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sábado, 17 de junho de 2023

O Imaculado Coração de Maria é um só com o Sagrado Coração de Jesus

Sagrado Coração de Jesus/Imaculado Coração de Maria | CC

Por Aleteia Brasil

Jesus está inteiramente vivo em Maria; tudo o que é comunicável em Jesus vive em Maria.

Devemos entender como “Coração de Maria” tanto o coração material do seu corpo quanto o coração espiritual da sua alma, bem como o que poderíamos chamar de seu “Coração Divino”, ou seja, o Amor eterno e substancial, o Espírito Santo, do qual a bem-aventurada Virgem Maria esteve total e divinamente repleta.

Desta tríplice perspectiva, o Coração Imaculado de Maria é todo de Jesus e tem vínculo tão indissolúvel com o Coração do Filho de Deus que essa união consuma os dois numa espécie de unidade; consummati in unum.

O Coração material de Jesus veio todo inteiro do coração virginal de Sua Mãe, que proporcionou ao Verbo encarnado a substância da Sua humanidade e, por conseguinte, a substância do mais nobre e principal órgão desta humanidade adorável, que é o Seu Coração.

A fé nos ensina que o Pai celestial gerou no tempo, no seio da Virgem, Aquele a Quem gera eternamente nos céus, e que o Espírito Santo, Espírito de amor e de união, operou o inefável mistério da Encarnação do Verbo tomando a mais pura flor do sangue imaculado de Maria para formar dela o corpo adorável de Jesus.

Todos sabemos que o sangue e o coração formam uma unidade no corpo humano: o coração difunde o sangue por todos os membros para vivificá-los e o sangue volta a ele fielmente, como a seu primeiro princípio, para ser novamente difundido pelo corpo. O Coração Divino do Menino Jesus foi todo formado da substância mesma e da mesma substância da Virgem, Sua Mãe: se é obra do Espírito Santo, é igualmente obra de Maria, e pertence todo à Sua Mãe como ao Seu Divino Pai.

Se Santo Agostinho disse e pode dizer que “A carne de Cristo é a carne de Maria; caro Christi, caro Mariae”, com não menos verdade pode-se dizer também que não por efeito de uma confusão, mas em virtude de uma íntima união, o Coração de Jesus é o Coração de Maria e o Coração de Maria é o Coração de Jesus.

O Coração espiritual de Maria e o Sagrado Coração de Jesus, igualmente, fazem um só coração como consequência de uma indissolúvel união de espírito, de vontade, de sentimentos e de afetos. Diz-se que os primeiros cristãos tinham “um só coração e uma só alma; cor unum et anima una” (At 4, 32); com quanto mais razão se pode e deve dizer o mesmo do Filho único de Maria e desta Sua Santíssima Mãe?

São Bernardo declarou, de si mesmo, que, sendo Jesus sua cabeça, então o Coração de Jesus é seu coração, e, portanto, ele “tem verdadeiramente um só coração com Jesus; ego vere cum Jesu cor unum habeo”. Com quanto mais verdade não pode dizer a Imaculada Virgem Maria: “O Coração de minha Cabeça e de meu Filho é meu coração, e não tenho com Ele mais do que um mesmo coração”!

Por isto ela disse um dia à sua querida filha e serva Santa Brígida:

“Saibas que amei o meu Filho tão ardentemente, e que Ele me amou tão certamente, que Ele e eu éramos um só coração; quasi cor unum ambo fuimus. Meu Filho era verdadeiramente para mim como o meu coração; quando Ele sofria, era como se o meu Coração sofresse suas penas e tormentos. Sua dor era a minha dor e Seu Coração era o meu Coração”.

Isto mesmo ensinou por sua vez Nosso Senhor à mesma Santa Brígida quando, aparecendo-lhe um dia e conversando familiarmente com ela, assim lhe disse:

“Eu, que sou Deus e Filho de Deus desde toda a eternidade, fiz-me homem no seio da Virgem, cujo Coração era como o meu Coração: e, por isto, pode-se dizer que minha Mãe e Eu operamos a salvação do homem com um mesmo Coração”.

Assim, pois, o Coração da Santíssima Virgem e a sua alma imaculada, impecável, perfeitamente santa, humilde, doce e obediente, formava uma só coisa com o Coração e a alma do seu adorável Filho.

Sagrado e Imaculado Corações 2
Aleteia

Finalmente, deve dizer-se com precisão ainda mais absoluta que o Coração divino e eterno de Jesus, que é o Espírito de Amor e o próprio Amor, era verdadeiramente o Coração divino de Maria e o princípio único de sua vida, de seus pensamentos, de seus afetos e de todos os seus movimentos.

O Espírito Santo, que em nós é o Espírito de Jesus Cristo, Spiritus Christi (Rm 8, 9), sendo-o em plenitude na alma da Santíssima Virgem, a unia de maneira tão perfeita e divina a Jesus, e por Jesus ao Pai Celestial, que esta união, que é a graça, a alegria e a coroa da Mãe de Deus, constitui um mistério insondável em cujas santas profundezas somente Deus pode penetrar, e no qual São Boaventura via “algo infinito”. Assim, pois, o Coração de Maria e o Coração de Jesus são um só no Espírito Santo. Oh, sejam também um só em nosso amor e em nossas homenagens!

Sim, Jesus é o coração e a vida de Sua bem-aventurada Mãe; e lhe comunica a Sua vida divina com tal superabundância que é até impossível comparar esta vida de Jesus em Maria à vida de Jesus em Seus maiores Santos e em Seus mais exaltados Anjos. “Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20). “Eu vivo, diz-nos do alto do céu a Rainha dos Anjos e dos Santos, a Mãe da vida, a celestial Mãe de Deus; eu vivo, mas já não sou eu, é meu Filho, meu Senhor e meu Salvador quem vive em mim. Vive em minha alma, em meu corpo, em todas as potências da minha alma e em todos os sentidos de meu corpo”.

Jesus está inteiramente vivo em Maria; tudo o que é comunicável em Jesus vive em Maria: o Seu Coração vive em seu Coração, a Sua alma em sua alma, o Seu espírito em seu espírito.

O que Deus uniu, o homem não separe”, disse Nosso Senhor (Quod Deus conjunxit, homo non separet; Mt 19, 6). Havendo Deus, em Seu plano divino, unido intimamente Jesus e Maria, o Coração do Filho e o Coração da Mãe, não os separe ninguém em seu próprio coração. Ao adorar o Coração de Jesus, veneremos e bendigamos o Coração de Maria; e ao tributar esse culto de hiperdulia ao Imaculado Coração da Mãe de Deus, tributemos ao Sacratíssimo Coração de seu Filho o culto de latria, ou seja, de adoração propriamente dita, que lhe devem o céu e a terra. No céu continuaremos eternamente este duplo culto em união dos anjos e bem-aventurados. Que alegria será bendizer ali a Jesus e Maria, contemplá-los face a face, sentir o nosso coração junto ao Seu Coração e inebriar-nos de Seu santo Amor!

Ó Coração Sacratíssimo de Jesus, tende piedade de nós! Cor Jesu Sacratissimum, miserere nobis!
Ó Coração Imaculado de Maria, rogai por nós! Cor Mariae Immaculatum, ora pro nobis!

___________

Traduzido da obra de Monsenhor De Ségur, “El Sagrado Corazón de Jesús“, págs. 169-174. Casa Editorial de Manuel Galindo y Bezares, 1888.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

38ª Semana do Migrante

Semana do Migrante | cnbb

A 38ª SEMANA DO MIGRANTE SERÁ ABERTA, NO DOMINGO, 18 DE JUNHO, COM CELEBRAÇÃO NO SANTUÁRIO NACIONAL DE APARECIDA

“Migração e Soberania Alimentar” é o tema da 38ª Semana do Migrante que ocorre de 18 a 25 de junho de 2023. Já o lema “Para o Migrante, Pátria é a terra que lhe dá o Pão”, uma referência e comunhão com a Campanha da Fraternidade deste ano, que trabalhou: “Fraternidade e Fome”. A abertura da Semana será com a missa no dia 18 de junho, às 12h (horário de Brasília), no Santuário Nacional de Aparecida, em Aparecida (SP).

A celebração terá transmissão pela TV Aparecida e pelo portal A12, e será presidida pelo bispo da diocese de Pesqueira (PE) e membro da Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (Cepast-CNBB), dom José Luiz Ferreira Salles,  presidente do Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM) e referencial para o Setor da Mobilidade Humana da CNBB.

“A Semana do Migrante é um momento forte de conscientização e de acolhida ao Migrante”, afirma dom José Luiz, que faz referência à fala do padre Alfredo Gonçalves, missionário scalabriniano: “Não que o flagelo da fome seja provocado diretamente pela migração, mas porque esta última representa, não raro, a fuga de uma série de carências, entre as quais destaca-se a impossibilidade de garantir ‘o pão nosso de cada dia’ com o próprio trabalho. A mobilidade geográfica tem como anseio e horizonte a mobilidade social: a pessoa busca, por meio da mudança de lugar, região ou país, um nível de vida melhor, para si mesmo e para os familiares”.

Dom José Luiz reforça o convite aos agentes das pastorais sociais, movimentos populares e organizações que trabalham com migração e refúgio, a participarem desta Semana de atividades e menciona os subsídios produzidos para animar as ações. Durante a 38ª Semana do Migrante serão realizadas atividades em todo país, com rodas de conversa, debates, oficinas, gestos concretos com os migrantes, além de atividades virtuais.

O papa Francisco e a migração

O papa Francisco, em seus posicionamentos diante da realidade migratória, reforça com frequência os quatro verbos em atenção às pessoas migrantes: “acolher, proteger, promover e integrar”. E neste ano, em sua Mensagem para o 109º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, que será celebrado no 24 de setembro e que traz como tema “Livres de escolher se migrar ou ficar”, o pontífice reforçou: “Enquanto trabalhamos para que toda a migração possa ser fruto duma escolha livre, somos chamados a ter o maior respeito pela dignidade de cada migrante; e isto significa acompanhar e gerir da melhor forma possível os seus fluxos, construindo pontes e não muros, alargando os canais para uma migração segura e regular”.

Por fim, Francisco observou: “Onde quer que decidamos construir o nosso futuro – no país onde nascemos ou fora dele –, o importante é que lá haja sempre uma comunidade pronta a acolher, proteger, promover e integrar a todos, sem distinção nem deixar ninguém de fora”.

Credenciamento de Imprensa

O credenciamento de imprensa para cobertura jornalística da celebração deve ser realizado com, no mínimo, 24h de antecedência. A solicitação deve ser enviada para o e-mail sala.imprensa@santuarionacional.com ou pelo formulário disponível em a12.com/imprensa.

O cadastro, realizado junto à Assessoria de Imprensa da Basílica, é obrigatório para repórteres, fotógrafos, radialistas e cinegrafistas que irão cobrir presencialmente atividades no Santuário Nacional. O vínculo com um veículo de comunicação é necessário para efetivação do processo.

Subsídios da semana:

Texto-base acesse (aqui)
Roteiro para Celebração Ecumênica (aqui)
Oração para a 38ª Semana do Migrante (aqui)
Cartaz para a 38ª Semana do Migrante (aqui)

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Novos santos brasileiros são incluídos na edição revisada do Missal

Santos brasileiros | Aliança de Misericórdia

Novos santos brasileiros são incluídos na edição revisada do Missal

8 de junho de 2023Por Fernando Geronazzo

Desde a promulgação da tradução anterior do Missal Romano no Brasil, em 1991, foram canonizados santos brasileiros ou que dedicaram sua vida no País. Na nova edição do Missal, os textos litúrgicos das celebrações desses santos foram incluídos.

09 DE JUNHO

SÃO JOSÉ DE ANCHIETA, PRESBÍTERO

Memória

São José de Anchieta | osaopaulo

Nasceu no dia 19 de março de 1534, em Tenerife, ilha do Arquipélago das Canárias, Espanha. Em 1551, ingressou no noviciado da Companhia de Jesus, sendo enviado em missão para o Brasil em 1553, para trabalhar como catequista dos indígenas. Em janeiro de 1554, participou da fundação do Colégio de São Paulo de Piratininga, que deu origem à cidade de São Paulo. Morreu em 9 de junho de 1597, aos 63 anos, em Reritiba, atual Anchieta (ES). Foi canonizado em 24 de abril de 2014, pelo Papa Francisco.

09 DE JULHO

SANTA PAULINA DO CORAÇÃO AGONIZANTE DE JESUS, VIRGEM

Memória

Santa Paulina | osaopaulo

Nasceu em 16 de dezembro de 1865, em Vigolo Vattaro, em Trento na Itália. Em 1875, veio com seus pais para o Brasil, fixando-se em Nova Trento (SC). Em 1890, com algumas amigas, fundou a Congregação das Irmãzinhas do Imaculado Coração. Mudou-se para São Paulo em 1903, onde desenvolveu atividades de serviço aos pobres e sofridos ao longo de sua vida. Morreu em 9 de julho de 1942. Foi canonizada por São João Paulo II em 2002, na Praça de São Pedro.

13 DE AGOSTO

SANTA DULCE LOPES PONTES, VIRGEM

Memória

Santa Dulce dos Pobres | osaopaulo

Conhecida como o ‘Anjo bom da Bahia’, nasceu em 26 de maio de 1914, em Salvador (BA). Aos 13 anos, começou a acolher pessoas em situação de ruas em sua casa, transformando-a em um pequeno “centro de atendimento”, que ficou conhecido como “Portaria de São Francisco”. Em 1933, entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em Sergipe, onde recebeu o hábito religioso. Em 1935, começou a dar assistência à comunidade pobre de Alagados, conjunto de palafitas no bairro de Itapagipe, onde moravam numerosos trabalhadores. Mais tarde, fundou as Obras Sociais Irmã Dulce (OSID). Morreu em 13 de março de 1992 e foi canonizada pelo Papa Francisco em 13 de outubro de 2019.

03 DE OUTUBRO

SANTOS ANDRÉ DE SOVERAL, AMBRÓSIO FRANCISCO FERRO, PRESBÍTEROS, MATEUS MOREIRA, LEIGO E COMPANHEIROS MÁRTIRES

Memória

Protomártires do Brasil | osaopaulo

No dia 16 de julho de 1645, os holandeses que ocupavam o Nordeste do Brasil, chegaram a Cunhaú, onde residiam vários colonos ao redor do engenho, ocupados no plantio da cana-de-açúcar. Era um domingo. Na hora da missa, 69 pessoas se reuniram na capela de Nossa Senhora das Candeias. A capela foi cercada e invadida por soldados calvinistas e índios que trucidaram a todos que aí estavam, inclusive o pároco, padre André de Soveral que celebrava a missa. No dia 3 de outubro, outro grupo de cerca de 80 pessoas foram assassinados pelos holandeses às margens do Rio Uruaçu. Padre André de Soveral, Padre Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira e outros vinte e sete companheiros foram beatificados por são João Paulo II, em 5 de março de 2000, e canonizados pelo Papa Francisco em 2017.

25 DE OUTUBRO

SANTO ANTÔNIO DE SANT’ANA GALVÃO, PRESBÍTERO

Memória

São Frei Galvão | osaopaulo

Frei Galvão nasceu no dia 10 de maio de 1739, na cidade de Guaratinguetá (SP). Seus pais eram Antônio Galvão e Isabel Leite Barros. Aos 13 anos, iniciou os estudos no seminário dos jesuítas, na Bahia. Em 1760, iniciou o noviciado na província Franciscana da Imaculada Conceição, no Convento de São Boaventura do Macacu, Rio de Janeiro. Recebeu a ordenação sacerdotal no dia 11 de julho de 1762 e logo foi transferido para o convento em São Paulo. Em 1774, fundou o Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz – Irmãs Concepcionistas da Imaculada Conceição. Faleceu no dia 23 de dezembro de 1822, no Mosteiro da Luz, em São Paulo, com 84 anos. Foi homem de profunda caridade, delicadeza e bondade. Foi beatificado em Roma, por São João Paulo II e incluído no calendário litúrgico, para 25 de outubro. No dia 11 de maio de 2007, Bento XVI canonizou o primeiro santo que nasceu, viveu e morreu no Brasil.

(Colaborou: Fernando Arthur)

Fonte: https://osaopaulo.org.br/

São Ranieri de Pisa

São Ranieri de Pisa | aossc

17 de junho

São Ranieri de Pisa

Padroeiro dos viajantes e da cidade de Pisa

Origens

Ranieri Scacceri nasceu em Pisa, no ano 1118. Foi filho único do casal Gandulfo e Emengarda. Seus pais eram mercadores muito ricos, descendentes de famílias nobres e tradicionais. Foi educado pelo bispo de Kinzica, tendo recebido formação religiosa e para os negócios.

Juventude conturbada

Pisa era um cidade “badalada” no começo do primeiro milênio. Por ser um porto importante e grande polo comercial da Itália, tinha uma vasta “vida mundana”, cheia de encantos e tentações especialmente para os mais jovens. O jovem Ranieri tinha vocação para as artes, especialmente para tocar lira e cantar. Por isso, entregou-se às festas e às futilidades, apresentando-se na corte e tornando-se muito popular.

O encontro com a realidade

Quando Ranieri tinha dezenove anos, começou a observar os pobres da cidade e a vida miserável que levavam. Essa observação levou-o a perceber que sua própria vida tinha sido inútil até então. Constatar a inutilidade de sua vida foi um choque para o jovem artista Ranieri. Nesse mesmo tempo, ele se encontrou com um eremita chamado Alberto da Córsega. Este, fez Ranieri enxergar que havia uma semente de Deus plantada em seu coração pelo batismo e pela formação que ele tinha recebido, e que, se Ranieri quisesse, esta semente poderia germinar para lhe trazer a verdadeira vida. E Ranieri quis.

Conversão

Tocado pela graça de Deus, Ranieri se confessou e passou a procurar a Deus na oração e na caridade para com os pobres. Esta experi6encia transformou seu coração. Ele, então, decidiu abandonar a vida fútil que levava e entrou no Mosteiro de São Vito, na mesma cidade de Pisa. Quis ele ser apenas um irmão leigo, para dedicar sua vida ao Senhor da verdadeira vida, aquela que não tem futilidade.

Peregrino

São Ranieri de Pisa passou quatro anos no mosteiro, vivendo uma vida de oração, escondido das orgias da nobreza e dos prazeres passageiros do mundo. Então ele doou toda a fortuna que tinha herdado de seus pais aos pobres e partiu para uma peregrinação à Terra Santa. Lá, ele viveu por treze anos. Peregrinou por todos os lugares santos e pregou a Palavra de Deus pela oratória e também pelo seu exemplo de vida.

Milagres

Durante o tempo em que passou na Terra Santa, manifestou-se na vida de São Ranieri o dom dos milagres. Usando sempre roupas pobres e vivendo de doações, ele pregava o Evangelho com poder. Expulsava os demônios, curava os doentes pela oração, libertava pessoas revelando os segredos de seus corações. Por isso, inúmeras eram as conversões entre aqueles que dele se aproximavam.

Volta a Pisa

Treze anos depois, São Ranieri voltou a Pisa. Instalou-se novamente no Mosteiro de São Vito, mantendo-se como irmão leigo. Sua fama de santidade, porém, chegou a Pisa antes dele. Por isso, ele se tornou diretor espiritual de um grande número de fiéis, inclusive dos monges. Todos os procuravam para pedir orações e conselhos e nunca voltavam decepcionados.

Ranieri da Água Benta

Um grande número de relatos atestam que quando São Ranieri abençoava a água e o pão, vários milagres aconteciam. Ele sempre abençoava estes elementos e distribuía-os para o povo. Nesses momentos, muitas graças aconteciam. Por isso, São Ranieri recebeu o apelido do Ranieri da Água.

Morte, Água Benta e os milagres

Quando fazia sete anos da volta de São Ranieri, ele adoeceu e morreu. Era o dia 17 de junho de 1161. E as graças continuaram a acontecer pela intercessão de São Ranieri. Elas aconteciam por meio da oração a São Ranieri e da água benta e também quando se colocava a água benta sobre seu túmulo e se fazia as orações. A canonização de São Ranieri de Pisa foi celebrada pelo papa Alexandre III.

Oração a São Ranieri de Pisa

São Ranieri de Pisa, vós que durante toda a vida realizastes curas e conversões e que ainda hoje atende as preces dos que vos procuram, peço vossa intercessão por todos aqueles a quem amamos, para que encontrem o caminho da cura, da conversão, da libertação. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.”

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

sexta-feira, 16 de junho de 2023

Sagrado Coração de Jesus

Sagrado Coração de Jesus | Vatican Media

16 de junho
A Solenidade do Sagrado Coração de Jesus - Dia de Oração pela Santificação dos Sacerdotes - é celebrada na sexta-feira (16/06), após a Solenidade do Corpus Christi, visto que a Eucaristia/Corpus Christi nada mais é que o próprio Coração Jesus, um "Coração” que “cuida" de nós.
Em 20 de outubro de 1672, o sacerdote francês, João Eudes, celebrou esta festa pela primeira vez. Mas, alguns místicos alemães da Idade Média - Matilde de Magdeburg (1212-1283), Matilde de Hackeborn (1241-1298) e Gertrudes de Helfta (1256-1302) e Beato dominicano Enrico Suso (1295 - 1366), já cultivavam a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. No entanto, as revelações que a religiosa da Visitação, Margarida Maria Alacoque (1647-1690), recebeu do Senhor, contribuíram para uma maior difusão do culto.
Margarida Maria Alacoque viveu no convento francês de Paray-le-Monial, desde 1671. Já tinha fama de grande mística quando, em 27 de dezembro de 1673, recebeu a primeira visita de Jesus, que a convidou a tomar o lugar, na celebração da Última Ceia, que pertencia a João, o único apóstolo que, fisicamente, encostou a cabeça no peito de Jesus. E lhe disse: “Meu divino coração é tão apaixonado de amor pelos homens que, não podendo conter em si as chamas da sua ardente caridade, precisa da tua ajuda para difundi-las. Por isso, escolhi você para este grande desígnio”.
No ano seguinte, Margarida teve outras duas visões: na primeira, viu o coração de Jesus em um trono de chamas, mais brilhante que o sol e mais transparente que o cristal, circundado por uma coroa de espinhos; na segunda, viu o coração de Cristo, fulgurante de glória, que emitia chamas por todos os lados, como uma fornalha. Conversando com ela, Jesus lhe pediu para “comungar, todas as primeiras sextas-feiras do mês”, durante nove meses consecutivos e “se prostrar no chão por uma hora”, na noite entre quinta e sexta-feira. Deste modo, nasceram as práticas das Nove sextas-feiras e da hora Santa de Adoração.
Em uma quarta visão, Cristo pediu a Margarida que fosse instituída uma festa em honra do seu Sagrado Coração e orações em reparação das ofensas por Ele recebidas. Esta festa passou a ser obrigatória em toda a Igreja, a partir de 1856, por ordem de Pio IX. Neste mesmo dia, em 1995, São João Paulo II instituiu o “Dia Mundial de Oração pela Santificação do Clero”, para que o sacerdócio fosse protegido pelas mãos de Jesus, ou melhor, pelo seu Coração, para ser aberto a todos.

Ano A

Naquele tempo, Jesus pronunciou estas palavras: “Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e cultos e as revelaste aos pequenos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. Todas as coisas me foram dadas por meu Pai; ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelá-Lo. Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso na vossa vida. Porque meu jugo é suave e meu peso é leve” (Mt 11,25-30).

Os pequeninos do Evangelho

A liturgia apresenta-nos uma das raras orações em que Jesus "abençoa" o Pai celeste, ou seja, reconhecendo, publicamente, o que Ele fez e faz pelos "pequenos", em detrimento dos sábios e cultos. O conteúdo desta revelação encontra-se na expressão “escondeste estas coisas”. Pelo que se entende dos versículos precedentes, "estas coisas" se referiam à falta de compreensão do próprio Jesus, que, para os "sábios e cultos", era refratária. Por outro lado, os “pequenos” podem ser os “pobres”, aos quais é anunciado o Evangelho, ou os “humildes”, ou seja, os que ouvem e acolhem a Palavra. Esta é uma chave para compreender que o Santíssimo Coração de Jesus pode ser compreendido somente na medida em que nos tornarmos "pequenos", "humildes".

Meu jugo é suave

O jugo ou canga é uma peça de madeira que liga dois bois para puxar o arado: colocada na frente do corpo (pescoço) de um ou mais animais de tração, permite a sua submissão, a possibilidade do ataque a um engenho e a manobra por parte de um agente. Partindo deste exemplo da vida agrícola, Jesus convida os “pequenos” a confiar nele, garantindo descanso, paz e libertação, porque seu jugo não é opressor. Jesus não sobrecarrega os que se aproximam dele, não os oprime com os pesos dos senhores da época, que não mexiam sequer um dedo. Jesus, humilde e puro de coração, é Aquele que diz, faz e acolhe a vontade do Pai, vivendo em primeira pessoa e partilhando com os “pequenos”. Por isso, o jugo de Jesus é suave, não porque foi "diminuído", mas porque foram removidas as incrustações legalistas e a lei de Deus voltou às suas origens, revelando que Deus é Amor misericordioso. Amor para sempre, recorda o Salmo.

O Coração

Quando ouvimos falar de “coração”, pensamos logo em âmbito afetivo, sentimental. Mas, na linguagem bíblica, adquire um significado bem mais amplo, porque engloba toda a pessoa na sua unidade de consciência, inteligência, liberdade. O coração indica a interioridade do homem, como também a sua capacidade de pensar: é a sede da memória, centro de escolhas e projetos.

Com seu peito transpassado, Jesus quer nos dizer: “Você me cativa”, “Levo a sério a sua vida”. Mas diz também: “Faça isto em memória de mim; cuide dos outros, com o coração; tenha meus mesmos sentimentos; tome minhas próprias decisões, com humildade e pureza de coração”.

Oração

Sagrado Coração de Jesus ofereço-vos, através do Coração Imaculado de Maria, mãe da Igreja, em união com o Sacrifício Eucarístico, as orações, obras, sofrimentos e alegrias deste dia, em reparação das nossas ofensas e pela salvação de todos os homens, com a graça do Espírito Santo, para a glória do Pai Divino. Amém.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Qual sua opinião sobre Ecumenismo?

Ecumenismo | cnbb

Qual sua opinião sobre Ecumenismo?

 POR PROF. FELIPE AQUINO

O Ecumenismo é o movimento que visa a restabelecer a plena comunhão entre a Igreja Católica e as demais denominações cristãs que no decorrer dos séculos se foram separando do grande tronco católico: orientais (nestorianos, dissidentes em 431; monofisitas em 451; ortodoxos em 1054), protestantes separados em 1517, Velhos Católicos em 1870.

O Ecumenismo é algo inspirado pelo Espírito Santo em nosso século, quando se verifica que as separações não têm mais as razões de ser que as suscitaram na época da respectiva cisão. Em nossos dias há quase total identidade de Credo entre católicos e cristãos orientais.

Com o protestantismo o diálogo é mais difícil, dado o esfacelamento do bloco protestante, onde as denominações genuinamente cristão, reduzindo o Cristianismo a uma escola de bons costumes inspirados pela Bíblia sem referência explícita aos sacramentos. Além das diferenças doutrinárias (ora mais, ora menos apagadas), nota-se que uma das dificuldades para o bom entendimento entre cristãos provém de questões de ordem histórica (as Cruzadas, por exemplo, no Oriente…), cultural, nacionalista…; quanto menos cultura há em alguma porção da população, tanto mais apego parece haver a costumes locais, de importância secundária, mas altamente apreciados pela gente simples.

No nível teológico-doutrinário, as conversações entre católicos e cristãos não católicos estão adiantadas e são bem sucedidas; a Igreja Católica tem-se esforçado ao máximo para fomentar a aproximação e derrubar preconceitos. O fato, porém, de que a Comunhão Anglicana resolveu conferir a ordenação sacerdotal e a episcopal a mulheres esfriou um tanto o relacionamento entre anglicanos, de um lado, e católicos e orientais, de outro lado; o Oriente é profundamente conservador e fiel às suas tradições.

No plano popular, o Ecumenismo tem sido muito menos feliz, a ponto de não ser recomendado entre fiéis despreparados, pois os novos movimentos religiosos oriundos do protestantismo querem aproveitar-se dos encontros com os católicos para exercer proselitismo.

Como quer que seja, o Ecumenismo merece ser fomentado entre pessoas dispostas, conhecedoras, com segurança, das verdades da fé, capazes de evitar tanto a polêmica quanto o falso irenismo (ou concessões doutrinárias destinadas a insinuar que não existem diferenças de Credo). A Igreja Católica propõe suas normas a respeito tanto no decreto Unitatis Redintegratio do Concílio do Vaticano II quanto em documentos provenientes da Santa Sé e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

D. Estevão Bettencourt, osb.
Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS”.
Nº 415 – Ano 1996 – p. 576.

Fonte: https://cleofas.com.br/

Das Obras de São Boaventura, bispo

Jesus morre na cruz | ucdb

Das Obras de São Boaventura, bispo

(Opusculum 3, Lignum vitae, 29-30.47 Opera omnia 8,79)         (Séc.XIII)

Em vós está a fonte da vida

            Considera, ó homem redimido, quem é aquele que por tua causa está pregado na cruz, qual a sua dignidade e grandeza. A sua morte dá a vida aos mortos; por sua morte choram o céu e a terra, e fendem-se até as pedras mais duras. Para que, do lado de Cristo morto na cruz, se formasse a Igreja e se cumprisse a Escritura que diz: Olharão para aquele que transpassaram (Jo 19,37), a divina Providência permitiu que um dos soldados lhe abrisse com a lança o sagrado lado, de onde jorraram sangue e água. Este é o preço da nossa salvação. Saído daquela fonte divina, isto é, no íntimo do seu Coração, iria dar aos sacramentos da Igreja o poder de conferir a vida da graça, tornando-se para os que já vivem em Cristo bebida da fonte viva que jorra para a vida eterna (Jo 4,14).

            Levanta-te, pois, tu que amas a Cristo, sê como a pomba que faz o seu ninho na borda do rochedo (Jr 48,28), e aí, como o pássaro que encontrou sua morada (cf. Sl 83,4), não cesses de estar vigilante; aí esconde como a andorinha os filhos nascidos do casto amor; aí aproxima teus lábios para beber a água das fontes do Salvador (cf. Is 12,3). Pois esta é a fonte que brota no meio do paraíso e, dividida em quatro rios (cf. Gn 2,10), se derrama nos corações dos fiéis para irrigar e fecundar a terra inteira.

            Acorre com vivo desejo a esta fonte de vida e de luz, quem quer que sejas, ó alma consagrada a Deus, e exclama com todas as forças do teu coração: “Ó inefável beleza do Deus altíssimo e puríssimo esplendor da luz eterna, vida que vivifica toda vida, luz que ilumina toda luz e conserva em perpétuo esplendor a multidão dos astros, que desde a primeira aurora resplandecem diante do trono da vossa divindade.  

            Ó eterno e inacessível, brilhante e suave manancial daquela fonte oculta aos olhos de todos os mortais! Sois profundidade infinita, altura sem limite, amplidão sem medida, pureza sem mancha!”

            De ti procede o rio que vem trazer alegria à cidade de Deus (Sl 45,5), para que entre vozes de júbilo e contentamento (cf. Sl 41,5) possamos cantar hinos de louvor ao vosso nome, sabendo por experiência que em vós está a fonte da vida, e em vossa luz contemplamos a luz (Sl 35,10).

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

Maria Ascensión Romero, membro do Dicastério para a Evangelização

O Papa Francisco recebe a Equipe Internacional Responsável do Caminho Neocatecumenal em 20 de setembro de 2019

NOMEAÇÃO DOS MEMBROS DO DICASTÉRIO PARA A EVANGELIZAÇÃO. SEÇÃO PARA AS QUESTÕES FUNDAMENTAIS DA EVANGELIZAÇÃO NO MUNDO.

O Santo Padre, o Papa Francisco, nomeou em 25 de abril de 2023, os Membros do Dicastério para a Evangelização, Seção para as questões fundamentais da evangelização do mundo, com um mandato de 5 anos. Entre estes, com dez cardeais de várias partes do mundo, quatro arcebispos e bispos, uma religiosa e outros três leigos, foi nomeada a Srta. María Ascensión Romero Antón, Membro da Equipe Internacional Responsável pelo Caminho Neocatecumenal.

María Ascensión Romero manifestou seu agradecimento ao Santo Padre pela confiança que depositou nela e em todo o Caminho Neocatecumenal, com a nomeação, e assegurou sua oração e sua plena colaboração com esta missão. Pede também aos irmãos e irmãs do Caminho Neocatecumenal que a ajudem, a ela e a todo o Dicastério para a Evangelização, com suas orações.

Fonte: https://neocatechumenaleiter.org/pt-br

A conexão entre o Tempo Comum e os anos ocultos de Jesus

Jesus no templo quando adolescente | James Tissot | Brooklyn Museum | Public Domain

Por Philip Kosloski

A normalidade da infância, adolescência e início da idade adulta de Jesus fornece amplo material para meditação.

Para muitos de nós, o Tempo Comum pode parecer literalmente “comum” e sem nada de particularmente especial. Afinal, desfrutamos intensamente das belas épocas da Páscoa e do Natal, e, talvez, diante delas, o Tempo Comum não desperte os mesmos sentimentos. Por consequência, o Tempo Comum acaba sendo frequentemente negligenciado.

No entanto, esta época do ano litúrgico tem um grande potencial e pode proporcionar-nos uma visão profunda da nossa própria vida.

Um tópico para meditação durante esta época é focar nos “anos desconhecidos” da vida de Jesus. Os relatos dos Evangelhos se concentram quase exclusivamente nos últimos três anos do Seu ministério e quase não nos dão detalhes dos seus primeiros trinta anos.

Acontece que esses anos ocultos guardam conexão com a nossa própria vida “comum”. Durante a maior parte da sua vida, Jesus partilhou a condição da grande maioria dos seres humanos: uma vida quotidiana sem grandiosidade aparente; uma vida de trabalho braçal (cf. Catecismo da Igreja Católica, 531). A vida oculta em Nazaré permite que todos nós entremos em comunhão com Jesus pelos acontecimentos mais comuns da vida diária (cf. Catecismo, 533).

Jesus, portanto, santificou a vida “comum”, mostrando-nos que o Reino de Deus é acessível a todos, independentemente das circunstâncias de cada um. O ponto-chave é percebermos que a nossa vida pode ser santificada quando convidamos Deus a entrar nela. Mesmo as tarefas mais singelas podem ser transformadas numa bela oferta para Deus.

Santa Teresinha de Lisieux era perita neste “pequeno caminho” de santidade. Ela escreveu, na sua “História de uma Alma“:

“Acima de tudo, esforcei-me para praticar pequenos atos ocultos de virtude; alegrei-me, portanto, em dobrar os mantos esquecidos pelas irmãs e procurei em todas as ocasiões possíveis ajudá-las”.

Uma tarefa comum pode transformar-se em oportunidade de amor extraordinário.

Se você está procurando algo para meditar durante o Tempo Comum, pondere sobre os anos ocultos de Jesus, sobre como Ele santifica o cotidiano e sobre como você mesmo pode transformar cada aspecto da sua vida num sacrifício a Deus.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Papa recebe alta do Hospital Gemelli

Papa deixa o Hospital Gemelli | Vatican Media

"Eu ainda estou vivo" e "Eu sofro pelos migrantes". Essas foram as primeiras palavras ditas pelo Papa Francisco assim que recebeu alta do hospital Gemelli, em Roma, na manhã desta sexta-feira. Santo Padre irá rezar o Angelus deste domingo.

Vatican News

Depois de dez dias, o Papa Francisco recebeu alta nesta manhã de sexta-feira (16/06) do Hospital Gemelli, em Roma, onde foi internado no último dia 7 de junho para uma laparotomia e cirurgia plástica da parede abdominal com prótese. Ao sair, em sua cadeira de rodas, ele foi recebido por uma pequena multidão que o aplaudiu e o cumprimentou calorosamente. O Santo Padre estava sereno e sorridente.

"Eu ainda estou vivo" e "sofro pelos migrantes", comentando o naufrágio dos migrantes no mar Egeu. Essas foram as primeiras palavras ditas pelo Papa Francisco assim que deixou o hospital Gemelli.

"Obrigado pelo serviço de vocês, muito obrigado", disse ainda Francisco dirigindo-se aos jornalistas enquanto com sua cadeira de rodas atravessou as duas alas de repórteres e pacientes que, na saída do hospital, o aplaudiram.

Papa em Santa Maria Maior | Vatican Media

Visita à Basílica de Santa Maria Maior

A Sala de Imprensa vaticana informou que o Papa Francisco, após deixar o Hospital Gemelli, e antes de retornar ao Vaticano, foi à Basílica de Santa Maria Maior para rezar diante do ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, como já o fez dezenas de vezes durante seu pontificado. Ao chegar de carro em frente à Basílica romana, ele desceu sozinho e sentou-se em sua cadeira de rodas. Antes de entrar na Basílica cumprimentou os turistas que estavam em frente à Santa Maria Maior.

Visita privada

Antes de retornar ao Vaticano, pouco depois das 10h, (hora de Roma) o Papa Francisco fez uma breve visita particular às freiras do Instituto Maria Santíssima Bambina, reunidas para o capítulo geral, e, do lado de fora da entrada Perugino, cumprimentou a polícia e agradeceu pelo serviço prestado.

A Sala de Imprensa vaticana informou na manhã desta sexta-feira que o Santo Padre irá rezar o Angelus deste domingo e as audiências dos próximos dias estão confirmados, com exceção a audiência geral de quarta-feira, 21 de junho, que foi cancelada para salvaguardar a recuperação pós-operatória do Santo Padre.

Palavras do cirurgião Alfieri: "O Papa está bem"

Enquanto isso, no Hospital Gemelli, o professor Alfieri se encontra com os jornalistas para algumas palavras e não se esquiva das várias perguntas. "O Papa confirmou todas as viagens", a de Lisboa para a JMJ e também a da Mongólia no final de agosto. "De fato", enfatiza o especialista, "ele poderá enfrentá-las melhor do que antes, porque agora não terá mais o desconforto dos problemas anteriores. Ele será um Papa mais forte".

Alguém pergunta como ele continuará sua convalescença, e o cirurgião, com um toque de ironia, responde imediatamente: "mas ele não está convalescendo, ele já começou a trabalhar!". A referência é às "atividades de trabalho" que pontuaram, juntamente com a oração e a leitura, os dias de sua hospitalização. "Pedimos a ele que fizesse uma convalescença, tenho certeza de que ele nos ouvirá um pouco mais desta vez, porque ele tem compromissos importantes pela frente e já disse pessoalmente que cumprirá todos eles, inclusive as viagens", diz Alfieri novamente.

Sala de Imprensa vaticana

O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, anunciara ontem que a equipe médica informou que o Papa Francisco tinha repousado bem durante a noite. "O decurso clínico continua regularmente. Os exames hemato químicos estão normais. Na noite de ontem teve um jantar comunitário, junto com os que o acompanham desde o dia da hospitalização".

Na manhã de quinta-feira, continua o comunicado, "em sinal de agradecimento, recebeu toda a equipe de cirúrgica composta por médicos, enfermeiros, assistentes sociais e de saúde e auxiliares que coordenaram, realizaram e viabilizaram a operação cirúrgica do dia 7 de junho."

Foi acrescentado que sucessivamente o Santo Padre "encontrou Dom Claudio Giuliodori, assistente eclesiástico geral da Universidade Católica e Pe. Nunzio Currao, assistente espiritual do pessoal da Policlínica; em seguida, os representantes do Conselho de Administração da Fundação Policlínica Gemelli, com o presidente Carlo Fratta Pasini e o Reitor da Universidade Católica, Prof. Franco Anelli, juntamente com os órgãos e a direção da Policlínica, com o diretor geral , Prof. Marco Elefantes.

No final, ele se dirigiu ao setor de Oncologia Pediátrica e Neurocirurgia Infantil, onde são atendidos os pequenos pacientes que expressaram seu afeto ao Papa nos últimos dias por meio de inúmeras cartas, desenhos e mensagens por uma rápida recuperação. O Papa Francisco "tocou com a mão" a dor dessas crianças que carregam o sofrimento da Cruz em seus ombros todos os dias, junto com suas mães e pais. A cada um deles deu um Rosário e um livro.

Ao saudar os presentes, Sua Santidade agradeceu a todos os funcionários pelo seu profissionalismo e esforço em aliviar o sofrimento do outro, além dos medicamentos, com a ternura e a humanidade."

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF