Por Redação central
17 de abril de 2025
Com a missa da Ceia do Senhor hoje, Quinta-feira Santa, tem
início o Tríduo Pascal. Ao recordar a Última Ceia de Jesus com os discípulos,
celebra-se a instituição da Eucaristia. Além disso, ocorre o rito do lava-pés,
repetindo o gesto de Cristo que lavou os pés dos seus discípulos, deixando a
todos um testemunho da vocação ao serviço do mundo e da Igreja.
Conheça alguns símbolos da liturgia desta Quinta-feira
Santa:
O pão e o vinho
São os elementos naturais que Jesus toma não para que
simbolizem, mas sim para que se convertam em seu Corpo e seu Sangue e o façam
presente no sacramento da Eucaristia.
Jesus os assume no contexto da ceia pascal, onde o pão ázimo
da páscoa judaica que celebrava com seus apóstolos fazia referência a essa
noite no Egito em que não havia tempo para que a levedura fizesse seu processo
na massa (Ex 12,8).
O vinho é o novo sangue do Cordeiro sem defeitos que, posto
na porta das casas, evitou aos israelitas que seus filhos morressem na passagem
de Deus (Ex 12,5-7). Cristo, o Cordeiro de Deus (Jo 1,29), ao que tanto se
refere o Apocalipse, salva-nos definitivamente da morte por seu sangue
derramado na cruz.
Os símbolos do pão e o vinho são próprios da Quinta-feira
Santa quando, durante a Missa vespertina da Ceia do Senhor, celebramos a
instituição da Eucaristia, da qual encontramos alusões e alegorias ao longo de
toda a Escritura.
Mas como esta celebração vespertina é o princípio do Tríduo
Pascal, é necessário destacar que a Eucaristia dessa Quinta-feira Santa,
celebrada por Jesus sobre a mesa-altar do Cenáculo, era a antecipação de seu
Corpo e seu Sangue oferecidos à humanidade no “cálice” da cruz, sobre o “altar”
do mundo.
O lava-pés
O Evangelho de São João é o único que nos relata este gesto
simbólico de Jesus na Última Ceia e antecipa o sentido mais profundo do
“sem-sentido” da cruz.
Um gesto incomum para um Mestre, próprio dos escravos,
converte-se na síntese de sua mensagem e dá aos apóstolos uma chave de leitura
para enfrentar o que virá.
Em uma sociedade onde as atitudes defensivas e as expressões
de autonomia se multiplicam, Jesus humilha nossa soberba e nos diz que abraçar
a cruz, sua cruz, hoje, é estar a serviço dos outros. É a grandeza dos que
sabem fazer-se pequenos, a morte que conduz à vida.
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