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terça-feira, 13 de junho de 2023

Este foi o milagre de santo Antônio de Pádua com um bebê recém-nascido

Santo Antônio com o Menino Jesus / Wikipédia - Domínio Público

Por Abel Camasca

REDAÇÃO CENTRAL, 13 Jun. 23 / 10:05 am (ACI).- Santo Antônio de Pádua (1195-1231), Doutor da Igreja e padroeiro das mulheres estéreis que a Igreja celebra hoje (13), certa vez fez falar um recém-nascido para defender a honra de sua mãe.

Segundo os frades menores conventuais da basílica de Santo Antônio de Pádua, certa vez um pai de família ficou cheio de ciúmes e não quis reconhecer o bebê recém-nascido de sua mulher. Ele a acusava de adultério e se recusava a tocar no menino.

Santo Antônio tomou o bebê nos braços e lhe disse: "Eu te ordeno, em nome de Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, nascido da Virgem Maria, que me digas em voz clara, para que todos ouçam, quem é teu pai".

O menino olhou para o homem que não queria reconhecê-lo e respondeu: "Este é meu pai". Então, santo Antônio disse ao pai ciumento: "Pegue seu filho, ame sua esposa que é inocente e merece toda a sua confiança".

Fonte: https://www.acidigital.com/

segunda-feira, 12 de junho de 2023

Da Carta aos Romanos, de Santo Inácio de Antioquia, bispo e mártir

A Fé Cristã | diocesevaladares

Da Carta aos Romanos, de Santo Inácio de Antioquia, bispo e mártir

(3,1-5,3: Funk 1,215-219)            (Séc. I)

Não seja eu cristão de nome, mas, de fato

            A ninguém jamais seduzistes, mas ensinastes a outros. Quanto a mim também quero que continue firme o que ensinais e prescreveis. Pedi apenas para mim as forças interiores e exteriores, a fim de que não só fale, mas o queira; para que não só seja chamado de cristão, mas reconhecido como tal. Se me reconhecerem, então serei chamado cristão e minha fé será manifesta, quando não mais aparecer aos olhos do mundo. Nada do que é aparente é bom. Pois o nosso Deus, Jesus Cristo, ele mesmo, de novo vivo no Pai, agora se manifesta sempre mais. O cristianismo não é resultado de persuasão, mas de grandeza, quando é objeto de ódio para o mundo.

            Tenho escrito a todas as Igrejas e a todas elas faço saber que com alegria morro por Deus, contanto que vós não mo impeçais. Suplico-vos: não demonstreis por mim uma benevolência intempestiva. Deixai-me ser alimento das feras, porque, através delas, pode-se alcançar a Deus. Sou trigo de Deus: que seja eu triturado pelos dentes das feras para tornar-me puro pão de Cristo!

            Instigai, ao contrário, os animais para que neles encontre o meu sepulcro e nada reste de meu corpo para não ser pesado a ninguém, depois de adormecer. Então serei verdadeiro discípulo de Cristo, quando o mundo não mais vir sequer o meu corpo. Suplicai a Deus por mim, que por este meio me torne uma hóstia para Deus. Não vos dou ordens como Pedro e Paulo. Eles são apóstolos, eu, um condenado; eles, livres, eu, escravo até agora. Mas se eu sofrer, serei um liberto de Jesus Cristo e nele ressurgirei livre. Agora algemado, aprendo a nada cobiçar. Desde a Síria até Roma venho lutando, com as feras, de dia e de noite, por terra e mar, amarado a dez leopardos, isto é, ao grupo de soldados. Eles, ao receberem benefício tornam-se ainda piores. Aprendo mais com suas injúrias, mas só por isso não sou justificado.

            Quem me dera alegrar-me com as feras preparadas para mim! Desejo-as bem velozes. Afagá-las-ei para que me devorem depressa. Não aconteça comigo como a alguns nos quais nem sequer, medrosas, tocaram. Se elas resistirem e não quiserem, eu as obrigarei à força. Perdoai-me! Eu sei o que me convém. Agora começo a ser discípulo. Que nada, tanto das coisas visíveis quanto das invisíveis, segure o meu espírito, a fim de que eu possa alcançar a Jesus Cristo. Que o fogo, a cruz, um bando de feras, os dilaceramentos, os cortes, a deslocação dos ossos, o esquartejamento, as feridas pelo corpo todo, os duros tormentos do diabo venham sobre mim para que eu ganhe unicamente a Jesus Cristo!

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

Dia dos namorados: a importância de se preparar para o amor real

PeopleImages.com - Yuri A - Shutterstock

Por Talita Rodrigues

Amor real é dizer ao outro: “Eu não tenho absolutamente nada para te oferecer, além do meu coração e além do meu amor” .

Amor é dar ao outro o que ele precisa no dia a dia, mesmo que tenhamos que doar a nós mesmos. Amor é quando, juntos, algo deslumbrante acontece. Amor é entender que você dá o que tem para dar. 

O amor real precisa se despedir um pouco dos primeiros amores. É isso que precisamos deixar para podermos nos preparar para o amor real. Amor real é dizer ao outro: “Eu não tenho absolutamente nada para te oferecer, além do meu coração e além do meu amor.” 

O amor real é quando o outro olha para você, após suas palavras mais sinceras, e diz: “Eu não preciso de mais nada além do seu coração e do seu amor.” 

Aqui vai uma história: 

Havia um príncipe disposto a se casar, cortejado por várias moças com dotes. Nenhuma fez brilhar os olhos dele. De repente, bateu à porta desse príncipe uma mendiga. Ela disse-lhe: “Eu não tenho dotes. Eu não tenha nada a lhe oferecer além do meu coração. Em prova disso, para me casar com você, eu ficarei em sua varanda durante 100 dias. Passarei por estas tribulações por amor a você.” 

Pois bem, passaram-se os dias, e logo chegou o grande dia. Ela havia vivido na varanda daquele príncipe e enfrentado diversas tribulações durante exatamente noventa e nove dias e vinte e três horas. Faltando uma hora para o casamento, ela desistiu.

As pessoas se perguntavam o motivo de sua desistência de última hora. Ao chegar em casa, seu pai lhe perguntou: “Filha, você aguentou tanto tempo. Faltava apenas uma hora para se casar. Por que desistiu?” 

E a jovem respondeu: “Ele me viu na varanda durante noventa e nove dias e 23 horas. Durante esse tempo ele não foi capaz de me incentivar nem de passar pelas tribulações comigo. Não é esse amor que eu busco e mereço.” 

Você está preparado(a) para viver o amor da vida real? 

Para ler mais conteúdo como este, clique aqui e comece a seguir a psicóloga católica Talita Rodrigues no Instagram

Fonte: https://pt.aleteia.org/

A oração do rosário (I)

O Santo Rosário | Templário de Maria

A ORAÇÃO DO ROSÁRIO

Dom Aloísio Alberto Dilli
Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)

A ORAÇÃO DO ROSÁRIO (TERÇO) – I 

(...) Os cristãos católicos valorizam diversas formas de oração. Além das celebrações litúrgicas oficiais, surgiram, através da história, maneiras de rezar, de cunho mais popular e devocional. Uma delas é a oração do rosário ou do terço, enriquecendo a vida orante da Igreja, de modo simples, mas profundo e envolvente, sendo recomendada seguidamente pelo próprio magistério, como veremos mais adiante. Ultimamente esta oração, surgida da piedade popular, está recebendo nova valorização, sobretudo, pelo chamado Terço dos Homens, também crescente em nossa diocese. 

No programa de hoje, vamos refletir sobre a origem histórica do santo rosário (ou do terço) como uma das devoções que mais se difundiu, a partir da Idade Média até os nossos tempos. Nos primeiros séculos do cristianismo os mistérios da paixão-morte e ressurreição de Jesus Cristo, narrados pelos evangelistas, centralizavam a vida de oração e meditação da Igreja. É justamente a partir do mistério pascal do Senhor que foi surgindo o Ano Litúrgico da Igreja, com suas celebrações, enriquecidas ao longo da história. Mas a profundidade do mistério pascal nem sempre se tornou tão acessível a todo povo cristão, por motivos diversos. Na Idade Média, por exemplo, o clero e os monges tinham acesso à liturgia oficial e com ela nutriam sua espiritualidade, mas o povo simples, que não mais entendia a língua usada na liturgia (latim) e suas complexas cerimônias, nutria a piedade com diversas devoções, normalmente paralelas às cerimônias oficiais. Esta realidade se acentuaria até o Concílio Vaticano II (1962-1965). Privado, de certa forma, do alimento da Palavra de Deus e da participação consciente e ativa nas celebrações litúrgicas, o povo recorreu a formas alternativas ou substitutivas de oração. Tentou concentrar sua fé e piedade em torno dos mistérios essenciais da redenção: encarnação, paixão e ressurreição. Neste contexto surgiram o rosário (terço) com seus mistérios, o ângelus com o toque dos sinos, a via-sacra e outras devoções. Estas se difundiram rapidamente, sobretudo através dos pregadores itinerantes (dominicanos e franciscanos), respondendo a uma necessidade pastoral da época. Outro elemento que favoreceu a rápida difusão do rosário foi a tendência à repetição na liturgia da época. Neste contexto, os mistérios da encarnação (presépio), da paixão e morte (via-sacra) receberam atenção especial pelo realismo cênico e pelo toque da sensibilidade dos fiéis para com a humanidade de Jesus Cristo e da Virgem Maria.  

Já nos primórdios da era cristã, nós encontramos, entre os monges do antigo Egito, a prática de orações repetidas e contadas por grãos ou pedrinhas e, mais tarde, se faz referência ao uso de cordinha com grãos (KLEIN A., Il Culto di Maria Oggi, p. 265ss). A partir do século X era prescrita, aos religiosos iletrados, a repetição de Pai Nossos, em lugar do ofício coral (RUFFINI E., Esercizi di Pietà – Nuovo Dizionario di Spiritualità – p. 518), prática também prescrita por S. Francisco de Assis (RnB 3 e Rb 3). No século XII começou a difundir-se rapidamente a oração da Ave-Maria e com ela o “Psalterium Beatae Mariae Virginis” (Saltério da Beata Virgem Maria), o qual consistia na recitação de 150 Ave-Marias, o correspondente aos 150 salmos da Bíblia. Para tal era prático usar um cordãozinho com nós ou algo semelhante. No século XV a escola de oração dominicana acrescentou o Pai-Nosso e criou a relação dos diversos mistérios, como nós conhecemos hoje. Após o Concílio de Trento (Séc. XVI), o rosário tornou-se oração contemplativa muito comum na Igreja e para torná-la mais acessível, aos poucos, foi reduzida a um terço, isto é, a cinco dezenas.  

Conhecendo um pouco mais a história do rosário (terço), vejamos nas próximas mensagens sua valorização pelo magistério da Igreja e seu sentido em nosso tempo.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Operação do Papa em 1980 na origem da cirurgia de quarta-feira

Foto de família de Jorge Mario Bergoglio quando jovem

O professor Alfieri explicou que a hérnia incisional que causou dor em Francisco é consequência de cirurgias anteriores. No livro de Nelson Castro, o próprio Francisco relembra esses episódios.

Vatican News

Enquanto o Santo Padre continua hospitalizado na Policlínica Gemelli de Roma, o Dr. Sergio Alfieri, cirurgião que operou o Papa pela segunda vez, explicou aos jornalistas na última quarta-feira, 7, a origem da "hérnia incisional e aderências”, que causavam incômodo e fortes dores ao Papa Francisco: “Trata-se de uma consequência das cicatrizes de operações cirúrgicas anteriores e anos passados". E acrescentou que “ele havia sido operado, na Argentina de peritonite, uma inflamação da vesícula biliar gangrenosa", sobre a qual já existia uma hérnia". O médico falou ainda sobre a existência de uma cirurgia mais antiga, "um cisto de equinococose", operação feita no pulmão, cuja cicatriz torácica não está diretamente relacionada com os problemas recentes de saúde do Papa, mas que contribuiu para alterar a dinâmica funcional da parede abdominal.

Operações anteriores

Até hoje, Jorge Mario Bergoglio passou por quatro cirurgias: uma quando era seminarista, em 1957, outra quando era sacerdote na Argentina, 1980, e duas como Papa, no Hospital Gemelli de Roma: a primeira, em julho de 2021, para extrair uma pequena parte do intestino, com divertículos, e a segunda na última quarta-feira. Das palavras do cirurgião se apreende que a “hérnia incisional” (uma hérnia que se forma sobre a cicatriz de uma operação anterior e aumentando o tamanho pode apresentar encarceramento ou estrangulamento, causando várias complicações)  não tinha relação com a operação de dois anos atrás, feita em outra parte do intestino, mas sim com cirurgias anteriores.

Primeira operação (1957)

A primeira delas, em 1957, foi feita para extrair "cistos de equinococose" do pulmão do jovem Bergoglio. No recente livro “A saúde dos Papas” (edições Piemme), o médico e jornalista Nelson Castro entrevistou Francisco sobre sua história clínica. Assim recorda o Papa aquele episódio ocorrido quando tinha vinte e um anos: "Era agosto de 1957. Eu estava no segundo ano do Seminário de Villa Devoto. Naquele inverno, uma forte epidemia de gripe se espalhou e muitos seminaristas foram infectados. Eu também. Mas de fato, no meu caso, a situação evoluiu de uma forma mais complicada. Enquanto meus companheiros se recuperavam em poucos dias, sem sequelas, continuei apresentando um estado febril persistente".

Jorge Mario foi levado ao hospital Sírio-Libanês, onde o Dr. Zorraquín, conhecido pneumologista, identificou três cistos no lobo superior do pulmão direito. Havia também um derrame pleural que estava causando dor e dificuldade para respirar. Após meses de terapia para tirar os derrames, o médico decide operar para retirar um pedaço do pulmão.

“Foi uma intervenção importante – conta o Papa Francisco -. A cicatriz da incisão cirúrgica que fizeram vai da base até o vértice do hemitórax direito. A operação foi cruel. Disseram-me que operavam com um retractot... e que tinha sido necessário usar muita força. Por isso, quando me recuperei da anestesia, senti muita dor. O pós-operatório também foi doloroso. Foi mantido um dreno conectado a uma cânula de pressão negativa, para que, ao abri-la, fosse gerado um efeito de sucção. Isso me dava muita dor, assim como as lavagens com ampolas de soro fisiológico que o cirurgião me dava todas as manhãs durante as medicações. Essas foram as partes mais difíceis. Minha mãe e meu pai estavam muito tristes e ansiosos. Toda vez que mamãe vinha ao hospital, ela me abraçava e começava a chorar."

A cirurgia foi um sucesso perfeito e Bergoglio não sofre nenhuma consequência. “Nunca senti cansaço nem falta de ar – revela o Papa na entrevista publicada no livro de Nelson Castro -. Os médicos me explicaram que o pulmão direito havia se expandido para ocupar todo o hemitórax ipsilateral. A expansão foi tão completa que, se não me é informado com antecedência a respeito, somente um pneumologista de primeira linha consegue identificar a ausência do lobo excisado."

Como será lembrado, essa mesma cirurgia pulmonar foi discutida no último dia do Conclave de março de 2013, quando os purpurados se questionaram sobre a saúde do arcebispo de Buenos Aires. O cardeal Óscar Andrés Rodríguez Maradiaga, então arcebispo de Tegucigalpa, o contou publicamente, que, ao ouvir os rumores, foi pedir contas ao interessado.

Segunda operação (1980)

A operação de que falava o professor Alfieri, citando-a como a origem da hérnia incisional, é mais recente, e é aquela a que Bergoglio fou submetido há mais de 40 anos, na vesícula biliar, em 1980. Mais uma vez deixamos a palavra ao protagonista, que assim conta sobre o ocorrido no livro editado por Nelson Castro:

"Aconteceu quando eu era superior provincial dos jesuítas. Era hora do almoço e eu estava passando a sopa. De repente tive uma dor aguda e muito forte nas costas, que me imobilizou. Por um momento, foi impossível para mim me mover. Tive que interromper a tarefa que estava fazendo e me sentar. Dada a dor que sentia, tomei um calmante. Acreditava tratar-se de um problema muscular. Mas, de fato, as horas passaram e a dor não diminuiu. Resolvi ir ao médico. Quem me consultou fez uma série de análises para verificar principalmente a vesícula e os rins. A princípio não revelaram nada de anormal. Pensou-se que poderia ser pedras nos rins ou na vesícula, mas os testes deram negativo para essas patologias. Como a dor persistia, o médico resolveu me encaminhar para um cirurgião que, após ter me examinado, solicitou uma colecistografia para uma avaliação mais aprofundada. Infelizmente foi necessário suspender o exame porque no meio tive uma reação alérgica ao iodo. Esse fato e a persistência do quadro clínico levaram o cirurgião a me informar que era necessário operar com urgência. E não se limitou a isso: acrescentou tratar-se de uma operação arriscada porque não sabia o que iria encontrar depois de abrir o abdômen”.

“Eu entendi que a gravidade da situação - continua Francisco - não deixava alternativas. Então eu disse a ele para prosseguir. Naquele momento, confiei-me a Deus, que me ajudou a enfrentar aquela operação com absoluta serenidade. Então soube que a cirurgia tinha sido muito difícil e arriscada, e que o que eu tinha era gangrena da vesícula, que felizmente havia sido detectada a tempo. “Mais um dia e seu estado teria se tornado extremamente grave”, explicou-me o cirurgião. Felizmente, o pós-operatório decorreu sem complicações e recuperei totalmente".

Cirurgião da segunda operação do Papa

O cirurgião que operou Bergoglio na época é o Dr. Juan Carlos Parodi, que mais tarde ficou conhecido na comunidade científica internacional na área de cirurgia cardiovascular. O professor Parodi explicou: "Naquela época, a regra era que grandes operações fossem acompanhadas de grandes incisões. Ainda não havia surgido a era da cirurgia laparoscópica. Então fiz uma incisão da parte superior do abdômen até a virilha... Depois de uma exploração laboriosa, chegamos à origem do problema: um cálculo alojado no ducto cístico. Com muito cuidado, então, retirei toda a vesícula biliar, cujas paredes estavam tensas e duras, e depois de ter terminado a remoção e ter me certificado de que não havia pedras em outras áreas da via biliar, comecei a terminar de remover as aderências no intestino e a limpar toda a cavidade abdominal, tarefa que exigiu mais de uma hora. Completado isso, a cirurgia foi concluída. Fizemos uma sutura reforçada, a chamada sutura de "colchão", para garantir o fechamento da ferida, e deixamos duas drenagens. Foi uma operação grande e arriscada. Felizmente não houve complicações pós-operatórias.

Em abril de 2014, Parodi estava em Londres para uma conferência médica quando recebeu a notícia de que Francisco havia lhe concedido uma audiência privada. "Assim que ele entrou no Santa Marta radiante - disse o médico logo após o encontro - ele me disse: 'Juan Carlos, você é idêntico a como era quando o vi naquela noite em que senti que estava morrendo, e você me salvou a vida. Jamais esquecerei seu rosto, porque assim que o vi, comecei a me sentir melhor".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santo Onofre

Santo Onofre | arquisp

12 de junho

Santo Onofre

Onofre foi um eremita que viveu no Egito no final do século IV e início do século V. Ele foi encontrado por um abade chamado Pafúncio. Acostumado a fazer visitas a alguns eremitas na região de Tebaida, esse abade empreendeu sua peregrinação a fim de descobrir se também seria chamado a vivê-la.

Pafúncio perambulou no deserto durante vinte e um dias, quando, totalmente exausto e sem forças, caiu ao chão. Nesse instante, viu aparecer uma figura que o fez estremecer: era um homem idoso, de cabelos e barbas que desciam até o chão, recoberto de pêlos tal qual um animal, usando uma tanga de folhas.

Era comum os eremitas serem encontrados com tal aspecto, pois viviam sozinhos no isolamento do deserto e eram vistos apenas pelos anjos. No final, ficavam despidos porque qualquer vestimenta era difícil de ser encontrada e reposta.

No primeiro instante, Pafúncio pôs-se a correr, assustado, com aquela figura. Porém, minutos depois, essa figura o chamou dizendo que nada temesse, pois também era um ser humano e servo de Deus.

O abade retornou ao local e os dois passaram a conversar. Onofre disse a Pafúncio o seu nome e explicou-lhe a sua verdadeira história. Era monge em um mosteiro, mas sentira-se chamado à vida solitária. Resolveu seguir para o deserto e levar a vida de eremita, a exemplo de são João Batista e do profeta Elias, vivendo apenas de ervas e do pouco alimento que encontrasse.

Onofre falou sobre a fome e a sede que sentira e também sobre o conforto que Deus lhe dera alimentando-o com os frutos de uma tamareira que ficava próxima da gruta que era sua moradia. Em seguida, conduziu Pafúncio à tal gruta, onde conversaram sobre as coisas celestes até o pôr-do-sol, quando apareceu, repentinamente, diante dos dois, um pouco de pão e água que os revigorou.

Pafúncio falou a ele sobre seu desejo de tornar-se um eremita. Mas Onofre disse que não era essa a vontade de Deus, que o tinha enviado para assistir-lhe a morte. Depois, deveria retornar e contar a todos sua vida e o que presenciara. Pafúncio ficou, e assistiu quando um anjo deu a eucaristia a Onofre antes da morte, no dia 12 de junho.

Retornando à cidade, escreveu a história de santo Onofre e a divulgou por toda a Ásia. A devoção a este santo era muito grande no Oriente e passou para o Ocidente no tempo das cruzadas. O dia 12 de junho foi mantido pela Igreja, tendo em vista a época em que Pafúncio viveu e escreveu o livro da vida de santo Onofre, que buscou de todas as maneiras os ensinamentos de Deus.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

domingo, 11 de junho de 2023

Dia dos Namorados

Itinerário para Namorados | cnbb

DIA DOS NAMORADOS: PASTORAL FAMILIAR BUSCA ACOMPANHAR E PROMOVER NAMORO COMO TEMPO DE DESCOBERTA VOCACIONAL

O namoro é um tempo privilegiado de descoberta vocacional. É essa uma das indicações da Pastoral Familiar ao apresentar uma proposta de Itinerário para Namorados, material que busca ajudar no discernimento e no amadurecimento do amor dos jovens. O subsídio foi desenvolvido em parceria com a Pastoral Juvenil e movimentos eclesiais e está disponível desde o início deste ano.

“Acreditamos que o namoro é um tempo especial para vivenciar a experiência do amor cristão, que traz consigo todos os valores que serão abençoados e confirmados no Sacramento do Matrimônio”, afirma a Pastoral, que também ressalta:

“Não podemos permitir que o tempo de namoro seja desprezado, desvalorizado e desvirtuado, mas, ao contrário, a Igreja deve manifestar sua presença no acompanhamento terno e afetuoso dos namorados que desejam seguir sua experiência de fé”.

Relação vocacional

No caminho de discernimento vocacional, principalmente entre os jovens, o namoro é considerado pela Igreja “um tempo privilegiado de descoberta vocacional” e também de descoberta, para quem vai contrair o Matrimônio, de quem Deus escolheu para viver por toda a vida.

“O namoro cristão incorpora novas realidades, exigências e graças que são importantes estarem bem presentes na caminhada vocacional. Namorar é muito mais do que um passa tempo, ou para suprir carências, é diferente de estudar, é coisa séria e bonita, até mesmo para quem descobre a vocação ao sacerdócio e à vida religiosa, antes de assumir tal compromisso”, afirma o assessor da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e secretário executivo da Comissão Nacional da Pastoral Familiar, padre Crispim Guimarães.

Antes de chegar ao noivado, a Pastoral Familiar afirma ser importante fazer um caminho anterior, cujo namoro é um tempo especial. “O itinerário para os namorados aponta caminhos, sugere temas concretos para o tempo de namoro, aprofunda questões que irão firmar ainda mais a alegria do amor”, explica padre Crispim.

Essa preparação pode gerar vários “ganhos” para a Igreja e para a sociedade:

“Se a Igreja preparar bem os namorados, ganhará as famílias que terão noivos e casais mais comprometidos com a Igreja doméstica; ganhará a comunidade, o sacerdócio ou a vida religiosa, porque alguns poderão descobrir no namoro cristão o chamado para outra vocação que não o Matrimônio. Por que não? Ganhará a comunidade que os acompanha e os acolhe, abrindo os corações para o “dever” cristão: colocar-se a serviço do Evangelho, chegando aos corações com a alegria do Cristo Ressuscitado.

Ganhará a hierarquia: bispos e padres, que verão suas dioceses e comunidades cada vez mais carentes de jovens e muito menos ainda de jovens comprometidos, que sentirão renovada a sua vocação e missão de pastores.

A sociedade também ganhará pessoas e famílias comprometidas com o fermento do Evangelho e com o bem comum”.

Saiba mais sobre e adquira o Itinerário para Namorados. 

Dia dos Namorados

No Brasil, a data é comemorada no dia 12 de junho, mas, no mundo afora, está relacionada ao dia 14 de fevereiro, quando são lembrados dois santos mártires de mesmo nome, o padre São Valentim e o bispo São Valentim de Terni. Os dois viveram por volta do século III e lutaram pelo matrimônio cristão, seja aconselhando os namorados e noivos, seja afirmando a importância do sacramento mesmo diante de perseguições.

No Brasil, diante da perspectiva desta celebração com forte apelo comercial, a Igreja, por meio da Pastoral Familiar, tem oferecido luzes para iniciativas de reflexão e também de celebração em vista da compreensão e valorização deste caminho que faz parte da preparação para o matrimônio, indo além da troca de presentes.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Aqueles que veem a Glória

Shutterstock I ZoneCreative | #image_title

Por Francisco Borba Ribeiro Neto

O futuro do cristianismo sempre estará nas mãos de Deus e não nas nossas. Porém, dependerá mais daqueles tocados pela visão da Sua glória no mundo, do que daqueles que querem defendê-Lo olhando para uma contabilidade de valores e erros do mundo.

É muito conhecida a frase de Karl Rahner, formulada no século passado, segundo a qual o cristão do futuro (que hoje, de certa forma, já é o presente) ou será um “místico” ou não será absolutamente nada. Infelizmente, a ideia é mais frequentemente captada em seu sentido negativo: um cristianismo apegado à estrutura institucional, a normas de conduta e valores morais não sobreviveria. O aspecto mais interessante, contudo, é seu sentido positivo: o cristianismo precisa ser místico para sobreviver no coração humano e na sociedade globalizada de nossos tempos.

Quem é o místico?

O problema que se coloca, então, é compreender o significa “ser místico”. Uma constatação forçosa é que não estamos habituados a uma vivência mística. A palavra nos faz lembrar de monges tibetanos, iogues e ascetas que abandonaram o mundo, gente que não convive com nenhum dos “prazeres mundanos” que fazem parte do cotidiano de nossa sociedade, mas vê espíritos que nos são invisíveis e coisas assim… Mesmo entre padres e muitos católicos líderes de comunidades existe um preconceito contra a palavra “místico”, que lhes parece indicar algo fora da realidade, uma ilusão espiritualista.

Por outro lado, ao pensar em mística, muita gente fica realmente presa a arroubos espirituais, manifestações extraordinárias (no sentido etimologia, de algo que é “extra”, está fora, do ordinário, do normal), milagres impossíveis. Esperam que Deus demonstre-lhes sua existência de um modo excepcional. Quando isso não acontece, ou melhor, não acontece do modo como esperavam, muitas vezes criam imagens ilusórias para si mesmas ou se decepcionam e perdem a fé. Esse tipo de misticismo, ainda que muito atraente numa sociedade dominada pela aparência e pelo espetáculo, convence a alguns, já imersos numa “bolha” de religiosidade, mas não garantirá a sobrevivência do cristianismo ao longo do tempo.

O Papa Francisco, como observado em outro artigo, já disse que se sente mais atraído pela mística do que pelo ascetismo. Está se referindo, com certeza, a uma experiência bem diferentes das elencadas acima. A mística é, antes de tudo, uma experiência de convivência, de proximidade, com Deus. O místico é aquele que convive com Deus em seu cotidiano, quer seja em situações extraordinárias (que ocorrem relativamente poucas vezes), quer seja em situações muito normais, que se repetem todo o tempo.

Como qualquer relação afetiva entre duas pessoas, também a experiência mística não tem um formato padrão. Deus, em sua infinita criatividade, se dirige a cada um de nós de um modo específico. Por isso, os bons mestres espirituais, mesmo que ensinem práticas ascéticas e estimulem comportamentos virtuosos, sabem que devem estar abertos para perceber como Deus se manifesta na vida daquele orientado em particular, para assim poder orientá-lo adequadamente. Contudo, alguns elementos em comum podem ser sempre observados na experiência mística – ao menos na mística verdadeiramente cristã…

Os místicos veem a Glória…

O primeiro elemento é a experiência de fascínio e beleza. Encontrar a Cristo é encontrar aquilo pelo que o nosso coração anseia – mesmo quando não se dá conta disso. Aliás, não sabemos como é a pessoa amada antes de conhecê-la. Por isso, aqueles que não conhecem a Cristo nem mesmo sabem como Ele é. Daí a frustração de uma cristandade sem Cristo, isto é, uma sociedade que vive em função de normas e padrões que se revelam a partir do encontro com Cristo, mas sem fazer esse encontro. Por mais que tais normas e padrões sejam justos e até naturais, acabam parecendo imposições forçadas, pois “o mistério do ser humano só no mistério do Verbo encarnado se esclarece verdadeiramente” (cf. Gaudium et spes, GS 22).

A verdadeira experiência mística é sempre de fascínio – e o olhar do místico é sempre o olhar de um apaixonado, de alguém que descobriu uma grande paixão que dá sentido a toda a sua vida. Os místicos realmente veem alguma coisa que os outros não veem, mas não são espíritos sobrenaturais ou milagres ilusórios e forçados. O que eles veem é a Glória, isso é, a presença e a ação misteriosas e fascinantes de Deus no mundo.

Deus nos ama e ama, ainda que de formas diferentes, todas as suas criaturas. Nas palavras do Papa Francisco, “cada criatura é objeto da ternura do Pai que lhe atribui um lugar no mundo. Até a vida efêmera do ser mais insignificante é objeto do seu amor e, naqueles poucos segundos de existência, Ele envolve-o com o seu carinho” (Laudato si’, LS 77). Essa dimensão da Glória de Deus é aquela que é contemplada pelo místico. Todo aquele que vive ou já viveu um grande amor sabe como a realidade se transfigura aos olhos do amante, como tudo parece mais saboroso e mais brilhante. Quem faz essa experiência não deixa o cristianismo morrer, nem em seu coração, nem no mundo.

… E amam a todos

O segundo elemento característico dessa experiencia mística é que esse amor se torna amor e ternura para com todas as pessoas e, em alguma medida, com todas as coisas. Nem tudo é bom e belo no mundo. Existe muita dor e muito sofrimento – e o místico não ignora esse fato. Pelo contrário, sua sensibilidade vai sendo cada vez mais provocada pela dor do outro. Nas formas e nos tempos que Deus lhe dá, o místico vive seu compromisso de amor pelo mundo e por todos aqueles que sofrem. 

É fato que algumas experiências místicas não conduzem à militância social, ao trabalho com os pobres e com os que mais sofrem. Mas isso se deve à infinidade de caminhos que Deus criou para os seres humanos, não à falta de disponibilidade daquele que realmente contemplou a Glória de Deus. Por outro lado, uma indignação raivosa (muito comum em nossos dias), que turva o olhar e não nos deixa acolher aquele que pensa diferente, se torna um real empecilho ao crescimento na vida mística, pois não nos deixa contemplar a ação amorosa de Deus.

O futuro do cristianismo sempre estará nas mãos de Deus e não nas nossas. Porém, dependerá mais daqueles tocados pela visão da Sua glória no mundo, do que daqueles que querem defendê-Lo olhando para uma contabilidade de valores e erros do mundo.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Santa Paula Frassinetti

Santa Paula Frassinetti | Vatican News

11 de junho – Santa Paula Frassinetti

Protetora da Família e da Juventude

Origens

Paola Ângela Maria Frassinetti nasceu no dia 3 de março de 1809, na cidade italiana de Gênova. Ela viveu numa época de profundas instabilidades econômicas e políticas em seu país. Com apenas nove anos de idade ela perdeu sua mãe. Cresceu, então, sob a educação e companhia de seu pai e dos quatro irmãos. Todos estes vieram a ser ordenados sacerdotes. Assim, a pequena Paula cresceu num ambiente profundamente cristão.

Dinamismo cristão desde jovem

Em 1827, quando Paula tinha apenas dezoito anos, seu irmão mais velho, chamado José, foi nomeado Pároco de uma aldeia chamada Quinto al Maré. Paula foi, então, fazer uma visita ao irmão. Lá, percebeu a necessidade e fundou uma escola paroquial para crianças, especialmente meninas, carentes. Na escola recém fundada, Paula alfabetizava e ensinava costura e bordado.

Um exemplo que contagia

A nobre e fecunda ação da jovem Paula em favor das crianças pobres encantou muitas jovens da aldeia. Assim, não demorou muito para ela reunir um grupo de moças entusiasmadas e cheias de boa vontade. Essas se tornaram suas seguidoras e passaram a auxiliá-la nesse belo trabalho missionário.

Unindo-se à Comunidade de Santa Dorotéia

Com esse pequeno grupo de moças, Santa Paula teve a inspiração de fundar uma Comunidade Religiosa, à qual deu o nome de Filhas de Santa Fé. Mais tarde, o Conde de Passi, um sacerdote que vinha desenvolvendo as comunidades apostólicas de Santa Dorotéia na Itália, vendo a santidade, a seriedade e os frutos da Obra de Santa Paula, convidou-a para unir-se à missão que ele desenvolvia. Santa Paula aceitou o convite vendo nele a vontade de Deus e assumiu a obra e a denominação de Irmãs de Santa Dorotéia. Depois desse passo, as religiosas abriram vários colégios novos em Gênova e depois em Roma. Sempre tendo em vista ministrar a formação integral da pessoa humana às crianças, na certeza de que este é o caminho para um mundo melhor.

Crise e perseguições

No ano 1848, a Itália começou a viver um período de enorme convulsão social. O país passou por revolução e guerra civil. Depois, foi invadido pelo exército francês e, em seguida, a República Italiana foi proclamada. Os católicos passaram a ser grandes vítimas de toda essa instabilidade, pois surgiu uma Lei da Suspensão das Ordens e Congregações Religiosas. Isso atingiu em cheio as obras de Santa Paula Frassinetti. Seu instituto teve algumas casas fechadas e foi vítima de infâmias e calúnias. Santa Paula, porém, enfrentou esses enormes desafios com grande firmeza e fé, sem esmorecer.

Vitória da fé e da perseverança

O espírito de fé, de amor, de oração e perseverança de Santa Paula Frassinetti motivou suas irmãs e levou sua obra a crescer ainda mais, depois das perseguições. Não muito tempo depois, a força de sua obra missionária e evangelizadora entre as crianças foi reconhecida e difundida. Assim, novas casas foram fundadas na Itália. Logo, a força de seu trabalho expandiu-se para além da Itália e, depois, para além da Europa. Em 1866, sua obra chegou ao Brasil. Logo depois, chegou a Portugal. Daí em diante, o Instituto das Irmãs de Santa Dorotéia expandiu-se mais e mais de tal forma que, hoje, está presente em quase todos os continentes.

Legado para a humanidade

Santa Paula Frassinetti faleceu em Roma, no dia 11 de junho de 1882. Tinha 73 anos. Logo após sua morte começaram os relatos de graças e milagres alcançados por sua intercessão. Assim, no dia 8 de junho de 1930, ela foi beatificada pelo Papa Pio XI. E, em 11 de junho de 1984, foi canonizada pelo Papa João Paulo II. O texto das Constituições da Congregação das Imrãs de Santa Dorotéia afirma que Santa Paula Frassinetti "permanece viva na Congregação pelo espírito mais fundo que a anima: procurar em tudo a maior glória de Deus pelo maior serviço aos homens". (Constituições, 1). Ela foi uma mulher vibrante e corajosa, que percebeu a necessidade à sua volta e colocou-se em ação, fazendo aquilo que estava ao seu alcance. E Deus abençoou seu amor concreto e sua coragem. Por isso, ela contagiou outras mulheres através sua fé em um mundo melhor, que pode e deve acontecer por intermédio da educação.

Corpo incorrupto

No dia 12 de março de 1903, as Irmãs foram transportar os restos de Paula Frassinetti, retirando-o do cemitério e levando-o para a Capela de Sant’Onófrio. Porém, encontraram o corpo da santa perfeitamente incorrupto e flexível. As autoridades não permitiram a transladação e mandaram colocá-lo novamente na sepultura. Depois disso, em 12 de fevereiro de 1906, o corpo foi novamente exumado e, novamente, comprovada sua incorruptibilidade. No dia 24, então, foi transportado solenemente do cemitério para a Casa Geral. Após um momento de oração, em meio a um grande silêncio, os caixões foram abertos. As irmãs, ao verem o corpo da Madre, tiveram uma só exclamação: “Nossa Madre! É mesmo ela!” Tiveram, ali, alguns minutos de contemplação e uma grande emoção apoderou-se de todos. No dia 5 de janeiro de 1907 seu corpo foi depositado na capela da Casa Geral das irmãs, em Roma. Até os dias de hoje o fenômeno dos corpos incorruptos foi observado somente entre santos da Igreja Católica. Trata-se de uma questão ainda não explicada pela ciência.

Oração a Santa Paula Frassinetti

“Ó Santa Paula, que com humildade e ardente fé, te abandonaste toda à vontade de Deus, sempre segura de sua bondade e das suas promessas, faze pela tua intercessão que ternamente confiando na misericórdia do Senhor, obtenha do seu Coração a graça que desejo.


Ó Santa Paula, que durante os dias de prova, nos sofrimentos do corpo e nas angústias da alma, sempre esperaste com firme confiança na infinita misericórdia de Deus, faze pela tua intercessão que, esperando filialmente da generosidade do Senhor o socorro nas minhas misérias, obtenha do seu coração a graça que desejo. 


Ó Santa Paula, que colocaste toda a tua alegria em amar o Senhor e a sua cruz, para saber socorrer com fraterno e materno coração a todas as misérias, faze pela tua intercessão que amando fervorosamente a Deus e o próximo por amor de Deus, obtenha do seu Coração a graça que tanto desejo.”

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

Os três evangelistas sinóticos

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Por Vanderlei de Lima

Possam essas sadias curiosidades aguçar o gosto de cada leitor(a) pela meditação e pelo estudo da Boa Nova de Jesus Cristo, nosso Senhor.

Três dos quatro Evangelhos são sinóticos (semelhantes). Os de Mateus, Marcos e Lucas, santos homens que fizeram a Boa Nova de Nosso Senhor Jesus Cristo chegar até nós por meio da Igreja. Daí a questão: quem são eles? – Este artigo nos responde.

Mateus, nome provavelmente originário de Matatias (= presente de Javé), era um cobrador de impostos (publicano), que, chamado por Jesus, seguiu-O imediatamente (cf. Mt 9,9-13; Mc 2,14-17; Lc 5,27-32).

Ele redigiu o primeiro Evangelho em aramaico (o hebraico já não era mais usado desde o século IV a.C.), conforme antigos testemunhos como o de Pápias, Bispo de Hierápolis (cf. Eusébio de Cesareia. História da Igreja III, 39,16) e Santo Irineu de Lião, em sua obra Adversus Hairesis III, 1,1). Escreveu no ano 50, mas foi, aos poucos, sendo traduzido para o grego, idioma corrente da época, e a Igreja adotou como canônica (oficial) uma dessas traduções, já que o original aramaico se perdeu (Jerusalém foi destruída no ano 70). Temos, então, Mateus grego do ano 80.

Marcos, que significa “Servo de Marte”, é o nome romano de João Marcos ou apenas João. Vem de uma família respeitada entre os judeus, de modo que em sua casa se reuniam os cristãos da comunidade primitiva de Jerusalém (cf. At 12,12). Parente de Barnabé, uniu-se a ele para evangelizar a ilha de Chipre (cf. At 15,36-39). Ao que tudo indica, esteve em Roma entre os anos de 63/64, com Pedro e Paulo, e aí redigiu seu Evangelho. Com o martírio desses dois apóstolos, deixou Roma. “É antiquíssima a tradição segundo a qual Marcos teria, em seguida, evangelizado o Egito, fundando a comunidade cristã de Alexandria. Aí morreu, selando com o próprio sangue, a fé e o amor a Cristo” (Dom Amaury Castanho. Iniciação à leitura da Bíblia. 5ª ed. Aparecida: Santuário, 2007, p. 161).

Ao contrário de Mateus (cf. 10,2-4), Marcos não foi apóstolo, mas discípulo deles; em especial, de Pedro (cf. 1Pd 5,13) que provavelmente o batizou. Também acompanhou Paulo no início de sua primeira viagem missionária (cf. At 13,5), porém não prosseguiu (cf. At 13,13). Daí, o Apóstolo não tê-lo chamado para a segunda viagem (cf. At 15,37-40). O autor do segundo Evangelho volta a aparecer como colaborador de Paulo na sua primeira prisão ou cativeiro (cf. Cl 4,10; Fm 23-24) e lhe é muito útil em seu ministério (2Tm 4,11). Crê-se que o próprio Marcos parece referir-se a si mesmo no seu Evangelho (cf. 14,31). No entanto, é na Tradição que temos – especialmente por meio de Pápias, Bispo de Hierápolis – a confirmação de que o segundo Evangelho é de sua autoria (cf. História EclesiásticaIII, 39,15).

Lucas (do latim Lucius) era gentio ou pagão de Antioquia, na Síria, e médico (Cl 4,10-14); portanto não judeu. Por seu Evangelho, se nota que era, de fato, um homem culto: traz 261 palavras próprias ao vocabulário do Novo Testamento. Convertido ao Cristianismo, esteve com Paulo em partes da segunda e da terceira viagens missionárias (cf. At 16,10-37; 20,5-21,18). Também foi com o Apóstolo das gentes para Roma (cf. At 27,1-28,17), agiu junto a ele, com grande fidelidade, no seu primeiro cativeiro (cf. Cl 4,14; Fm 24) e ainda o acompanhou na segunda prisão (cf. 2Tm 4,11). Daí seus escritos terem grande afinidade doutrinária e linguística com os do apóstolo Paulo.

A tradição atribui a Lucas a autoria do terceiro Evangelho – escrito por volta do ano 75 –, conforme escreve Dom Amaury Castanho: “Há depoimentos antiquíssimos, do século II, atestando que ele é o autor tanto do Evangelho que leva o seu nome quanto dos Atos dos Apóstolos, belíssima história da comunidade cristã e das atividades dos Apóstolos em seus primeiros anos” (Iniciação à leitura da Bíblia, p. 163; cf. Dom Estêvão Bettencourt, OSB; Maria de Lourdes Corrêa Lima. Curso Bíblico. 2ª ed. Rio de Janeiro: Mater Ecclesiae, 2016, p. 100).

Possam essas sadias curiosidades aguçar o gosto de cada leitor(a) pela meditação e pelo estudo da Boa Nova de Jesus Cristo, nosso Senhor.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF