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terça-feira, 21 de setembro de 2021

Campanha de oração do terço com crianças recorda Ano de São José

Campanha “Um Milhão de Crianças Rezam o Terço pela Paz”.
Crédito: Fundação ACN

REDAÇÃO CENTRAL, 21 set. 21 / 09:55 am (ACI).- A Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) promove no dia 18 de outubro a iniciativa anual de oração “Um Milhão de Crianças Rezam o Terço pela Paz”. Neste ano, a campanha recorda o Ano de São José convocado pelo papa Francisco e convida as crianças e jovens a pedirem a intercessão do santo. “A campanha, nesta edição, incentivará as crianças a rezarem ‘de mãos dadas com Nossa Senhora e sob a proteção de São José’”, disse o presidente internacional da ACN, cardeal Mauro Piacenza.

“Este ano a iniciativa gira em torno de São José, com citações da Carta Apostólica Patris corde (com coração de Pai), escrita pelo papa Francisco para marcar o Ano de São José no 150º aniversário de sua proclamação como Padroeiro Universal da Igreja, ano jubilar que se conclui no dia 8 de dezembro deste ano”, afirmou o cardeal. Para ele, São José é um “grande exemplo” a todos “de como Deus pode tornar todas as coisas boas através da nossa oração, da fidelidade e obediência à Sua Palavra”.

Também para fazer referência ao Ano de São José, uma imagem do santo foi colocada ao lado da de Nossa Senhora nos cartazes da campanha, além de uma oração adicional a São José, que o papa Francisco reza todos os dias.

Segundo a ACN, além das crianças, famílias, escolas, comunidades e paróquias são convidadas a fazer parte da campanha de oração pela paz e a unidade em todo o mundo. “A fome, a pobreza, a corrupção, o terrorismo, a profanação da vida humana e a destruição da criação afetam milhões de pessoas”, disse o cardeal Piacenza. Em resposta, afirmou que é importante a oração, especialmente a das crianças, na intercessão pela “salvação de Deus para o mundo”.

No Brasil, o assistente eclesiástico da ACN, frei Rogério Lima, rezará o terço em uma live com as crianças, no dia 18 de outubro, transmitida às 15 horas no canal da ACN no Youtube e também pelo Facebook.

As origens da campanha de oração “Um Milhão de Crianças Rezam o Terço” remontam ao ano de 2005. Na época, um grupo de crianças rezava o terço em um santuário na capital venezuelana, Caracas. Alguns adultos viram e se lembraram das palavras de São Pio de Pietrelcina, que disse: “Quando um milhão de crianças rezarem o Terço, o mundo mudará”. Desde então, a campanha se espalhou pelo mundo.

No ano passado, a campanha bateu todos os recordes. Foi confirmada no site da ACN a participação de crianças de 136 países, incluindo Brasil, Síria, Iraque, México, Armênia, Papua Nova Guiné, Nigéria e República Democrática do Congo. No total, foram mais de 509 mil crianças.

O site da ACN oferece material gratuito para quem reza em paróquias, escolas, grupos infantis e famílias. Como acontece todos os anos, o kit de orações gratuito contém instruções sobre como rezar o terço. Há também pequenas meditações para as crianças sobre os mistérios do rosário e um ato de consagração a Nossa Senhora para as crianças, além de ilustrações para colorir e um passo a passo de como montar uma dezena do terço de macramê. O material pode ser acessado AQUI.

Esta é a oração a São José que o papa Francisco reza todos os dias: Glorioso Patriarca São José, cujo poder consegue tornar possíveis as coisas impossíveis, vinde em minha ajuda nestes momentos de angústia e dificuldade. Tomai sob a vossa proteção as situações tão graves e difíceis que Vos confio, para que obtenham uma solução feliz. Meu amado Pai, toda a minha confiança está colocada em Vós. Que não se diga que eu Vos invoquei em vão, e dado que tudo podeis junto de Jesus e Maria, mostrai-me que a vossa bondade é tão grande como o vosso poder. Amém.

Fonte: https://www.acidigital.com/

O Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização

Dom Rino Fisichella, Presidente do Pontifício Conselho para a Nova 
Evangelização | Vatican News

Os Dicastérios da Santa Sé narrados a partir de dentro: história, objetivos e o "balanço de missão”: como funcionam as estruturas que sustentam o ministério do Papa. Entrevista com o presidente, o arcebispo Dom Rino Fisichella.

Gabriella Ceraso – Vatican News

Este Dicastério é uma estrutura destinada ao anúncio, missionária em suas raízes por desejo dos Papas. O Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização nasceu com Bento XVI e foi ampliado, em suas responsabilidades, por Francisco. Em um decênio de vida, percorreu vários caminhos para levar, de modos diferentes, o Evangelho aos centros e periferias da humanidade. O Domingo da Palavra de Deus, o Jubileu da Misericórdia, o Dia Mundial dos Pobres são apenas a ponta de um "iceberg" apostólico, que conta com um grupo de trabalho reduzido e um balanço de missão que segundo cifras oficiais da Santa Sé, em 2021, faz parte do orçamento de 21 milhões distribuídos, em geral, para trinta Dicastérios e instituições do Vaticano. O presidente do Pontifício Conselho, Dom Rino Fisichella, que o dirige desde a sua instituição, explica como funciona e as suas realizações.

Dom Rino Fisichella durante a entrevista | Vatican News

O Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, fundado por Bento XVI, em setembro de 2010, é um dos Dicastérios mais jovens da Cúria Romana. Qual o balanço que pode ser feito, nesta sua primeira década de vida, e quais as suas prioridades para o futuro imediato?

Segundo seu motu próprio de fundação “Ubicumque et sempre” de Bento XVI, as prioridades deste Pontifício Conselho se concentram em apoiar a reflexão sobre os temas da nova evangelização e, sobretudo, em individuar e promover as formas e os instrumentos para seu cumprimento. Com a eleição do Papa Francisco, o Dicastério assumiu e enfrentou os novos desafios anunciados na sua Exortação Apostólica “Evangelii gaudium”. Durante seu primeiro decênio de vida, o Pontifício Conselho recebeu várias competências adicionais, que especificaram a sua ação. Em particular, em 2013, com o motu proprio “Fides per doctrinam”, teve mais competência sobre a catequese e, em 2017, com o motu próprio “Sanctuarium in ecclesia” sobre os Santuários. Do mesmo modo, foram confiadas ao Pontifício Conselho algumas iniciativas, que se tornaram habituais em toda a Igreja universal, como as 24 horas para o Senhor, o Dia Mundial dos Pobres e o Domingo da Palavra de Deus. Enfim, durante estes dez anos, foi confiado a este Dicastério a organização do Ano da Fé (2012-2013) e do Jubileu Extraordinário da Misericórdia (2015-2016). Estas competências, bem como os eventos, ressaltaram, ainda mais, os desafios e as atenções da Igreja em relação à nova evangelização e, também do próprio Dicastério, que, vez por outra, tenta animar mais a comunidade cristã, para que tome consciência da obra de evangelização, sem, no entanto, deixar de levar em conta o contexto cultural, em particular, do Ocidente, que passa por uma mudança significativa, com consequências até para a fé”.

O logotipo do Jubileu da Misericórdia | Vatican News

As limitações impostas pela pandemia estão também mudando as formas de anunciar a mensagem do Evangelho. De que modo esta situação de emergência influi sobre a atividade do Dicastério? Neste sentido, qual o papel dos novos meios de comunicação e das plataformas sociais?

“Neste último ano, as iniciativas e atividades do Dicastério tiveram que enfrentar esta pandemia. O Dicastério pôde constatar a vontade de tornar, ainda mais eficaz, o anúncio do Evangelho. De fato, fomos testemunhas das muitas iniciativas da nova evangelização, compatíveis com as normas de saúde. As redes sociais e as várias plataformas desempenharam um grande papel, pois permitiram a realização de encontros e conferências on-line. Cientes de que o anúncio do Evangelho não pode e não deve prescindir do encontro pessoal, não podemos deixar de reconhecer que o desafio digital, hoje, é um dos maiores da nova evangelização, cujos desenvolvimentos inevitáveis foram acelerados por este período. Pessoalmente, pude intervir em muitas conferências on-line, organizadas em todo o mundo, que contaram com a participação de muitas pessoas (às vezes, até mais de mil), que possibilitaram, depois, muitíssima visualizações, o que, talvez, não teria acontecido em presença”.

Reunião dentro do Dicastério | Vatican News

Saber falar de Deus aos homens, na era digital, é um dos desafios mais urgentes para a Igreja. Quais as indicações dadas, a este respeito, pelo Diretório para a Catequese, publicado no ano passado pelo Dicastério?

“O Diretório para a Catequese dedica vários capítulos da relação com a cultura digital (359-372). Para compreender, plenamente, este desafio, deve-se entender, primeiro, que ela é bem mais complexa do que a mera presença da Igreja na internet. Pensar de estar atualizado com os tempos, só porque uma diocese ou paróquia tem a sua própria página na web, é uma ilusão, da qual devemos manter distância. A presença no mundo da internet, certamente, é um fato positivo, mas a cultura digital vai bem mais além. Ela toca, na raiz, a questão antropológica, decisiva em todo contexto formativo, como o da verdade e da liberdade. A questão que o Diretório se coloca, a este respeito, não é como usar as novas tecnologias para evangelizar, mas como se tornar uma presença evangelizadora no continente digital. A catequese, certamente, precisa conhecer o poder deste instrumento e usar todas as suas potencialidades e positividades, com a consciência, porém, de que ela não pode apenas lançar mão do uso de instrumentos digitais, mas oferecendo espaços efetivos de experiências de fé. Neste novo contexto, portanto, a tarefa da catequese é favorecer o acompanhamento e a experiência de Deus para dar sentido à existência. Na verdade, a transmissão da fé baseia-se em experiências autênticas, que se transformam em testemunho para dar sentido à vida”.

Dentro da sede do Dicastério | Vatican News

Qual é a estrutura atual do Pontifício Conselho e como se articula seu serviço? Quais os custos e em que medida o orçamento econômico corresponde ao "balanço" da missão confiada ao Dicastério?

“O Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização é dirigido por um Presidente, que conta com um Secretário. Depois, há um Subsecretário, um Chefe de escritório e os Funcionários, aos quais são confiados os âmbitos do Dicastério, divididos em línguas e competências. A seção da Catequese tem um Delegado especial, enquanto outra pessoa é encarregada da secretaria técnica. É óbvio que o orçamento do Dicastério providencia às necessidades mais imediatas, enquanto a grande generosidade dos benfeitores permite realizar várias iniciativas, sobretudo, as orientadas à Semana para a celebração do Dia Mundial dos Pobres”.

Balanço de missão dos Dicastérios | Vatican News

"Ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo", escreveu São Jerônimo. À luz desta advertência, a celebração do Domingo da Palavra – instituído, há dois anos, pelo Papa Francisco e confiado ao Pontifício Conselho - pode contribuir para favorecer uma maior familiaridade do povo de Deus com os textos sagrados?

Com o motu próprio “Aperuit illis”, de 2019, o Papa Francisco instituiu o Domingo da Palavra de Deus, a ser celebrado no III Domingo do Tempo Comum, precisamente para que a comunidade cristã se concentre no grande valor que a Palavra de Deus tem na sua existência diária. Com esta iniciativa, o Papa quis responder aos muitos pedidos do povo de Deus, para que, em toda a Igreja, este Domingo da Palavra de Deus pudesse ser celebrado com certo impacto, em analogia com a festa do Corpus Christi, dedicada à Eucaristia. O Domingo da Palavra de Deus é visto, portanto, como uma iniciativa pastoral da nova evangelização, com o objetivo de reavivar a responsabilidade que os fiéis têm de conhecer a Sagrada Escritura e mantê-la viva, através de uma obra de transmissão e compreensão permanentes, capaz de dar sentido à vida da Igreja nas várias situações. Este Domingo, portanto, pode ser uma ocasião para refletir e encarnar a Bíblia na vida diária. Cada comunidade cristã encontra os meios mais adequados para fazer isso, através de iniciativas específicas, entre as quais, atenção particular à liturgia, à lectio, e outros momentos de aprofundamento da Sagrada Escritura. Por parte do Dicastério começa, agora, o compromisso concreto de apoiar as Conferências Episcopais, para que a inovação desejada pelo Papa Francisco, sobre o ministério do Leitorado, encontre maior resposta e atenção.

Nova Evangelização: subsídio criado pelo Dicastério | Vatican News

Concretamente, o Dia Mundial dos Pobres convida todos os anos, desde 2017, a partir o pão da Palavra e da caridade, sobretudo, com os que são vítimas da "cultura do descarte". Quanto ainda falta para chegar àquela "Igreja pobre para os pobres", que o Papa Francisco desejou logo depois da sua eleição?

Em sua Carta “Misericordia et misera”, na conclusão do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, o Papa afirmava: “Intuí que, como sinal concreto deste Ano Santo extraordinário, devemos celebrar, em toda a Igreja, no XXXIII Domingo no Tempo Comum, o Dia Mundial dos Pobres. Esta poderia ser uma preparação digna para a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, que se identificou com os pequeninos e os pobres e nos julgará pelas nossas obras de misericórdia”. Este Dia poderia ajudar as comunidades e todos os batizados a um maior compromisso, porque, até quando Lázaro bater à porta das nossas casas, não poderá haver justiça e paz social. Este Dia poderá ser também um meio genuíno de nova evangelização, que renova o rosto da Igreja, em sua perene obra de conversão pastoral, para ser testemunha da misericórdia”. No próximo mês de novembro será o quinto Dia Mundial dos Pobres, será celebrado com muitas iniciativas, em todo o mundo, mas, acima de tudo, com uma renovada consciência de dar mais atenção a estas pessoas, que, tantas vezes, são vítimas da "cultura do descarte", além da consciência de que, precisamente eles, os pobres, nos evangelizam. Esta dimensão de reciprocidade está representada no logotipo escolhido para aquele Dia: uma porta aberta e duas pessoas na soleira; ambas estendem a mão: uma pedindo ajuda e a outra dando a sua ajuda. Na verdade, é difícil saber quais das duas representa o verdadeiro pobre, ou melhor, ambas são pobres; aquela que estende a mão para entrar, pede partilha; a que estende a mão para ajudar, é convidada a sair para partilhar. Cada uma das mãos estendidas oferece alguma coisa; os dois braços expressam solidariedade e convidam a não ficar na soleira, mas ir aos encontro do outro. O caminho a ser percorrido, obviamente, é muito longo, mas o Dia Mundial dos Pobres está ajudando, certamente, a Igreja a caminhar nesta direção.

Momento de oração do Angelus - sede do Dicastério Vatican News

Há seis anos, ao proclamar o Jubileu extraordinário, com a bula “Misericordiae vultus”, o Pontífice instituiu a figura dos “missionários da misericórdia”. Qual o papel deles e quais tarefas desempenham hoje?

Ao convocar o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, com a bula “Misericordiae vultus”, o Papa Francisco instituía os “Missionários da Misericórdia”, os sacerdotes, aos quais deu autoridade para perdoar aqueles pecados que são reservados ao Sumo Pontífice, para valorizar a amplidão do seu mandato. Os Missionários são, sobretudo, sinais vivos de como o Pai acolhe os que buscam perdão. O mandato dos Missionários da Misericórdia foi, depois, estendido para além do Jubileu. Com isso o Papa quis dizer que a sua ação pastoral torna visível que Deus não impõe nenhum limite aos que o buscam com o coração arrependido, porque vai ao encontro de todos como Pai, sobretudo, no sacramento da Reconciliação. Hoje, os Missionários são cerca de mil: sacerdotes e religiosos que, em todo o mundo e em seus respectivos contextos, - através do ministério da confissão, de encontros espirituais e da pregação - promovem e levam a experimentar a grande misericórdia de Deus. Quase todos os dias, chegam cartas que os Missionários enviam ao Pontifício Conselho, falando da sua ação e das tantas pessoas e sacerdotes que precisam, realmente, experimentar o perdão de Deus em suas vidas.

O sino do Jubileu da Misericórdia | Vatican News

Fonte: https://www.vaticannews.va/

São Mateus

S. Mateus | arquisp
21 de setembro

SÃO MATEUS, APÓSTOLO E EVANGELISTA

No tempo de Jesus Cristo, na época em que a Palestina era apenas uma província romana, os impostos cobrados eram onerosos e pesavam brutalmente sobre os ombros dos judeus. A cobrança desses impostos era feita por rendeiros públicos, considerados homens cruéis, sanguessugas, verdadeiros esfoladores do povo. Um dos piores rendeiros da época era Levi, filho de Alfeu, que, mais tarde, trocaria seu nome para Mateus, o "dom de Deus". Um dia, depois de pregar, Jesus caminhava pelas ruas da cidade de Cafarnaum e encontrou com o cruel Levi. Olhou-o com firmeza nos olhos e disse: "Segue-me". Levi, imediatamente, levantou-se, abandonou seu rendoso negócio, mudou de vida, de nome e seguiu Jesus.

Acredita-se, mesmo, que tal mudança não tenha realmente ocorrido dessa forma, mas sim pelo seu próprio e espontâneo entusiasmo no Messias. Na verdade, o que se imagina é que Levi havia algum tempo cultivava a vontade de seguir as palavras do profeta e que aquela atitude tenha sido definitiva para colocá-lo para sempre no caminho da fé cristã.

Daquele dia em diante, com o nome já trocado para Mateus, tornou-se um dos maiores seguidores e apóstolos de Cristo, acompanhando-o em todas as suas caminhadas e pregações pela Palestina. São Mateus foi o primeiro apóstolo a escrever um livro contando a vida e a morte de Jesus Cristo, ao qual ele deu o nome de Evangelho e que foi amplamente usado pelos primeiros cristãos da Palestina. Quando o apóstolo são Bartolomeu viajou para as Índias, levou consigo uma cópia.

Depois da morte e ressurreição de Jesus, os apóstolos espalharam-se pelo mundo e Mateus foi para a Arábia e a Pérsia para evangelizar aqueles povos. Porém foi vítima de uma grande perseguição por parte dos sacerdotes locais, que mandaram arrancar-lhe os olhos e o encarceraram para depois ser sacrificado aos deuses. Mas Deus não o abandonou e mandou um anjo que curou seus olhos e o libertou. Mateus seguiu, então, para a Etiópia, onde mais uma vez foi perseguido por feiticeiros que se opunham à evangelização. Porém o príncipe herdeiro morreu e Mateus foi chamado ao palácio. Por uma graça divina fez o filho da rainha Candece ressuscitar, causando grande espanto e admiração entre os presentes. Com esse ato, Mateus conseguiu converter grande parte da população. Na época, a Igreja da Etiópia passou a ser uma das mais ativas e florescentes dos tempos apostólicos.

São Mateus morreu por ordem do rei Hitarco, sobrinho do rei Egipo, no altar da igreja em que celebrava o santo ofício da missa. Isso aconteceu porque não intercedeu em favor do pedido de casamento feito pelo monarca, e recusado pela jovem Efigênia, que havia decidido consagrar-se a Jesus. Inconformado com a atitude do santo homem, Hitarco mandou que seus soldados o executassem.

No ano 930, as relíquias mortais do apóstolo são Mateus foram transportadas para Salerno, na Itália, onde, até hoje, é festejado como padroeiro da cidade. A Igreja determinou o dia 21 de setembro para a celebração de são Mateus, apóstolo.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

SANTA EFIGÊNIA

S. Efigênia, Andrea Orcagna e Jacopo di Cione
21 de setembro

SANTA EFIGÊNIA

Santa Efigênia era filha de Égipo e Eufenisa, reis de Núbia, um pequeno reino da Etiópia. Sabe-se pouco da sua vida. As notícias que chegaram até nós dizem que, oito anos depois da Ascensão de Jesus, quando o apóstolo Mateus e outros discípulos foram evangelizar a região de Núbia, não foram bem acolhidos. Somente a princesa Efigênia compreendeu que devia adorar um só Deus, rejeitando o paganismo.

Esforçou-se para difundir o Cristianismo

Diante da propagação do Cristianismo, os chefes pagãos – muito influentes na cidade – decidiram oferecer Efigênia em sacrifício. Ao aguardar o trágico momento, a Santa consagrou-se a Deus, único Criador. Enquanto preparavam a fogueira, foi incentivada por Mateus e sentiu o amor de Deus no seu coração. Quando as chamas estavam altas, Efigênia gritou e invocou o nome de Jesus. Os presentes testemunharam que desceu um Anjo do céu e livrou a princesa das mãos dos inimigos. Sendo salva, multiplicou seus esforços e zelo para converter o povo de Núbia ao cristianismo.

Protetora dos incêndios

Com o seu testemunho, a Santa se deparou com muitas resistências, entre as quais a do seu tio, Hirtaco. Ele procurou fazer com que Mateus convencesse Efigênia a casar-se com ele. Mateus não aceitou e, assim, - segundo algumas reconstruções, consideradas pouco críveis, - este motivo aplainou a estrada para o seu martírio.

Efigênia e seu irmão, Efrônio, tiveram que enfrentar um grande incêndio, provocado por Hirtaco. Mas, graças à ajuda do Senhor, sobreviveram, enquanto Hirtaco fugiu. Desta forma, o povo proclamou Efrônio como rei de Núbia, governando em paz, por setenta anos, sendo depois sucedido por seu filho.

Ao sentir-se aproximar o momento da sua morte, Efigênia recebeu os Sacramentos e aguardou a sua hora com serenidade e paz. Santa Efigênia é considerada “Libertadora de Núbia” e é invocada como protetora contra os incêndios. De fato, em quase todas as representações iconográficas, a Santa aparece segurando uma casa ou uma igreja em chamas.

Fonte: https://www.vaticannews.va/

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Nota sobre o estado de saúde de dom José Freire Falcão

Cardeal dom Falcão | arquibrasilia

O Cardeal dom José Freire Falcão, arcebispo emérito de Brasília, foi internado, como medida preventiva, após testado positivo para o COVID-19. O Cardeal completará 96 anos em outubro.

Segundo dom Marcony, Bispo auxiliar de Brasília, “ele está internado por questão de saúde e, também, da sua idade que requer cuidado. Mas ele está muito bem. Está sendo muito bem acompanhado pelos médicos e por nossa Arquidiocese. Estejamos juntos em orações pelo nosso querido dom Falcão.”

Qualquer que seja a informação, será dada pela Arquidiocese de Brasília sobre o estado de
saúde de dom Falcão.

Rezemos juntos para que ele volte logo para casa.

DOM JOSÉ FREIRE FALCÃO

O cardeal Dom José Freire Falcão foi o segundo arcebispo de Brasília, ficando à frente da Arquidiocese entre 1984 e 2004, quando se aposentou. Sempre fiel ao seu lema episcopal, “In humilitate servire” (“Servir na humildade”), nesse período Dom Falcão ampliou o número de padres e de paróquias do Distrito Federal, preparou a recepção ao Papa em 1991, criou a Casa do Clero e estimulou os movimentos eclesiais, entre outras coisas.

Dom Falcão, hoje arcebispo emérito de Brasília, nasceu em 1925 na cidade de Ereré, no Ceará, e  desde cedo sonhou em ser sacerdote, no que sempre foi incentivado pela família.

Entrou no Seminário da Prainha, em Fortaleza, aos 14 anos. Foi ordenado padre em 1949 e em 1967 foi feito bispo, tornando-se pastor da mesma diocese em que já havia exercido o sacerdócio por vinte anos: Limoeiro do Norte, no Ceará. Em 1971 tornou-se arcebispo de Teresina, no Piauí, onde permaneceu até 1984, quando foi transferido para Brasília.

Em 28 de junho de 1988, Dom Falcão foi feito cardeal, tendo participado, em 2005, dos funerais de João Paulo II e do conclave que elegeu o Papa Bento XVI.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

5 MITOS SOBRE A SANTA INQUISIÇÃO (Parte 2/6)

Apologistas da Fé Católica

5 MITOS SOBRE A SANTA INQUISIÇÃO

Texto da phd em História Medieval, Dra. Marian Horvat

MITO 1: “A Inquisição medieval foi um supressivo, abrangente, e todo-poderoso órgão centralizado de repressão mantido pela Igreja Católica.”

Realidade: Exceto na ficção, a Inquisição como um único todo-poderoso, terrível tribunal “cujos agentes trabalharam em todos os lugares para frustrar a verdade religiosa, a liberdade intelectual e liberdade política, até que foi derrubada em algum momento do iluminado século 19” simplesmente não existiu. O mito da Inquisição tomou forma nas mãos dos “reformadores anti-hispânicos e religiosos no século 16”. Foi uma imagem montada a partir de um corpo de lendas e mitos, que tomou forma no contexto da intensa perseguição religiosa do século 16. A Espanha, o maior poder na Europa, que havia assumido o papel de defensor do catolicismo, foi objeto de propaganda que degradou “A Inquisição” como a mais perigosa e característica arma dos católicos contra o protestantismo. Mais tarde, os críticos de qualquer tipo de perseguição religiosa iriam adotar o termo.
Na verdade, não havia uma Inquisição monolítica, mas três inquisições distintas. A Inquisição da Idade Média começou em 1184 no sul da França em resposta à heresia cátara, e dissolveu-se no final do século 14 quando o catarismo morreu. Estudos mais recentes mostram conclusivamente que não há provas claras de que as pessoas na Europa medieval concebiam a Inquisição como um órgão de governo centralizado. Os papas dos tempos não tinham a intenção de estabelecer um tribunal permanente. Por exemplo, só em 367 que o título inquisitor haereticae pravitatis apareceu quando o dominicano Alberico foi enviado para a Lombardia.
O Papa Gregório IX não estabeleceu a Inquisição como um tribunal distinto e separado, mas nomeou juízes permanentes que executaram funções doutrinárias em nome do papa. Quando eles se sentavam, havia a Inquisição. Uma das lendas mais prejudiciais espalhada ao longo dos séculos é a imagem de um tribunal onisciente, onipotente cujos dedos alcançaram todos os cantos da terra.

O pequeno número de inquisidores e seu alcance limitado de longe desmentem a retórica exagerada. No final do século 13, havia dois inquisidores para a totalidade de Languedoc (um dos focos de heresia albigense), dois para a província e de quatro a seis para o resto da França.
Quanto à acusação de que a Inquisição era um corpo onipresente em toda a cristandade, a Inquisição nem sequer existia no norte da Europa, Europa Oriental, Escandinávia, ou na Inglaterra, País de Gales, Irlanda e Escócia. A grande maioria dos casos, no século 13, foi dirigida contra os hereges albigenses no sul da França. Não estava ainda estabelecida em Veneza até 1289 e os arquivos daquela cidade mostram que a pena de morte foi infligida pelo poder secular em apenas seis ocasiões no todo.

“El Santo Oficio de la Santa Inquisição”, mais conhecido como a Inquisição espanhola, começou em 1478 como uma instituição do Estado designado para descobrir a heresia e desvios da verdadeira Fé. Mas Fernando e Isabel também o instituiu para proteger os conversos ou cristãos-novos, que se tornaram vítimas de indignação popular, preconceitos, medos e inveja. É importante notar que a Inquisição tinha autoridade sobre somente cristãos batizados, e que os não batizados eram completamente livres das suas medidas disciplinares a menos que violassem a lei natural.

Por fim, o Santo Ofício em Roma, foi iniciado em 1542, o menos ativo e mais benigno dos três. Um estudo recente realizado por John Tedeschi, The Prosecution of Heresy, trata da Inquisição Romana e os procedimentos que se seguiram após a sua constituição em meados do século 16 na sua luta para preservar a fé e para erradicar a heresia. O valor do estudo de Tedeschi é que ele subverte os pressupostos de longa data sobre a corrupção, coação desumana, e a injustiça da Inquisição romana da Renascença, pressupostos que Tedeschi admitiu que abrigou quando começou sua extensa obra nos documentos. O que ele “gradualmente” começou a encontrar foi que a Inquisição não era um “tribunal rígido, uma câmara de horrores, ou um labirinto judicial do qual a fuga era impossível”. Tedeschi aponta que o processo inquisitorial incluía a prestação de um advogado de defesa. Além disso, ao acusado era dado o direito a um advogado e até mesmo receber uma cópia autenticada de todo o julgamento (com os nomes das testemunhas de acusação excluídos) para que ele pudesse dar uma resposta. Em contraste, nos tribunais seculares da época, o advogado de defesa ainda era colocado apenas um papel cerimonial, e ao criminoso era negado o direito a um advogado (até 1836), e as provas contra o acusado só eram lidas no tribunal, onde ele teria que fazer a defesa no local. Tedeschi concluiu que a Inquisição romana distribuiu justiça legal em termos da jurisprudência do início da Europa moderna e vai ainda mais longe ao dizer:

“ talvez não seja exagero afirmar, de fato, que, em vários aspectos, o Santo Ofício foi um pioneiro na reforma do sistema judicial.”

Fonte: https://apologistasdafecatolica.wordpress.com/

Como cães aliviam sintomas de estresse e depressão

Helena Sushitskaya | Pixabay
Por Octavio Messias

Relação com os humanos definiu a maneira como a espécie evoluiu.

O cão é o melhor amigo do homem, diz o ditado. Dados coletados durante a pandemia do novo Coronavírus reforçam essa máxima. Centros de Zoonoses de diversas cidades brasileiras registram aumentos significativos no número de adoção de cães. Como o do Distrito Federal, que entre janeiro e setembro de 2020 registrou mais do que o dobro de adoções em comparação com todo o ano de 2019. 

Acariciar um cão reduz sintomas de ansiedade e depressão durante o período de isolamento, o que pode ser comprovado pela ciência. A interação com cães, entre outros animais, proporciona a redução nos níveis de cortisona (substância associada ao estresse) e um aumento na liberação de neurotransmissores que regulam o nosso bem-estar, como oxitocina, dopamina, endorfina e norepinefrina, também disparados no convívio com outras pessoas. Estudos ainda indicaram que afagar um cão aumenta os níveis de imunoglobulina A, um anticorpo que tem efeito anti-inflamatório e ajuda no combate à depressão. 

Empatia e socialização

Essa relação de troca entre as duas espécies começou entre 20 e 40 mil anos atrás, a partir da aproximação de lobos famintos em busca de restos de comida. Essa aliança, que garantiu a sobrevivência da espécie, ainda foi responsável pela evolução do cachorro há cerca de 11 mil anos, assim como, a partir da teoria evolucionista, nós evoluímos do macaco. Essa evolução trouxe aos caninos características que facilitaram seu convívio com humanos, como o instinto para o pastoreio, o comportamento de se expressar pelo olhar e a dependência dos humanos. Tanto que a espécie acompanhou a movimentação do homem pela terra na pré-história. 

A evolução do lobo para o cachorro é resultado da mutação de três genes associados à empatia e à socialização. Um deles, o GTF2I, assim como nos humanos, está relacionado à produção de oxitocina, neurotransmissor responsável pelo desenvolvimento da nossa sociabilidade e desencadeia uma sensação de segurança física e emocional, proporcionado bem-estar nas relações afetivas com familiares e amigos. 

E, claro, com os cachorros, que em tempos difíceis se revelam ainda mais parceiros e mais indispensáveis do que nunca.   

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Inocência: pedra preciosa para uns; pedra de tropeço para outros

Guadium Press
Os que perseguem os justos sempre têm uma vida corrompida. Eles não aguentam o peso de sua consciência quando homens virtuosos os increpam por palavras, e, sobretudo, pelo exemplo.

Redação (19/09/2021 10:11Gaudium PressAssim se inicia a primeira leitura deste 25° domingo do Tempo Comum:

“Os ímpios dizem: ‘Armemos ciladas ao justo, porque sua presença nos incomoda”’ (Sb 2,12).

Incômodo. É, sem dúvida, o sintoma da maior parte das doenças. Sabe-se que um incômodo na cabeça pode ter resultado numa simples enxaqueca ou num grave câncer; um incômodo na respiração pode resultar de uma doença crônica ou uma pneumonia. E quando se sente um incômodo faz-se necessário consultar um médico que analise os sintomas faça um diagnóstico, indicando os remédios necessários. Por ocasiões como essas todos já passamos.

Ora, a liturgia de hoje faz um verdadeiro diagnóstico a respeito de um certo incômodo, mostra-nos a grave doença que o causa e oferece-nos os remédios para curá-la. Aliás, é uma doença muito mais perigosa do que todas as outras.

A causa do incômodo está nos ímpios

Antes de prosseguir ao nosso “exame”, entretanto, é necessário explicar bem a frase da escritura acima mencionada. O justo, de si, não incomoda ninguém; a causa do incômodo não pode estar nele. Na verdade, não é a presença dos justos que incomoda os ímpios, mas é o fato de os ímpios serem ímpios a causa de tal incômodo. E eles se põem a perseguir os justos, julgando que, aniquilando-os, sanarão ou ao menos anestesiarão os maus sintomas seu interior. Loucura das loucuras! Seria como se um doente quisesse tirar a vida aos que tem boa saúde, julgando que, assim, se curariam. É, pois, deste modo que agem os ímpios.

E de qual doença eles padecem? A de um ódio ao bem, que nasce de uma inveja profunda, “um dos pecados mais vis e repugnantes que se possa cometer”[1], causa de todos os outros males, como diz São Tiago na segunda leitura de hoje: “Onde há inveja e rivalidade, aí estão as desordens e toda espécie de obras más” (Tg 3,16).

Os que perseguem os justos sempre têm uma vida corrompida. Eles não aguentam o peso de sua consciência quando homens virtuosos os increpam por palavras, e, sobretudo, pelo exemplo: o constante “Non licet tibi”[2] que não pode ser tolerado pelos partidários do mundo e da carne.

Admiração pela inocência

Por outro lado, no evangelho de hoje encontramos, em Nosso Senhor, o extremo oposto deste modo de ser dos ímpios:

“Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles e disse: ‘Quem acolher em meu nome uma destas crianças é a mim que estará acolhendo”’ (Mc 9, 36).

Nosso Senhor – a Inocência por excelência – admira e protege a inocência que Ele mesmo colocou naquela criança. Como diz São Leão Magno, Jesus “ama a infância, mestra de humildade, regra de inocência, modelo de doçura”.[3]

Não podemos ter noção de quanto Lhe apraz receber e acolher uma criança inocente que, por exemplo, a Ele se entrega já na aurora de sua vida. Exemplos temos muitos na História: a própria Maria Santíssima, com apenas três anos[4], Santo Tomás de Aquino, aos cinco anos,[5] e muitos outros.

Saibamos também nós acolher a estes pequenos, pois assim acolhemos o próprio Deus. E que Ele não permita aos ímpios incomodados tocarem em sua inocência, proibindo-os de rumarem pelas vias da santidade. Com efeito, para os justos a inocência é uma pedra preciosa e lhes causa admiração. Já para os ímpios, é uma pedra de tropeço que os enche de ódio.

Por Lucas Rezende


[1] ROYO MARÍN, Antonio. Teología moral para seglares. 7.ed. Madrid: BAC, 1996, v.I, p.488.

[2] Do latim: “Não te é lícito”.

[3] SÃO LEÃO MAGNO. In Epiphaniae Solemnitate. Sermo VII, hom. 18 [XXXVII], n. 3. In: Sermons. 2. ed. Paris: Du Cerf, 1964, v.I, p. 281.

[4] Cf. CLÁ DIAS, João Scognamiglio. Maria Santíssima! O Paraíso de Deus revelado aos homens. São Paulo: Arautos do Evangelho, 2020, v. II, p. 132.

[5] Cf. TOCCO, Guillaume de. L’histoire de saint Thomas d’Aquin. Paris: Du Cerf, 2005, p.29.

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Hoje começa a novena dos Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael

ACI Digital

REDAÇÃO CENTRAL, 20 set. 21 / 06:00 am (ACI).- Em 29 de setembro, a Igreja celebrará a Festa dos Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael, que aparecem na Bíblia com missões importantes de Deus.

Por isso, apresentamos uma novena em honra a esses três amigos do céu que têm a tarefa de defender o homem na luta contra os planos do demônio:

Pelo Sinal da Santa Cruz. Pelo sinal da Santa Cruz, livrai-nos, Deus, nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ato de Contrição

Senhor meu Jesus Cristo,
Deus e homem verdadeiro,
Criador e Redentor meu: por serdes Vós quem sois, sumamente bom
e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque Vos amo e estimo,
pesa-me, Senhor, de todo o meu coração, de Vos Ter ofendido;
pesa-me também de Ter perdido o céu e merecido o inferno;
e proponho firmemente, ajudado com o auxílio de Vossa divina graça,
emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender.
Espero alcançar o perdão de minhas culpas pela Vossa infinita misericórdia.
Amém.

Oração inicial

Deus todo-poderoso e eterno, bendito e louvado sejais por toda a eternidade, e que todos os Anjos e homens, por Vós criados, Vos adorem, Vos amem e Vos sirvem, ó Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal!

E vós, Maria, Rainha de todos os Anjos, aceitai benignamente as nossas súplicas dirigidas aos vossos servos e apresentai-as junto do trono do Altíssimo – vós que sois a omnipotência suplicante e Medianeira das graças –, a fim de obtermos graça, salvação e auxílio. Amém.

Oração aos Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael

São Miguel Arcanjo, tu és o Príncipe das milícias celestiais, o vencedor do dragão infernal, recebeste de Deus a força e o poder para aniquilar por meio da humildade o orgulho dos poderes das trevas. Imploramos-te, suscita em nós a autêntica humildade do coração, a fidelidade inquebrantável, para cumprir sempre a vontade de Deus, a força no sofrimento e nas necessidades, ajuda-nos a subsistir diante do tribunal de Deus.

São Gabriel Arcanjo, tu és o anjo da Encarnação, o mensageiro fiel de Deus, abre nossos ouvidos para captar os menores sinais e chamados do coração amante de nosso Senhor; Permanece sempre diante de nossos olhos, imploramos-te, para que compreendamos corretamente a Palavra de Deus e a sigamos e obedeçamos para cumprir aquilo que Deus quer de nós. Faz-nos vigilantes na espera do Senhor para que não nos encontre adormecidos quando chegue.

São Rafael Arcanjo, tu és o mensageiro do amor de Deus. Imploramos-te, fere nosso coração com um amor ardente por Deus e não deixes que esta ferida se feche jamais para que permaneçamos sobre o caminho do amor na vida diária e vençamos todos os obstáculos pela força deste amor.

Ajudai-nos grandes irmãos e santos, servidores como nós diante de Deus. Protegei-nos contra nós mesmos, contra nossa covardia e tibieza, contra nosso egoísmo e nossa avareza, contra nossa inveja e desconfiança, contra nossa suficiência e comodidade, contra nosso desejo de ser apreciados. Desligai-nos dos laços do pecado e de toda atadura ao mundo.

Desatai a venda que nós mesmos atamos sobre nossos olhos, para dispensar-nos de ver a miséria que nos rodeia, e poder olhar nosso próprio eu sem nos incomodar e com compaixão.

Cravai em nosso coração o aguilhão da santa inquietude de Deus, para que não cessemos jamais de busca-lo com paixão, contrição e amor.

Buscai em nós o Sangue de Nosso Senhor que se derramou por nós. Buscai em nós as lágrimas de nossa Rainha vertidas por nossa causa. Buscai em nós a imagem de Deus destroçada, desvanecida, deteriorada, imagem à qual Deus quis nos criar por amor.

Ajudai-nos a reconhecer Deus, a adorá-Lo, amá-Lo e servi-Lo. Ajudai-nos na luta contra os poderes das trevas que nos rodeiam e nos oprimem solapadamente.

Ajudai-nos para que nenhum de nós se perca e para que, um dia, gozosos, possamos nos reunir na felicidade eterna. Amém.

(Diz-se as intenções da novena e reza-se três Pai Nosso, Ave Maria e Glória)

Invocações finais

São Miguel, luta ao nosso lado com teus anjos, ajuda-nos e roga por nós.

São Rafael, luta ao nosso lado com teus anjos, ajuda-nos e roga por nós.

São Gabriel, luta ao nosso lado com teus anjos, ajuda-nos e roga por nós.

Amém.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Papa: aborto é homicídio. A Igreja deve ser próxima e compassiva, não política

Coletiva de imprensa no voo de regresso a Roma | Vatican News

Respondendo aos jornalistas no voo de regresso da Eslováquia, o Papa falou do diálogo com as autoridades húngaras, do antissemitismo e das vacinas, assim como da comunhão aos políticos que aprovam leis a favor do aborto.

VATICAN NEWS

“O aborto é homicídio” e a Igreja não muda a sua posição, mas “todas as vezes que os bispos administraram um problema não como pastores, tomaram uma posição política”. Foi o que disse o Papa Francisco dialogando com os jornalistas no voo que o trouxe de volta a Roma de Bratislava, concluindo a viagem a Budapeste e Eslováquia.

István Károly Kuzmányi (Magyar Kurír):

Santo Padre, nós lhe agradecemos por sua visita a Budapeste, onde citou o cardeal Mindszenty, que disse: “Se há um milhão de húngaros que rezam, não tenho medo do futuro...”. Por que decidiu participar depois de 21 anos do Congresso eucarístico em Budapeste e como vê o cristianismo na Europa?

Alguém pensou mal a propósito da visita a Budapeste, estava planejada assim, mas prometi ao Presidente de vocês que iria ver o próximo ano o outro para poder vir. São muitos os valores dos húngaros, impressionou-me o sentido do ecumenismo, com uma profundidade grande, grande. Em geral, a Europa – sempre o digo – deve responder aos sonhos dos seus pais fundadores. A União Europeia não é uma reunião para fazer as coisas, há um espírito na base da comunidade que Schumann, Adenauer e De Gasperi sonharam. Há o perigo de que seja somente um escritório de gestão, e isso não funciona, deve ir realmente à mística, buscar as raízes da Europa e levá-las adiante. E todos os países devem progredir. É verdade que alguns interesses, talvez não europeus, tentam usar a União Europeia para as colonizações ideológicas, e isso não está bem. Estive entre vocês na Transilvânia, foi belíssima aquela missa.

Bohumil Petrik (Dennik Standard):

A vacinação dividiu os cristãos na Eslováquia. O senhor afirma que é um ato de amor tomar a vacina, mas houve diferentes posições nas dioceses. Como reconciliar-se sobre este tema?

É um pouco estranho, porque a humanidade tem uma história de amizade com as vacinas: o sarampo, a poliomielite... talvez esta virulência se deve à incerteza, não só da pandemia. Há uma diversidade de vacinas e também a fama de que algumas são um pouco mais do que água destilada, e isso criou medo. Outros afirmam que é um perigo, porque dizem que com a vacina entra o vírus. Também no Colégio Cardinalício houve alguns negacionistas e um destes, pobrezinho, está internado com o vírus. Ironia da vida. Não sei explicar bem, alguns dizem que as vacinas não foram suficientemente testadas. Deve-se esclarecer: no Vaticano, estão todos vacinados, com exceção de um pequeno grupo, que está se estudando como ajudar.

Daniel Verdú Palai (El País):

Domingo pela manhã, o senhor se reuniu com Orban e podem-se compreender algumas divergências. Gostaríamos de perguntar como foi a reunião, se tocaram o tema dos migrantes e o que o senhor pensa a respeito da lei sobre os homossexuais que ele promulgou.

Eu recebi a visita. O Presidente veio até mim, teve esta delicadeza, é a terceira vez que o encontro; e veio com o primeiro-ministro e com o vice-ministro. O Presidente falou. O primeiro tema foi a ecologia, realmente chapeau a vocês húngaros pela consciência ecológica que têm: me explicou como purificam os rios, coisas que eu não sabia. Depois eu perguntei sobre a média de idade, porque estou preocupado com o inverno demográfico. Na Itália, a média de idade é 47 anos, Espanha creio pior ainda, tantos vilarejos estão vazios ou com muitos idosos. Como se resolve? O presidente me explicou a lei que eles têm para ajudar os casais jovens a se casarem, a terem filhos. Interessante, é uma lei que se assemelha muito com a lei francesa, mas mais aprimorada. Ali acrescentaram alguma coisa, o primeiro-ministro e o vice-ministro explicaram-se como era esta lei. Sobre a migração, nada. Depois voltamos sobre a ecologia. A família, no sentido da demografia: vê-se que há muitas pessoas jovens, muitas crianças. Também na Eslováquia, muitos casais jovens. Agora o desafio é procurar vagas de emprego para que não saiam para procurá-las. Mas estes foram os temas... Falou sempre o Presidente, ambos os ministros acrescentam algum dado. O encontro durou cerca de 40 minutos.

https://youtu.be/3HkToywVbB8

Gerard O'Connell (América):

Em primeiro lugar, queria dizer-lhe que estamos todos contentes com a cirurgia (referindo-se à cirurgia à qual o Papa foi recentemente submetido), que deu um ótimo resultado, o senhor rejuvenesceu!

Disseram-me que alguém queria fazer a operação.... Mas não foi uma coisa cosmética.

O senhor tem dito muitas vezes que somos todos pecadores e que a Eucaristia não é uma recompensa para os virtuosos, mas um remédio e alimento para os fracos. Como o senhor sabe, nos EUA após as últimas eleições, houve uma discussão entre os bispos sobre dar comunhão aos políticos que apoiaram as leis do aborto, e há bispos que querem negar a comunhão ao presidente e a outros altos funcionários. Outros bispos são a favor, outros dizem para não usar a Eucaristia como arma. O que o senhor pensa e o que aconselha os bispos a fazer? E o senhor, como bispo em todos estes anos, recusou publicamente a Eucaristia a alguém?

Eu nunca recusei a Eucaristia a ninguém, não sei se alguém veio nestas condições! Isto como padre. Nunca tive a consciência de ter uma pessoa como a que o senhor descreve na minha frente, isso é verdade. A única vez que aconteceu uma coisa simpática foi quando fui celebrar a missa em um lar de idosos, eu estava na sala e disse: quem quer comunhão? Todos os idosos levantaram as mãos. Uma velhinha levantou a mão e tomou a comunhão e disse: "Obrigado, eu sou judia". E eu disse: "Aquele que eu lhe dei também é judeu". A comunhão não é um prêmio para os perfeitos - pense no Jansenismo - a comunhão é um dom, um presente, é a presença de Jesus na Igreja e na comunidade. Então, aqueles que não estão na comunidade não podem comungar, como esta senhora judia, mas o Senhor quis recompensá-la sem o meu conhecimento. Fora da comunidade - excomungados – porque não são batizados ou se afastaram. Segundo problema, o do aborto: é mais do que um problema, é um homicídio, quem faz um aborto mata, sem meias palavras. Peguem qualquer livro sobre embriologia para estudantes de medicina. Na terceira semana após a concepção, todos os órgãos já estão lá, até mesmo o DNA... é uma vida humana, esta vida humana deve ser respeitada, este princípio é tão claro! Para aqueles que não conseguem entender, eu faria esta pergunta: é correto matar uma vida humana para resolver um problema? É correto contratar um pistoleiro para matar uma vida humana? Cientificamente, é uma vida humana. É correto eliminá-la para resolver um problema? É por isso que a Igreja é tão dura nesta questão porque se ela aceita isto é como se aceitasse o assassinato cotidiano. Um Chefe de Estado me disse que o declínio demográfico começou porque naqueles anos havia uma lei tão forte sobre o aborto que seis milhões de abortos foram realizados e isso deixou uma queda nos nascimentos na sociedade daquele país. Agora vamos à questão daquela pessoa que não está na comunidade, não pode fazer a comunhão. E isto não é um castigo, ela está fora. Mas o problema não é teológico, é pastoral, como nós bispos administramos este princípio pastoralmente, e se olharmos para a história da Igreja veremos que toda vez que os bispos não administraram um problema como pastores eles se posicionaram do lado político. Pense na noite de São Bartolomeu, hereges, sim, cortemos a garganta deles todos.... Pense na caça às bruxas.... no Campo di Fiori a Savonarola. Quando a Igreja para defender um princípio, o faz de forma não pastoral, toma partido em nível político, e este sempre foi o caso, basta olhar para a história. O que o pastor deve fazer? Ser um pastor, não condenar. Ser um pastor, porque ele é um pastor também para o excomungado. Pastores com o estilo de Deus, que é proximidade, compaixão e ternura. A Bíblia inteira assim o diz. Um pastor que não sabe ser pastor... Não conheço bem os detalhes dos EUA... Mas se você se faz próximo, tenro, e der comunhão? É uma hipótese. O pastor sabe o que fazer em todos os momentos. Mas se sair da pastoralidade da Igreja se torna um político, e pode ver isso em todas as condenações não pastorais da Igreja... Se o senhor diz que pode dar ou não dar, isto é casuística. Lembra da tempestade que se armou com Amoris laetitia? Heresia, heresia! Felizmente, houve o Cardeal Schoenborn, um grande teólogo, que esclareceu as coisas... Eles são filhos de Deus e precisam de nossa proximidade pastoral, então o pastor resolve as coisas como o Espírito lhe indica.

Stefano Maria Paci (Sky Tg 24):

Penso que o senhor considerará esta mensagem que estou prestes a lhe dar como um presente, foi-me pedido por Edith Bruck, a escritora judia que o senhor visitou em casa, uma longa mensagem assinada "sua irmã Edith", na qual ela agradece por seus gestos e apelos contra o antissemitismo durante esta viagem.

O antissemitismo está ressurgindo, está na moda, é uma coisa feia, feia....

O senhor falou sobre isso com as autoridades húngaras e uma resolução veio de Estrasburgo pedindo o reconhecimento dos casamentos homossexuais. Qual é seu pensamento?

O matrimônio é um sacramento, a Igreja não tem poder para mudar os sacramentos como o Senhor os instituiu. Há leis tentando ajudar as situações de muitas pessoas que têm uma orientação sexual diferente. É importante que os Estados tenham a possibilidade de apoiá-los civilmente, de dar-lhes segurança de herança, saúde, etc., não só para os homossexuais, mas para todas as pessoas que queiram se associar. Mas casamento é casamento. Isto não significa condená-los, eles são nossos irmãos e irmãs, devemos acompanhá-los. Há leis civis, por exemplo, para viúvas que querem se associar a uma lei para ter serviços... há o PACS francês, mas nada a ver com o casamento como sacramento, que é entre um homem e uma mulher. Às vezes, criam confusão. Todos são irmãos e irmãs iguais, o Senhor é bom, Ele quer a salvação de todos, mas por favor, não faça a Igreja negar sua verdade. Muitas pessoas com orientação homossexual aproximam-se da penitência, pedem conselhos ao padre, a Igreja as ajuda, mas o sacramento do matrimônio é outra coisa.

Em seguida, o Papa acrescentou:

Eu li uma coisa bela sobre um de vocês. Ela disse que esta jornalista está disponível 24 horas por dia para trabalhar e que ela sempre deixa os outros irem primeiro e ela atrás, ela dá a palavra aos outros e ela fica quieta. Isto foi dito por Manuel Beltran, sobre nossa Eva Fernández, obrigado!

Fonte: https://www.vaticannews.va/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF