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segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Natividade da Virgem Maria

Natividade da Virgem Maria ((vida e Fé Católica)

Festa da Natividade da Virgem Maria

08/09/2023

"Feliz aniversário, Maria abençoada."
- Santa Maria, Mãe do Salvador, Cheia de graça desde a sua concepção. Mãe de Deus e nossa Mãe.

O Senhor revelou o pecado original a Israel desde o princípio, desde a queda de Adão e Eva (Gn 3). E os judeus conheciam sua própria condição pecaminosa, congênita para todos os homens: "Na culpa nasci, minha mãe me concebeu pecador" (Sl 50:7). Mas o Senhor, depois da queda, amaldiçoou o diabo no Éden: "Coloco inimizade perpétua entre ti e a mulher" (3:15). E quando fundou o povo escolhido, prometeu a Abraão que «todas as famílias da terra serão abençoadas em vós» (Gn 12, 3). Israel, ao longo dos séculos, alternando fidelidades e pecados, persevera na esperança de um Salvador, de uma nova Eva, que vencerá o diabo.

Por padre José María Iraburu

Israel espera o Salvador, sim; mas também à sua origem misteriosa no mundo, porque sabe que «o próprio Senhor vos dará o sinal: Eis que a virgem grávida dá à luz um filho, e o nomeia Emanuel», Deus conosco (Is 7, 14).

O Nascimento da Bem-Aventurada Virgem Maria

No nascimento de Maria, uma luz maravilhosa é finalmente acesa nas trevas do mundo. A Aurora da Luz, predestinada por Deus, pelo poder do Espírito Santo, leva-nos ao Salvador que vem «iluminar os que estão nas trevas e nas sombras da morte, para endireitar os nossos passos no caminho da paz» (Lc 1, 29). A primeira Eva nos trouxe pecado, trevas e morte. A nova Eva nos traz graça, luz e vida.

É lógico que no Ano Litúrgico da Igreja a memória dos santos é celebrada no dia de sua morte. É então que o seu crescimento na vida da graça parou; E quando passam definitivamente da morte para a vida: é o dies natalis. Somente a Igreja celebra o nascimento de Jesus, Maria e São João Batista. Celebramos o nascimento de Maria porque desde antes de nascer ela já está cheia de graça, livre de todo pecado, preservada em santidade total para se tornar a Mãe de Jesus. E celebramos o nascimento de São João Batista porque ele foi santificado antes de nascer: "Então Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino tremeu de alegria em seu ventre" (Lc 1,41), e foi purificado pela presença de Jesus no ventre de Maria, que foi feita Ostensório Eucarístico.

O nascimento de Maria é a glória da natureza humana

Nascida Maria segundo as leis da natureza humana, e escolhida para a Maternidade divina, Ela nos mostra que nossa natureza não é uma natureza corrupta, incapaz de receber a salvação, e muito menos a filiação divina. É por isso que ele canta a liturgia Tota pulchra es, Maria, et macula originalis non est in te... Tu, glória Jerusalém, Tua laetitia Israel, Tua honorificentia populi nostri... Nascida sem pecado, cheia de graça, nela, filha de Abraão, da linhagem de Davi, "todas as nações da terra serão abençoadas", porque ela nos traz o Salvador do mundo. Com toda a humildade e verdade, ela declara de si mesma: «Todas as gerações me chamarão bem-aventurada» (Lc 1, 48). Isso mesmo, e assim será para todo o sempre. Amém.

Enquanto o ancião Simeão toma em seus braços o menino Jesus, apresentado no templo, hoje na Igreja tomamos nos braços de nossa fé e caridade a recém-nascida Maria. E abençoando a Deus dizemos: "Agora, Senhor, podes deixar o teu servo ir em paz, porque os meus olhos viram a origem da nossa salvação" (cf. Lc 2,29).

Sabemos que esta menina será Mãe do Salvador do mundo, a Mãe de Deus, a "mulher envolta no sol, com a lua debaixo dos pés, e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas" (Ap 12,1). Texto misteriosamente relacionado ao do Gênesis: "Esmagará-lhe a cabeça quando a ferir no calcanhar" (Gn 3,15).

Infinito em humildade e majestade

No maravilhoso plano do Deus providente, Maria nasce como uma humilde filha de Davi, de uma raça davídica sem glória mundana. Ele vive na desprezada Galileia, ao norte de Israel: "Investigai e vereis que nenhum profeta saiu da Galileia" (Jo 7,52). Maria é casada com um carpinteiro e vive numa aldeia pouco conhecida: «De Nazaré pode sair alguma coisa boa» (Jo 1, 46).

Pouco falam os evangelistas sobre isso, embora muito importante. Acomodaram-se aos modos usuais de seu ambiente, que tanto mantinham a esposa para o marido. São Mateus não registra a genealogia materna de Jesus, mas apenas a de São José, seu pai legal. São Paulo, nas suas numerosas cartas, não menciona as aparições do Ressuscitado às santas mulheres e não menciona Maria, embora aluda ao seu mistério, dizendo de Jesus, «nascido de mulher» (Gl 4, 4). Para além dos constrangimentos culturais, parece claro que esta sobriedade silenciosa deve ser vista como um desígnio muito elevado do Deus providente: é providência do Senhor que a vida de Maria seja «escondida com Cristo em Deus» (Cl 3, 3).

Santo Inácio de Antioquia (+107) já advertia que Deus havia guardado em silêncio o mistério de Maria: assim, "a virgindade de Maria e seu nascimento foram escondidos do príncipe deste mundo, da mesma forma que a morte do Senhor: três mistérios sólidos que se cumpriram no silêncio de Deus" (Efésios XIX, 1).
São Bernardo (+ 1153): "Virtude louvável é a virgindade, mas ainda mais necessária é a humildade. Você pode se salvar sem virgindade, mas não sem humildade". A própria Maria diz: "'O Senhor olhou para a humildade do seu servo' muito mais do que para a virgindade. E embora pela virgindade ela agradasse a Deus, ainda assim ela concebeu pela humildade. É claro que a humildade era o que também tornava agradável a sua virgindade" (Hom. sobre a Virgem Mãe I, 5).

Mas Maria é "a Gloriosa", como lhe chama Gonzalo de Berceo (+1264), e também o é por desígnio do Deus providente: "Todas as gerações me chamarão bem-aventurada". Ela é a Filha do Pai, a Esposa do Espírito Santo, a Mãe de Cristo. Ela é a Aurora materna d'Aquele que é a Luz do mundo, a única Salvador da humanidade. Ela é o ponto de passagem entre o Antigo e o Novo Testamento. Depois de seu Filho, ela é a mais santa e santificante das Antigas e Novas Alianças. Ela é aNova Eva, a verdadeira «mãe de todos os viventes» (Gn 3, 20).

Dignare me laudare te, Virgem sacrata.

Pouco se sabe das circunstâncias e dos dados concretos sobre o nascimento de Maria, a Virgem. O Protoevangelium de Tiago, apócrifo do final do século II, dá alguns detalhes. Mas, como é lógico, a Igreja antiga manteve de um fato tão extraordinário uma tradição constante, que logo após os Concílios de Éfeso (431) e Calcedônia (451), passou a ser celebrada no curso anual da liturgia. A pregação dos Santos Padres sobre o nascimento de Maria é numerosa, especialmente entre os orientais.

Destaca-se o formidável sermão do arcebispo Santo André de Creta, que a Liturgia das Horas recolhe no Ofício de Leitura (8 de setembro). Nascido em Damasco por volta de 660, professou vida monástica, foi notável por seus sermões e hinos litúrgicos. Nomeado arcebispo de Gortyn, em Creta, dedicou ali um Santuário à Virgem, com o título de "Fonte Viva". Morreu em 740.

Em meados do século VII, a Natividade da Virgem começou a ser celebrada em Roma, com a Purificação, Anunciação e Assunção de Maria, numa época em que a violência do Islã causava emigrações nas regiões sujeitas ao seu jugo. No tempo do Papa Inocêncio IV (1243-1254) tinha sua própria Oitava. Atualmente é uma festa não obrigatória.

"Ave Maria, puríssima.
– Sem pecado concebido.

(Fonte InfoCatolica)

7 frutas que contêm mais vitamina C que laranjas (Parte 1/2)

Por motivos históricos, a laranja talvez seja a fruta que sempre vem à mente quando pensamos em vitamina C, uma das mais vitais para a saúde humana (Crédito: Getty Images)

7 frutas que contêm mais vitamina C que laranjas

Autor: Dalia Ventura

De BBC News Mundo

6 setembro 2025

Também conhecida como ácido ascórbico, a vitamina C tem muitos benefícios e é indispensável para a saúde. E também colaborou para o desenvolvimento da ciência.

Em 1747, ela foi empregada em um dos primeiros testes clínicos controlados da história da medicina.

Quem o conduziu foi o médico James Lind (1716-1794), de Edimburgo, na Escócia. Ele havia entrado para a Marinha Real britânica como assistente do médico principal e observou os efeitos do escorbuto, uma doença que podia ser mais perigosa do que qualquer inimigo, durante as longas viagens de navio.

Ele selecionou 12 homens que sofriam de sintomas parecidos e os dividiu em seis duplas, para colocar em prova os remédios que eram usados na época — desde cidra e vinagre até água do mar.

Em questão de uma semana, os homens que receberam duas laranjas e um limão por dia estavam suficientemente recuperados para poderem cuidar dos demais.

Por algum motivo ainda desconhecido, os cítricos, sem dúvida, eram a chave para combater aquele flagelo. É claro que a razão era a vitamina C, mas sua descoberta só ocorreu em 1912. Ela foi isolada 16 anos depois e, em 1933, passou a ser a primeira vitamina quimicamente produzida.

Com o passar do tempo, o ser humano aprendeu que a vitamina C serve para muito mais do que apenas para prevenir e curar o escorbuto.

Nosso corpo precisa da substância para cicatrizar feridas, já que ela ajuda a formar tecidos conectivos novos, fortalecendo os órgãos. E também é importante para os ossos, vasos sanguíneos, cartilagens, para a pele e para absorção do ferro pelo corpo.

A vitamina C também fortalece o sistema imunológico, ajuda a combater infecções e suas propriedades antioxidantes contribuem para proteger o corpo contra o câncer e doenças cardiovasculares.

A recomendação de Lind de incluir frutas cítricas frescas e suco de limão na alimentação dos marinheiros resultou na erradicação do escorbuto na marinha britânica (Crédito: Getty Images)

Estas e outras virtudes fazem da vitamina C um nutriente essencial. Precisamos garantir sua ingestão, pois, diferentemente da maioria dos animais, os seres humanos não possuem a capacidade de sintetizá-la.

E devemos consumi-la diariamente. Por ser hidrossolúvel, o nosso corpo não armazena vitamina C. Por isso, precisamos obter quantidades adequadas através da alimentação todos os dias.

A quantidade recomendada varia, segundo a Clínica Mayo. Mas, de forma geral, os especialistas recomendam que as mulheres que não estejam grávidas nem amamentando tomem 75 miligramas (mg) e os homens, 90 mg de vitamina C todos os dias.

Da mesma forma que precisamos cuidar para consumir quantidade suficiente, também é preciso evitar o excesso. Por isso, se você for adulto, limite a ingestão a não mais de 2.000 mg.

Existem diversos vegetais ricos em vitamina C, como o brócolis, a couve-de-bruxelas e o pimentão (que, biologicamente falando, é uma fruta). Mas é preciso ter em conta que, por ser solúvel em água e sensível a altas temperaturas, parte da vitamina C é perdida durante o cozimento.

Esses vegetais podem ser comidos crus, para obter a maior quantidade possível de vitamina. Mas, se for preciso cozinhar, o vapor aparentemente é o melhor método para conservar seu valor nutricional.

Por outro lado, as frutas são uma grande e deliciosa opção. Você pode ingerir a quantidade mínima diária de vitamina C com apenas 3/4 de copo de suco de laranja por dia.

Mencionamos esta fruta porque, por motivos históricos, as laranjas e os limões são as que costumam vir à mente com mais facilidade como fontes desse nutriente vital.

Afinal, 100 gramas de polpa de qualquer uma das duas frutas contêm cerca de 53 mg de vitamina C, segundo diversas fontes, incluindo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês).

Mas existem pelo menos nove frutas com teor ainda mais alto da substância. E aqui estão elas, para que você se lembre de consumi-las.

Continua...

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cp8z87egz61o

Jesus Cristo, a esperança da Igreja

(© AFP)  (AFP or licensors)

"A esperança é a luz que ilumina o futuro, mas não num sentido ingenuamente otimista ou ilusório. Nós sabemos: a esperança é Jesus Cristo, morto e ressuscitado. A esperança cristã, portanto, tem um nome concreto: JESUS CRISTO VITORIOSO".

Jackson Erpen - Cidade do Vaticano

Ao olhar para Cristo, a Igreja encontra sentido em sua missão de ser sinal do Reino de Deus no mundo. Ele é o Bom Pastor que guia, o Caminho que conduz ao Pai e a Verdade que ilumina a existência humana. Ele é o fundamento e a razão de existir da comunidade cristã. Sua ressurreição confirma que a fé não se apoia em ideias passageiras, mas em um acontecimento que transformou a história e abriu ao ser humano a possibilidade de uma vida nova em comunhão com Deus. A Igreja, ao anunciar o Evangelho, mantém viva essa esperança e se torna força para enfrentar as dificuldades da vida cotidiana, peregrinando rumo à plenitude da vida eterna.

No contexto deste Ano Jubilar, Pe. Gerson Schmidt* nos propõe hoje a reflexão "Jesus Cristo, a esperança da Igreja": 

"Os profetas esperaram a realização das promessas de Deus, o povo de Deus pelo Messias, Israel pelo cumprimento do Reino material e espiritual no escolhido, ungido do Pai. São Paulo decreta o cumprimento das promessas em Jesus Cristo (2Cor 1,20), razão de nossa esperança. É no Senhor que estão nossas esperanças, conforme a Carta de São Paulo aos Coríntios, que afirma: “De fato, já tínhamos sobre nós a sentença de morte, para que não confiássemos em nós mesmos, mas em Deus, que ressuscita os mortos. Ele nos livrou e continuará nos livrando de tal perigo de morte. Nele temos depositado a nossa esperança de que continuará a livrar-nos” (2Cor 1,9-11).

Pe. Humberto Robson de Carvalho, no livro “Presbíteros: testemunhas da Esperança”, comenta trechos da Gaudium et SpesEscreve assim o autor: “Sim, a esperança, como dom e virtude, atenta aos dramas da humanidade e seus clamores, acolhe no amor a vida presente e lança um olhar para o amanhã, àquele que pode salvar, ao Senhor Jesus, uma porta sempre aberta para o futuro, para a eternidade.  Sabemos que o Senhor é o fundamento da esperança (cf. Rm 15,13). A esperança cristã não brota das possibilidades humanas, mas da Ressurreição de Jesus (cf. 1Ts 1,9-10), de onde vem a prontidão e a sobriedade para percorrer um longo caminho (cf. Lc 12,35)” [1]. E no caminho, somos todos peregrinos, em direção à meta que é Cristo, o Salvador de todo o homem. E somos “peregrinos, porque chamados”, como professou o lema vocacional de agosto desse ano na Igreja do Brasil.

“Em Cristo somos revestidos da couraça da fé e do amor, com o capacete da esperança da salvação, conforme a primeira carta de São Paulo aos Tessalonicenses (cf. 1Ts 5,4-8). Em uma perspectiva comunitária, a esperança é como uma âncora segura e sólida que impulsiona a caminhada da comunidade cristã”[2]. O autor Humberto Robson apresentava, nesse livro “Presbíteros: testemunhas da Esperança”, um subsídio para o 19º Encontro Nacional dos Presbíteros no Brasil, em vista desse Jubileu 2025, e fundamentou sua proposta no texto Paulino da Carta aos Romanos: “Alegres na esperança, perseverantes na tribulação, constantes na oração” (Rm 12,12).

Cristo é a razão da nossa Esperança! Somos todos peregrinos de esperança. A esperança não decepciona porque a esperança é Jesus Cristo. E Cristo não decepciona. Todo o ser humano pode decepcionar e o profeta Jeremias diz: Assim diz o Senhor: "Maldito é o homem que confia nos homens, que faz da humanidade mortal a sua força, mas cujo coração se afasta do Senhor” (Jr 17,5). Cristo não decepciona e é nele que colocamos nossa confiança e esperança.

Nosso destino é a plenitude de Deus, para o qual Cristo se encarnou e veio restaurar entre nós. Cristo não veio sem um propósito, somente como turista na terra ou uma visitinha qualquer no planeta para ver a obra de sua criação. Sua meta foi nossa salvação. Por isso, somos peregrinos dessa grande esperança cristã que grandioso nome e baluarte: Jesus Cristo. A esperança é a luz que ilumina o futuro, mas não num sentido ingenuamente otimista ou ilusório. Nós sabemos: a esperança é Jesus Cristo, morto e ressuscitado. A esperança cristã, portanto, tem um nome concreto: JESUS CRISTO VITORIOSO. Porque Ele venceu, nós também venceremos! Sua vitória é vitória para nós, porque é o cumprimento irrevogável da promessa de Deus e inauguração do futuro não só da humanidade, mas também do mundo, do cosmos e de toda a história (Cl 1,15-20; Ef 1,10.20-23).

A Constituição Dogmática Lumen Gentium sobre a Igreja nos aponta que “a prometida restauração que esperamos, já começou, pois, em Cristo, progride com a missão do Espírito Santo e, por Ele, continua na Igreja; nesta, a fé nos ensina o sentido da nossa vida temporal, enquanto, na esperança dos bens futuros, levamos a cabo a missão que o Pai nos confiou no mundo e trabalhamos na nossa salvação (cf. Fil 2,12). Já chegou, pois, a nós, a plenitude dos tempos (cf.1Cor 10,11), a restauração do mundo foi já realizada irrevogavelmente e, de certo modo, encontra-se já antecipada neste mundo: com efeito, ainda aqui na terra, a Igreja está aureolada de verdadeira, embora imperfeita, santidade” (LG,48). Portanto, a esperança não é fantasiosa, não é ingênua, não se ilude e não é ilusória. A obra da restauração já começou em Cristo Ressuscitado dos mortos! É irrevogável! Ele já entrou na glória, como cabeça do seu corpo, que é sua Igreja. A esperança da Igreja é alegre (Rm 12,12) mesmo no sofrimento e na dor (1Pdr 4,13; Mt 5,11), pois a glória esperada é certa e é tão grande (2Cor 4,17)".

*Padre Gerson Schmidt foi ordenado em 2 de janeiro de 1993, em Estrela (RS). Além da Filosofia e Teologia, também é graduado em Jornalismo e é Mestre em Comunicação pela FAMECOS/PUCRS.
_________________

[1] CARVALHO, Humberto Robson de. “Presbíteros: testemunhas da Esperança”, Edições CNBB,2023, subsídio para o 19º Encontro Nacional dos Presbíteros – Jubileu 2025, p. 10-11, apresentação.
[2] idem

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santo Adriano

Santo Adriano (A12)
Santo Adriano
08 de setembro

Adriano nasceu no ano 635 no norte da África e foi batizado com o nome de Hadrian. Tinha apenas cinco anos de idade quando sua família imigrou para a cidade italiana de Nápolis, pouco antes da invasão dos árabes. Lá estudou no convento dos beneditinos de Nerida, onde se consagrou sacerdote.

Adriano se tornou um estudioso da Sagrada Escritura, profundo conhecedor de grego e latim, professor de ciências humanas e teologia. A fama de sua capacidade e conhecimento chegou ao imperador Constantino II, que em 663 o fez seu embaixador junto ao papa Vitalino, função que exerceu duas vezes. Depois, este papa o nomeou como um dos seus conselheiros.

Quando morreu o bispo da Cantuária, Inglaterra, o papa Vitalino convidou Adriano para assumir aquele cargo, mas ele recusou a indicação duas vezes, alegando não ter suficiente competência para ocupar esse posto. O papa lhe pediu para que indicasse alguém mais competente, pois ele mesmo não conhecia.

Nesta ocasião Adriano havia se encontrado com seu grande amigo, o teólogo grego e monge beneditino Teodoro de Tarso que estava em Roma. Adriano o indicou ao papa Vitalino. Consultado, Teodoro disse que estava disposto a aceitar, mas somente se Adriano concordasse em ir para a Inglaterra ajudá-lo na missão evangelizadora. Adriano aceitou de imediato. O papa consagrou Teodoro, bispo da Cantuária e nomeou Adriano seu assistente e conselheiro, em 668.

Adriano e Teodoro foram evangelizadores altamente bem-sucedidos, junto ao povo inglês cuja maioria era pagã. O bispo Teodoro, logo colocou Adriano como abade do convento beneditino de São Pedro, depois chamado de Santo Agostinho, na Cantuária. Sob sua liderança, esta escola se tornou um centro de aprendizagem e formação de clérigos para a Igreja dos povos anglicanos.

Os ingleses encontraram um pastor cheio de sabedoria e piedoso, um verdadeiro missionário e instrumento de Deus. Muitos se iluminaram com os seus exemplos de vida profundamente evangélica.

Morreu em 9 de janeiro de 710, foi enterrado no cemitério daquele convento, na Inglaterra. A sua sepultura se tornou um lugar de graças, prodígios e peregrinação. Em 1091, o seu corpo foi encontrado incorrupto e trasladado para a cripta da igreja do mesmo convento. Adriano foi proclamado Santo pela Igreja, que o festeja no dia em que morreu.

Reflexão:

A vida missionária é a vocação da Igreja. Sejamos nós apóstolos da paz e da justiça, levando a todos a mensagem do Evangelho de Jesus. Que cada gesto e palavra pronunciada sejam de profundo respeito pelo próximo.

Oração:

Deus de bondade faça de nós apóstolos da paz e dai-nos seguir sempre os caminhos do vosso filho Jesus Cristo, que vive e reina para sempre. Amém!

Fonte: https://www.a12.com/

domingo, 7 de setembro de 2025

Mãe de Acutis: Carlo é uma ponte que leva a Jesus

Família de Carlo Acutis na Procissão das Oferendas  (@Vatican Media)

No dia da canonização do filho, Antonia Salzano fala da emoções de um evento que mudou a vida dela e de sua família: muitos se converteram ao ver seu exemplo, e sua lembrança mais querida é a generosidade que ele sempre demonstrou em amar a Deus e ao próximo.

Daniele Piccini – Cidade do Vaticano

Não é fácil imaginar os sentimentos de uma mãe ao ver seu filho ser proclamado Santo diante de dezenas de milhares de pessoas, tendo a consciência que são milhares os devotos em todo o mundo, que a ele dirigem orações e o guardam em seus corações.

Antonia Salzano, mãe de Carlo Acutis, estava presente neste domingo, 7 de setembro, juntamente com o marido e os filhos, na Missa de canonização presidida pelo Papa Leão XIV. Ela compartilha com a Rádio Vaticano o caminho que percorreu ao longo desses anos, e que culminou na cerimônia na Praça de São Pedro.

Antonia Salzano Acutis, mãe de Carlo Vatican Media)

Sra. Acutis, como a senhora vivenciou as horas que antecederam a Missa de canonização?

Estou feliz porque é certamente o ápice de um caminho que durou muitos anos, durante a qual recebemos tantas surpresas maravilhosas do Carlo. Todos os dias recebemos notícias de milagres e conversões. Portanto, os fiéis certamente ficarão contentes. Estou emocionada, mas também calma, serena, porque esta canonização terá os efeitos que todos os fiéis esperavam. O Carlo tem fiéis em todo o mundo — da China, do Japão, dos Estados Unidos, da América Latina. Estou especialmente feliz por eles. Acredito que o Carlo está tocando tantos corações, tantas vidas, com seu exemplo, com sua fé contagiante, e isso me deixa muito feliz.

Há alguma lembrança específica do seu filho que lhe vem à mente com mais insistência neste momento?

O Carlo deixou tantas lembranças bonitas, sua grande fé, sua grande devoção. Lembro-me de que, quando ele estava organizando a exposição sobre os Milagres Eucarísticos, ele estava preocupado. "Há filas que se estendem por quilômetros em um show, em um jogo de futebol - disse ele - mas eu não vejo essas filas em frente ao Sacrário onde está a vida e a presença real de Cristo."

E eu me lembro dele trabalhando, quando eu estava de férias, até às duas ou três da manhã, e minha mãe, que dormia com ele, dizia: "Mas, Carlo, deixe a Igreja fazer essas coisas!". Mas ele passava todos os verões organizando as coisas. Ele fazia questão de que as pessoas entendessem a importância da Eucaristia. Certamente, a lembrança mais querida que tenho de Carlo é essa generosidade, esse amor pelos outros e, acima de tudo, por Deus.

A imagem de Carlo Acutis na fachada da Basílica de São Pedro   (@Vatican Media)

Como você imagina sua vida a partir de amanhã?

Minha vida de fé será sempre a mesma. A vida é uma caminhada rumo à santidade. Espero que nós também possamos progredir, porque todos somos limitados, estamos em uma jornada, nosso destino é o céu. Mas a vida apresenta obstáculos, fragilidades, temos tantas. Gostaria de ter essas graças suficientes para ajudar a mim e à minha família. Gostaria também de poder seguir esse caminho de santificação. Mas gostaria que todos os devotos de Carlo também recebessem essa graça. Ele serve como uma ponte, uma ponte para chegar a Jesus.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

O que a Igreja diz sobre a ecologia?

O que diz a Igreja sobre a Ecologia? (Opus Dei)

O que a Igreja diz sobre a ecologia?

A preocupação com a preservação da natureza é um dos sinais dos nossos tempos. Este artigo reúne alguns recursos para conhecer melhor a contribuição da Igreja para a visão do cuidado com a criação.

04/09/2025

1. O que diz a Igreja sobre a ecologia?

A preocupação com a preservação da natureza é um dos sinais do nosso tempo, e a reflexão da Igreja sobre o tema aparece de forma significativa na doutrina social da Igreja posterior ao Concílio Vaticano II.

A visão católica, baseada na Bíblia, apresenta a criação do homem como um ser intrinsecamente superior à natureza, sendo esta confiada ao seu domínio com o objetivo de promover o desenvolvimento humano integral. Mas o homem domina em nome de Deus, como guardião da criação divina e, portanto, esse domínio do homem não é absoluto. Deus confiou o mundo à pessoa humana para que o administrasse de maneira responsável, a fim de garantir uma prosperidade integral e sustentável. Assim, as escolhas e ações relacionadas à ecologia (ou seja, o uso do mundo criado por Deus) estão subordinadas à lei moral, assim como todas as outras escolhas humanas.

É importante ter claro que a relação do homem com o mundo é um elemento constitutivo da identidade humana. Trata-se de uma relação que nasce como fruto da união, ainda mais profunda, do homem com Deus (cf. Compêndio da Doutrina Social da Igreja, n. 452). Ao criar o homem, Deus lhe deu a responsabilidade de cuidar da natureza e confiou-lhe a tarefa de contribuir para levar a criação à plenitude por meio de seu trabalho (cf. Gn 1, 26-29).

De fato, a antropologia cristã nos leva a compreender a origem da degradação ecológica: em consequência do pecado original, a relação do homem com a natureza foi prejudicada, pois a experiência demonstra que o desenvolvimento do progresso técnico pode ter consequências negativas para a natureza. Por isso, a Igreja vê na crise ecológica, além de um desafio técnico-científico, um problema moral: o homem esquece o respeito devido à criação e ao Criador. Os cristãos são chamados a trabalhar pelo Reino dos Céus a partir das realidades temporais, convencidos de que quanto mais cresce o nosso poder, maior é a nossa responsabilidade individual e coletiva. Cfr. Gaudium et Spes, 34.

Meditar com São Josemaria

Os ensinamentos de São Josemaria oferecem ideias muito inovadoras para expressar a mensagem cristã com a linguagem da ecologia.

São Josemaria convidava a um amor apaixonado pela criação e pelo mundo, pregando uma espiritualidade orientada para santificar desde dentro todas as estruturas temporais, a fim de levá-las à sua plenitude em Cristo, ponto-chave que ilumina o problema ambiental.

Fala constantemente de devolver à matéria o seu mais nobre e original sentido, considerando “que nuestra fe nos enseña que la creación entera, el movimiento de la tierra y el de los astros, las acciones rectas de las criaturas y cuanto hay de positivo en el sucederse de la historia, todo, en una palabra, ha venido de Dios y a Dios se ordena”. Es Cristo que pasa, El Gran Desconocido, 130.

Tem presente, além disso, o compromisso do homem de continuar entre as criaturas a missão de Jesus: Cristo “trae la salvación, y no la destrucción de la naturaleza; y aprendemos de Él que no es cristiano comportarse mal con el hombre, criatura de Dios, hecho a su imagen y semejanza”. Amigos de Dios, Virtudes humanas, 73.

“Ha querido el Señor que sus hijos, los que hemos recibido el don de la fe, manifestemos la original visión optimista de la creación, el "amor al mundo" que late en el cristianismo. Por tanto, no debe faltar nunca ilusión en tu trabajo profesional, ni en tu empeño por construir la ciudad temporal”. Forja, 703

2. A Ecologia nas Escrituras e nos ensinamentos da Igreja

Já no Gênesis encontramos o ponto central das considerações da Igreja sobre a ecologia: o homem, criado à imagem de Deus, “recebeu o mandamento de dominar a terra na justiça e na santidade” (Gaudium et Spes, 34). Deus confiou assim o cuidado dos animais, das plantas e dos outros elementos naturais ao ser humano. É lícito servir-se deles para fins legítimos, como alimentação, vestuário, trabalho ou pesquisa, sempre dentro de limites razoáveis e com o objetivo de cuidar e salvar vidas humanas (cf. Catecismo da Igreja Católica, 2417). O uso da natureza deve ser sempre acompanhado de respeito, pois o mundo foi criado por Deus, seu único dono, que além disso considerou que tudo era bom.

No Novo Testamento, Jesus vem ao mundo para restabelecer a ordem e a harmonia que o pecado havia destruído. Ao curar a relação do homem com Deus, Jesus Cristo também reconcilia o homem com o mundo. Embora o fim último do homem seja o Reino dos céus, os primeiros frutos desse novo céu e dessa nova terra já se encontram misteriosamente aqui neste mundo. Os cristãos, continuando a obra da salvação, têm a preocupação de aperfeiçoar esta terra, especialmente no que pode contribuir para o progresso da sociedade humana.

Essa postura também foi defendida por grandes santos da Igreja, entre os quais se destacam, por exemplo, São Felipe Neri e São Francisco de Assis (a quem São João Paulo II nomeou padroeiro da ecologia), cuja delicadeza para com a natureza é um exemplo para todos os homens.

A partir do Concílio Vaticano II, todos os Papas exortaram os cristãos a cuidar da criação: Paulo VI celebrou a iniciativa das Nações Unidas de proclamar um Dia Mundial do Meio Ambiente, convidando a uma tomada de consciência sobre este tema. São João Paulo II advertiu tanto sobre a tentação de ver a natureza como um objeto de conquista quanto sobre o perigo de eliminar a “responsabilidade superior do homem”, equiparando a dignidade de todos os seres vivos. Além disso, o Catecismo da Igreja Católica inclui vários pontos sobre o respeito à integridade da criação (2415-2418).

Bento XVI também desenvolveu o tema em sua encíclica Caritas in veritate (n. 48-52), na qual lembra que “a proteção do ambiente, dos recursos e do clima requer que todos os responsáveis internacionais atuem conjuntamente e se demonstrem prontos a agir de boa fé, no respeito da lei e da solidariedade para com as regiões mais débeis da terra”.

Recentemente, o Papa Francisco dedicou um grande esforço à promoção da consciência ecológica, tanto através da sua encíclica Laudato si’, sobre o cuidado da casa comum, como de numerosas intervenções e audiências.

Em resumo, a relação do homem com a natureza interessa à Igreja, assim como lhe interessam todos os aspectos da vida do homem e a sua relação com Deus: A natureza é expressão de um desígnio de amor e de verdade. Precede-nos, tendo-nos sido dada por Deus como ambiente de vida. Fala-nos do Criador (cf. Rm 1, 20) e do seu amor pela humanidade. Está destinada, no fim dos tempos, a ser ‘instaurada’ em Cristo (cf. Ef 1, 9-10; Col 1, 19-20). Por conseguinte, também ela é uma ‘vocação’” (Caritas in veritate, 48). A natureza não é mais importante do que a pessoa humana, mas faz parte do projeto de Deus e, como tal, deve ser protegida e respeitada.

3. A necessidade de um compromisso ecológico

O comportamento dos seres humanos em relação à natureza, de acordo com o exposto anteriormente, deve ser guiado pela convicção de que ela é um dom que Deus colocou em suas mãos.

Por isso, a Igreja convida a ter presente que o uso dos bens da terra constitui um desafio comum para toda a humanidade.

Como a questão ecológica diz respeito a todos, todos devemos nos sentir responsáveis por um desenvolvimento planetário sustentável: trata-se do dever, comum e universal, de respeitar um bem coletivo (cf. Compêndio, n. 466; Caritas in veritate, nn. 49-50).

Essa responsabilidade se estende não apenas às exigências do presente, mas também às do futuro (cf. Compêndio da Doutrina Social da Igreja Católica, n. 467). No final, não se pode falar de desenvolvimento sustentável sem solidariedade intergeracional (cf. Laudato si’, n. 159).

4. Laudato si’ e a ecologia integral

Na Laudato si’, o Papa Francisco aborda temas como as mudanças climáticas, a questão da água, a perda da biodiversidade, a degradação social, a tecnologia, o destino comum dos bens, a globalização, a justiça entre as gerações e o diálogo entre religião e ciência.

Além disso, o Papa nos propõe refletir sobre os diferentes aspectos de uma ecologia integral, que incorpore claramente as dimensões humanas e sociais (cf. Laudato si’, n. 137-162).

Preocupado com a complexa relação entre crise ambiental e pobreza, uma vez que a degradação ambiental afeta principalmente os mais desfavorecidos, o Papa sublinha a necessidade de nos guiarmos por critérios de justiça e caridade nos âmbitos ambiental, social, cultural e econômico.

O Papa Francisco nos convida, enfim, a uma conversão ecológica “que comporta deixar emergir, nas relações com o mundo que os rodeia, todas as consequências do encontro com Jesus. Viver a vocação de guardiões da obra de Deus não é algo de opcional nem um aspecto secundário da experiência cristã, mas parte essencial de uma existência virtuosa” (Laudato si’, n. 217).

Fonte: https://opusdei.org/pt-br/article/o-que-a-igreja-diz-sobre-a-ecologia/

Reflexão para o 23º domingo do Tempo Comum (C)

Evangelho do domingo (Vatican News)

O ponto forte da frase de Jesus, colocada no Evangelho de Lucas não é “carrega a cruz”, mas sim “caminha atrás de mim”, segue-me!

Vatican News

O tema da meditação deste final de semana é a frase do Evangelho de Lucas: “Quem não carrega a sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo”.

Comumente dá-se destaque, ou impressiona-nos mais o “carregar a cruz”. Sobre isso já se escreveu e já se falou muito, ao mesmo tempo que é usado para uma atitude conformista de pensar-se que Deus quer o nosso sofrimento.

Jesus teve sua cruz e eu tenho a minha, a que ele me deu. A isso devo me conformar, isto é, tomar a forma dela, encaixando-me em sua fôrma. Mas será isso que o Senhor da Vida, do Amor pede a mim, seu filho?

Não, não é assim. Deus não quer o nosso sofrimento! O sofrimento não é caminho de salvação. O caminho de salvação é Jesus Cristo. Ele disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade, a Vida!”

Portanto, o ponto forte da frase de Jesus, colocada no Evangelho de Lucas não é “carrega a cruz”, mas sim “caminha atrás de mim”, segue-me!

Seguir Jesus supõe fazer uma opção. Opção por ele, é claro!

Toda opção exige renúncia. É escolher isso ou aquilo. A opção feita irá marcar nossa vida.

Optar por Jesus Cristo significa deixar tudo e colocá-lo, e somente ele, como absoluto da vida. A ele sim, deveremos nos conformar, não no sentido de entrar na fôrma, mas de recuperar nossa essência e caminharmos para a existência plena.

Fomos criados imagem e semelhança de Deus, do Verbo, de Cristo. O homem só será feliz quando recuperar sua vocação, quando voltar às suas origens. Fazer a opção pela Vida, para ser si mesmo e não outro ser, ou seja, ser imagem e semelhança da Verdade, da Vida, do Amor!

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

EXPOSIÇÕES: Uma janela para o mistério

Capa do catálogo da exposição Milagres Eucarísticos e Raízes Cristãs da Europa, Edizioni Studio Domenicano, Bolonha 2005, 527 pp. | 30Giorni

Arquivo 30Dias nº 10 - 2005

Uma janela para o mistério

Uma exposição dedicada aos milagres eucarísticos na Basílica de San Carlo al Corso em Roma.

por Giovanni Ricciardi

Um coração firme, somente a sinceridade, a fé basta . As palavras da Pange lingua de São Tomás de Aquino são diretas e simples: para um coração confiante, somente a fé basta para dar a certeza de que, sob as espécies do pão e do vinho, Jesus está presente. No entanto, essa simplicidade de fé parece quase contraposta pela dúvida do outro Tomé, o apóstolo, que queria ver e tocar Jesus para crer. Mas também a pergunta do cético encontra uma resposta: o Senhor permite que Tomé toque com suas próprias mãos a realidade de seu corpo ressuscitado.

Este também foi o caso com a presença eucarística na história da Igreja: a fé da Igreja sempre reconheceu a presença real de Jesus no Sacramento: mas, em certas circunstâncias particulares, o Senhor concedeu uma experiência tangível da realidade de sua presença no pão e no vinho consagrados. Estes são os milagres eucarísticos, desde os mais famosos, como os de Bolsena e Lanciano, até os menos conhecidos. No final do Ano da Eucaristia, uma bela exposição ( Milagres Eucarísticos , 15 de outubro a 13 de novembro de 2005), realizada no porão recentemente reformado da Basílica de San Carlo al Corso, em Roma, visa coletar e documentar todos esses eventos milagrosos, aproximadamente oitenta, que ocorreram em diferentes partes do mundo e em vários momentos da história: do mais antigo, realizado em Roma em 595, na presença do Papa Gregório Magno, ao mais recente, em 2001, na distante Índia, o mesmo lugar onde o apóstolo Tomé havia chegado, dois mil anos atrás, para proclamar o Evangelho. Cada milagre é ilustrado com imagens, documentos e testemunhos, e comentado com passagens de Padres e Doutores da Igreja, santos e beatos da era moderna, trechos de encíclicas e discursos de papas recentes. A exposição também inclui imagens e citações do Catecismo, adequadas para crianças.

Descrença, dúvida, reparação por um ultraje, uma resposta avassaladora à fé de alguém: os motivos recorrentes subjacentes aos milagres eucarísticos são quase sempre semelhantes, da Itália às Américas, da Bélgica à distante ilha da Reunião, no sul da África, abrangendo todas as épocas e climas. Às vezes, são tão extraordinários que se destacam por sua singularidade. Como o que ocorreu em Tumaco, Colômbia, em 31 de janeiro de 1906. Na costa oeste do Pacífico, a terra tremeu terrivelmente às 10h. Os moradores correram para a igreja para pedir aos missionários que organizassem uma procissão imediatamente. O pároco, Padre Gerardo Larrondo de San José, viu imediatamente que a situação era grave. O mar estava visivelmente subindo e, em poucos minutos, o maremoto teria submergido tudo, como o tsunami de dezembro passado. Correu até o tabernáculo, consumiu todas as hóstias contidas no cibório, pegou o ostensório, colocou a grande hóstia nele e imediatamente começou a se mover em direção ao mar: "Vamos, meus filhos, vamos todos à praia, e que Deus tenha misericórdia de nós." O milagre teve uma ressonância extraordinária. Quando a onda de quinze metros de altura estava prestes a liberar sua força aterradora sobre o continente, o padre ergueu o Santíssimo Sacramento. O movimento da água diminuiu, a onda roçou o ostensório, quase o beijando, abraçou o padre até a cintura e recuou em direção ao mar, como o lobo domado por Francisco. Um acontecimento verdadeiramente incrível, se não tivesse sido vivenciado e testemunhado pelo povo de um país inteiro enquanto o tsunami devastava as costas da América por centenas de quilômetros.

As palavras de Santo Antônio de Pádua, colocadas em outro painel, quase parecem um comentário sobre este acontecimento excepcional: "Todos os dias, nós, sacerdotes, oferecemos Jesus Cristo no Sacramento do Altar a Deus Pai, para que Ele nos obtenha o perdão dos nossos pecados. Nós, sacerdotes, fazemos o que uma mulher faz quando o marido furioso quer bater nela: ela pega o filho nos braços, levanta-o e, apresentando-o ao pai furioso, grita: 'Bata, bata nesta criança inocente!'" O menino, desatando a chorar, implora por misericórdia para sua mãe. O pai, comovido pelas lágrimas do filho que mais ama, perdoa a sua esposa… Assim, no Sacrifício do altar ao Pai celeste, irado conosco pelas nossas iniquidades, apresentamos Jesus Cristo, seu Filho, como penhor de reconciliação, confiantes de que, se não por nós, pelo menos por Ele, que lhe é tão querido, nos poupará os castigos que merecemos e será generoso no perdão, lembrando-se das suas lágrimas, das suas preocupações, dos seus sofrimentos».

Em destaque no itinerário de São Carlos está uma reprodução do afresco de Girolamo Tessari, ilustrando o milagre eucarístico do Santo de Pádua; a mula do herege Bonovillo, mantida sem alimento por três dias, recusa a forragem de seu dono e se ajoelha diante da Eucaristia. Era 1227, e na Piazza Grande de Rimini, Antônio havia aceitado a aposta de seu adversário para demonstrar aos cátaros a verdade da presença real de Jesus Cristo na hóstia consagrada. "Todo joelho se dobre, no céu, na terra e debaixo da terra" diante de Jesus, escreve São Paulo. Antônio, fazendo suas essas palavras, dirigiu-se imperiosamente ao animal: "Pelo poder e em nome do teu Criador, que eu, indigno como sou, tenho em minhas mãos, eu te digo e te ordeno: aproxima-te depressa e presta homenagem ao Senhor com o devido respeito." Antônio havia aprendido de Francisco uma profunda devoção à Eucaristia. E Francisco lhe ensinara a estendê-lo também aos sacerdotes, que, por assim dizer, carregam este Mistério em suas mãos: "Peço-te que, humilde mas insistentemente, implores aos homens da Igreja que honrem acima de tudo no mundo o Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Seu Nome e as palavras com as quais o Seu Corpo é consagrado. Mesmo que os sacerdotes pequem, não quero considerar pecado neles, pois neles reconheço o Filho de Deus."

Acima, uma imagem da exposição | 30Giorni

O primeiro milagre eucarístico da história ocorreu na Basílica de São Pedro, num domingo do ano 595, enquanto o Papa Gregório Magno celebrava a missa. Uma das nobres romanas que preparara o pão para a celebração caiu na gargalhada no momento da comunhão: "Trouxe de casa este pedaço de pão. Amassei-o com as minhas próprias mãos, e a senhora o oferece a mim como Corpo de Cristo?" O Papa recusou-lhe a comunhão e pediu aos fiéis que rezassem por aqueles que duvidavam da Presença Real. Aquele pão, mesmo em sua aparência, transformou-se em carne e sangue, e a mulher prostrou-se para adorá-lo. Em comentário, os painéis da exposição citam apropriadamente as palavras da encíclica Mysterium fidei de Paulo VI : "A maneira como Cristo está presente à Sua Igreja no sacramento da Eucaristia é bem diferente, verdadeiramente sublime. Este sacramento é, portanto, 'deleitoso para a devoção, belo para o intelecto e santo em seu conteúdo'; contém o próprio Cristo e é 'como se fosse a perfeição da vida espiritual e o objetivo de todos os sacramentos'. Esta presença é chamada de 'real' não por exclusão, como se as outras não fossem 'reais', mas por definição, porque é também corpórea e substancial, e em virtude dela Cristo, Deus-homem, torna-se presente inteiramente. Cristo não se torna presente neste sacramento exceto pela conversão de toda a substância do pão no Corpo de Cristo e de toda a substância do vinho em Seu Sangue; uma conversão singular e maravilhosa que a Igreja Católica, com razão e propriedade, chama de transubstanciação."

Para concluir, remetemos à publicação do volume com o conteúdo e as imagens da exposição, editado pela Edizioni Studio Domenicano, editado por Sergio Meloni e pelo Istituto San Clemente I Papa e Martire. Menciona-se também, entre outras coisas, os místicos que, durante anos, se alimentaram apenas da Eucaristia. São casos excepcionais. Mas há um milagre, entre muitos, ligado ao primeiro preceito geral da Igreja de assistir à missa aos domingos. Num dia de inverno de 1300, ano do primeiro Jubileu, a caminho de Santiago de Compostela, o vento e a neve tornaram quase impossível o acesso à igreja de um mosteiro situado no topo do Monte Cebreiro, na Galiza. O monge beneditino que iniciava a missa pensou que ninguém ousaria desafiar os elementos para subir até lá num domingo tão rigoroso. E quando um camponês, que havia viajado vários quilômetros sob a nevasca, apareceu no fundo da igreja vazia, sacudindo a neve e tremendo de frio, o padre riu interiormente da boa vontade daquele homem que insistia em não faltar à missa dominical a todo custo. Assim, apenas duas testemunhas do milagre: a primeira recebeu a misericórdia por seu orgulho; a segunda, a recompensa por obedecer humildemente ao preceito da Igreja.

Fonte: https://www.30giorni.it/

Papa: os santos Frassati e Acutis convidam a não desperdiçar a vida, mas a fazer dela uma obra-prima

Santa Missa com canonização a Angelus, 7 de setembro de 2025 (Vatican Media)

"Os santos Pier Giorgio Frassati e Carlo Acutis são um convite dirigido a todos nós – especialmente aos jovens – a não desperdiçar a vida, mas a orientá-la para cima e a fazer dela uma obra-prima", disse Leão XIV ao presidir sua primeira santa missa com o rito de canonização.

https://youtu.be/WWfQp0Rv2Eg

Bianca Fraccalvieri - Vatican News

Carlo Acutis e Pier Giorgio Frassati são santos! Os primeiros do pontificado do Papa Leão XIV.

O Santo Padre surpreendeu a todos saudando os cerca de 80 mil fiéis presentes na Praça São Pedro antes do início da cerimônia: "Irmãos e irmãs, hoje é uma belíssima festa para toda a Itália, para toda a Igreja e para todo o mundo. E antes de começar, gostaria de saudá-los e dizer uma palavra, porque, se de um lado a celebração é muito solene, de outro é um dia de muita alegria". O Papa ficou impressionado com a quantidade de jovens. "É realmente uma bênção", afirmou. "Nós nos preparamos para esta celebração com a oração, com o coração aberto desejosos de receber esta graça do Senhor, e sentimos todos no coração a mesma coisa que Pier Giorgio e Carlo viveram: este amor por Jesus Cristo, sobretudo na Eucaristia, mas também nos pobres, nos irmãos e irmãs. Todos vocês, todos nós, somos chamados a ser santos."

Papa saúda os fiéis antes do início da missa   (@Vatican Media)

A solene celebração eucarística com o rito de canonização teve início com a "Petitio" (Petição), em que o prefeito do Dicastério das Causas dos Santos, card. Marcello Semeraro, acompanhado dos postuladores, pediu ao Santo Padre que inscrevesse os dois beatos no Álbum dos Santos. Na sequência, o cardeal apresentou brevemente as duas biografias e foi entoada a Ladainha dos Santos. Depois, o Pontífice leu a fórmula de canonização, estabelecendo que "em toda a Igreja eles sejam devotamente honrados entre os santos". Neste momento, foi oferecido o incenso para a veneração das relíquias.

As relíquias dos dois santos   (@Vatican Media)

A Santa Missa prosseguiu com a Liturgia da Palavra. Na homilia, o Papa Leão comentou as leituras do dia, cuja mensagem principal é uma advertência a não desperdiçar a vida fora do projeto de Deus, um convite a aderir sem hesitação à aventura que o Senhor nos propõe, despojando-nos de nós mesmos, das coisas e ideias às quais estamos apegados, para nos colocarmos à escuta da sua palavra.

"Muitos jovens, ao longo dos séculos, tiveram de enfrentar esta encruzilhada na vida", comentou o Pontífice, citando São Francisco de Assis. E como ele, muitos outros. "Às vezes, nós os retratamos como grandes personagens, esquecendo que tudo começou para eles quando, ainda jovens, responderam 'sim' a Deus e se entregaram totalmente a Ele, sem guardar nada para si mesmos."

Jovens apaixonados por Jesus

O Papa convidou a olhar para São Pier Giorgio Frassati, um jovem do início do século XX, e São Carlo Acutis, um adolescente dos nossos dias, "ambos apaixonados por Jesus e prontos a dar tudo por Ele". E discorreu brevemente sobre cada um:

"Pier Giorgio encontrou o Senhor através da escola e dos grupos eclesiais e testemunhou-O com a sua alegria de viver e de ser cristão na oração, na amizade, na caridade. Ainda hoje, a vida de Pier Giorgio representa uma luz para a espiritualidade leiga. Para ele, a fé não era uma devoção privada: impulsionado pela força do Evangelho e pela pertença a associações eclesiais, comprometeu-se generosamente na sociedade, deu o seu contributo à vida política, dedicou-se com ardor ao serviço dos pobres."

"Carlo, por sua vez, encontrou Jesus na família, graças aos seus pais, Andrea e Antonia – presentes aqui hoje com os dois irmãos, Francesca e Michele –, depois também na escola, e sobretudo nos sacramentos, celebrados na comunidade paroquial. Assim, cresceu integrando naturalmente nas suas jornadas de criança e adolescente a oração, o desporto, o estudo e a caridade."

Leão XIV lê a fórmula de canonização   (@Vatican Media)

Façamos da nossa vida uma obra-prima!

Ambos, Pier Giorgio e Carlo, cultivaram o amor a Deus e aos irmãos através de meios simples, ao alcance de todos: a Santa Missa diária, a oração, especialmente a Adoração Eucarística. Essencial para eles era a Confissão frequente. Ambos, finalmente, tinham uma grande devoção pelos santos e pela Virgem Maria, e praticavam generosamente a caridade. Quando a doença os atingiu e ceifou as suas jovens vidas, nem mesmo isso os impediu de amar, de se oferecerem a Deus, de bendizê-Lo e de orar por si próprios e por todos. 

"Queridos, os santos Pier Giorgio Frassati e Carlo Acutis são um convite dirigido a todos nós – especialmente aos jovens – a não desperdiçar a vida, mas a orientá-la para cima e a fazer dela uma obra-prima. Eles encorajam-nos com as suas palavras: «Não eu, mas Deus», dizia Carlo. E Pier Giorgio: «Se tiveres Deus no centro de todas as tuas ações, então chegarás até ao fim». Esta é a fórmula simples, mas vencedora, da sua santidade. E é também o testemunho que somos chamados a seguir, para saborear a vida até ao fim e ir ao encontro do Senhor na festa do Céu", concluiu o Pontífice.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

sábado, 6 de setembro de 2025

Rico e santo: empresário é reconhecido por virtudes heróicas

Acdeano | Public Domain

Larry Peterson - publicado em 12/05/21

Enrique Shaw foi um pai e empresário que queria levar o mundo dos negócios a Jesus Cristo.

Enrique Ernesto Shaw nasceu em 26 de fevereiro de 1921, em Paris, França. Ele era um dos dois filhos de pais argentinos, Alejandro Shaw e Sara Tornquist Altgelt. A família voltou para a Argentina em 1923. Infelizmente, Sara faleceu em 1925. Antes de morrer, ela fez o marido prometer que confiaria a educação religiosa do menino a um padre Sacramentino. O pai de Enrique manteve sua promessa.

Enrique foi matriculado no Colégio de La Salle em Buenos Aires. Ele não foi apenas um aluno notável, mas sua profunda fé religiosa se destacou. Ele participava da missa todos os dias e recebia a sagrada comunhão.

Enrique desejava ingressar na Escola Militar Naval. Seu pai objetou, mas Enrique persistiu e, aos 14 anos, começou seu treinamento como cadete naval. Seu campo de treinamento era o mar bravio do Atlântico Sul. Foi ali que ele treinou como oficial da Marinha e realizou trabalho apostólico, dando continuamente um poderoso testemunho de fé. Ele estava entre os três primeiros de sua classe e se tornou o mais jovem da escola a se formar.

Leitor ávido que absorvia livro após livro desde muito jovem, Enrique nunca encontrava seu tema favorito. Ele havia lido livros sobre política, filosofia, história e ciência. Finalmente, aos 16 anos, ele pegou um livro sobre a Doutrina Social da Igreja. Foi quando ele soube que havia encontrado o tema que buscava. Ele chamou esse momento de sua “conversão”.

Enrique e alguns amigos tinham ido a Buenos Aires algumas vezes quando receberam licença. Foi numa dessas visitas que conheceu Sara. Eles se apaixonaram e se casaram em 23 de outubro de 1943. Eles teriam nove filhos juntos, sendo um deles sacerdote. Enrique ensinou-lhes toda a importância do Rosário e fez questão de levá-los à igreja todas as semanas. Ele deu um excelente exemplo como pai católico.

No final da Segunda Guerra Mundial, Enrique iniciou seu negócio. Em 1952, ele estabeleceu a Associação Cristã de Executivos de Negócios. Ele fez isso com a ajuda do arcebispo Joseph Cardijn, da Bélgica, que mais tarde se tornaria cardeal. Enrique também se tornou um escritor prolífico, publicando muitos livros que tratam da justiça e da honra no local de trabalho. Promoveu intensa evangelização voltada para a classe empresarial na Argentina e na América Latina.

Enrique Shaw foi um dos fundadores do Movimento da Família Cristã na Argentina e foi presidente da Ação Católica Argentina. Ele também estabeleceu entre suas iniciativas empresariais um fundo de pensão, um plano de saúde e ajuda financeira em caso de doença e parto.

Em 1957, Enrique foi diagnosticado com câncer. Sua atividade de trabalho limitava-se a falar em conferências e escrever. Ele era tão admirado pelos trabalhadores que em 1962, quando estava chegando ao fim de sua vida, 260 trabalhadores apareceram no hospital para doar sangue para uma transfusão que salvou sua vida. Enrique diria o quão feliz ele estava pelo fato do sangue de seus trabalhadores correr em suas veias. Ele morreu em 27 de agosto de 1962, com apenas 41 anos.

Em 24 de abril de 2021, o Papa Francisco declarou Enrique Ernesto Shaw um homem de “virtudes heróicas”, elevando-o ao título de Venerável. O Papa já conhece a trajetória deste santo homem, tendo sido o arcebispo encarregado de supervisionar a etapa diocesana de seu processo de beatificação, em Buenos Aires.

Em uma entrevista em 2015, o Papa disse sobre ele: “Enrique Shaw era rico, mas santo. Uma pessoa pode ter dinheiro. Deus concede para que o administre bem, e este homem administrou bem.”

A filha de Enrique, falando com Aleteia sobre o reconhecimento das virtudes heróicas, disse que isso a encheu de paz. “Porque desde que ele morreu, eu já pensava que ele era um santo. Não é uma surpresa. É maravilhoso saber que sua vida ficará registrada, tudo o que ele fez, e isso será compartilhado. Ele não pertencerá apenas à nossa família.”

“Meu pai não fez muitas coisas extraordinárias”, refletiu ela. Ele simplesmente "valorizava e amava muito seus filhos.”

Venerável Enrique Shaw, rogai por nós.

Fonte: https://pt.aleteia.org/2021/05/12/rico-e-santo-empresario-e-reconhecido-por-virtudes-heroicas/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF