Era um domingo feliz em que a comunidade de fiéis acabara de celebrar a Solenidade de Pentecostes e se preparava para a procissão nos arredores da Paróquia São Francisco Xavier, na Diocese de Ondo, na Nigéria. De repente, ouve-se um forte barulho. Instantes depois, um estrondo ainda mais forte e pessoas correndo para todos os lados. 

“Eu estava na sacristia e não podia correr porque estava cercado de crianças, enquanto alguns adultos se agarravam a mim, alguns até dentro da minha casula. Eu os protegi como uma galinha protege seus pintinhos. Ouvi as vozes dos meus paroquianos gritando: ‘Padre, por favor, nos salve; Pai, ore!’. Eu os encorajei e os acalmei, e disse que não deveriam se preocupar, que eu estava orando e que Deus faria algo. Ouvi três ou quatro explosões, uma após a outra. Todo o ataque foi bem planejado e durou cerca de 20 a 25 minutos.” 

O relato do Padre Andrew Adeniyi Abayomi à fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) ilustra o drama vivido em 5 de junho deste ano na Paróquia São Francisco Xavier, onde o ataque de radicais islâmicos resultou na morte de 41 católicos, incluindo crianças, e mais de 80 feridos. 

Embora o epicentro da perseguição deliberada aos cristãos esteja neste momento no continente africano, os que professam a fé no Cristo têm sido perseguidos em diferentes partes do planeta. Conforme dados da ACN, atualmente 400 milhões de cristãos vivem sob condição de perseguição religiosa, uma realidade verificada em, ao menos, 153 países. 

UMA AJUDA VALIOSA: A ORAÇÃO 

Criada em 1947 e elevada à condição de fundação pontifícia em 2011, a ACN atendeu no ano passado a 5.298 projetos de ajuda em 132 países, seja para dar suporte emergencial aos cristãos, seja no apoio a ações estruturais. E quase sempre o primeiro pedido que a instituição recebe dos cristãos perseguidos é um singelo “rezem por nós”. 

Anualmente, em 6 de agosto, a ACN realiza o “Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos”, que no Brasil ocorre com o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Neste ano, como a data será em um sábado, o dia de oração também se estenderá para o domingo, 7, com o convite para que nas paróquias e comunidades, bem como individualmente, as pessoas rezem pelos cristãos perseguidos. Os detalhes da iniciativa podem ser vistos no site https://acn.org.br/6deagosto. 

Esse dia de oração foi realizado pela primeira vez em 2015, fazendo alusão ao ocorrido em 6 de agosto de 2014, quando cerca de 100 mil cristãos tiveram de abandonar suas casas na Planície de Nínive, no Iraque, após serem expulsos pelos extremistas do grupo Estado Islâmico. Já na manhã do dia seguinte, a ACN mobilizou os benfeitores e iniciou campanhas e projetos para socorrer material e espiritualmente esses perseguidos e refugiados. 

As orações e suportes materiais continuam a ser indispensáveis para que a fé cristã e a própria vida dos católicos sejam resguardadas em locais onde são perseguidos, como nestes que apresentamos a seguir, com base em informações da ACN e de agências de notícias. 

SEQUESTROS E ASSASSINATOS NA NIGÉRIA 

O ataque à Paróquia São Francisco Xavier, mencionado no início desta reportagem, é apenas uma das muitas ocorrências de perseguição aos cristãos ocorridas neste ano na Nigéria. 

De acordo com a ACN, no estado de Benué, ao menos 68 cristãos foram mortos nos últimos dois meses. Além disso, mais de 1,5 milhão de pessoas já foram expulsas de suas casas após ataques terroristas, em especial das milícias Fulani, majoritariamente formadas por extremistas muçulmanos, que voltam seu alvo especialmente contra comunidades agrícolas nas quais os cristãos são a maioria. 

“A situação atual da perseguição aos cristãos na Nigéria está cada vez mais complexa. Os conflitos entre pastores nômades (majoritariamente muçulmanos) e os agricultores que têm sua própria terra (majoritariamente cristãos) existem há séculos. No entanto, esse conflito agora conta com armas de fogo cada vez mais pesadas, tornando os ataques cada vez mais brutais. Em uma outra frente, existe o terrorismo perpetrado pelo Boko Haram e outros grupos islamistas que praticam o terrorismo religioso. O que torna a confusão ainda maior sobre a origem dos perpetradores desses ataques é que, conforme alguns bispos nos relataram, os terroristas se disfarçam de pastores nômades para encobrir a intenção real dos ataques, que é expulsar os cristãos de suas terras. Um outro alerta é que os ataques, que ficavam concentrados praticamente na região norte do país, estão se alastrando cada vez mais”, explicou, ao O SÃO PAULO, o Frei Rogério Lima, Assistente Eclesiástico da ACN Brasil. 

Desde o começo do ano, 18 sacerdotes foram sequestrados no país, e destes quatro morreram. O último foi o Padre John Mark Cheitnum, 44, raptado junto com o outro padre em 15 de julho, e encontrado morto no dia 19. 

Recentemente, a Associação Diocesana de Padres Católicos da Nigéria manifestou que “é muito triste que, no decurso das suas atividades pastorais normais, os padres nigerianos tenham se tornado uma espécie em extinção. Tentativas foram feitas em vários níveis para clamar ao governo, mas, como já observado pela Conferência Episcopal Católica da Nigéria, ‘é claro para a nação que [o governo] falhou em [seu] dever principal de proteger a vida dos cidadãos nigerianos’”. 

“Hoje, ser um sacerdote na Nigéria é colocar a vida em grande risco. Portanto, neste momento, ajudamos no sustento dos padres e seminaristas que permanecem com o povo, além das religiosas e os catequistas, que nos países africanos têm um trabalho pastoral muito mais amplo. Também auxiliamos com meios para o transporte e, o principal: os apoiamos com nossas orações e na divulgação das notícias sobre o sofrimento dos cristãos no país”, comentou Frei Rogério. 

ATENTADOS EM BURKINA FASO E MOÇAMBIQUE 

Em Burkina Faso, também no continente africano, 20 pessoas foram mortas na Diocese de Noruna, entre os dias 3 e 4 de julho. Os terroristas agiram à noite e os primeiros assassinatos ocorreram em frente a uma igreja. Horas antes, a diocese esteve em festa em razão da ordenação sacerdotal de dois vocacionados da comunidade local. 

No mesmo país, em fevereiro, terroristas invadiram o Seminário de São Kizito. Eles queimaram dormitórios, uma sala de aula e um veículo. Também destruíram o crucifixo do seminário e deixaram uma clara mensagem de perseguição aos cristãos: “Não queremos ver cruzes aqui”. Não houve mortos ou feridos no ataque, mas os terroristas prometeram voltar se as atividades do seminário tiverem continuidade. 

Em Moçambique, país que nos últimos anos tem sofrido com a escalada de intolerância dos radicais islâmicos, novos ataques ocorreram em junho na região de Cabo Delgado, resultando em mortes, sequestros de mulheres e crianças e 11 mil pessoas que fugiram de suas casas. 

No fim de maio, ao tomar posse como novo Bispo de Pemba, Dom Juliasse Sandramo fez um apelo: “Temos paróquias praticamente destruídas, padres que vivem em situações difíceis porque tiveram que abandonar suas missões de mãos vazias. Não podemos lidar com isso sozinhos. Peço ao mundo que não se esqueça de Cabo Delgado”. 

MULHERES CRISTÃS EM RISCO 

Em novembro de 2021, a ACN publicou o relatório “Ouça seus gritos – O sequestro, conversão forçada e vitimização sexual de mulheres e meninas cristãs”, mostrando que as mulheres cristãs estão em permanente risco de sequestros, casamentos e conversões forçadas, especialmente na Nigéria, Egito, Síria, Iraque e Paquistão. 

“A violência contra as mulheres cristãs é uma arma na guerra contra minorias religiosas. Isso também tem a ver com a estrutura da lei islâmica. Quando uma mulher cristã é forçada a se converter ou se casar com um muçulmano, é impossível para ela retornar à sua fé cristã, mesmo que consiga se libertar ou o casamento seja anulado. Além disso, se a mulher tiver filhos, eles serão muçulmanos para sempre”, disse Michele Clark, uma das autoras do relatório, em entrevista ao site da ACN. 

Ela ressaltou que, por vezes, as mulheres e meninas se veem sem alternativa. “Uma garota cristã tem uma amiga muçulmana em seu bairro que diz: ‘Meu irmão gosta de você e gostaria de te ver mais vezes’. Assim, a garota concorda em entrar em um relacionamento. Às vezes, é uma armadilha: o homem convida a menina para sua casa onde ele a abusa. Se a jovem vem de um lar conservador, ela é considerada uma desonrada e não pode mais voltar para casa. Portanto, ou abusam da garota e a forçam a se casar e, consequentemente, mudar sua fé. Assim, aquilo que para ela começou como uma bela relação, se torna um pesadelo”, exemplificou. 

NA AMÉRICA LATINA, PERSEGUIÇÕES À ‘IGREJA DOS OPRIMIDOS’ 

Se no Oriente Médio e na África o ódio aos cristãos é a causa principal para que sejam perseguidos, nos países latino-americanos, as razões são outras. 

“Na América Latina, os crimes contra líderes religiosos e templos de oração têm origem no papel da Igreja de se colocar em defesa dos oprimidos e de denunciar as injustiças. Como exemplo, podemos olhar o caso da Nicarágua, em que a Igreja acolheu os estudantes que realizavam manifestações pacíficas contra a corrupção em 2018. A Igreja abriu suas portas para acolher os feridos e, pouco tempo depois, começou a sofrer uma forte repressão. Hoje, de acordo com os dados a que tivemos acesso, essa repressão já resultou em mais de 190 ataques”, analisou o Frei Rogério Lima. 

“A ACN fica muito preocupada com esse contexto, pois, além de todo o sofrimento daqueles que são vítimas dessa violência, isso ameaça a presença da fé cristã na América Latina, que abriga praticamente metade de todos os católicos do mundo. Por isso mesmo, em 2021 ajudamos o continente com mais de 900 projetos aprovados”, recordou. 

Ainda na Nicarágua, em maio e em junho, canais de televisão operados por dioceses foram retirados da programação da tevê por assinatura. Além disso, no mês passado, a Congregação das Missionárias da Caridade, fundada por Santa Teresa de Calcutá, foi obrigada a interromper seus trabalhos no país, por força do regime do presidente Daniel Ortega. Desde 2018, há uma crescente hostilidade a padres, bispos e membros de congregações religiosas e leigos engajados na Igreja, além de registros de profanação aos locais de culto e itens litúrgicos. 

Na Colômbia, ameaças têm sido feitas a bispos e padres que se opõem ao avanço dos dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), dos membros do Exército de Libertação Nacional (ELN) e de guerrilhas que lutam pelo controle de áreas que se tornaram rotas para o narcotráfico. 

Este foi o caso de Dom Rúben Darío Jaramillo, Bispo de Buenaventura, que foi até impedido por grupos criminosos de circular em algumas áreas de abrangência da Diocese. Na assembleia geral do episcopado colombiano, em fevereiro, Dom Rúben lembrou que em toda a região do Pacífico colombiano há ameaças de morte a diferentes pessoas, bem como desaparecimentos e deslocamentos forçados. “Nós, que estamos à frente dessas comunidades, sendo a voz daqueles que não podem denunciar, continuaremos manifestando nosso compromisso como povo de Deus. Não importa nossa vida. Prosseguiremos contribuindo para a construção da paz e ajudando a buscar novas saídas por meio do diálogo e entendimento entre todas as instituições”, enfatizou. 

ALVOS DA VIOLÊNCIA COTIDIANA 

E, embora não sejam casos que se enquadrem como perseguição religiosa, ao menos três padres e uma religiosa foram assassinados em países latino-americanos desde o início do ano em situações de violência urbana. 

Na cidade de Santa Cruz, na Bolívia, o Frei Wilbert Daza Rodas, OFM, foi morto após uma pessoa viciada em drogas adentrar o convento de São Francisco, depois da celebração da Vigília Pascal, em 16 de abril. 

No México, em junho, dois sacerdotes jesuítas, os Padres Javier Campos e Joaquín Mora foram assassinados em Cerocahui, quando tentavam defender a vida de um homem que se refugiou na igreja enquanto era perseguido por uma pessoa armada. 

No mesmo mês, em Porto Príncipe, capital do Haiti, a missionária italiana Irmã Luisa Dell’Orto, da Congregação do Evangelho de Charles de Foucauld, foi morta quando uma pessoa tentou assaltá-la. Ela vivia no país havia 20 anos e se dedicava às crianças em situação de rua. 

Conforme um levantamento da Agência Fides, divulgado em 30 de dezembro de 2021, ao longo de todo o ano passado 22 missionários católicos foram mortos no mundo: 13 sacerdotes, um religioso, duas religiosas e seis leigos. O maior número de assassinatos ocorreu na África (11), seguido da América (7), Ásia (3) e Europa (1). 

Por todos os cristãos perseguidos, os vivos e os já martirizados em nome da fé, a Igreja se unirá em oração em 6 de agosto e, também no dia 7, elevando suas preces: 

“Ajudai-nos, Pai, em nome de vosso Filho crucificado e ressuscitado, Jesus, para continuarmos a trabalhar juntos; para sermos livres, responsáveis e amorosos; para encontrarmos a vossa vontade e fazê-la com alegria, zelo e coragem”. 

(Trecho da prece do Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos 2022)

Fonte: https://arquisp.org.br/

“O Rosário é a arma mais poderosa na luta entre o bem e o mal”, assegura Bispo ucraniano

Foto: Cathopic/Etson Guevara Yangua.
Nos últimos anos, milhões de rosários foram distribuídos na Ucrânia e muitas pessoas têm invocado a Mãe de Deus através desta oração.

Ucrânia – Kiev (02/08/2022 16:53, Gaudium Press) O Bispo Auxiliar da Diocese de Kharkiv-Zaporizhia, Dom Jan Sobilo, assegurou que a oração do Rosário é a arma mais poderosa na luta espiritual do homem entre o bem e o mal.

Esperança na proteção de Deus

“Quem sente medo e perdeu a esperança experimenta a certeza da proteção de Deus através do Rosário e recupera a coragem”, afirmou o prelado durante o Festival Internacional da Juventude em Medjugorje.

Nos últimos anos, milhões de rosários foram distribuídos na Ucrânia e muitas pessoas que de alguma forma estavam afastadas da igreja acabaram aprendendo a invocar a Mãe de Deus através desta que é a oração predileta de Nossa Senhora.

Bispo Auxiliar da Diocese de Kharkiv-Zaporizhia, Dom Jan Sobilo | Guadium Press

A batalha da vida espiritual

Dom Sobilo disse ainda que a guerra não apenas na vida real, mas também na vida espiritual. “Todo pecado grave é como um foguete que destrói cidades e ajuda a guerra a continuar. Por outro lado, a conversão, a oração, o jejum e a humildade podem acabar com as guerras e tornar o impossível possível”, assegurou.

A oração, os sacramentos e a palavra de Deus são a ajuda decisiva para vencer o mal nesta batalha, para ser fiel a Deus mesmo nas circunstâncias mais difíceis e para construir novamente pontes para combater os inimigos.

Soldados ucranianos portam o Rosário na guerra contra a Rússia

O prelado contou ainda que nas últimas semanas conversou com diversos soldados ucranianos, que relataram ter encontrado na oração e jejum a ajuda e proteção necessárias durante momentos particularmente perigosos. “Muitos soldados usam o rosário no pescoço, como Davi carregou seu estilingue contra Golias”, relatou o bispo auxiliar. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Por que os aniversários de casamento merecem ser comemorados

fizkes | Shutterstock
Por Paul Habsburg

A celebração do aniversário de casamento é um excelente terreno para o crescimento e a compreensão profunda da vida conjugal.

A questão da celebração do aniversário de casamento é um excelente terreno para o crescimento e a compreensão profunda do mistério do matrimônio. 

No livro de Levítico (25, 10), há uma passagem que evoca o aniversário de casamento. Sugeriram-me que eu lesse no mesmo dia em que se comemorava o 50.º aniversário de um casal cujo marido traiu e abandonou a mulher durante muitos anos… Ele voltou para a mulher, que o acolheu novamente! E aqui está o que eu li neste texto da Bíblia:

“Santificareis o quinquagésimo ano e publicareis a liberdade na terra para todos os seus habitantes. Será o vosso jubileu. Voltareis cada um para as suas terras e para a sua família.”

Apesar de este texto se referir ao quinquagésimo aniversário de casamento, na minha opinião ele se aplica igualmente a qualquer aniversário, especialmente aos aniversários de casamento. Porque não devemos nos esquecer: a imagem que Deus mais usa na Bíblia para falar de sua aliança com o homem é justamente o casamento. 

Deus renova esta santa aliança com os homens muitas vezes. Não apenas quando o homem merece, mas cada vez que não consegue mais ser fiel a esta aliança com Ele. Que lindo convite Deus nos dá desta forma!

“O próprio Deus quer aproveitar este momento para renovar plenamente o seu grande SIM para nós dois.”

O mesmo vale para o casamento. Que melhor momento para renovar a promessa de casamento do que apenas quando as coisas não estão indo muito bem? Não porque o outro merece, mas porque nós dois precisamos. E sobretudo porque o “terceiro da aliança”, o próprio Deus, quer aproveitar este momento para renovar plenamente o seu grande “SIM” a nós dois. Para os casais que enfrentam dificuldades, nada impede que renovem o seu “sim” com alegria, uma vez por ano, no dia do aniversário de casamento.

Há uma segunda intuição neste texto, que se aplica idealmente a um aniversário de casamento: ​​”Proclamar a liberdade para todos os habitantes…”. Transposto para a realidade do casamento. Isso também faz do dia do aniversário de casamento um dia de perdão. Para o casal, seria a oportunidade de virar a página, onde cada um pede e dá o perdão sincero e total. Por que não associá-lo a uma confissão sacramental?

É precioso renovar esta escolha de três, cinco, quinze ou quarenta anos atrás: nós dois e os filhos que Deus nos confiou. Vale lembrar que meu clã não é meu trabalho ou meus amigos, minha casa de campo ou meu local de férias. É ainda menos meu laptop ou meus sonhos e minhas próprias ideias. Aproveitemos também o aniversário de casamento para voltar a esta grande decisão tão corajosa de dizer “sim” por toda a vida ao cônjuge, na presença de Deus.

Para ser um pouco mais criativo e também muito prático, também podemos comemorar essa data todos os meses. Se o aniversário de casamento é, digamos, 14 de setembro, por que não dizer que em 14 de outubro o marido preparará uma pequena surpresa para a esposa? No dia 14 de novembro, é ela quem fará a comemoração. Em 14 de dezembro, ele novamente. E por aí vai… Não conheço ninguém que não goste de pequenas surpresas. Portanto, é um bom hábito para aderir. Conheço casais que o praticam, e são casais que brilham. Outros me disseram que com alguma regularidade, várias vezes por ano, eles simplesmente renovam sua promessa de casamento:

“Querida, diante de Deus, novamente eu te recebo e me entrego a ti. Renovo-te a promessa de permanecer fiel a ti, na alegria e nas provações, na saúde e na doença, amando-te e respeitando-te todos os dias da minha vida”.

Essa renovação é algo muito importante. Depois de três, cinco, quinze ou quarenta anos, eu não sou mais a mesma pessoa – nem o outro. É um bom hábito renovar conscientemente o meu “sim” para a pessoa à minha frente. E é muito bom lembrar que você não está sozinho nessa aventura, pois Deus também está envolvido neste relacionamento. Neste contexto, não esqueçamos também que o ato conjugal é, sem dúvida, a forma mais bela, talvez até a mais completa, de renovar o “sim” perante Deus e perante o cônjuge.

“Quando a pessoa inteira quer ser um dom para o outro, então cada palavra, cada olhar, cada ato de ternura criarão uma comunhão entre vocês, e ninguém poderá romper”.

No plano de Deus, a união carnal no casal é o que melhor corresponde às palavras da promessa matrimonial. Vamos reconhecer que às vezes, infelizmente, a mente não está no modo “promessa de casamento”. Mas gostaria de dizer que quando o corpo, o espírito e a alma conseguem estar em harmonia em si mesmos, quando a pessoa inteira quer ser um dom para o outro, então cada palavra, cada olhar, cada ato de ternura criarão uma comunhão entre vocês, e ninguém poderá romper.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

O Papa no Canadá: o dom das lágrimas

Encontro com jovens e anciãos no pátio da escola primária de Iqaluit 
(Vatican Media)

São muitas as imagens que marcaram a peregrinação penitencial de Francisco à terra dos indígenas. Momentos que chamam a atenção para o caminho de cura e reconciliação de povos que sofreram enormemente e que hoje encontram um novo rosto da Igreja.

Massimiliano Menichetti

Na sociedade de hoje, há imagens que viajam pelo mundo em poucos segundos, compartilhadas nas mídias sociais graças aos celulares e PCs: milhares, milhões, senão bilhões de pessoas muitas vezes se veem assistindo a mesma foto mesmo sem saber. Há linhas, cores e formas que se desvanecem no vórtice da partilha, outras ficam gravadas na memória para sempre, outras ainda ficam guardadas exclusivamente no coração. Na viagem do Papa Francisco ao Canadá, de 24 a 30 de julho passado, há muitas dessas imagens que falam muito mais do que um acontecimento: abrem espaços, mostram silêncios, dores e sofrimentos, mas também pertença, reconhecimento, encontro, esperança.

O Papa realizou, como ele mesmo indicou, uma peregrinação penitencial em uma terra que viu o martírio dos povos indígenas cujos filhos foram levados no tempo das políticas de assimilação. Francisco colocou-se em caminho, levando a luz de Cristo, da Igreja que vê, que não tem medo da verdade e de pedir perdão, que abraça, escuta, ama. Uma Igreja que está próxima de todos os necessitados, sem hesitações, sem dúvidas, sem obstáculos.

Em seis dias o Papa cruzou o Canadá tocando as periferias do coração e as geográficas, chegando às fronteiras do Círculo Polar Ártico, onde vive a maior comunidade Inuit do planeta. Em Iqaluit encontrou os ex-alunos de escolas residenciais em uma das quatro escolas primárias: as terríveis estruturas criadas para reeducar os indígenas arrancados de suas famílias, lugares de atrocidade e violência. Francisco entrou numa sala desta estrutura, que recorda uma grande caixa branca, com vigias distribuídas nas paredes facetadas e salientes.

Ele entrou em silêncio; algumas dezenas de pessoas o esperavam, dispostas em várias fileiras, em círculo. A maioria era formada por idosos, vestidos com simplicidade, alguns com roupas tradicionais. As mãos enrugadas pelos anos foram para o rosto. Nos rostos imóveis, quase inexpressivos, fixos com o olhar no Sucessor de Pedro, as lágrimas escorriam lentamente. Nessa imagem - repetida tantas vezes durante a viagem - há muito mais do que uma única vida, há o grito abafado de um povo. Homens e mulheres que, também por causa dos católicos, viveram horrores e que naquele encontro se viram reconhecidos, tocados, abraçados, amados. Lágrimas que desenharam abismos, sofrimentos, esperanças diante das quais só se pode calar, abrir os braços, bem-vindo.

Nos dias da visita apostólica, o Papa indicou um caminho de reconciliação e cura, como nos últimos meses no Vaticano quando recebeu os representantes dos povos indígenas Primeiras Nações, Inuit e Métis. Teve início um processo, um horizonte ao qual se deve chegar, que deve ser construído e alimentado. A presença do Papa foi uma "bênção e um presente", disse o chefe Wilton Littlechild, ressaltando que agora "começa o trabalho". Littlechild é o cacique indígena que sobreviveu às escolas residenciais, hoje com 78 anos, que deu ao Papa um cocar de índio no encontro no Bear Park Pow-Wow Grounds, em Maskwacis.

Uma fotografia extraordinária, aquela do pontífice com as penas de águia, mas o clique do coração está vários frames antes: quando esse gesto de partilha se tornou possível e para entendê-lo, é preciso inverter completamente a cena. Chega-se a esse dom que indica reconhecimento - que custou a Littlechild um esforço físico considerável, já que normalmente ele é forçado a andar com o auxílio de muletas ou se locomover em cadeira de rodas: em vez disso, ele fez o percurso sozinho alguns metros, subindo as escadas para chegar ao palco onde estava o Papa - porque os indígenas reabriram o coração e o ouvido ao Anúncio, à realidade de uma Igreja viva, diferente daquela que os humilhou e oprimiu.

Um horror impresso na longa faixa vermelha com os nomes das vítimas dos internatos escritos nela, mostrada ao Papa, enquanto o som dos tambores atravessava os corpos e se fundia com os batimentos cardíacos de cada um. Inesquecível a imagem de dor, emoção e raiva de Si Pih Ko, diante do Papa com a multidão admirada e a indecisão dos seguranças ao seu redor enquanto canta, de forma não programada, uma música que lembra o hino canadense.

Depois, o Papa sentado em uma cadeira de rodas diante do silêncio do Lago Santa Ana, um lugar querido pelos indígenas, onde milhares de pessoas peregrinam todos os anos. E onde, enquanto Francisco falava, as mãos dos avós apertavam as dos mais novos para apoiarem-se mutuamente.

Imagens de sofrimento, orgulho, paixão, identidade, danças, silêncio, oração, lágrimas acompanharam, portanto, esta peregrinação penitencial que inicia uma nova perspectiva e atribui tarefas e objetivos a indivíduos e instituições, mas que representa também uma oportunidade para toda a humanidade, para todos nós, de seguir caminhos de partilha e fraternidade, de escutar e olhar.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santa Lídia

Santa Lídia | Cansão Nova
03 de julho

Santa Lídia

Padroeira dos tintureiros e comerciantes. Primeira mulher a se fazer cristã na Europa e uma das primeiras aclamadas santas e veneradas desde o início do cristianismo. Filha espiritual de São Paulo e seus companheiros Lucas, Timóteo e Silas.

Origens

O que se sabe sobre Santa Lídia está escrito no livro dos Atos dos Apóstolos 16, 14-40. Pela descrição de São Lucas, que a conheceu pessoalmente, Lídia era uma mulher rica, influente, líder e empreendedora. Ela era comerciante de púrpura nascida Em Tiatira, Grécia, e estabelecida em Filipos, colônia romana, também na Grécia. O comércio de púrpura era dos mais caros e promissores da época. As roupas na cor púrpura eram usadas somente por reis, rainhas e pessoas da nobreza. A cor púrpura era tirada de um molusco nativo do Mar Mediterrâneo, abundante na região da Fenícia, chamado Mmurici.

Conversão e liderança de uma mulher

Santa Lídia tinha algumas características incomuns para a época: era empresária, dona do próprio comércio e chefe de família. É o que lemos em At 16, 14 e 15. O versículo 15 diz que depois de ouvir São Paulo falar sobre Jesus Cristo. ela quis ser batizada juntamente e levou junto toda a sua família. Este fato mostra a liderança que ela tinha sobre os seus, fato notável numa sociedade tão machista quanto a que ela vivia. E, pelo que lemos nos Atos dos Apóstolos, a influência e a posição social de Santa Lídia ajudaram decisivamente a São Paulo e seus companheiros na missão em Filipos.

Busca da verdade

O texto de São Lucas diz que Santa Lídia era prosélita, isto é, ela era de origem pagã (não judaica) e que tinha se convertido ao judaísmo. O fato mostra que Santa Lídia já vinha de uma caminhada de busca da verdade. Abandonou as crenças politeístas gregas e abraçou o monoteísmo pregado pelo judaísmo. Porém, ao ouvir São Paulo, reconheceu prontamente a verdade e abraçou-a. Em seguida, tornou-se evangelizadora, anunciando a Boa Nova para a sua família e ajudando na missão de São Paulo e seus companheiros.

Primeira igreja da Europa

São Paulo e seus companheiros pensavam em ficar em Filipos apenas alguns dias e partir em missão. Porém, Santa Lídia insistiu: "Se vocês me consideram fiel ao Senhor, permaneçam em minha casa". E os forçou a aceitar. (At 16, 15) Então, os Apóstolos mudaram seus planos e ficaram. Em Filipos, São Paulo sofreu várias perseguições. Ele e seus amigos foram presos e soltos milagrosamente por um terremoto. Depois disso, voltaram para a casa de Santa Lídia onde confortaram os irmãos na fé – vários que tinham ouvido Paulo e se fizeram batizar, formando a a comunidade cristã de Filipos, para a qual, mais tarde, São Paulo escreveu sua “Carta aos Filipenses”. A casa de Santa Lídia transformou-se na primeira Igreja da Europa, como vemos em At 15, 14.

Missionária

Santa Lídia influenciou não apenas sua família como também outras mulheres e pessoas de todos os tipos com quem lidava em seu comércio de púrpura. Por isso, ela também foi missionária, mostrando através de seu testemunho, a verdade sobre Jesus Cristo. Ela é uma das grandes responsáveis pela sustentação da Comunidade Cristã de Filipos. Santa Lídia e São Paulo tiveram um profundo laço de amizade cristã, admirado por todos.

Culto

O culto a Santa Lídia faz parte da Tradição cristã desde os tempos mais antigos. Seu nome aparece nas inscrições nas catacumbas. No Livro dos Atos dos Apóstolos seu nome é mencionado duas vezes. Por causa de sua profissão Santa Lídia passou a ser invocada como Padroeira dos Tintureiros e dos comerciantes, sendo comemorada no dia 3 de agosto.

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

terça-feira, 2 de agosto de 2022

JMJ 2023: daqui a um ano será o grande encontro de Lisboa

Banner da JMJ Lisboa 2023 Vatican News

Evento decorre de 1 a 6 de agosto do próximo ano. Organização lançou esta semana uma campanha com o slogan “Vemo-nos em agosto de 2023”.

Rui Saraiva – Portugal

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023 está já em contagem de decrescente. O Comité Organizador Local (COL) promove a partir desta semana uma campanha para assinalar o facto de que falta precisamente um ano para que milhares de jovens de todo o mundo cheguem a Lisboa para se reunirem com o Papa Francisco. “Vemo-nos em agosto de 2023” é o slogan da campanha.

Em nota difundida pela Fundação JMJ Lisboa 2023 “todos são convidados a participarem e a se envolverem nesta Jornada, que é, simultaneamente, uma peregrinação, uma festa da juventude determinada em construir um mundo mais justo e solidário”.

“A um ano da JMJ Lisboa 2023 renovo o convite a todos os portugueses para acolher nas nossas casas, aldeias, vilas e cidades, a juventude do mundo inteiro” – refere o presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 e bispo auxiliar de Lisboa, D. Américo Aguiar, numa mensagem vídeo.

No âmbito desta campanha decorre nas redes sociais uma ação de perguntas e respostas sobre a JMJ Lisboa 2023. E no site oficial lisboa2023.org está disponível uma newsletter especial.

Lisboa, Santarém e Setúbal serão as dioceses portuguesas que vão acolher os jovens participantes na JMJ entre os dias 1 a 6 de agosto. Em declarações à Agência Ecclesia, responsáveis dos respetivos Comités Organizadores Diocesanos (COD) falaram sobre o trabalho que estão a desenvolver.

João Clemente é o responsável pelo COD de Lisboa e assinalou o impacto que a JMJ vai ter na vida das regiões, ao acolherem tantos milhares de jovens.

“Não conseguimos imaginar o que vai ser o dia 1 de agosto de 2023. Vai ter um impacto estrondoso. Visualmente, chegarem milhares de jovens a estas cidades, vai fazer com as pessoas, que se calhar nem se aperceberam que as JMJ iriam acontecer, percebam: transportes, as ruas, a vida, a alegria e o convívio vão ser impressionantes. Até a nível da economia local que terá de dar suporte a estas pessoas que querem comer, passear, ver museus, conhecer o país” – disse João Clemente.

Entretanto, Maria Rodrigues, com funções na comunicação no COD de Santarém, explicou à Agência Ecclesia, que as pessoas mais velhas têm “lembrado a importância de rezar pela JMJ” e frisou o desafio de chegar aos jovens fora das comunidades, em particular nas escolas.

“O seu envolvimento na preparação pode fazê-las aproximar da vida cristã ativa. Procuramos os jovens fora das igrejas e dos movimentos, e também procuramos chegar às famílias. Quem não participa ativamente nas Jornadas lembra-nos a importância de rezar pelas JMJ” – afirmou Maria Rodrigues.

Pelo COD de Setúbal falou João Marques que realçou a “oportunidade” para toda a Igreja, “não só para os jovens”, que a preparação e acolhimento da jornada significam.

“O objetivo é que chegue efetivamente a todos, independentemente da sua idade. Na perspectiva de acolhimento contamos com as pessoas que não se enquadram na faixa etária à qual se destina a jornada para tudo o que é necessário: para o acolhimento de jovens, no voluntariado, na mobilização de toda a comunidade. O que queremos é que a JMJ seja um fator de congregação e que junte toda a comunidade em torno desta proposta” – salientou João Marques.

A diocese de Lisboa com as dioceses de Setúbal e Santarém, acolhem os jovens durante os dias da JMJ Lisboa 2023, enquanto as restantes dioceses de Portugal organizam os «Dias nas Dioceses», com programas a decorrer entre os dias 26 a 31 de julho de 2023. 

A Rádio Vaticano e o Vatican News continuam a acompanhar a preparação da Jornada Mundial da Juventude que decorrerá em Lisboa em agosto de 2023.

Laudetur Iesus Christus

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF