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domingo, 22 de março de 2020

4º DOMINGO DA QUARESMA - Ano "A": ALEGRA-TE PELA LUZ DO MUNDO

Cardeal Dom Sérgio da Rocha
Administrador Apostólico da
Arquidiocese de Brasília
O 4º Domingo da Quaresma é denominado Laetare, palavra latina correspondente ao início da antífona de entrada da missa: “Alegra-te!”, conforme anuncia o profeta Isaías: “Alegra-te Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria! Sacia-vos com a abundância de suas consolações” (Is 66,10s).
A cura do cego de nascença, narrada pelo Evangelho segundo João (9,1-41), ocorre no contexto da festa das Tendas ou dos Tabernáculos, uma das maiores festas em que o povo peregrinava para Jerusalém, recordando o modo como Israel viveu no deserto após a libertação da escravidão no Egito. Durante a festa, os sacerdotes tiravam a água da piscina de Siloé para derramá-la sobre o altar e durante a noite Jerusalém era iluminada por tochas acesas, especialmente no átrio do templo.
A narrativa joanina ressalta a água e a luz, que são símbolos batismais. O homem cego foi lavar-se nas águas da piscina de Siloé, cujo nome significa “Enviado”, um dos títulos messiânicos de Jesus. Na fonte batismal, somos lavados e recebemos a vida nova em Cristo. Para curar aquele homem, Jesus utiliza a terra e a saliva, formando o barro, que nos recorda a criação do ser humano, descrita pelo Gênesis. Mediante o batismo, somos recriados, pois nele ocorre um novo nascimento, uma nova criação.
Na figura do cego está representado cada um de nós. Somos levados à fonte batismal; nela, somos purificados e passamos a enxergar com a luz da fé, ao aceitar Jesus como “a luz do mundo” (Jo 8,12). O que foi curado da cegueira, ao encontrar-se com Jesus, exclamou: “Eu creio, Senhor!” (Jo 9,38). O texto nos mostra que para chegar a esta atitude, ele percorreu um itinerário de crescimento e purificação na fé, que se repete na vida de quem é conduzido à fonte batismal. Quando questionado sobre quem o havia curado, ele se referiu primeiramente “àquele homem chamado Jesus”, chamando-o depois de “profeta”, para finalmente prostrar-se diante de Jesus, numa atitude de fé e adoração, reconhecendo-o como o “Senhor”.
O que se passa na celebração do batismo se estende ao longo da vida batismal. Renascidos pelo batismo e iluminados por Cristo, somos chamados a viver como “luz no Senhor”, como “filhos da luz”, renunciando às “obras das trevas” e produzindo os “frutos da luz” indicados por São Paulo: “bondade, justiça e verdade” (Ef 5,8-9). Aproveite esta Quaresma para acolher a luz, que é Cristo, dedicando-se mais à oração e à escuta da Palavra. Busque o perdão e a reconciliação pelo sacramento da Penitência.
Folheto: O Povo de Deus/Arquidiocese de Brasília

Hoje é celebrado o quarto Domingo da Quaresma

REDAÇÃO CENTRAL, 22 Mar. 20 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 22 de março, a Igreja celebra o quarto Domingo da Quaresma. O Evangelho de hoje, retirado de João 9,1.6-9.13-17.34-38, traz a história do cego de nascença, ao qual Jesus recuperou a visão e que, assim, passou das trevas à luz.

A seguir, leia e reflita o Evangelho deste quarto Domingo da Quaresma:
Jo 9,1.6-9.13-17.34-38
Naquele tempo, 1 ao passar, Jesus viu um homem cego de nascença. 6 E cuspiu no chão, fez lama com a saliva e colocou-a sobre os olhos do cego. 7 E disse-lhe: “Vai lavar-te na piscina de Siloé” (que quer dizer: Enviado). O cego foi, lavou-se e voltou enxergando.
8 Os vizinhos e os que costumavam ver o cego — pois ele era mendigo — diziam: “Não é aquele que ficava pedindo esmola?” 9 Uns diziam: “Sim, é ele!” Outros afirmavam: “Não é ele, mas alguém parecido com ele”.
Ele, porém, dizia: “Sou eu mesmo!”
13 Levaram então aos fariseus o homem que tinha sido cego. 14 Ora, era sábado, o dia em que Jesus tinha feito lama e aberto os olhos do cego. 15 Novamente, então, lhe perguntaram os fariseus como tinha recuperado a vista. Respondeu-lhes: “Colocou lama sobre os meus olhos, fui lavar-me e agora vejo!”
16 Disseram, então, alguns dos fariseus: “Esse homem não vem de Deus, pois não guarda o sábado”. Mas outros diziam: “Como pode um pecador fazer tais sinais?”
17 E havia divergência entre eles. Perguntaram outra vez ao cego: “E tu, que dizes daquele que te abriu os olhos?” Respondeu: “É um profeta”.
34 Os fariseus disseram-lhe: “Tu nasceste todo em pecado e estás nos ensinando?” E expulsaram-no da comunidade.
35 Jesus soube que o tinham expulsado. Encontrando-o, perguntou-lhe: “Acreditas no Filho do Homem?” 36 Respondeu ele: “Quem é, Senhor, para que eu creia nele?” 37 Jesus disse: “Tu o estás vendo; é aquele que está falando contigo”. Exclamou ele: 38 “Eu creio, Senhor!” E prostrou-se diante de Jesus.
ACI Digital

sábado, 21 de março de 2020

Como se preparar para a missa em casa durante a quarentena imposta pelo coronavírus

Missa no Lar | diocese-sjc.org
Em 19 de março, dia de São José, padroeiro da Cidade de Alto Piquiri (PR), na Diocese de Umuarama (PR), a missa foi transmitida pelas redes sociais da Paróquia São José. A missa foi presidida pelo padre Mário Augusto Sartori e concelebrada pelo padre Antônio Murilo Macedo da Luz. Devido à pandemia do COVID-19, não foi permitida a presença da comunidade.
Segundo o padre Mário tudo isso é uma provocação de Deus. “Isso também é um evangelho, a quaresma deste ano estarmos evangelizando dessa forma, nessa situação, optamos por enfrentar isso com fé. Por ser dia do nosso Padroeiro, feriado, e porque Deus é maior e Senhor de todas as coisas, fizemos um momento de adoração ao Santíssimo Sacramento. Eu andei pela Igreja, pelos bancos, corredores, dei a bênção para quem nos acompanha de casa e seguimos numa carreata por três horas pelas ruas da cidade”, explicou.
Como na cidade de Alto Piquiri, em muitos outros lugares a missa está sendo transmitida pela internet e também por todas as emissoras de tv de inspiração católicas (conforme programação abaixo).
O assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Leonardo José Pinheiro, recorda que há na orientação dos bispos, ao acolher as indicações das autoridades e profissionais da saúde, a dispensa da obrigatoriedade de participar fisicamente das celebrações dominicais nas comunidades. As missas nos meios de comunicação, segundo padre Leonardo, “se tornam, ainda mais neste momento, instrumentos eficazes de ‘reunir’ todos, cada um em suas casas, sobretudo os idosos, em torno da Palavra de Deus”.
Inspirada no Santuário de Schoenstatt de Belmonte, em Roma, a diocese de Jundiai (SP) elaborou 10 dicas importantes para orientar os fieis a se prepararem para as celebrações à distância, transmitidas pela internet ou pela TV.
  1. Prepara a tua mente
    Não é uma transmissão qualquer. É a Missa. Toma consciência do que será transmitido.
  2. Prepara o teu espírito
    Entra no clima como se estivesse entrando na Igreja. Convida o Senhor para visitar a tua casa.
  3. Preparar o teu corpo
    Que o exterior corresponda ao interior. Tira o pijama! Levante-te da cama. Arruma-te!
  4. Prepara a tua casa
    Cria um ambiente celebrativo: toalha na mesa, uma vela, o crucifixo, a Bíblia aberta. Tua casa é a Igreja doméstica.
  5. Evangelize
    Reúna tua família para rezarem juntos: nada de barulho, distrações ou conversas paralelas.
  6. Participe ativa e efetivamente
    Respondam e cante juntos a transmissão.
  7. Liturgia da Palavra
    Escute a Palavra de Deus com o coração aberto: ouça ou acompanha as leituras na Bíblia, nos subsídios ou mesmo nos aplicativos de celular.
  8. Liturgia Eucarística
    Cristo se faz presente com seu corpo, sangue, alma e divindade! Na consagração, coloquem-se de joelhos, adorando piedosamente o Senhor.
  9. A Comunhão Espiritual
    Reze a seguinte oração, enquanto o padre comunga por si e pela comunidade paroquial.
    “Meu Jesus, 
    eu creio que estais presente 
    no Santíssimo Sacramento.Amo-Vos sobre todas as coisas
    e minha alma suspira por Vós, mas, 
    como não posso receber-Vos agora, 
    no Santíssimo Sacramento,
    vinde ao menos espiritualmente
    a meu coração.Abraço-me convosco
    como se já estivésseis comigo:
    uno-me convosco inteiramente.
    Não permitais que eu algum 
    dia me separe de Vós.Ó Jesus, sumo bem
    e doce amor meu,
    inflamai meu coração,
    a fim de que esteja
    para sempre abrasado
    em Vosso amor.
    Amém!”(Oração atribuída a Santo Afonso Maria de Ligório)
  10. Começa a nossa missão
    Encaminha o link da transmissão das missas para outras pessoas que não puderam acompanhar ao vivo. Anuncie o Querigma, compartilhando uma palavra de ânimo, de acordo com a Liturgia da Palavra, nos grupos que você faz parte.

Missas nos meios de comunicação

A Pastoral da Comunicação (Pascom-Brasil) fez um levantamento junto às emissoras de televisão de inspiração católica para divulgar dias e horários das missas televisionadas (confira abaixo). Algumas destas emissoras também oferecem a transmissão pela internet.
O assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Leonardo José Pinheiro, recorda uma forma de estar em oração e em sintonia com a Igreja é por meio da meditação da Liturgia Diária sozinho ou em família: “mas é bom lembrar, sem aglomerações ou sem reunir gente de fora”, destaca padre Leonardo. Neste Tempo da Quaresma, além da liturgia do dia, é possível intensificar a leitura e meditação da Palavra de Deus, o terço e a Via Sacra.

Comunhão Espiritual

“Todos são chamados, mesmo não comungando concretamente como fariam se estivessem nas celebrações, a fazer sua comunhão espiritual, isto é, no momento da comunhão em suas casas unirem seu coração com toda a igreja cultivando no coração o desejo de estar recebendo o corpo do Senhor e juntando sua prece às preces de toda a Igreja, sobretudo para que se supere logo este momento da pandemia que estamos enfrentando. Estaremos assim unidos pela força da fé e pelas ondas dos meios de comunicação”, orienta o assessor da Comissão para a Liturgia da CNBB.

Restrições a aglomerações

Pensando na prevenção ao novo coronavírus e acatando determinações e orientações das autoridades, dioceses brasileiras têm dispensado os fiéis do preceito dominical e determinado que os padres celebrem de forma privada. Essas medidas significam que as missas com participação do povo de Deus estão suspensas e os padres celebrarão sozinhos. Até o 12h de 20 de março, 33 arquidioceses, 82 dioceses, 2 prelazias e a administração apostólica pessoal São João Maria Vianey que suspenderam as missas com público.

TV Aparecida

Domingo: 8h e 18h (Missa de Aparecida)
Segunda a sexta-feira: 6h45, 9h e 18h (Missa de Aparecida)
Sábado: 6h45 (Missa de Bom Jesus da Lapa) / 9h e 18h (Missa de Aparecida)

TV Canção Nova

Domingo a Domingo – 7h (Santuário Pai das Misericórdias)
Segunda-feira: 7h (Santuário), 15h30 (Santuário), 19h30 (SP – Paróquia Santa Cândida)
Terça, quarta e sexta-feira: 7h e 20h (Santuário)
Quinta: 7h, 16h30 (Santuário) e 20h (TV CN de Aracaju) [no dia 19/3, será às 19h30]
Domingo: 6h, 8h, 10h e 17h30
Segunda a sexta-feira: 7h e 19h30
Quarta-feira – Horário Especial: 9h
Sábado: 7h e 17h30

Rede Vida

Domingo: 8h e 17h30
Segunda a sexta: 6h55, 9h e 19h
Sábado: 7h, 9h, 15h e 17h30

TV Século 21

Domingo: 16h
Segunda a sábado: 7h45
Sexta-feira: 19h30
CNBB

Dos Sermões de São Gregório de Nazianzo, bispo


(Oratio 14, De pauperum amore, 38.40:PG 35,907.910)            (Séc.VI)

Sirvamos a Cristo na pessoa dos pobres
Diz a Escritura: Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia (Mt 5,7). A misericórdia não é certamente a última das bem-aventuranças. Lemos também: Feliz de quem pensa no pobre e no fraco (Sl 40,2). E ainda: Feliz o homem caridoso e prestativo (Sl 111,5). E noutro lugar: O justo é generoso e dá esmola (Sl 36,26). Tornemo-nos dignos destas bênçãos, de sermos chamados misericordiosos e cheios de bondade.
Nem sequer a noite interrompa a tua prática da misericórdia. Não digas: “Vai e depois volta, amanhã te darei o que pedes”.Nada se deve interpor entre a tua resolução e o bem que vais fazer. Só a prática do bem não admite adiamento.
Reparte o teu pão com o faminto, acolhe em tua casa os pobres e peregrinos (Is 58,7), com alegria e presteza. Quem se dedica a obras de misericórdia, diz o Apóstolo, faça-o com alegria (Rm 12,8). Essa presteza e solicitude duplicarão a recompensa da tua dádiva. Mas o que é dado com tristeza e de má vontade não se torna agradável nem é digno.
Devemos alegrar-nos, e não entristecer-nos, quando prestamos algum benefício. Diz a Escritura: Se quebrares as cadeias injustas e desligares as amaras do jugo (Is 58,6), isto é, da avareza e das discriminações, das suspeitas e das murmurações, que acontecerá? A tua recompensa será grande e admirável! Então, brilhará tua luz como a aurora e tua saúde há de recuperar-se mais depressa (Is 58,8). E quem há que não deseje a luz e a saúde?
Por isso, se me julgais digno de alguma atenção, vós, servidores de Cristo, seus irmãos e co-herdeiros, em todas as ocasiões visitemos a Cristo, alimentemos a Cristo, tratemos as feridas de Cristo, vistamos a Cristo, acolhamos a Cristo, honremos a Cristo; não apenas oferecendo-lhe uma refeição, como fizeram alguns, não apenas ungindo-o com perfumes como Maria, não apenas dando-lhe o sepulcro como José de Arimateia, não apenas dando o necessário para o sepultamento como Nicodemos que dava a Cristo só uma parte do seu amor, nem, finalmente, oferecendo ouro, incenso e mira, como fizeram os magos, antes de todos esses. O Senhor do universo quer a misericórdia e não o sacrifício, e a compaixão tem muito maior valor que milhares de cordeiros gordos. Ofereçamos a misericórdia e a compaixão na pessoa dos pobres que hoje na terra são humilhados, de modo que, ao deixarmos este mundo, eles nos recebam nas moradas eternas, juntamente com o próprio Cristo nosso Senhor, a quem seja dada a glória pelos séculos dos séculos. Amém.

quinta-feira, 19 de março de 2020

Por que o Papa escolheu o dia de São José para iniciar seu pontificado há sete anos?

REDAÇÃO CENTRAL, 19 Mar. 20 / 06:00 am (ACI).- Em um dia como hoje, há sete anos, o Papa Francisco iniciou o seu pontificado na Solenidade de São José. Conheça as razões do Pontífice para ter escolhido esta data, como é a sua relação com o Santo Custódio e como neste tempo promoveu a sua devoção.

No dia 19 de março de 2013, a Praça São Pedro em Roma aclamava o Papa ao início de seu pontificado a serviço da Igreja e do mundo. Nessa ocasião, o Pontífice disse: “Dou graças ao Senhor por poder celebrar esta Santa Missa de começo do ministério petrino na Solenidade de São José, esposo da Virgem Maria e patrono da Igreja universal: é uma coincidência muito rica de significado”.
“Também o Papa, para exercer o poder, deve entrar cada vez mais nesse serviço que tem o seu cume luminoso na cruz; deve colocar o seu olhar no serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços para proteger a todo o Povo de Deus e acolher com carinho e ternura toda a humanidade”, destacou.
Meses depois, o Papa Francisco, através de um decreto da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, decidiu realizar uma pequena modificação nas orações da Missa para promover a devoção a São José.
Concretamente, com esta modificação, o Santo Custódio é mencionado nas Preces Eucarísticas II, III e IV da terceira edição típica do Missal Romano, colocando-se depois do nome da Virgem Maria.
Posteriormente, em uma cerimônia onde esteve acompanhado de Bento XVI, o Papa Francisco consagrou o Estado da Cidade do Vaticano a São José e a São Miguel Arcanjo.
Em 19 de março de 2014, voltou a fazer referência a São José dizendo que “é o modelo do educador, do pai e do sacerdote. Assim, encomendo à sua proteção todos os pais, os sacerdotes – que também são pais – e aqueles que têm um papel educativo na Igreja e na sociedade”.
Durante sua viagem às Filipinas no começo de 2015, o Pontífice fez uma reflexão sobre as três lições que São José dá às famílias do mundo inteiro: são o descansar no Senhor na oração, crescer com Jesus e Santa Maria e ser uma voz profética na sociedade.
Nesta ocasião, revelou um de seus segredos mais guardados. “Eu gosto muito de São José porque é um homem forte de silêncio. Na minha escrivaninha tenho uma imagem de São José dormindo e dormindo cuida da Igreja. Sim, pode fazê-lo, sabemos”, indicou o Santo Padre.
“Quando tenho um problema, uma dificuldade, escrevo um papelzinho e o coloco debaixo de São José para que o sonhe. Isto significa para que reze por este problema”, acrescentou.
No voo de volta de Estrasburgo (França) ao Vaticano, depois de sua visita ao Parlamento Europeu e ao Conselho da Europa, o Pontífice disse: “Todas as vezes que pedi alguma coisa para São José, ele me concedeu”.
ACI Digital

terça-feira, 17 de março de 2020

Dos Sermões de São Pedro Crisólogo, bispo

(Sermo 43: PL 52,320.322)             (Séc.IV)

O que a oração pede, o jejum o alcança e a misericórdia o recebe
Há três coisas, meus irmãos, três coisas que mantêm a fé, dão firmeza à devoção e perseverança à virtude. São elas a oração, o jejum e a misericórdia. O que a oração pede, o jejum alcança e a misericórdia recebe. Oração, misericórdia, jejum: três coisas que são uma só e se vivificam reciprocamente.
O jejum é a alma da oração e a misericórdia dá vida ao jejum. Ninguém queira separar estas três coisas, pois são inseparáveis. Quem pratica somente uma delas ou não pratica todas simultaneamente, é como se nada fizesse. Por conseguinte, quem ora também jejue; e quem jejua, pratique a misericórdia. Quem deseja ser atendido nas suas orações, atenda as súplicas de quem lhe pede; pois aquele que não fecha seus ouvidos às súplicas alheias, abre os ouvidos de Deus às suas próprias súplicas.
Quem jejua, pense no sentido do jejum; seja sensível à fome dos outros quem deseja que Deus seja sensível à sua; seja misericordioso quem espera alcançar misericórdia; quem pede compaixão, também se compadeça; quem quer ser ajudado, ajude os outros. Muito mal suplica quem nega aos outros aquilo que pede para si.
Homem, sê para ti mesmo a medida da misericórdia;deste modo alcançarás misericórdia como quiseres, quanto quiseres e com a rapidez que quiseres; basta que te compadeças dos outros com generosidade e presteza.
Peçamos, portanto, destas três virtudes – oração,jejum, misericórdia – uma única força mediadora junto de Deus em nosso favor; sejam para nós uma única defesa, uma única oração sob três formas distintas.
Reconquistemos pelo jejum o que perdemos por não saber apreciá-lo; imolemos nossas almas pelo jejum, pois nada melhor podemos oferecer a Deus como ensina o Profeta: Sacrifício agradável a Deus é um espírito penitente; Deus não despreza um coração arrependido e humilhado (cf. Sl 50,19).
Homem, oferece a Deus a tua alma, oferece a oblação do jejum, para que seja uma oferenda pura, um sacrifício santo, uma vítima viva que ao mesmo tempo permanece em ti e é oferecida a Deus. Quem não dá isto a Deus não tem desculpa, porque todos podem se oferecer a si mesmos.
Mas, para que esta oferta seja aceita por Deus, a misericórdia deve acompanhá-la; o jejum só dá frutos se for regado pela misericórdia, pois a aridez da misericórdia faz secar o jejum. O que a chuva é para a terra, é a misericórdia para o jejum. Por mais que cultive o coração, purifique o corpo, extirpe os maus costumes e semeie as virtudes, o que jejua não colherá frutos se não abrir as torrentes da misericórdia.
Tu que jejuas, não esqueças que fica em jejum o teu campo se jejua a tua misericórdia; pelo contrário, a liberalidade da tua misericórdia encherá de bens os teus celeiros. Portanto, ó homem, para que não venhas a perder por ter guardado para ti, distribui aos outros para que venhas a recolher; dá a ti mesmo, dando aos pobres, porque o que deixares de dar aos outros, também tu não o possuirás.

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São Patrício, Padroeiro da Irlanda

REDAÇÃO CENTRAL, 17 Mar. 20 / 05:00 am (ACI).- “Eu era como uma pedra em uma profunda mina; e aquele que é poderoso veio e, em sua misericórdia, levantou-me e me colocou sobre uma parede”, dizia São Patrício, Padroeiro da Irlanda, cuja festa se celebra neste dia 17 de março.

Este santo também goza de grande devoção em Nova Iorque (Estados Unidos), onde todos os anos é homenageado com as cores verdes.
São Patrício nasceu na Grã-Bretanha por volta de 385. Sendo ainda jovem, foi raptado por piratas irlandeses e vendido como escravo na Irlanda. Quando recuperou a liberdade, seguiu para a Grã-Bretanha e depois para a Gália (atual França), onde frequentou mosteiros e se habilitou para a vida monástica e missionária. Seguiu o caminho do sacerdócio e mais adiante chegou a ser Bispo na Irlanda, levando em sua alma piedosa o desejo de evangelizar aquela nação pagã.
Em sua linguagem simples para evangelizar, costumava explicar que assim como as três folhinhas de um trevo fazem uma folha, da mesma forma Pai, Filho e Espírito Santo formam um só Deus verdadeiro.
Até hoje, por conta desse ensinamento do santo, os irlandeses costumam fixar um trevo à sua roupa no dia do padroeiro do país, para homenageá-lo.
Seus opositores foram os magos druidas que acreditavam em deuses pagãos e os hereges pelagianos. Entretanto, São Patrício seguiu firme construindo abadias e igrejas cristãs.
Diz-se que um Sábado Santo, quando São Patrício acendeu o fogo pascal, os druidas se lançaram a apagá-lo, mas não conseguiram. Então, um deles exclamou: “O fogo da religião que Patrício acendeu será espalhado por toda a ilha”. Isto se cumpriu porque converteu toda a Irlanda ao cristianismo.
O santo formou um clero local, consagrou sacerdotes e Bispos.
Ao final de sua vida, escreveu as “Confissões”, obra na qual relatou como se sentia e o que fazia na missão que Deus lhe tinha confiado.
Conseguiu a reforma das leis civis da Irlanda e a legislação foi feita com os princípios católicos. Partiu para a Casa do Pai em 461 e foi sepultado em Saúl, região de Stragford Lough, onde edificou a sua primeira igreja.
É também muito reverenciado nos Estados Unidos devido ao grande número de imigrantes irlandeses. Em Nova Iorque, a Catedral é dedicada a São Patrício. Nesta cidade, uma das tradições mais antigas é o desfile pelo dia de São Patrício ou “Saint Patrick’s day” que data da época colonial. Os irlandeses, parte do exército britânico, costumavam se vestir de verde e entoavam canções típicas ao som de gaitas de fole.
Isto permaneceu no tempo e hoje é uma das maiores celebrações na cidade norte-americana. A cor representativa continua sendo o verde e se mantém o grande desfile de marcha militar que acontece na Catedral de São Patrício.
ACI Digital

segunda-feira, 16 de março de 2020

CNBB pede aos fiéis atenção irrestrita às autoridades no combate à epidemia de coronavírus

Logo oficial CNBB. Imagem: Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
BRASILIA, 16 Mar. 20 / 03:43 pm (ACI).- A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu neste 14 de março a mensagem: “Tempos de Esperança e Solidariedade”, informando que as indicações práticas de cuidado estão sendo emitidas em cada diocese e pedindo aos fiéis atenção e consideração irrestrita às orientações dos especialistas de saúde e autoridades competentes.
“Sejamos disciplinados, obedeçamos às orientações e decisões para nosso bem, e não nos falte o discernimento sábio para cancelamentos e orientações que preservem a vida como compromisso com nosso dom mais precioso”, exortaram os prelados brasileiros.
Segundo a edição em português do jornal El País, até o momento foram registrados 200 casos positivos de COVID 19, causada pelo coronavírus, no Brasil. Ainda segundo o diário, o Ministério da Saúde brasileiro registrou nos últimos dias um avanço de mais de 65% dos registros e ainda há 1.913 casos suspeitos no país.
Confira na íntegra a nota da presidência da CNBB:
Tempos de esperança e solidariedade
Tudo posso naquele me fortalece! (Fp 4,13.
1. Diante do complexo quadro gerado pela pandemia do coronavírus, a CNBB manifesta sua palavra de esperança e de solidariedade. As indicações práticas estão sendo emitidas em cada diocese, considerando e respeitando a realidade. Recomendamos atenção e consideração irrestrita dos especialistas de saúde e autoridades competentes. As indicações sobre o modo como celebrar a fé cabem aos bispos em cada diocese. Todas as normas visam à proteção das pessoas, buscando evitar a contaminação e preservar a vida.
2. Os cuidados com higienização pessoal e do ambiente, bem como o evitar aglomerações são regras que precisam ser seguidas por todos, com irrestrita atenção e cuidados, a partir da própria consciência, regida pelo bom senso e pela fraternidade.
3. Por isso, é importante que essas orientações sejam acolhidas como uma contribuição em vista do bem de todos. Elas requerem ser acompanhadas de muita oração elevando nossos corações ao Deus da Vida, no acolhimento de sua Palavra e por uma vivência de renúncias neste tempo quaresmal. Em momentos difíceis e delicados como este, mais fortes devem ser nossa fé, esperança e união.
4. Algumas restrições mexem com o nosso jeito de conviver e celebrar, pois somos um povo que traz em si o desejo de sempre estar juntos, tanto nos momentos alegres quanto tristes. Conscientes de que as restrições ao convívio não durarão para sempre, aprendamos, a valorizar a fraternidade. Aproveitemos para pensar nos inúmeros outros modos em que a vida de pessoas, povos e do planeta vem sendo agredida. Tornemo-nos ainda mais desejosos de, passada a pandemia, podermos estar juntos, celebrando a vida, a saúde, a concórdia e a paz.
5. Não temamos manifestar a solidariedade e a esperança. Superemos a indiferença. Façamos isso, porém, de modo prudente e em consonância com as orientações sanitárias. São muitos os recursos tecnológicos ao nosso dispor atualmente. Eles podem ajudar a suprir a distância física nesse período de cautela.
6. Tenhamos igual firmeza para discernir informações, desconsiderando notícias falsas, que se alastram com facilidade. Seu desejo é o de nos enfraquecer e abater. Não hesitemos, portanto, em buscar sempre a verdade das informações. Evitemos que o medo nos torne mais vulneráveis. Deus nunca nos abandona e, nos momentos mais difíceis, nós o podemos sentir ainda mais próximo em seu amor e sua paz.
7. Por fim, fazendo cada um a sua parte nessa grande empreitada, que é de todos, não deixemos de rezar pelo mundo inteiro, em especial pelas vítimas e pelos profissionais que incansavelmente trabalham por uma solução. Sejamos disciplinados, obedeçamos às orientações e decisões para nosso bem, e não nos falte o discernimento sábio para cancelamentos e orientações que preservem a vida como compromisso com nosso dom mais precioso.
Brasília-DF, 14 de março de 2020
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte-MG
Presidente da CNBB
Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima-RR
2º Vice-Presidente
Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre-RS
1º Vice-Presidente
Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar do Rio de Janeiro- RJ
Secretário-Geral da CNBB
ACI Digital/CNBB

Sobe para 11 o número de sacerdotes mortos devido ao coronavírus na Itália

Crédito Foto: Pixabay/Domínio Público.
Roma, 16 Mar. 20 / 02:33 pm (ACI).- A pandemia de coronavirus COVID-19 já provocou a morte de onze sacerdotes na Itália, sendo Bérgamo a diocese mais afetada, com seis falecidos; seguida de Brescia com três, Emilia-Romagna com um e Cremona também com um padre infectado pelo vírus.
Até o momento os infectados pelo COVID-19 na Itália são mais de 27 mil pessoas e cerca de 1.800 foram vítimas fatais do vírus. Motivado pelo crescimento dos casos no mundo inteiro, o Papa Francisco saiu ontem do Vaticano para rezar pelo fim da pandemia na Basílica da Santa Maria Maior e em seguida na igreja de São Marcelo, nesta última, esteve diante da famosa imagem do Cristo milagroso que salvou Roma da peste no século XVI.
No caso de Bérgamo os dois últimos sacerdotes falecidos são Pe. Silvano Sirtoli, de 59 anos, e Pe. Giancarlo Nava, de 70 anos. Outros 20 padres testaram positivo e alguns já inclusive se recuperaram.
Entre os que também testaram positivo está o Bispo de Cremona, Dom Antonio Napolioni, que se recuperou na manhã desta segunda-feira 16 e retornou à residência episcopal para o período de convalescença e 14 dias quarentena, depois dos quais lhe fará novos exames para confirmar que já não tem a enfermidade.
Por sua parte, o Bispo de Bérgamo, Dom Francesco Beschi, destacou a solidariedade que se registrou desde os primeiros dias no país para com os enfermos e segue recuperando-se bem da infecção causada pelo vírus.
ACI Digital

Estes 14 Santos nos ajudarão durante a pandemia de coronavirus

Representação dos 14 Santos Salvadores da Bavária no século XIX,
restaurada por Alois Liebwein. Crédito: Domínio Público.
REDAÇÃO CENTRAL, 16 Mar. 20 / 10:20 am (ACI).- A pandemia de coronavirus COVID-19 levou mais países a declararem o estado de emergência para evitar o aumento de infectados, e os bispos a tomarem medidas para prevenir mais casos entre os católicos, sem descuidar a atenção pastoral dos fiéis.
Entretanto, não é a primeira vez que a Igreja se enfrenta a uma emergência sanitária generalizada, pois em meados do século XIV a praga considerada “a catástrofe maior da história”, chamada “peste negra”, devastou a Europa e deixou 50 milhões de falecidos, cerca de 60% da população, uma taxa de mortalidade muito maior que o coronavirus até o momento.
Durante esta época, os fiéis pediram a intercessão de 14 Santos contra a praga e outras desgraças.
De acordo como o Novo Movimento Litúrgico, a devoção a estes 14 Santos se iniciou na Alemanha, onde lhes chama “Nothelfer”, que significa “auxiliadores na hora da necessidade”. À medida que a peste ressurgiu ao longo das décadas, a devoção a estes “Santos auxiliadores” se estendeu a outros países e o Papa Nicolau V declarou que toda devoção vinha com indulgências especiais. A introdução à festa dos “Santos auxiliares” se encontra no Misal de Cracóvia de 1483.
“A missa dos 14 Santos ajudantes aprovada por Nicolau V, é fundamental para quem tem grandes enfermidades, angústias, tristeza ou qualquer tribulação. É importante também para os detidos e prisioneiros, bem como para comerciantes e peregrinos, para os que foram sentenciados a morte e estão em guerra, para as mulheres que lutam no parto ou com um aborto espontâneo, pelo perdão dos pecados e pelos falecidos.”
No dia 8 de Agosto se celebra estes “Santos auxiliares” em alguns lugares. À continuação você conhecerá quem são estes santos e verá uma curiosidade, dentre eles, 13 foram mártires.
  1. São Jorge: Foi um mártir do século IV e soldado do exército durante a perseguição aos cristãos pelo imperador Diocleciano. Ele se negou a prender cristãos e oferecer sacrifícios aos deuses romanos, por isso foi torturado e executado. Invocado contra enfermidades da pele e paralisia.
  1. São Brás: Foi um mártir do século IV e bispo de Armênia que fugiu ao bosque para evitar a morte durante a perseguição contra os cristãos, mas o encontraram e prenderam. Um dia, uma mãe e seu filho que tinha um osso entupido em sua garganta o visitaram e, com sua bênção, o osso se desprendeu e o menino se salvou. O governador da Capadócia o obrigou renunciar à fé e sacrificar animais aos deuses pagãos e ao negar-se foi torturado e decapitado. Invocam-no contra os males na garganta.
  1. São Erasmo: Foi bispo em Formia (na Itália) no século IV, durante o governo de Diocleciano. Conta a lenda que o santo, chamado São Elmo, fugiu à montanha e sobreviveu alimentado por um corvo até que o prenderam e encarceraram. Escapou a prisão com a ajuda de um anjo e tempo depois, torturaram-no com barras quentes. Alguns relatos dizem que foi sanado milagrosamente e morreu por causas naturais, e outros, que as feridas foram a causa de seu martírio. Invocam-no para os que sofrem dores e transtornos no estômago, e pelas mulheres em trabalho de parto.
  1. São Pantaleão: Foi um mártir do século IV açoitado por Diocleciano, filho de um pagão rico e instruído no cristianismo por sua mãe e um sacerdote. Trabalhou como médico do imperador Maximiano, mas seus companheiros, ciumentos de sua rica herança, denunciaram-no ao imperador. Negou-se a adorar falsos deuses, foi torturado e tentaram assassiná-lo de várias maneiras: queimaram-lhe com tochas, banharam-no em chumbo líquido e o jogaram no mar amarrado a uma pedra, mas sempre foi resgatado da morte por Cristo, quem lhe aparecia como um sacerdote. Foi decapitado logo depois de desejar seu próprio martírio. Invocam-no como padroeiro dos médicos e parteiras.
  1. São Vito: Mártir do século IV açoitado pelo Diocleciano, filho de um senador na Sicilia e cristã graças à influência de uma enfermeira. Contam que irritou os pagãos por inspirar muitas conversões e fazer milagres. Foi condenado à morte junto a uma enfermeira cristã e seu marido por negar-se a renunciar a sua fé. Buscaram matá-los muitas vezes, inclusive tentaram jogá-los aos leões no Coliseu Romano, mas foram milagrosamente libertados, até que finalmente, foram executados. Invocam-no contra a epilepsia e enfermidades do sistema nervoso.
  1. São Cristóvão: Foi um mártir do século III, chamado originalmente Reprobus, filho de pagãos, que prometeu seu serviço ao rei. A conversão do rei e o ensino de um monge fizeram que se tornasse cristão, e usou sua força e músculos para ajudar pessoas a cruzarem um rio de uma margem à outra. Uma vez carregou um menino que lhe disse que era Cristo e lhe disse que seria chamado “Cristóvão” ou “Aquele que carrega Cristo”. O encontro encheu o santo de zelo missionário e quando retornou a seu lar na Turquia, converteu a quase 50 mil pessoas. O imperador Décio ordenou prendê-lo, encarcerá-lo e torturou-o de muitas formas, incluindo disparos com flechas. Foi decapitado no ano 250. Invocam-no como padroeiro para obter uma santa morte, contra a epilepsia e as dores de dente.
  1. São Denis: Alguns afirmam que São Paulo o converteu ao cristianismo em Atenas e logo se converteu no primeiro bispo de Paris no século I. Outros, que foi bispo e mártir do século III. Foi um zeloso missionário que chegou à França, onde o decapitaram no Montmartre”, o Monte dos Mártires, onde muitos cristãos foram mortos por sua fé. É invocado contra ataques demoníacos.
  1. São Ciríaco: Este diácono foi mártir do século IV, mas foi favorecido pelo Imperador Diocleciano depois de curar a sua filha e um amigo do imperador em nome de Jesus. De acordo com o site “catholicism.org” e ao livro The Fourteen Holy Helpers”, depois da mote de Dioclesiano, seu sucessor Maximiano aumentou a perseguição de cristãos e o encarcerou, torturou e finalmente o decapitou por jamais ter renunciado ao cristianismo. É o padroeiro dos enfermos que sofrem males da vista.
  1. São Acácio: Mártir do século IV durante o governo de Galerius. A tradição diz que quando foi capitão da força armada de Roma escutou uma voz que lhe disse: “Clama ao Deus Cristão por ajuda”, logo se batizou. Converteu soldados do exército, até que o denunciaram e enviaram ao tribunal onde se negou a renunciar a sua fé. Torturaram-no, mas de forma milagrosa foi curado várias vezes até que o decapitaram no ano 311. Consideram-no padroeiro dos que sofrem dores de cabeça.
  1. Santo Eustáquio: Mártir do século II açoitado por Trajano, Imperador de Roma. De acordo com a tradição, foi um general das forças armadas convertido ao cristianismo ao ter uma visão do crucifixo, que apareceu entre os chifres de um cervo enquanto caçava. Converteu a sua família e junto a sua esposa foram queimados até a morte depois de recusar-se a participar de uma cerimônia pagã. Invocam-no contra os incêndios.
  1. São Gil: É o único dos “Santos auxiliadores” que não foi mártir. Apesar de nascer para ser nobre, São Gil se converteu em monge no século VII em Atenas. Logo, sob o governo de São Bento, retirou-se ao deserto para fundar um monastério. Foi reconhecido por sua santidade e milagres que realizou. Morreu pacificamente perto do ano 712. É invocado para a cura de pessoas com enfermidades devastadoras.
  1. Santa Margarida de Antioquia: Mártir do século IV perseguida por Diocleciano. Seu pai a repudiou por converter-se ao cristianismo graças a sua enfermeira. Foi uma virgem consagrada que, enquanto cuidava rebanhos de ovelhas, foi vista por um romano que a obrigou a ser sua esposa ou concubina. Quando ela o rechaçou, levou-a à corte dos nobres onde foi ameaçada de morte se não deixasse a fé cristã, e, como se recusou, queimaram-na e ferveram-na viva, mas, milagrosamente saiu ilesa de ambos os castigos. Finalmente, foi decapitada. Invocam-na como padroeira das mulheres grávidas e dos que sofrem enfermidades dos rins.
  1. Santa Bárbara: Embora pouco conhecida, acredita-se que esta santa mártir do século III foi filha de um homem rico e zeloso. Quando lhe confessou que se converteu ao cristianismo, seu próprio pai a denunciou e a levou perante as autoridades locais, que ordenaram que fosse torturada e decapitada. Dizem que seu próprio pai a decapitou e logo, foi atingido por um raio. É invocado contra as tormentas e incêndios.
  1. Santa Catarina de Alexandria: Mártir do século IV convertida depois de uma visão de Cristo e Maria. Foi filha da rainha do Egito, quem se converteu depois de sua morte. Quando Maximiano começou a perseguir cristãos no Egito, Catarina o repreendeu e tentou lhe demonstrar que seus deuses eram falsos. Debateu com os melhores eruditos do imperador e alguns se converteram devido a seus argumentos; entretanto, foi açoitada, encarcerada e decapitada. É a santa padroeira dos filósofos e dos jovens estudantes.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF