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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Corpo real? Sangue real?

Written by Veritatis Splendor


·         Autor: Pe. Arthur W. Terminiello
·         Fonte: Livro “The 40 Questions Most Frequently Asked about the Catholic Church by Non-Catholics” (1956) / Site “Una Fides, One Faith” (http://net2.netacc.net/~mafg)
·         Tradução: Carlos Martins Nabeto

– Os católicos realmente creem que estão recebendo o corpo e o sangue de Cristo na comunhão?

Cristo instituiu a Santa Eucaristia na noite anterior à sua morte, ou seja, na primeira Quinta-Feira Santa, quando transformou o pão e o vinho em Seu corpo e sangue, e depois ordenou que os seus Apóstolos fizessem o que Ele havia feito, em memória Dele:
·         “E, enquanto jantavam, Jesus tomou o pão, o abençoou e partiu, e o deu aos seus discípulos, dizendo: ‘Tomai e comei; isto é o meu corpo’ (…) E, tomando um cálice, deu graças e o deu a eles, dizendo: ‘Tomai todos e bebei disso, pois este é o meu sangue da nova aliança'” (S. Mateus 26,26-28).

Nosso Senhor pretendia literalmente transformar o pão e o vinho em Seu corpo e sangue ao invés de nos deixar um mero símbolo ou memorial da sua Paixão. Sabemos disso pelas palavras da sua promessa em vir a fazer isso, no Evangelho de São João, capítulo 6. As palavras importantes deste capítulo são:
a) João 6,52“O pão que darei é a minha carne para a vida do mundo”.
b) João 6,54“Se não comerdes da carne do Filho do homem, não tereis vida em vós”.
c) João 6,56“Porque a minha carne é verdadeiramente comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida”.

Esses e outros textos devem ser tomados literalmente, porque todo o contexto o exige e porque qualquer outra interpretação nos envolveria em consequências absurdas. As palavras “Comei da minha carne e bebei do meu sangue” em uma interpretação figurada significariam “perseguir” ou “odiar amargamente”. Nesses sentidos, tais palavras significariam que Nosso Senhor prometia vida eterna e ressurreição gloriosa àqueles que O odeiam [ou perseguem]!

A construção gramatical das frases “Isto é o meu corpo” e “Isto é o meu sangue” não admite um significado figurado ou simbólico. Quando o verbo “ser” é usado, o antecedente deve ser sempre idêntico ao consequente, ou seja, “Isto” deve ser idêntico ao “Meu Corpo”. Portanto, deve ter havido uma mudança de substância.
Os Apóstolos entenderam que Cristo falava literalmente:
·         “O cálice da bênção que abençoamos, não é a partilha do sangue de Cristo? E o pão que partimos, não é a participação do corpo do Senhor?” (1Coríntios 10,16);
·         “Portanto, quem indignamente comer deste pão ou beber do cálice da bênção que abençoamos, será réu do corpo e do sangue do Senhor” (1Coríntios 10,27).

Essa foi a crença contínua do Cristianismo até a época da Reforma.

Veritatis Splendor

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF