Translate

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

5 chaves para entender por que ioga é incompatível com o cristianismo

Ioga / Flickr de Global Panorama (CC BY-SA 2.0)

Por Diego López Marina

REDAÇÃO CENTRAL, 25 mai. 16 / 04:30 pm (ACI).- A ioga está baseada em uma filosofia e em uma visão que não são compatíveis com a fé cristã. As seguintes chaves resumem as publicações dos especialistas Joel S. Peters e Pe. James Manjackal a respeito do tema.

1. A ioga é uma disciplina espiritual hindu e não só posturas ou exercícios físicos

A palavra ioga deriva da raiz sânscrita “yuj” que significa “união”. O objetivo da ioga é unir o eu transitório (temporal), ou “jiva”, com o (eu eterno) infinito, ou “Brahman”, o conceito hindu de Deus.

Este deus não é um deus pessoal, mas uma substância impessoal espiritual que é “um só com a natureza e o cosmos”. Brahman é uma substância impessoal e divina que “impregna, envolve e subjaz em tudo”.

A ioga não é apenas um conjunto de posturas e exercícios físicos, mas uma disciplina espiritual que busca levar a alma ao “samadhi”, ou seja, aquele estado no qual o natural e o divino se transformam em um, o homem e Deus chegam a ser um sem nenhuma diferença.

2. É panteísta e, portanto, incompatível com o cristianismo

O panteísmo é aquela visão na qual deus e o mundo são um só. No hinduísmo existe uma realidade única e todo o resto é uma ilusão (ou Maya), ou seja, o universo é entendido como uma energia eterna, divina e espiritual, onde todos os indivíduos que existem – inclusive os humanos – são suas extensões.

A ioga é o caminho que conduz o praticante (varão=yogi, mulher=yogini) com esta energia cósmica.

Por outro lado, no cristianismo, através da revelação contida na Tradição e nas Sagradas Escrituras, conhecemos a verdadeira natureza do homem como criação única de Deus, criado a sua imagem e semelhança; onde nem o homem nem o universo criado são divinos.

No hinduísmo, o bem e o mal são ilusórios (Maya) e, portanto, inexistentes; enquanto no cristianismo, o pecado é uma transgressão da lei de Deus e o rechaço de nosso verdadeiro bem. Além disso, é inseparável para nossa fé porque é a razão pela qual necessitamos um Salvador. A Encarnação, a Vida, a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Jesus são meios de salvação para os cristãos, ou seja, para nos libertar do pecado e de suas consequências.

3. Não é possível separar a espiritualidade hindu da prática da ioga

É um erro acreditar que praticando ioga só conseguirão benefícios corporais sem ser afetado pelo seu fundamento espiritual.

Isto acontece porque a ioga não trata essencialmente do relaxamento ou da flexibilidade, mas de utilizar os meios físicos para um fim espiritual.

Como explica o apologista Michael Gleghorn, há especialistas em ioga, como Georg Feuerstein e Jeanine Miller, que ao falar sobre as posturas desta prática (asana) e dos exercícios de respiração (pranayama) assinalam-nas como algo mais que simplesmente outra forma de exercício: são “exercícios psicossomáticos”, isto é, que o processo de origem psíquica também influencia no corpo.

O reconhecido investigador sobre ioga, Dave Fetcho, também assinala que a filosofia oriental é interdependente com a prática da ioga:

“A ioga física, segundo sua definição clássica, é intrínseca e funcionalmente incapaz de ser separada da metafísica das religiões orientais. O praticante ocidental que tentar fazer isto está fazendo com ignorância e em perigo, tanto do ponto de vista do iogue como do ponto de vista cristão. (Ioga; 725:2)

4. Sim, a Igreja Católica se pronunciou sobre o tema

Na “Carta aos bispos da igreja católica acerca de alguns aspectos da meditação cristã” de 1989, a Congregação para a Doutrina da Fé, embora não condene expressamente a ioga, assinala no numeral 12 que é necessário ser prudente com a prática de “métodos orientais”, inspirados no hinduísmo e no budismo:

“Estas propostas ou outras análogas de harmonização entre a meditação cristã e as técnicas orientais, deverão ser continuamente examinadas mediante um cuidadoso discernimento de conteúdos e de método, para evitar a queda num pernicioso sincretismo”.

O numeral 14 explica que a noção de que os seres humanos se unam “com uma consciência cósmica divina” contradiz os ensinos da Igreja:

“Para aproximar-se daquele mistério da união com Deus, que os Padres gregos chamavam divinização do homem, e para compreender com precisão as modalidades segundo as quais ela se realiza, é necessário ter presente, em primeiro lugar, que o homem é essencialmente criatura e tal permanece para sempre, de modo que jamais será possível uma absorção do eu humano pelo Eu divino, nem sequer nos mais elevados graus de graça”.

Em 2003, o Conselho Pontifício da Igreja Católica para o Diálogo Inter-religioso publicou um documento intitulado “Jesus Cristo portador da Água da Vida”, no qual descreve a ioga como uma das muitas práticas da New Age (Nova Era) e que é “difícil de reconciliar com a doutrina e a espiritualidade cristã”.

No numeral 3 explica por que o da ioga não ajuda na meditação e na oração cristã:

“Para os cristãos, a vida espiritual consiste em uma relação com Deus que vai se tornando cada vez mais profunda com a ajuda da graça, em um processo que ilumina também a relação com nossos irmãos. A espiritualidade, para a New Age, significa experimentar estados de consciência dominados por um sentido de harmonia e fusão com o Todo. Assim, ‘mística’ não se refere a um encontro com o Deus transcendente na plenitude do amor, a não ser à experiência provocada por um voltar-se sobre si mesmo, um sentimento exultante de estar em comunhão com o universo, de deixar que a própria individualidade entre no grande oceano do Ser”.

5. A origem da ioga remonta aos “vedas” e existe mais de um tipo

Embora suas origens remontam há 5 mil anos e durante muito tempo seus princípios foram transmitidos oralmente, a ioga foi colocada por escrito e apareceu publicamente nos 4 antigos textos hindus conhecidos como os Vedas (depois nos Upanishads).

Alguns anos depois, o pensador hindu Patañjali compilou e codificou todo o conhecimento da ioga no Ioga Sutra, o texto de mais autoridade sobre este tema, reconhecido por todas suas escolas.

Patañjali explicou em seus escritos as 8 vias que guiam as práticas da ioga, da ignorância à “iluminação” ou união com Brahman. São estas: o autocontrole (yama), a prática religiosa (niyama), posturas (asana), exercícios de respiração (pranayama), controle dos sentidos (pratyahara), concentração ou controle mental (dharana), contemplação profunda (dhyana), iluminação (samadhi).

É interessante observar que as posturas e os exercícios de respiração que normalmente são considerados no Ocidente como toda a Ioga, são os passos 3 e 4 que procuram a união com o chamado Brahman.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Está magoado(a) ou decepcionado(a) com algum membro da Igreja? Santo Afonso pode ajudar

Transalpine Redemptorists CC
Por Tom Hoopes

Muitos santos foram injustiçados pelos líderes da Igreja. Eles superaram a decepção sem perder a fé.

Você se sente magoado ou decepcionado por causa da atitude de algum membro da Igreja? Se sim, você tem um patrono!

Muitos ficam desapontados com a Igreja por causa da liturgia, política ou devido a assuntos pessoais. As pessoas que conheço que trabalham para a Igreja – incluindo os ordenados e religiosos – têm que travar uma batalha constante contra o ressentimento por uma situação ou outra. Geralmente, as pessoas magoadas acham que nunca deveriam ter sido tratadas na igreja como foram.

Para essas pessoas, eu sempre digo a mesma coisa:

“É vocação de todo católico ser maltratado na igreja”.

Não está certo e não é bonito, mas é bastante consistente lembrar que as obras de São Tomás de Aquino foram suprimidas pela Igreja, São João da Cruz foi preso por seus superiores religiosos e Joana d’Arc foi queimada na fogueira com o aval dos bispos. 

Quando posso, trago à tona as incríveis testemunhas que conheço pessoalmente: uma sofreu abuso sexual e manteve sua fé. Outros serviram à Igreja apesar de descobrirem que anos de trabalho foram dedicados a um lobo em pele de cordeiro.

Mas como isso pode acontecer? A Igreja não é a Igreja “una e santa ”? Sim definitivamente.

Mas cada membro da Igreja, desde Pedro (o primeiro Papa) até você e eu, é pecador – terrivelmente pecaminoso. Então é claro que nossa Igreja, cheia de pecadores, é um lugar onde as pessoas se machucam.

Santo Afonso Maria de Ligório

Talvez o verdadeiro padroeiro dos maus tratos por parte dos líderes da Igreja seja Santo Afonso Maria de Ligório.

Muito antes de ser canonizado, de ser feito patrono dos teólogos morais e receber a alta honra de “Doutor da Igreja”, o prolífico autor e fundador dos Redentoristas viveu em perseguição sem fim pelos líderes da Igreja.

Em 1726 ele foi ordenado em Nápoles. Nos dois anos seguintes trabalhou com um grupo que tentou forjar um caminho católico entre dois extremos da época: jansenistas rígidos e entusiastas renascentistas frouxos. Mas seu grupo foi denunciado pelos líderes da Igreja e, como a Igreja e o Estado muitas vezes agiam em conjunto, os membros foram presos.

Santo Afonso aprendeu mais sobre a oração nesta circunstância do que jamais teria aprendido de outra forma. “Fale com Deus frequentemente sobre seus negócios, seus planos, seus problemas, seus medos – de tudo o que diz respeito a você, pois Deus não vai falar com uma alma que não fala com ele”, dizia Ligório.

A ajuda que era parte do problema

Um arcebispo finalmente interveio para ajudar Santo Afonso. Mas, geralmente, os bispos eram partes do problema.

Um poderoso marquês passou décadas frustrando os planos de Ligório de fundar uma congregação, e um arcebispo o enviou para longe.

Santo Afonso fez grandes coisas em sua nova posição, e dizia: “Se eles descobrissem que era a vontade de Deus, seria o maior deleite dos serafins empilhar areia na praia ou arrancar ervas daninhas em um jardim por toda a eternidade.”

Ele acabou se tornando bispo e disse: “Aqueles que buscam a verdadeira religião nunca a encontrarão fora da Igreja Católica”, porque, apesar de seus membros, Cristo é seu fundamento, seus sacramentos e seu objetivo.

A derrota culminante

Por volta dos 70 anos de idade, Santo Afonso ficou doente e aleijado. Ele pediu permissão para renunciar ao seu bispado. Dois Papas recusaram, mas o Papa Pio VI finalmente lhe concedeu seu descanso. Entretanto, um bispo e um padre o enganaram e o fizeram assinar uma versão alterada de um documento de sua congregação.

“Você fundou a congregação e agora a destruiu”, disseram-lhe seus confrades.

Foi o teste mais difícil de sua máxima “Uma alma que ama Jesus Cristo deseja ser tratada da maneira como Cristo foi tratado – pobre, desprezado e humilhado”.

Então – o que você deve fazer quando sofrer perseguição ou for maltratado pelas mesmas pessoas que deveriam estar ajudando seu bom trabalho?

O exemplo do santo

Santo Afonso não sofreu em silêncio. Ele escreveu: “Atualmente, a Igreja não é perseguida por idólatras ou hereges, mas é perseguida por cristãos escandalosos, que são seus próprios filhos”.

Ele, de fato, não se preocupava com os ressentimentos ou a amargura que sofria e nos deixou ótimos conselhos.

Primeiro: Concentre-se em fazer o bem. “O passado não é mais seu; o futuro ainda não está em seu poder. Você tem apenas o presente para fazer o bem”, disse ele.

Segundo: Concentre-se na presença de Deus em todos os lugares, não nos pecados de seus representantes: “Quando vemos um belo objeto, um belo jardim ou uma bela flor, pensemos que contemplamos um raio da infinita beleza de Deus”.

Acima de tudo, ore. “Se você perguntar quais são os meios para vencer as tentações, eu responderia: o primeiro meio é a oração; o segundo é a oração; o terceiro é a oração. E se você me perguntasse mil vezes, eu repetiria a mesma coisa”, disse ele.

Santo Afonso, rogai por nós! Precisamos da graça que o senhor teve para enfrentar provações na Igreja.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Jovens participam de Encontros Vocacionais do Caminho Neocatecumenal em Foz do Iguaçu e Fortaleza

Encontro Vocacional - Foz de Iguaçu/PR | cn.org

Os jovens do Caminho Neocatecumenal participaram de dois Encontros Vocacionais no mês de julho. Divididos em duas regiões, os Encontros aconteceram em Foz do Iguaçu (PR) e Fortaleza (CE), nos dias 17 e 24, respectivamente, conduzidos pela Equipe de Catequistas responsável pelo Caminho no Brasil, formada por Padre José Folqué e Raúl Viana.

Encontro Vocacional em Foz do Iguaçu/PR (Foto: Guiarone Macedo Teixeira

Os grupos partiram de suas cidades dias antes do Encontro para fazer uma peregrinação que buscou, especialmente, resgatar as raízes da Evangelização no Brasil. Além de visitar santuários, celebrar a Eucaristia e evangelizar pelas praças e ruas das cidades, os jovens das regiões Sul e Sudeste, e dos Estados do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso,  que seguiram para Foz do Iguaçu, visitaram as ruínas das missões jesuíticas de Encarnación, no Paraguai, de San Ignacio Mini, na Argentina, e de São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul, no Brasil.

Os jovens puderam aprofundar a história sobre o que realmente foram as missões dos jesuítas no Brasil a partir dos anos 1500. Os jesuítas sabiam que para evangelizar era necessário conhecer profundamente e amar a cultura e o modo de ser do outro, de forma que nessas missões, as reduções jesuíticas, formaram-se verdadeiras comunidades com dois jesuítas e indígenas que viviam e trabalhavam juntos, descobrindo o amor de Cristo e o amor ao próximo.

Já os jovens do Norte, Nordeste, do Distrito Federal e de Goiás, que seguiram para o Encontro de Fortaleza, tocaram, especialmente, a história dos primeiros mártires em terras brasileiras que vieram ao País trazer a Boa Nova de Jesus Cristo e, pela fé, derramaram o sangue, como Padre André de Soveral e Domingos de Carvalho, e Padre Ambrósio Francisco Ferro e Mateus Moreira, junto com um grande grupo de católicos, martirizados em Cunhaú e Uruaçu, durante a invasão holandesa no Rio Grande do Norte, em 1645. Foram os protomártires do Brasil.

Foram todas estas missões que abriram o caminho para que os povos do Brasil também pudessem conhecer Jesus Cristo. Neste contexto, a peregrinação confirmou aos jovens que todos foram chamados a dar continuidade a esta obra de evangelização junto às comunidades em que estão inseridos, onde são preservados dos enganos que os afastam de Deus e são formados como cristãos.

Mais de cinco mil jovens participaram do Encontro em Foz do Iguaçu

O Encontro Vocacional em Foz do Iguaçu reuniu, em 17 de julho, 5500 jovens no Centro de Convenções da cidade. Participaram ainda jovens do Paraguai e da Argentina. A Celebração da Palavra foi presidida pelo Bispo da Diocese de Foz do Iguaçu, Dom Sérgio de Deus Borges.

“Em todos nós, Deus colocou uma vocação que tem que ser descoberta aos poucos, com sinais. Não são ideias ou sentimentos, mas a vocação é de Deus e se manifesta nos acontecimentos da nossa história, e todos estamos chamados a fazer a vontade de nossa Pai”, exortou Raúl Viana ao dar a catequese inicial baseada na história de José do Egito (Gn 37-47) que é uma palavra profética sobre a vocação a qual Deus chama cada um.

Em seguida, Padre José Folqué fez o anúncio do Querigma, a Boa Notícia de Jesus Cristo morto e ressuscitado por amor e pela salvação de toda a humanidade: “A abundância do amor de Deus está em vocês, que é o Espírito Santo que lhe deu a Igreja; e o Espírito Santo é para amar. Cristo morreu para destruir a morte que habita em mim e me dar a liberdade de amar como Ele amou, esta é a verdade. Amar o outro como ele é. Disse Cristo: ‘Amai-vos como eu vos amei’. Ele nos amou até o extremo, dando a vida por nós, morrendo por nós. Isso é o amor. Esse é o projeto de Deus para a minha vida. A partir de Cristo posso me doar, e me doar é a felicidade”.

Após a leitura do Evangelho, Dom Sérgio de Deus Borges, dirigiu uma palavra aos jovens, convidando-os a colocar toda a esperança em Jesus Cristo e a Ele oferecer todos os sofrimentos e anseios, para que assim, os jovens possam fazer presente no mundo o amor redentor de Cristo.

O encontro terminou com a chamada vocacional, em que 50 rapazes e 50 moças se levantaram para a vida presbiteral, religiosa e celibatária missionária.

Em Fortaleza foram suscitadas 150 novas vocações

Já em Fortaleza, foi o Ginásio Paulo Sarasate que sediou, no dia 24 de julho, o Encontro Vocacional no qual estavam presentes 4500 jovens. Presidindo o Encontro estava Dom Rosalvo Cordeiro de Lima, Bispo da Diocese de Itapipoca (CE).

Encontro Vocacional em Fortaleza/CE | cn.org

Ao anunciar o Querigma, Padre José convidou os jovens a crerem na Palavra de Salvação anunciada para que pudessem viver na dimensão do amor de Cristo, sendo amados por Ele e amando como Ele: “Cristo se fez carne, como nós, para salvar a humanidade inteira, toda a terra. Ele se humilhou, pagou nossos pecados, conheceu o sofrimento e apagou a dívida que tínhamos com Deus. Ele se humilhou, mas foi ressuscitado e a ressurreição de Cristo é uma luz para toda a humanidade e vocês são chamados a levar esta salvação por todo o mundo”.

Já Dom Rosalvo manifestou a alegria por participar do Encontro: “Dou graças a Deus por todos aqueles que aceitaram caminhar com o Senhor, por vocês que estão aqui, por nós, que estamos participando deste momento, em peregrinação. Continuemos firmes, olhando para aquele que deu a vida por nós”.

Em Fortaleza, 80 rapazes e 70 moças se levantaram na Chamada Vocacional. Todos os jovens levantados, ao retornarem para as respectivas cidades, iniciam um tempo de discernimento vocacional, sustentados pela comunidade na qual fazem o Caminho Neocatecumenal.

O Caminho Neocatecumenal

Caminho Neocatecumenal é um Itinerário de Iniciação Cristã que constitui um dos frutos do Concílio Vaticano II, e busca levar às paróquias a riqueza de viver a fé em pequenas comunidades, como faziam os primeiros cristãos na Igreja primitiva.

Nasceu na década de 1960, em Madri, Espanha, com Kiko Argüello e Carmen Hernández, e se estendeu pelo mundo todo, estando presente em 134 nações dos cinco continentes. No Brasil, encontra-se em 100 dioceses, com mais de 1800 comunidades. O Caminho Neocatecumenal está em Brasília desde 1979. Atualmente, há na Arquidiocese 273 comunidades em 33 paróquia

Caminho Neocatecumenal no Brasil

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Santo Emídio, Mártir

S. Emídio | arquisp
05 de agosto

Santo Emídio, Mártir

É muito venerado na Itália, sobretudo porque é  considerado protetor contra os terremotos. Pela mesma razão, seu culto se popularizou muito nos últimos anos nas cidades de Los Angeles e São Francisco, zonas onde também  acontecem fortes e freqüentes movimentos telúricos. Segundo as "atas" Emídio era um alemão originário do Treveris. Depois de sua conversão ao cristianismo, mudou pra Roma na época do Papa Marcelo I. Cheio de zelo pela fé, Emidio entrou em um templo pagão e derrubou uma estátua do Esculápio. Isso enfureceu tanto os pagãos, que o Papa Marcelo I para  protegê-lo o ordenou sacerdote, consagrou bispo e o enviou a evangelizar o território de Ascoli Piceno.

Aí trabalhou o santo com grande êxito e obteve numerosas conversões. Foi decapitado durante a perseguição de Dioclesiano, junto com os Santos Eupolo, Germano e Valentim. Dado que São Marcelo cingiu a tiara pontifícia no ano  308, é impossível que ele tenha ordenado Santo Emídio, mas a tradição popular não respeita a cronologia. A festa de Santo  Emídio é celebrada na Itália não só em 9 de agosto, mas também também em outras datas, segundo as diversas tradições locais.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

MENSAGEM AOS SACERDOTES

porciunculanitero
04 de agosto

Caríssimo sacerdote, com alegria e esperança, nós recordamos que o chamado vocacional é sempre um convite que Cristo nos faz para que possamos passar pelo mundo fazendo o bem, exalando a boa essência da santidade.

Esse chamado vocacional pode se apresentar na forma de uma feliz proposta de serviço à Igreja e aos irmãos, por meio da generosa participação no sacerdócio de Jesus Cristo, o Sacerdote por excelência.

Padre, hoje é um dia especial e, por isso, queremos agradecer a Deus pela resposta que você deu ao chamado do nosso Redentor. Dia feliz de sua vida foi aquele em que, com alegria, disposição e entusiasmo, você disse sim ao Senhor. Hoje, observando o seu serviço e a sua dedicação a Deus e à Igreja, nós adquirimos a consciência de que, no processo de configuração ao nosso Deus adorado e amado, é necessário carregar a cruz, ser radical e determinado, para que possamos superar a tendência à acomodação.

Sua vida sacerdotal, amigo sacerdote, é o claro testemunho de que Deus faz maravilhas em nossas vidas e em nossa História. É também a demonstração visível de que o amor de Cristo para conosco é maior que todas as noites escuras que atravessamos, pois Ele remove até mesmo as pedras mais duras que encontramos no itinerário da fé.

Obrigado, padre, pelo seu sim a Cristo e por nos ensinar a caminhar juntos no cotidiano da santidade, cultivando a participação, o diálogo, a compreensão, a entrega, o respeito e a resiliência no dia a dia de nossas paróquias.

Amigo sacerdote, quero que saiba que sempre, mas de uma forma especial hoje, você está presente em nossas orações. Pedimos ao Senhor, por intercessão da Virgem Santa Maria, que o abençoe e proteja de todo o mal e, como outro Cristo que você é, possa trazer, cada vez mais, palavras de fé e de esperança a tantas pessoas que sofrem nesse difícil tempo onde enfrentamos pandemia, medo, depressão.

Para fazer frente ao temor e às dificuldades desse nosso tempo, nós, leigos, podemos encontrar no nosso próximo aquilo de que humanamente precisamos, mas somente com você, sacerdote, podemos encontrar Aquele que satisfaz a nossa fome de Deus e a nossa sede de plenitude e de graças, pois somente você, em virtude da sua consagração sacramental, anuncia a Palavra da salvação, administra a fecunda misericórdia do Pai no sacramento da reconciliação e nos oferece o Pão da vida eterna na celebração da Santa Missa.

Santo Agostinho nos ensina que “apascentar o rebanho deve ser um compromisso de amor”. Quanta necessidade há nestes tempos modernos, e haverá ainda mais a partir de agora, de pastores que, segundo o Coração de Cristo, vivam o seu ministério como ofício de amor, como ofício de misericórdia.

Padre, meu amigo, agradecemos de coração ao Senhor Jesus pelo dom do seu sacerdócio, a sua humilde fidelidade, o seu trabalho abnegado, o seu cansaço pastoral, a sua silenciosa generosidade, o seu serviço sacerdotal e a sua entrega cotidiana em prol da nossa cura e libertação mediante a celebração dos sacramentos que nos acompanham do berço até a sepultura, ou melhor, até a nossa entrada na vida eterna.

Padre, mais uma vez, reafirmamos nesse dia a você a nossa gratidão, o nosso reconhecimento, apoio, carinho e orações. Que Deus o abençoe e Nossa Senhora, a Mãe e Rainha dos sacerdotes, interceda sempre pelo seu serviço sacerdotal em nossa Arquidiocese, em nossa comunidade e, de um modo especial, em nossas vidas.

Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo pela presença dos sacerdotes em nosso meio!

Aloísio Parreiras

(Escritor e membro do Movimento de Emaús)

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

«Sobre a Maneira de Rezar»

São Cipriano | Ecclesia

«Sobre a Maneira de Rezar»

São Cipriano, Bispo de Cartago (+258)

Os preceitos evangélicos não são outra coisa, Irmãos Caríssimos, senão os ensinamentos divinos, fundamentos para edificar a esperança, provações para robustecer a fé, alimento para nutrir a alma, leme para dirigir a navegação, presídio para a salvação. Ao mesmo tempo que iluminam os crentes dóceis sobre a terra, guiam-nos até aos reinos celestes.

1. Deus quis que muitos ensinamentos nos fossem dados por meio dos Profetas, Seus Servos. Mas quão superiores são as palavras do Seu Filho, aquelas palavras que o Verbo de Deus, já ressonante nos Profetas, atesta com a Sua viva voz. Já não é alguém que vem aplanar os caminhos d'Aquele que há de vir, mas Aquele que veio e nos abre e mostra o caminho. Deste modo os que, antes, incautos e cegos cambaleavam nas trevas da morte, iluminados agora pela luz da graça, podem seguir na vida sob a guia e o governo de Cristo.

2. Entre outros conselhos salutares e ensinamentos divinos com os quais provê à salvação do Seu povo, Cristo deu também a norma da oração, e Ele mesmo nos mostrou e ensinou como devemos rezar. Aquele que nos deu a vida, ensinou-nos a pedir, com a mesma benevolência com que Se dignou dar-nos os outros bens. Assim rezando ao Pai com a oração do Filho, somos mais facilmente ouvidos.

Já antes tinha anunciado o dia em que os verdadeiros adoradores aprenderiam a adorar o Pai em espírito e em verdade (Jo. 4, 23), mas agora cumpre a promessa e faz de nós, santificados pelo espírito de verdade, verdadeiros e espirituais adoradores, conformes ao Seu ensinamento.

Que oração haverá mais espiritual do que aquela que nos ensinou Cristo, o qual enviou sobre nós o Espírito de Verdade? Que oração será mais verdadeira do que aquela que saiu dos lábios de Quem é a verdade?

Portanto, rezar de outra maneira diferente da que Cristo nos ensinou, não só é um ato de ignorância, mas uma culpa, pois Ele mesmo disse: “Vós rejeitastes o mandamento de Deus para acreditar na vossa doutrina” (Mc.7,8).

3. Seja a nossa oração a que o nosso Mestre nos ensinou. É cara e familiar a Deus a oração composta pelo Seu mesmo Filho. Assim, quando rezamos, o Pai reconhece as palavras do Filho.

Aquele que é hóspede do nosso coração esteja também nos nossos lábios. Se Cristo está junto do Pai como advogado para os nossos pecados, nós pecadores devemos rogar o perdão dos pecados com as mesmas palavras do Advogado. De fato, se Ele nos prometeu obter tudo o que pedirmos ao Pai em Seu Nome (Jo. 16, 23), quanto mais eficazmente obteremos o que pedimos em Nome de Cristo se o pedimos com a Sua mesma oração?

4. Os que rezam, tenham devoção à doçura das palavras. Pensemos estar na presença de Deus e por isso devemos ser aceites aos Seus olhos pela atitude do corpo e pela maneira como rezamos. Como é imprudente quem pede sem piedade, assim a oração convém que seja em tom respeitoso e submisso. O Senhor ensinou-nos a rezar no silêncio e nos lugares escondidos das nossas casas. Esta atitude é mais adequada à nossa fé para que saibamos e jamais olvidemos que Deus está em toda a parte, vê tudo e atende a todos, enche com a plenitude da Sua majestade os lugares mais recônditos.

Está escrito: “Não sou Eu o Deus do alto e o Deus que está a teu lado? Se o homem se esconde, deixo acaso de o ver? Não sou Eu que encho o céu e a terra?” (Jr. 23, 23-24). “Em todo o lugar os olhos de Deus observam os bons e os maus” (Pv. 15,3). E quando nos juntamos aos outros irmãos para celebrar com o Sacerdote o Sacrifício divino, devemos recordar-nos de ser devotos e disciplinados na oração e não espalhá-la ao vento numa seqüência de palavras, nem dirigi-Ia a Deus precipitadamente, mas sim com propósitos. Deus não escuta a voz, mas o coração. Deus, que perscruta os pensamentos humanos, não quer ser rogado com gritos. Diz assim o Mestre: “Que andais vós a ruminar nos vossos corações” (Lc. 5, 22) e ainda: “Todas as Igrejas saibam que Eu perscruto os rins e os corações” (Ap. 2, 23).

5. Já nos mostra isto o primeiro Livro dos Reis com o exemplo de Ana, figura da Igreja. Ana rezava ao Senhor não com palavras clamorosas mas na humildade e no silêncio com o seu coração. A sua oração era oculta, mas era manifesta a sua fé. Falava com o coração e não com a boca, porque só assim era ouvida por Deus. Por isso obteve o que pediu, porque rezou com fé, como atesta a Sagrada Escritura: “Falava no seu coração. Os seus lábios moviam-se, mas não se percebia a sua voz. E Deus escutou-a” (1 Re. 1, 13). O mesmo se lê nos Salmos (5, 5): “Pensai no silêncio dos vossos quartos”. Jeremias põe na boca de Deus estas palavras: “Encontrar-Me-eis se Me procurardes com todo o coração” (Jr. 24, 13).

6. Quando rezarmos não esqueçamos o publicano no templo, que não ousava levantar os olhos ao céu nem se atrevia a elevar as mãos, mas batia no peito em sinal de detestação dos seus pecados, e assim pedia a ajuda da misericórdia divina. Enquanto o fariseu se comprazia a si mesmo, o publicano, com a sua oração, mereceu ser santificado mais, visto que colocou a esperança da sua salvação não na sua inocência - pois ninguém é inocente - mas na humilde confissão dos seus pecados. E, Aquele que do Céu perdoa os humildes, ouviu a sua oração, como se lê na parábola evangélica que se segue: «Dois homens subiram ao templo para rezar; um era fariseu, o outro era publicano. O fariseu, de pé, rezava assim: “Eu Te dou graças, ó Deus, porque não sou como os outros homens, ladrões, injustos, adúlteros; nem tão pouco sou como aquele publicano. Eu jejuo duas vezes na semana e pago o dízimo de todos os meus bens”. O publicano, ao contrário, lá longe, nem se atrevia a erguer os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: “Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador”. Pois Eu vos digo que este voltou justificado para sua casa. Não aconteceu o mesmo com o outro, pois quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado» (Lc. 18, 10-14).

Também os Apóstolos, com todos os discípulos, rezavam assim depois da Ascensão do Senhor: «Perseveravam todos unanimemente na oração, com as mulheres e com Maria, Mãe de Jesus, e com os Seus irmãos» (At. 1, 14). Perseveravam concordemente na oração e assim demonstravam, com a assiduidade e unanimidade da sua oração, que Deus «faz habitar sob o mesmo teto todos os que estão de acordo» (Sl. 57, 7) e não admite à Sua divina e eterna habitação senão aqueles cuja oração é comum e unânime.

Fonte: https://www.ecclesia.org.br/

O programa da viagem do Papa ao Cazaquistão

A capital do Cazaquistão Nursultan Vatican News

Francisco irá ao Cazaquistão de 13 a 15 de setembro onde participará do VII Congresso de Líderes de Religiões Mundiais e Tradicionais. Na ocasião além dos muitos encontros e discursos será celebrada uma missa na Praça Expo da cidade de Nursultan, capital do país.

Jane Nogara - Vatican News

Na manhã desta terça-feira (02/08) a Sala de Imprensa da Santa Sé apresentou o programa oficial da próxima viagem do Papa Francisco. De fato, de 13 a 15 de setembro, Francisco irá ao Cazaquistão por ocasião do VII Congresso de Líderes de Religiões Mundiais e Tradicionais.

No dia 13 de setembro, terça-feira, após a chegada à capital Nursultan às 17h45, Francisco será recebido em uma cerimônia de boas-vindas no Palácio Presidencial e em seguida fará uma visita de cortesia ao Presidente da República Kassym-Jomart Tokayev. No mesmo dia, às 19h30 o Papa terá um encontro com as Autoridades, a Sociedade Civil e o Corpo Diplomático na "Qazaq Concert Hall", onde fará seu primeiro discurso.

No dia seguinte, quarta-feira 14, depois de um Momento de Oração em silêncio dos Líderes Religiosos, o Papa participará da abertura e sessão plenária do VII Congresso de Líderes de Religiões Mundiais e Tradicionais no Palácio da Paz e da Reconciliação. Na ocasião o Papa fará seu segundo discurso. Na conclusão do evento, cerca de 12 horas o Papa terá alguns encontros privados com líderes religiosos no mesmo local. À tarde (16h30) será realizada uma Santa Missa na Praça da Expo na qual o Santo Padre fará a homilia.

O último dia da visita do Papa ao Cazaquistão (15/09), segundo o programa da Sala de Imprensa da Santa Sé, iniciará com um encontro privado com os membros da Companhia de Jesus que será realizado na Nunciatura Apostólica local. Em seguida Francisco terá um encontro com os Bispos, os Sacerdotes, os Diáconos, os Consagrados e os Seminaristas assim como Agentes da Pastoral na Catedral Mãe de Deus do Perpétuo Socorro, onde será proferido seu terceiro discurso da viagem.

Na parte da tarde do dia 15 de setembro, seu último compromisso será a participação no Palácio da Paz e da Reconciliação da “Leitura da Declaração final e conclusão do Congresso”. Na ocasião fará o quarto discurso da viagem. Em seguida o Papa irá ao Aeroporto Internacional para a Cerimônia de Despedida e fará seu regresso a Roma às 16h45, com previsão de chegada às 20h15.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

China: Bispo ameaça negar sacramentos aos católicos que não se registrarem na Associação Patriótica Comunista

Guadium Press
Mons. Francis An Shuxin ameaça suspender a administração dos sacramentos aos católicos que não se unirem à Associação Patriótica Católica do Partido Comunista Chinês.

Redação (03/08/2022 11:20Gaudium Press) Mons. Francis An Shuxin, bispo oficial de Baoding – que permaneceu confinado numa prisão de 1996 a 2006, e em 2009, fraquejou e aceitou a se registrar na Associação Patriótica do Partido Comunista – agora ameaça a suspender os sacramentos àqueles que se negam a se unir à “Igreja oficial” comunista da China.

Estima-se que seis milhões de católicos estejam registrados no PCC. A igreja “subterrânea” ou “não oficial” é composta por vários milhões de católicos na China que se recusam a ingressar na Associação Patriótica e são leais a Roma.

Conforme noticiado pelo Asia News, em 15 de julho, o Prelado publicou uma carta convidando os sacerdotes a se registrarem na Associação Católica Patriótica da China, alertando que o não fazer isso restringiria seu acesso aos sacramentos.

O Prelado pediu também aos fiéis da Diocese de Baoding que aceitem os sacerdotes que se unirem à “igreja oficial”, para promover a unidade na Igreja local.

Para apoiar seu pedido, o Prelado citou declarações pontifícias, o acordo provisório entre o Vaticano e a China, que vigorará até outubro deste ano, e a Orientação Pastoral da Santa Sé sobre o registro civil do Clero na China.

Uma fonte chinesa do Asia News denunciou que este ano as autoridades do regime comunista estão usando a Orientação Pastoral do Vaticano para forçar os sacerdotes do país, particularmente em Hebei, a ingressar na Associação Patriótica e, assim, realizar uma “transformação” do clero no país.

Além de “restringir totalmente as liberdades pessoais do clero não oficial – com monitoramento e prisão -“, agora “este documento tornou-se a arma mais poderosa do governo para ‘transformar’ o clero clandestino sob a bandeira do Vaticano”, afirmou.

“Em Baoding, por exemplo, sacerdotes conhecidos há décadas por sua fidelidade [a Roma], em apenas dois ou três meses assinaram o que antes consideravam ‘contrário’ à sua fé e compartilharam a Eucaristia com o bispo An, que já havia se unido à Associação Patriótica. Eles pensaram que era a vontade da Santa Sé”, acrescentou.

“Depois de assinar alguns sacerdotes sofreram um colapso nervoso, enquanto outros se arrependeram do que fizeram e reagiram com grande pesar. Em alguns casos, os padres que se juntaram à Igreja oficial foram rejeitados por seus paroquianos e tiveram que voltar para casa e se isolar. Como consequência, a Diocese de Baoding está agora em um estado de caos sem precedentes”, ressaltou.

Com informações Aciprensa.

Fonte: https://gaudiumpress.org/

O caçula chegou: como amenizar o ciúme do filho mais velho

Shutterstock
Por Ricardo Sanches

Algumas atitudes deram muito certo nesta família e também podem funcionar aí na sua!

Quando meu filho caçula nasceu, o mais velho tinha quase dez anos. Minha esposa e eu queríamos que tivesse sido antes, mas este foi o plano perfeito de Deus para a nossa família. Claro que lamentamos um pouco a demora, porém tentamos enxergar algumas vantagens nesta grande diferença de idade. Achávamos, por exemplo, que o mais velho, por conta da idade, não teria tanto ciúme do mais novo. Ledo engano!

Logo nos primeiros dias após o nascimento do mais novo, já percebi que o primogênito ficou meio cabisbaixo. Grande parte das nossas atenções eram, obviamente, para o recém-nascido, e o mais velho logo pensou que estava perdendo espaço, apesar de toda preparação que fizemos com ele durante a gestação do irmão.

Senti, então, que era hora de começar a agir mais especificamente para tentar amenizar o ciúme logo no começo. Sim, amenizar, porque esse sentimento parece estar longe de acabar. Ele já é um adolescente, mas as comparações com o irmão, as cobranças e o sentimento de vitimização e perda de espaço, às vezes, são mais evidentes.

Entretanto, penso que isso poderia ter tomado proporções maiores, caso minha esposa e eu não tivéssem os dado a importância que o sentimento tem e adotado algumas atitudes.

Psicólogos e especialistas em educação indicam várias técnicas e conselhos excelentes aos pais que querem evitar danos maiores provocados pelo ciúme entre irmãos. Eu, como pai, segui algumas dessas dicas e compartilho o que deu certo aqui em casa.

1CONVERSAR, CONVERSAR E CONVERSAR

Independentemente da idade do filho mais velho, é preciso conversar muito com ele, preparando-o para a chegada do caçula. Depois do nascimento, o diálogo deve ser ainda mais frequente. Aqui em casa, falamos muito sobre a necessidade de dar um pouco mais de atenção ao irmãozinho recém-nascido, que requer cuidados especiais durante um tempo. Depois, conforme o bebê ia crescendo, conversávamos com o mais velho que o espaço dele dentro de nossos corações e do nosso dia a dia era o mesmo, que não havia nenhum tipo de divisão de sentimentos, que papai e mamãe amam os dois verdadeiramente e da mesma forma.

Nestas conversas, temos o cuidado de não fazer comparações, mas sim de reforçar algumas lembranças, como: “olha, quando você era menor, a gente fazia a mesma coisa com você”. Isso funcionou e funciona muito bem sempre que existem algumas crises de ciúme. Se você pegar um álbum de fotos e mostrar momentos especiais que a família passou com o mais velho, garanto que a faisquinha de ciúme vai se apagar…

2INCLUIR

Acredite: incluir o mais velho nos cuidados com o caçula realmente faz a diferença. Eu costumava chamar o meu grandão para ajudar no banho do pequeno, a escolher a roupa dele, a limpar a boquinha do bebê. Durante a pandemia, quando a escola passou a ser on-line e todos ficamos mais dentro de casa, o ciúme só não foi maior porque nós incluímos o mais velho em todos os afazeres da rotina doméstica. Ele ajudava, inclusive, a olhar do mais novo enquanto minha esposa e eu mantínhamos nossos comissos profissionais no home-office. Com isso, ele se sentiu mais útil e essa inclusão tomou, por tempos, o espaço que era do ciúme.

3ENSINAR A AMAR

O ciúme carrega com ele uma pontinha de raiva e de sentimento de perda (de espaço, de atenção). É por isso que muitos irmãos mais velhos costumam bater nos mais novos. Entretanto, o amor de irmão é algo natural, está no coração deles. Nossa função, então, é fazer esse amor se sobressair ao ciúme. Como? Com as mesmas estratégias de cuidado, conversa e inclusão. Outra dica é mostrar a evolução do mais novo e apontar o que o mais velho ensinou ao irmãozinho que fez a diferença no desenvolvimento dele. Pode ser uma palavrinha que ele ensinou o bebê a falar, uma brincadeira, uma gracinha. Aos poucos, o mais velho vai se sentindo orgulho do irmão e reconhecendo o amor que sente por ele.

Uma das primeiras palavras que o meu caçula falou foi “Tati”, referindo-se a “Tato” (o apelido do mais velho). Você consegue imaginar o quanto isso o encheu de orgulho e amor?

4RESERVAR UM TEMPO EXCLUSIVO PARA CADA FILHO

Não tem jeito: os pais precisam reservar um tempo para se dedicar exclusivamente a cada filho. Eu sei que isso pode ser difícil, principalmente para as famílias mais numerosas e para aquelas que não possuem rede de apoio. Mas tente encontrar esse tempo na rotina de vocês, por menor que seja. Pode ser um tempinho para brincar, conversar, tomar um sorvete, fazer uma viagem ou para praticar um esporte. Mas tem que ser um momento só dos pais (ou apenas do pai ou da mãe) com um dos filhos. Aproveite para conhecer mais seu filho, entender os sentimentos dele, mostrar que ele é tão importante para você quanto o irmão.

Lembro-me que quando o meu caçula ainda era bebê eu resolvi fazer uma pequena viagem com o mais velho. Fomos conhecer museus e assistir, pela primeira vez, uma partida internacional de futebol. Isso foi muito importante e rendeu frutos por muito tempo. Só é preciso tomar cuidado para que seu filho não queria usar esses momentos como barganha!

Hoje posso dizer que conseguimos criar uma rotina em que o ciúme entre os dois irmãos tem cada vez menos espaço. Portanto, desejo que você encontre este caminho de paz e harmonia familiar.

espero que você consiga adotar essas técnicas e que elas funcionem tão bem como funcionaram na minha família!

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF