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sábado, 26 de setembro de 2020

Cardeal Patriarca do Líbano adverte: diminui a presença cristã no Oriente Médio

Cardeal Bechara Rai | Guadium Press

Igreja, no Oriente Médio, como um “navio ameaçado por fortes ventos e ondas” está afundando; é preciso enfrentar os males que assolam nossas pátrias com posturas de fé e esperança.

Beirute (24/09/2020, 10:45, Gaudium Press) O Cardeal libanês Bechara Rai advertiu que a presença cristã no Oriente Médio está diminuindo e os líderes da Igreja “são chamados a enfrentar os ventos que sopram em nossa terra natal”.

A avaliação do Patriarca dos católicos maronitas do Líbano foi feita durante uma reunião do comitê executivo do Conselho de Igrejas do Oriente Médio (MECC, sigla em inglês) em 18 de setembro quando ele destacou a terrível realidade que os cristãos enfrentam na tumultuada região.

A Igreja é como navio ameaçado por fortes ventos e ondas e está afundando

Segundo o Cardeal Rai, “O navio ameaçado por fortes ventos e ondas” que está afundando, simboliza “a igreja testemunha no mar de nossos países do Oriente Médio perturbados pelos ventos de conflitos e guerras, crises políticas, econômicas, financeiras e de subsistência, e a epidemia do coronavírus”.

É preciso enfrentar as ondas e ventos que assolam nossas pátrias com posturas de fé e esperança

O Cardeal Patriarca afirmou na reunião realizada pelo MECC, em Bkerke, ao norte de Beirute, que a ameaça “atingiu seu clímax” no Líbano com a catastrófica explosão no porto de Beirute, 4 de agosto, que matou cerca de 200 pessoas, feriu mais 6.000 e deixou desabrigados mais de 300.000 libaneses.

Enfatizou o Cardeal Bechara que o MECC é chamado neste momento tão turbulento para trabalhar com a igreja, instituições e fiéis “para enfrentar as ondas e ventos que assolam suas pátrias (…) com posturas de fé e esperança”.

Que a Virgem Maria, Estrela do Mar, conduza a Igreja e nossas pátrias a porto seguro

“Pedimos, Senhor, pela intercessão de nossa Mãe Virgem Maria, a estrela do mar na tempestade, que conduza nossas pátrias, nossas igrejas e nosso povo ao porto seguro”, rezou o Cardeal Rai.

Guerras, conflitos, explosões e coronavírus na declaração final do MECC

A declaração final do MECC reiterou o apelo pelo fim das “guerras e conflitos destrutivos no Oriente Médio, para proteger a dignidade humana e construir a paz com base na justiça e nos direitos”.

Os participantes da reunião expressaram também sua “profunda solidariedade” com os libaneses na “tragédia catastrófica” que estão sofrendo com as explosões de Beirute e expressaram ainda sua solidariedade a todos os afetados pela pandemia do coronavírus e garantiram suas orações contínuas pelo fim da pandemia.

Os membros do comitê elegeram o padre melquita Gabriel Hachem, como secretário geral adjunto do MECC.

O cardeal iraquiano Louis Sako, patriarca dos católicos caldeus e presidente do Conselho para Igrejas Católicas do MECC, participou pela internet desde de Bagdá.

Guadium Press

TEOLOGIA: A Catolicidade da Igreja (Parte 3/8)

George Florovsky | Ecclesia

A Catolicidade da Igreja

Trad.: Pe. Pedro Oliveira Junior

4. A transfiguração da personalidade

A catolicidade da Igreja tem dois lados. Objetivamente, a catolicidade da Igreja denota a unidade do Espírito. "Pois todos nós fomos batizados em um Espírito formando um corpo" (1Cor 12,13). E o Espírito Santo que é um Espírito de amor e paz, não só une indivíduos isolados, mas também torna-se em cada alma separada a fonte de paz interior e totalidade. Subjetivamente, a catolicidade da Igreja significa que a Igreja é uma certa unidade de vida, uma comunhão de irmãos, uma união de amor, "uma vida em comum." A imagem do corpo é o comando do amor. "São Paulo demanda tal amor de nós, um amor que nos uniria uns aos outros, para que não mais fôssemos separados uns dos outros ... que nossa união seja tão perfeita como é a dos membros de um corpo"; (São João Crisóstomo, In Eph. Hom. 11.1, Migne, P.G. lxxii, c.79)

A novidade do mandamento de amor cristão consiste no fato de que nós devemos amar nosso próximo como a nós mesmos. Isso é mais do que colocar o nosso próximo no mesmo nível que o nosso, identificando-o conosco; significa ver nosso próprio ser no outro, no amado, não no nosso próprio ser... Aí está o limite do amor; o amado é nosso "alter ego," um "ego" que é mais caro a nós que o nosso próprio. Em amor nós nos fundimos em um. "A qualidade do amor é tal que o amante e o amado não são mais dois, mas um só ser" (1Cor. Hom. 33, 3, Migne, P.G. lxi. c. 280). Ainda mais: o verdadeiro amor cristão vê em cada um de nossos irmãos "o próprio Cristo." Tal amor demanda auto-entrega, auto-domínio. Tal amor só é possível numa expansão e transfiguração católica da alma.

O chamado a ser católico é dado a todos os cristãos. A medida de sua natureza humana espiritual é a medida de sua catolicidade. A Igreja é católica em cada um de seus membros porque, um todo católico não pode ser construído ou composto de outra forma que não seja através da catolicidade de seus membros. Nenhuma multidão, se cada um de seus membros for isolados e impenetráveis, pode se transformar numa irmandade. A união só pode tornar-se possível através do mútuo amor fraterno de todos os irmãos separados. Esse pensamento é expresso mui vividamente na bem conhecida visão da Igreja como uma torre que está sendo construída - (comparar com o Pastor de Hermas). Essa torre está sendo construída com separadas pedras, os fiéis. Esses fiéis são "pedras vivas" (1Pe 2,5). No processo de construção elas ajustam-se umas às outras, porque são polidas e lisas e tão bem adaptadas umas às outras; elas se juntam tão próximas que suas bordas não são mais visíveis e a torre parece ser feita de uma só pedra. Esse é um símbolo de unidade e totalidade. Mas, notem, que só pedras polidas e lisas podem ser usadas para essa construção. Existiram muitas outras pedras, até pedras brilhantes, mas redondas, e elas não puderam ser usadas na construção; pois elas não se ajustavam umas às outras e, não sendo portanto adequadas à construção tiveram de ser postas junto aos muros. (Hermas, Vis. 3:2:6,8)

No simbolismo antigo, "redondo" era um sinal de isolamento, de auto-suficiência e auto-satisfação - teres atque rotundus. E é justamente esse espírito de auto-satisfação que impede nossa entrada na Igreja. A pedra tem que ser chata e lisa, para que ela possa se adaptar à parede da Igreja. Nós devemos "nos rejeitarmos" para sermos capazes de entrar na catolicidade da Igreja. Devemos controlar nossa auto-estima num espírito católico antes de podermos entrar na Igreja. E, na plenitude da comunhão da Igreja, a transformação católica da personalidade é completada.

Mas a rejeição e a negação de nosso próprio ego não significa que a personalidade deve ser extinta, dissolvido na multidão. Catolicidade não é corporalidade ou coletivismo. Ao contrário, a auto-negação amplia o escopo de nossa personalidade; em auto-negação possuímos a multidão dentro de nosso próprio ego; englobamos os muitos em nosso próprio ego. Ai está a similaridade com a Divina Unidade da Santíssima Trindade. Em sua catolicidade a Igreja torna-se a similitude criada da divina Perfeição. Os padres da Igreja falaram disso com grande profundidade. No Oriente São Cirilo de Alexandria; no Ocidente Santo Hilário. (Para citações patrísticas muito bem ordenadas e explicadas, ver E. Mersh, S.J., Le Corps Mystique du Christ, Etudes de Théologie Historique, t. 1-2, Louvain, 1933).

Na teologia contemporânea russa o metropolita Antônio disse muito adequadamente: "A existência da Igreja não pode ser comparada com mais nada sobre a terra, pois na terra não há unidade, só separação. Só no céu há algo como a Igreja. A Igreja é a existência perfeita, nova, peculiar e única sobre a terra, um unicum, que não pode ser bem definido por qualquer conceito tomado da vida do mundo. A Igreja é a semelhança da existência da Santíssima Trindade, a semelhança na qual muitos tornam-se um. Por que essa existência, assim como a existência da Santíssima Trindade, é nova para o velho homem e impenetrável para ele? Porque a personalidade, em sua consciência carnal, é uma existência auto-aprisionada, contrastando radicalmente com todas as outras personalidades (arcebispo Antônio Khapovitsky, The Moral Idea of the Dogma of the Church, Works, Vol. 2, pgs. 17-18. São Petersburgo, 1911). "Assim o cristão deve, na medida do seu desenvolvimento espiritual, tornar-se livre; fazendo um contraste direto entre o 'ego' e o 'não-ego' ele deve modificar radicalmente as qualidades fundamentais da auto-consciência humana". (Ibid., The Moral Idea of the Dogma of the Holy Trinity, p. 65) É justo essa mudança que é a regeneração católica da mente.

Há dois tipos de auto-consciência e auto-afirmação: individualismo separado e catolicidade. Catolicidade não é a negação da personalidade e consciência católica não é nem genérica nem racial. Não é uma consciência comum, nem a consciência conjunta de muitos ou o "Bewusstsein ueberhaupt" dos filósofos alemães. Catolicidade é alcançada, não com a eliminação da personalidade viva, nem com a elevação para o plano de um Logos abstrato. Catolicidade é uma unidade concreta de pensamentos e sentimentos. Catolicidade é o estilo ou ordem de colocação da consciência pessoal, quando essa sobe para o "nivel de catolicidade." É o "telos" da consciência pessoal, a qual é alcançada com o desenvolvimento criativo e não com a aniquilação da personalidade.

Na transfiguração católica a personalidade recebe força e poder para expressar a vida e consciência da totalidade. E isso não como um meio impessoal, mas numa ação criativa e heróica. Não devemos dizer: "todos na Igreja atingem o nível de catolicidade," mas " todos podem, e devem, e são chamados a atingi-lo." Nem sempre e nem por todos esse nível é atingido. Na Igreja chamamos aqueles que o atingiram doutores ou padres, porque deles nós ouvimos não só sua profissão de fé, mas também o testemunho da Igreja; eles falam para nós de sua plenitude católica, da plenitude de uma vida cheia de graça.

FONTE:

Folheto Missionário nP95. Holy Trinity Orthodox Mission
466 Foothill Blvd, Box 397, La Canada, Ca 91011
Redator: Bispo Alexandre Mileant


Ecclesia

A forma do batismo: somente por imersão? (Parte 3/12) – Figura e realidade

Veritatis Splendor

Abordemos agora o Tipo e o Antitipo[3], a figura e a realidade desses batismos (aspersão de sangue) com o sacrifício de Jesus.

  • “E Moisés tomou a metade do sangue, e a pôs em bacias; e a outra metade do sangue derramou sobre o altar. E tomou o Livro da Aliança e o leu aos ouvidos do povo, e eles disseram: ‘Tudo o que o Senhor tem falado faremos, e obedeceremos’. Então tomou Moisés aquele sangue, e aspergiu-o sobre o povo, e disse: ‘Este é o sangue da aliança que o Senhor tem feito convosco sobre todas estas palavras'” (Êxodo 24,6-8).

Assim como Moisés derrama sangue no altar como sinal da Aliança com Yahvé, assim também Jesus o faz com seu Sangue:

  • “Porque este é o meu sangue, o sangue da nova aliança, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados” (Mateus 26,28).

O Tipo e o Antitipo, a figura e a realidade desse ato: enquanto Moisés diz “Este ´e o sangue da aliança”, Jesus afirma: “Este é o meu sangue da Aliança”.

E assim como Moisés asperge o sangue do cordeiro (tipo de Jesus) sobre o povo, Jesus derrama o seu Sangue por muitos.

A aspersão de sangue fazia parte essencial dos sacrifícios do Antigo Testamento (cf. Levítico 4,6-7). O sangue da vítima representava a própria vida oferecida sobre o altar no lugar do pecador, prefigurando o grande sacrifício vigário da Cruz (cf. Levítico 17,11; Hebreus 9,18-22). Pela aspersão, este sangue purificador era lançado sobre o próprio pecador, como que para lavar-lhe das suas faltas que de agora em diante restavam expiadas.

Pois bem: esse sacrifício que Jesus faz na Cruz, derramando o seu Sangue… também é um Batismo!

  • “Mas Jesus lhes disse: ‘Não sabeis o que pedis; podeis vós beber o cálice que eu bebo, e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado?'” (Marcos 10,38; v.tb. Lucas 12,50).

Assim é que esse sofrimento de Jesus, pelo “derramamento” de sangue que Ele faz, é um “Batismo” e os Apóstolos nos mostram que sua “aspersão” purifica, pois como disse Jesus, foi para o perdão dos pecados:

  • “E a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel” (Hebreus 12,24);
  • “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas” (1Pedro 1,2).

Efetivamente, a Igreja ensina que o batismo é necessário para a salvação, porque nos purifica, nos lava interiormente tornando efetivo esse sacrifício de Jesus. Essa “aspersão” de Sangue se faz presente no nosso batismo: por isso as água do batismo simbolizam essa “aspersão” e nos tornamos partícipes da morte de Jesus para depois nascermos para uma nova vida.

Dá para entender agora porque aceitamos também o batismo por aspersão? Posteriormente falaremos um pouco mais sobre a purificação interior.

O batismo que Nosso Senhor recebeu foi um “Batismo de Sangue”. É por isso que a Igreja também ensina sobre o batismo de sangue, que cabe a todos aqueles mártires que não conseguiram ser batizados, mas tinham esse desejo de serem batizados. Com efeito, “banhando-se” no seu próprio sangue, pelo martírio, recebem esse batismo de sangue e de desejo, que se torna efetivo graças ao sacrifício de Cristo, pelo “derramamento” do seu Sangue na Cruz.

Há um versículo bastante interessante, após a morte de Jesus na Cruz, que diz assim:

  • “Contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água” (João 19,34).

Sim! “Sangue e água” saem derramados das costelas de Jesus. A Tradição ensina que Caio Cássio Longino, o centurião que estava ao pé da Cruz e que exclamou: “Em verdade, este era o Filho de Deus!” (cf. Mateus 27,54; Marcos 15,39Lucas 23,47), se converteu a Cristo ao ser literalmente batizado pelo Sangue e água que saiu do lado de Jesus; e que ao banhar-lhe a face, foi curado de uma infecção que tinha em um dos olhos, convertendo-se e morrendo como mártir[4]. Com efeito, essa passagem de João carrega toda uma mensagem teológica sobre o batismo.

Logo, ainda que a palavra grega “βαπτίζειν” signifique “mergulhar”, não necessariamente se refere ao modo de batismo. Isto porque, como vimos, o contexto em que tal palavra (ou similar) é empregada faz referência não obrigatoriamente a uma submersão, mas a um banho que também pode ser por aspersão [ou infusão].

Para ampliar ainda mais tudo isso, veremos como a palavra “batismo” possui ainda outros significados, como se permitirá ver a partir do contexto de outras passagens.

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NOTAS
[3] Chama-se “antitipo” a realidade do Novo Testamento que tem correspondência com um “tipo” do Antigo. O termo grego também pode ser traduzido nas Bíblias em portuguêm como “figura” (p.ex. em Hebreus 9,24; 1Pedro 3,21).
[4] Biografia de Caio Cássio Longino, por Jesús Mondragón (https://www.catholicmagazine.net/2019/10/su-nombre-era-cayo-casio-longinos-y.html?m=1) (em espanhol).

Veritatis Splendor

Semana Franciscana: oportunidade de beber na fonte da espiritualidade de Francisco

Semana Franciscana | Vatican News

“Em meio à pandemia, a experiência iluminadora de São Francisco reaviva sempre a esperança: somos sustentados por Deus, que se aproxima de nós de modo especial em nossos sofrimentos". A Semana Franciscana de 27 de setembro a 4 de outubro acessível a todos nas redes sociais.

Frei Augusto Luiz Gabriel

No próximo dia 4 de outubro, a Igreja e, especialmente, a Família Franciscana, celebram o dia de São Francisco de Assis. Na Paróquia e Convento do Sagrado Coração de Jesus de Petrópolis (RJ), os frades promovem a “Semana Franciscana”, que começa no domingo, 27 de setembro e vai até 4 de outubro. Mesmo em meio à pandemia, com celebrações e reflexões em vídeo até bênçãos dos animais, a Semana Franciscana visa celebrar as festividades do Santo de Assis em grande estilo. Além disso, os franciscanos prometem a realização de uma #livefranciscana e do tradicional Transitus de São Francisco, que acontecerá de maneira virtual e interativa.

Para o pároco Frei Jorge Paulo Schiavini, a “Semana Franciscana” é uma oportunidade de bebermos diretamente na fonte da espiritualidade de Francisco. “Temos a possibilidade de conhecer um pouco mais daquela grande novidade que Frei Francisco descobriu em Jesus Cristo. E, neste ano, de várias formas poderemos sentir a alegria, a humildade e a generosidade deste santo, de modo especial pelas celebrações, mas também pelas reflexões, pela arte e pela #livefranciscana que está sendo preparada com muito carinho pelos frades do Sagrado”, adiantou.

Segundo Frei Jorge, o objetivo principal é celebrar aquele que é o inspirador tanto da vocação e da caminhada espiritual dos freis, como também para os paroquianos do Sagrado, para a Família Franciscana e muitos simpatizantes de São Francisco. “Em meio à pandemia, a experiência iluminadora de São Francisco reaviva sempre a esperança: somos sustentados por Deus, que se aproxima de nós de modo especial em nossos sofrimentos. Desta forma, algumas celebrações serão presenciais, com os limites que neste momento nos são apresentados. De modo especial, queremos atingir neste ano aqueles que nos acompanham pelas redes sociais de suas casas e de outros locais”, revelou.

Live Franciscana nas Redes Sociais

A “Live Franciscana”, no dia 02 de outubro, às 20 horas,  promete ser uma noite com muita música, interação, devoção, espiritualidade, sorteios, arte e fé. A Paróquia do Sagrado é a anfitriã e conta com a parceria da TvFranciscanos e do Pró-Vocações da Província da Imaculada Conceição do Brasil, do Serviço de Justiça Paz e Integridade da Criação (JPIC), da Ordem dos Frades Menores; Custódia das Sete Alegrias de Nossa Senhora; Custódia São Benedito da Amazônia; Diocese de Petrópolis, Instituto Teológico Franciscano e Canarinhos de Petrópolis (RJ); Paróquia da Porciúncula de Sant'Ana de Niterói (RJ); Paróquia São Francisco de Assis de Campo Grande (MS); Seminário Franciscano Frei Galvão de Guaratinguetá (SP) e Convento São Boaventura de Campo Largo (PR); blog do Conexão Fraterna; Folhinha do Sagrado Coração de Jesus; Irmãs Clarissas de Nova Iguaçu (RJ), e de outras páginas e grupos no Facebook, que aceitaram o convite e irão transmitir em cadeia e ao vivo este especial.

Durante as apresentações, os internautas poderão acompanhar trechos da história de vida de São Francisco de Assis. Além de orações e momentos de espiritualidade que serão conduzidos pelos freis do Sagrado, a live contará com canções em estilo pot-pourri e interação com o público. 

“A #livefranciscana será uma imersão na vida e espiritualidade de São Francisco por meio da arte, canto e poesia, elementos caros ao próprio santo, conhecido como o ‘Cantor do Irmão Sol’. Dessa forma, queremos nos aproximar de São Francisco, que é, ainda hoje, uma inspiração para vivermos uma vida plena na comunhão com Deus e com todos os seres criados”, afirmou o pároco Frei Jorge.

Tríduo de São Francisco

De 30 de setembro a 2 de outubro, às 18 horas, a programação da Semana Franciscana também prevê celebrações do Tríduo de São Francisco. As Missas poderão ser frequentadas, com as devidas restrições, mas também poderão ser acompanhadas pelo Facebook da Paróquia do Sagrado. Entre os temas de reflexão, destacam-se temáticas ligadas à missão e humildade de São Francisco e sua relação com a Palavra de Deus.

Festa de São Francisco

No dia 4 de outubro, a Igreja do Sagrado estará aberta durante todo o dia e contará com Celebrações Eucarísticas às 7h, 10h, 18h e 20h. E, das 8h às 12h, os frades estarão realizando a tradicional bênção dos animais na portaria da Igreja.

O Coro de Meninos mais antigo do Brasil também marcará presença na Semana Franciscana, pois, será transmitido o “Especial de São Francisco com o Coral dos Canarinhos”, às 18 horas. Trata-se de uma oportunidade única de rever da sua casa um dos corais mais tradicionais do país. O Instituto dos Meninos Canarinhos de Petrópolis (IMCP) foi fundado com o Coral dos Meninos em 1942. Quase três mil vozes passaram pelos Canarinhos de Petrópolis, marcando a história do coro e da música sacra brasileira.

“Celebre com os freis e com a Paróquia do Sagrado a Semana Franciscana. Vamos nos unir em uma semana de oração, cultura e reflexão. Que em meio às dificuldades que enfrentamos neste tempo da pandemia, possamos viver em fraternidade, iluminados pela força que vem do alto. Que São Francisco nos inspire e interceda por todos”, deseja Frei Jorge.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA

1º DIA (30/09): SÃO FRANCISCO E A PALAVRA DE DEUS

Celebração Eucarística às 18 horas

2º DIA (01/10): SÃO FRANCISCO E A MISSÃO

Celebração Eucarística às 18 horas

3º DIA (02/10): SÃO FRANCISCO E A HUMILDADE

Celebração Eucarística às 18 horas

(02/10): #LIVEFRANCISCANA

Ao vivo pelo Facebook e YouTube às 20 horas!

(03/10): TRÂNSITO DE SÃO FRANCISCO

Ao vivo pelo Facebook às 18 horas

(04/10) FESTA DE SÃO FRANCISCO

·         7h, 10h, 18 e 20h: Celebração Eucarística

·         8h às 12h: Bênção dos animais

·         18h: Especial de São Francisco com os Canarinhos de Petrópolis

SÉRIE DE REFLEXÕES: "POR QUE A TI FRANCISCO?"

De 27 de setembro a 04 de outubro às 8 horas

Vatican News

Cardeal Becciu: O que diz o Código de Direito Canônico sobre os direitos do cardinalato

Cardeal Becciu. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa

Vaticano, 25 set. 20 / 10:18 am (ACI).- Além de renunciar ao cargo de Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, no Vaticano, renúncia aceita ontem, 24 de setembro, pelo Papa Francisco, o Cardeal Angelo Becciu, de 72 anos, também renunciou aos direitos ligados ao cardinalato.

Embora os motivos para a renúncia sejam diferentes, este caso recorda o do Cardeal escocês Keith O'Brien, que em 2015 renunciou a todas as prerrogativas de pertença ao colégio cardinalício.

Naquele momento, em nota assinada pelo agora Cardeal Decano Angelo Sodano, explicava-se que o Sumo Pontífice aceitava a renúncia aos direitos e prerrogativas do cardinalato, contidos nos cânones 349, 353 e 356 do Código de Direito Canônico, por parte do Cardeal O'Brien.

Portanto, quando o Cardeal Becciu renunciou, a que renunciou especificamente?

No cânon 349 afirma-se que “os Cardeais da Santa Igreja Romana constituem um Colégio peculiar, que tem a responsabilidade de providenciar a eleição do Romano Pontífice, de acordo com a norma do direito peculiar; da mesma forma, os Cardeais auxiliam o Romano Pontífice tanto colegialmente, quando são convocados para discutir juntos assuntos de maior importância, como pessoalmente, através dos diversos ofícios que desempenham, ajudando o Papa sobretudo no seu governo diário da Igreja universal”.

Portanto, o Cardeal Becciu não é mais considerado um cardeal eleitor.

No cânon 353, afirma-se que “os Cardeais em ação colegial auxiliam o Supremo Pastor da Igreja principalmente nos Consistórios, nos quais se reúnem por ordem do Ro­mano Pontífice e sob a sua presidência; os consistórios podem ser ordinários ou extraordinários”.

“Para o Consistório ordinário, são convocados todos os Cardeais, ao menos os que se encontrem em Roma, a fim de serem consultados sobre certos assuntos importantes, em regra ocasionais, ou para a realização de alguns atos soleníssi­mos”.

“Para o Consistório extraordinário, que se celebra quando as necessidades peculiares da Igreja ou assuntos mais importantes o aconselharem, são convoca­dos todos os Cardeais”.

“Só pode ser público o Consistório ordinário, em que se celebram alguns atos solenes, ou seja, quando, além dos Cardeais, são admitidos Prelados, legados dos Estados ou outras pessoas para ele convidadas”.

Isso implica que o Cardeal Becciu foi excluído das celebrações dos consistórios.

Finalmente, o Cânon 356 estabelece que “os Cardeais têm obrigação de colaborar diligentemente com o Romano Pontífice; por isso, os Cardeais que desempenhem qualquer ofício na Cú­ria e não sejam Bispos diocesanos, têm obrigação de residir em Roma; os Cardeais que sejam pastores de alguma diocese, como Bispos diocesanos, vão a Roma todas as vezes que forem convocados pelo Romano Pontífice”.

Por isso, o Cardeal Becciu não pode mais ser considerado um colaborador do Papa.

ACI Digital

SS. COSME E DAMIÃO, MÁRTIRES

Ss. Cosme e Damião, século XVIII | Vatican News

O cuidado dos enfermos foi a alavanca principal da vida dos dois irmãos, que viveram no século III, no tempo da perseguição contra os cristãos. Eles cuidavam dos doentes, sem aceitar remuneração. Por isso, receberam o apelido de “anárgiros”, palavra grega que significa "sem prata". A sua fama de homens corajosos e distintos benfeitores espalhou-se, rapidamente, por toda a região.
A atividade destes Santos gêmeos não se limitou apenas aos cuidados do corpo enfermo. Na sua prática profissional, visavam também o bem das almas, com o exemplo e a palavra. De fato, converteram muitos pagãos ao cristianismo.
É famoso o episódio da cura de uma mulher hemorroíssa, chamada Paládia, que, por gratidão, deu três ovos aos dois irmãos. Porém, por não aceitarem, ela implorou a Damião que os aceitasse, em nome de Cristo, aquela pequena oferta. Para não ofender a mulher, Damião aceitou os ovos. Este seu gesto provocou a reação de Cosme, que pediu, publicamente, após a sua morte, para não ser enterrado com seu irmão.

Martírio

O suplício dos dois irmãos é narrado pela Lenda Áurea, segundo a qual foram primeiro jogados no fogo, de onde saíram ilesos. Depois, foram condenados à lapidação, mas as pedras voltavam contra os atiradores. E, ainda, as flechas lançadas pelos arqueiros feriram seus algozes. Por fim, foram decapitados.

Não sejam separados...

Na pintura do Beato Angélico, a representação da sepultura dos dois Santos é baseada no que foi narrado pela Lenda Áurea. Segundo esta narração, o dromedário, que transportava o corpo de San Damião, de repente começou a falar com voz humana, pronunciando estas palavras: "Nolite eos separare a sepoltura, quia non sunt separati merito" (“Não sejam separados na sepultura, porque não são diferentes por mérito”).
A Igreja celebra a festa litúrgica dos Santos Cosme e Damião no dia 26 de setembro.
O culto deles estendeu-se do Oriente à Itália, sobretudo em Roma e na região da Apúlia.

Vatican News

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Filipinas: adiadas para 2022 as celebrações pelos 500 anos de evangelização

Santa Missa em Manila, Filipinas  (AFP or licensors)

Por causa da pandemia, a data para as celebrações dos 500 anos de evangelização nas Filipinas foi estabelecida para abril de 2022.

Vatican News

A data das comemorações dos 500 anos de evangelização das Filipinas, foi adiada para abril de 2022 por causa da pandemia. "Devido à emergência sanitária - explica Dom Pablo Virgilio David, presidente da Conferência Episcopal Nacional (CBCP) – nossa programação foi alterada. Portanto, dentro de dois anos teremos um ano inteiro de comemorações".

O início das comemorações

A abertura oficial acontecerá no domingo 17 de abril de 2022, domingo de Páscoa, em memória da primeira Eucaristia celebrada no país em 31 de março de 1521, na ilha de Limasawa, ao sul de Leyte. Entretanto, em 14 de abril de 2021, a Igreja Filipina comemorará os quinhentos anos do Primeiro Batismo, realizado na Arquidiocese de Cebu, em 1521, por missionários espanhóis. Um momento importante na história do cristianismo local, porque depois daquela celebração a população nativa recebeu o ícone de São Niño (o Menino Jesus), ainda hoje muito venerado em todo o país.

O calendário

Em vista das celebrações jubilares, a Conferência dos Bispos lançou há alguns anos os "Nove Anos para a Nova Evangelização", sendo cada ano dedicado a um tema específico: a formação integral da fé (2013), os leigos (2014), os pobres (2015), a Eucaristia e a família (2016), a paróquia como comunhão de comunidades (2017), o clero e as pessoas consagradas (2018), os jovens (2019), o diálogo inter-religioso (2020) e a Missio ad gentes (2021).

Vatican News

Papa: em algumas sociedades, as pessoas que expressam sua fé vão para a cadeia

Antoine Mekary | ALETEIA

“Assim não podemos sair da crise, ou não podemos sair melhores: sairemos piores”.

O Papa Francisco foi claro ao denunciar, na Audiência Geral desta quarta-feira, 23 de setembro: existem sociedades nas quais as pessoas não são livres para expressar a sua fé, chegando a “ir para a cadeia” quando se atrevem a fazê-lo:

“Em algumas sociedades, muitas pessoas não são livres para expressar a sua fé e os seus valores, suas ideias. Se elas as expressam com liberdade, vão para a cadeia. Em outros lugares, especialmente no mundo ocidental, muitas pessoas reprimem as próprias convicções éticas ou religiosas. Mas assim não podemos sair da crise, ou não podemos sair melhores. Sairemos piores”.

Francisco prosseguiu:

“Tantas pessoas não podem participar da reconstrução do bem comum porque são marginalizadas, excluídas ou ignoradas. Certos grupos sociais são incapazes de contribuir porque são econômica ou politicamente asfixiados. Para sairmos melhores de uma crise como a atual, que é uma crise de saúde e ao mesmo tempo social, política e econômica, cada um de nós é chamado a assumir a sua parte de responsabilidade. Partilhar as responsabilidades. Temos que responder não só como indivíduos, mas também a partir do próprio grupo de pertencimento, do papel que desempenhamos na sociedade, dos nossos princípios e, se acreditamos, da nossa fé em Deus”.

 Aleteia

TEOLOGIA: A Catolicidade da Igreja (Parte 2/8)

George Florovsky | Ecclesia

A Catolicidade da Igreja

Trad.: Pe. Pedro Oliveira Junior

3. A qualidade interior da catolicidade

A catolicidade da Igreja não é um conceito quantitativo ou geográfico. Ele não depende em nada da dispersão dos fiéis pelo mundo todo. A universalidade da Igreja é a conseqüência ou a manifestação, mas não a causa ou a base de sua catolicidade. A extensão por todo o mundo ou a universalidade da Igreja é só um sinal exterior, sinal que não é absolutamente necessário. A Igreja era católica mesmo quando as comunidades cristãs não eram mais do que raras ilhas num mar de descrença e paganismo. E a Igreja permanecerá católica mesmo até o final dos tempos quando o mistério do "desfigurar-se" será revelado, quando a Igreja mais uma vez diminuirá para um "pequeno rebanho." "Quando porém vier o Filho do Homem, porventura achará fé na terra?" (Lc 18-8).

O Metropolita Philaret expressou-se mui adequadamente nesse ponto: "Se uma cidade ou pais afasta-se da Igreja universal, esta ainda permanecerá um corpo integral e imperecível." (Opiniões e afirmações de Philaret, Metropolita de Moscou, a respeito da Igreja Ortodoxa no Oriente, São Petersburgo, 1886, p. 53). Philaret usa aqui a palavra "universal" no sentido de catolicidade. Esse conceito não pode ser medido por sua expansão pelo mundo todo; universalidade não expressa esse conceito exatamente. Καθολικη vindo de Καθ óλου significa, antes de tudo, a totalidade e integralidade internas da vida da Igreja. Nós estamos falando aqui de totalidade, não só de comunhão, e de modo nenhum de uma simples comunhão empírica. Καθ óλου não é o mesmo que Κατα παντóς; esse conceito de catolicidade não pertence ao plano fenomenológico ou empírico mas ao plano nouético (intelectual e intuitivo) e ontológico; ele descreve a essência em si, não as manifestações externas. Nós podemos verificar isso já no uso pré-cristão dessa palavra, começando por Sócrates. Se catolicidade também significa universalidade, esta não é certamente uma universalidade empírica mas sim ideal; a comunhão de idéias, não de fatos, é o que ela tem em vista.

Os primeiros cristãos quando usando as palavras 'Ekklisía Katholikí' (Εκκλησια Καθολικη) nunca quiseram que isso significasse uma Igreja mundial. Essa palavra dá mais proeminência à ortodoxia da Igreja, à verdade da "Grande Igreja," em contraste com o separatismo e particularismo sectários; era a idéia de integridade e pureza que era expressa. Isso foi afirmado com muita força nas bem conhecidas palavras de Santo Inácio de Antioquia: "Onde há um bispo, que haja ali uma completa multidão; assim como onde Jesus Cristo está, ali também está a Igreja Católica" (Ignatius Smyrn. 8:2). Essas palavras expressam a mesma idéia que a da promessa: "Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu Nome, aí, estou Eu no meio deles (Mt 18, 20). É esse mistério de reunirem-se (μυστηριον της συναξεως, Mystírion tis sinakseos) que a palavra catolicidade expressa. Mais tarde São Cirilo de Jerusalém explica a palavra "catolicidade" que é usada no credo na maneira tradicional de sua Igreja. A palavra "Igreja" significa "reunião de todos em uma união"; por isso ela é chamada de "reunião" (εκκλεσια, Ekklesía). A Igreja é chamada católica, por que ela se espalha por todo o universo e submete a totalidade da raça humana à justiça, porque na Igreja, também os dogmas são ensinados "totalmente, sem qualquer omissão, catolicamente e completamente" (καθολικως και ανελλειπως) porque, de novo, na Igreja todo tipo de pecado é curado e sarado" (Cathech. 18:23 Migne p.g. 33 c. 1044) . Aqui, novamente catolicidade é entendida como uma qualidade interior. Só no Ocidente, durante a luta contra os donatistas a palavra "católica" foi usada no sentido de "universal," em oposição ao provincialianismo geográfico dos donatistas.

(cf. Pierre Batifoll, Le Catholicisme de St. Augustin, I; Paris, 1920, p. 212. - Rappelons que le nom 'Catholique' a servi à qualifier la Grande Eglise par opposition aux hérétiques...Le nom est vraisemblablement de creation populaire e apparait en orient au second siecle. Les tractatores du 4. siècle, que lui cherchent une signification étymologique et savante, veulent y voir l'expression soit de la perfection intégrale de la foi de l'Eglise, soit du fait que l'Eglise ne fait pas acception de personnes de rang, du culture, soit enfin et surtout du fait que l'Eglise est dans le mond entire d' uné extremité à l'autre. Augustin ne veut connaître que ce dernier sens." Cf. também Bispo Lightfoot, em sue edição de St. Ignatius, v. 2 (Londres, 1889), p. 319. Nota ad Loc.

A história do uso cristão e pré-cristão dos termos ekklisía katholikí (Εκκλησια Καθολικη) e katholikós (καθολικóς) geralmente em várias colocações merece estudo cuidadoso; aparentemente não existiram investigações especiais sobre o assunto. Em russo, deve ser feita referência ao, mui valioso, apesar de não exaustivo e não sem falhas, artigo mais recente do Professor M. D. Muretov no suplemento do seu livro Ancient Jewish Prayers Ascribed to St Peter (Sergiev Posad, 1905). Ver também Bispo Lightfoot, St. Ignatius, v. 2 (Londres, 1889), p. 310, nota).

Mais tarde, no Oriente, a palavra "católica" foi entendida como sinônimo de [...]

O crescimento da Igreja está no aperfeiçoamento de sua totalidade interior, de sua catolicidade interior na "perfeição da totalidade"; "para que eles sejam perfeitos em unidade" (Jo 17,23).


FONTE:

Folheto Missionário nP95. Holy Trinity Orthodox Mission
466 Foothill Blvd, Box 397, La Canada, Ca 91011
Redator: Bispo Alexandre Mileant



 Ecclesia

Assim George Soros financia verificadores de dados do Facebook

Imagem referencial. Crédito: Brett Jordan / Unsplash

ALABAMA, 24 set. 20 / 02:56 pm (ACI).- O magnata George Soros, que movimentou milhões de dólares para a legalização do aborto em diferentes partes do mundo por meio das Open Society Foundations, também é um dos principais financiadores dos verificadores de dados usados ​​pela rede social Facebook.

Em uma lista de verificadores que já desapareceram hoje do site do Facebook, mas que pode ser encontrada AQUI, estão sites como a página argentina Chequeado, o mexicano Animal Político e os colombianos La Silla Vacía e Colombiacheck.

Na Colômbia

Colombiacheck reconhece em seu site que desde sua fundação, em 2016, “foi financiado por Open Society Foundations”.

De acordo com o site da Open Society Foundations, o projeto Colombiacheck recebeu 43.475 dólares em 2017.

Entre 2017 e 2018, a matriz de Colombiacheck, Conselho de Redação, recebeu um total de 323.480 dólares da Fundação George Soros.

La Silla Vacía também reconhece que “nasceu com uma doação da Open Society Foundation” em 2009, e que, em 2019, 9,5% de sua receita veio da Fundação Soros.

Blogosfera Producciones S.A.S., empresa controladora de La Silla Vacía, recebeu mais de 230 mil dólares da fundação Soros em 2016.

Usando Colombiacheck e La Silla Vacía como verificadores de dados, o Facebook censurou a campanha “A ONU quer IMPOR O ABORTO… com a desculpa do coronavírus” lançada este ano pela plataforma pró-vida CitizenGO.

Argentina

Na Argentina, o Facebook reconhece o Chequeado como um de seus “parceiros”.

A “Fundação Voz Pública para verificação do discurso público”, matriz do Chequeado, recebeu 150 mil dólares da fundação George Soros em 2017.

México

No México, a lista do Facebook inclui o site Animal Político. Sua matriz, Editorial Animal S de RL de CV, recebeu das Fundações Open Society 80.300 dólares em 2016, 40 mil em 2017 e 158.700 em 2018.

Uma certificação financiada por Soros

O Facebook assegura ainda que "em muitos países e regiões, trabalhamos com organizações terceirizadas independentes de verificação de dados, que são certificadas pela imparcial International Fact-Checking Network (IFCN) para identificar, revisar e tomar medidas sobre este conteúdo".

A IFCN é um projeto do Poynter Institute, que autodefine como “um instrutor, inovador, convocador e recurso para qualquer pessoa que aspira envolver e informar os cidadãos. Servimos não apenas às democracias do século XXI, mas também àquelas nos rincões do mundo onde as pessoas que honram a liberdade e o autogoverno lutam contra tiranos e autocratas".

O Instituto Poynter recebeu, entre 2016 e 2017, 325 mil dólares da fundação de George Soros.

Os 300 mil dólares que Open Society Foundations concederam ao Instituto Poynter, em 2017, tiveram como objetivo "ampliar o apoio aos verificadores de dados em todo o mundo, mediante o aumento da apresentação de relatórios, o ensino, a convocação e a liderança intelectual da Rede Internacional da Verificação de Dados”.

A fundação de Soros está na lista de “maiores financiadores” do Instituto Poynter disponibilizada em seu site.

Entre os “signatários verificados do código de princípios da IFCN” do Instituto Poynter, as organizações que foram “certificadas” como verificadores de dados pelo órgão financiado por Soros são: AFP; The Associated Press (AP); Africa Check, da África do Sul; Agência Lupa e Aos Fatos, do Brasil; BOOM da Índia; Correctiv.org, da Alemanha; Check Your Fact, FactCheck.org, Reuters, The Washington Post e USA Today, dos Estados Unidos, EFE, Maldita.es e Newtral, da Espanha; Verificador da República, do Peru; e La Silla Vacía, da Colômbia.

Entre os verificadores de dados que estão em processo de renovação está o Colombiacheck, da Colômbia.

Animal Político, do México, aparece como “vencido”, mas o IFCN especifica que “devido à pandemia global da COVID-19, o processo de inscrição leva mais tempo do que o normal. Portanto, alguns dos signatários expirados podem estar em processo de renovação”.

O Facebook, com mais de 2,6 bilhões de usuários ativos por mês, também é dono da rede social Instagram, com mais de um bilhão de usuários ativos por mês, e do serviço de mensagens WhatsApp, com mais de dois bilhões de usuários ativos por mês.

George Soros e o aborto

A Fundação Open Society, criada por Soros em 1993 como Open Society Institute (OSI), financia várias campanhas a favor do aborto em todo o mundo.

Em 2016, soube-se que a fundação Soros movimentou 1,5 milhão de dólares para silenciar o escândalo da multinacional de aborto Planned Parenthood, acusada de vender órgãos e tecidos de bebês abortados em suas instalações.

Em 2017, o governo da Irlanda ordenou à Anistia Internacional que devolvesse a Soros os mais de 160 mil dólares doados por sua Fundação Open Society para uma campanha pela legalização do aborto naquele país.

Um documento da Fundação Open Society divulgado pelo DCLeaks.com em 2016 revelou que era importante para a organização de Soros "uma vitória" a favor do aborto na Irlanda para "impactar outros países fortemente católicos na Europa".

A revista de economia Forbes estima a riqueza de George Soros em 8,3 bilhões de dólares.

orçamento da Open Society Foundations para 2020 é de 1,2 bilhão de dólares.

ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF