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quarta-feira, 22 de maio de 2019

Santa Rita de Cássia, padroeira das causas impossíveis

REDAÇÃO CENTRAL, 22 Mai. 19 / 05:00 am (ACI).- Santa Rita de Cássia não teve uma vida fácil. Foi uma filha obediente e esposa fiel, mas maltratada por seu marido. Ficou viúva e viu seus filhos morrer. Entretanto, seu amor por Jesus Cristo a levou a ser a santa do impossível e padroeira dos necessitados por milagres que Deus realizou durante sua vida e depois de sua morte. Sua festa é celebrada neste dia 22 de maio.

Ela nasceu em 1381, na Itália, em um momento de conquista, rebeliões e corrupção. Como seus pais, era analfabeta, mas Deus lhe concedeu a graça de ler. Queria ser religiosa, mas seus pais escolheram um esposo e ela aceitou de forma obediente.
Seu marido tinha maus hábitos, bebia muito, era mulherengo e a maltratava. Mas, Santa Rita se manteve fiel na oração. Tiveram filhos gêmeos que possuíam o mesmo temperamento do pai. Após 20 anos de casamento, o marido se converteu, Rita o perdoou e, juntos, aproximaram-se ainda mais da vida de fé. Um dia, ele não voltou para casa e foi encontrado assassinado.
Os filhos juraram vingar a morte de seu pai e a dor de Santa Rita aumentou ainda mais. Nem suas súplicas os fizeram desistir. A mãe aflita rogou ao Senhor para salvar seus filhos e tirar suas vidas antes que eles mesmos se condenassem com um pecado mortal. Assim, ambos sofreram de uma terrível doença e antes de morrer perdoaram os assassinos.
Mais tarde, Santa Rita quis ingressar na congregação das Irmãs Agostinianas, mas não foi fácil, porque tinha sido casada e por causa da morte sombria de seu marido. Ela se colocou em oração e certa noite ouviu que a chamavam três vezes pelo nome. Ele abriu a porta e encontrou Santo Agostinho, São Nicolau de Tolentino e São João Batista, de quem era muito devota.
Eles pediram que ela os seguisse e, depois de percorrer as ruas, sentiu que a elevavam no ar e a empurravam suavemente para Cássia até se encontrar em cima do Mosteiro de Santa Maria Madalena. Ali, entrou em êxtase e quando voltou a si estava dentro do Mosteiro e as religiosas agostinianas não puderam negar mais o seu ingresso na comunidade.
Fez sua profissão religiosa no mesmo ano (1417) e foi colocada à prova com duras provações por parte de suas superioras. Santa Rita recebeu os estigmas e as marcas da coroa de espinhos na cabeça. Ao contrário de outros santos com este dom, as chagas dela exalavam um odor ruim e teve que viver isolada por muitos anos.
Depois de uma doença grave e dolorosa, partiu para a Casa do Pai em 1457. A ferida de espinho em sua testa desapareceu e no lugar ficou um ponto vermelho como um rubi, que tinha deliciosa fragrância. Seu corpo permanece incorrupto.
ACI Digital

terça-feira, 21 de maio de 2019

Três visitações, dois modelos, uma escolha...

Redação (Sexta-feira, 17-05-2019, Gaudium Press) São Lucas relata no seu Evangelho a encantadora cena do encontro da Virgem Maria com sua prima Isabel, as quais gestavam uma prole a elas confiada de forma milagrosa. O diálogo entre ambas é tão elevado que não se tornou apenas objeto de consideração ocasional por parte da Liturgia, mas deu origem a duas das principais orações da Santa Igreja.
Três visitações, dois modelos, uma escolha...Foto Arquivo GaudiumPress.jpg
As palavras de Santa Isabel figuram na Ave-Maria, e a resposta de Nossa Senhora converteu-se no cântico de ação de graças por antonomásia. Hino paradigmático da perfeita restituição a Deus, o Magnificat é tão rico em ensinamentos que até hoje se explicitam sobre ele novos tesouros.
O encontro destas duas santas mulheres constitui também um exemplo de excelência no convívio humano. Elas não estão preocupadas com a opinião dos outros a seu respeito; não desejam brilhar na sociedade, possuir muitos bens ou ocupar altos cargos.
Na consideração que uma tem da outra, nada entra de meramente humano:
tudo é sobrenatural. O relacionamento entre elas se estabelece em função de Deus. Assim, enquanto Isabel se julga indigna de ser visitada pela Mãe de seu Senhor (cf. Lc 1, 43), Maria remete seu louvor ao Altíssimo, que n'Ela realizou maravilhas (cf. Lc 1, 49)... Há admiração mútua, sem dúvida, mas toda ela orientada para o Céu!
No mesmo Evangelho encontramos outro episódio, também de visitação, mas muito diferente. Trinta e três anos mais tarde, Nosso Senhor avista Jerusalém - a cidade eleita e amada, palco de suas pregações e onde em breve Ele seria morto - e pronuncia entre lágrimas esta terrível sentença: "Não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não conheceste o tempo em que foste visitada" (Lc 19, 44). Com efeito, o Filho Unigênito tinha deixado a glória do Padre Eterno para visitar seu povo e "os seus não O receberam" (Jo 1, 11)...
De outro lado, alguns comentaristas chamam nossa atenção para uma terceira visita: aquela que Deus Se propõe fazer ao coração de cada homem. Ela costuma acontecer através dos Sacramentos, muito especialmente o da Eucaristia, mas às vezes se dá por meios surpreendentes. Pode ser acompanhada de alegria e consolação, ou vir, pelo contrário, com a prova, a doença e a dor.
No encontro de Maria com Isabel temos um exemplo de perfeição, e na rejeição do Redentor por parte dos seus, um exemplo de perversidade. Diante desses dois modelos, cabe nos perguntarmos: como será a visita de Deus aos nossos corações?
Dependerá de cada um...
Quantas visitas nos oferece o Criador a todo momento! Mas os efeitos de sua
divina presença variarão de acordo com a atitude tomada ao recebermos o Hóspede das almas. Muitos rejeitam suas visitas, outros as desaproveitam, e poucos são os que O acolhem com alegria. Quando alguém ouve a voz do Senhor e Lhe abre a porta de sua casa, Ele entra para cearem juntos (cf. Ap 3, 20).
Não sejamos nós ingratos, mas - como Isabel - recebamos de coração aberto a visita de Deus e de Maria Santíssima!

segunda-feira, 20 de maio de 2019

12 regras de ouro para portar-se bem durante a Missa

Imagem referencial / Crédito: ACI Prensa
REDAÇÃO CENTRAL, 20 Mai. 19 / 06:00 am (ACI).- A fim de aproveitar ao máximo os grandes frutos espirituais que se recebe na Missa é necessário participar da celebração com reverência.
A seguir, confira 12 regras de ouro ou conselhos práticos que servem para aproveitar a Missa e participar, ativa e reverentemente, na Eucaristia.
1. Não use o celular: Você não precisa dele para falar com Deus
Os celulares nunca devem ser usados na Missa para fazer ligações ou enviar mensagens de texto. É possível atender um telefonema de emergência, mas do lado de fora do templo. Por outro lado, é possível usar o telefone para leituras espirituais ou orações, embora seja necessário ser discreto.
2. Fazer jejum antes da Celebração Eucarística
Consiste em deixar de comer qualquer alimento ou tomar algo, pelo menos uma hora antes da Sagrada Comunhão, com exceção da água e dos remédios.
Os doentes podem comungar embora tenham tomado algo neste período antes da Missa. O objetivo do jejum é ajudar na preparação para receber Jesus na Eucaristia.
3. Não comer nem beber na Igreja
As exceções seriam: uma bebida para crianças pequenas ou leite para os bebês, água para o sacerdote ou para as pessoas do coral (com discrição) e para os doentes.
Levar um aperitivo à igreja não é apropriado, porque o templo é um lugar de oração e de reflexão.
4. Não mascar chiclete
Ao fazer isso, rompe-se o jejum, ocorre uma distração, está sendo indelicado em um ambiente formal e não ajuda na oração.
5. Não usar chapéu
É falta de educação usar um chapéu dentro de uma Igreja. Embora esta seja uma norma cultural, deve ser cumprida. Assim como tiramos o chapéu quando se faz um juramento, assim se deve fazer na Igreja como um sinal de respeito.
6. Fazer o sinal da cruz com água benta ao entrar e sair do templo
Esta é uma forma de recordar o Batismo, sacramento pelo qual renascemos para a vida divina e nos tornamos filhos de Deus e membros da Igreja. É necessário estar plenamente consciente do que acontece ao fazer o sinal da cruz e se deve fazer pronunciando alguma oração.
7. Vestir-se com modéstia
Os católicos são convidados a participar da Eucaristia vestidos adequadamente, pois, se normalmente se vestem bem para ir a uma festa ou a algum outro tipo de compromisso, não há razão para não fazer a mesma coisa na Missa.
8. Chegar alguns minutos antes do início da Missa
Se por algum motivo não consegue chegar a tempo, é recomendável sentar-se na parte de trás para não incomodar as outras pessoas. Chegar à Missa cedo permite rezar e se preparar melhor para receber Cristo.
9. Ajoelhar-se diante do Sacrário ao entrar e sair do templo
Ao permitir que o nosso joelho toque o chão, reconhecemos que Cristo é Deus. Se alguém é fisicamente incapaz de se ajoelhar, então, fazer um gesto de reverência é suficiente. Durante a Missa, se passamos diante do altar ou do tabernáculo, devemos inclinar a cabeça com reverência.
10. Permanecer em silêncio durante a celebração
Ao ingressar no templo, deve-se guardar silêncio. Se tiver algo para falar, faça de forma silenciosa e breve. Lembre-se de que manter uma conversa pode incomodar alguém que está rezando.
Se tiver uma criança ou um bebê, pode se sentar perto de uma saída para qualquer contratempo.
Recorde que não há razão para sentir vergonha por ter que acalmar o controlar seu filho, dentro ou fora da igreja. Ensine-os a se comportar, especialmente com seu próprio exemplo.
11. Inclinar-se ao receber a Comunhão
Se diante de você está Deus, então pode mostrar respeito inclinando a cabeça como reverência. Se desejar, pode fazer uma genuflexão. Esta é uma prática antiga que continua até os dias de hoje.
12. Espere que a Missa termine
Devemos permanecer na Missa até a bênção final. Lembre-se de que um dos mandamentos da Igreja é participar da Missa nos domingos e festa de guarda.
É um bom hábito, embora não seja obrigatório, oferecer uma oração de ação de graças depois da celebração.
Finalmente, a saída deve ser em silêncio para não incomodar as outras pessoas que desejam permanecer no templo rezando.
ACI Digital

São Bernardino de Sena, propagador do amor ao Nome de Jesus

REDAÇÃO CENTRAL, 20 Mai. 19 / 05:00 am (ACI).- “O Nome de Jesus é a luz dos pregadores porque ilumina com o seu esplendor os que anunciam e os que ouvem a sua palavra”, dizia São Bernardino de Sena, grande propagador do amor ao Santíssimo Nome de Jesus.

São Bernardino nasceu na Itália em 1380, ficou órfão e foi criado por uma tia. Desde pequeno, gostava de montar altares e imitar os pregadores. Em sua adolescência, era cuidadoso em seu comportamento e buscava manter a pureza.
Quando tinha 20 anos, uma grande peste se abateu sobre a região. Ele e seus amigos foram ao hospital servir aos enfermos até que a epidemia terminou. Mais tarde, fez parte da Ordem dos Frades Menores, foi ordenado sacerdote e converteu muitos com sua pregação.
Como pregador da devoção ao Santíssimo Nome de Jesus e à Eucaristia, costumava carregar uma pequena imagem da hóstia consagrada com raios e no centro o monograma IHS, que o santo ajudou a popularizar como símbolo da Eucaristia.
Entre as duras provas que teve que enfrentar, esteve a suspensão como pregador que recebeu do Papa Martinho V, fato em que interveio São João Capistrano, que o ajudou a arrumar sua situação.
Foi um grande reformador da Ordem Franciscana, fundou mais de 200 mosteiros e rejeitou três episcopados.
Ao final de sua vida, São Pedro Celestino apareceu a ele para avisá-lo de que sua morte estava perto. Partiu para a Casa do Pai em 1444 e foi canonizado seis anos depois.
ACI Digital

domingo, 19 de maio de 2019

5º Domingo da Páscoa – Ano C

TEMA
O  tema  fundamental  da  liturgia  deste  domingo  é  o  do  amor:  o  que  identifica  os seguidores de Jesus é a capacidade de amar até ao dom total da vida.
No Evangelho, Jesus despede-Se dos seus discípulos e deixa-lhes em testamento o
“mandamento novo”: “amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei”. É nessa entrega radical da vida que se cumpre a vocação cristã e que se dá testemunho no mundo do amor materno e paterno de Deus.
Na  primeira  leitura  apresenta-se  a vida  dessas  comunidades  cristãs  chamadas  a viver no amor. No meio das vicissitudes e das crises, são comunidades fraternas, onde os irmãos se ajudam, se fortalecem uns aos outros nas dificuldades, se amam e dão testemunho do amor de Deus. É esse projeto que motiva Paulo e Barnabé e é essa proposta  que eles levam, com a generosidade  de quem ama, aos confins  da Ásia Menor.
segunda leitura apresenta-nos a meta final para onde caminhamos: o novo céu e a nova terra, a realização  da utopia, o rosto final dessa comunidade  de chamados  a viver no amor.
LEITURA I – At 14, 21b-27

ATUALIZAÇÃO
Para refletir, partilhar e atualizar este texto, considerar as seguintes linhas:
♦  Como  é que  vivem  as  nossas  comunidades  cristãs?  Notamos  nelas  o mesmo empenho missionário dos inícios? Há partilha fraterna e preocupação em ir ao encontro dos mais débeis, em apoiá-los e ajudá-los a superar as crises e as angústias?  São comunidades  que se fortalecem  com uma vida de oração e de diálogo com Deus?
♦  Temos consciência de que por detrás do nosso trabalho e do nosso testemunho está Deus? Temos consciência de que o anúncio do Evangelho não é uma obra nossa, na qual expomos  as nossas  ideias e a nossa ideologia,  mas é obra de Deus? Temos consciência de que não nos pregamos a nós próprios, mas a Cristo libertador?
♦Para aqueles que têm responsabilidades de direcção ou de animação das comunidades: a missão que lhes foi confiada não é um privilégio, mas um serviço que está subordinado  à construção  da própria  comunidade.  A comunidade  não existe  para  servir  quem  preside;  quem  preside  é  que  existe  em  função  da comunidade e do serviço comunitário.
LEITURA II – Ap 21,1-5a

ATUALIZAÇÃO
Para a reflexão desta Palavra, considerar os seguintes dados:
♦  O testemunho  profético  de  João  garante-nos  que  não  estamos  destinados  ao fracasso, mas sim à vida plena, ao encontro com Deus, à felicidade sem fim. Esta esperança tem de iluminar a nossa caminhada e dar-nos a coragem de enfrentar os dramas e as crises que dia a dia se nos apresentam.
♦  A Igreja de que fazemos parte tem de procurar ser um anúncio dessa comunidade escatológica, uma “noiva” bela e que caminha com amor ao encontro de Deus, o amado. Isto significa que o egoísmo, as divisões, os conflitos, as lutas pelo poder, têm de ser banidos da nossa experiência eclesial: eles são chagas que desfeiam o rosto da Igreja e a impedem de dar testemunho do mundo novo que nos espera.
♦  É verdade que a instauração plena do “novo céu e da nova terra” só acontecerá quando  o mal for vencido  em definitivo;  mas essa nova realidade  pode e deve começar  desde já: a ressurreição  de Cristo convoca-nos  para a renovação  das nossas vidas, da nossa comunidade cristã ou religiosa, da sociedade e das suas estruturas, do mundo em que vivemos (e que geme num violento esforço de libertação ).
EVANGELHO – Jo 13,31-33a.34-35

ATUALIZAÇÃO
Considerar, na reflexão da Palavra, as seguintes linhas:
♦  A proposta  cristã  resume-se  no  amor.  É o amor  que  nos  distingue,  que  nos identifica; quem não aceita o amor, não pode ter qualquer pretensão de integrar a comunidade de Jesus. O que é que está no centro da nossa experiência cristã? A nossa religião é a religião do amor, ou é a religião das leis, das exigências, dos ritos externos? Com que força nos impomos no mundo – a força do amor, ou a força da autoridade prepotente e dos privilégios?
♦  Falar de amor hoje pode ser equívoco… A palavra “amor” é, tantas vezes, usada para definir comportamentos egoístas, interesseiros, que usam o outro, que fazem mal, que limitam horizontes, que roubam a liberdade… Mas o amor de que Jesus fala  é o amor  que  acolhe,  que  se  faz  serviço,  que  respeita  a dignidade  e a liberdade do outro, que não discrimina nem marginaliza, que se faz dom total (até à morte) para que o outro tenha mais vida. É este o amor que vivemos e que partilhamos?
♦  Por um lado, a comunidade de Jesus tem de testemunhar, com gestos concretos, o amor de Deus; por outro, ela tem de demonstrar que a utopia é possível e que os homens podem ser irmãos. É esse o nosso testemunho de comunidade cristã ou religiosa?  Nos  nossos  comportamentos  e atitudes  uns  para  com  os  outros,  os homens descobrem  a presença do amor de Deus no mundo? Amamos mais do que  os  outros  e  interessamo-nos  mais  do  que  eles  pelos  pobres  e  pelos  que sofrem?

www.dehonianos.org

As palavras da Virgem Maria na Bíblia que questionam o mundo hoje


Anunciación / Crédito: Wikipedia - Bartolome Esteban Murillo (Dominio público)


REDAÇÃO CENTRAL, 19 Mai. 19 / 05:00 am (ACI).- Nos Evangelhos, encontra-se pouco do que a Virgem Maria falou, porém, quando aparecem citações de suas palavras, é possível apreciar que essas não geram apenas uma reação do Senhor, mas também questionam ao mundo de hoje. São João Paulo II nos ofereceu uma profunda reflexão sobre cada uma delas.
A Anunciação (Lc 1,26-38)
As primeiras palavras da Virgem são contadas por São Lucas quando o Anjo Gabriel visitou Maria e lhe revelou que conceberia Jesus. Ela perguntou: “Como se fará isso, pois não conheço homem?”. E o mensageiro divino, com paciência, explicou a ação do Espírito Santo. “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra”, respondeu Maria.
Sobre esta passagem, São João Paulo II escreve na Redemptoris Mater, parágrafo 13, que a Mãe de Deus “respondeu, pois, com todo o seu ‘eu’ humano e feminino. Nesta resposta de fé estava contida uma cooperação perfeita com a ‘prévia e concomitante ajuda da graça divina’ e uma disponibilidade perfeita à ação do Espírito Santo, o qual ‘aperfeiçoa continuamente a fé mediante os seus dons’”.
Visitación / Crédito: Wikipedia - Rafael Sanzio (Dominio público)
A visita a sua prima Isabel (Lc 1,39-56)
Maria, movida pela caridade, colocou-se a serviço de sua prima idosa Isabel. Nesse encontro familiar, Isabel a felicitou e a simples Virgem louvou a Deus e proclamou uma das orações mais excelsas do cristianismo, inspirada no Antigo Testamento: o Magnifica.
“Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhou para sua pobre serva...”.
“Com sua visita a Isabel, Maria realiza o prelúdio da missão de Jesus e, colaborando desde o começo de sua maternidade na obra redentora do Filho, transforma-se no modelo de quem na Igreja se coloca em caminho para levar a luz e a alegria de Cristo aos homens de todos os lugares e de todos os tempos” (São João Paulo II, Audiência Geral, 1996).
Jesús en el Templo / Crédito: Wikipedia - James Tissot (Dominio público)
Jesus é encontrado no Templo (Lc 2,41-52)
Quando Jesus tinha doze anos, ficou em Jerusalém e seus pais, não o achando na caravana, voltaram para busca-lo. Depois de três dias, encontraram-no no Templo dialogando com os doutores da lei e Maria lhe disse: “Meu filho, que nos fizeste? Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição”.
Jesus respondeu que tinha que se ocupar das coisas de seu Pai e a Virgem e São José não entenderam aquela resposta.
São João Paulo II explica que “Jesus tinha a consciência de que ‘só o Pai conhece o Filho’ (cf. Mt 11, 27); tanto assim, que até aquela a quem tinha sido revelado mais profundamente o mistério da sua filiação divina, a sua Mãe, vivia na intimidade com este mistério somente mediante a fé! Encontrando-se constantemente ao lado do Filho, sob o mesmo teto, e ‘conservando fielmente a união com o Filho’, Ela ‘avançava na peregrinação da fé’, como acentua o Concílio”.
Bodas de Caná / Crédito: Wikipedia - Cornelis De Baellieur (Dominio público)
Bodas de Caná (Jo 2,1-11)
Maria, como toda boa mãe, vivia preocupada para que não faltassem as coisas da casa e muito menos em um casamento. Foi assim que, em Caná, alertou seu Filho: “Eles já não têm vinho”. Com a confiança de saber que Jesus ajudaria, adiantou a “hora” do Senhor e deu uma mensagem aos servos e, nela, a todos os crentes: “Fazei o que ele vos disser”.
“Em Caná, graças à intercessão de Maria e à obediência dos servos, Jesus dá início à ‘sua hora’. Em Caná, Maria aparece como quem acredita em Jesus: a sua fé provoca da parte dele o primeiro ‘milagre’ e contribui para suscitar a fé dos discípulos” (São João Paulo II, Redemptoris Mater, 21).
Não há mais palavras de Maria na Bíblia, mas as que aparecem têm especial significado para cada geração e, por isso, São João Paulo II, em sua visita no ano 2000 à Basílica da Anunciação em Nazaré, expressou um de seus maiores desejos:
“Peço à Sagrada Família que inspire todos os cristãos a defender a família, a defender a família contra as numerosas ameaças que atualmente pesam sobre a sua natureza, a sua estabilidade e missão. Confio à Sagrada Família os esforços dos cristãos e de todas as pessoas de boa vontade a fim de defender a vida e promover o respeito pela dignidade de cada ser humano”.
ACI Digital

sábado, 18 de maio de 2019

Santa Rafaela Maria do Sagrado Coração, religiosa espanhola

REDAÇÃO CENTRAL, 18 Mai. 19 / 05:00 am (ACI).- “Dentro de Deus temos que estar e Dele receber tudo”, é uma frase de Santa Rafaela Maria do Sagrado Coração (ou Santa Rafaela Porras y Ayllón), uma religiosa e fundadora da congregação das Escravas do Sagrado Coração.

“A vida e a obra da Santa, se observarmos por dentro, são uma excelente apologia da vida religiosa, baseada na prática dos conselhos evangélicos, calcada no esquema ascético-místico tradicional, do qual a Espanha foi mestra com figuras tão imponentes como Santa Teresa, São João da Cruz, Santo Inácio de Loyola, São Domingos, São João D’Ávila e outros”, disse o Papa Paulo VI na Missa de canonização de Rafaela Porras y Ayllón.
A santa nasceu em 1º de março de 1850 no povoado espanhol de Pedro Abad, perto de Córdoba, no seio de uma família rica daquela época.
Aos 15 anos, fez seu voto perpétuo de castidade, dedicou-se à oração e a cuidar dos enfermos e necessitados, apesar da oposição de seus irmãos.
Nove anos depois, viajou para o convento das monjas clarissas em Córdoba para ter um período de reflexão. Em pouco tempo, fundou junto com sua irmã o Instituto de Adoradoras do Santíssimo Sacramento e Filhas de Maria Imaculada.
Depois, mudou-se com outras 16 religiosas para Madri, onde recebeu a aprovação diocesana em 1877. Dez anos mais tarde, o Papa Leão XIII aprovou a Congregação com o nome de Escravas do Sagrado Coração de Jesus.
Por unanimidade, foi eleita superiora geral e, em 4 de novembro de 1888, realizou sua profissão perpétua.
“A Madre Rafaela Maria dirige o novo Instituto durante 16 anos com grande dedicação e tato. Demonstra também claramente sua extraordinária profundidade espiritual e sua virtude heroica quando, por motivos infundados, tem que renunciar a direção de sua obra. Nesta humilhação aceita, morrerá em Roma, praticamente esquecida, no dia 6 de janeiro de 1925”, acrescentou Paulo VI na Missa de canonização desta santa.
Durante 30 anos, foi um membro anônimo em seu instituto, davam-lhe os trabalhos mais pesados, humilhavam-na e a isolaram até o dia de sua morte. Entretanto, seguiu vivendo com humildade e fazendo o que a ordenavam, embora tenha fundado sua Congregação.
O Papa Pio XII a beatificou no dia 18 de maio de 1952 e foi canonizada pelo Papa Paulo VI no dia 23 de janeiro de 1977.
Está sepultada na Casa Generalícia da Congregação em Roma e, como morreu no dia da Epifania, sua festa é celebrada no dia 18 de maio, data da sua beatificação e do translado de seus restos mortais.
ACI Digital

sexta-feira, 17 de maio de 2019

São Pascoal Bailão, o santo apaixonado pela Eucaristia

REDAÇÃO CENTRAL, 17 Mai. 19 / 05:00 am (ACI).- São Pascoal Bailão foi um frade franciscano que amou tanto e dedicou tantas horas de sua vida ao Santíssimo Sacramento, que foi declarado padroeiro dos Congressos Eucarísticos e Associações Eucarísticas por Leão XIII em 28 de novembro de 1897.

Embora este santo soubesse apenas ler e escrever, era capaz de expressar-se com grande eloquência sobre a presença de Jesus na Eucaristia. Tinha o dom da ciência infundida, ou seja, possuía um vasto conhecimento teológico sem nenhum estudo, o que surpreendeu seus mestres que costumavam fazer-lhe perguntas complexas.
Pascoal Bailão nasceu em Torre Hermosa, no reino de Aragão (Espanha), em 24 de maio de 1540. O dia de seu nascimento coincidiu com a festa de Pentecostes, chamada na Espanha “a Páscoa do Espírito Santo”, e por isso recebeu o nome de Pascoal.
Seus pais eram camponeses e ele também se dedicou a este ofício dos 7 aos 24 anos, quando ingressou no convento dos frades menores (franciscanos) de Albatera.
Por causa de sua pouca instrução, os franciscanos lhe deram ofícios humildes. Foi porteiro, cozinheiro, mensageiro e auxiliar de serviços gerais.
Dedicava seu tempo livre à Adoração Eucarística, de joelhos com os braços em cruz. Durante as noites, passava horas diante do Santíssimo Sacramento. Continuava sua adoração até tarde da noite e, de madrugada, chegava à capela antes que os demais.
Tempos depois, foi enviado a Paris para entregar sua carta ao superior geral da ordem e, no trajeto, “professou abertamente a verdade da Eucaristia entre os hereges e, por isso, teve que passar por graves provações” (Breve apostólico Providentissimus do Papa Leão XIII). Entre as provações, uma tentativa de assassinato.
Pascoal faleceu na Espanha em 15 de maio de 1592, durante o Domingo de Pentecostes, e sabe-se que realizou muitos milagres após sua morte.
Foi beatificado em 29 de outubro de 1618 pelo Papa Paulo V e canonizado em 16 de outubro de 1690 pelo Papa Alexandre VIII. Seu culto cresceu, sobretudo, em sua terra natal e no sul da Itália, também difundiu-se amplamente na Espanha e na América do Sul.
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São João Nepomuceno, mártir do segredo de confissão

REDAÇÃO CENTRAL, 16 Mai. 19 / 05:00 am (ACI).- São João Nepomuceno foi um exemplo da proteção ao sigilo sacramental: foi o primeiro mártir que preferiu morrer a revelar o segredo de confissão.

João Nepomuceno nasceu na Tchecoslováquia, entre os anos 1340-1350, em Nepomuk. Por isso que se diz o Nepomuceno. Obteve seu doutorado na Universidade de Pádua e foi pároco de Praga. Depois, foi nomeado Vigário Geral da Arquidiocese, porque o Cardeal o considerava um homem de confiança.
O santo foi confessor de Sofia da Baviera, a esposa do rei de Praga, Venceslau. Por isso, o rei, que tinha ataques de raiva e ciúmes, ordenou que lhe revelasse os pecados de sua mulher. A negativa do santo enfureceu Venceslau, que o ameaçou de assassinato se não lhe contasse os segredos.
Outro conflito entre Venceslau e João Nepomuceno aconteceu quando o monarca quis se apoderar de um convento para dar suas riquezas a um parente, mas o santo o proibiu, porque esses bens pertenciam à Igreja.
O rei ficou com raiva, o santo foi torturado e seu corpo lançado no rio Mondalva. Depois, os vizinhos recolheram o cadáver e o sepultaram religiosamente. Era o ano de 1393.
Devido à sua heroica atitude de preferir morrer a revelar um segredo de confissão, São João Nepomuceno foi considerado padroeiro dos confessores.
Também é considerado como protetor contra as calúnias e as inundações.
ACI Digital

quarta-feira, 15 de maio de 2019

Canonização da primeira santa brasileira é um dos processos mais rápidos da história

Irmã Dulce. Foto: Obras Sociais Irmã Dulce/Divulgação.
REDAÇÃO CENTRAL, 14 Mai. 19 / 02:54 pm (ACI).- O Brasil recebeu com alegria a notícia de que Irmã Dulce, o Anjo Bom da Bahia, como é conhecida a beata, será em breve elevada aos altares tornando-se a primeira mulher nascida no Brasil a ter seu nome inscrito no livro dos santos, graças ao reconhecimento de um segundo milagre atribuído à sua intercessão, apenas 27 anos após seu falecimento.
Segundo destaca o site Obras Sociais da Irmã Dulce (OSID), sua canonização será a terceira mais rápida da história recente da Igreja, “atrás apenas da santificação do Papa João Paulo II (9 anos após sua morte) e de Madre Teresa de Calcutá (19 anos após o falecimento da religiosa)”. Vale recordar que os mais rápidos da história dos santos lusófonos seguem sendo o de Santo Antônio de Lisboa (ou Santo Antônio de Pádua), canonizado 11 meses após seu falecimento no dia 30 de maio de 1232 e São Teotônio, canonizado 1 ano depois de sua morte ocorrida em 1162 pelo Papa Alexandre III.  
Com respeito ao segundo milagre, cujo reconhecimento foi divulgado há poucas horas pelo Vaticano, o site das Obras Sociais da futura santa, confirmou que o fato passou por três etapas de avaliação: “uma reunião com peritos médicos (que deram o aval científico), com teólogos, e, finalmente, a aprovação final do colégio cardinalício, tendo sua autenticidade reconhecida de forma unânime em todos os estágios”.
Embora ainda se desconheça os detalhes, a Arquidiocese de Salvador (BA) e as Obras Sociais da Irmã Dulce (OSID) confirmaram ao portal G1 de notícias que o milagre conseguido pela intercessão da beata baiana se tratou da cura de uma pessoa que recuperou a visão.
Como de praxe, a identidade da pessoa que recebeu a graça, o lugar onde reside e outros detalhes sobre as circunstâncias do milagre, permanecerão em reserva.
Este é o segundo milagre atribuído à Irmã Dulce, que se destacou pelo cuidado dos mais pobres, das crianças necessitadas e dos enfermos. O primeiro, que permitiu que a religiosa fosse proclamada Beata, foi reconhecido em outubro de 2010 e tratou-se da cura de uma mulher “que apresentava um quadro de forte hemorragia não controlável”, recorda o G1.
“Em um período de 18h, a mulher chegou a passar por três cirurgias, mas o sangramento não cessava. Contudo, sem nenhuma intervenção médica, e após pedir a intercessão de Irmã Dulce, a hemorragia subitamente parou e a paciente se recuperou”, acrescenta o site de notícias brasileiro.
Segundo o site das Obras Sociais da Irmã Dulce (OSID), “a freira baiana foi coroada como a primeira beata nascida na Bahia e passou a se chamar Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, tendo o dia 13 de agosto como data oficial de celebração de sua festa litúrgica”.
A Beata Irmã Dulce nasceu em Salvador (BA), no dia 26 de maio de 1914 e faleceu em 22 de maio de 1992 no convento Santo Antônio, junto dos doentes que ela cuidava. Seus restos mortais foram levados a uma capela dentro do Santuário dedicado à devoção da futura santa, localizado no bairro do Bonfim, na capital baiana.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF