"A paz é fruto de
relacionamentos que reconhecem e acolhem o outro em sua dignidade inalienável”.
São palavras do Papa Francisco aos novos embaixadores credenciados junto à
Santa Sé na manhã deste sábado (08/06) no Vaticano.
Vatican
News
Na manhã
deste sábado (08/06) o Papa Francisco recebeu no Vaticano as credenciais dos
novos embaixadores junto à Santa Sé dos seguintes países: Etiópia, Zâmbia,
Tanzânia, Burundi, Catar e Mauritânia. O Papa iniciou sua saudação sugerindo
uma breve reflexão sobre três palavras : família, esperança e paz,
“que podem orientá-los em seu serviço”.
Família
humana
Ao falar
sobre a família, primeira palavra proposta, recordou que embora
cada um tenha sua própria história, cultura tradição e identidade “ao mesmo
tempo fazem parte de uma única família humana”. “O nobre trabalho da
diplomacia”, continuou Francisco, “em ambos os níveis, bilateral e
multilateral, visa promover e fomentar esses valores, que são indispensáveis
para o desenvolvimento autêntico e integral de cada pessoa, bem como para o
progresso dos povos”. Depois de citar os vários flagelos que afligem as
famílias das nações, com guerras, refugiados, saúde inadequada, falta de
comida, água, tráfico de pessoas, as mudanças climáticas e suas vítimas,
sobretudo entre os mais frágeis disse que “estes desequilíbrios globais
contribuem à perda da esperança, especialmente entre os jovens”.
“À luz desses desafios, é
essencial engajar-se em um diálogo prospectivo, construtivo e criativo, baseado
na honestidade e na abertura, para encontrar soluções compartilhadas e
fortalecer os laços que nos unem como irmãos e irmãs na família global”
Pensar nas
novas gerações
“Nesse
sentido”, continuou, “também devemos nos lembrar de nossas obrigações com as
gerações futuras, perguntando-nos em que tipo de mundo queremos que nossos
filhos e aqueles que virão depois deles vivam”. Ponderando ainda que a resposta
está na segunda palavra proposta como reflexão; “esperança”.
“Diante da incerteza sobre o
futuro, é fácil ficar desanimado, pessimista e até cínico. No entanto, a
esperança nos leva a reconhecer o bem que está presente no mundo e nos dá a
força necessária para enfrentar os desafios de nossos dias”
“Por esse
motivo”, disse ainda o Pontífice, “gosto de pensar em vocês, queridos
embaixadores, como sinais de esperança, porque são homens e mulheres que buscam
construir pontes entre os povos, e não muros”.
Reconhecer e acolher o outro
Com relação
à terceira palavra a ser refletida, a paz, o Papa recordou que esta
é “fruto de relacionamentos que reconhecem e acolhem o outro em sua dignidade
inalienável”. Reiterando em seguida que “somente quando deixamos de lado a
indiferença e o medo é que um clima genuíno de respeito mútuo pode florescer,
levando a uma concórdia duradoura”. Concluiu o encontro com este
auspício: “Espero que, no exercício de seu papel como diplomatas, vocês sempre
se esforcem para ser pacificadores, aqueles abençoados pelo Todo-Poderoso”.
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt
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