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sexta-feira, 1 de julho de 2022

O Papa às famílias do Caminho Neocatecumenal enviadas em missão

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KIKO ARGÜELLO

Querido Padre:

Agradeço por sua presença, obrigado por ter aceitado enviar estas famílias em missão.

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Saudamos o Cardeal Kevin Farrell, os Arcebispos e Bispos presentes e também os membros do Dicastério “Leigos, Família e Vida”, que aceitaram compartilhar este acontecimento conosco.

Santo Padre, antes de iniciar, queremos comunicar-lhe uma notícia que sabemos que vos alegrará: a Arquidiocese de Madri nos informou que a causa de beatificação e canonização de Carmen Hernandez será aberta agora oficialmente. Um aplauso a Carmen!

Quero, em primeiro lugar, apresentar as famílias em missão na Ucrânia, que no início da guerra, com grande sofrimento, tiveram que abandonar a nação, mas que estão desejando voltar, por um milagre da graça de Deus. Dizem: “Como não vamos voltar se ali deixamos tantos irmãos, tantas pessoas que necessitam de nós?” Coloquem-se de pé as famílias que estão na Ucrânia.

Apresentamos agora as famílias missionárias.

Coloquem-se de pé as famílias em missão nas nações que agora serão nomeadas: Rússia, Letônia, Lituânia, Estônia, Romênia, Bulgária, Hungria, Áustria, Alemanha, França, Suécia, Noruega, Islândia, Grã Bretanha, Irlanda, Itália, Chipre, Grécia, Espanha, Portugal, Turquia, Albânia, Sérvia, Montenegro, Croácia e Moldávia. Um aplauso para todas as que vão à Europa.

Apresentamos agora as famílias que vão à Ásia: Cazaquistão, Mongólia, Japão, Coréia do Sul, Taiwan, Camboja, Laos. Um aplauso.

Para a América: Canadá, Estados Unidos, México, Porto Rico, Jamaica, Chile, Equador (Amazônia) e Argentina. Um aplauso.

Para a África: Egito, Tunes, Etiópia, Sudão, Quênia, Camarões, Uganda, Gabão, Guiné Equatorial, Cabo Verde, Costa do Marfim e África do Sul. Um aplauso.

Para Austrália e Oceania. Um aplauso.

Apresentamos os itinerantes Responsáveis do Caminho Neocatecumenal em 134 nações. Um aplauso.

Os outros presbíteros aqui presentes.

Os seminaristas dos seminários Redemptoris Mater.

E, finalmente, a tantos irmãos das comunidades neocatecumenais de Roma.

Santo Padre, é um belíssimo espetáculo o que viveremos hoje aqui. Nesta geração, Deus está chamando as famílias, a imagem da Sagrada Família de Nazaré, a levar a alegria do amor de Deus aos homens que ainda não o conhecem.

São 430 as Famílias que estão esperando ser confirmadas e enviadas pelo senhor, para que, cheias do Espírito Santo, possam partir para ser testemunhas do amor e do poder de Cristo Ressuscitado. Obrigado, Santo Padre, por estar aqui conosco.

Estas famílias têm necessidade de serem confirmadas por Pedro. Ante as muitas dificuldades que encontrarão e as tribulações que chegarão, a presença do Papa será para elas uma consolação, uma grande ajuda e uma defesa.

O Caminho Neocatecumenal é fruto do Concílio Vaticano II, como reconheceu desde seus inícios São Paulo VI. Este itinerário de iniciação cristã leva as pessoas a uma fé adulta, mediante o redescobrimento das riquezas de nosso batismo.

Ante o fenômeno da secularização, do ateísmo e da crise de valores morais, culturais e filosóficos, é sem dúvida algo maravilhoso que o Senhor tenha suscitado famílias inteiras, com seus filhos, para emigrar e transplantar-se a regiões mais secularizadas e mais pobres para levar o anúncio de Jesus Cristo.

Cristo ressuscitou! Aqui está o porquê de estes irmãos deixarem suas casas, seus parentes, seus amigos, sua própria terra e irem evangelizar, porque Cristo lhes concedeu participar em sua vitória sobre o pecado e sobre a morte e podem oferecer sua vida aos demais.

Recordamos com agradecimento as palavras que nos dirigiu na última vez que nos encontramos, em 4 de maio de 2018, em Tor Vergata, por ocasião do 50º aniversário do Caminho: “Sois um dom do Espírito Santo para a Igreja”. Por isso, antes de escutar o Evangelho, queremos invocar o Espírito Santo para que ajude as famílias que agora saem e as famílias que estão em missão. Peçamos para eles o Espírito Santo, com seus dons, para que possam ter paciência nos sofrimentos e encontrem o verdadeiro repouso na Cruz de Cristo. Todos necessitamos do Espírito Santo, porque sem Ele não há nada puro nem santo em nós. Cantemos um hino ao Espírito Santo.


CnCMadrid | neocatechumenaleiter

PAPA FRANCISCO

Nesta manhã, 27 de junho de 2022, na Sala Paulo VI, o Santo Papa Francisco recebeu em Audiência as Famílias do Caminho Neocatecumenal enviadas em missão e lhes dirigiu as palavras que publicamos a seguir:

PALAVRAS DO SANTO PADRE

Escutamos a missão de Jesus: “Ide, dai testemunho, anunciai o Evangelho!” Desde esse dia os apóstolos, os discípulos, todas as pessoas seguiram em frente com a mesma força que Jesus lhes havia dado: é a força que vem do Espírito. “Ide e anunciai… Batizai!”.

Mas sabemos que, uma vez que batizamos, a comunidade que nasce desse Batismo é livre, é uma nova Igreja; nós devemos deixá-la crescer, ajudá-la a crescer com as próprias modalidades, com a própria cultura… Esta é a história da evangelização. Todos iguais quanto à fé: creio em Deus Pai, Filho e Espírito Santo, o Filho que se encarnou, morreu e ressuscitou por nós, o Espírito que nos ajuda e nos faz crescer: a mesma fé. Mas todos com a modalidade da própria cultura e da cultura do lugar onde a fé foi anunciada.

Este trabalho, esta riqueza pluricultural do Evangelho, que nasce do anúncio de Jesus Cristo e se faz cultura, é, em certo sentido, a história da Igreja: tantas culturas, mas o mesmo Evangelho. Tantos povos, o mesmo Jesus Cristo. Tantas boas vontades, o mesmo Espírito. E a isto estamos chamados: seguir em frente com a força do Espírito, levando o Evangelho no coração e nas mãos. O Evangelho de Jesus Cristo não é meu: é de Jesus Cristo, que se adapta às diferentes culturas, mas é o mesmo. A fé cresce, a fé se incultura, mas a fé sempre é a mesma.

Este espírito missionário, ou seja, o deixar-se enviar, é uma inspiração para todos vós. Agradeço-vos em nome d’Ele, e vos peço docilidade ao Espírito que vos envia, docilidade e obediência a Jesus Cristo em sua Igreja. Tudo na Igreja, nada fora da Igreja. Esta é a espiritualidade que nos deve acompanhar sempre: anunciar Jesus Cristo com a força do Espírito na Igreja e com a Igreja. E quem é a cabeça – digamos assim – das diferentes Igrejas é o Bispo: ir adiante sempre com o Bispo, sempre. Ele é a cabeça da Igreja, neste País, neste Estado…

Segui em frente! Ânimo! Obrigado por vossa generosidade. Não vos esqueçais do olhar de Jesus, que vos enviou a cada um de vós a anunciar e a obedecer a Igreja. Muito obrigado.

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Fonte: https://neocatechumenaleiter.org/pt-br

Por que os futuros padres deitam no chão durante a ordenação

© VINCENZO PINTO / AFP

Na liturgia, os gestos realizados destinam-se a unir alma e corpo no mesmo sentimento.

Quem já assistiu a uma Missa de ordenação sacerdotal sabe que ela é tão longa quanto bonita (e solene)! Entre outros ritos especiais, antes da ordenação propriamente dita, os homens a serem ordenados deitam-se no chão enquanto todos rezam a Ladainha dos Santos: este é o momento chamado de prostração.

Simbolicamente este é o sinal da entrega total da própria vida a Deus. De fato, na liturgia, os gestos realizados destinam-se a unir alma e corpo no mesmo sentimento.

Um sinal de submissão

Na ordenação sacerdotal, depois da promessa dos eleitos, o bispo reza:

“Oremos, irmãos caríssimos,
a Deus Pai todo-poderoso,
para que conceda a abundância dos dons celestes
a este seu servo que Se dignou escolher
para o ministério…”

A assembleia invoca todos os eleitos que já vivem em Deus, poderosos intercessores para que os ordenandos recebam todas as graças necessárias para seu ministério. Os futuros sacerdotes, então, prostram-se ao chão, em sinal de submissão.

Sim, eles se humilham para que a consagração que se segue seja um presente, e não um poder, um serviço, não um privilégio. Uma atitude vivida por Cristo no Getsêmani:

“Adiantou-se um pouco e, prostrando-se com a face por terra, assim rezou: ‘Meu Pai, se é possível, afasta de mim este cálice! Todavia, não se faça o que eu quero, mas sim o que tu queres.'”

(Mateus 26,39)

Mediadores entre o Céu e a terra

De fato, é Deus quem faz sacerdotes e lhes dá a força necessária para que o mandamento do amor possa ser vivido no mundo.

Eles responderam livremente a um chamado de Deus, mas eles sabem – e seu corpo o expressa – que são mediadores entre a terra e o Céu.

Além disso, sua silhueta alongada não representa, por analogia, essa ponte entre o homem e Deus?

Diáconos e bispos

Os diáconos e bispos, no dia da ordenação, também rezam de bruços durante a invocação dos santos. Um momento impressionante, especialmente para aquele que deve ser ordenado.

Um seminarista que se tornou padre em 25 de junho de 2022 lembra que este foi “um momento muito forte de abandono ao Pai”. Ele acrescentou:

“A pessoa se encontra ali, sozinha com Aquele a quem oferece sua vida”.

Como muitos padres embelezam a Igreja nestes dias com o dom de suas vidas, façamos nossa própria oração, a mesma que conclui a ladainha dos santos e a prostração:

“Senhor nosso Deus,
ouvi as nossas preces:
derramai sobre este vosso servo
a abundância da graça sacerdotal
e fazei descer sobre ele
o poder da vossa bênção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amém.”

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pesquisa traça o perfil dos católicos no Brasil

Foto: Cathopic/amorsanto.
Os dados apresentados revelam ainda que a maioria da população brasileira é cristã, sendo que destes, 51% declara seguir a doutrina católica.

Redação (30/06/2022 10:02, Gaudium Press) O instituto Datafolha divulgou esta semana os resultados de uma pesquisa questionando a experiência religiosa dos brasileiros. Dentre os dados divulgados, destacamos alguns relacionados ao perfil dos católicos, que pela primeira vez foi traçado pelo Datafolha.

Maioria da população brasileira é católica

A maioria da população brasileira é cristã, sendo que destes, 51% declara seguir a doutrina católica. Apesar disso, apenas 48% dos católicos se diz praticante, outros 51% confessa ser não praticante e 1% não soube opinar sobre o assunto.

Ainda entre os católicos, somente 17% frequenta a igreja ao menos duas vezes por semana e 8% diz só ir às celebrações eucarísticas uma vez por ano. Além disso, somente 34% dos católicos contribui financeiramente com a igreja de forma regular. Importante ressaltar que, enquanto as contribuições dos católicos se mantiveram, houve uma diminuição nas ofertas da comunidade evangélica.

Idade influencia na prática da religião

De acordo com a pesquisa, a tendência é que a idade influencie na participação ativa aos ritos católicos. Entre os que estão com 60 anos ou mais, 58% exercita a religião diariamente. Já entre os que estão na faixa dos 16 a 24 anos, apenas 42% seguem esse piedoso hábito.

Os dados apresentados revelam ainda que as mulheres (51%) participam mais na Igreja Católica do que os homens (45%). E ainda que os habitantes da região norte do Brasil participam de forma mais constante das atividades religiosas (41%) do que os da região sul (18%).

Classes sociais mais baixas são mais assíduas

Segundo o Datafolha, os brasileiros pertencentes às classes sociais mais baixas são mais assíduos no serviço religioso. Dentre os que recebem até dois salários mínimos, 31% assegura frequentar a igreja ao menos duas vezes por semana. Número que cai entre os que recebem mais de dez salários (19%).

A pesquisa ocorreu entre os dias 22 e 23 de junho, período no qual foram entrevistadas 2.556 pessoas em 181 cidades diferentes. Segundo o Datafolha, a margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para cima ou para baixo. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Santo Oliver Plunkett

S. Oliver Plunkett | arquisp
01 de julho

Santo Oliver Plunkett

Oliver Plunkett, irlandês, nasceu no ano de 1625, em Loughcrew, numa família de nobres. Ele queria ser padre, mas para realizar sua vocação estudou particularmente e na clandestinidade. Devido à perseguição religiosa empreendida contra os católicos, seus pais o enviaram para completar o seminário em Roma, onde recebeu a ordenação em 1654.

A ilha irlandesa pertence à Coroa inglesa e possuía maioria católica. Mas como havia rompido com a Igreja de Roma, o exército real inglês, liderado por Cromwel, assumiu o poder para conseguir a unificação política da Inglaterra, Escócia e Irlanda. Obcecado pelo projeto, mandara até mesmo assassinar o rei Carlos I. E na Irlanda não fez por menos, todos os religiosos, sem exceção, foram mortos, além de leigos, militares e políticos; enfim, todos os que fossem católicos. Por isso o então padre Plunkett ficou em Roma exercendo o ministério como professor de teologia.

Em 1669, o bispo da Irlanda, que estava exilado na Itália, morreu. Para sucedê-lo, o papa Clemente IX consagrou o padre Oliver Plunkett, que retornou para a Irlanda viajando como clandestino. Dotado de carisma, diplomacia, inteligência, serenidade e de uma fé inabalável, assumiu o seu rebanho com o intuito de reanimar-lhes a fé. Junto às autoridades ele conseguiu amenizar os rigores impostos aos católicos.

Porém Titus Oates, que fora anglicano e depois conseguiu tornar-se jesuíta, ingressando num colégio espanhol, traiu a Igreja romana. Ele, para usufruir os benefícios da Coroa inglesa, apresentou uma lista de eclesiásticos e leigos afirmando que tentariam depor o rei Carlos II. Nessa relação estava o bispo Plunkett, que foi condenado à morte por decapitação pública.

A execução ocorreu em Londres, no dia 1o de julho de 1681. Antes, porém, ele fez um discurso digno de um santo e mártir. Segundo registros da época, o seu heroísmo na hora do martírio, somado ao seu discurso, contribuiu para a glória da Igreja de Roma mais do que muitos anos do mais edificante apostolado.

O seu culto foi confirmado no dia 1o de julho ao ser beatificado em 1920. Canonizado pelo papa Paulo VI em 1975, santo Oliver Plunkett possui duas sepulturas. O seu corpo esta na Abadia de Downside, em Londres, enquanto sua cabeça esta na Abadia de Drogheda, na Irlanda. Ele foi o último católico condenado à morte na Inglaterra em razão de sua fé.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

O Papa: na guerra, não se dança o minueto, mata-se

Papa Francisco sendo entrevistado pela jornalista Bernarda Llorente, da
agência de notícias argentina Télam  (Vatican Media)

Entrevista da agência Télam com o Papa Francisco. O Papa reitera que os conflitos são gerados pela falta de diálogo e expressa desilusão perante a incapacidade da ONU de detê-los. No balanço de quase dez anos de pontificado, a consciência de ter atuado como um catalisador das exigências do Colégio dos Cardeais. Também o convite à sua América Latina para se libertar dos "imperialismos exploradores", promovendo o encontro entre povos e soberania.

Antonella Palermo - Vatican News

"Não podemos voltar à falsa segurança das estruturas políticas e econômicas que tínhamos antes". Esta é uma das passagens mais significativas da longa entrevista concedida pelo Papa Francisco a Bernarda Llorente, da principal agência de notícias da Argentina, a Télam. O Pontífice articula suas reflexões desde a pandemia até o cuidado da casa comum, dos jovens ao compromisso na política, da Igreja na América Latina à crise das instituições, voltando ao grande tema da guerra e por fim tentando fazer um balanço de seu pontificado. É, portanto, sobre a questão central de como as crises são tratadas ou não são tratadas que o Papa se move primeiramente, que nos lembra que, se estes compromissos não forem enfrentados, se transformam em conflito. "E o conflito é algo fechado, busca a solução dentro de si mesmo e se autodestrói".

África sem vacinas: exemplo de má gestão da pandemia

Francisco fala sobre a atitude que está sendo imposta diante da epidemia do coronavírus que, confessa, não lhe agrada. O exemplo dado é o da África deixada sem um suprimento suficiente de vacinas; ele vê, em suma, outros interesses na administração, à luz do fato de que - afirma - "algo não funcionou". "Usar a crise em proveito próprio significa sair mal e, acima de tudo, sair sozinho", reitera ele. E, portanto, critica a presunção de que um único grupo possa sair da crise: segundo o Papa isso é uma ilusão. Francisco fala de "salvação parcial, econômica, política ou de certos setores do poder".

A guerra é uma falta de diálogo

Entre as crises mais dramáticas está a guerra, à qual a entrevista dedica um exame aprofundado na segunda parte. A referência à Ucrânia é explícita, mas o Papa também lembra - em uma abordagem progressiva de nossos dias - as tragédias de Ruanda, Síria, Líbano e Mianmar. "Uma guerra, infelizmente, é uma crueldade por dia. Na guerra, não se dança o minueto, mata-se", aponta amargamente o Pontífice, denunciando novamente a estrutura de venda de armas que a favorece. Também retorna ao conceito de "guerra justa": "Pode haver uma guerra justa, existe o direito de se defender, mas a forma como o conceito é usado hoje deve ser repensado", diz Francisco, que mais uma vez chama a atenção para a importância de saber ouvir uns aos outros - mesmo simplesmente na vida comum - para poder dialogar e assim dissipar qualquer possibilidade de conflito. A este respeito, ele recorda sua visita ao cemitério de Redipuglia para o centenário da guerra de 1914, suas lágrimas impossíveis de conter. Também aconteceu no cemitério de Anzio: "Que crueldade", comenta. Pensando nos desembarques na Normandia e nos 30 mil jovens que perderam suas vidas na praia pelos nazistas, se pergunta: "Isso é justificável? E convida as pessoas a visitarem cemitérios militares na Europa, pois isso ajuda a perceber isso.

A ONU não tem o poder de se impor para acabar com as guerras

À luz destas observações, com a franqueza com que o Papa está acostumado a se expressar, confessa sua desilusão com o trabalho das Nações Unidas que - por mais que ajudem a evitar guerras (pensando em Chipre, por exemplo) - não consegue detê-las, "não tem nenhum poder". À solicitação da jornalista, o Papa chega ao ponto de dizer que existem algumas "instituições beneméritas" em crise (sobre as quais reserva alguma esperança) e outras empenhadas na resolução de questões internas. Apela para o uso de coragem e criatividade em instituições internacionais para superar o que ele define de situações "mortais".

A natureza "não perdoa”

A outra crise, a ambiental – sobre a qual o Papa fala mais uma vez, antes de sintetizar o estilo que inspirou seu Magistério nestes quase dez anos de pontificado - não é negligenciada. Francisco fala do uso distorcido que o homem faz da natureza, que, no entanto, "faz você pagar": você a usa, ela o sobrecarrega. Estamos agredindo continuamente o universo. "Usamos mal nossas forças", afirma o Papa. A preocupação com o aquecimento global o leva a recontar mais uma vez a gênese da encíclica "Laudato Si", e a apontar que a natureza não é vingativa, mas "não perdoa", se pusermos em marcha processos degenerados.

Confiança nos jovens, mesmo que sejam desencorajados. Tradição não é retroceder

O universo da juventude ocupa uma grande parte da entrevista. Em particular, o Papa se detém no desengajamento político que parece estar emergindo inexoravelmente: "eles estão desanimados", diz Francisco, que inclui acordos mafiosos e corrupção entre as causas do desencantamento. Daí o convite do Papa para aprender, em vez disso, "a ciência da política, da convivência, mas também da luta política que nos purifica do egoísmo e nos faz progredir". No entanto, o Papa mostra que tem confiança nos jovens, mesmo que eles geralmente não vão à missa: o importante é ajudá-los a crescer e acompanhá-los. Em seguida, citando o compositor Mahler, lembra: "A tradição é a garantia do futuro". Não se trata de uma peça de museu. É o que lhe dá vida, desde que faça crescer. É completamente diferente de ir para trás, que é um conservadorismo insalubre".

A filosofia da alteridade para derrotar os "males do espelho”

Francisco também descreve o que ele considera os males de nosso tempo: narcisismo, desencorajamento e pessimismo, os males da chamada psicologia do espelho. Segundo ele, eles são combatidos com o senso de humor "que torna mais humano" e com o confronto, com a filosofia da alteridade.

Em 2023, dez anos de pontificado: reuni sugestões das reuniões pré-conclave

Em vista dos dez anos da sua eleição em 2023, ele foi solicitado a fazer um balanço de sua atividade no Trono de Pedro. O Papa Francisco enfatiza que "reuniu tudo o que os cardeais haviam dito nas reuniões pré-conclave". "Creio que nada seja original da minha parte", admite, "mas eu comecei o que todos tínhamos decidido juntos". É em essência o estilo que produziu a nova Constituição Apostólica Praedicate Evangelium, o resultado de oito anos e meio de trabalho e consultas que já estavam em preparação há algum tempo. Surgiu assim a experiência missionária da Igreja. O Papa insiste em não reivindicar toda a autoria, no sentido de que foi como o catalisador de um processo: "Isto é, não são minhas ideias. Que fique claro. São as ideias de todo o Colégio dos Cardeais que pediram isso".

A marca latino-americana

O Papa Bergoglio reconhece que existe uma abordagem tipicamente latino-americana de ser uma Igreja em diálogo com o povo de Deus, que ele inevitavelmente imprimiu no Magistério. Aproveita a oportunidade, a este respeito, para lembrar o fato de que a Igreja "foi distorcida quando o povo não pôde se expressar e acabou sendo uma Igreja de chefes, com agentes pastorais no comando". Ele recomenda a leitura do filósofo argentino Kush "quem melhor capturou o que seja um povo". Francisco assinala que o povo latino-americano soube manifestar seu verdadeiro protagonismo precisamente no âmbito religioso, mas não esquece de mencionar as tentativas de ideologização da própria Igreja, como instrumento de análise marxista da realidade para a Teologia da Libertação. "Foi uma instrumentalização ideológica, um caminho de libertação - digamos assim - da Igreja popular latino-americana. Mas as pessoas são uma coisa, os populismos são outra”, esclarece.

Encontro de povos e soberania: o trabalho para a América Latina, além das ideologias

"A Igreja latino-americana apresenta em alguns casos aspectos de subordinação ideológica", continuou o Papa, "houve e continuará havendo, porque esta é uma limitação humana. Mas é uma Igreja que soube e sabe expressar cada vez melhor sua piedade popular". O Pontífice reitera a importância de olhar o mundo a partir das periferias existenciais e sociais, precisamente à luz da ligação entre estas e o povo. Daí o convite para visitar idosos aposentados, crianças, bairros, fábricas, universidades, "onde se vive o cotidiano. E é lá que o povo se mostra". O olhar de Francisco para seu continente natal é o de quem o vê em um caminho lento, de luta, do sonho de San Martín e Bolívar, pela unidade. "Sempre foi vítima, e será sempre uma vítima até ser completamente liberada dos imperialismos exploradores", assinala, observando que todos os países têm este problema. Por isso, ele pede que se trabalhe para o encontro de "todos os povos da América Latina, além das ideologias, com soberania, para que cada povo sinta que tem sua própria identidade e, ao mesmo tempo, precise da identidade do outro. Não é fácil", admite o Papa.

Atenção às distorções da realidade na mídia: ser honestos

Quanto à importância da voz do Papa Francisco no mundo de hoje, em nível social e político, o pontífice aponta para a coerência, entre o que ele sente diante de Deus e os outros, que guia suas ações e as suas afirmações. E acrescenta que não está preocupado se não conseguirem realmente mudar as coisas, embora ele queira que mudem. Reflete sobre o fato de que tem que ter muito cuidado com o risco de manipulação de seu pensamento pela mídia e dá o exemplo de uma controvérsia que surgiu, no contexto dos comentários sobre a guerra na Ucrânia, pela omissão da condenação de Putin. E diz: "A realidade é que o estado de guerra é algo muito mais universal, mais sério, e não existem os bons e os malvados. Estamos todos envolvidos e isto é o que temos que aprender". De modo mais geral, Francisco adverte contra as tendências da mídia que levam à distorção da realidade enquanto comunicar, observa, significa "engajar-se bem". E, a este respeito, evoca os quatro "pecados da comunicação": desinformação (dizer o que é conveniente); calúnia (inventar em detrimento de uma pessoa); difamação (atribuir a alguém um pensamento que entretanto mudou); coprofilia (amor à sujeira, gosto pelo escândalo). "A comunicação é algo sagrado" e deve ser feita com "honestidade e autenticidade", salienta o Papa que, portanto, pede aos meios de comunicação uma objetividade saudável, "o que não significa que se trate de água destilada". "O comunicador, para ser um bom comunicador, deve ser uma pessoa correta", afirma.

A vida é bela se soubermos esperar, no estilo de Deus

Na parte final da entrevista, Bergoglio recorda a época do conclave, a mudança em sua vida após sua eleição, mas também retorna para recordar sua vida antes de tornar-se pontífice: 'É a história de uma vida que continuou com muitos dons de Deus, muitas falhas de minha parte', confessa, muitas posições não tão universais. Na vida se aprende a ser universal, a ser caridoso, a ser menos maldoso". Fala de altos e baixos no seu caminho e é grato por tantos amigos que o ajudaram, o acompanharam tanto que ele nunca se sentiu sozinho. E, em uma espécie de jogo de espelho para o qual a entrevistadora o convida, Francisco diz com uma pitada de ironia: "Pobrezinho, o que te aconteceu! Mas não é tão trágico ser papa. Pode-se ser um bom pastor". A conversa termina com uma espécie de autoanálise da personalidade de Bergoglio desde que se tornou papa: "Em minha vida tive períodos rígidos, nos quais pretendi demais. Então percebi que não se pode seguir esse caminho, que é preciso saber guiar. Esta é a paternidade que Deus tem". Ele não se esquiva de criticar sua atitude quando era bispo, na qual ele admite ter usado de severidade excessiva. Diz que a vida é bela se soubermos esperar, como Deus faz conosco, um traço do estilo de Deus que ele teria amadurecido com o tempo. "Teremos o Papa Francisco por mais um tempo?" pergunta a entrevistadora. "Deixemos a resposta para Aquele que está no alto", brinca o Papa.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

quinta-feira, 30 de junho de 2022

Homilia aos neófitos sobre o Salmo 41, de São Jerônimo, presbítero

S. Jerônimo | liturgiadashoras

Homilia aos neófitos sobre o Salmo 41, de São Jerônimo, presbítero

(CCL 78,542-544)                (Séc.V)

Entrarei no lugar do admirável tabernáculo

            Como o cervo deseja as fontes das águas, assim minha alma te deseja, ó Deus. Como aqueles cervos desejam as fontes das águas, assim os nossos cervos que, afastando-se do Egito e do século, afogaram o faraó em suas águas e mataram todo o seu exército no batismo, depois da morte do diabo, desejam as fontes da Igreja, isto é, o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

            Que o Pai seja dito fonte, encontramos em Jeremias: Afastaram-me a Mim, fonte de água viva, e cavaram para si cisternas rachadas que não podem reter as águas. Sobre o Filho, lemos em certo lugar: Abandonaram a fonte da sabedoria. E sobre o Espírito Santo: Quem beber da água que eu lhe der, dele brotará uma fonte de água que jorra para a vida eterna, que logo o Evangelista explica tratar-se do Espírito Santo nesta palavra do Salvador. Prova-se assim claramente que as três fontes da Igreja são o mistério da Trindade.  

            A esta Trindade aspira o fiel, aspira o batizado que diz: Minha alma tem sede de Deus, fonte viva. Não quer ver a Deus apenas de leve, mas com todo o ardor, todo abrasado em sede. Com efeito, antes do Batismo, os futuros cristãos falavam entre si e diziam: Quando irei e me apresentarei diante da face de Deus? Agora obtiveram o que pediam: vieram e ficaram diante da face de Deus, apresentaram-se ante o altar, perante o mistério do Salvador.

            Admitidos no Corpo de Cristo e renascidos na fonte da vida, proclamam com confiança: Entrarei no lugar do admirável tabernáculo, até a casa de Deus. A casa de Deus é a Igreja, é ela o admirável tabernáculo, nele mora a voz da exultação e do louvor, o ruído dos convivas.

            Dizei, portanto, vós que agora, guiados por nós, vos revestistes de Cristo, fostes retirados pela palavra de Deus do mar deste mundo como um peixinho preso pelo anzol. Em nós, porém, a natureza se transformou, pois enquanto os peixes morrem, quando retirados das águas, a nós os apóstolos nos tiraram e pescaram do mar deste mundo para que de mortos passemos a vivos. Enquanto estávamos no século, com os olhos nas profundezas, nossa vida se passava no lodo. Depois de erguidos das ondas, começamos a ver o sol, começamos a olhar a verdadeira luz; e deslumbrados pela imensa alegria  dizemos a nossa alma: Espera em Deus porque o louvarei, a ele, salvação de minha face e meu Deus.


Fonte: https://liturgiadashoras.online/

Papa: rezemos pelos idosos, mestres da ternura em meio ao mundo habituado à guerra

Papa Francisco com Avós | Vatican News

No vídeo de intenção de oração que Francisco confia a toda a Igreja para este mês de julho, o convite para rezar pelos idosos, para que a experiência e a sabedoria deles ajudem os jovens a olhar para o futuro com esperança. A mensagem do Pontífice reforça a catequese sobre a velhice dos últimos três meses da Audiência Geral, assim como antecipa a celebração do Dia Mundial dos Avós e dos Idosos de 24 de julho.

https://youtu.be/Rl4cBDetSxU

Andressa Collet - Vatican News

“Não podemos falar da família sem falar da importância que os idosos têm entre nós.”

Assim Francisco começa "O Vídeo do Papa" de julho, divulgado na tarde desta quinta-feira (30) com a intenção de oração que Francisco confia a toda a Igreja Católica através da Rede Mundial de Oração do Papa. Neste mês, e falando em primeira pessoa, o Pontífice pede para rezarmos especialmente pelos idosos, uma geração numerosa. Nas últimas décadas, o número de pessoas com mais de 65 anos de idade tem crescido de forma constante. O envelhecimento dessa população afeta particularmente os países mais desenvolvidos, onde 25% dos idosos vivem sozinhos. No vídeo, feito em colaboração com o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida e a Fundação Alberto Sordi, o Papa inclusive se lamenta:

Nunca fomos tão numerosos na história da humanidade, mas não sabemos como viver esta nova etapa da vida: para a velhice há muitos planos de assistência, mas poucos projetos de vida. Os mais velhos têm frequentemente uma sensibilidade especial para o cuidado, para a reflexão e o afeto. Somos, ou podemos nos tornar, mestres da ternura. E quanto! Precisamos, neste mundo habituado à guerra, de uma verdadeira revolução da ternura.

O diretor da Fundação Alberto Sordi, Ciro Intino, justamente observa que "a nossa sociedade está envelhecendo, mas tende a excluir e isolar os idosos, minando a sua identidade e o seu papel social, especialmente nas suas relações com as gerações mais jovens. Infelizmente, há uma falta de respostas adequadas aos cuidados e necessidades existenciais das pessoas mais velhas. Há ainda um longo caminho a percorrer em termos de políticas sociais e de saúde para os idosos, destinadas a limitar o isolamento a que demasiadas pessoas idosas estão atualmente condenadas".

Dia Mundial dos Avós e dos Idosos

Já o cardeal Kevin Farrell, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, ao falar sobre a missão dos idosos no mundo e na Igreja, comenta sobre a tomada de consciência sugerida por Francisco sobre a relevância dos idosos na vida das sociedades e das comunidades que deve ser feita "não esporadicamente, mas estruturalmente, com um cuidado pastoral ordinário". Assim, continua o purpurado, "não se trata de confrontar uma emergência, mas de lançar as bases para uma pastoral de longo prazo que nos envolverá durante décadas. Além de reafirmar a importância de combater a cultura do descarte, o Papa parece também querer oferecer pontos de referência àqueles que experimentam um desconcerto por se verem com a idade avançada. Foi por isso que quis estabelecer um Dia Mundial a ser celebrado todos os anos e marcar a época litúrgica: dizer que a Igreja está próxima dos idosos".

De fato, o pedido de oração pelos idosos neste mês de julho reforça a celebração do Dia Mundial dos Avós e dos Idosos que acontece em 24 de julho em Roma e em todas as dioceses do mundo, como recorda o próprio Pontífice:

"Temos aqui uma grande responsabilidade para com as novas gerações.  Lembremo-nos: os avós e os idosos são o pão que alimenta as nossas vidas, são a sabedoria oculta de um povo, e é por isso que devem ser celebrados, e estabeleci um dia dedicado a eles."

Uma missão vital para os idosos

O Pe. Frédéric Fornos, diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, ao comentar sobre a intenção de oração do Papa, recorda como é importante quando os avós ou os idosos partilham conosco a própria experiência de vida e fé, a sabedoria e esperança: como Francisco nos recordou na sua catequese sobre a velhice nos últimos três meses na Audiência Geral, afirma o diretor, "o pacto entre as gerações, entre os idosos e os jovens, é uma bênção para a sociedade". Mas, como lembra Ciro Intino, "para que essa dinâmica virtuosa se torne realidade, devem ser ativadas sinergias entre redes familiares, amigos, prestadores de cuidados e estruturas sociais públicas e privadas".

E num contexto de um mundo com muitas feridas, Francisco volta a destacar o papel fundamental da geração mais velha, tanto num dos tuítes desta quinta-feira (30), quando afirma que os idosos "representam as raízes e a memória de um povo", como ao findar a mensagem em vídeo, dizendo:

“Rezemos pelos idosos, para que se tornem mestres da ternura, para que a sua experiência e sabedoria ajudem os mais jovens a olhar para o futuro com esperança e responsabilidade.”

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

A criança por nascer é parte do corpo da mãe, ou é um ser humano separado?

Timof | Shutterstock
Por Philip Kosloski

A Igreja acredita que, desde o momento da concepção, acontece algo absolutamente único.

O aborto é frequentemente colocado em termos do direito de uma mulher de fazer o que ela quer com o seu corpo. O nascituro não é visto como um ser humano separado, mas como parte da mulher.

Embora seja verdade que a criança dependa da mãe para sua formação, essa criança é um ser humano separado.

João Paulo II cita a Declaração sobre o Aborto Suprimido em sua encíclica Evangelium Vitae.

Alguns tentam justificar o aborto, defendendo que o fruto da concepção, pelo menos até um certo número de dias, não pode ainda ser considerado uma vida humana pessoal. Na realidade, porém, « a partir do momento em que o óvulo é fecundado, inaugura-se uma nova vida que não é a do pai nem a da mãe, mas sim a de um novo ser humano que se desenvolve por conta própria. Nunca mais se tornaria humana, se não o fosse já desde então. A esta evidência de sempre (…) a ciência genética moderna fornece preciosas confirmações. Demonstrou que, desde o primeiro instante, se encontra fixado o programa daquilo que será este ser vivo: uma pessoa, esta pessoa individual, com as suas notas características já bem determinadas. Desde a fecundação, tem início a aventura de uma vida humana, cujas grandes capacidades, já presentes cada uma delas, apenas exigem tempo para se organizar e encontrar prontas a agir ».

Evangelium Vitae, n. 60

Além disso, São João Paulo II argumenta que embora a evidência para uma alma não seja cientificamente verificável, a ciência é clara de que tudo está lá para o desenvolvimento de uma pessoa humana.

Não podendo a presença de uma alma espiritual ser assinalada através da observação de qualquer dado experimental, são as próprias conclusões da ciência sobre o embrião humano a fornecer « uma indicação valiosa para discernir racionalmente uma presença pessoal já a partir desta primeira aparição de uma vida humana: como poderia um indivíduo humano não ser uma pessoa humana? ».

Evangelium Vitae, n. 60

A Igreja acredita que Deus cria uma nova vida humana no momento da concepção e, como resultado, não é mais uma “parte” do corpo da mãe, mas uma pessoa humana totalmente separada.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

São Theobaldo

S. Theobaldo | arquisp
30 de junho

São Theobaldo

São Theobaldo era filho do Conde Arnaldo de Champagne e educado para ser um soldado, mas na idade de 18 anos, depois de estudar as vidas dos santos sentiu um grande desejo de seguir a vida religiosa e viver uma vida ascética. Ele deixou os militares, e com a permissão de seu pai entrou para a Abadia de São Remy em Rheims. Ele e outro nobre de nome Walter se tornaram eremitas em Suxy, Ardenha. Em 1135 eles mudaram para a Floresta de Pettingen em Luxemburgo onde trabalharam como pedreiros e no campo durante o dia e a noite passavam em orações. Na busca de solidão e contemplação eles peregrinaram para Compostela e Roma e reassumiram suas vidas de eremitas em Salanigo, perto de Vicenza, Itália. Walter morreu dois anos mais tarde. A santidade de Theobaldo atraiu muitos discípulos e ele foi ordenado e tornou-se um monge Camaldoles. Ele curava varias doenças apenas com sua benção e oração. Sua fama se espalhou e vários nobres e príncipes vinha a sua procura para conselhos e curas. Sua fama alcançou também os seus parentes que vinham visita-lo. Sua mãe mais tarde também se tornou uma eremita em um local próximo. Ele faleceu em Salanigo, Itália em 30 de junho de 1066. Ele foi canonizado pelo Papa Alexandre II em 1073. Sua festa é celebrada no dia 30 de junho

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF