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quarta-feira, 6 de julho de 2022

Quando ele me pediu para ir morar junto, eu disse que não

fizkes - Shutterstock
Por Orfa Astorga

Uma história real concedida à Aleteia. Por vezes não é fácil escolher o caminho do amor verdadeiro... porque o casamento não é apenas um "mero contrato".

Após dois anos de namoro, o meu namorado deixou o país para fazer pós-graduação com o plano de nos casarmos assim que ele terminasse os estudos. Ele foi o grande amor da minha vida.

Depois, durante umas curtas férias, ele voltou e pediu-me para ir viver com ele no exterior, sem nos casarmos; assegurando-me que se tratava apenas de alterar a ordem dos planos, e que depois o faríamos. Que era a coisa mais conveniente a fazer, dadas as circunstâncias.

Argumentou que, entretanto, viveríamos uma forma de casamento, enquanto se aguardava apenas o reconhecimento civil e eclesiástico; que eu poderia confiar na sua “retidão de intenções”.

Uma forma de casamento, uma forma de compromisso?

O seu raciocínio parecia muito lógico, mas o amor não me cegou, pois eu tinha a certeza moral de que não era a coisa certa a fazer. Por isso abstive-me de responder, e pedi aconselhamento, para que, ao fazê-lo, pudesse ter os argumentos certos.

Depois falámos de novo, tentando ultrapassar uma crise de desacordo.

Lembro-me muito bem de cada palavra da nossa conversa em que, superando a perplexidade inicial, fui capaz de responder com um retumbante não à sua visão de casamento, como se fosse apenas um contrato, ou simplesmente uma exigência convencional ou legal.

Para minha surpresa e tristeza, o meu namorado referiu-se ao casamento como se fosse apenas uma construção social ou religiosa.

Claro que não é, porque a verdade é que o casamento está inscrito na nossa natureza, e não é, portanto, invenção de ninguém. Tem a sua própria estrutura e uma ordem ligada à justiça.

Significado

O casamento é uma união no ser, através de um verdadeiro compromisso conjugal; e não consiste na forma de uma cerimônia ou de um papel assinado, muito menos em viver simplesmente debaixo do mesmo teto, ou em reunir-se para determinadas obras ou fins de existência.

Significa que pelo consentimento do homem e da mulher, o casamento une o que é chamado a unir-se; num projeto de vida que, através da vocação ao amor, assegura a continuidade da sociedade e da própria humanidade… nada menos que isso.

Daí a importância de sacramentá-lo perante Deus, de acordo com a fé que se professa e da própria sociedade.

Foi assim que sonhei com o meu noivo e comigo própria: dizendo Sim! a consentir em ser cônjuge perante amigos e estranhos; sem medo de contrair um vínculo que nos obrigasse, em justiça, a um amor duradouro… Um Sim! orgulhosa e feliz para nos unirmos num compromisso fiel e indissolúvel… Um Sim! a um projeto de amor matrimonial que prevaleceria sobre todas as circunstâncias da vida.

O Não!

Por todas as razões acima expostas, expliquei ao meu noivo que a celebração de um verdadeiro casamento deveria ser o culminar do nosso amor; e que não poderia ser subestimado em nome de uma suposta necessidade prática. Que, ao fazê-lo, estávamos a descaracterizá-lo, e a fazer o mesmo ao nosso ser pessoal, e, portanto, à qualidade do nosso amor.

E eu simplesmente não estava disposta a isso.

Não foi o final feliz que eu esperava, pois o meu namorado, depois de insistir várias vezes no seu propósito, e não consegui-lo, ele terminou a relação pouco depois.

Foi uma experiência triste da qual compreendi que o seu amor não era suficientemente maduro para um consentimento válido para fundar um casamento.

Agora já estou pronta novamente, e Deus sabe mais. Volto a reencontrar o amor, a ser feliz, e, com a graça de Deus, entrarei num verdadeiro casamento.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

A violência tem sua origem na falta de Deus, assegura Bispo colombiano

Foto: Pixabay.
“Se perdeu o sentido de Deus e com isso desaparece o sentido do mal e do pecado”, afirmou Dom José Libardo Garcés Monsalve.

Colômbia – Cúcuta (05/07/2022 14:32, Gaudium Press) O website da Conferência Episcopal Colombiana publicou um artigo de autoria do Bispo de Cúcuta (Colômbia), Dom José Libardo Garcés Monsalve. No texto, o prelado trata sobre as causas dos inúmeros casos de violência vividos pela humanidade em nossos dias.

“Os casos de violência e destruição que vivemos na atualidade a nível mundial, nacional e regional, têm que nos levar a um momento de reflexão sobre a raiz de tantos males que estão destruindo a humanidade, concluindo que tudo se deve ao fato de termos retirado Deus da história pessoal, familiar e social”, assegurou.

A humanidade perdeu o sentido de Deus

Dom Garcés lamentou que os homens construam suas vidas com critérios meramente humanos, tratando de fazer a própria vontade e esquecendo a vontade de Deus. “Se perdeu o sentido de Deus e com isso desaparece o sentido do mal e do pecado”, afirmou.

Como solução para essa triste situação vivida pela humanidade, o prelado ressalta a necessidade de se “voltar para Deus, receber Nosso Senhor Jesus Cristo em nossas vidas, pois Ele quer habitar em cada coração e em cada família, nos dando seu perdão e misericórdia”.

A humanidade necessita da humildade e mansidão de Jesus

Segundo ele, a humanidade necessita da humildade e mansidão do coração transpassado de Jesus Cristo para voltar a tomar seu rumo. “Quanto bem nos faz deixar que Jesus volte a habitar em nossos corações e nos lançar a amar uns aos outros com seu próprio coração”, garantiu.

Dom Garcés concluiu exortando aos fiéis para que rezem pedindo ao Senhor que venha em nosso auxílio, dizendo com Fé e Esperança: “Tenha misericórdia de nós e do mundo inteiro!”, pois dessa forma seremos instrumentos dessa misericórdia para com os irmãos. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Pauta do novo humanismo

Educar para um novo humanismo | Vatican News

PAUTA DO NOVO HUMANISMO

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo horizonte (MG)

Investir na consolidação do novo humanismo, proposto pelo Papa Francisco, é uma urgência capaz de corrigir os rumos da civilização. Especialmente, trata-se de movimento que contribui para formar líderes promotores do diálogo, comprometidos com a construção de um tempo melhor. A busca por um novo humanismo, que tem envolvido estudiosos e pesquisadores, frequentemente inspirando rodas de conversas, é ainda um projeto, mas constitui um broto de esperança, “luz no fim do túnel”. Permanecer distante, sem se envolver na efetivação desse projeto, por pouco compreender o que significa um novo humanismo, significa contribuir para o acúmulo de prejuízos na contemporaneidade. É preciso buscar uma reação para trilhar caminhos diferentes. 

Individualmente ou em grupo torna-se importante compreender o significado de um novo humanismo, com suas potencialidades para reverter perdas na cultura, na história e nos patrimônios relevantes. O esvaziamento humanístico da existência revela-se na animalização das relações, com o assombroso recrudescimento de diferentes tipos de violência, naturalizando preconceitos e discriminações. Dentre essas muitas violências, inscreve-se aquela que se manifesta na indiferença em relação aos que sofrem. Ela se torna especialmente grave quando a fome de muitos passa a ser normalizada, não gerando o necessário incômodo para atitudes cidadãs mais assertivas. Consequentemente, prevalece certa inércia ou, no máximo, gestos pontuais.  

Outra consequência do esvaziamento humanístico é o instinto de autofagia que se verifica quando segmentos da sociedade destroem o próprio patrimônio, com uma enfurecida cegueira que não os permite enxergar as consequências de suas atitudes. São, assim, capazes de destruir em pouco tempo o que se edificou ao longo de décadas e até de séculos, movidos por uma incompetência humana perigosa e desleal – rifam por pouco o que vale muito, negociam o inegociável. Também não são raras as manifestações de autoritarismo que sinalizam esvaziamentos humanísticos. Essas manifestações nada mais são do que tentativas para encobrir a realidade, explicitando a carência de um senso humanístico, com impactos nas relações. 

A superficialidade humana nas impaciências de todo tipo, pelas redes digitais e nos encontros presenciais, inviabiliza a sincera constituição dos laços de fraternidade. Por isso mesmo, ainda que por abordagens simples, e sem a profundidade de reflexões filosófico-antropológicas, é preciso, cotidianamente, se dedicar à pauta do novo humanismo. É incontestavelmente urgente produzir adequada reação a discursos destrutivos, superando negacionismos, ódios e autoritarismos. Ao invés da destruição e do caos, a humanidade precisa construir o caminho que leve ao desenvolvimento integral. E a pauta do novo humanismo pode proporcionar à sociedade um discurso de união, com capacidade para ajudar na constituição e no fortalecimento de laços fraternos. O mundo político precisa ser fecundado por esse tom unificador, para dar conta de sua importante e insubstituível tarefa, intuindo legislações e práticas capazes de promover o bem comum. Nessa direção, é importante e determinante priorizar o ser humano, reconhecendo e dedicando-se especialmente aos clamores dos pobres e sofredores. Uma prioridade na contramão de lógicas com a aridez e a frieza da ilimitada ganância pelo lucro. 

A consideração da pauta de um novo humanismo aponta, especificamente, para a necessidade de se dedicar atenção à cultura que fortemente incide sobre a vida. A dimensão cultural é fonte de sensibilização humanística. Contempla também o adequado tratamento da política, pela qualidade das relações no respeito incondicional a direitos. No campo econômico, efetiva-se novo humanismo quando se vence perversidades e se busca a inclusão, em um incondicional respeito ao meio ambiente. Este tempo grave exige, pois, criatividade para que sejam estabelecidas novas dinâmicas capazes de levar a grandes mudanças civilizatórias. Aqueles que se fundamentam em princípios e valores imprescindíveis – coerentes com o Evangelho de Jesus Cristo, sem manipulações e interpretações fundamentalistas – são promotores das mudanças almejadas. Cresça o interesse pela pauta do novo humanismo, única saída para a crise enfrentada pela humanidade, investimento para a edificação de um tempo novo.  

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Santa Maria Goretti

Sta. Maria Goretti | arquisp
06 de julho

Santa Maria Goretti

Maria Goretti, humilde camponesa, nasceu em 16 de outubro de 1890 na cidade de Corinaldo, província de Ancona, Itália. Seus pais, Luiz e Assunta, criavam os sete filhos em meio à penúria de uma vida de necessidades, mas dentro dos preceitos ditados por Jesus Cristo.

A menina Maria, por ser a mais velha, cresceu cuidando dos irmãos pequenos em casa, enquanto os pais labutavam no campo. Uma de suas irmãs, mais tarde, tornou-se freira franciscana. As dificuldades financeiras eram tantas que a família migrou de povoado em povoado até fixar-se num povoado inóspito chamado Ferrieri. Nessa localidade, a família passou a residir na mesma propriedade de João Sereneli, ancião de sessenta anos de idade que tinha dois filhos, Gaspar e Alexandre, este com dezoito anos de idade. Assim, todos trabalhavam na lavoura enquanto a jovem Maria cuidava da casa e dos irmãos pequenos.

Desse modo, Maria nunca pôde estudar, mas ao lado da família sempre freqüentou a igreja. Ela só estudou o catecismo para fazer a primeira comunhão, aos doze anos de idade, um ano após a morte de seu pai. Quando isto ocorreu, o senhor João, compadecido, manteve tudo como estava, contando apenas com a viúva para o trabalho na lavoura. Porém o problema era seu filho Alexandre, que passara a assediar Maria. Apesar da pouca idade, ela era bonita e bem desenvolvida, já atraindo os olhares masculinos. Como recusasse todas as aproximações do rapaz, este se irritou ao extremo. Até que, no dia 5 de julho de 1902, ele perdeu a razão e a tragédia aconteceu.

Naquele dia, Alexandre trabalhava ao lado de Assunta quando inventou um pretexto, deixou a lavoura. Foi para o lar dos Goretti portando uma barra de ferro com ponta afiada, sabia que Maria estaria sozinha e indefesa. Primeiro insinuou, depois exigiu, por fim ameaçou a jovem de morte se não satisfizesse seus desejos. Mesmo temendo o pior, Maria resistiu dizendo que aquilo era um pecado mortal. Alexandre, transtornado por não alcançar seu intento, passou a golpear violentamente o corpo da menina.

Ela ainda foi levada com vida a um hospital, após ser vitimada com quatorze perfurações. E teve tempo de perdoar seu agressor, pedindo a sua mãe e seus irmãos que fizessem o mesmo, por amor a Jesus. Maria Goretti morreu no dia seguinte ao ataque, no dia 6 de julho de 1902. Quanto a Alexandre, foi preso, quase linchado e condenado a trabalhos forçados. Porém, depois de vinte e sete anos de prisão, foi solto por bom comportamento. Depois de ir a Corinaldo pedir perdão à mãe de Maria Goretti, ingressou num convento capuchinho, onde viveu sua sincera conversão até morrer.

Muitos milagres passaram a acontecer por intercessão da pequena menina virgem. A fé na sua santidade cresceu e espalhou-se de tal forma no mundo cristão que, em 1950, ela foi canonizada. Na solenidade, estava presente a sua mãe Assunta, então com oitenta e quatro anos, ao lado de quatro de seus filhos e Alexandre Sereneli, o agressor sinceramente convertido. O papa Pio XII declarou santa Maria Goretti padroeira das virgens cristãs. Até hoje continuam as romarias ao Santuário de Nossa Senhora das Graças, em Nettuno, onde se encontra a sepultura da santa, há dez quilômetros do povoado onde tudo aconteceu.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Os idosos, um presente para o futuro da humanidade

O Papa e uma idosa na Audiência Geral | Vatican News

Nesta primeira quarta-feira de julho, o mês em que as audiências gerais estão suspensas, recordamos as recentes catequeses do Papa Francisco sobre a velhice dadas no encontro com os fiéis nas quartas-feiras. Uma sociedade é "estéril", recorda o Pontífice em suas várias catequeses, "quando não há diálogo entre idosos e jovens".

Amedeo Lomonaco – Vatican News

Os idosos, "nunca foram tão numerosos como agora", e frequentemente vistos como "um fardo", especialmente quando prevalece a cultura do descarte e da produtividade. Na dramática primeira fase da pandemia, eles pagaram "o preço mais alto". Nos totalitarismos do século XX, "o ícone dominante" era a exaltação da juventude, combinada com o desprezo pelos velhos. A velhice, na realidade, é um presente "para todas as idades da vida". Foi nesse sentido que o Papa Francisco iniciou em 23 de fevereiro de 2022 um itinerário de catequese sobre o significado e o valor da velhice. Um itinerário marcado pelo exemplo de figuras bíblicas, incluindo Moisés, Eleazar e Judite, e que traça um perfil da pessoa idosa diferente daquele muitas vezes proposto pela cultura dominante. Não apenas de uma pessoa frágil, por causa de duras provas como a da doença, mas de um testemunho insubstituível capaz de transmitir para as novas gerações sabedoria, valores, fé.

Os ritmos da velhice

As oportunidades associadas à longevidade são o foco da audiência geral em 2 de março de 2022. "A velhice, certamente, impõe ritmos mais lentos: mas não são apenas tempos de inércia. De fato, a medida destes ritmos", explica Francisco, "abre, para todos, espaços de significado na vida desconhecidos à obsessão da velocidade". O Papa também lembra que a aliança de gerações é indispensável. Uma sociedade é "estéril" e "sem futuro", quando "os velhos não falam com os jovens" e "os jovens não falam com os velhos". "Perder tempo" com seus filhos, avós e anciãos "fortalece a família humana".

A voz profética dos idosos

Os idosos são um recurso para os jovens. Na audiência geral de 16 de março de 2022, o Papa enfatizou, em particular, que a sabedoria dos idosos é uma palavra profética "ir contra a corrupção". O mundo precisa de "jovens fortes" e "idosos sábios". E os idosos, lembra o Pontífice, devem "ser profetas contra a corrupção, assim como Noé foi o profeta contra a corrupção de seu tempo, porque ele era o único em quem Deus confiava".

 Memória e testemunha

O foco da audiência geral de 23 de março de 2022 é o exemplo de Moisés que, no final de seus dias, proclama o nome do Senhor, transmitindo às novas gerações o legado de sua história vivida com Deus. "Moisés vê a história e transmite a história". Os idosos, acrescenta Francisco, "veem a história e transmitem a história". "Uma velhice à qual é concedida esta lucidez é um dom precioso para a geração que há de vir".

Amor por uma vida vivida

Na audiência geral de 20 de abril de 2022, o Papa Francisco enfatizou que nem sempre há nas sociedades a atenção de devolver aos nossos idosos o amor recebido. Honra pela vida vivida, "não é uma questão para velhos". Ao contrário, " trata-se de uma ambição que fará brilhar a juventude que herda as suas melhores qualidades”.

A aliança entre gerações abre o futuro

Na catequese da audiência geral de 27 de abril de 2022, Francisco relê o vínculo bíblico entre a jovem viúva Rute e sua sogra idosa Noemi. É "um ensinamento precioso sobre a aliança de gerações" com a juventude - diz o Papa - "capaz de dar novo entusiasmo à idade madura" e à velhice "capaz de reabrir o futuro para a juventude ferida".

Uma velhice generosa

Judite, a heroína bíblica, é um exemplo da contribuição que as pessoas de mais idade podem dar às famílias e à sociedade. O Papa Francisco recorda disso em sua catequese de 11 de maio de 2022. O heroísmo, diz o Santo Padre, "não é apenas o dos grandes acontecimentos sob as luzes da ribalta", mas é também "encontra-se na tenacidade do amor derramado numa família difícil e a favor de uma comunidade ameaçada".

O sentido das coisas da vida

Uma razão inafetiva e irresponsável tira o sentido e energias também ao conhecimento da verdade, o perigo é dar espaço à indiferença. O Papa Francisco, recordando as páginas bíblicas de Qohélet, nos lembra disso na audiência geral de 25 de maio de 2022. A terceira idade pode abrir um novo caminho: "se os idosos, que agora viram tudo, mantêm intacta sua paixão pela justiça, então há esperança no amor, e também na fé".

Cuidar dos idosos

Dos idosos aprendemos o dom de "abandonar-nos aos cuidados dos outros e de Deus". O Papa Francisco enfatizou isto em sua audiência geral em 1º de junho de 2022, apontando também a necessidade de reformar uma civilização e uma política que marginalizam a velhice e a doença. "A sociedade como um todo deve apressar-se a cuidar dos seus idosos – são o tesouro!  –  cada vez mais numerosos, e com frequência também mais abandonados".

Os idosos caminham em direção ao Eterno

Na catequese da audiência geral de 8 de junho de 2022, o Pontífice, recordando a figura de Nicodemos, lembra que a missão do idoso é dissipar "a ilusão tecnocrática de uma sobrevivência biológica e robótica" e abrir-se "à ternura do ventre criador e gerador de Deus". O velho, afirma Francisco, caminha para a frente, rumo ao Eterno e se prepara para o "nascimento do alto".

Os idosos e a doença

O relato na versão evangélica de Marcos sobre a cura da sogra de Simão, que ainda não se chama Pedro, é o foco da catequese de 15 de junho de 2022. "A doença pesa sobre os idosos de uma maneira diferente e nova do que quando se é jovem ou adulto. É como um golpe duro que cai em um momento já difícil". Jesus, lembra o Papa, não visita sozinho aquela idosa doente, vai com seus discípulos. É precisamente a comunidade cristã que deve cuidar dos idosos: parentes e amigos, mas também a comunidade”.

Seguir sempre Jesus

No percurso de catequeses sobre a velhice, a meditação de 22 de junho de 2022 focaliza o diálogo entre Jesus ressuscitado e Pedro no final do Evangelho de João. O Pontífice aborda o tema da fraqueza senil que leva à dependência dos outros. "O seguimento de Jesus continua sempre, com boa saúde, sem boa saúde. É preciso seguir "Jesus sempre, a pé, de corrida, lentamente, de cadeira de rodas, mas segui-lo sempre".

"A vida da pessoa idosa é uma despedida, uma despedida lenta, mas uma despedida alegre". E é lindo, acrescenta por fim Francisco, quando uma pessoa idosa pode dizer o seguinte: 'Eu vivi a vida, esta é minha família; vivi a vida, fui um pecador, mas também fiz o bem'. É esta paz que vem. Esta é a despedida do idoso.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Terrorismo pró-aborto já atacou 29 igrejas e centros pró-vida nos EUA

Imagem ilustrativa / Erik Mclean (Pexels)

WASHINGTON DC, 05 jul. 22 / 12:08 pm (ACI).- Desde que a Suprema Corte dos EUA decidiu que não há direito constitucional ao aborto no país, em 24 de junho, houve 29 ataques confirmados de incêndio criminoso e vandalismo contra igrejas e organizações pró-vida, disse o site pró-vida Life News.

O número não inclui agressões contra pró-vidas em protestos, bloqueios de estradas ou ataques cibernéticos contra organizações pró-vida e outros tipos de incidentes.

LifeNews diz que houve uma média de quatro ataques por dia desde que a Suprema Corte derrubou a decisão Roex Wade, de 1973, que liberou o aborto no país. Agora, cada Estado americano e o Congresso nacional podem aprovar leis que proíbam ou restrinjam o aborto.

O aborto já se tornou ilegal em 12 Estados. Em outros três estados o aborto é proibido a partir do momento em que se possa detectara a batida do coração do bebê.

Em 18 Estados foram aprovadas leis para que o aborto continue sendo legal. No Colorado, em Washington D.C. e em Nova York, o aborto pode ser feito até o momento do parto.

Em quatro estados, Alasca, Kansas, Iowa e Montana, as supremas cortes estaduais disseram que há um "direito ao aborto" em suas constituições, enquanto as leis no Novo México e em Michigan continuam ambíguas sobre o assunto.

O último ataque foi registrado na quinta-feira (30), quando uma pessoa desconhecida quebrou uma janela e jogou um coquetel molotov no centro de apoio à gravidez da Hope Clinic for Women em Nashville, Tennessee.

WSMV News informou que o FBI e a polícia estão investigando o ataque como tentativa de incêndio criminoso e vandalismo. As autoridades disseram que o dispositivo incendiário não acendeu.

A lateral do prédio foi pichada com as palavras "Jane's Revenge" (Vingança de Jane), nome de um grupo pró-aborto.

O governador do Tennessee, Bill Lee, descreveu o crime como "terrorismo" na quinta-feira, dizendo que "deve ser processado com todo o rigor da lei".

Fonte: https://www.acidigital.com/

Dom Cláudio, profeta da Amazônia

Dom Cláudio na época da preparação do Sínodo para a Amazônia | Vatican News

O presidente da Repam, Dom Evaristo Spengler, visitou o Vatican News na manhã desta terça-feira e concedeu uma entrevista em que ressalta a “profecia” de Dom Cláudio, revelando que o Papa Francisco falou de seu amigo durante a audiência realizada uma semana atrás por ocasião da visita ad Limina dos bispos dos regionais Norte 2 e 3 da CNBB. O Pontífice disse que Dom Cláudio estava chegando ao seu fim e que havia enviado um telegrama a ele, garantindo suas orações.

Bianca Fraccalvieri - Vatican News

“Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã nossa, a morte corporal, da qual nenhum homem vivente pode escapar.”

Com esta frase de São Francisco de Assis, a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil) expressa seu pesar, mas ao mesmo tempo gratidão pela celebração da Páscoa do Cardeal Dom Claudio Hummes, OFM.

“Agradecemos ao Senhor a vida, a vocação e o serviço de Dom Claudio vividos e dedicados em favor do Reino de Deus. (...) Convencido de que “o Cristo aponta para a Amazônia” não mediu esforços em abrir caminhos que para uma Igreja com rosto amazônico, encarnada e comprometida com os povos, a cultura e o meio ambiente da Amazônia.”

A direção da Repam recorda a trajetória de Dom Cláudio, afirmando que deixa um legado que inspirará a evangelização na Amazônia. “Nossa gratidão a Deus. Agora o ofertamos de volta ao Pai.”

O presidente da Repam, Dom Evaristo Spengler, visitou o Vatican News na manhã desta terça-feira e concedeu uma entrevista em que ressalta a “profecia” de Dom Cláudio, revelando que o Papa Francisco falou de Dom Cláudio durante a audiência realizada uma semana atrás por ocasião da visita ad Limina dos bispos dos regionais Norte 2 e 3 da CNBB.

O Pontífice disse que Dom Cláudio estava chegando ao seu fim e que havia enviado um telegrama a ele, garantindo suas orações.

“Mas ele parte em paz: foi a palavra do Papa. Quando ele disse para nós que Dom Cláudio parte em paz eu entendi assim: Dom Cláudio cumpriu a sua missão, aquilo que ele necessitaria fazer na sua vida ele fez, foi tão profeta que completou o seu percurso. Deixou o exemplo e caminhos abertos para nós agora trilharmos.”

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

terça-feira, 5 de julho de 2022

Rezar é pôr-se à disposição de Deus

Por que Rezar? | Editora Cléofas
Por Prof. Felipe Aquino

Rezar é pôr-se à disposição de Deus.

Entre os homens que não rezam, ou rezam pouco ou mal, há os que não creem na oração e pensam que outras ocupações os reclamam, mais urgentes e mais úteis; os que lhe atribuem um poder mágico e a “utilizam” para tentar obter a satisfação de seus desejos, mesmo os mais materiais, e há ainda os que bem que queriam rezar, mas pretendem não poder ou não saber fazê-lo.

Em todos esses casos, parece que o homem não situa a oração em seu verdadeiro nível, o de uma ação da fé. Apaixonado pela eficiência – e algumas vezes à sua revelia –pensa a oração em termos de rendimento humano, condena-se a não compreender, e ainda menos a não viver uma vida de autêntica oração. Entretanto, o mundo moderno tem uma imperiosa necessidade de que os homens de técnica sejam também homens de adoração, sem o que a técnica os aprisionará e acabará por esmagá-los.

Certamente você não diz: “não vale mais a pena que eu diga a minha mulher que a amo, porque ela já sabe disso há muito tempo”.

Nem tão pouco: é inútil que eu fale a Deus, ele sabe que o amo.

Certamente também você não costuma dizer: “não tenho mais tempo de ficar com minha esposa, de fazer-lhe carinhos, de beijá-la, mas que importa, é por ela que trabalho”.

Assim, também não diga: não tenho nenhum minuto livre para rezar, mas não tem importância, ofereço meu trabalho, ele já é uma oração.

O amor reclama atos desinteressados, gratuitos. Se você ama, deve encontrar tempo para amar.

Rezar é parar. Dar tempo a Deus, cada dia, cada semana.

No mundo moderno, o domingo tornou-se o dia que cada um usa como quer, o dia que nos pertence. Todos se esquecem que ele é o dia reservado a Deus.

A noiva que recebe cada vez com menos frequência cartas do seu noivo, bem sabe que seu amor está em perigo.

Se você não se “corresponde” mais com Deus, seu amor está em perigo.

Se você não reza mais, não reconhecerá nem ouvirá mais Jesus Cristo falar com você em sua vida, pois, para vê-lo e compreendê-lo, é preciso olhá-lo e ouvi-lo em encontros diários.

Rezar é antes de mais nada, voltar-se para Deus. Se você não rezar mais, você se voltará para você mesmo.

Rezar é unir-se a Deus. Se você não reza mais, permanecerá só, e como para o homem e necessário um Deus, você se escolherá a si mesmo como deus.

Se você vive longe de Deus, progressivamente concluirá: vivo bem sem Ele.

Se você vive sem Ele, lentamente o esquecerá.

E se você o esquecer, acabará por crer que Ele não existe.

Aquele que procura sempre obter alguma coisa do ser amado, não é um enamorado, mas um comerciante.

Muitas vezes, sua oração não é senão um comércio com Deus… você quer que ela dê lucro…

Frequentemente, rezar, para você, é pedir. Ora, rezar, antes de tudo, é apresentar-se desinteressadamente diante de Deus: “Pai Nosso, que estais no céu, santificado seja o vosso nome…”

Outras vezes, para você, rezar é receber. Ora, rezar é também oferecer. Oferecer a vida do Mundo, oferecer a própria vida, oferecer-se.

Na oração, se você não procurar obter “alguma coisa”, ao menos você faz questão de registrar alguma satisfação sensível. E, muitas vezes, decepcionado, você abandona seu trabalho: “não vejo resultado algum”, “tenho a impressão de estar falando sozinho”, “não estou sentindo nada”.

Salvo graça especial, você não pode, mesmo, sentir nada na oração. Toda emoção vem dos sentidos. Ora, rezar é pôr-se em presença, em contato com Alguém que não é “sensível”.

Você não poderá rezar com autenticidade, enquanto esperar satisfações sensíveis na oração.

Rezar, muitas vezes é aceitar se aborrecer diante de Deus.

Quando você estiver caindo de cansaço, cheio de responsabilidade e de preocupações, sobrecarregado de trabalho, atrapalhado por um horário incômodo, solicitado de todos os lados pelos outros, obrigue-se a parar e abandonar-se totalmente diante de Deus, aceitar inteiramente a ineficiência humana diante dele, “perder seu tempo” gratuitamente em sua presença.

Isso é realizar um ato de fé, de abandono e de amor, a base da oração.

É preciso querer rezar, e querer rezar já é rezar.

Procure estar na presença de Deus, tente ainda mais, tente durante todo o tempo que você resolveu dar à oração, e não diga nunca: “Não posso rezar”, “não sei rezar”, porque a decisão de recomeçar já é rezar.

De sua parte, a oração vale sobretudo pelo esforço que ela exige de você. Do lado de Deus, pela ação do Espírito em você.

Não sonhe com condições excepcionais para a oração. Não diga: “Se eu tivesse tempo”, “Se eu tivesse sossego”, “Se eu pudesse me isolar!”

Evidentemente, é preciso que você procure as melhores condições exteriores, mas, mesmo que você estivesse no deserto mais absoluto, no íntimo do silêncio mais profundo, o principal obstáculo permaneceria: você mesmo, e o mundo de ideias, de imagens, de sensações, de paixões,… que está dentro de você.

Você se distrai quando reza? O contrário é que seria excepcional. Por que obstinar-se em afugentar as suas distrações? Elas voltarão. Em vez disso, olhe-as de frente, quaisquer que elas sejam: graves preocupações, futilidades ou vulgaridades, ofereça-as a Deus em um gesto de louvor ou de perdão.

Não importam sua situação ou sua condição presente. Deus esperava você. Nunca ninguém está excluído da oração.

Que diria você de um amor cuja expressão dependesse: da facilidade da digestão, do estado de sua sensibilidade, dos múltiplos êxitos ou fracassos humanos que pontilham a vida?

Que sua oração não dependa de suas disposições de momento, mas seja regular.

Deus está sempre presente, ama-o sempre e sempre espera você.

Experimente propor a vários artistas a execução da mesma obra, e as realizações serão bem diferentes.

Observe vários casais, e as expressões de seu amor serão múltiplas.

Assim, as formas de oração variam segundo a cultura, idade, e temperamento. Não despreze nenhuma delas, todas são válidas como meios, mas não esqueça nunca o seu fim comum.

Você peca com todo o seu ser.

Você ama com todo o seu ser.

O certo é que você reze com todo o ser.

Faça rezar seu corpo, sua alma, mas respeite em si a hierarquia dos valores e não dissocie o gesto do espírito.

Os filhos de uma mesma família não podem dar maior prazer aos pais, do que quando se reúnem para homenageá-los.

A oração comunitária é a oração litúrgica (oração pública da Igreja) não são um modo facultativo, mas a expressão normal dos filhos de Deus, vivendo em conjunto o mesmo destino de amor.

Para exprimir o amor, à medida que ele vai se aprofundando, há cada vez menos necessidade de gestos e de palavras e cada vez mais necessidade de silêncio.

Sua oração também se simplificará. Você não rezará menos profundamente se não tiver vontade de falar; ao contrário, você rezará mais, se tiver mais vontade de contemplar simplesmente e de amar silenciosamente.

Muitas vezes você se queixa de não ser atendido, e isso porque inverte os papéis. Você pede a Deus: que ele faça a sua vontade, que ele execute o seu plano, que se ponha ao seu serviço.

Rezar é exatamente o contrário. É pedir a Deus: que se faça a vontade dele, que seja executado o plano dele, que cada um de nós se ponha a seu serviço.

Não se trata de você fazer Deus mudar, de mandar em Deus, mas de você mudar, de se pôr sob sua dependência, sob sua moção.

Se você quiser ouvir música no rádio, é necessário que ele esteja ligado e sintonizado na estação certa.

Se você quiser pôr-se em contato com Deus, é preciso primeiro rezar, isto é, sintonizar com ele e permitir-lhe que lhe transmita sua graça e seu amor.

Nada é belo demais para se oferecer àqueles que amamos. Porque seu amor é infinito, o Pai não pode limitar seu presente às coisas da terra. Ele só dá o Infinito, é a Si mesmo que ele dá.

E é por isso que você não pode pedir a Deus: ganhar na loteria, passar nos exames, conseguir um aumento de salário…senão com a condição de acrescentar: “Se achardes, Senhor, que assim eu amarei mais, a Vós, e a meus irmãos os homens”.

Tenha confiança. Confie sempre. Você sabe que o Pai não pode deixar de querer o seu bem. E também que, se não for bom para você que ele satisfaça o seu desejo, seu amor responderá, mas de modo diferente.

Deus precisa da sua oração, E ele só pode dar se você lhe pedir, pois ele respeita infinitamente a sua liberdade.

É Ele que, sem cessar, silenciosamente suplica a você. Atenda ao seu Amor.

Você pode fazer crescer o amor humano sobre esta terra.

Você pode mudar o Mundo, transformá-lo profundamente, mas nada poderá fazer se não rezar, porque rezar: é deixar a Vontade de Deus instalar-se progressivamente em você, em lugar da sua; é deixar o Amor de Deus invadir você, em lugar do seu amor-próprio, é, por você, introduzir o plano do Pai e seu Amor todo poderoso, entre os homens.

Rezar sincera e fielmente, é assegurar infalivelmente o seu sucesso e o bom termo do Mundo!

Retirado do livro: “Construir o Homem e o Mundo”. Michel Quoist. Ed. Cléofas.

Fonte: https://cleofas.com.br/

Quase 360 mil pessoas abandonaram a Igreja na Alemanha em 2021

Imagem ilustrativa / Pixabay

Por Martin Grünewald

MUNIQUE, 04 jul. 22 / 11:28 am (ACI).- As estatísticas da Conferência Episcopal Alemã de 2021 mostram que 359.338 pessoas deixaram a Igreja no ano passado. Mais do que as 221.390 pessoas que deixaram de se declarar católicas em 2020.

As igrejas na Alemanha são financiadas por impostos. Parte do imposto pago pelo cidadão ao Estado vai para a igreja da qual ele se declarar membro.

Durante a apresentação das estatísticas em 27 de junho, o bispo de Limburg e presidente da Conferência Episcopal Alemã, dom Georg Bätzing, disse estar "profundamente chocado" com o número, mas acrescentou que estava "confiante de que estamos dando passos importantes na direção correta com o caminho sinodal, como um impulso para a reforma e renovação interna".

A jurisdição onde se registrou o maior abandono da Igreja é a arquidiocese de Berlim com 2,8%. A média nacional de 1,7%.

Em março de 2021 foi publicado o relatório da arquidiocese de Colônia sobre abusos sexuais. A porcentagem de católicos que deixaram a Igreja em Colônia é de 2,3%, a mesma da arquidiocese de Munique e Freising, onde este ano foi apresentado um relatório pericial sobre os abusos cometidos por membros da Igreja.

A diocese de Limburg teve uma taxa de 2,1%. As dioceses de Ratisbona (1,3%), Essen (1,3%) e Eichstätt (1,4%) permanecem abaixo da média.

As estatísticas de 2021 também indicam que foi registrada uma nova baixa na assistência à missa, de 4,3%, mas as restrições impostas por medo da pandemia de covid-19 podem ter tido impacto nesse número.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF