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sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Santa Teresa Benedita da Cruz, judia convertida e vítima dos nazistas

REDAÇÃO CENTRAL, 09 Ago. 19 / 05:00 am (ACI).- Santa Teresa Benedita da Cruz nasceu em Breslau (1891), cidade que pertenceu à Alemanha e que, em seguida, passou para a Polônia. Recebeu o nome de Edith Stein. Na adolescência, deixou a religião judaica, porque não encontrava nela sentido à sua vida.

Mais adiante, chegou a ser uma brilhante estudante de fenomenologia na Universidade de Gottiengen, onde conheceu o pensamento dos filósofos Husserl e Martin Heidegger (dois dos mais importantes do século XX). Finalmente, Edith recebeu o diploma de Filosofia da Universidade de Freiburg.
Por seu alto sentido de solidariedade, alistou-se à Cruz Vermelha como enfermeira durante a Primeira Guerra Mundial, destacando-se por sua amabilidade, serviço e autocontrole.
Em 1921, Edith decidiu acompanhar uma amiga que tinha se tornado viúva e ficou impactada ao encontrá-la com uma grande paz e fé em Deus. Foi assim que desejou conhecer a fonte dessas graças e começou a ler, na casa da viúva, a biografia de Santa Teresa de Jesus.
Entrou em um estado de crise profunda e em um momento de purificação até que, meses depois, decidiu ser batizada. Buscou a ajuda de um sacerdote e recebeu o sacramento em 1922. Ao ser católica, sentiu-se mais judia, porque encontrou em Jesus Cristo o sentido de toda a sua fé e vida.
Aos poucos, foi brotando nela a inquietude vocacional, enquanto era acompanhada por seu diretor espiritual. Começou a trabalhar como professora na escola de formação de professores das dominicanas de Santa Madalena, ministrou palestras, traduziu livros, destacou-se profissionalmente e, às vezes, retirava-se para encontrar a paz na abadia beneditina de Beuron.
A situação política na Alemanha começou a piorar, mas Edith não desanimou e entrou para o Carmelo, o que havia sido seu sonho por muitos anos, deixando a fama. Em 15 de abril de 1934, tomou o hábito carmelita e mudou seu nome para Teresa Benedita da Cruz.
A situação para os judeus se agravou e Edith pediu para ser transferida para evitar o perigo para as religiosas do lugar. Foi enviada para uma comunidade na Holanda, junto com sua irmã Rosa, que também tinha se convertido ao cristianismo e servia como uma irmã leiga.
Quando aconteceram as deportações dos judeus, os luteranos, calvinistas e católicos concordam em ler em conjunto um texto de protesto durante os serviços religiosos. Os nazistas também ameaçavam deportar os judeus convertidos ao catolicismo.
As forças de ocupação nazistas declararam todos os católicos-judeus como “apátrida”. Um corpo militar nazista entrou no convento carmelita e levou Teresa e Rosa. Ao sair, a santa segurou a mão de sua irmã e disse: “Venha, vamos, por nosso povo”.
Foram levadas ao campo de concentração de Westerbork e os prisioneiros ficaram admirados com o testemunho de paz de Santa Teresa, que se preocupava por ajudar e consolar os demais, mesmo nas duras condições de humilhações e tormentos que viviam.
Foram enviadas para Auschwitz, com milhares de judeus, e chegaram ao campo de concentração em 9 de agosto de 1942. Imediatamente, os prisioneiros foram conduzidos para a câmara de gás e Santa Teresa partiu para a Casa do Pai, oferecendo sua vida pela salvação das almas, a libertação do seu povo e a conversão da Alemanha.
Santa Teresa Benedita da Cruz foi canonizada por São João Paulo II em 1998, que lhe deu o título de “mártir do amor” e, em outubro de 1999, foi declarado copadroeira da Europa.
ACI Digital

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Assim a Virgem Maria inspirou o nome de uma das maiores cidade dos Estados Unidos

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REDAÇÃO CENTRAL, 08 Ago. 19 / 08:30 am (ACI).- Um detalhe pouco conhecido de Los Angeles, a segunda maior cidade dos Estados Unidos, com aproximadamente 50% de habitantes latinos, é que o seu nome foi inspirado na Virgem Maria.
Em 2 de agosto de 1769, Festa de Nossa Senhora dos Anjos da Porciúncula, o missionário espanhol Pe. Juan Crespí chegou à região que atualmente é a cidade de Los Angeles.
Pe. Crespí era  capelão do grupo do Capitão Fernando Rivera, na expedição de Gaspar de Portolá i Rovira.
Na região, encontrou um rio, o qual chamou “O Rio de Nossa Senhora, a Rainha dos Anjos de Porciúncula”, e recomendou que fosse estabelecida na região uma missão de evangelização.
Na mesma expedição, mas em outro percurso, viajava São Junípero Serra, considerado o Pai do Estado da Califórnia.
Em 14 de setembro de 1781, segundo relata a história local, 44 habitantes da região, acompanhados pelos dois sacerdotes e um esquadrão militar, chegaram à região recomendada pelo Pe. Crespí e fundaram o “Povoado de Nossa Senhora, a Rainha dos Anjos de Porciúncula”, tomando o nome do rio.
Los Angeles fazia parte do reino espanhol, dentro do vice-reino da Nova Espanha. Com a independência da Nova Espanha, em 1821, Los Angeles foi anexada ao território do México.
Depois da guerra entre o México e os Estados Unidos, no século XIX, Los Angeles e outros territórios ficaram sob o poder do atual Estado da Califórnia.
Atualmente, a Arquidiocese de Los Angeles é a diocese mais populosa dos Estados Unidos, com aproximadamente cinco milhões de católicos. É governada pastoralmente por Dom José Gomez, o qual é de origem mexicana.
O rio que o Pe. Crespí encontrou hoje também se chama “Rio Los Angeles” e atravessa a cidade.

Paisagem atual de Los Angeles. Foto: Nserrano / Wikipedia (CC BY-SA 3.0).
ACI Digital


São Domingos de Gusmão, fundador dos Dominicanos

REDAÇÃO CENTRAL, 08 Ago. 19 / 05:00 am (ACI).- A Igreja celebra neste dia 8 de agosto a memória litúrgica de São Domingos de Gusmão, fundador da Ordem dos Pregadores, os Dominicanos, homem de oração, penitência e amor à Palavra de Deus, que combateu a heresia e deixou seu legado como uma proposta de evangelização cristã e vida apostólica.

São Domingos nasceu em Caleruega (Espanha) por volta de 1170 em uma família nobre. Sua mãe era a Beata Joana de Aza. Em Palencia, recebeu uma boa educação em diversas matérias e se rendeu completamente ao estudo da teologia.
Naquela época, vivia-se em guerras contínuas contra os mouros (muçulmanos) e até mesmo entre os próprios príncipes cristãos. Esta situação levou a uma fome terrível naquela região. Domingos se compadeceu dos necessitados e os ajudava, entregando-lhes seus pertences.
Com 24 anos, foi chamado pelo Bispo de Osma para ser cônego da Catedral e, aos 25, foi ordenado sacerdote. Mais tarde, o Prelado teve que viajar para a Dinamarca por ordem do rei Afonso VIII e levou consigo Domingos. Na viagem, o santo ficou preocupado ao constatar as heresias que viviam em várias aldeias.
Em 1207, São Domingos, juntamente com alguns colegas como o bispo de Osma, entregou-se à vida apostólica, renunciando qualquer conforto e vivendo de esmolas. Ao compreender mais a necessidade de uma boa formação cristã dos fiéis, fundou a Ordem dos Pregadores (Dominicanos), dispostos a levar a luz do Evangelho a todos os lugares.
O santo fundou centros de apostolado no sul da França e encontrou grandes dificuldades em toda a missão que havia empreendido.
Segundo a tradição, respaldada por inúmeros documentos pontifícios, certa noite, São Domingos, enquanto estava orando, teve uma revelação na qual a Virgem foi em seu auxílio e entregou-lhe o Rosário como uma arma poderosa para ganhar almas.
A Virgem, por sua vez, ensinou-lhe a recitar e pediu-lhe para pregar por todo o mundo para obter abundantes graças. O santo deixou a capela cheio de entusiasmo com o rosário na mão e, efetivamente, levou-o por todas as partes, obtendo muitas conversões.
Dentro de suas práticas de penitência habituais, estavam as temporadas de 40 dias de jejum a pão e água, dormir sobre tábuas duras, andar descalço por caminhos de pedra e trilhas cobertas de neve, suportar insultos sem responder uma palavra, pregar apesar de estar doente e nunca mostrar desânimo. Era o homem da alegria e do bom humor.
São Domingos, grande amigo de São Francisco de Assis, partiu para a casa do Pai em Bolonha, em 6 de agosto 1221. Foi canonizado em 1234 pelo Papa Gregório IX, que disse que “da santidade deste homem estou tão seguro, como da santidade de São Pedro e São Paulo”.
ACI Digital

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

São Caetano, padroeiro do pão e do trabalho

REDAÇÃO CENTRAL, 07 Ago. 19 / 05:00 am (ACI).- “No oratório, rendemos a Deus a homenagem da adoração, nos hospital o encontramos pessoalmente”, costumava dizer São Caetano, padroeiro do pão e do trabalho, cuja festa é celebrada neste dia 7 de agosto.

São Caetano nasceu em Vicenza (Itália) em 1480. Estudou na Universidade de Pádua, formando-se na teologia e doutorando-se em direito civil e canônico.
Sua inquietude o levou a Roma, onde em pouco tempo foi nomeado secretário do Papa Júlio II. Com a morte do Pontífice, quis se preparar para o sacerdócio e foi ordenado em 1516, aos 36 anos.
Fundou em Roma a “Confraria do Amor Divino”, associação de clérigos que promovia a glória de Deus. Depois, ingressou no Oratório de São Jerônimo, que seguia a mesma linha da obra que tinha fundado, mas incluía também leigos pobres.
Seus amigos não gostaram dessa decisão, pois consideravam que alguém de linhagem como ele não deveria estar ali. Mas, o santo seguiu adiante, atendendo até mesmo os pacientes com doenças que muitos desprezavam.
Estando em Veneza, implantou a bênção com o Santíssimo Sacramento e incentivou a comunhão frequente. Uma vez escreveu: “Não estarei satisfeito até que veja os cristãos se aproximarem do banquete celestial com simplicidade de crianças famintas e alegres, e não cheios de medo e falsa vergonha”.
Naquela época, a cristandade passava por um período de crise. São Caetano, contemporâneo de Lutero, incentivava uma verdadeira reforma de vida e costumes na Igreja, mas sem dividi-la.
Em Roma, junto com alguns companheiros, fundou a Ordem dos Clérigos Regulares Teatinos, que buscava a renovação do clero, a pregação da doutrina, o cuidado dos doentes e a restauração do uso frequente dos sacramentos.
São Caetano teve que sofrer incompreensões e rechaços pela missão renovadora que tinha empreendido. Mais tarde, com o Beato João Marinoni, o santo fundou os “Montes de Piedade” para libertar da miséria pobres e marginalizados.
Ao final de sua vida, abriu um asilo para idosos e hospitais. Quando ficou muito doente, os médicos sugeriram que colocasse um colchão sobre sua cama de tábuas, mas o santo respondeu: “Meu salvador morreu na cruz; deixe-me pois morrer também sobre um madeiro”. Partiu para a Casa do Pai em Nápoles, em 7 de agosto de 1547, aos 77 anos.
O Papa Francisco, desde que era Cardeal, tem um carinho especial por São Caetano, que também é muito querido na Argentina. São inúmeros os peregrinos que vão venerá-lo no templo em honra a este santo, no bairro portenho de Liniers (Buenos Aires).
ACI Digital

terça-feira, 6 de agosto de 2019

Transfiguração do Senhor

REDAÇÃO CENTRAL, 06 Ago. 19 / 05:00 am (ACI).- No dia 6 de agosto, a Igreja celebra a festa litúrgica da Transfiguração do Senhor no Monte Tabor (Israel), na presença dos apóstolos Pedro, Tiago e João. Foi neste episódio que Jesus conversou com Moisés e Elias e escutou-se de uma nuvem a voz de Deus Pai que dizia “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo meu agrado. Escutai-o!” (Lc 9, Mc 6, Mt 10).

No Catecismo da Igreja Católica (555), em referência à passagem bíblica, menciona-se que “por um momento, Jesus mostra a sua glória divina, confirmando assim a confissão de Pedro. Mostra também que, para ‘entrar na sua glória’ (Lc 24, 26), tem de passar pela cruz em Jerusalém”.
“Moisés e Elias tinham visto a glória de Deus sobre a montanha; a Lei e os Profetas tinham anunciado os sofrimentos do Messias. A paixão de Jesus é da vontade do Pai”, assinala o Catecismo.
Deste modo, recorda as palavras de Santo Tomás de Aquino, que afirmou que neste acontecimento “apareceu toda a Trindade: o Pai na voz; o Filho na humanidade; o Espírito Santo na nuvem luminosa”.
Segundo o relato evangélico, a Transfiguração ocorreu em um monte alto e afastado chamado Monte Tabor, que em hebraico significa “o abraço de Deus”.
São Jerônimo comentava este episódio da vida de Jesus com muito ardor e acrescentava inclusive palavras na boca de Deus Pai para explicar a predileção de Jesus. “Este é meu Filho, não Moisés nem Elias. Esses são meus servos; aquele, meu Filho. Este é meu Filho: de minha mesma natureza, da minha mesma substância, que em Mim permanece e é tudo o que Eu sou. Também aqueles outros são certamente amados, mas este é meu amadíssimo. Por isso escutem-no”, disse o santo.
“Ele é o Senhor, estes outros, os servos. Moisés e Elias falam de Cristo. São seus servos. Não honrem os servos do mesmo modo que o Senhor: escutem somente o Filho de Deus”, acrescentou.
Quando a Transfiguração acabou, Pedro, que havia dito “Senhor, é bom estarmos aqui!”, desce sem compreender o que havia acontecido. Por isso, Santo Agostinho, em um dos seus sermões, se refere ao Primeiro Pontífice com palavras de reflexão, que na verdade se transformam em uma interpelação para cada cristão no mundo de hoje:
“Desce para sofrer na terra, para servir na terra, para ser desprezado, crucificado na terra. A Vida desce para fazer-se matar; o Pão desce para ter fome; o Caminho desce para cansar-se da caminhada; a Fonte desce para ter sede; e tu recusas sofrer?”.
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05-08-2019: Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior, em Roma

REDAÇÃO CENTRAL, 05 Ago. 19 / 05:00 am (ACI).- A Basílica de Santa Maria Maior é a mais ampla dedicada à Virgem Maria em Roma. Foi construído depois do Concílio de Éfeso (431), no qual Nossa Senhora foi proclamada Mãe de Deus.

O Papa Sisto III mandou erguer o templo no monte Esquilino e, todo dia 5 de agosto, celebra-se a consagração desta famosa igreja, a mais antiga no Ocidente dedicada à Virgem.
Durante séculos, a Basílica de Santa Maria Maior foi embelezada e adornada. Os mosaicos da área próxima ao altar e as paredes da nave estão entre os mais refinados de Roma e representam cenas da vida da Virgem Maria. O teto é decorado com o primeiro ouro que Colombo levou da América.
Neste Basílica se encontra também uma imagem mariana com o título de Virgem Maria, salvadora do povo romano, ou “Salus Populi Romani”, que em várias situações de grande necessidade foi levada em procissão. Em uma ocasião, acabou com uma praga em Roma.
São João Paulo II, desde o início de seu pontificado, quis que uma lâmpada estivesse acesa sob este ícone mariano como sinal de sua grande devoção.
O Papa Francisco, antes de embarcar em uma viagem internacional e ao retornar para a Itália, dirige-se à Basílica de Santa Maria Maior, deixa um buquê de flores aos pés da imagem de Marian e se detém em um momento de oração.
A Basílica é também conhecida como a Igreja de Santa Maria das Neves por um milagre que ocorreu vinculado a esta devoção; como Basílica da Liberiana, em memória do Papa Libério, que foi quem a consagrou; e como Igreja de Igreja da Santa Maria da Manjedoura, porque, segundo a tradição, ali se conserva um fragmento da manjedoura do Menino Jesus, trazido por Santa Helena.
Em Roma, existem quatro Basílicas maiores de grande importância para a história e riqueza espiritual. Santa Maria Maior é uma delas. As outras três são a Basílica de São João de Latrão, a Basílica de São Pedro e a Basílica de São Paulo Extramuros.
ACI Digital

05-08-2019: Nossa Senhora das Neves

REDAÇÃO CENTRAL, 05 Ago. 19 / 06:00 am (ACI).- Segundo a tradição, por volta do século IV, um casal piedoso que morava em Roma tinha sido abençoado por sua formação cristã e muitos bens materiais. No entanto, não tinham filhos com quem compartilhar esses dons.

Durante anos, rezaram para que o Senhor os abençoasse com um filho, para quem deixar toda a herança, mas não obtinham nenhum resultado. Finalmente, decidiram nomear Nossa Senhora como herdeira e pediram com grande fervor que ela os guiasse.
Em resposta, a Mãe de Deus apareceu a eles na noite de 4 de agosto – em pleno verão – e lhes disse que desejava que fosse construída uma Basílica no Monte Esquilino, uma das sete colinas de Roma, no local onde ela indicaria enviando neve. Da mesma forma, a Virgem Maria apareceu ao Papa Libério com uma mensagem semelhante.
Em 5 de agosto, enquanto o sol de verão brilhava, a cidade ficou admirada ao ver um terreno com neve no Monte Esquilino. O casal foi feliz para ver o que havia acontecido e o Sumo Pontífice fez o mesmo em solene procissão.
A neve cobria o espaço que deveria ser usado para construir o templo e desapareceu depois. O Papa Libério colocou as primeiras fundações da Basílica no perímetro que ele próprio desenhou e o casal contribuiu com o financiamento da construção.
Mais tarde, após o Concílio de Éfeso, no qual Maria foi proclamada como Mãe de Deus, sobre a Igreja precedente, o Papa Sisto III construiu a atual Basílica de Santa Maria Maior. Com o tempo, foram feitas renovações, restaurações, ampliações e novas construções, mas tudo em honra à Santíssima Virgem.
ACI Digital

domingo, 4 de agosto de 2019

Porque agosto é o mês das vocações?

Em 1981, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em sua 19ª Assembleia Geral, instituiu agosto como sendo o Mês Vocacional.
Aqui no Brasil, já virou tradição dedicar o mês de agosto à oração, reflexão e ações nas comunidades sobre o tema das vocações.
O objetivo principal é o de conscientização das comunidades a respeito da responsabilidade que compartilham no processo vocacional.
Vocação é uma palavra derivada do verbo latino vocare que significa chamar.  Portanto, é a resposta humana a um chamado divino.
Ao longo do mês, cada semana é dedicada à celebração de uma determinada vocação, sendo assim:
1ª Semana: vocação para o ministério ordenado: diáconos, padres e bispos;
2° Semana: vocação para a vida em família (atenção especial aos pais);
3° semana: vocação para a vida consagrada: religiosos (as) e consagrados (as) seculares;
4ª semana: vocação para os ministérios e serviços na comunidade;
Último domingo de agosto: Dia Nacional do Catequista.

Em meio ao Ano Jubilar dos 60 anos de Brasília, possamos viver o mês vocacional motivados com o lema “O amor de Cristo nos Impele” (2 Cor 5,14)

Texto base CNBB
Arquidiocese de Brasília

18° Domingo do Tempo Comum: CUIDADO CONTRA A GANÂNCIA

O Evangelho proclamado neste Domingo inicia-se e termina com uma advertência a respeito da ganância e da acumulação de bens materiais. “Tomai cuidado contra todo tipo de ganância”, afirma Jesus (Lc 12,15). A parábola sobre o homem que acumulava bens materiais, pensando em ter segurança e felicidade, leva-nos a refletir sobre a posse e o consumo de bens. Infelizmente, a parábola do homem que acumulava bens retrata o que se passa no mundo de hoje. Difunde-se, sempre mais, que para ser feliz e ter um futuro tranquilo é necessário ter muitos bens e consumir sempre mais, ao contrário do que afirma a Palavra de Deus.   “A vida do homem não consiste na abundancia de bens”, como muitos pensam e agem em nossos dias. É preciso cuidar para não “ajuntar tesouros para si mesmo”, ao invés de ser “rico diante de Deus” (Lc 12,13-21). Quando isso ocorre, a vida fica sem seu sentido maior.
O Eclesiastes expressa bem a incapacidade do homem de encontrar sentido da vida, por si mesmo, fechado neste mundo. A constatação de que “tudo é vaidade” (Ecl 1,2) revela a fragilidade da condição humana e a provisoriedade da vida presente, assim como a importância de se encontrar em Deus o sentido da vida. Quando o dinheiro passa a ocupar o lugar de Deus, transforma-se num ídolo que escraviza e torna o homem insensível à palavra de Deus e ao próximo
Perante os bens materiais é preciso ter uma postura de sobriedade e justiça. De fato, cada pessoa humana e cada família têm direito aos bens necessários para viverem dignamente. Inúmeras pessoas, em condições precárias de vida, se veem obrigadas a redobrarem os esforços para o digno sustento de sua família. Entretanto, há muitos que se deixam levar pela ganância, acumulação e consumo desenfreado de bens materiais, ignorando as exigências do Evangelho.
São Paulo nos convida a uma vida nova, à imagem de Deus, “pois pelo batismo ressuscitamos com Cristo, morrendo para o pecado e nascendo de novo. Para tanto, é preciso esforçar-nos para corresponder à graça recebida. Para cada cristão, é tarefa permanente despojar-se do “homem velho” e “revestir-se do “homem novo”, que “se renova segundo a imagem do seu Criador (Col 3,10), com as consequências práticas indicadas por São Paulo.
Assim fazendo, possamos glorificar a Deus na Eucaristia e na vida cotidiana, encontrando sempre em Deus o refúgio nas provações, conforme rezamos com o salmista (Sl 89): “Vós fostes, ó Senhor, um refúgio para nos”.
Neste Mês Vocacional, procuremos refletir sobre o modo como estamos vivendo a nossa vocação cristã.  Neste primeiro domingo, rezemos, de modo especial, pelas vocações sacerdotais, agradecendo e suplicando a Deus pelos nossos sacerdotes.
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

sábado, 3 de agosto de 2019

Em agosto, poderia ver cair do céu as “lágrimas de São Lourenço”

Chuva de meteoros das Perseidas em 2009. Foto: NASA/JPL
REDAÇÃO CENTRAL, 03 Ago. 19 / 06:00 am (ACI).- Olhar as estrelas poderia não ser a primeira coisa que vem à mente de um católico quando pensa em São Lourenço, que foi martirizado pelos romanos em uma grelha.
Mas, no mês de agosto, com frequência, os católicos têm a oportunidade de ver uma chuva de meteoros que leva o nome em honra a este santo.
As Perseidas, também chamadas as “lágrimas de São Lourenço”, são uma chuva de meteoros associados ao cometa Swift-Tuttle, que libera poeira e detritos na órbita terrestre durante sua órbita de 133 anos ao redor do sol.
O cometa em si mesmo não apresenta uma ameaça imediata à terra, pelo menos não durante vários milhares de anos.
Enquanto a Terra orbita o sol, atinge pedaços de detritos deixados pelo cometa, fazendo com que queimem na atmosfera do planeta.
Isso causa uma prolífica chuva de meteoros que pode ser vista com mais clareza no hemisfério norte, do final de julho até meados de agosto, com um pico habitual por volta do dia 10 de agosto, Festa de São Lourenço.
Durante este pico, a taxa de meteoros alcança 60 ou mais por hora.
O nome Perseidas vem do ponto do céu de onde parecem vir, o radiante, localizado na constelação Perseu, chamada assim por causa de um personagem da mitologia grega.
O nome “lágrimas de São Lourenço” surgiu pela associação com a festividade e as lendas que foram construídas após a morte do santo.
São Lourenço foi martirizado no dia 10 de agosto de 258, em meio à perseguição do imperador romano Valentino, junto com outros membros do clero católico de Roma. O santo foi o último dos sete diáconos a morrer.
Depois que o Papa Sisto II foi martirizado em 6 de agosto, Lourenço se tornou a principal autoridade na Igreja em Roma, tendo sido tesoureiro da Igreja.
Quando foi convocado diante do carrasco, foi ordenado que trouxesse todas as riquezas da Igreja com ele. Apresentou-se com alguns aleijados, pobres e enfermos. Quando foi interrogado, respondeu que “estes são a verdadeira riqueza da Igreja”.
São Lourenço foi imediatamente enviado à sua morte, sendo queimado vivo em uma grelha. A lenda sustenta que algumas de suas últimas palavras foram uma brincadeira sobre o método de sua execução, pois disse aos seus assassinos: “Vira-me, que já estou bem assado deste lado”.
Os católicos começaram a chamar a chuva de meteoros de “lágrimas de São Lourenço”, embora o fenômeno celestial preceda a vida e morte do santo.
Algumas tradições italianas sustentam que os pedaços ardentes dos detritos vistos durante a chuva de meteoros representam os carvões que mataram São Lourenço.
Qualquer pessoa no hemisfério norte deve poder ver as “lágrimas de São Lourenço”, especialmente em 13 de agosto. Os meteoros cairão a partir de diferentes pontos do céu e não a partir de uma determinada direção.
Para uma melhor visão, recomenda-se ir a uma zona rural, longe da contaminação de luz.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF