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sábado, 5 de fevereiro de 2022

Querida Amazônia, cardeal Grech: uma carta de amor escrita para e com o Povo de Deus

Vatican News

Dois anos após a publicação da Exortação apostólica Querida Amazônia, de 2 de fevereiro de 2020, o secretário-geral do Sínodo dos Bispos se detém sobre este documento: "O sopro do Espírito de Deus que brota da presença de Cristo na Igreja Amazônica continua inspirando e desafiando, através do “transbordamento” de muitos frutos e dons."

Vatican News

Foi divulgada neste sábado (05/02), a declaração do secretário-geral do Sínodo, cardeal Mario Grech, por ocasião dos dois anos da publicação da Exortação Apostólica Querida Amazônia.

"Dois anos se passaram desde a publicação da Exortação Apostólica do Papa Francisco, Querida Amazônia (QA), em 2 de fevereiro de 2020. Hoje, depois das múltiplas respostas que este documento suscitou tanto na esfera eclesial quanto na civil, pode-se constatar com certeza o seguinte: dois dos elementos mais essenciais dentro desta Exortação são a vida dos povos que nela se plasmam e a promessa feita como Igreja de respeitar e honrar suas vozes na busca de uma autêntica conversão", sublinha o purpurado.

Querida Amazônia permanece sendo relevante

"Dar passos nessa direção leva tempo. Vimos que as sementes plantadas ao longo deste processo sinodal alcançaram um ponto de inflexão com a apresentação da Querida Amazônia", ressalta o cardeal Grech. "Algumas sementes ainda estão em processo de germinação, outras ainda não deram frutos, mas muitas cresceram, estão florescendo e seguirão dando vida por gerações futuras", frisa ele.

“Em tudo isso, Querida Amazônia permanece tão relevante agora quanto foi ao ser publicada. Continua sendo uma carta de amor escrita para e com o Povo de Deus que peregrina neste belo e ameaçado território; continua sendo uma carta que emana da gratidão do Papa Francisco pela força com que o Espírito Santo irrompe deste lugar teológico para iluminar e despertar o coração do mundo e da Igreja.”

"Esta carta", ressalta o cardeal Grech, "contém os quatro sonhos inadiáveis do Papa Francisco e da Igreja. Estes sonhos (sociais, culturais, ecológicos e eclesiais) encarnam um renascimento dos mais profundos convites do Concílio Vaticano II, fazendo da Querida Amazônia um meio adequado para conduzir a Igreja à conversão sinodal integral para a qual nos convida o Sínodo 2021-2023. Desde sua publicação, Deus continua manifestando-se no meio do mistério sagrado deste território na vida de seu povo e no testemunho de uma Igreja encarnada, santa e pecadora ao mesmo tempo. Deus se manifesta aqui apesar do medo de uns para mudar, ou do desejo de outros de impor uma visão ideológica".

A periferia é o centro

"Durante a preparação do Sínodo sobre a Amazônia, o Papa Francisco disse: "a periferia é o centro". Esta afirmação pode ser entendida como um elemento evangélico fundamental que pode lançar luz sobre os dois anos que se passaram desde a apresentação da Querida Amazônia", sublinha o purpurado.

“O que uma vez era descartado ou secundário neste território converteu-se em pedra angular, curando um mundo quebrado e criando novas possibilidades para a Igreja. Este caminho, onde os marginalizados se convertem em fonte de vida, é próprio do caminho de Jesus. As vozes do território amazônico estão mudando o modelo pastoral da Igreja Amazônica, convertendo-se em fonte de vida renovada para a Igreja e para o mundo.”

Segundo o cardal Grech, "o exercício de escutar este território e incorporar efetivamente estas vozes na determinação de projetos eclesiais fortalece a Igreja para que os discípulos de Cristo cresçam cada vez mais até se tornarem verdadeiros sujeitos de sua própria história. Hoje não se pode falar de sinodalidade sem a participação efetiva do santo povo fiel de Deus. Esta consciência é fonte de vida e inspiração para o atual Sínodo 2021-2023, Por uma Igreja Sinodal: comunhão, participação e missão".

Novo caminho para o discipulado peregrino da Igreja amazônica

O purpurado ressalta que "o estabelecimento canônico do Santo Padre (ad experimentum) da Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA) é um fruto do Sínodo sobre a Amazônia e Querida Amazônia, que abre um novo caminho para o discipulado peregrino e missionário da Igreja amazônica. A CEAMA articula as estruturas regionais da Igreja, incluindo o Conselho Episcopal Latino-americano e do Caribe (CELAM), a Confederação Latino-Americana e Caribenha de Religiosos e Religiosas (CLAR), a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), e CARITAS da América Latina e do Caribe.

Atualmente, as comissões e grupos de trabalho estão assumindo algumas das tarefas mais urgentes que Querida Amazônia propôs para a missão da Igreja. Estas comissões e grupos de trabalho têm a participação direta de diversas vozes dentro da Igreja. Desta forma, estas comissões são um meio pelo qual as propostas sinodais são guiadas e desenvolvidas de maneira orgânica e sinodal".

"O sopro do Espírito de Deus que brota da presença de Cristo na Igreja Amazônica continua inspirando e desafiando através do “transbordamento” de muitos frutos e dons. Neste 2º Aniversário da Querida Amazônia, este sopro do Espírito de Deus continua gerando nova vida para o bem da Igreja", conclui o cardeal Grech.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santa Águeda

Sta. Águeda | arquisp
05 de fevereiro

Santa Águeda (Ágata)

Pouco se sabe sobre a vida de Santa Águeda ou Ágata como também era chamada. Ela era italiana, nasceu por volta do ano 230 na Catânia, pertencia à uma família nobre e rica.

Muito bela, ainda na infância prometeu se manter casta para servir a Deus, na pobreza e humildade. Não quebrar essa promessa lhe custou a vida, porque o governador da Sicília se interessou pela casta jovem e a pediu em casamento. Águeda, recusou o convite, expondo seus motivos religiosos. Enraivecido, o político a enviou ao tribunal que a entregou a uma mulher de má conduta para desviá-la de Deus. Como isso não aconteceu, ela foi entregue aos carrascos para que fosse morta, por ser cristã.

As torturas narradas pelas quais passou a virgem são de arrepiar e estarrecer. Depois de esbofeteada e chicoteada, Águeda foi colocada sobre chapas de cobre em brasa e posteriormente mandada de volta à prisão.

Neste retorno, ela teve a graça de "ver" o Apóstolo São Pedro, o que a revitalizou na fé. Seus carrascos que esperavam vê-la fraquejar em suas convicções se surpreenderam com sua firmeza na fé, por isso a submeteram a outras cruéis torturas, desta vez com o desconjuntamento dos ossos e o dilaceramento dos seios. Foi arrastada por sobre cacos de vidros e carvões em brasa.

Depois de passar por esses tormentos, foi conduzida ao cárcere e ali morreu, enquanto rezava pedindo a Deus para parar a erupção do vulcão Etna, que iniciara bem na hora do seu martírio. Assim que ela expirou o vulcão se aquietou e as lavas cessaram. Até hoje o povo costuma pedir a sua intercessão para protegê-lo contra a lava do vulcão Etna, sempre que este começa a ameaçá-los. Santa Águeda é invocada contra os perigos do incêndio.

O martírio de Águeda aconteceu durante o império de Décio, no seu terceiro consulado, no ano de 251. Santa Águeda é uma das santas mais populares da Itália, e uma das mais conhecidas mártires do cristianismo dos primeiros séculos. Apenas Roma chegou a ter doze igrejas dedicadas à ela.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Das Homilias, de um autor espiritual do IV século

Evangelho do Reino

Das Homilias, de um autor espiritual do IV século

(Hom. 18,7-11: PG 34,639-642)

Oxalá sejais plenificados com toda a plenitude de Cristo!

Todos os que são considerados dignos de se tornarem filhos de Deus e renascerem do alto no Espírito Santo, trazendo em si a Cristo – que os ilumina e os regenera – são guiados de diversos modos pelo Espírito e conduzidos invisivelmente pela graça, tendo no coração a paz espiritual.

Às vezes, desfazem-se em lágrimas e gemidos pela humanidade, pelo gênero humano elevam preces e choram, ardendo de afeto por todos os homens.

Outras vezes, de tal maneira se inflamam pelo Espírito, com tamanho entusiasmo e amor, que, se possível fosse, acolheriam em seu coração todos os homens, sem distinção entre bons e maus.

Entretanto, outros, pela humildade dos seus espíritos, colocam-se abaixo de todos, julgando-se os mais abjetos e desprezíveis.

Por vezes, são guardados pelo Espírito numa alegria inefável.

Ora, eles são como um valente, que, revestido com toda a armadura do rei, desce para o combate e luta contra os fortes inimigos e os vence. Assim o homem espiritual, munido com as celestes armas do Espírito, ataca os adversários e, no fim da peleja, calca-os aos pés.

Ora, em absoluto silêncio, repousa a alma em paz e sossego, entregue unicamente ao gozo espiritual e a uma paz indizível, no perfeito contentamento.

Por vezes, por certa compreensão e sabedoria inefável e conhecimento secreto do Espírito, é instruído pela graça sobre coisas que a língua não consegue dizer.

De outras vezes, é como qualquer outra pessoa.

E assim a graça habita e age de várias maneiras na alma, renovando-a conforme a vontade divina, provando-a de modos diferentes para torná-la íntegra, irrepreensível e pura diante do Pai do céu.

Oremos, então, também nós a Deus, oremos no amor e imensa esperança de que ele nos concederá a celeste graça do dom do Espírito. A nós também o próprio Espírito nos governe e leve a realizar toda a vontade divina e nos restaure com a riqueza de sua paz a fim de que, conduzindo-nos e fazendo-nos viver sempre mais em sua graça e progresso espiritual, nos tornemos dignos de alcançar a perfeita plenitude de Cristo, segundo disse o Apóstolo: Para que sejais plenificados com toda a plenitude de Cristo.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

3 coisas que comprovam o poder da fé

Freedom Studio | Shutterstock
Por Luísa Rwstrepo

A fé nos dá a confiança profunda de que o que acontece é pelo poder de Deus, não pelas coisas humanas.

Quando falamos sobre fé, pensamos espontaneamente nas verdades e no poder da fé ou nos conceitos em que devemos acreditar.

Também a mencionamos quando nos referimos a dois grupos sociais definidos: os que creem e os que não creem.

De fato, é muito positivo promover o conhecimento da Palavra e das verdades da fé, mas é ainda melhor conhecer a fé em sua totalidade; tomar consciência de que ela é, antes de tudo, um abandono existencial em Jesus.

Saiba que, ao sermos batizados, não recebemos uma categoria eterna que nos mantém parados e finalizados com relação à nossa fé.

1A GRAÇA

A fé implica conhecer o caminho da graça, o caminho da abertura, da pequenez e da confiança. Um caminho que não é curto, mas é chamado a crescer constantemente.

Não é uma coisa fácil, nem pode se tornar um pretexto para acreditar que tudo está bem em nossas vidas.

Quantas vezes já percebemos que nos faz muito bem repetir:

“Eu creio Senhor, mas aumentai a minha fé.” (Mt 9,23)

2O EVANGELHO

Para aprofundar o que é a fé, é bom recorrer ao Evangelho. Nele vemos como Jesus mostra certa admiração pela fé de personagens que não pertencem ao povo de Israel, como o centurião ou a mulher cananeia.

Tanto o centurião quanto a mulher eram duas pessoas que estavam fora do conhecimento do único Deus ou da fé de Israel.

Mas, ao mesmo tempo, eram duas pessoas quepor não conhecerem Deus racionalmente ou por hábito, tinham uma clara consciência de sua pequenez.

Pode-se dizer que o poder da fé nos dá a confiança profunda de que o que acontece é pelo poder de Deus e não pelas coisas humanas.

É a confiança que nos permite saber que Jesus pode fazer maravilhas em nossas vidas se o permitirmos.

3A SOLIDEZ DE DEUS

Crer é apoiar-se na solidez de Deus. Acreditar não apenas em algumas verdades teóricas, mas naquele que nos ensina e vive essas verdades.

Essa confiança não é apenas um consentimento às verdades que se referem a Jesus, mas a aceitação do próprio Jesus.

Nossa fé é um movimento em direção a Deus, é algo que nos coloca no caminho e nos arrasta. Uma fé que é um êxodo de nós mesmos e uma entrada em Deus.

Todos os dias podemos nos agarrar às palavras de Jesus que nos salva ao dizer: “Basta uma só palavra e serei salvo”.

A fé não é apenas o caminho pelo qual podemos nos apegar a Deus e alcançá-lo. A fé é também o caminho que Deus abre ao seu poder, à sua força, para fazer maravilhas no mundo inteiro.

Ele as realiza através da fé que descobre nas pessoas que se aproximam dele: “Vá, diz ele ao centurião, e faça acontecer como você acreditou”.

Assim como a falta de fé paralisa, a fé libera o poder de Jesus. Este é o diálogo que se realiza entre Deus e o homem: Deus é o primeiro a falar e espera que nos abandonemos à sua palavra logo que tenhamos sido capturados por ela.

Maria foi a primeira a abandonar-se à palavra de Deus que lhe foi dirigida pelo anjo Gabriel: “Faça-se em mim segundo a tua palavra”.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Caminho Sinodal Alemão é 'rebelião contra o Evangelho', diz associação

Reunião do Caminho Sinodal Alemão em setembro /
Maximilian von Lachner (Synodalische Weg)

MUNIQUE, 03 fev. 22 / 05:00 pm (ACI).- No dia em que a assembleia geral do Caminho Sinodal Alemão foi aberta, a iniciativa Neuer Anfang (Novo Começo) alertou para o perigo de um novo cisma da Alemanha. Em uma carta aos bispos da Alemanha e de todos os continentes, os organizadores descrevem um "espírito de rebelião e traição ao Evangelho".

De hoje a sábado, o Caminho Sinodal Alemão, que reúne bispos e leigos para discutir reformas na Igreja na Alemanha, deve votar em assembleia geral propostas feitas ao longo de dois anos de debate.

Neuer Anfang se define como uma associação de teólogos, filósofos e antropólogos que defendem reformas radicais na Igreja Católica, mas não veem o Caminho Sinodal Alemão como solução.

Com a campanha "Sete Perguntas à Igreja Católica na Alemanha sobre Autonomia e Liberdade", a associação alerta para uma nova forma de pensar a autodeterminação radical que, na opinião deles, ameaça levar a Igreja alemã a um cisma.

O texto da campanha #SiebenFragen diz: "O foco não está mais no Senhor - sua palavra e vontade - mas no ser humano - sua vontade, seus interesses, sua identidade, seu desejo, sua liberdade devem determinar o que está acontecendo na Igreja, o que ainda parece plausível perante o tribunal da modernidade, o que pode e não pode ser ensinado e vivido”.

A carta apela aos bispos do mundo para que usem sua influência para evitar outra divisão: "O fato de que o Papa Leão X uma vez rejeitou as teses de Martinho Lutero como irrelevantes 'brigas entre monges' foi talvez o erro mais importante da história da Igreja. Exatamente 500 anos depois, a Igreja Católica Romana está novamente a ponto de minimizar um debate teológico em um país não muito distante, ignorando-o e considerando-o como um problema da Alemanha. O próximo cisma no cristianismo está à porta e novamente ele vem da Alemanha."

No início de janeiro, a iniciativa Neuer Anfang apresentou ao papa Francisco seu “Manifesto de Reforma” assinado por 6 mil pessoas. O manifesto acusa os promotores do Caminho Sinodal Alemão de "abuso com o abuso". Os bispos e leigos que debatem moral sexual, estruturas de poder, e o papel da mulher na Igreja no âmbito do Caminho Sinodal Alemão estariam instrumentalizando o urgentemente necessário debate sobre abuso sexual do clero para criar uma igreja diferente.

Segundo a iniciativa, além dos 67 bispos alemães, cerca de 2 mil bispos e 500 comunidades, movimentos e institutos religiosos católicos de todo o mundo também receberam um texto explicativo intitulado “Isto não é o evangelho” e um convite teológico para um debate científico: “Sete perguntas à Igreja Católica na Alemanha sobre liberdade e autonomia"

Neuer Anfang acrescentou a esses dois documentos uma coleção de citações e declarações de teólogos, bispos e dos textos dos fóruns sinodais, com "declarações teológicas típicas do ambiente do Caminho Sinodal, que os autores acreditam não serem mais compatível com a Sagrada Escritura e com o ensinamento permanente da Igreja universal mundial".

Fonte: https://www.acidigital.com/

Dia Mundial da Fraternidade Humana

Dia Mundial da Fraternidade Humana | Vatican News
04 de fevereiro

Em 4 de fevereiro de 2019, o Papa Francisco e o Imame Ahmad al-Tayyeb assinaram em Abu Dhabi o Documento sobre a Fraternidade Humana em prol da Paz Mundial e a Convivência Comum. E neste dia 4 fevereiro comemora-se o 2° Dia Internacional da Fraternidade Humana instituído pela ONU.

O Documento sobre a Fraternidade Humana em prol da Paz Mundial e a Convivência Comum é uma Declaração de intenção conjunta que fez parte de um caminho marcado por outros documentos produzidos neste campo, como as declarações finais dos quatro seminários do "Fórum Católico-Islâmico" realizados em 2008, 2011, 2014 e 2017.

O caminho para construir uma autêntica fraternidade entre povos de diferentes religiões tem suas raízes na Gaudium et spes, onde o trabalho das instituições internacionais é apreciado como um instrumento de desenvolvimento e reconciliação e se expressa ajuda, tanto aos que acreditam em Deus quanto aos que explicitamente não o reconhecem, para que "possam tornar o mundo mais conforme à dignidade eminente do homem, aspirar a uma fraternidade universal apoiada em bases mais profundas, e responder, sob o impulso do amor, com um esforço generoso e unido aos apelos mais urgentes de nosso tempo". O conceito da dignidade dada por Deus a toda a criação, em virtude e por causa da qual somos chamados a proteger e promover nossos semelhantes, é o fundamento sobre o qual também se apoia o Documento sobre a Fraternidade Humana. Enquanto as experiências desumanas de pobreza e guerra - geradas por um terreno fértil para a degradação social, ética e política onde se alastra o terrorismo - assolam o tempo presente, através do Documento da Fraternidade assinado em Abu Dhabi, os dois líderes convidam todos os fiéis a trabalharem juntos em prol de uma cultura do respeito.


Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santa Joana de Valois

Sta. Joana de Valois | arquisp
04 de fevereiro

Santa Joana de Valois

Filha do rei Luiz XI da França e Carlota de Savóia, Joana nasceu no castelo de Tours, em 23 de abril de 1464. Causou uma grande desilusão a seu pai que desejava um filho homem. Aos vinte e seis dias de idade, foi acertado o seu casamento, para consolidar uma aliança política, com seu primo Luiz de Órleans, de dois anos.

A menina cresceu com uma pequena deformação física, por isto aos cinco anos foi deixada no castelo de Berry, no qual o seu maior prazer era "conversar com a Santíssima Virgem". Aos seis anos, foi convidada pelo rei a escolher um confessor. Escolheu o monge franciscano Gabriel Maria, que a Igreja também depois beatificou. Um ano depois, conversando com Nossa Senhora, durante as orações, esta a investiu de sua missão mariana: "Antes de morrer fundarás uma família religiosa em meu nome. Assim fazendo me darás um grande prazer e me prestarás um serviço".

Como era de costuma, aos doze anos se casou com o primo, apesar da sogra tentar desfazer a aliança, que já não era conveniente. Portanto, quando o pai de Joana morreu, ela se tornou a nova rainha e o marido, o rei Luiz XII, que em seguida a repudiou. Após a anulação canônica do matrimônio, casou-se com a filha do duque da Bretanha, em mais uma união de fundo político.

Joana herdou o ducado de Berry e um ano depois, em 1498, ingressou na ordem terceira de São Francisco, em Bourges, dedicando totalmente sua vida ao próximo, a Maria e a Jesus Cristo. Seguindo sempre a orientação espiritual de seu confessor, administrou suas posses com sabedoria e caridade, de forma a ajudar os pobres e doentes. Provou isto durante uma epidemia de peste, que se alastrou pelo território francês, naquele período, mostrando todas as virtudes que carregava no coração.

Depois, com dificuldade e superando todos os empecilhos, fundou, com a ajuda do monge Gabriel Maria, uma nova instituição religiosa para irmãs, tendo a finalidade de servir a Cristo e imitar a Virgem Maria, em todas as suas virtudes. A nova família, essencialmente mariana, recebeu o nome de Congregação da Anunciação, cujo estatuto foi escrito por ela. Também por seu desejo consagrou as irmãs às "dez virtudes da Santíssima Virgem". No final de novembro de 1504, com autorização do Vaticano confiou a congregação aos Frades Menores da Obediência, Ordem terceira franciscana.

Morreu em 4 de fevereiro de 1505, de doença fulminante, no seu convento de Berry, França. As graças e os milagres floresciam sob sua intercessão, enquanto o monge Gabriel Maria consolidava sua obra. Ele morreu vinte e três anos depois, quando as irmãs contemplativas da Anunciação, como são chamadas atualmente, já estavam espalhadas por toda a França, alcançando a Bélgica e a Inglaterra. Santa Joana de Valois foi canonizada em 1950, pelo papa Pio XII, tendo determinando o dia de sua morte para as comemorações.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

O que é uma “vida consagrada”?

Irmãs Carmelitas | Cléofas
Por Prof. Felipe Aquino

“Veio o Senhor pôs-se junto dele e chamou-o como das outras vezes: Samuel! Samuel! Falai, respondeu o menino; vosso servo escuta!” (1 Samuel 3,10).

A Igreja viu nesta passagem bíblica, em que Deus chama por três vezes o menino Samuel, e faz dele um profeta, a imagem do chamado de uma pessoa à vida consagrada. Aquele que deve servir a Deus radicalmente, apartado do meio do povo, sem viver uma profissão secular, mas inteiro dedicado ao Reino de Deus. É Deus mesmo quem chama o consagrado, pondo no coração dele esse desejo, e dotando-o de dons adequados, como o celibato, no caso dos sacerdotes, freiras, monges e monjas.

O nosso Catecismo afirma que: “A vida religiosa faz parte do mistério da Igreja. É um dom que a Igreja recebe de seu Senhor e que oferece como um estado de vida permanente ao fiel chamado por Deus na profissão dos conselhos” (n.926).

São chamados a viver os conselhos evangélicos (pobreza, obediência e castidade). A profissão desses conselhos em um estado de vida estável reconhecido pela Igreja caracteriza a “vida consagrada” a Deus (Cat. n.915). Esses são chamados, sob a moção do Espírito Santo, a seguir a Cristo mais de perto, doar-se a Deus amado acima de tudo e, procurando alcançar a perfeição da caridade a serviço do Reino, anunciando a glória do mundo futuro.

A vida consagrada acontece desde os primórdios da Igreja. Muitos, por inspiração do Espírito Santo, passaram a vida na solidão ou fundaram famílias religiosas, que a Igreja, de boa vontade, recebeu e aprovou. Embora nem sempre professem publicamente os três conselhos evangélicos, os eremitas, vivem o silêncio da solidão, em constante oração e penitência, consagrando a vida ao louvor de Deus e à salvação do mundo. É uma vida de intimidade com Cristo.

Desde os tempos dos Apóstolos virgens e viúvas cristãs, tomaram a decisão, de viver no estado de virgindade ou de castidade perpétua “por causa do Reino dos Céus”. São aqueles que Jesus disse que se fizeram eunucos por amor do Reino (Mt 19,12).

O “Instituto secular” é um instituto de vida consagrada no qual os fiéis, vivendo no mundo, tendem à perfeição da caridade e procuram cooperar para a santificação do mundo.

As “Sociedades de vida apostólica, cujos membros, sem os votos religiosos, buscam a finalidade apostólica própria de sua sociedade e, levando vida fraterna em comum, segundo o próprio modo de vida, tendem à perfeição da caridade pela observância das constituições. Entre elas há sociedades cujos membros assumem os conselhos evangélicos”.

Os que professam os conselhos evangélicos têm por missão viver sua consagração e se entregar, de maneira especial, à ação missionária no modo próprio de seu instituto.

A vida consagrada é um sinal especial do mistério da redenção; uma vida seguindo e imitando a Cristo mais de perto, manifestando claramente seu aniquilamento, e estando mais presente às pessoas. O consagrado é alguém que dá testemunho de que o mundo pode ser transfigurado e oferecido a Deus com o espírito das bem-aventuranças.

O consagrado a Deus precisa, sobretudo, de viver intensamente uma vida de oração, rezando a Liturgia das Horas, participando dos Sacramentos, meditando diariamente a Palavra de Deus e bons livros, vivendo as virtudes opostas aos pecados capitais. Além disso, deve obediência a Igreja e a seus superiores.

O consagrado é alguém que abdicou de sua vida, de sua vontade própria, para entregar-se totalmente a Deus. É alguém que, mais que os leigos, aceitou “perder a vida para ganha-la”. Aceitou “renunciar-se a si mesmo e tomar a cruz a cada dia e seguir ao Senhor” (Lc 9,16). Não se pode ser “meio consagrado”; ou se entrega a Deus totalmente, ou então se cansará de sua opção. É melhor viver como leigo do que ser mal consagrado. Além do que, o contra testemunho de um consagrado pesa muito mais que de um leigo, embora ambos sejam muito negativos.

Prof. Felipe Aquino

Fonte: https://cleofas.com.br/

BRASIL, QUE MATAS O POVO NEGRO E OPRIMIS SUA GENTE, QUE VERGONHA!

Dom Zanoni Demetino | CNBB

Dom Zanoni Demetino Castro
Arcebispo de Feira de Santana (BA)

Brasil, Brasil, ainda não reparaste o crime de lesa humanidade, os três séculos de escravidão.

Brasil, que matas o povo negro e oprimis sua gente, Que vergonha!

Desde o dia 24/01/2022, temos recebido notícias sobre a morte do jovem negro congolês Moise Mugenyi. O fato não pode ser visto isolado do contexto que vivem e passam milhares de jovens negros e negras mortos nos últimos tempos. Das 34 .918 mortes violentas de jovens divulgadas no final do ano de 2021, 80% são de jovens negros. O cenário é desolador para nossas famílias e comunidades negras. Queremos manifestar nossa solidariedade à família de Moise Mugenyi  e às demais famílias, pela dor, sofrimentos e o luto.

O Catecismo da Igreja Católica nos ensina que, a ninguém é lícito tirar a vida de um inocente, pois é um ato contrário à dignidade da pessoa e à santidade do Criador. “Não mates o inocente e o justo” (Ex 23,7). Entendemos que a missão da Igreja é evangelizar seguindo os passos e atitudes de Jesus, acolhendo seus ensinamentos e proclamando o Evangelho. “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como o mundo dá” (Jo 14,27). Entendemos que a violência é contraria à verdade da nossa fé, à verdade da nossa humanidade. Portanto, a verdadeira paz é vida em plenitude.

Queremos externar nossa indignação com o genocídio de nossa juventude negra. Vidas negras importam. Somos 56% do total da população brasileira e por isso, conclamamos as autoridades civis e jurídicas competentes a tomar uma atitude em favor da vida, a favor das vidas negras. Pedimos que os autores destas mortes sejam punidos na forma da Lei.

Como Pastor, chamado a cuidar e consolar as pessoas, compartilho com todos, sobretudo que mais sofrem neste momento, minhas orações e bençãos.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Quando a vovó é viciada em celular

Rawpixel.com | Shutterstock
Por Zoe Romanowsky

Idosos podem ser particularmente vulneráveis ao vício nas telas. Você deveria dizer alguma coisa ou deixar pra lá?

Quando a avó de Joyce foi morar com sua família, houve uma grande surpresa para todos: a vovó era viciada em seu smartphone. Ela trazia o aparelho para a mesa nas refeições, carregava o tempo todo pela casa com ela, passava horas na tela, mesmo quando havia outras coisas que deveria estar fazendo.

A família de Joyce não tinha certeza de como lidar com isso. Quando levantaram a questão, a avó de 79 anos reagiu defensivamente e negou que tivesse um problema. “Preciso ouvir o telefone quando alguém me liga!” – ela insistiu com a família. Mas isso pareceu uma desculpa, já que ela não recebia muitas ligações.

Idosos e celular

A maioria de nós não pensa muito sobre idosos serem viciados em telas — são as gerações mais jovens que supostamente deveriam ter esse problema. De fato, de acordo com o Pew Research Center, 44% das crianças de 18 a 49 anos relatam que estão online quase constantemente.

Mas esse aumento no tempo de tela coincide com um crescimento significativo na adoção da tecnologia digital por idosos também, de acordo com Pew.

Em 2000, 14% das pessoas com 65 anos ou mais eram usuárias de internet; agora 73% são. E embora a propriedade de smartphones fosse incomum em todas as idades por volta da virada do século 21, agora cerca de metade (53%) das pessoas com 65 anos ou mais são proprietárias de smartphones.

Efeitos

Os idosos podem ser particularmente vulneráveis aos efeitos da tecnologia digital. Às vezes, eles estão sozinhos e podem ficar mais isolados. A pandemia piorou muito as coisas. Os idosos também podem ter baixa autoconsciência quando se trata de seus hábitos de vida e habilidades cognitivas diminuídas, o que pode impedi-los de colocar limites apropriados em torno do uso da tela.

Não importa as razões, a conclusão é que os idosos também podem ficar viciados em suas telas. E quando o fazem, nem sempre é fácil saber como ajudar. Os membros da família podem ficar se perguntando se devem incentivá-los a passar menos tempo nas telas ou simplesmente deixar passar.

Conselhos

Se você conhece um idoso que parece viciado em seu telefone ou qualquer outro dispositivo digital, aqui estão algumas coisas a considerar ao discernir se deve dizer algo sobre isso ou não:

  • Se um ente querido idoso mora ou visita sua casa, certifique-se de que ele esteja ciente de que certas regras da casa pertencem a todos. Então, se os telefones deveriam estar fora da mesa durante a hora das refeições, isso significa que a vovó não deve trazer o telefone dela para a mesa. Se os telefones devem ser desligados durante a noite de lazer em família, isso inclui o vovô.
  • Incentive os idosos que você conhece a colocar rastreadores de tempo em seus telefones e dispositivos e a verificar no final do dia ou da semana para ver quanto tempo eles estão gastando ali. Às vezes, apenas ver esses dados pode inspirar alguma mudança.
  • Compartilhe informações com seus familiares mais velhos sobre estudos que mostram a associação entre excesso de uso de telas e depressão e ansiedade.
  • Incentive os idosos a serem mais ativos fisicamente, a conversar em tempo real com outras pessoas com mais frequência, a ler livros ou revistas e a fazer outras atividades que os afastem de seus dispositivos.
  • Convide seus entes queridos a pensar no tempo deles como um dom precioso. Eles ainda têm uma quantidade limitada — eles realmente querem gastar tanto tempo em seus dispositivos? Talvez não.
  • Inspire o comportamento que você quer que seus entes queridos tenham. Pratique o que você prega. Esteja ciente de seus próprios hábitos e tendências e compartilhe abertamente suas lutas e estratégias relacionadas aos seus dispositivos digitais.
  • Por fim, não se esqueça dos aspectos positivos da tecnologia digital — e recomende que os idosos que você ama usem esses pontos fortes. Smartphones e outros dispositivos ajudam muitas pessoas mais velhas a se sentirem mais conectadas e informadas. Se alguém está doente ou limitado em suas habilidades de sair e interagir com os outros, esses dispositivos podem ser uma tábua de salvação. Existem jogos que são bons para o cérebro e informações on-line que motivam e inspiram. Se os idosos estiverem em seus smartphones, incentive-os a usar seus dispositivos de maneiras mais úteis e menos prejudiciais.

Estas são boas práticas para todos nós, não importa qual seja a nossa idade. Se construirmos bons hábitos quando formos mais jovens, ficaremos muito melhores quando chegarmos à velhice.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF