7 razões para os cristãos se interessarem por política
Mónica
Muñoz - publicada em 28/09/24
Um tema que escapa aos cristãos é o da política, no
entanto, a Igreja dá razões convincentes para que ela comece a fazer parte das
suas vidas.
Falar de política é difícil para os cristãos, principalmente
porque é um tema em que as divergências aquecem o ânimo de quem ousa abordá-lo.
Contudo, a Igreja convida os fiéis a interessarem-se pelo assunto.
A autoridade civil
Todos os seres humanos estão sujeitos a uma autoridade
civil, cuja finalidade é salvaguardar o bem comum dos cidadãos.
Lemos o que diz o Catecismo da Igreja Católica sobre isso:
“O quarto mandamento de Deus também nos ordena honrar todos
aqueles que, para o nosso bem, receberam autoridade de Deus na sociedade. Este
mandamento determina tanto os deveres de quem exerce autoridade como daqueles
que estão sujeitos a ela”.
( CEC 2234 )
Por que os cristãos deveriam estar interessados em política?
Uma nota sobre o compromisso e a conduta dos católicos na vida
pública do Dicastério para a Doutrina da Fé e o Catecismo da Igreja
Católica nos dão as diretrizes para nos interessarmos pela questão política:
1 - PELO COMPROMISSO CRISTÃO
O compromisso do cristão no mundo, em dois mil anos de
história, expressou-se de diversas maneiras. Uma delas tem sido a participação
na ação política: os cristãos, afirmou um escritor eclesiástico dos primeiros
séculos, “cumprem todos os seus deveres de cidadãos” ( Nota n.º 1 ).
É, portanto, importante que saibamos como esta área está
estruturada no nosso país para que possamos participar ativamente e quando
necessário.
2 - CONTRIBUA VOTANDO
Uma forma de contribuir efetivamente é votando, por isso não
podemos deixar de exercer esse direito:
“...todos podem contribuir através do voto para a eleição de
legisladores e governantes e, de diversas formas, para a formação de
orientações políticas e opções legislativas que, segundo eles, mais favoreçam o
bem comum”.
3 - CONHEÇA SEUS DIREITOS
Cada cristão deve conhecer os seus direitos humanos e civis
para que a autoridade que exerce o poder político os respeite plenamente.
O poder político está obrigado a respeitar os direitos
fundamentais da pessoa humana.
"A proteção 'dos direitos
da pessoa é condição necessária para que os cidadãos, como indivíduos ou como membros de associações,
possam participar ativamente na vida e no governo dos assuntos públicos'" ( Nota n.º 3 )
4 - CUMPRA SEU DEVER
Não podemos esquecer que o cristão deve partilhar os seus
valores enquanto cumpre o seu dever:
“O dever dos cidadãos é cooperar com as autoridades civis
para o bem da sociedade, no espírito da verdade, da justiça, da solidariedade e
da liberdade”.
( CEC 2239 )
5.1
Andrea Izzotti | Shuttestock
5 - POR AMOR AO PAÍS
Claro, você também deve amar o seu país e respeitar as suas
autoridades:
“O amor e o serviço à pátria fazem
parte do dever de gratidão e da ordem da caridade. A submissão às autoridades
legítimas e o serviço ao bem comum exigem que os cidadãos cumpram a sua
responsabilidade na vida da comunidade política”. ( CEC 2239 ).
6 - ENTENDA O PAGAMENTO DE SEUS IMPOSTOS
A arrecadação de impostos, que são utilizados para o bem
comum, é tarefa da autoridade, portanto, o cristão não deve deixar de pagá-los:
“A submissão à autoridade e a corresponsabilidade pelo bem
comum exigem moralmente o pagamento dos impostos, o exercício do direito de
voto, a defesa da pátria: 'Dê a cada um o que é devido: a quem impostos,
impostos; a quem eu prestar homenagem, a quem respeito, respeito; a quem honro,
honro” ( Romanos 13:7).
( CEC 2240 )
7 - ORE POR SUAS AUTORIDADES
E não menos importante, o cristão deve orar pelas suas
autoridades, porque sem a ajuda de Deus nenhum cargo pode ser ocupado.
“O apóstolo exorta-nos a oferecer orações e ações de graças
pelos reis e por todos os que exercem autoridade, ‘para que possamos viver uma
vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade’” ( 1 Tim 2:2).
( CEC 2240 )
Cumpramos o nosso dever de cidadãos e cristãos comprometidos
com Deus, com a Igreja e com os nossos semelhantes.
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