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quarta-feira, 17 de abril de 2019

Santa Catarina Tekakwitha, a primeira santa pele vermelha

REDAÇÃO CENTRAL, 17 Abr. 19 / 06:00 am (ACI).- Neste dia 17 de abril, a Igreja celebra a festa de Santa Catarina (Kateri) Tekakwitha, a primeira santa pele vermelha dos Estados Unidos. É considerada padroeira da natureza e da ecologia junto com São Francisco de Assis. Suas últimas palavras foram: “Jesus, te amo!”.

Catarina nasceu em Auriesville, Nova York (Estados Unidos), em 1656. Sua mãe era uma cristã membro da tribo algonquina, que tinha sido capturada pelos iroqueses e libertada por quem seria o pai de Tekakwitha, um chefe tribal Mohawk.
Quando ela tinha quatro anos, seus pais e seu irmão morreram pela epidemia de varíola. Por causa dessa mesma doença, ela ficou com o rosto desfigurado, a visão seriamente danificada e sob a responsabilidade de seus tios.
Aos seus 11 anos, Catarina conheceu a fé cristã quando chegaram ao seu povo os missionários jesuítas que acompanhavam os deputados mohicanos para assinar a paz com os franceses.
Embora tenha aceitado rapidamente, a jovem pediu para ser batizada aos 20 anos, enfrentando a oposição de sua família e para a recusa de sua comunidade. Teve que fugir de seu povo até chegar a algumas comunidades cristãs no Canadá.
Mais tarde, fez a Primeira Comunhão no dia de Natal e realizou o voto de castidade. Durante sua curta vida, manteve uma intensa devoção ao Bendito Sacramento.
Partiu para a Casa do Pai em 17 de abril de 1680, na Semana Santa daquele ano, e com apenas 24 anos. Após sua morte, o povo desenvolveu imediatamente uma grande devoção por ela e muitos peregrinos iam visitar seu túmulo, em Caughnawaga.
Conta a tradição que as cicatrizes que a santa tinha no rosto sumiram depois que faleceu e que muitos enfermos que foram ao funeral se curaram.
Em 1884, oPe. Clarence Walworth mandou erguer um monumento junto a sua sepultura e chegou a ser conhecida como “O Livro dos Mohawks”.
Santa Catarina foi beatificada por São João Paulo II, em 1980, e canonizada pelo Sumo Pontífice Emérito Bento XVI, em outubro de 2012.
Embora sua festa seja celebrada no dia 14 de julho nos Estados Unidos, no restante do mundo, de acordo com o martirológio, hoje se recorda Santa Catarina Tekakwitha.
ACI Digital

terça-feira, 16 de abril de 2019

O Demônio sabia que Jesus era Deus?


Antes da Paixão, logo no limiar da vida pública de Jesus, o demônio O quis tentar por três vezes, como referem os Evangelistas (Mateus 4,1-11Lucas 4,1-13Marcos 1,13). Tal fato é claro indício de que o Maligno ignorava ser Jesus o próprio Deus. Essa ignorância manteve-se até o fim da vida pública de Cristo, pois São Paulo insinua que, se os demônios tivessem conhecido o plano misterioso de Deus,“nunca teriam crucificado o Senhor da glória” (1Coríntios 2,8).
Satanás, porém, suspeitava que Jesus fosse um varão extraordinário, escolhido por Deus para ser Profeta ou talvez mesmo o Messias aguardado — o Messias que, conforme a opinião mais corrente em Israel, não seria Deus em sentido próprio, mas poderia chamar-se “Filho de Deus” por ser criatura muito unida à Divindade. Foi, portanto, para certificar-se da missão messiânica (não propriamente para certificar-se da Divindade) de Jesus e pô-la à prova que o demônio lhe fez as sugestões tentadoras, usando da fórmula:“Se és o Filho de Deus…” (cf. Mateus 4,36); note-se que a terceira sugestão, a qual prometia a Jesus a posse de todos os reinos deste mundo (cf. Mateus 4,8-9), correspondia claramente ao conceito de Messias mais propalado entre os judeus: o Messias político, que libertaria Israel do jugo dos romanos e instauraria a hegemonia internacional de sua nação.
Conforme Marcos 1,24, o demônio confessava que Jesus era o “Santo de Deus”. Este título, segundo a sua etimologia, significava “o homem posto à parte e consagrado ao serviço de Deus”; embora não fosse designação habitual do Messias, bem podia significar “o Salvador” (cf. a confissão de Pedro em João 6,69:“o Santo de Deus”). O demônio teria então reconhecido em Jesus o Messias como o concebiam os judeus: criatura eminente, não o próprio Deus Encarnado. São Lucas confirma esta conclusão, quando narra: “Os demônios saíam de muitos (possessos), clamando e dizendo: ‘Tu és o Filho de Deus!’; Ele, porém, preceituando-lhes com poder, não os deixava falar, porque sabiam que era o Cristo (=palavra grega correspondente ao hebraico ‘Messias’)'” (Lucas 4,41; cf. Marcos 1,34).
O fato de Jesus não permitir, no início da sua vida pública, que os maus espíritos O proclamassem “Messias” se explica em vista da concepção errônea que os fariseus nutriam a respeito do Messias; esperando um rei que sacudisse o domínio estrangeiro, poderiam ter feito de Jesus um chefe de revolução nacionalista, fechando-se assim por completo ao genuíno sentido do Evangelho. Só aos poucos foi Cristo revelando o significado da sua missão; o pensamento do Senhor ficou bem claro, pois foi precisamente por se ter declarado Messias num sentido transcendente que Ele sofreu a morte (cf. Marcos 14,61-84; Mateus 24,63-65; Lucas 22,67-71).
Quanto aos tempos atuais, ensinam os teólogos que o demônio não sabe que Jesus é Deus no sentido estrito; não conhece o mistério do Verbo Encarnado. Contudo percebe e analisa, ainda com mais acuidade do que os homens, os indícios de que a obra de Cristo e a história da Igreja são algo de Divino. Coagido pela evidencia, ele reconhece algo do plano de Deus no mundo; este reconhecimento, porém, nada tem de sobrenatural; “os demônios creem, e estremecem”, diz São Tiago (2,19).
Satanás tem consciência, entre outras coisas, de que a morte e a glorificação de Cristo lhe vão progressivamente arrebatando as almas; seu domínio vai sendo debelado nas regiões e nos povos em que ele outrora, pela idolatria e os falsos cultos, reinava incontestado. Suspeita que seu poder terá fim; por isto, estremece (como diz o Apóstolo) e se atira sobre as almas com furor cada vez mais requintado, sabendo que é preciso aproveitar toda e qualquer oportunidade (cf. Apocalipse 12,17). Vãs, porém, ficam as suas invectivas contra aqueles que se firmam no Rochedo que é o Cristo (cf. 1Cor 10,4); o demônio é como o cão acorrentado que ladra, mas só pode morder a quem, por iniciativa própria, dele se aproxime (cf. Santo Agostinho)!


  • Fonte: Revista Pergunte e Responderemos nº 4:1957 ago/1957.
  • www.bibliacatolica.com.br

Coroa de espinhos de Jesus foi salva do incêndio na Catedral de Notre-Dame

França - Paris (Terça-feira, 16-04-2019, Gaudium PressA figura de um sacerdote católico emergiu como a de um herói em meio ao trágico incêndio que consumiu grande parte da Catedral de Notre-Dame de Paris, França. Trata-se do Padre Jean-Marc Fournier, Capelão da Brigada de Incêndios, que ingressou ao monumental templo em chamas para resgatar ao Santíssimo Sacramento e a relíquia da Coroa de Espinhos de Jesus Cristo.

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O Padre Fournier já demonstrou seu valor em outras ocasiões. Quando servia como capelão militar no Afeganistão, sobreviveu a uma emboscada na qual 10 soldados perderam a vida. A opinião pública francesa já havia conhecido a figura do capelão dos bombeiros em 2015, quando um grupo de terroristas atacou um concerto em Paris assassinando a 89 pessoas. O sacerdote foi visto servindo e assistindo espiritualmente aos feridos no atentado.
Um editor do canal católico da França, KTO, Etienne Loraillere, observou ao Padre Fournier entrar no templo em chamas. O sacerdote "ingressou com os bombeiros na Catedral de Notre-Dame para salvar a Coroa de Espinhos e o Santíssimo Sacramento", informou o 'The Daily Mail'. "O Padre Fournier é um herói absoluto", comentou ao meio de comunicação uma fonte anônima dos serviços de emergência de Paris. "Não demonstrou temor à medida que avançava diretamente até as relíquias na Catedral e se assegurou que estivessem a salvo. Ele luta contra a morte diariamente e não demonstra medo".
A relíquia da Coroa de Espinhos corresponde, segundo a tradição, a uma parte da que foi imposta sobre a cabeça de Cristo durante sua Paixão, e os registros mais antigos sobre sua preservação datam do século VI, quando era venerada pelos fiéis de Jerusalém. A relíquia foi doada pelo Imperador Latino de Constantinopla ao Rei Luís IX em 1238. (EPC)
Gaudium Press

Cinco filmes recomendados para a Semana Santa

REDAÇÃO CENTRAL, 11 Abr. 19 / 12:00 pm (ACI).- A Semana Santa é um período propício para conhecer e refletir mais sobre o sentido de ser cristão, o que é melhor com a ajuda de um bom filme. A seguir, cinco obras cinematográficas com temática de fé que marcaram e mudaram a vida de muitos de seus telespectadores.

Ressurreição (2016)
De acordo com a Sony, “Ressurreição” apresenta “a épica história bíblica da ressurreição contada pelos olhos de um incrédulo. Clavius (Joseph Fiennes), um poderoso tribuno militar romano, e seu assistente, Lucius (Tom Felton), têm a tarefa de resolver o mistério do que aconteceu com Jesus nas semanas seguintes a crucificação, a fim de refutar os rumores de um Messias ressuscitado e evitar uma revolta em Jerusalém”.
A Paixão de Cristo (2004)
É uma adaptação dos últimos dias de Jesus Cristo realizada por Mel Gibson. Filmado em latim e aramaico, idiomas que Jesus falou, e projetado em todo o mundo em versão original por desejo do diretor, o filme atraiu a atenção de todos pela crueza e realismo de suas imagens.
Ben Hur (1959)
William Wyler assinou uma épica superprodução protagonizada por Charlton Heston, Stephen Boyd e Jack Hawkins que obteve onze prêmios Oscar. Narra a história de dois velhos amigos que se enfrentam e na qual não se mostra o rosto de Jesus Cristo, embora sua presença marque toda a vida de Judah Ben-Hur.
Um remake deste filme estreará ainda este ano, dirigido por Timur Bekmambetov e com Jack Huston como o personagem principal. O brasileiro Rodrigo Santoro também faz parte do elenco, no papel de Jesus Cristo. O primeiro trailer deste remake foi divulgado na semana passada.
Jesus de Nazaré (1977)
Embora se trate de uma minissérie de televisão e não de um filme, o trabalho de Franco Zeffirelli é talvez o melhor relato sobre o nascimento, feitos e morte de Jesus Cristo. O Beato Paulo VI, depois de assistir essa produção, recebeu em audiência o diretor de cinema Franco Zeffirelli e agradeceu-lhe por este trabalho sobre a vida do Senhor. O Papa Francisco também recebeu o diretor na Casa Santa Marta em Audiência Privada na terça-feira, 15 de março.
Os Dez Mandamentos (1956)
Charlton Heston volta a aparecer neste épico com a adaptação da passagem de Moisés e os Dez Mandamentos, dirigida pelo lendário Cecil B. DeMille. A superprodução é de proporções bíblicas: possui quase quatro horas de duração e seus avançados efeitos especiais renderam um Oscar aos diretores. A cena da abertura do Mar Vermelho entrou para a história da sétima arte como uma das mais impressionantes do cinema até então.
Acompanhe também nosso recurso sobre a Semana Santa: http://www.acidigital.com/fiestas/semanasanta/
ACI Digital

Santa Bernadette Soubirous, a vidente da Virgem de Lourdes

REDAÇÃO CENTRAL, 16 Abr. 19 / 05:00 am (ACI).- “Sim, mãe querida, tu baixaste até a Terra e apareceste a humílima menina... Tu rainha do céu e da terra quiseste escolher-me porque era o que de mais frágil havia no mundo”, disse em uma ocasião Santa Bernadette Soubirus, a vidente da Virgem da Lourdes e cuja festa se celebra neste dia 16 de abril.

Santa Bernadette nasceu em 7 de janeiro de 1844 em Lourdes (França). Recebeu como nome de batismo Marie-Bernard, mas costumavam chamá-la pelo diminutivo “Bernardette”. Sua família padeceu a mais absoluta pobreza.
Bernadette ficou sob responsabilidade de sua ama, que a enviou ao pastoreio de ovelhas, mas isso dificultava que ela se preparasse para receber a Primeira Comunhão. Era a única menina de quase 14 anos que não tinha recebido a Eucaristia. Como era muito boa pastora, obrigaram-na a cuidar mais tempo das ovelhas.
Mais adiante, pediu aos seus pais para voltar para casa, porque queria receber a Primeira Comunhão e seus pais aceitaram. Com este desejo é que lhe aparece a Virgem de Lourdes, que chamava a si mesma “a Imaculada Conceição”.
Depois das aparições, a humilde jovem se manteve simples e modesta, sem procurar a agitação nem popularidade. Recebeu sua Primeira Comunhão em 3 de junho de 1858, no dia de Corpus Christi daquele ano.
Recebeu incompreensões, zombarias e quase sempre estava doente. Sofria de vômitos com sangue, asma crônica, tuberculose, aneurisma, dor de estômago, deterioração do osso, abcessos nos ouvidos e um tumor no joelho.
A Virgem havia dito a Santa Bernadette: “Não prometo fazer-te feliz neste mundo, mas sim no outro”.
Em 1860, as Irmãs da Caridade de Nevers, que serviam na escola e hospital, ofereceram a ela asilo. Lá, foi designada uma irmã que lhe ensinou a ler e escrever. Ao crescer, Bernadette também passou por momentos de vaidade, buscando ter uma boa aparência, mas essas coisas passaram rápido e não prejudicaram sua simplicidade de coração.
Mais tarde, decidiu abraçar a vida religiosa e pediu para ser aceita pela Madre Superiora. Aos 22 anos, foi pela última vez à amada gruta para despedir-se, antes de ingressar no noviciado.
Sua saúde decaiu seriamente e a Madre Superiora quis lhe dar o consolo de que pronunciasse os votos. Durante a cerimônia, ela fez gestos de consentimento, porque não podia falar, e lhe deram o véu de professa. Na manhã seguinte, despertou feliz e a Madre Superiora lhe disse para remover o véu e ela humildemente aceitou.
Em 30 de outubro de 1867, fez seus votos temporários aos 23 anos e, em 1878, emitiu os votos perpétuos. Depois, sua saúde se deteriorou e voltou para a enfermaria. Ali, sofreu muito, superou a tentação de pensar que não poderia ser salva, não se deixou vencer e se manteve serena.
Padeceu durante a Semana Santa de 1879. Em 16 de abril, pediu às religiosas que rezassem o Rosário. Após a conclusão de uma Ave-Maria, seu rosto expressou um sorriso, como se visse de novo a Virgem da gruta e partiu para a Casa do Pai às 3h15.
“Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por mim pobre pecadora... pecadora”, foram suas últimas palavras. Seu corpo permanece incorrupto em sua capela em Nevers, com a aparência de estar adormecida.
ACI Digital

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Quinta-feira santa e a celebração da bênção dos Santos Óleos

Na próxima quinta-feira (18), a Igreja celebra a bênção dos Santos Óleos. É nesta última missa antes do tríduo pascal, mais conhecida como “Missa do Crisma”, que se abençoam os óleos que serão usados nas cerimônias sacramentais do Batismo, Crisma, Unção dos Enfermos (usado nas pessoas que se encontram doentes) e Ordenação.
Segundo o bispo de Santo André e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, dom Pedro Carlos Cipollini, os santos óleos representam o toque curativo de Deus na vida da pessoa.
“Na Bíblia o óleo aparece com vários significados neste sentido de aliviar a dor (parábola do bom samaritano) alimentar a lâmpada (parábola das virgens). Mas o óleo é também sinal de abundância e fraternidade. Jesus mandou os discípulos ungirem com óleo os doentes (Mc 6,13) ”, destaca.
Nesta mesma celebração também, os padres renovam junto ao bispo, os seus compromissos sacerdotais, gesto faz memória a instituição do Sacerdócio.
“É um momento de testemunhar a unidade do Bispo com seu clero e por isso chamamos da missa da Unidade. Mas com a distribuição dos óleos é também um testemunho do serviço ministerial do sacerdócio na administração dos sacramentos para o povo de Deus. O nome Cristo significa “consagrado por meio da Unção” e se somos cristãos é porque fomos ungidos no Cristo pelo batismo e confirmados na crisma e, assim fazemos parte de seu corpo, que é a Igreja”, explica o bispo de Rio Grande, Dom Ricardo Hoepers.
A unção com os óleos bentos vem do Antigo Testamento que era utilizada para consagrar os reis, sacerdotes e profetas. Segundo Dom Ricardo Hoepers, para os cristãos, o sentido dos óleos é que também participamos do sacerdócio de Cristo, e somos com ele mortos, sepultados e ressuscitados. Por isso essa liturgia se insere antes do Tríduo Pascal que irá celebrar esses mistérios.
“O óleo é vida e Cristo é a vida plena. Essa vida de Cristo é participada pelo sacerdócio ministerial e distribuída através dos sinais sacramentais do Batismo, Crisma e Unção dos enfermos”, ressalta o bispo de Rio Grade.
Sobre os Santos Óleos
Para que todos tenham uma compreensão bem clara, a diocese de Santo André preparou um resumo com o significado de cada óleo.
Óleo do Crisma
Significa a plenitude do Espírito Santo, revelando que o cristão deve irradiar “o bom perfume de Cristo”. É usado no sacramento da Confirmação (Crisma) quando o cristão é confirmado na graça e no dom do Espírito Santo, para viver como adulto na fé. Este óleo também usado no sacramento da ordem, (Sacerdotes) para ungir os “escolhidos” que irão trabalhar no anúncio da Palavra de Deus, conduzindo o povo e santificando-o no ministério dos sacramentos.
Óleo dos Catecúmenos
Significa a libertação do mal, a força de Deus que penetra no catecúmeno, libertação e preparação para o nascimento pela água e pelo Espírito, para os que irão receber o Batismo, sejam adultos ou crianças, antes do rito da água.
Óleo dos Enfermos
É usado no sacramento dos enfermos, conhecido como “extrema-unção”. Ele simboliza a força do Espírito de Deus para a provação da doença, para o fortalecimento da pessoa na doença e no sofrimento, ao mesmo tempo em que tem todo um significado de preparação da passagem desta vida para a vida eterna.
Dom Pedro Carlos Cipollini, Bispo de Santo André-SP
Dom Ricardo Hoepers, Bispo de Rio Grande-RS
CNBB

domingo, 14 de abril de 2019

Domingo de Ramos: Bendito o que vem em nome do Senhor!

REDAÇÃO CENTRAL, 14 Abr. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 14 de abril, a Igreja celebra o Domingo de Ramos, dando início à Semana Santa. O Evangelho do dia corresponde à leitura de São Lucas. O primeiro (Lc 19,28-40), lido antes da procissão, narra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, já o segundo (Lc 22,14-23,56) traz a narração da Paixão de Cristo.

A seguir, leia os Evangelhos deste Domingo de Ramos:
Lc 19,28-40
Naquele tempo, Jesus caminhava à frente dos discípulos, subindo para Jerusalém. Quando se aproximou de Betfagé e Betânia, perto do monte chamado das Oliveiras, enviou dois de seus discípulos, dizendo: 30“Ide ao povoado ali na frente. Logo na entrada encontrareis um jumentinho amarrado, que nunca foi montado. Desamarrai-o e trazei-o aqui. Se alguém, por acaso, vos perguntar: ‘Por que desamarrais o jumentinho?’, respondereis assim: ‘O Senhor precisa dele’”. Os enviados partiram e encontraram tudo exatamente como Jesus lhes havia dito. Quando desamarravam o jumentinho, os donos perguntaram: “Por que estais desamarrando o jumentinho?” Eles responderam: “O Senhor precisa dele”. E levaram o jumentinho a Jesus. Então puseram seus mantos sobre o animal e ajudaram Jesus a montar. E enquanto Jesus passava, o povo ia estendendo suas roupas no caminho.
Quando chegou perto da descida do monte das Oliveiras, a multidão dos discípulos, aos gritos e cheia de alegria, começou a louvar a Deus por todos os milagres que tinha visto. Todos gritavam: “Bendito o rei, que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas alturas!”
Do meio da multidão, alguns dos fariseus disseram a Jesus: “Mestre, repreende teus discípulos!” Jesus, porém, respondeu: “Eu vos declaro: se eles se calarem, as pedras gritarão”.
Mc 15,1-39 – Forma breve
Narrador 1: Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo + segundo Lucas.
Naquele tempo, toda a multidão se levantou e levou Jesus a Pilatos. Começaram então a acusá-lo, dizendo:
Ass.: “Achamos este homem fazendo subversão entre o nosso povo, proibindo pagar impostos a César e afirmando ser ele mesmo Cristo, o Rei”.
Narrador: Pilatos o interrogou:
Leitor 1: “Tu és o rei dos judeus?”
Narrador: Jesus respondeu, declarando:
Pres.: “Tu o dizes!”
Narrador: Então Pilatos disse aos sumos sacerdotes e à multidão:
Leitor 1: “Não encontro neste homem nenhum crime”.
Narrador: Eles, porém, insistiam:
Ass.: “Ele agita o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia, onde começou, até aqui”.
Narrador: Quando ouviu isto, Pilatos perguntou:
Leitor 1: “Este homem é galileu?”
Narrador: Ao saber que Jesus estava sob a autoridade de Herodes, Pilatos enviou-o a este, pois também Herodes estava em Jerusalém naqueles dias. Herodes ficou muito contente ao ver Jesus, pois havia muito tempo desejava vê-lo. Já ouvira falar a seu respeito e esperava vê-lo fazer algum milagre. Ele interrogou-o com muitas perguntas. Jesus, porém, nada lhe respondeu.
Os sumos sacerdotes e os mestres da Lei estavam presentes e o acusavam com insistência. Herodes, com seus soldados, tratou Jesus com desprezo, zombou dele, vestiu-o com uma roupa vistosa e mandou-o de volta a Pilatos. Naquele dia Herodes e Pilatos ficaram amigos um do outro, pois antes eram inimigos.
Então Pilatos convocou os sumos sacerdotes, os chefes e o povo, e lhes disse:
Leitor 1: “Vós me trouxestes este homem como se fosse um agitador do povo. Pois bem! Já o interroguei diante de vós e não encontrei nele nenhum dos crimes de que o acusais; nem Herodes, pois o mandou de volta para nós. Como podeis ver, ele nada fez para merecer a morte. Portanto, vou castigá-lo e o soltarei”.
Narrador: Toda a multidão começou a gritar:
Ass.: “Fora com ele! Solta-nos Barrabás!”
Narrador: Barrabás tinha sido preso por causa de uma revolta na cidade e por homicídio.Pilatos falou outra vez à multidão, pois queria libertar Jesus. Mas eles gritaram:
Ass.: “Crucifica-o! Crucifica-o!”
Narrador: E Pilatos falou pela terceira vez:
Leitor 1: “Que mal fez este homem? Não encontrei nele nenhum crime que mereça a morte. Portanto, vou castigá-lo e o soltarei”.
Narrador: Eles, porém, continuaram a gritar com toda a força, pedindo que fosse crucificado. E a gritaria deles aumentava sempre mais. Então Pilatos decidiu que fosse feito o que eles pediam. Soltou o homem que eles queriam — aquele que fora preso por revolta e homicídio — e entregou Jesus à vontade deles.
Enquanto levavam Jesus, pegaram um certo Simão, de Cirene, que voltava do campo, e impuseram-lhe a cruz para carregá-la atrás de Jesus. Seguia-o uma grande multidão do povo e de mulheres que batiam no peito e choravam por ele. Jesus, porém, voltou-se e disse:
Pres.: “Filhas de Jerusalém, não choreis por mim! Chorai por vós mesmas e por vossos filhos! Porque dias virão em que se dirá: ‘Felizes as mulheres que nunca tiveram filhos, os ventres que nunca deram à luz e os seios que nunca amamentaram’. Então começarão a pedir às montanhas: ‘Cai sobre nós! e às colinas: ‘Escondei-nos!’ Porque, se fazem assim com a árvore verde, o que não farão com a árvore seca?”
Narrador: Levavam também outros dois malfeitores para serem mortos junto com Jesus.Quando chegaram ao lugar chamado “Calvário”, ali crucificaram Jesus e os malfeitores: um à sua direita e outro à sua esquerda. Jesus dizia:
Pres.: “Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!”
Narrador: Depois fizeram um sorteio, repartindo entre si as roupas de Jesus. O povo permanecia lá, olhando. E até os chefes zombavam, dizendo:
Ass.: “A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo, se, de fato, é o Cristo de Deus, o Escolhido!”
Narrador: Os soldados também caçoavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre,e diziam:
Ass.: “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!”
Narrador: Acima dele havia um letreiro:
Leitor 2: “Este é o Rei dos Judeus”.
Narrador: Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo:
Leitor 2: “Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!”
Narrador: Mas o outro o repreendeu, dizendo:
Leitor 1: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? Para nós, é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal”.
Narrador: E acrescentou:
Leitor 1: “Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado”.
Narrador: Jesus lhe respondeu:
Pres.: “Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso”.
Narrador: Já era mais ou menos meio-dia e uma escuridão cobriu toda a terra até as três horas da tarde, pois o sol parou de brilhar. A cortina do santuário rasgou-se pelo meio,e Jesus deu um forte grito:
Pres.: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”.
Narrador: Dizendo isso, expirou.
(Aqui todos se ajoelham e faz-se uma pausa.)
Narrador: O oficial do exército romano viu o que acontecera e glorificou a Deus, dizendo:
Leitor 1: “De fato! Este homem era justo!”
Narrador: E as multidões, que tinham acorrido para assistir, viram o que havia acontecido e voltaram para casa, batendo no peito. Todos os conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que o acompanhavam desde a Galileia, ficaram a distância, olhando essas coisas.
ACI Digital

sábado, 13 de abril de 2019

O que celebramos no Domingo de Ramos?

REDAÇÃO CENTRAL, 13 Abr. 19 / 06:00 am (ACI).- Com o Domingo de Ramoscomeça a Semana Santa. Neste dia é recordada a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém em meio a uma multidão que o aclamou como o Messias.

Este acontecimento pode ser lido no Evangelho de São Marcos, onde é anunciada a Paixão.
A primeira tradição litúrgica deste dia corresponde à de Jerusalém. Nela, recordamos o gesto profético de Jesus que ingressa como Rei da paz, e o Messias que foi aclamado e depois condenado para o comprimento das profecias.
No Evangelho de São Marcos, narra-se que as pessoas cobriam o caminho por onde Cristo passaria e gritavam: “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito seja o reino que vem, o reino de nosso pai Davi! Hosana no mais alto dos céus!”.
As cerimônias principais do dia são a bênção dos ramos, a procissão, a Missa e, durante a Missa, o relato da Paixão.
Os fiéis que participaram da procissão, que data do século IV em Jerusalém, devem levar nas mãos ramos de palmas, oliveiras ou outras árvores e entoar cantos adequados. Os sacerdotes e os ministros, levando também ramos, devem ir à frente do povo.
Não se pode esquecer que a bênção dos ramos acontece antes da procissão e que se deve instruir os fiéis cristãos a guardarem os ramos abençoados em suas casas junto com as cruzes ou quadros religiosos que tenham em seus lares, como recordação da vitória pascal do Senhor Jesus.
A segunda tradição litúrgica é a de Roma, a qual nos convida a entrar conscientemente na Semana Santa da Paixão gloriosa e amorosa de Cristo, antecipando a proclamação do mistério no Evangelho de Marcos.
Para o bem espiritual dos fiéis, convém que se leia por inteiro a narração da Paixão e que não se omitam as leituras que a precedem. Terminada a narração da Paixão, não se deve omitir a homilia.
ACI Digital

sexta-feira, 12 de abril de 2019

São José Moscati, o “médico dos pobres”

Braga, 12 Abr. 19 / 05:00 am (ACI).- São José Moscati foi um pesquisador científico e professor universitário que atendia gratuitamente os necessitados, especialmente crianças e idosos. É conhecido como o “médico dos pobres” e sua devoção é notória em Nápoles, a segunda cidade mais povoada da Itália.

Após a morte de seu irmão, começou a amadurecer sua paixão pela medicina e, por isso, decidiu se matricular na Universidade de Nápoles Federico II em 1897. Ao término de seus estudos, graduou-se com honras.
Naquela época, José costumava se levantar muito cedo para ir à Missa e receber a comunhão. Depois, dirigia-se às colônias pobres para ver alguns enfermos e, às 8h30, iniciava o trabalho no hospital. Nunca cobrou dinheiro aos pobres, aos quais ajudava sempre com um sorriso e sem fazer-se notar.
Faleceu em 12 de abril de 1927, perto de completar 47 anos, após uma vida de serviço aos necessitados. O povo de Nápoles imediatamente o reconheceu como “o médico santo”  e os pobres choraram sua perda.
Entre os primeiros que foram rezar diante de seu corpo esteve o Cardeal Ascalesi, que ante os presentes disse: “O doutor pertenceu à Igreja; não daqueles que curou o corpo, mas daqueles que salvou a alma e que saíram ao seu encontro enquanto subia ao céu”.
Foi beatificado em 1975 pelo Beato Paulo VI e canonizado graças ao milagre da cura de leucemia do jovem José Montefusco, em 1979. Foi canonizado por São João Paulo II em 25 de outubro de 1987.
ACI Digital

quarta-feira, 10 de abril de 2019

Não há pior pecado que o orgulho, afirma o Papa Francisco

Foto: Lucía Ballester/ACI group
Vaticano, 10 Abr. 19 / 08:19 am (ACI).- De todos os pecados "o orgulho é a atitude mais negativa para a vida cristã", disse o Papa Francisco durante a audiência geral realizada na quarta-feira 10 de abril na Praça de São Pedro do Vaticano.
Em sua catequese, realizada sob uma forte chuva que não desanimou as dezenas de milhares de pessoas que encheram a Praça, o Santo Padre chamou a atenção para "a primeira verdade de toda oração: mesmo se fôssemos pessoas perfeitas, santos cristalinos que jamais se desviam de uma vida de bem, sempre seremos filhos que tudo devem ao pai".
Nesse sentido, explicou o Papa, é que devemos interpretar o pedido feito no Pai Nosso: "Perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores". As dívidas, explicou o Santo Padre são precisamente "os pecados, as coisas ruins que este causa".
Por esta razão, "a atitude mais perigosa de toda vida cristã é o orgulho. É a atitude de quem se coloca diante de Deus sempre achando que as contas com Ele estão em ordem. O orgulhoso sempre acha que está tudo bem ".
"As pessoas que se acham perfeitas, as que criticam os outros, são gente orgulhosa. Nenhum de nós é perfeito, nenhum", enfatizou.
Pelo contrário, "há pecados que nós vemos e pecados que não são vistos. Há enormes pecados que fazem muito ruído, mas há pecados sutis que se aninham no coração sem que sequer nos precatemos deles."
O pior destes pecados é o orgulho, pois "pode infectar mesmo aqueles que vivem uma vida religiosa intensa." A Soberba "é o pecado que divide a fraternidade, que nos faz orgulhar-nos de ser melhor do que outros, que nos faz acreditar que somos como Deus."
E ainda, "diante de Deus somos todos pecadores." Mas acima de tudo, "somos devedores, porque, nesta vida, recebemos muito: a existência, um pai e uma mãe, amizades, as maravilhas da criação ... Mesmo que todos nós passemos por dias difíceis, devemos sempre lembrar que a vida é uma graça".
Em segundo lugar, "somos devedores, porque, mesmo conseguindo amar o próximo, nenhum de nós é capaz de fazê-lo apenas com suas forças. Nenhum de nós brilha com luz própria. "
"Se você ama é porque alguém, alguém fora de si mesmo, sorriu para você quando você era uma criança, ensinando-lhe responder com um sorriso. Se você ama é porque alguém ao seu lado te despertou para o amor, fazendo que você entenda que nele está o sentido da existência".
O Papa concluiu afirmando: "Nós amamos, especialmente porque fomos amados; Nós perdoamos porque fomos perdoados. E se alguém não foi iluminado pela luz solar, este torna-se gélido como a terra durante o inverno".
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF