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segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Na Bélgica, estudantes ainda optam pelas aulas de religião

Bruxelas (RV) - Inserida no currículo desde 1° de outubro passado, a nova disciplina "Educação à filosofia e à cidadania" não registou na Bélgica um elevado número de participantes entre as crianças das escolas primárias. A nova matéria substitui, para quem o desejar, a segunda hora de ensinamento religioso, prevista por uma lei de 1958 que disciplina a matéria.

A partir deste ano escolar - refere o site protestante riforma.it - os pais podem portanto escolher se os próprios filhos devem frequentar a clássica segunda hora de religião, ou melhor, de história das religiões, ou se a substituirão pelo novo ensino proposto pelo Ministério da Educação.
Muitas associações laicas do país haviam feito uma maciça campanha de sensibilização voltada a promover o curso de filosofia à cidadania. As comunidades religiosas alarmaram-se, levando-as a escrever uma carta pública na qual protestantes, católicos, ortodoxos, judeus e muçulmanos exortam os pais a não negligenciar o ensinamento das religiões, fundamental para compreender no que acredita o próprio vizinho de casa, o companheiro da escola, e por meio do diálogo e da compreensão, superar os muros do ódio que caracterizam os nossos tempos. O apelo deu resultado, tanto que somente 8% dos estudantes belgas pediram para tomar parte nas novas lições.
Segundo Dom Guy Harpigny, Bispo de Tournai e responsável pelos cursos de religião católica, a hora de religião ajuda "a desenvolver de maneira essencial perguntas de sentido, a partir das diversas tradições religiosas; contribui a desconstruir os discursos radicais; acompanha os estudantes a abrirem-se à dimensão espiritual da existência e a trabalharem ativamente para o encontro do outro".
Entre os que assinaram o acordo estão, entre outros, Dom Jozef De Kesel, Arcebispo de Mechelen-Bruxelles e Presidente da Conferência Episcopal, o Metropolita Atenagoras da Igreja Ortodoxa na Bélgica, Philippe Markiewicz, Presidente do Consistório Central Israelita da Bélgica, Salah Echallaoui dos muçulmanos da Bélgica, o Pastor Stephan Fuite, Presidente da Igreja Protestante unida da Bélgica, e Geert Lorein, Presidente do Sínodo Federal das Igrejas Protestantes e evangélicas belgas.
(JE/Osservatore Romano)
Radio Vaticano

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF