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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Guerra após a pandemia: ameaça à humanidade

Conflito Ucrânia - Rússia (ANSA)

O ataque à Ucrânia já começou. Uma guerra na Europa no século XXI parecia impossível. Os riscos de degeneração são inimagináveis. O Papa nos pede para contrastar o poder das armas com a fraqueza da oração.

Sergio Centofanti - Vatican News

Alguns não acreditavam. Uma guerra na Europa no terceiro milênio: improvável, quase impossível. Agora já há muitos mortos. Teme-se um banho de sangue. As habituais vítimas inocentes e indefesas, que gostariam de viver em paz com os outros, com todos, mesmo que tivessem uma bandeira diferente. Os poderosos não se importam com os fracos que sucumbem. Há muitos Herodes cínicos em circulação. O massacre dos inocentes não cessa. Depois dos sofrimentos causados pela pandemia, vem o luto de um conflito que não sabemos como poderá degenerar.

Alguns têm evocado o risco de uma terceira guerra mundial. Continuamos acreditando que isso é impossível. Continuamos pensando que a humanidade não será tão louca o suficiente para cair novamente numa guerra. Porque a guerra é uma loucura, é insensata. É demoníaca. E o diabo quer destruir a vida, quer destruir o mundo. Hoje há armas letais suficientes para atingir seu objetivo. Não tomemos a paz no mundo como algo dado por certo.

O Papa Francisco, repleto de angústia e preocupação, pede oração e jejum pela paz. A fraqueza da oração contra o poder das armas. Quem vai querer acreditar nisso? Quem oporá a ascese mansa do jejum contra a força dos canhões? A oração nos une ao Pai e nos faz irmãos, o jejum nos tira algo para compartilhá-lo com os outros: mesmo que o outro seja um inimigo.

A oração é a verdadeira revolução que muda o mundo porque muda os corações. Temos poucos recursos contra as guerras porque, sem eximir-nos de qualquer responsabilidade, o diabo as fomenta, com ódio, astúcia, maldade. Jesus diz: "Este tipo de demônios não pode ser expulso de nenhuma maneira, a não ser através da oração".

Ataque contra Kiev  (ANSA)

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Parolin: quem tem nas mãos o destino do mundo nos poupe dos horrores da guerra

Imagem de guerra | Vatican News

O cardeal secretário de Estado após o ataque russo à Ucrânia: "Ainda há tempo para a boa vontade, ainda há tempo para a negociação".

https://youtu.be/bjWtPARxUD0

Vatican News

Diante dos desdobramentos hodiernos da crise na Ucrânia, tornam-se ainda mais nítidas e mais prementes as palavras que o Santo Padre Francisco pronunciou ontem ao término da Audiência Geral: é o que afirma o secretário de Estado vaticano, cardeal Pietro Parolin, numa declaração divulgada pela Sala de Imprensa da Santa Sé esta quinta-feira, 24 de fevereiro, dia em que a crise na Ucrânia se transformou num conflito.

"O Papa evocou grande dor ‘grande dor’, ‘angústia e preocupação’. E convidou todas as partes envolvidas a ‘abster-se de qualquer ação que provoque ainda mais sofrimento às populações’, ‘desestabilize a convivência pacífica’ e desacredite o direito internacional’."

"Este apelo – prossegue o cardeal Parolin – adquire uma dramática urgência após o início das operações militares russas no território ucraniano. Os trágicos cenários que todos temiam, infelizmente, estão se tornando realidade."

O cardeal secretário de Estado ressalta que "ainda há tempo para a boa vontade, ainda há tempo para a negociação, ainda há tempo para o exercício de uma sabedoria que impeça o prevalecer dos interesses de parte, tutele as legítimas aspirações de cada um e poupe o mundo da loucura e dos horrores da guerra".

"Nós fiéis - conclui o cardeal Parolin - não perdemos a esperança num vislumbre de consciência daqueles que têm o destino do mundo em suas mãos. E continuamos rezando e jejuando – o faremos na próxima Quarta-feira de Cinzas – pela paz na Ucrânia e no mundo inteiro."

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Sérgio

S. Sérgio | Sacramentinos
24 de fevereiro

SÃO SÉRGIO

São Sérgio foi um mártir de Cesarea da Capadócia. Ele passaria totalmente desconhecido do cristianismo moderno se não fosse uma redação romana, da época do imperador Diocleciano. Nessa página em Latim foi descrito pouquíssimo sobre sua origem, seu martírio e o local onde os cristãos o sepultaram.

Origens - um Magistrado convertido

Sabe-se que São Sérgio fora um magistrado, ou seja, juiz romano, antes de se converter ao cristianismo. Para conseguir o posto de Magistrado no império romano, era preciso muita influência política e dinheiro. A profissão era bastante lucrativa. Sabe-se também que o Magistrado Sérgio estudou e conheceu o cristianismo em profundidade. Por isso, se converteu, foi batizado e abandonou todo o luxo em que vivia para se dedicar à vida monástica no deserto. Ali, passou grande parte de sua vida na oração, nos sacrifícios e no louvor a Deus.

Perseguição

Segundo o texto e confirmado pela história, em 304 uma violenta perseguição contra os cristãos tinha sido deflagrada pelo imperador Diocleciano. Os governadores romanos, em todas as províncias, eram obrigados a seguir as ordens do imperador, senão perdiam o cargo e os bens. Sapricio, governador da Capadócia e Armênia, atual Turquia, era fiel ao imperador e famoso por ser bajulador. Não perdia oportunidades de agradar o imperador.

O cerco se fecha

E aconteceu que durante uma festa anual dedicada a Júpiter, um famoso senador visitava a província. Para mostrar serviço e lealdade a Roma, Sapricio ordenou que os cristãos fossem levados para a frente do templo de Júpiter e obrigados a prestarem culto ao deus romano, sob pena de serem condenados à prisão e à morte. Forçados por uma legião romana, os cristãos foram chegando ao local.

São Sérgio intervém

Estando no deserto em oração, São Sérgio sentiu em seu coração o impulso para se dirigir a Cesarea da Capadócia. Ele não precisava fazer isso, pois não tinha sido denunciado. Aliás, ninguém mais se lembrava dele nem imaginavam que ele ainda pudesse estar vivo e atuante. Quando chegou, porém, foi logo reconhecido pelos cristãos e pelos romanos, de forma que todas as atenções se voltaram para ele. Os cristãos o viam como uma força espiritual. Tanto que as tochas acesas para os sacrifícios a Júpiter se apagaram espontaneamente. Os romanos, o viram, então, como uma ameaça perigosa. Os sacerdotes de júpiter ficaram furiosos. O senador, curioso e o governador, embaraçado.

A caminho do martírio

São Sérgio colocou-se à frente de todos e fez um ardente discurso mostrando que o único Deus Verdadeiro era justamente quem os romanos perseguiam: Jesus Cristo. São Sérgio esclareceu ainda que os deuses pagãos, que ele mesmo servira antes, não passavam de ilusão e farsa que alimentava os cofres dos sacerdotes e de vários outros aproveitadores.

Martírio

Sapricio, o governador, mandou prenderem São Sérgio imediatamente, pensando que prendendo um “peixe grande” atingiria todos os cristãos e agradaria mais ao senador e ao imperador. O governador ordenou que São Sérgio prestasse culto a Júpiter ali, diante de todos os cristãos, sob pena de ser decapitado. São Sérgio não obedeceu e disse diante de todos que só prestava culto a Jesus Cristo. Por esta razão, foi decapitado diante de todo o povo. São Sérgio entregou sua vida pela fé em Jesus Cristo, Deus Único e Verdadeiro. Era 24 de fevereiro.

Engano do governador

Sapricio, o governador romano da província pensou, erroneamente, que matando um grande líder cristãos, os demais se dispersariam. O senador concordou. Os restos mortais de São Sérgio foram retirados pelos cristãos e sepultados na casa de uma cristã fiel. Porém, ao contrário do que o governador pensou, São Sérgio se tornou uma força de união e testemunho de fé para os cristãos. A partir de então, eles se tornaram mais fortes e mais missionários. São Sérgio entregou sua vida salvando a de muitos cristãos. Seu sangue tornou-se semente de novos cristãos na Capadócia e nos arredores. Mais tarde, os restos mortais de São Sérgio foram levados para a cidade de Ubeba, Espanha.

Oração a São Sérgio

Ó Deus, que destes s São Sérgio a graça de conhecer-vos tão profundamente que ele não hesitou em dar a vida por ti, dai também a nós a graça de conhecer-vos, para que em vida se realize o vosso plano de amor por nós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo, amém. São Sérgio, rogai por nós.”

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Educação Católica: Fundamento Cristológico

Cristo Rei | CNBB Norte 2

Dom Antônio de Assis
Bispo de Belém do Pará (PA)

EDUCAÇÃO CATÓLICA: Fundamento Cristológico – Jesus educador, por excelência (Parte 8)

Continuemos nossa reflexão sobre a identidade da educação católica centrando o nosso olhar sobre a pessoa de Jesus Cristo. O fundamento cristológico é determinante para a educação católica, porque Jesus Cristo é a pedra angular, o Mestre e o Senhor da Igreja.

A pessoa de Jesus Cristo muito contribui para o enriquecimento da pedagogia através das suas palavras, do conteúdo de suas pregações, da excelência das suas atitudes, da sabedoria dos seus ensinamentos, da sua sensibilidade indo ao encontro de todas as pessoas, acolhendo-as, escutando-as, advertindo-as e estimulando-as à mudança de vida.

A educação católica perderia totalmente a sua identidade específica se deixar de lado a centralidade da pessoa de Jesus Cristo. O educador cristão católico é um discípulo que se identifica com Jesus Cristo e busca configurar-se com suas atitudes.

Na arte de educar, os educadores católicos são inspirados por Ele e chamados a cultivar a espiritualidade pedagógica do Bom Pastor (cf. Ez 34,1-16; Is 40,11; Sl 23; Jr 23,1-4; 1Pd 5,1-3; Jo 10,1-18), assumindo seu modo de pensar, sentir e agir, levados pela paixão do zeloso cuidado (cf. 1Pdr 5,1-3).

  1. Os desafios do pluralismo

Vivemos numa sociedade pluralista onde os educadores católicos, como todos os profissionais, vivem inseridos num contexto sociocultural profundamente marcado pelo pluralismo de ideias. Assim a educação católica é ameaçada por muitas ideologias como o relativismo moral, o reducionismo educacional, o tecnicismo profissional, o naturalismo etc. porque todas elas têm uma visão reducionista e desequilibrada do ser humano.

Em meio a esse complexo e tentador contexto sociocultural, a educação católica é chamada a preservar a sua identidade que deve ser visibilizada através do seu currículo proposto, das palavras, atitudes dos educadores, fidelidade dinâmica e visão dos seus gestores.

Livre de qualquer forma de influxo ideológico, a educação católica é fiel propositora da promoção da formação integral do educando. Educar é estimular o desenvolvimento pluridimensional da pessoa humana. Essa sensibilidade educativa holística é claramente visível nas atitudes e palavras de Jesus Cristo para com os seus discípulos e o povo.

Por isso, enquanto educadores católicos assumimos a pessoa de Jesus Cristo como o nosso modelo. Como educadores cristãos, não podemos assumir o «sincretismo pedagógico», ou seja, não ter um «fio condutor», um centro de referências, uma estrutura de valores, um princípio norteador fundamental, uma instância de confronto e modelo ideal permanente.

  1. Jesus, Educador por excelência

Jesus Cristo é a fonte inesgotável de estímulos e critérios permanentes de como devemos entrar em relação com o outro no ensino, na aprendizagem, no discernimento, na correção, no conflito, nas intervenções diante dos problemas, nas crises, na dor, na alegria, na festa, nas situações de pressão social, institucional, cultural, moral, religiosa etc.

A excelência educativa de Jesus Cristo está no seu ser, em suas palavras, no seu agir; em tudo isso, vemos suas atitudes educativas, sensibilidade pedagógica, conteúdo de ensinamentos, linguagem acessível, percepção crítica, cuidado e compaixão para com todos! Jesus Cristo não é um professor, mas é o Mestre que se revelou diante dos seus discípulos, no encontro com as pessoas, na relação com as massas, diante dos adversários, nas advertências aos seus seguidores. Diante de todos!

Onde Jesus foi educador? Jesus educou na rua, na praia, no deserto, nos caminhos, nos montes, na beira de um poço, na casa de amigos, nas sinagogas, no templo, na família, no tribunal, na cruz… Em todos os lugares.

Jesus foi educador em todas as circunstâncias: na experiência de conflito, na tensão, na fome, na solidão, na angústia, na dor, no cansaço, na serenidade, na perseguição, na incompreensão… Sem estresse, sem agressividade, sem violência, sem mau humor, sem falsidade, sem omissão… em todas as circunstâncias.

Como Jesus foi educador? Jesus exercitou sua arte de educar acolhendo as pessoas, aproximando-se delas, escutando, convivendo, conversando, caminhando, perdoando, entendendo, ensinando, libertando, corrigindo, curando, esclarecendo, desafiando, defendendo, alertando, motivando, envolvendo, estimulando, animando… sempre conciliando ternura e firmeza!

  1. A sensibilidade educativa de Jesus

Jesus Cristo não só convocou, mas sobretudo, dedicou-se à formação dos seus discípulos; a meta da educação é a conversão, a transformação do coração e da mente, para a acolhida da Salvação. Não esperava seus educandos, mas ia ao encontro deles percorrendo toda a Galileia, entrando nas cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino (cf. Mt 4,23; Mc 1,39; Lc 4,14; Jo 6,59).

Jesus provocou seus discípulos e o povo para o cultivo de nobres ideais e atitudes diferenciadas pela gratuidade do amor (cf. Mt 5,1-12; Lc 6,27-49). Dirigindo-se para a terra onde cresceu (Nazaré), pôs-se a ensinar as pessoas que estavam na sinagoga; o povo ficou maravilhado com seus ensinamentos cheios de sabedoria, autoridade e feitos maravilhosos (cf. Mt 13,54; Mc 1,27; Lc 4,22).

Jesus não tinha uma postura centralizadora, por isso, disse: “a minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou. Se alguém quer cumprir a sua vontade, saberá se a minha doutrina é de Deus ou se falo por mim mesmo” (Jo 7,14-17). O educador católico não ensina aquilo que quer! A atenção às pessoas mais simples, levava Jesus a ensinar muitas coisas por meio de parábolas (cf. Mc 4,2;12,38).

A tarefa de educar faz parte da missão que Jesus confiou aos seus apóstolos: “Ide e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as (…) e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei” (Mt 28,19-20; Mc 16,15). A missão que Jesus confiou à Igreja tem uma dimensão educativa.

Jesus educou seus discípulos para a dimensão espiritual quando lhes ensinou a rezar e lhes falou do Reino de Deus despertando neles o compromisso de fraternidade, perdão e partilha (cf. Mt 6,9-13; Mt 13,1-33). Também os educou para o sentido da vida alertando seus discípulos para o perigo do materialismo e do egoísmo: “quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perde a sua vida por causa de mim, esse a salvará. De fato, que adianta um homem ganhar o mundo inteiro, se perde e destrói a si mesmo?” (Lc 9,24-25).

Jesus concebeu a educação como instrumento de transformação social: “Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, então, a ensinar-lhes muitas coisas…” (Mc 6,34). Nesse mesmo evento Jesus educa para a sensibilidade, corresponsabilidade, partilha, envolvimento, gestão, organização, e cuidado com o não desperdício de alimentos.

PARA A REFLEXÃO PESSOAL:  

  1. Por que o fundamento cristológico é determinante para a educação católica?
  2. Por que as ideologias são uma ameaça à educação católica?
  3. Quais das atitudes educativas de Jesus mais lhe chamam a atenção e são importantes para a educação católica?

Aborto até seis meses não será mais punido na Colômbia

Bebê não nascido / Ivon19 (Wikipédia - CC-BY-SA-4.0)
Por Walter Sánchez Silva

BOGOTÁ, 22 fev. 22 / 10:55 am (ACI).- A Corte Constitucional colombiana deciciu que o aborto até seis meses ou 24 semanas de gravidez não mais será punido de acordo com a lei ainda em vigor no país.

A decisão da Suprema Corte foi dada por 5 votos a favor e 4 votos contra em uma sessão extraordinária marcada pelo protesto pró-vida "O Silêncio dos Inocentes" e manifestações de grupos feministas em frente à Corte em Bogotá.

Antonio José Lizarazo Ocampo, Alberto Rojas Ríos, Diana Fajardo Rivera, José Fernando Reyes e o vice-juiz Julio Andrés Ossa, que substituiu o juiz Alejando Linares, que havia sido impedido por manifestar publicamente seu apoio ao aborto antes do debate, votaram a favor do aborto.

Cristina Pardo Schlesinger, Paola Andrea Meneses, Gloria Stella Ortiz Delgado e Jorge Enrique Ibáñez votaram a favor da vida.

Corte Constitucional afirmou em nota que o aborto “só será punível quando for realizado após a vigésima quarta semana de gestação e, em todo caso, esse prazo não se aplicará aos três casos estabelecidos na sentença C. - 355 de 2006”.

Isso significa que o aborto não será crime punível até a 24ª semana de gravidez, e que continua vigente a decisão da Corte Constitucional de 2006 que descriminaliza a prática para casos de estupro, malformação do nascituro ou perigo para a vida da mãe, mesmo depois do prazo estabelecido.

A decisão da Corte pede ao Congresso e ao governo nacional que criem uma política pública integral que, entre outras coisas, elimine “qualquer obstáculo ao exercício dos direitos sexuais e reprodutivos reconhecidos nesta decisão”.

Jesús Magaña, presidente da plataforma Unidos pela Vida, disse à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, nesta segunda-feira que a ação debatida pela Corte foi apresentada pelo grupo feminista que é financiado por ProFamilia, a maior clínica de aborto da Colômbia. “Eles estão fazendo o negócio, com o pretexto de defender os corpos das mulheres", disse.

O líder pró-vida também disse que o protesto realizado pela manhã mostrou “centenas de caixões representando bebês abortados. Um bebê é abortado a cada 7 minutos na Colômbia, por causa da decisão da Corte de 2006”.

"A Corte Constitucional falhou com o povo colombiano"

Após a decisão da Corte Constitucional, a ACI Prensa conversou com Magaña, que explicou que “o movimento pró-aborto não venceu, porque eles queriam a descriminalização total do aborto e isso o tribunal não deu a eles”.

Além disso, afirmou o líder pró-vida, a Corte Constitucional "desperdiçou uma oportunidade histórica de corrigir suas sentenças erradas anteriores e ficou ‘no meio do caminho’" entre as pressões dos abortistas e as exigências dos pró-vida.

Em busca desse “meio”, disse Magaña, a Corte Constitucional emitiu uma decisão que permite que “bebês de até seis meses sejam destruídos, algo que é uma atrocidade”.

“Não há meio termo entre deixar viver ou matar. Eles decidiram deixar as pessoas matarem até seis meses e a Corte abriu ainda mais as portas para o negócio do aborto”, enfatizou Magaña.

O líder pró-vida explicou que “embora esta seja uma sentença da Corte, o aborto não está legalizado. Está apenas despenalizado. Continua sendo um crime que não será castigado se for realizado nestas condições” até os seis meses.

Sobre o que o movimento pró-vida pode fazer agora na Colômbia, Magaña disse que é hora de “planejar uma estratégia jurídica para ver se geramos um novo pronunciamento diferente deste”, mas enfatizou que a decisão corresponde ao mais alto tribunal do país.

“Vamos lutar para que o Congresso imponha limites à Corte Constitucional que viola a Constituição, não aceitando o que diz o artigo 11 da Carta Magna, que estabelece textualmente que a vida é inviolável e que na Colômbia não haverá pena de morte."

Jesús Magaña lembrou que "a vida começa no momento da fecundação e a partir desse momento é inviolável".

Magaña disse que, com esta nova sentença de aborto, "os magistrados cometeram um erro mais uma vez, violaram a Constituição que juraram defender e falharam mais uma vez com o povo colombiano".

Esta é uma batalha perdida, mas nós vencemos a guerra”

Andrea Garzón, líder pró-vida colombiana, postou um vídeo no Instagram no qual lamentava que “temos um tribunal de aborto que não protege os direitos humanos dos colombianos. Precisamos continuar lutando, continuar defendendo a vida. Continuaremos a defender os direitos das crianças por nascer".

Fonte: https://www.acidigital.com/

O Papa convoca Dia de oração e jejum em 2 de março: a paz de todos está ameaçada

Audiência geral  (Vatican Media)

Na Audiência geral desta quarta-feira o Papa Francisco falou da sua tristeza sobre o agravamento da situação na Ucrânia e convocou um Dia de oração e jejum pela paz.

Silvonei José - Vatican News

"Peço a todas as partes envolvidas para que se abstenham de qualquer ação que possa causar ainda mais sofrimento às populações, desestabilizando a convivência entre as nações e desacreditando o direito internacional". Dessa maneira o Papa Francisco no final da Audiência Geral, falou sobre a situação na Ucrânia, apelando "aos que têm responsabilidade política para fazer um sério exame de consciência diante de Deus, que é o Deus da paz e não da guerra" e que "quer que sejamos irmãos e não inimigos". "Mais uma vez, a paz de todos está ameaçada por interesses de parte".

Tenho uma grande tristeza em meu coração com o agravamento da situação na Ucrânia. Apesar dos esforços diplomáticos das últimas semanas, cenários cada vez mais alarmantes estão se abrindo. Como eu, muitas pessoas ao redor do mundo estão experimentando angústia e preocupação. Mais uma vez, a paz de todos está ameaçada por interesses de parte. Gostaria de apelar aos responsáveis políticos para que façam um sério exame de consciência diante de Deus, que é o Deus da paz e não da guerra, o Pai de todos, não apenas de alguns, que quer que sejamos irmãos e não inimigos. Peço a todas as partes envolvidas que se abstenham de qualquer ação que possa causar ainda mais sofrimento às populações, desestabilizando a convivência entre as nações e desacreditando o direito internacional.

E o Papa Francisco fez um apelo a todos, crentes e não crentes:

Jesus nos ensinou que à insistência diabólica, à diabólica insensatez da violência se responde com as armas de Deus: com a oração e o jejum. Convido a todos a fazerem no próximo 2 de março, Quarta-feira de Cinzas, um dia de jejum pela paz. Encorajo, de modo especial os crentes a se dedicarem intensamente à oração e ao jejum naquele dia. Que a Rainha da Paz preserve o mundo da loucura da guerra.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Quaresma: por que o peixe não é considerado “carne”?

Shutterstock-Prostock-studio
Por Adriana Bello

E por que não podemos comer frango, se podemos comer peixe?

Jesus jejuou durante 40 dias e morreu em uma sexta-feira. Por isso, embora algumas pessoas decidam não comer carne durante toda a Quaresma, as sextas-feiras são os dias mais importantes. Antigamente, em alguns países católicos, em todas as sextas-feiras do ano só se consumia peixe.

É preciso recordar que esta abstinência de carne é feita para honrar o sacrifício do Senhor ao morrer na cruz para limpar nossos pecados.

Carne vermelha

Desde a antiguidade, a carne vermelha foi símbolo de opulência e celebração. Por isso, consumi-la durante a Quaresma não combinaria com o sentimento de penitência e humildade desta época litúrgica.

Em sua “Suma Teológica”, São Tomás de Aquino explica que o consumo de carne vermelha também dá mais prazer, já que ela é mais saborosa. Abster-se dela seria demonstração de um grande sacrifício.

“Ah, então são apenas as canes vermelhas que são proibidas”, pensarão alguns. Não, o frango – que é carne branca – também não é permitido na Quaresma. Mas por que então o peixe está liberado?

Frango

Como escreveu São Paulo, “Nem todas as carnes são iguais: uma é a dos homens e outra a dos animais; a das aves difere da dos peixes” (I Coríntios 15, 39).

Neste sentido, São Tomás de Aquino adverte que o frango também proporciona prazer. Talvez não tanto quanto o da carne vermelha, mas ele é um animal de “sangue quente” e da terra, diferenciando-se do peixe.

O jejum foi instituído pela Igreja com a finalidade de frear as concupiscências da carne, que considera os prazeres do tato relacionados à comida e ao sexo. Portanto, a Igreja proibiu aos que jejuam os alimentos que dão mais prazer ao paladar, além de serem um incentivo à luxúria. Tais são as carnes dos animais que tomam seu descanso na terra e os seus derivados, como o leite e os ovos das aves”.

Não obstante, com o passar dos anos, a Igreja foi flexibilizando esta regra. Em alguns países, a carne de capivara, por exemplo, é permitida, já que a Igreja a considera como carne de peixe, apesar de ela ser um mamífero aquático.

Frutos do mar

E em relação aos frutos do mar, como moluscos e crustáceos? Alguns membros do clero acreditam que a ostra e a lagosta devem ficar fora da lista de carnes permitidas na Quaresma, já que, embora aquáticas, também estão associadas ao luxo e ao extremo prazer.

Quanto aos derivados animais (ovos, leite e queijo), também há divergências dentro da Igreja. Alguns os consideram pertinentes, pois não são o animal em si. Mas outros dizem que é preferível substituí-los.

Regra

Em resumo: a carne permitida às sextas-feiras da Quaresma (e na Quarta-feira de Cinzas) é aquela que provém do mar, dos lagos e dos rios, com algumas exceções.Assim como Jesus deu sua carne e sangue por nós, jejuar é uma mostra de gratidão.

Explicado isso, é importante dizer que, embora o peixe possa ser consumido, seu preparo deve ser simples. Os doentes, crianças menores de 14 anos, pessoas com problemas mentais, mulheres que amamentam e aqueles que têm restrições alimentares podem descumprir a norma.

Apesar de não ser um mandamento, abster-se de certos gostos gastronômicos nos proporciona um senso de humildade, abnegação, agradecimento e penitência. É uma maneira de recordar e viver o tempo da Quaresma em verdadeira preparação para a Páscoa.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Papa Francisco inicia série de catequeses sobre o valor da velhice

Papa Francisco na Audiência Geral / Daniel Ibáñez (ACI)

Vaticano, 23 fev. 22 / 09:58 am (ACI).- O papa Francisco iniciou uma série de catequeses sobre o significado e o valor da velhice, na Audiência Geral desta quarta-feira, 23 de fevereiro. A velhice “está entre as questões mais urgentes que a família humana é chamada a enfrentar neste momento”, disse o papa.

“Com estas catequeses sobre a velhice, gostaria de encorajar todos a investirem os seus pensamentos e afetos nos dons que ela tem em si e proporciona às outras idades da vida. A velhice é um dom para todas as idades da vida. É um dom de maturidade, de sabedoria”, disse Francisco. “A Palavra de Deus ajudar-nos-á a discernir o sentido e o valor da velhice”.

Que “o Espírito Santo nos conceda também os sonhos e as visões de que necessitamos”, orou o papa.

O papa citou a passagem bíblica do profeta Joel: “Os vossos anciãos terão sonhos, os vossos jovens terão visões” para explicar que “deve haver uma aliança entre as gerações”.

“Se os avós se voltam para suas melancolias, os jovens vão olhar ainda mais para seus celulares. A tela pode permanecer ligada, mas a vida se extingue antes do tempo.”, disse o papa.

“Os idosos, com os recursos que só os anos de vida concedem, são chamados a comunicar seus sonhos, para que a partir deles os jovens possam ampliar seus horizontes e tomar decisões que abram caminhos para o futuro”.

Francisco disse: “todos vivemos em um presente onde convivem crianças, jovens, adultos e idosos. No entanto, a proporção mudou: a longevidade tornou-se massa e, em grandes regiões do mundo, a infância é distribuída em pequenas doses”.

“Na primeira fase dramática da pandemia, foram eles que pagaram o preço mais alto”, comentou o papa. “Já eram a parte mais frágil e negligenciada: não olhávamos muito para eles quando eram vivos, nem sequer os vimos morrer”.

Francisco descreveu que o risco de os idosos serem descartados “é ainda mais frequente” porque “os idosos muitas vezes são vistos como um peso”.

“Junto com a migração, a velhice está entre as questões mais urgentes que a família humana é chamada a enfrentar neste momento. Não se trata apenas de uma mudança quantitativa. Eestá em jogo a unidade das idades da vida, ou seja, o verdadeiro ponto de referência para a compreensão e apreciação da vida humana em sua totalidade”, disse o papa.

Francisco advertiu que "a exaltação da juventude como a única idade digna de encarnar o ideal humano, aliada ao desprezo pela velhice vista como fragilidade, degradação ou deficiência, foi o ícone dominante do totalitarismo do século XX".

"Será que esquecemos isso?”

“Na representação do sentido da vida, e nas chamadas culturas ‘desenvolvidas’, a velhice tem pouca incidência. Porque é considerada uma idade que não tem conteúdos especiais para oferecer, nem significados próprios para viver.”

O papa destacou que “falta o incentivo das pessoas a procurá-los, e falta educação da comunidade para reconhecê-los”.

“Em suma, para uma idade que é parte decisiva do espaço comunitário e se estende por um terço de toda a vida, há – às vezes – planos de assistência, mas não projetos de existência. Planos de assistência, sim; mas não projetos para fazê-los viver plenamente. E isso é um vazio de pensamento, imaginação, criatividade”, disse ele.

Francisco recomendou a leitura de a "Carta para os direitos dos idosos e os deveres da comunidade" que encontrou editada em italiano "pelos governos, não foi editada pela Igreja, é uma coisa laica" e descreveu que "este desafio de humanidade e de civilização requer o nosso empenho e a ajuda de Deus” por isso convidou: “Peçamo-lo ao Espírito Santo”.

Dedicar tempo aos idosos

Na sua saudação aos peregrinos de língua portuguesa, Francisco recordou a festa da Cátedra de São Pedro que a Igreja celebra no dia 22 de fevereiro e encorajou-os a “encontrar o Senhor Jesus que nos diz: Segue-me!”.

“Lembremos que segui-Lo significa sair de nós mesmos e comunicar a vida a todos, concretamente dando o nosso tempo ao avô, à avó, aos idosos”, disse o papa.

Saudando os fiéis de língua italiana, o papa mencionou a memória litúrgica de são Policarpo que a Igreja celebra neste dia 23 de fevereiro e sublinhou "que a sua fidelidade a Cristo, até o martírio, desperte em todos o desejo de seguir o divino Mestre cooperando generosamente em seu trabalho de reconciliação e paz”.

Dia de jejum pela paz na Ucrânia

Por fim, o papa Francisco lamentou o "agravamento da situação na Ucrânia. Apesar dos esforços diplomáticos das últimas semanas, estão a abrir-se cenários cada vez mais alarmantes" porque "uma vez mais a paz de todos é ameaçada por interesses de parte".

O papa recordou que o Senhor é "Deus da paz e não da guerra; que é o Pai de todos e não apenas de alguns, que quer que sejamos irmãos e não inimigos".

"Peço a todas as partes envolvidas para que se abstenham de qualquer ação que possa causar ainda mais sofrimento às populações", disse.

Francisco lançou um apelo "a todos, crentes e não crentes" para que no próximo dia 2 de março - Quarta-feira de Cinzas - realizem um "Dia de jejum pela paz".

“Encorajo de modo especial os crentes a fim de que naquele dia se dediquem intensamente à oração e ao jejum. Que a Rainha da paz preserve o mundo da loucura da guerra”, concluiu o papa.

Fonte: https://www.acidigital.com/



SANTA JOSEFINA VANNINI, VIRGEM

Santa Josefina Vannini | Vatican News
23 de fevereiro

S. JOSEFINA VANNINI, VIRGEM

"Cuidem dos pobres enfermos com o mesmo amor de uma mãe amorosa que cuida do seu único filho doente".

A chamada do Senhor irrompeu bem cedo na vida de Judite – este foi o nome que recebeu de seus pais -, mas a resposta do seu sim ao Esposo foi bem mais difícil que o previsto. Tanto é verdade, que teve que sofrer muito antes de realizar seu sonho: receber finalmente o véu religioso.

O caminho da Cruz

O Senhor, quase sempre, prepara as almas mais fortes para segui-lo no caminho do sofrimento. Assim também aconteceu com Judite que, ao ficar órfã dos pais, aos quatro anos de idade, viveu para sempre separada dos seus dois irmãozinhos.
De certa forma, foi assim que ela disse seu primeiro sim, aceitando viver entre as órfãs do Orfanato Torlônia, em Roma, dirigido pelas Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. Ali, sua vocação amadureceu logo, porém, não encontrava um Instituto onde desabrochar. Durante o noviciado, com as mesmas religiosas, foi transferida, várias vezes, e, enfim, demitida, definitivamente, por questão de saúde.

Um encontro mudou sua vida

Voltando a Roma, para visitar sua tia e, depois, em Nápoles, onde trabalhou como professora de Jardim de Infância, Judite continuava inquieta, pois sabia que não era aquele seu caminho.
Em 1891, participou de um Curso de exercícios espirituais para jovens senhoras, junto às Irmãs de Nossa Senhora do Cenáculo, em Roma, onde conheceu o sacerdote camiliano, Padre Luigi Tezza, chamado, no último momento, para substituir o pregador. No final do retiro espiritual, Judite foi ter com o Padre Tezza e lhe contou a sua história. O sacerdote, que era Procurador-geral, encarregado de restaurar a vida das Terciárias Camilianas, compreendeu os desígnios divinos de Judite e lhe convidou a fazer parte deste projeto. Judite refletiu, mas, depois, aceitou, dizendo: “Eis-me aqui à sua disposição; não sou capaz de fazer nada, mas confio em Deus”.

O calvário do novo Instituto

Em 2 de fevereiro de 1892, a nova comunidade começou a se formar, com uma cerimônia, que se realizou na sala onde São Camilo de Lellis havia falecido, transformada em Capela. O novo Instituto teve início com Judite e outras duas jovens, que o Padre Tezza havia formado, com a imposição do escapulário cruzado.
Três anos depois, Judite, que recebeu o nome de Irmã Josefina, tornou-se superiora geral. No entanto, o novo Instituto precisava da aprovação definitiva da Autoridade eclesiástica: o Papa Leão XIII a rejeitou duas vezes, exigindo que a nova família se afastasse de Roma e se tornasse Pia Associação.
Entretanto, outra provação estava à espreita: circulavam boatos difamatórios sobre a conduta do Padre Tezza, que até foi proibido de entrar em contato com as Irmãs. Decepcionado com a situação, em total obediência, partiu, em 1900, para o Peru, de onde não voltou mais, deixando Madre Josefina sozinha, que nunca desanimou.

O carisma das Filhas de São Camilo

Em 1911, quando Josefina Vannini faleceu, as Camilianas já contavam 156 religiosas professas e 16 Casas religiosas entre a Europa e a América.
A principal herança que a fundadora - beatificada por São João Paulo II, em 1994 e canonizada pelo Papa Francisco, em 2019 – deixou às suas Irmãs foi “a pura e simples assistência física e espiritual aos enfermos, tanto a domicílio como em hospitais, leprosários e asilos, centros de reabilitação Europeus e em terras de missão. Precisamente como Jesus queria”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Policarpo de Esmirna

S. Policarpo | arquisp
23 de fevereiro

São Policarpo de Esmirna

Nascido em uma família cristã da alta burguesia no ano 69, em Esmirna, Ásia Menor, atual Turquia. Os registros sobre sua vida nos foram transmitidos pelo seu biógrafo e discípulo predileto, Irineu, venerado como o "Apóstolo da França" e sucessor de Timóteo em Lion. Policarpo foi discípulo do apóstolo João, e teve a oportunidade de conhecer outros apóstolos que conviveram com o Mestre. Ele se tornou um exemplo íntegro de fé e vida, sendo respeitado inclusive pelos adversários. Dezesseis anos depois, Policarpo foi escolhido e consagrado para ser o bispo de Esmirna para a Ásia Menor, pelo próprio apóstolo João, o Evangelista.

Foi amigo de fé e pessoal de Inácio Antioquia, que esteve em sua casa durante seu trajeto para o martírio romano em 107. Este escreveu cartas para Policarpo e para a Igreja de Esmirna, antes de morrer, enaltecendo as qualidades do zeloso bispo. No governo do papa Aniceto, Policarpo visitou Roma, representando as igrejas da Ásia para discutirem sobre a mudança da festa da Páscoa, comemorada em dias diferentes no Oriente e Ocidente. Apesar de não chegarem a um acôrdo, se despediram celebrando juntos a liturgia, demonstrando união na fé, que não se abalou pela divergência nas questões disciplinares.

Ao contrário de Inácio, Policarpo não estava interessado em administração eclesiástica, mas em fortalecer a fé do seu rebanho. Ele escreveu várias cartas, porém a única que se preservou até hoje foi a endereçada aos filipenses no ano 110. Nela, Policarpo exaltou a fé em Cristo, a ser confirmada no trabalho diário e na vida dos cristãos. Também citou a Carta de Paulo aos filipenses, o Evangelho, e repetiu as muitas informações que recebera dos apóstolos, especialmente de João. Por isto, a Igreja o considera "Padre Apostólico", como foram classificados os primeiros discípulos dos apóstolos.

Durante a perseguição de Marco Aurélio, Policarpo teve uma visão do martírio que o esperava, três dias antes de ser preso. Avisou aos amigos que seria morto pelo fogo. Estava em oração quando foi preso e levado ao tribunal. Diante da insistência do pro cônsul Estácio Quadrado para que renegasse a Cristo, Policarpo disse: "Eu tenho servido Cristo por 86 anos e ele nunca me fez nada de mal. Como posso blasfemar contra meu Redentor? Ouça bem claro: eu sou cristão"! Foi condenado e ele mesmo subiu na fogueira e testemunhou para o povo: "Sede bendito para sempre, ó Senhor; que o vosso nome adorável seja glorificado por todos os séculos". Mas a profecia de Policarpo não se cumpriu: contam os escritos que, mesmo com a fogueira queimando sob ele e à sua volta, o fogo não o atingiu.

Os carrascos foram obrigados a matá-lo à espada, depois quando o seu corpo foi queimado exalou um odor de pão cosido. Os discípulos recolheram o restante de seus ossos que colocaram numa sepultura apropriada. O martírio de Policarpo foi descrito um ano depois de sua morte, em uma carta datada de 23 de fevereiro de 156,enviada pela igreja de Esmirna à igreja de Filomélio. Trata-se do registro mais antigo do martirológio cristão existente.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF