Cap. 40 - O filho pródigo (o desapego dos bens
mundanos)
Depois de
deixar o vilarejo, Jesus e seus amigos se dirigem à cidade de Lívias. O
Nazareno decide contar aqui a parábola que, mais do que qualquer outra,
descreve o amor fiel e infinito de Deus pelos seus filhos que haviam sido
infiéis. Começa a narrar: “Um homem tinha dois filhos. O mais jovem disse ao
pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe. E o pai dividiu os bens entre
eles”. “Poucos dias depois, ajuntando todos os seus haveres, o filho
mais jovem partiu para uma região longínqua e ali dissipou sua herança numa
vida devassa”.
Dilapida o
dinheiro recebido. Decide retornar, apesar de sua vergonha, apesar de seu medo
de ser rejeitado.
“Ele
estava ainda ao longe, quando seu pai viu-o, encheu-se de compaixão, correu e
lançou-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos”. “O filho, então,
disse-lhe: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não sou digno de ser
chamado teu filho’. Mas o pai disse aos seus servos: ‘Ide depressa, trazei a
melhor túnica e revesti-o com ela, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos
pés. Trazei o novilho cevado e matai-o; comamos e festejemos, pois este meu
filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi reencontrado!’. E
começaram a festejar.
“Seu filho mais velho estava no campo. Quando voltava, já perto de casa ouviu músicas e danças. Chamando um servo, perguntou-lhe o que estava acontecendo. Este lhe disse: ‘É teu irmão que voltou e teu pai matou o novilho cevado, porque o recuperou em saúde’. Então ele ficou com muita raiva e não queria entrar. Seu pai saiu para suplicar-lhe. Ele, porém, respondeu a seu pai: ‘Há tantos anos que eu te sirvo, e jamais transgredi um só dos teus mandamentos, e nunca me deste um cabrito para festejar com meus amigos. Contudo, veio esse teu filho, que devorou teus bens com prostitutas, e para ele matas o novilho cevado!”. Mas o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era preciso que festejássemos e nos alegrássemos, pois este teu irmão estava morto e tornou a viver; ele estava perdido e foi reencontrado!’.
O filho mais velho raciocinava de acordo com a lógica humana, percebia que era injusta a misericórdia demonstrada por seu pai. E o pai não apenas havia encontrado e acolhido o segundo filho, mas também o havia "devolvido" como irmão ao filho mais velho.
https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2024/05/03/15/137932316_F137932316.mp3
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/
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