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domingo, 27 de novembro de 2022

Catequista dá dicas de como falar do Advento com as crianças

Foto: Flickr - Manuel (CC-BY-NC-ND-2.0)
Por Natália Zimbrão

REDAÇÃO CENTRAL, 25 Nov. 22 / 03:13 pm (ACI).- No domingo (27) começa o Advento, quando a Igreja se prepara para o Natal. Trata-se, segundo o catequista Wanderson Saavedra de um “tempo muito importante para a catequese, tempo de falar com as crianças sobre Cristo que vem habitar entre nós, de preparação para a chegada do Salvador”. Para isso, deu algumas dicas de como abordar esse tema na catequese infantil.

Wanderson Saavedra é catequista na paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Luziânia (GO), coordenador da Iniciação à Vida Cristã na diocese de Luziânia e secretário da Comissão para Animação Bíblico-Catequética do Regional Centro-Oeste da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Em janeiro deste ano, foi instituído no ministério de catequista pelo papa Francisco em missa celebrada na basílica de São Pedro, no Vaticano.

Segundo as Normas Gerais para o Ano Litúrgico e o Calendário, da congregação para o Culto Divino: “O Tempo do Advento possui dupla característica: sendo um tempo de preparação para as solenidades do Natal, em que se comemora a primeira vinda do Filho de Deus entre os homens, é também um tempo em que, por meio desta lembrança, voltam-se os corações para a expectativa da segunda vinda do Cristo no fim dos tempos. Por este duplo motivo, o Tempo do Advento se apresenta como um tempo de piedosa e alegre expectativa”.

Assim, nas duas primeiras semanas do Advento, reflete-se sobre a vinda do Senhor quando ocorrer o fim dos tempos, enquanto nas duas seguintes se reflete sobre o nascimento de Jesus no Natal.

Nesse tempo, a cor litúrgica é o roxo como símbolo de preparação e penitência. A exceção é o terceiro domingo do Advento, também chamado Domingo Gaudete (da alegria), quando se pode usar a cor rósea e a Igreja convida os fiéis a se alegrarem porque está próxima a vinda do Senhor. Além disso, neste tempo litúrgico não é entoado o hino do Glória, a fim de expressar essa característica de preparação e penitência.

A Instrução Geral do Missal Romano também dá indicações em relação à ornamentação da Igreja e ao uso do órgão e outros instrumentos musicais nas missas e determina que ambos se façam “com a moderação que convém à índole deste tempo, de modo a não antecipar a plena alegria do Natal do Senhor”.  

Para Saavedra, “falar para as crianças do Cristo que está chegando, que vem habitar entre nós é muito interessante. É um tempo de esperança, de preparação. Quando você começa a trabalhar na catequese esses pequenos passos da esperança, do Salvador que está para chegar, fica uma catequese muito tranquila, muito mais serena”, disse. Ele destacou a importância de abordar o tema de “uma forma mais vivencial”, a fim de que as crianças possam “perceber que este é um tempo próprio, é um momento de espera”.

Segundo o catequista, uma maneira para falar sobre o Advento na catequese infantil é “fazer alguns trabalhos manuais” e “o primeiro deles é o presépio”. “É muito rico trabalharmos na catequese durante esse tempo o presépio, a preparação. A cada encontro, você vai acrescentando algum detalhe e as crianças vão trabalhando essa expectativa da espera”, disse.

Outra dica dada por Saavedra é utilizar a coroa do Advento. “Podemos trabalhar com as crianças a confecção da coroa, explicando todos os seus significados, dizer porque a cada final de semana se acende uma vela”. Segundo ele, essa abordagem gera também uma “conexão entre catequese e liturgia”. “É tão interessante quando fazemos esses trabalhos com as crianças nos encontros que, quando elas chegam à celebração da missa, elas lembram”, disse.

Também é possível propor às crianças “compromissos semanais”. “Em cada encontro, temos compromissos que o próprio evangelho nos pede, como a questão da esperança, do anúncio de Jesus, da caridade. Então, o catequista pode propor como viver isso em família, fazer momentos de oração, pequenos gestos. E, no encontro seguinte, a criança relata como foi. Isso sempre baseado no evangelho que foi trabalho nesse período do Advento”, sugeriu.

Wanderson Saavedra destacou ainda a importância de envolver as famílias, por exemplo, com “encontros familiares voltados para o nascimento de Cristo”. “Por causa da pandemia, tivemos uma pausa, mas aqui costumamos fazer o sarau de Natal, com encenação com as crianças, a presença das famílias e eles se sentem muito próximos”, contou.

Além disso, afirmou, “devemos trabalhar a questão do Advento dentro das famílias usando a novena de Natal”, que “traz um aspecto muito rico sobre a vinda de Cristo”. O catequista disse que as crianças “gostam de fazer esses momentos e de estar à frente”. Segundo ele, “muitas vezes, acaba que a própria criança catequiza a família e consegue passar essa mensagem tão linda do Natal”.

Por fim, Saavedra afirmou que, além de pensar nas crianças, os catequistas devem também estar atentos a si próprios, pois “para preparar as crianças, é preciso primeiro estar preparado”. “Nós, como catequistas, precisamos ter esse discernimento, estarmos preparados. Para as crianças, falamos muito que Cristo vai nascer, que Ele está conosco. Mas, e nós? Precisamos nos preparar e o Advento é isso, esse momento de espera, de preparação, de anúncio que o nosso Salvador está para chegar”.

Fonte: https://acidigital.com/

Reflexão para o 1º Domingo do Advento - Ano A

Evangelho do domingo | Vatican News

Vivamos de modo feliz, alegre, fazendo o que o Senhor nos pediu, sem outra preocupação a não ser amar e servir.

Padre Cesar Augusto, SJ – Vatican News

Iniciamos um novo ano litúrgico e, com ele, nova oportunidade para colocarmos nossa vida de acordo com a mensagem cristã extraída da Sagrada Escritura.

O Evangelho de hoje nos fala da segunda vinda de Jesus. O tempo do Advento, que ora iniciamos, tem o objetivo de nos preparar para essa segunda vinda. É verdade que tudo nos leva a nos preparamos para o Natal, mas a liturgia deseja, de modo especial, nos preparar para o encontro definitivo com Cristo, cuja celebração natalina também tem idêntico objetivo.

No Evangelho, Jesus nos diz que é no dia a dia que Deus vem ao nosso encontro, como aconteceu na época de Noé. Apesar de se comentar que aquele tempo chegava ao seu fim, nem todos acreditavam e até zombavam dos que levaram a notícia a sério.

Também nós estamos em um mundo onde as coisas terminam, até o ser humano se extingue! Portanto estamos em um mundo que tem seu fim e para tal deveremos nos preparar.  Se meus antepassados já não mais existem, se pessoas que eu conheci já não mais estão sobre a terra, devo me preparar porque minha hora, meu momento vai chegar. Essa preparação não deve ser de modo estático ou trágico como algumas pessoas pensam, mas de modo dinâmico, dentro da vida diária, sem se fazer nada de especial, apenas praticando os ensinamentos do Senhor, amando a Deus e ao próximo. Nosso fim, nossa morte é certa e inevitável. Da morte ninguém escapa, é uma certeza! Apenas não sabemos quando e nem como.

Por isso é importante que estejamos preparados para esse momento que eternizará nossa existência.

Lembro-me de uma brincadeira de criança chamada “brincar de estátua”. As crianças estão pulando, dançando, fazendo qualquer coisa e aí o coleguinha grita “estátua” e todos deverão permanecer paralisados, como estavam quando ouviram o grito “estátua”. Também assim será o momento do encontro com Deus. Quando o Senhor nos chamar, quando disser “estátua”, não haverá possibilidade alguma de mudança, mas nos apresentaremos a Ele como fomos encontrados. Portanto aquele ditado que diz “Para onde a árvore pende, para lá cairá”, é uma grande verdade.

Aquele será o dia da nossa realidade, quando não mais poderemos mudar de coisas. Ao preencher a última página no livro de nossa existência, tudo estará consumado. Tudo estará nas mãos de Deus.

Portanto, vivamos de modo feliz, alegre, fazendo o que o Senhor nos pediu, sem outra preocupação a não ser amar e servir.

Nossa vida, nossa saúde, nossos dons e bens, intelectuais, espirituais e materiais deverão ser colocados à disposição de Deus, ou seja, das pessoas que Ele colocou em nossa vida, para que sejam felizes, para que O conheçam e O amem. Isso será eternizado quando chegar ao fim nossa participação neste mundo. Não sirvamos de nossa vida e dos bens que possuímos para nossa própria ruína. Deus nos criou livres e assim nos deixa viver. Sejamos responsáveis!

Poderíamos nos perguntar: Meu marido, minha mulher, meu filho, minha filha, meu pai, minha mãe, meu irmão, minha irmã, meu amigo, minha amiga, meu companheiro, minha companheira, enfim essas pessoas que Deus colocou por um tempo em minha vida, se tornaram mais felizes porque conviveram comigo ou minha presença foi ocasião de desilusão e fracasso? Aí já está o nosso juízo. Minha vida valeu? Ainda há tempo! Estamos vivos! Poderemos mudar!

É tempo de Advento

Advento | dioceseleopoldina

É TEMPO DE ADVENTO

 

 

Dom Rodolfo Luís Weber
Arcebispo de Passo Fundo (RS)

Este domingo abre o tempo do Advento. Dois temas são centrais no tempo preparatório para a o Natal: a celebração da primeira vinda de Jesus Cristo no Natal e o anúncio da sua segunda vinda. No tempo presente os cristãos são convidados a acolherem nos acontecimentos diários da história pessoal e comunitária as vindas e manifestações de Deus. O Advento é um tempo a ser vivido na vigilância, conforme os textos bíblicos da liturgia Isaías 2,1-5, Salmo 121, Romanos 13,11-14 e Mateus 24,37-44). Também é um tempo a ser vivido na virtude teologal da esperança pois Deus realiza maravilhas em favor de seu povo. 

A vinda de Deus em direção aos homens é uma constante na história que começa na criação e vai até a parusia. O primeiro movimento é sempre de Deus, tanto que é Ele é definido como “Aquele que vem”. Por isto, o Advento convida-nos a andar ao seu encontro e deixar-se encontrar por Ele. A admoestação de São Paulo aos romanos elucida como deve-se ser feito este caminho de aproximação. “Já é hora de despertar” (…) a noite já vai adiantada, o dia vem chegando: despojemo-nos das ações das trevas e vistamos as armas da luz. Procedamos honestamente, como em pleno dia (…), revesti-vos do Senhor Jesus Cristo”. Vigiar é não se deixar tomar pela distração, pela superficialidade, pelo desencorajamento, mas viver preocupado consigo, com o próximo e com o mundo.  Portanto, a vigilância permite perceber a presença da Deus nas mais variadas situações da vida pessoal e social.   

O Advento é tempo de esperança. “Na esperança é que fomos salvos”, diz São Paulo aos romanos 8, 24. A grande esperança é Deus que abraça o universo e nos pode propor aquilo, que sozinhos, não podemos conseguir. O Advento é tempo favorável para a redescoberta da esperança, não aquela vaga e ilusória, mas certa e confiável, porque está fundamentada em Jesus Cristo, sendo Deus assumiu a vida humana.  

A liberdade humana permite dizer “sim” ou “não” a Deus. O ser humano pode apagar a esperança eliminando do seu horizonte a presença de Deus para viver somente por si mesmo. Como Deus conhece os humanos, não cesse de buscá-los e bater à sua porta, como um humilde peregrino em busca de hospedagem como aconteceu em Belém. Através da Igreja Deus fala à humanidade e se aproxima dela. A liturgia do Advento é a resposta da Igreja para despertar no mundo o desejo de Deus. 

A esperança cristã chama-se “teologal” porque Deus é a sua fonte, o seu ponto de apoio e o seu fim. A esperança está relacionada com a fé. Cremos no Deus que veio habitar entre nós, no Deus misericordioso e bondoso, na morte e ressurreição de Jesus na qual revelou uma esperança inabalável que nem a morte pode derrubar, porque a vida de quem se entrega a Deus abre-se à perspectiva da eternidade. Por isso a grande esperança, a plena e definitiva, é garantida por Deus, que é Amor, que nos visitou. É em Cristo que esperamos. É Ele que aguardamos no Natal. 

A espera, a expectativa está presente no cotidiano, desde o aguardar numa fila de mercado até momentos mais importantes que empenham mais atenção e dedicação, como a espera de um filho da parte dos esposos. É possível dizer que os humanos vivem enquanto esperam, enquanto no seu coração estiver viva a esperança. Pode-se dizer que a estatura moral e espiritual das pessoas pode ser medida a partir daquilo que aguardam, daquilo que esperam. A pergunta que cabe a cada um de nós, especialmente no tempo do Advento que prepara para o Natal: o que espero? para onde tende o meu coração? da minha família, do mundo? Espero a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo?

sábado, 26 de novembro de 2022

Ciência revela que mostrar gratidão nos torna mais felizes

Ground Picture | Shutterstock
Por Cerith Gardiner

Ser grato gera muitos benefícios - e este é um bom momento para nos comprometermos novamente com a prática.

Quando temos um verdadeiro sentimento de gratidão, estamos fazendo um grande favor a nós mesmos, de acordo com estudos relatados no Daily Health Post.

Os cientistas descobriram que o próprio ato de sentir-nos gratos é benéfico para nossa saúde. Um estudo liderado pelos psicólogos Dr. Robert Emmons, da Universidade da Califórnia em Davis, e Dr. Michael McCullough, da Universidade de Miami, se baseou no feedback de três grupos de pessoas sobre os efeitos físicos da prática da gratidão. O que eles constataram é que o cérebro responde a sentimentos genuínos de gratidão. Portanto, quando você ensina os seus filhos a dizer “obrigado”, você também está fazendo um favor a eles.

Durante a pesquisa, os psicólogos pediram aos diferentes grupos de estudo que registrassem informações diferentes: o primeiro manteve um diário de gratidão; o segundo anotou pontos que os incomodaram naquele dia; e o último apenas registrou os sentimentos daquele dia.

Após dez semanas, os pesquisadores puderam afirmar que as pessoas que expressaram gratidão diária se mostraram mais positivas e otimistas do que as dos outros grupos, além de estarem fisicamente mais dispostos, com menos idas ao médico do que os outros dois grupos.

Esse feedback positivo já é animador, mas estudos posteriores mostraram efeitos mais tangíveis da gratidão no indivíduo. Primeiro, as pessoas que praticam a gratidão sentem menos ansiedade e, portanto, têm melhores noites de sono. Por sua vez, o bom sono e o menor estresse reduzem as chances de insuficiência cardíaca.

Sendo o cérebro tão complexo, há efeitos ainda mais positivos da gratidão. Os cientistas descobriram que um dos neuroquímicos liberados pelo ato de gratidão é o hormônio do prazer, a dopamina – que, aliás, pode ser reexperimentada quando a pessoa revive a emoção da gratidão.

O artigo do Daily Health Post registra sobre a ciência da gratidão:

“O simples ato de escrever palavras gratas se mostrou associado a uma sensibilidade neural significativamente maior e duradoura à gratidão – os indivíduos que participaram da ação de escrever cartas de agradecimento mostraram aumentos comportamentais na própria gratidão e uma modulação neural significativamente maior pela gratidão no córtex pré-frontal medial depois de três meses”.

Estes fatos têm impacto positivo também nos adolescentes que expressam gratidão. O sentimento positivo advindo de sentir-se gratos parece criar um sentimento de autoestima no adolescente, bem como de compaixão pelos outros, segundo um estudo da Frontiers. Portanto, é uma prática a ser incentivada em qualquer adolescente, para que eles possam cuidar dos outros e, ao mesmo tempo, manter-se num caminho positivo ao longo desses anos conturbados.

Expressar gratidão pode ser útil ainda no casamento. Em vez de criticar e criticar, quando um cônjuge dedica tempo a mostrar gratidão ao outro, ele não apenas faz o outro sentir-se valorizado, mas ele próprio também sente prazer, conforme detalhado em relatório da Clinical Psychology Review.

A ciência da gratidão mostra que vale a pena fazer dessa atitude um hábito diário, como indivíduos e como família, para colher os frutos positivos que ela pode fazer germinar.

Você pode ler o artigo completo do Daily Health Post aqui.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Cardeal Sergio da Rocha: Cuidar de si e do outro

Cardeal Sergio da Rocha, arcebispo de Salvador e
Primaz do Brasil 

O cuidado de si necessita do outro, a partir dos círculos mais próximos de relacionamentos, como a família. A experiência de ser amado é fundamental na superação de enfermidades, especialmente quando se trata de distúrbios de cunho psicológico.

Cardeal Sergio da Rocha - Arcebispo de São Salvador da Bahia, Primaz do Brasil

O cuidado da pessoa tem incluído, sempre mais, a atenção à saúde, apesar das dificuldades constatadas na prevenção de enfermidades e no atendimento médico-hospitalar. É preciso considerar a pessoa humana com suas várias dimensões, que não devem ser descuidadas, incluindo-se a emocional e a espiritual, que nem sempre recebem a devida atenção. Infelizmente, muitas vezes, a busca de ajuda ocorre quando já se instalou ou agravou uma enfermidade. As dificuldades de acesso aos serviços de saúde e os seus altos custos pesam bastante, agravando situações que poderiam ser prevenidas ou tratadas no devido tempo.

Embora seja sempre necessário o papel de cada um no cuidado da própria saúde, é muito importante a atenção das pessoas mais próximas, como familiares, amigos e colegas de trabalho. A ajuda fraterna respeitosa, sem alarmismos, pode contribuir bastante para que alguém possa reconhecer quadros de enfermidade e a buscar o devido tratamento, sem medo ou vergonha. A presença amiga e solidária é sempre muito importante junto de quem passa por situações de maior fragilidade na saúde, mas a ajuda especializada pode ser muito necessária.

Os casos de depressão, ansiedade e estresse aumentaram no contexto da pandemia. As incertezas, o medo, a enfermidade ou morte de familiares e amigos, as dificuldades econômicas, têm repercutido na vida das pessoas, afetando também a saúde mental. Dentre os diversos fatores importantes de proteção da saúde mental estão o sentido dado à própria existência, a redescoberta do valor e da alegria de viver e as atividades religiosas.  No campo da espiritualidade têm sido revalorizados, hoje, a meditação, o silêncio e a oração, assim como a participação numa comunidade fraterna e acolhedora.

O cuidado de si necessita do outro, a partir dos círculos mais próximos de relacionamentos, como a família. A experiência de ser amado é fundamental na superação de enfermidades, especialmente quando se trata de distúrbios de cunho psicológico. O amor que se expressa no cuidado de quem sofre contribui para a cura. Não podemos cansar de amar quem passa por momentos de angústia e depressão e necessita de maior atenção fraterna e de cuidados. Amigos, familiares e profissionais de saúde compartilham a tarefa bela e exigente de cuidar.  Contudo, os problemas não se restringem ao interior das casas ou ambientes de trabalho. Merecem especial atenção, dentre outros, os que estão abandonados nas ruas, os que estão nas prisões e quem está em situação de extrema pobreza. As doenças mentais não implicam em menor dignidade humana ou menos direito à assistência médica. É necessário olhar com mais atenção e cuidar da vida fragilizada pelas enfermidades, com especial atenção aos problemas de saúde de cunho psiquiátrico ou psicológico.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Leonardo de Porto Maurício

S. Leonardo de Porto Maurício | santo.cancaonova
26 de novembro
São Leonardo de Porto Maurício

Origens

Seu nome de batismo era Paulo Jerônimo. Nasceu no ano 1676, em Porto Maurício, cidade conhecida hoje como Impéria, na Itália. Era filho de um capitão da marinha chamado Domingos Casanova. Porém, sendo ainda muito pequeno, ficou órfão. Por isso, foi levado para Roma, a fim de terminar seus estudos no famoso Colégio Romano. Concluída essa fase, foi para um convento franciscano chamado Retiro de São Boaventura. Lá, ingressou na Ordem Franciscana. Quando fez os votos, assumiu o nome de Frei Leonardo.

Pregador empolgante

Ordenado sacerdote, Frei Leonardo exerceu a maior parte de seu ministério na cidade de Florença, Itália. Era um pregador empolgante, principalmente nas vezes em que pregava sobre a Paixão de Cristo. Multidões acorriam para vê-lo e ouvi-lo. Percorreu a Itália inteira como missionário e pregador. Escreveu inúmeras obras de valor inestimável tanto para pregadores quanto para os fiéis. O Santo Afonso Maria de Ligório, que viveu na mesma época, afirmava que Frei Leonardo de Porto Maurício era o maior missionário a pregar naquele século.

Promotor da paz

Na ilha de Córsega havia uma enorme divisão entre os cidadãos. Era uma situação grave. Por isso, o Papa foi inspirado a usar os dons de Frei Leonardo para beneficiar o povo, enviando-o para lá com a difícil missão de promover a paz. E qual não foi a surpresa geral quando o sábio e humilde frade franciscano conseguiu reestabelecer a paz e a reconciliação na ilha através de um acordo de paz.

Salvador do Coliseu

São Leonardo de Porto Maurício é conhecido também como “O Salvador do Coliseu” e não é à toa. Num tempo em que o antigo edifício estava abandonado, depredado e suas pedras eram retiradas para serem usadas em outras construções, ele realizou ali, pela primeira vez, uma Via Sacra. Na celebração ele definiu aquele lugar como sagrado, santificado, por causa do sangue dos mártires derramado ali. A medida foi tão impactante que tornou-se tradição. Depois disso, o Coliseu passou a ser conservado. Tal Tradição permanece até hoje. Em toda Sexta-Feira da Paixão, o Papa celebra a Via-Sacra no Coliseu de Roma.

Profeta Mariano

São Leonardo foi também um grande devoto de Nossa Senhora. Desejava ardentemente que a Igreja proclamasse o dogma da Imaculada Conceição de Maria. Chegou a convencer Papa de então, Bento XIV, sobre a necessidade de convocar um concílio com o fim de discutir tal tema e, em seguida, proclamar o dogma. Ele não viveu para ver a proclamação, mas escreveu uma carta profecia na qual previu que o dogma seria proclamado um dia, como, de fato, o foi, no ano 1854.

Morte

Frei Leonardo faleceu no ano 1751, quando estava no Retiro de São Boaventura de Palatino, em Roma. Sua fama de santidade era tão grande que até mesmo o Papa Bento XIV ajoelhou-se em frente ao seu corpo. São Leonardo recebeu vários títulos como o “Santo da Via Sacra”, “Santo da Imaculada Conceição”, “Salvador do Coliseu” e “Pregador da Paixão de Cristo”. Mais tarde, o Papa Pio XI conferiu a ele o título de “Padroeiro de todos os sacerdotes que se entregam às missões no mundo.” São Leonardo de Porto Maurício é ainda festejado como padroeiro da cidade de Impéria, antiga Porto Maurício.

Oração a São Leonardo de Porto Maurício

“Ó Deus todo-poderoso e cheio de bondade, que fizestes de São Leonardo notável mensageiro do mistério da cruz, concedei, por sua intercessão, que, reconhecendo na terra as riquezas da cruz de Cristo, mereçamos alcançar nos céus os frutos da redenção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. São Leonardo, rogai por nós.”

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

«QUANDO AS PEDRAS VOLTAM A FALAR»

Igreja no ano de 1966 | neocatechumenaleiter
Kiko Argüello nos arredores | neocatechumenaleiter

CncMadrid

«QUANDO AS PEDRAS VOLTAM A FALAR»

No último 12 de outubro (2022), festa da Virgem do Pilar dia em que a Espanha comemora solenemente a aparição, no ano 40 DC, sobre um pilar de mármore às margens do rio Ebro, da Virgem Mãe de Deus ao apóstolo São Tiago e seus companheiros para animá-los a continuar na evangelização , em Fuentes de Carbonero o Maior, uma pequena aldeia próxima de Segóvia, desabitada desde 1960, foi realizada uma celebração com um significado verdadeiramente extraordinário.

A Eucaristia foi presidida pelo bispo de Segóvia, S. E. Mons. César Franco, acompanhado de mais de 30 presbíteros e com a presença de cerca de 500 pessoas que encheram o interior da Igreja e o espaço em volta. Esteve também presente o governador de Segóvia, Miguel Ángel de Vicente, a prefeita de Carbonero o Maior, María Ángeles Sanz, acompanhados de outras autoridades e representantes do Caminho Neocatecumenal do noroeste da Espanha e muitos irmãos de diversas comunidades neocatecumenais da Região. Foi comovente a participação de numerosos habitantes de Carbonero e dos filhos das famílias originárias de Fuentes antes de as casas desta pequena aldeia serem abandonadas e caírem em ruínas.

A área, mais à frente da pequena igreja agora completamente restaurada graças ao esforço e trabalho do Caminho, é cercada por uma paisagem campestre. Ao longe, podem ser vistas as paredes destruídas de algumas antigas casas rurais, uma pequena fonte no fundo de uma encosta e uma fazenda do outro lado do fosso.

O que este lugar tem de particular? Por que foi reconstruída uma igreja em um lugar abandonado pelos homens, do qual se poderia pensar que foi deixado de lado por Deus?

Igreja N. Sra. da Assunção – Fuentes de Carbonero | neocatechumenaleiter
Kiko Argüello no poço | neocatechumenaleiter

Foi lembrado antes da Eucaristia por Dom Antonio Riquelme, presbítero do Caminho responsável desta região, que leu uma mensagem enviada por Kiko Argüello, iniciador com Carmen Hernández do Caminho Neocatecumenal, que não pode estar presente ao evento, mas cuja história está unida a este lugar e que constitui a razão da recuperação deste edifício.

Deixemos que Kiko fale:

Bendigo a Deus, que permitiu a reconstrução desta pequena igreja, que foi tão importante para mim. Agradeço ao Sr. Bispo por sua presença e a todos os que tornaram possível a reabilitação deste templo.

O Caminho Neocatecumenal é uma Iniciação Cristã aprovada oficialmente pela Santa Sé em 2008. O Senhor se serviu de Carmen e de mim para esta renovação da Igreja nascida com a estrela do Vaticano II. Começou em 1964 entre os habitantes dos barracos de Palomeras Altas de Madri, quando os pobres com quem vivíamos nos pediram que lhes anunciássemos o Evangelho de Jesus Cristo. Uma grande alegria para todo o Caminho e para a Igreja será a abertura da Causa de Beatificação de Carmen Hernández em 4 de dezembro.

Deus quis que em 1965, desejando buscar um lugar de retiro e oração, encontrasse abandonada a igreja de Fuentes de Carbonero. Enquanto caminhava pelo planalto castelhano em um dia nublado, um raio de luz iluminou as pedras de mica que são abundantes na região, e de repente tudo ficou iluminado, e fiquei impressionadíssimo: a igreja no meio daquela planície era um verdadeiro deslumbre. Estava aberta e vazia; ainda tinha o retábulo e algumas imagens; a sacristia com paletes de madeira me serviu para dormir. Estive vivendo ali durante 15 dias, rezando, só e com grandes frutos. Vendo que era um lugar estupendo, retirei-me ali outras vezes, vivendo em solidão, em jejum e oração e dormindo com meu saco de dormir na sacristia.

Como passava um rio próximo desse lugar, decidi levar comigo uns irmãos dos barracos nesses dias de verão para que eles também tivessem férias. Vivemos uma semana de descanso, de comunhão e de amor. Fiquei impressionado ao ver que enquanto todas as casas do povoado estavam em ruínas, a única construção que estava de pé naquela aldeia abandonada era a igreja, e uma igreja cheia de pobres. Disse aos irmãos dos barracos para recolherem palha. Foram ao campo e cada família preparou para si a cama com palhas e cobertores. Era emocionante, dava para fazer um filme. Fora, todas as casas demolidas; dentro, a igreja cheia de pobres.

Carmen Hernández | neocatechumenaleiter
Irmãos no rio de Fuentes de Carbonero | neocatechumenaleiter

No último dia celebramos uma missa e vieram todos os do povoado que viviam em Carbonero. Alguns disseram que, ao ouvir o badalar dos sinos, choraram de emoção, porque fazia anos que não os ouvia tocar. Celebramos uma Missa e vieram participar conosco. Estavam emocionados; de novo haviam ouvido os sinos de seu povoado. A igreja ficou cheia. Havíamos adornado-a com flores e preparado muito bem; estava formidável.

Com o passar do tempo, este Kerigma anunciado aos pobres se concretizou em uma síntese catequética fundada sobre o tripé “Palavra de Deus – Liturgia – Comunidade” e cuja finalidade é conduzir as pessoas à comunhão fraterna e a uma fé adulta.

Este novo itinerário de Iniciação Cristã suscitou o interesse do então Arcebispo de Madri, Monsenhor Casimiro Morcillo, que nos animou a levá-lo às paróquias; assim se difundiu em Madri e em outras Dioceses espanholas. Em 1968 o Caminho começou em Roma e a partir dessa data foi-se difundindo em dioceses de todo o mundo.

Aqui celebramos a Vigília Pascal com os irmãos dos barracos e os da primeira comunidade de Madri. Não tínhamos luz; éramos iluminados por um círio velho que encontramos. Ao amanhecer comemos um cordeiro que havíamos encomendado em Carbonero.

Hoje, depois de 57 anos, os sinos de Fuentes de Carbonero voltam a ser ouvidos.  Como não agradecer ao Senhor? Como não agradecer à Santa Maria Virgem que inspirou o Caminho Neocatecumenal e justamente na festa do Pilar nos concede sua reabertura? Justamente hoje se comemora o descobrimento da América em 1492. A Virgem do Pilar: patrona da América hispânica, estrela da evangelização do novo continente. Foi a partir daqui que partiram os primeiros itinerantes do Caminho para evangelizar a América, que hoje está cheia de comunidades.

Rezem por mim.

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Depois da leitura do testemunho de Kiko foram realizadas a benção da Igreja restaurada e a Celebração da Eucaristia. O Bispo, em sua homilia, quis também destacar que a recuperação deste lugar é um “milagre” de Deus, que faz grandes coisas em nós, salientando a importância simbólica da reconstrução da igreja como sinal da missão da Igreja de anunciar a Cristo: “Este edifício – afirmou – exemplifica o que Kiko Argüello queria fazer e o que a Igreja faz desde suas origens, ou seja, evangelizar, catequizar, enviar ao mundo os que tem fé para continuar a única e definitiva missão de Cristo”. Assim, desejo a Kiko que mantenha o “valor com o que há evangelizado tantas pessoas por meio do Caminho, um Caminho que está dando muitos frutos à Igreja”. Precisamente a reconstrução desta igreja é “outro fruto do Caminho Neocatecumenal”.

Um sonho – uma visão.

O testemunho de Kiko e a benção da igreja de Fuentes depois do trabalho de reconstrução fazem que a partir deste lugar abandonado chegue a nós a lembrança da gênesis de alguns acontecimentos que são essenciais para a história do Caminho e que tiveram sua origem aqui em Fuentes: a Vigília Pascal, vivida segundo o redescobrimento do Concílio Vaticano II, e a forma de missão com equipes itinerantes.

Em outra história/testemunho do Kiko, ele acrescentou alguns detalhes que achamos importante lembrar como complemento ao que foi dito anteriormente. Em sua jornada de fé, Kiko teve a intuição de que Cristo estava presente no sofrimento dos “últimos na terra”. Seguindo os passos de São Charles de Foucauld, em 1964 decidiu ir viver com os mais pobres, num barraco de Palomeras Altas, nos arredores de Madri, onde conheceu Carmen Hernández, dando início assim a uma nova forma de pregação que pouco depois levou à formação de uma comunidade cristã.

Kiko nos conta:

“Nos barracos havia uma tal Vicenta (uma voluntária que ia ajudar os moradores dos barracos) e um dia lhe disse: “Olhe, antes que você viesse, nunca tínhamos nos agredido, e estivemos sempre em comunhão; desde que você veio, aqui há uma bagunça…”.  E ficou brava e decidiu ir embora. Era de Segóvia. E então um dia pensei em procurá-la e pedir-lhe perdão. Fui a seu povoado, Carbonero o Maior, e como não tinha o endereço, perguntei por ela e me disseram que estava na horta.

Eu comecei a caminhar tranquilamente pelo planalto castelhano, um deserto; o planalto castelhano é maravilhoso, parece a estepe russa. O dia estava nublado e de repente abriu-se um raio de luz e iluminou Fuentes. Acontece que as pedras daquele povoado são de mica, brilham; e de repente tudo se iluminou e fiquei muito impressionado. A igreja no meio daquela estepe era um verdadeiro deslumbre…

Em 1967 celebramos a Vigília Pascal na igreja de Fuentes com os irmãos de Palomeras e os da primeira paróquia de Madri.

Em 1969 D. Francesco Cuppini – o primeiro presbítero que acompanhou a Carmen e a mim – disse que viria comigo passar a Semana Santa. Fomos ali e não tínhamos luz, mas havia um círio antigo, e o acendemos.  Encomendamos no povoado ao lado um cordeiro para, ao amanhecer, comer na ceia pascal. Celebramos a Vigília Pascal sem luz, Francesco Cuppini a presidiu.

Também em Fuentes foi celebrada a primeira convivência de itinerantes, e desse lugar partiram para a América as primeiras equipes de evangelização.”

Kiko ficou muito impressionado pelo “raio de luz” que iluminava as pedras de mica, que davam uma nova visão a toda aquela região, com uma igreja abandonada. Esta visão nos fez recordar a outra igreja, outra palavra e outro sonho da vida de São Francisco de Assis.

Carmen Hernández e Kiko Argüello | neocatechumenaleiter

Na vida de São Francisco de Assis há dois acontecimentos muito interessantes, digamos assim, muito próximos de nós. Conta-se que estando próximo da igreja de São Damião, um pequeno edifício então em ruínas não distante de Assis, entrou para rezar, e durante a oração, enquanto seus olhos estavam fixos na Cruz do Senhor, ouviu uma voz que dizia: “Francisco, vai e repara minha igreja que, como tu vês, está em ruínas”. São Francisco pôs em seguida mãos à obra para reparar a igreja, mas logo compreendeu que o chamado do Senhor ia muito além. Na “Legenda Maior”, a vida de São Francisco escrita por São Boaventura, se conta o sonho do Papa Inocêncio III – admiravelmente pintado por Giotto na Basílica de Assis – em que viu a Basílica de São João de Latrão, que estava para desmoronar e que estava sustentada por um frade… Todos conhecemos a obra que Deus fez na Igreja por meio da reforma franciscana e não só na Igreja de então, mas até nossos dias.

A reconstrução da igreja de Fuentes cria um surpreendente paralelo entre a situação da Igreja no século XII e a situação atual. Certamente, sem ter nenhuma presunção, sabemos que são duas histórias e dois acontecimentos muito diferentes: ali está a história consolidada, aqui ainda se trata de uma “visão”, mas basta abrir um pouco os olhos para ver como Deus leva adiante a história: a Iniciação Cristã, iniciada por Kiko e Carmen, à luz do Concílio Vaticano II e seguindo suas pegadas, aberta em 135 países dos cinco continentes, é algo que realmente pode ser decisivo para a Igreja de nossos dias.

No centro, no coração deste Caminho está o redescobrimento da Páscoa, da Vigília Pascal, que o próprio Papa Francisco, aos bispos de Santo Domingo em visita “Ad limina”, reconheceu como um mérito do Caminho Neocatecumenal. E esta Vigília teve seu nascimento aqui, em Fuentes. De fato, Kiko e Carmen se aventuraram a celebrar com aquela primeira comunidade nascida entre os pobres da favela tanto a Páscoa do ano 1967 – durante toda a noite – como depois o Tríduo Pascal do ano 1969. A Páscoa foi também fundamental na formação do itinerário neocatecumenal, para dar força e impulso aos primeiros anos de Caminho. Com a beleza e a graça do Tríduo Pascal e a Vigília, foi fundamentada a transmissão da fé às famílias que iam formando as comunidades.

Alguns anos mais tarde, de 1º a 20 de agosto de 1969 – depois do início do Caminho na Itália –, Kiko e Carmen convocaram novamente aqui em Fuentes, em uma convivência., os primeiros irmãos nascidos destas evangelizações. E foi aqui que se formou a primeira equipe de missionários itinerantes que partiu para Colômbia.

Igreja da Assunção em Fuentes de Carbonero | neocatechumenaleiter
Kiko Argüello | neocatechumenaleiter
Igreja da Assunção em Fuentes de Carbonero | neocatechumenaleiter
Ezechiele Pasotti. Segundo telhado | neocatechumenaleiter

Reconstruir a igreja de Fuentes – tão importante para Kiko, como ele recordou em sua saudação – é como fazer memória destes quase 60 anos de história do Caminho: um necessário agradecimento a Deus que a partir dos barracos e a partir de Fuentes lançou a vida de Kiko e Carmen e a dos primeiros itinerantes a uma aventura que viu levar esse “raio de luz” aos cinco continentes e iluminar com estas “pedras de mica” para que se convertam em sinais de esperança no mundo de hoje para milhares e milhares de pessoas.

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Fonte: https://neocatechumenaleiter.org/pt-br

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF