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domingo, 15 de março de 2020

São Longuinho, o soldado que perfurou o lado de Jesus

REDAÇÃO CENTRAL, 15 Mar. 20 / 06:00 am (ACI).- “Verdadeiramente, este homem era Filho de Deus”, esta é a profissão de fé feita pelo soldado romano que, após a crucificação, furou o lado de Jesus com uma lança e se converteu, o qual foi identificado como São Longuinho, cuja festa é celebrada neste dia 15 de março.

Longuinho viveu nos primeiros séculos, era o centurião que, por ordens de Pilatos, esteve com outros soldados ao pé da cruz de Jesus Cristo.
O Evangelho de São João relata quando os soldados foram quebrar as pernas dos dois homens que estavam crucificados ao lado de Jesus, mas quando chegaram diante de Cristo, “como o vissem já morto, não lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água” (Jo 19,33-34).
Este soldado que perfurou o lado de Jesus foi identificado com o nome Longuinho, derivado do grego que significa “uma lança”.
Foi ele quem, ao ver as poderosas manifestações da natureza após a morte de Cristo, disse a famosa frase que o fez o primeiro convertido à fé cristã: “Verdadeiramente, este homem era Filho de Deus”.
Diz-se que Longuinho estava ficando cego e, quando perfurou o Senhor com a lança, uma gota do sangue do Salvador caiu em seus olhos e, imediatamente, ele ficou curado. Tocado, converteu-se e abandonou para sempre o exército.
Instruído pelos apóstolos, Longuinho se tornou monge em Cesareia, na Capadócia, onde ganhou muitas almas para Cristo por meio da palavra e do testemunho.
Entretanto, o governador da Cesareia descobriu sua identidade e o entregou a Pôncio Pilatos. Foi acusado de desertor e condenado à morte, a não ser que renunciasse à sua fé em Cristo.
Longuinho se manteve firme e, por isso, foi torturado, teve seus dentes arrancados e a língua cortada. Depois, foi decapitado.
Quase mil anos depois, em 999, São Longuinho foi canonizado pelo Papa Silvestre II. Conforme se relata, o processo de canonização já havia avançado bastante, porém os documentos ficaram perdidos por muitos anos.
Então, o Papa pediu a intercessão de Longuinho para ajudá-lo a encontrar esses papéis. Pouco tempo depois, os documentos foram achados e aconteceu a canonização.
Ainda hoje, São Longuinho é invocado pelos fiéis para pedir ajuda a fim de encontrar algum objeto perdido. Diz-se que ele era um homem baixinho e que, servindo na corte de Roma, vivia nas festas dos romanos.
Nesses ambientes, por sua pequena estatura, conseguia ver o que se passava por baixo das mesas e sempre encontrava pertences de pessoas. Os objetos achados eram devolvidos aos seus donos. Daí teria surgido o costume de pedir-lhe ajuda para encontrar o que se perdeu.
Em agradecimento, segundo a tradição, são oferecidos três pulinhos e uma oração. Diz-se que essa forma de agradecer seria pelo fato de o soldado ser manco, mas outra explicação afirma que os pulinhos se remetem à Santíssima Trindade. 
ACI Digital

Dos Tratados sobre o Evangelho de São João, de Santo Agostinho, bispo

Santo Agostinho
(Tract.15,10-12.16-17:CCL 36,154-156)            (Séc.V)

Veio uma mulher da Samaria para tirar água
Veio uma mulher. Esta mulher é figura da Igreja, ainda não justificada, mas já a caminho da justificação. É disso que iremos tratar.
A mulher veio sem saber o que ali a esperava; encontrou Jesus, e Jesus dirigiu-lhe a palavra. Vejamos o fato e a razão por que veio uma mulher da Samaria para tirar água (Jo 4,7). Os samaritanos não pertenciam ao povo judeu; não eram do povo escolhido. Faz parte do simbolismo da narração que esta mulher, figura da Igreja, tenha vindo de um povo estrangeiro; porque a Igreja viria dos pagãos, dos que não pertenciam à raça judaica.
Ouçamos, portanto, a nós mesmos nas palavras desta mulher, reconheçamo-nos nela e nela demos graças a Deus por nós. Ela era uma figura, não a realidade; começou por ser figura, e tornou-se realidade. Pois acreditou naquele que queria torná-la uma figura de nós mesmos. Veio para tirar água. Viera simplesmente para tirar água, como costumam fazer os homens e as mulheres.
Jesus lhe disse: “Dá-me de beber”. Os discípulos tinham ido à cidade para comprar alimentos. A mulher samaritana disse então a Jesus: “Como é que tu, sendo judeu, pedes de beber a mim, que sou uma mulher samaritana?” De fato os judeus não se dão com os samaritanos (Jo 4,7-9.)
Estais vendo que são estrangeiros. Os judeus de modo algum se serviam dos cântaros dos samaritanos. Como a mulher trazia consigo um cântaro para tirar água, admirou-se que um judeu lhe pedisse de beber, pois os judeus não costumavam fazer isso. Mas aquele que pedia de beber tinha sede da fé daquela mulher.
Escuta agora quem pede de beber. Respondeu-lhe Jesus? “Se tu conhecesses o dom de Deus e quem é que te pede: ‘Dá-me de beber’, tu mesma lhe pedirias a ele, e ele te daria água viva (Jo 4,10).
Pede de beber e promete dar de beber. Apresenta-se como necessitado que espera receber, mas possui em abundância para saciar os outros. Se tu conhecesses o dom de Deus, diz ele. O dom de Deus é o Espírito Santo. Jesus fala ainda veladamente à mulher, mas pouco a pouco entra em seu coração, e vai lhe ensinando. Que haverá de mais suave e bondoso que esta exortação? Se tu conhecesses o dom de Deus e quem é que te pede: ‘Dá-me de beber’,tu mesma lhe pedirias a ele, e ele te daria água viva.
Que água lhe daria ele, senão aquela da qual está escrito: Em vós está a fonte da vida? (Sl 35,10). Pois como podem ter sede os que vêm saciar-se na abundância de vossa morada? (Sl 35,9).
O Senhor prometia à mulher um alimento forte, prometia saciá-la com o Espírito Santo. Mas ela ainda não compreendia. E, na sua incompreensão, que respondeu? Disse-lhe então a mulher: “Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede e nem tenha de vir aqui para tirá-la” (Jo 4,15). A necessidade a obrigava a trabalhar, mas sua fraqueza recusava o trabalho. Se ao menos ela tivesse ouvido aquelas palavras: Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos e eu vos darei descanso! (Mt 11,28). Jesus dizia-lhe tudo aquilo para que não se cansasse mais; ela, porém, ainda não compreendia.

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3º DOMINGO DA QUARESMA - Ano "A": SENHOR, DÁ-ME DESSA ÁGUA!

Cardeal Dom Sérgio da Rocha
Administrador Apostólico da
Arquidiocese de Brasília
A Quaresma tem sido, desde as origens, um tempo batismal por excelência, marcado pela preparação dos catecúmenos para o Batismo e pela renovação das promessas batismais na Páscoa. A Liturgia da Palavra dos domingos da Quaresma serve de itinerário catequético para os que se preparam para o Batismo e para os que renovam a vida batismal. Por isso, o tema da água, proposto pela Liturgia deste domingo, adquire um sentido ainda maior pelo seu caráter batismal.
O Êxodo fala da água que Moisés fez brotar da rocha, na difícil travessia do povo pelo deserto rumo à nova terra. O povo purificou e amadureceu a sua fé atravessando o deserto. No deserto, chegou a duvidar da presença de Deus, conforme o final do texto proclamado: “O Senhor está no meio de nós ou não?” (Ex 17,7). Entretanto, no deserto, eles experimentaram a misericórdia e o poder de Deus, como demonstra o episódio da água que brota da rocha. Deus caminha com o seu povo na travessia do deserto, saciando a sua sede.
Nós somos o novo Povo de Deus que necessita de “água” para saciar a sede, especialmente quando passamos por situações de deserto representadas por provações, pelo cansaço e pela aridez. O diálogo de Jesus com a mulher samaritana ocorre à beira do poço, que foi do patriarca Jacó, por volta do meio dia, sob o sol forte e o calor. Jesus aproveita aquele momento para falar de outra sede e de outra água: “quem beber da água que eu lhe der, nunca mais terá sede” (Jo 4,14). No diálogo, ele se revela como a fonte da água viva. Mais tarde, ele dirá: “se alguém tiver sede, venha a mim e beba” (Jo 7,37). Assim como a samaritana, nós também somos convidados a pedir a Jesus, nesta Quaresma: “Senhor, dá-me dessa água” (Jo 4,15).
Uma vez saciados, não podemos reter essa água. Quem a recebe deve ser portador dessa boa nova, a fim de que outros também possam abraçar a fé em Cristo, como ocorreu com a samaritana. “Muitos creram por causa da sua palavra”, afirma o texto joanino. Por isso, nesta Quaresma, beba da fonte da água que sacia a nossa sede de vida plena, que é Cristo, e ajude outros a fazerem a mesma experiência.
Há uma relação essencial entre água e vida. A Campanha da Fraternidade, neste ano, nos convida a acolher a vida como “dom e compromisso”, fazendo-nos refletir e agir diante de tantas situações que destroem a vida. Necessitamos defender a vida e a dignidade de cada pessoa, em qualquer situação em que ela se encontrar, especialmente a vida mais indefesa ou fragilizada.  Saciados pela água viva, que é Cristo, possamos “ver, sentir compaixão e cuidar”, inspirados na parábola do Samaritano.
Folheto: O Povo de Deus/Arquidiocese de Brasília

Papa oferece Missa pelos que trabalham durante crise do coronavírus

Papa Francisco na Casa Santa Marta. Foto: Vatican Media
Vaticano, 15 Mar. 20 / 09:56 am (ACI).- O Papa Francisco ofereceu a Missa deste domingo, 15 de março, celebrada na Casa Santa Marta, pelas “pessoas que, com seu trabalho, garantem o funcionamento da sociedade: os trabalhadores das farmácias, dos supermercados, do transporte, os policiais”.
“Rezemos por todos aqueles que estão trabalhando para que a vida social, a vida na cidade, possam seguir em frente neste momento”.
Além disso, o Pontífice também quis oferecer a Missa deste domingo de Quaresma “pelos doentes, pelas pessoas que sofrem”.
A Missa celebrada pelo Papa Francisco todos os dias na Casa Santa Marta será transmitida, mais uma semana, ao vivo pelos meios de comunicação de Vatican Media.
Trata-se de uma decisão destinada a aliviar o cancelamento de Missas em toda a Itália como consequência da pandemia do coronavírus.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.
ACI Digital

Hoje a Igreja celebra o terceiro Domingo da Quaresma

REDAÇÃO CENTRAL, 15 Mar. 20 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 15 de março, a Igreja celebra o terceiro Domingo da Quaresma. O Evangelho de hoje corresponde à leitura de João 4,5-15.19b-26.39a.40-42, que traz a passagem da samaritana, a quem o próprio Jesus se mostra como fonte de água viva.

A seguir, leia e reflita o Evangelho deste terceiro domingo da Quaresma:
Jo 4,5-15.19b-26.39a.40-42
Naquele tempo, 5 Jesus chegou a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, perto do terreno que Jacó tinha dado ao seu filho José. 6 Era aí que ficava o poço de Jacó. Cansado da viagem, Jesus sentou-se junto ao poço. Era por volta de meio-dia. 7 Chegou uma mulher de Samaria para tirar água. Jesus lhe disse: “Dá-me de beber”.
8 Os discípulos tinham ido à cidade para comprar alimentos. 9 A mulher samaritana disse então a Jesus: “Como é que tu, sendo judeu, pedes de beber a mim, que sou uma mulher samaritana?” De fato, os judeus não se dão com os samaritanos.
10 Respondeu-lhe Jesus: “Se tu conhecesses o dom de Deus e quem é que te pede: ‘Dá-me de beber’, tu mesma lhe pedirias a ele, e ele te daria água viva”. 11 A mulher disse a Jesus: “Senhor, nem sequer tens balde e o poço é fundo. De onde vais tirar água viva? 12 Por acaso, és maior que nosso pai Jacó, que nos deu o poço e que dele bebeu, como também seus filhos e seus animais?”
13 Respondeu Jesus: “Todo aquele que bebe desta água terá sede de novo. 14 Mas quem beber da água que eu lhe darei, esse nunca mais terá sede. E a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água que jorra para a vida eterna”.
15 A mulher disse a Jesus: “Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede e nem tenha de vir aqui para tirá-la”. 19b “Senhor, vejo que és um profeta! 20 Os nossos pais adoraram neste monte, mas vós dizeis que em Jerusalém é que se deve adorar”.
21 Disse-lhe Jesus: “Acredita-me, mulher: está chegando a hora em que nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. 22 Vós adorais o que não conheceis. Nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus.
23 está chegando a hora, e é agora, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade. De fato, estes são os adoradores que o Pai procura. 24 Deus é espírito, e aqueles que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade”. 25 A mulher disse a Jesus: “Sei que o Messias (que se chama Cristo) vai chegar. Quando ele vier, vai nos fazer conhecer todas as coisas”.
26 Disse-lhe Jesus: “Sou eu, que estou falando contigo”.
39a Muitos samaritanos daquela cidade abraçaram a fé em Jesus. 40 Por isso, os samaritanos vieram ao encontro de Jesus e pediram que permanecesse com eles. Jesus permaneceu aí dois dias. 41 E muitos outros creram por causa da sua palavra. 42 E disseram à mulher: “Já não cremos por causa das tuas palavras, pois nós mesmos ouvimos e sabemos que este é verdadeiramente o salvador do mundo”.
ACI Digital

sábado, 14 de março de 2020

Santa Matilde, Rainha da Alemanha

REDAÇÃO CENTRAL, 14 Mar. 20 / 05:00 am (ACI).- Santa Matilde foi a primeira rainha da Alemanha (século X) e se caracterizou por ser humilde, piedosa e caritativa com os oprimidos. Apoiou e mandou construir muitas igrejas e mosteiros como os de Quedlinburg, Nordhausen, Engern e Poehlden, e sua festa é celebrada neste dia 14 de março.

Além disso, foi descendente do famoso guerreiro Widukind, capitão dos saxões que batalharam contra Carlos Magno (século XIII), e filha de Dietrich, duque de Westphalia e Reinhild (hoje Alemanha).
Desde criança, foi educada pelas monjas do convento de Erfurt e adquiriu inúmeras virtudes cristãs. Casou-se muito jovem com Henrique I, que no ano 912 se tornaria duque da Saxônia, e tiveram um matrimônio excepcionalmente feliz.
Em 918, seu esposo foi escolhido para suceder o rei da Francia Orientalis, Conrado I. Foi assim que Henrique I se tornou o primeiro rei alemão da dinastia saxônica e, por isso, é considerado o fundador e primeiro rei do estado alemão medieval.
Matilde se tornou rainha, mas nunca deixou seus modos humildes e piedosos de viver, como dar esmolas aos pobres. No palácio real, atendia a todos e nenhuma pessoa em busca de ajuda ia embora sem ser atendida.
Depois de 23 anos de matrimônio, ficou viúva e ofereceu se desprender de todas as suas joias e brilhantes pela alma de seu esposo falecido.
Passou os seus últimos anos dedicada a fundar conventos e a dar esmolas aos pobres. Quando completou 70 anos, dispôs-se a passar para a eternidade e distribuiu entre os mais necessitados tudo o que tinha.
Morreu em 968, no convento de São Servácio e São Dionísio em Quedlinburg e foi sepultada ao lado de seu esposo. Foi venerada como santa imediatamente depois de sua morte.
ACI Digital

sexta-feira, 13 de março de 2020

Santa Eufrásia, Virgem eremita


REDAÇÃO CENTRAL, 13 Mar. 20 / 06:00 am (ACI).- Santa Eufrásia, cuja festa é celebrada neste dia 13 de março, viveu no século IV e foi filha de um parente do imperador romano Teodósio I. Segundo a tradição, provinha de uma família nobre e, por isso, foi tentada frequentemente pelo demônio a levar uma vida de luxo.
Também era atacada por satanás enquanto trabalhava ou jejuava, mas sempre continuava com seus sacrifícios para que fossem agradáveis a Deus. Foi assim que recebeu o dom de fazer milagres e expulsar maus espíritos. Curou muitos doentes e possuídos: como um menino que não podia andar ou uma religiosa possuída que lhe fazia a vida impossível.
Quando Eufrásia tinha 1 ano, seu pai faleceu e ela foi criada sob a proteção do imperador Teodósio I, que se encarregou de cuidar tanto dela como de sua mãe. Ao completar 5 anos, o imperador a prometeu em casamento ao filho de um rico senador romano para quando tivesse idade suficiente.
Aos 7 anos, Eufrásia viajou com sua mãe para o Egito, onde conheceram eremitas e monges da Tebaida. Começaram a visitar o mosteiro de Santa Maria, fundado por São Cirilo de Alexandria e Santa Sara, e se tornaram amigas das monjas do lugar.
A pequena Eufrásia se sentiu fortemente atraída para a vida religiosa eremita e pediu às monjas que permitissem que permanecesse com elas, tomando o hábito como noviça aos 8 anos. Em seguida, sua mãe faleceu e a santa permaneceu na solidão do convento, crescendo em graça.
Quando a jovem completou 12 anos, o imperador Arcádio recordou a promessa que seu predecessor Teodósio I havia feito e enviou uma mensagem ao convento do Egito, pedindo a Eufrásia que regressasse para se casar com o senador a quem havia sido prometida.
A santa se negou a abandonar o convento e escreveu uma carta ao imperador suplicando que a deixasse em liberdade, que vendesse todos os bens herdados de seus pais para que fossem distribuídos entre os pobres, assim como deixar livres todos os escravos de sua casa.
O imperador concordou com a vontade de Eufrásia, embora considerasse que a herança dela deveria lhe pertencer. A jovem prosseguiu com sua vida no convento atravessando diversas tentações que combateu com a graça, caridade e invocando o nome de Cristo.
Quando a santa fez 30 anos, a abadessa do convento, Sara, teve uma visão na qual Cristo glorioso tomava Eufrásia por esposa no paraíso.
Em pouco tempo, Santa Eufrásia teve febres e, em seu leito de morte, tanto sua companheira de cela, Júlia, como a abadessa imploraram à santa que lhes obtivesse a graça de estar com ela no céu. Três dias depois da morte de Eufrásia, Júlia faleceu e, pouco tempo depois, aconteceu o mesmo com a abadessa. 
ACI Digital

quinta-feira, 12 de março de 2020

Posse de Dom Sergio como arcebispo de Salvador já tem data

+ Dom Sérgio Cardeal da Rocha
A Cerimônia de Posse de Dom Sergio da Rocha como arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil ocorrerá no dia 05 de junho, às 19h, na Catedral Metropolitana Transfiguração do Senhor.
À frente da Arquidiocese de Brasília desde 6 de agosto de 2011, quando tomou posse, Dom Sergio foi o escolhido pelo Papa Francisco para assumir as funções de Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, que apresentou renúncia por limite de idade em 2018.
A nomeação de Dom Sergio da Rocha e a acolhida do pedido de renúncia de Dom Murilo Krieger foram divulgados em um mesmo ato, na manhã desta quarta-feira, 11/03.
Aos 76 anos, Dom Murilo, agora arcebispo emérito, deve seguir como administrador apostólico até a data da posse do novo arcebispo.
Já Dom Sergio, aos 61, continua com os trabalhos pastorais na Igreja de Brasília, também como administrador apostólico, e se preparando para a nova missão designada pelo Papa Francisco.
Em breve traremos mais informações sobre a posse de Dom Sergio.
Clique aqui e veja a biografia completa de Dom Sergio da Rocha.

Por Gislene Ribeiro
Arquidiocese de Brasília

São Luís Orione, fundador da Pequena Obra da Divina Providência

REDAÇÃO CENTRAL, 12 Mar. 20 / 05:00 am (ACI).- São Luís Orione, cuja festa é celebrada neste dia 12 de março, costumava dizer: “Não  é entre as palmeiras que eu quero viver e morrer, mas no meio dos pobres que são Jesus Cristo”. Ele é fundador da assim chamada Pequena Obra da Divina Providência e de outras congregações dedicadas aos mais necessitados.

Dom Orione, como é popularmente conhecido, nasceu na Itália em 1872. Em sua adolescência, foi aluno de São João Bosco no Oratório de Valdocco de Turim. “Nós seremos sempre amigos”, disse Dom Bosco ao jovem.
Mais tarde, ingressou no seminário de Tortona e abriu o primeiro oratório para cuidar da educação cristã dos jovens. Depois, com 21 anos, abriu um colégio para crianças pobres do bairro de São Bernardino.
Em 1895, foi ordenado sacerdote e celebrou sua primeira Missa rodeado por crianças. Com o tempo, abriu novas casas em diferentes partes da Itália. Aos poucos, uniram-se a ele clérigos e sacerdotes. Dedicou-se ao ensino dos jovens, à pregação, à visita aos pobres e aos doentes.
Em 1903, o bispo de Tortona reconheceu canonicamente os Filhos da Divina Providência (sacerdotes, irmãos coadjutores e eremitas), a congregação masculina da Pequena Obra da Divina Providência, dedicada a colaborar para levar os pequenos, os pobres e o povo à Igreja e ao Papa, através de obras de caridade.
Trabalhou ativamente na liberdade, unidade da Igreja e a cristianização dos trabalhadores. Socorreu heroicamente as vítimas do terremoto em 1908, em que 90 mil pessoas morreram.
Fundou a Congregação das Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade, as Irmãs Sacramentinas Adoradoras cegas e depois as Contemplativas de Jesus Crucificado.
Organizou grupos Leigos: as Damas da Divina Providência, os Ex-Alunos e os Amigos. Posteriormente, tomou corpo o Instituto Secular Orionita e o Movimento Laical Orionita.
Depois da Primeira Guerra Mundial, multiplicaram-se o número de escolas, colégios, colônias agrícolas, obras caritativas e sociais. Dom Orione criou os “Pequenos Cotolengos”, que atendiam os mais sofredores e abandonados nas periferias das grandes cidades.
Enviou várias expedições missionárias para diversas partes do mundo, viajando inclusive ele mesmo a países da América Latina como Argentina, Brasil, Uruguai e Chile. Tinha a estima dos Papas São Pio X, Bento XV, Pio XI e Pio XII, que lhe confiaram resolver problemas dentro e fora da Igreja.
Construiu os santuários de Nossa Senhora da Guarda, em Tortona, e Nossa Senhora de Caravaggio, em Funo. Rodeado pelo amor de seus religiosos, partiu para a Casa do Pai no dia 12 de março de 1940, suspirando: “Jesus! Jesus! Estou indo”.
ACI Digital

quarta-feira, 11 de março de 2020

Papa aceita renúncia de Dom Murilo e nomeia Cardeal Sérgio da Rocha Arcebispo de Salvador

Dom Murilo Krieger e Cardeal Sérgio da Rocha / Fotos: CNBB
Vaticano, 11 Mar. 20 / 09:04 am (ACI).- O Papa Francisco aceitou nesta quarta-feira, 11 de março, a renúncia de Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger como Arcebispo de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil e nomeou para substitui-lo o Cardeal Sérgio da Rocha, até então Arcebispo de Brasília.

Dom Murilo Krieger foi o 27º Arcebispo de Salvador, tendo assumido o cargo em 2011. Após completar 75 anos em outubro de 2018, apresentou seu pedido de renúncia ao Santo Padre, conforme estabelecido pelo Código de Direito Canônico.
Dentre as diversas atividades desenvolvidas ao longo de seu ministério episcopal, serviu como vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de 2005 a 2018. Além disso, o agora Bispo emérito de Salvador coordenou o processo de canonização de Santa Dulce dos Pobres, a qual se tornou santa em 16 de outubro de 2019.
Já o novo Arcebispo de Salvador, Cardeal Sérgio da Rocha, nasceu em Dobrada (SP), em 21 de outubro de 1959. Estudou Filosofia no Seminário Diocesano de São Carlos e Teologia no Instituto de Teologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Também possui licenciatura em Teologia Moral pela Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo, e Doutorado na mesma disciplina na Academia Alfonsiana de Roma.

Foi ordenado sacerdote em 14 de dezembro de 1984, sendo incardinado na Diocese de São Carlos, onde serviu como pároco em Água Vermelha, vigário paroquial da Catedral e de Nossa Senhora de Fátima, em São Carlos; reitor da Capela São Judas Tadeu em São Carlos; responsável diocesano pela juventude; responsável diocesano pelo Serviço Vocacional; coordenador diocesano de Pastoral.
Desempenhou também as funções de diretor espiritual da Casa de Teologia em Campinas; reitor do Seminário Maior de Filosofia; reitor do Seminário Maior de Teologia; professor de filosofia no Seminário Diocesano; membro da equipe de formação para o Diaconato Permanente; membro do Conselho Presbiteral e do Colégio de Consultores; professor de Teologia Moral na Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
Foi eleito Bispo auxiliar de Fortaleza (CE) em 13 de junho de 2001, tendo recebido a ordenação episcopal em 11 de agosto do mesmo ano. Em seguida, foi nomeado Bispo coadjutor de Teresina (PI), em 31 de janeiro de 2007, e se tornou Arcebispo em 3 de setembro de 2008. Em 15 de junho de 2011, foi transferido como Arcebispo metropolitano de Brasília.
Dom Sérgio da Rocha também foi presidente do Departamento de Vocações e Ministérios do Conselho Episcopal da América Latina (CELAM). Na CNBB, foi secretário e responsável pela Juventude e pelas Vocações do Regional Nordeste 1; presidente do Regional Nordeste 4; membro da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé, da Comissão Episcopal para a superação da miséria e da fome, da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada e do Conselho Permanente. De 2015 a 2019, foi presidente da conferência do episcopado brasileiro.
Foi criado Cardeal pelo Papa Francisco no consistório de 19 de novembro de 2016. É membro da Congregação para o Clero, do Conselho Ordinário da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos e da Pontifícia Comissão para a América Latina.
Ao divulgar a notícia da nomeação de Cardeal Sérgio da Rocha como novo Arcebispo de São Salvador da Bahia, Dom Murilo Krieger publicou uma nota na qual expressa seus votos de que “o Senhor Bom Jesus do Bonfim, que com seus braços abertos acolhe todos os que sobem a Colina Sagrada, acolha este irmão que vem para a Bahia”.
“Nossa Senhora da Conceição da Praia, Padroeira deste Estado, interceda por este seu filho! E Santa Dulce dos Pobres seja para o Cardeal Dom Sérgio um exemplo de como ‘amar e servir’”, completou.
Por sua vez, o Cardeal Sérgio da Rocha enviou uma mensagem à Arquidiocese de Salvador, na qual ressaltou três palavras que expressam seus sentimentos: “agradecer, amar e servir”.
O Purpurado agradeceu a Deus, que o confia “a nova missão”, ao Papa Francisco, pela nomeação, a Dom Murilo, “pelo seu fraterno apoio e por sua generosa dedicação”, e “a todos os irmãos e irmãs que têm se dedicado ao serviço da Arquidiocese de São Salvador da Bahia, pelo grande amor à Igreja”.
Além disso, declarou que desde a nomeação, voltou “o olhar e o coração para Salvador como minha nova família”. “Com amor de pai, irmão e amigo, assumo esta nova missão com esperança e alegria”, disse.
Por fim, assinalou que “quem ama a Igreja, participa de suas alegrias e dores e coloca-se ao seu serviço com generosidade” e, colocando-se como “servidor do Povo de Deus”, afirmou esperar “servir sempre, de coração, a Igreja de Salvador, valorizando o caminho que tem sido percorrido e apoiando as iniciativas pastorais em andamento”.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF