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domingo, 18 de agosto de 2019

Santa Helena, que resgatou a Santa Cruz de Cristo

REDAÇÃO CENTRAL, 18 Ago. 19 / 05:00 am (ACI).- Seu nome significa “tocha resplandecente”. Esta grande santa foi a mãe do imperador que concedeu a liberdade aos cristãos, depois de três séculos de perseguição, e conseguiu encontrar o Santa Cruz de Cristo em Jerusalém.

Helena nasceu por volta do ano 250, em Bitínia (no norte da Turquia e junto ao Mar Negro). Era filha de um hoteleiro e em sua juventude era muito formosa.
Um dia, passou por essas terras um general muito famoso do exército romano, chamado Constâncio Cloro. Eles se apaixonaram e se casaram. O casal teve um filho chamado Constantino.
Anos mais tarde, o imperador de Roma, Maximiliano, ofereceu a Constâncio Cloro um cargo como seu colaborador mais próximo, mas com a condição de que repudiasse sua esposa Helena e se casasse com sua filha. Deixando-se levar por sua ambição de poder, Constâncio repudiou Helena.
A santa sofreu um abandono humilhante durante 14 anos. Entretanto, em meio à solidão, conheceu Deus e se converteu ao cristianismo.
Quando Constâncio morreu, Constantino foi proclamado imperador pelo exército.
Antes da batalha de Saxa Rubra contra seus inimigos na ponte Milvio, em Roma, Constantino teve um sonho em que Cristo lhe mostrava a cruz e dizia: “Com este sinal vencerás”. No dia seguinte, o imperador levou a Cruz no combate e venceu.
Após a vitória no ano 313, Constantino decretou a livre profissão da religião católica e expandiu o cristianismo por todo o império.
Constantino amava imensamente sua mãe Helena e a nomeou Augusta ou imperatriz. Mandou fazer moedas com a figura dela e lhe deu plenos poderes para empregar o dinheiro do governo nas obras de caridade que ela quisesse.
Helena foi a Jerusalém para buscar a Santa Cruz, levando consigo um grupo de trabalhadores que realizaram escavações no Monte Calvário e a encontraram.
No ano 326, a santa mandou trazer a Escada Santa do palácio de Pôncio Pilatos de Jerusalém. Segundo a tradição, Cristo subiu por ela na Sexta-feira Santa ao palácio para ser julgado e derramou sobre ela suas gotas de sangue. Está localizada em frente à Basílica de São João de Latrão, em Roma. Em 1723, foi forrada com madeira de nogueira para preservá-la dos desgastes, já que milhares de peregrinos sobem continuamente por ela de joelhos.
Santo Ambrósio narra que, apesar de ser a mãe do imperador, Santa Helena se vestia com simplicidade, ficava em meio aos pobres e utilizava o dinheiro que seu filho lhe dava para distribuir esmolas. Também era muito piedosa e passava muitas horas rezando no templo.
Na Terra Santa, construiu três templos: um no Calvário, outro sobre o Monte das Oliveiras e o terceiro em Belém.
ACI Digital

sábado, 17 de agosto de 2019

10 frases do Papa Francisco para refletir nesta Semana Nacional da Família

Imagem referencial / Foto: Unsplash (Domínio Público)
REDAÇÃO CENTRAL, 11 Ago. 19 / 09:00 am (ACI).- Em diversas oportunidades, o Papa Francisco dedicou algumas palavras para destacar a importância da família, tendo inclusive convocado um Sínodo Extraordinário e um Sínodo Ordinário para abordar este tema, resultando na exortação apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia.
Por ocasião da Semana Nacional da Família, que tem início neste domingo no Brasil, apresentamos a seguir 10 frases do Pontífice sobre a família, sua importância e missão na Igreja e na sociedade:
1. “A aliança de amor e fidelidade, vivida pela Sagrada Família de Nazaré, ilumina o princípio que dá forma a cada família e a torna capaz de enfrentar melhor as vicissitudes da vida e da história. Sobre este fundamento, cada família, mesmo na sua fragilidade, pode tornar-se uma luz na escuridão do mundo”. (Amoris Laetitia, numeral 66, capítulo 3).
2. “Uma família e uma casa são duas realidades que se reclamam mutuamente. Este exemplo mostra que devemos insistir nos direitos da família, e não apenas nos direitos individuais. A família é um bem de que a sociedade não pode prescindir, mas precisa ser protegida”. (Amoris Laetitia, numeral 44, capítulo 2).
3. “O que é a família? Para além de seus prementes problemas e de suas necessidades urgentes, a família é um ‘centro de amor’, onde reina a lei do respeito e da comunhão, capaz de resistir aos ataques da manipulação e da dominação dos ‘centros de poder’ mundanos” (Mensagem ao 1º Congresso Latino-americano de Pastoral Familiar, ocorrido em agosto de 2014)
4. “Esta é a grande missão da família: deixar lugar a Jesus que vem, acolher Jesus na família, na pessoa dos filhos, do marido, da esposa, dos avós... Jesus está aí. É preciso acolhê-lo ali, para que cresça espiritualmente naquela família” (Catequese da Audiência Geral de 17 de dezembro de 2014). 
5. “As famílias constituem o primeiro lugar onde nos formamos como pessoas e, ao mesmo tempo, são os ‘tijolos’ para a construção da sociedade” (Homilia na celebração do matrimônio de 20 casais na Basílica de São Pedro, em 14 de setembro de 2014).
6. “Discute-se muito hoje sobre o futuro, sobre o tipo de mundo que queremos deixar aos nossos filhos, que sociedade queremos para eles. Creio que uma das respostas possíveis se encontra pondo o olhar em vós, nesta família que falou, em cada um de vós: deixemos um mundo com famílias. É o melhor legado” (discurso no encontro com as famílias em Cuba, em 22 de setembro de 2015).
7. “O convívio é um termômetro garantido para medir a saúde das relações: se em família tem algum problema, ou uma ferida escondida, à mesa compreende-se imediatamente. Uma família que raramente faz as refeições unida, ou na qual à mesa não se fala mas assiste-se à televisão, ou se olha para o smartphone, é uma família ‘pouco família’” (Catequese da Audiência Geral de 11 de novembro de 2015).
8. “O dom mais valioso para os filhos não são as coisas, e sim o amor dos pais. E não me refiro só ao amor dos pais para os filhos, mas o amor dos pais entre eles, quer dizer, a relação conjugal. Isto faz muito bem a vocês e também a seus filhos! Não descuidem a família!” (Discurso durante audiência aos funcionários da Santa Sé, em 21 de dezembro de 2015).
9. “As famílias não são peças de museu, mas é através delas que se concretiza o dom, no compromisso recíproco e na abertura generosa aos filhos, assim como no serviço à sociedade” (Discurso em audiência aos participantes de encontro promovido pela Federação Europeia das Associações Familiares Católicas, em 1º de junho de 2017).
10. “Vocês são um ícone de Deus: a família é um ícone de Deus. O homem e a mulher: precisamente a imagem de Deus. Ele disse, não sou eu que digo. E isso é grande, é sagrado” (discurso durante audiência com delegação do Fórum das Associações Familiares, em 16 de junho de 2018).
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Santa Beatriz da Silva, difusora da Imaculada Conceição

REDAÇÃO CENTRAL, 17 Ago. 19 / 05:00 am (ACI).- Santa Beatriz da Silva foi uma religiosa católica portuguesa que fundou a Ordem da Imaculada Conceição (Concepcionistas Franciscanas), dedicada à oração contemplativa.

A santa nasceu em 1426 em Ceuta, cidade do norte da África, que naquela época estava sob o domínio da coroa de Portugal.
A mãe de Beatriz, seguindo a tradição familiar, era muito devota da Ordem de São Francisco e, por isso, encomendou a educação religiosa de seus onze filhos aos padres franciscanos, que semearam em suas almas um amor especial pela Imaculada Conceição.
O quinto dos irmãos de Beatriz, chamado João – mais tarde Beato Amadeu da Silva –, tomou o hábito de São Francisco e fundou a associação chamada “amadeístas”.
Beatriz chegou a Castela em 1447, acompanhando como donzela de Isabel de Portugal, que partia de seu reino para contrair matrimônio com o rei de Castela, João II.
Entretanto, passado certo tempo, como sua beleza provocava a admiração dos nobres ou, talvez, porque a própria rainha temia ver nela uma perigosa rival, Beatriz abandonou a corte real que estava em Tordesilhas (Valladolid) e ingressou no mosteiro cisterciense de Santo Domingo de Silos, em Toledo, no qual duramente 30 anos dedicou-se unicamente a Deus.
Depois desses quase trinta anos de dedicação a Deus, decidiu fundar um novo mosteiro que foi a primeira sede da Ordem da Imaculada Conceição.
Em 1489, a pedido de Beatriz e da rainha Isabel a católica, o Papa Inocêncio VIII autorizou a fundação do novo mosteiro e aprovou as principais regras. Entretanto, antes que começasse a vida regular no novo mosteiro, Beatriz faleceu em 1492.
A nova família religiosa se difundiu rapidamente por diversas nações europeias e depois também na América. Atualmente, é formada por cerca de 3 mil religiosas que vivem em 150 mosteiros espalhados por todo o mundo.
O culto a Santa Beatriz foi confirmado por Pio XI em 28 de julho de 1926, com o título de Beata. Foi canonizada em 3 de outubro de 1976 pelo Papa Paulo VI e seus restos mortais se conservam para veneração pública na Casa Mãe de Toledo, na Espanha.
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sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Santo Estêvão I, rei da Hungria e de uma família santa

REDAÇÃO CENTRAL, 16 Ago. 19 / 05:00 am (ACI).- Santo Estêvão nasceu no que hoje é a Hungria, no final do século X, sendo filho do príncipe Geza e da rainha Sarolta. Quando nasceu, recebeu o nome Vajk e, ao ser batizado, foi nomeado Estêvão, o que aconteceu depois que a família real húngara abraçou o cristianismo por sobrevivência política.

Estêvão, quando jovem, aprendeu latim das mãos de Santo Adalberto e recebeu educação cristã. Casou-se com a Beata Gisela da Baviera, irmã do imperador do Sacro Império Romano Germânico, Santo Henrique II. Quando seu pai morreu, sucedeu-o no trono e se tornou rei.
O povo estava acostumado a adorar vários deuses, mas isso não o desanimou em seu trabalho de evangelização e foi obtendo conversões com a dedicação ao seu povo e o exemplo de vida.
Estêvão recorreu ao Papa Silvestre II para que o Ocidente reconhecesse seu reino e o Pontífice enviou Santo Anastácio, discípulo de Santo Adalberto, para que o coroasse. Do mesmo modo, organizou a vida política e religiosa da nação, construiu igrejas e mosteiros.
Entre seus colaboradores próximos estavam os monges beneditinos, ordem da qual procederam os primeiros bispos do novo reino como Santo Anastácio, São Beszteréd, São Gerardo Sagredo, o Beato Sebastião de Esztergom, entre outros.
Santo Estêvão e seu filho, Santo Américo, defenderam seu povo do ataque das tropas de Conrado II, que tentava submeter o reino. Um ano mais tarde, seu filho morreu.
Com a ajuda de Deus, conseguiu que muitos se convertessem. Partiu para a Casa do Pai em 15 de agosto de 1038 e foi sepultado na Basílica Székesfehérvár, que ele mesmo tinha mandado construir e que chegou a ser uma das maiores basílicas da Europa.
O santo rei da Hungria foi canonizado pelo Papa São Gregório VII em 1083 e sua festa é celebrada no dia 16 de agosto. Santo Estêvão também é reconhecido como santo pelos ortodoxos.
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Hoje é recordado o nascimento de Dom Bosco

REDAÇÃO CENTRAL, 16 Ago. 19 / 06:00 am (ACI).- "A familiaridade gera o afeto e o afeto produz confiança. Isto é que abre os corações dos jovens... Tornam-se sinceros na confissão e fora da confissão e se prestam docilmente a tudo o que porventura lhes mandar aquele de quem têm certeza de serem amados”, ensinava São João Bosco, pai e mestre da juventude, cujo aniversário de nascimento é recordado hoje.

João Melchior Bosco Occhiena nasceu 16 de agosto de 1815 na aldeia del Becchi, perto de Morialdo em Castelnuovo (norte da Itália), em uma família muito humilde.
Os dados de seus primeiros anos são contados pelo próprio santo em seu famoso livro autobiográfico “Memórias do Oratório de São Francisco de Sales”, escrito em obediência ao Beato Papa Pio IX.
“Minha mãe chamava-se Margarida Occhiena, de Capriglio, e meu pai, Francisco. Eram camponeses que com trabalho e economia ganhavam honestamente o pão de cada dia. Meu bom pai, quase unicamente com seus suores, proporcionava sustento à vovó septuagenária e cheia de achaques; a três meninos, o maior dos quais, Antônio, filho do primeiro matrimônio; o segundo era José; o mais moço, João, que sou eu”.
Aos nove anos, Dom Bosco teve um sonho profético no qual Jesus lhe apresenta sua mestra na vida, a própria Virgem Maria, que lhe pede que se faça “humilde, forte, robusto” e lhe assinala sua missão de transformar o coração dos jovens.
Sendo sacerdote, acolheu centenas de jovens, aos quais ofereceu espaços de formação para que chegassem a ser “bons cristãos e honestos cidadãos”.
Ao final de sua vida, se daria conta de que esse sonho introduzido por Jesus e executado por Maria Auxiliadora tinha se cumprido. Por isso, em mais de uma ocasião, chegou a dizer “Ela fez tudo”.
Falar de um santo como Dom Bosco seria difícil de acabar, porque é muito amplo e extenso. Mas, poderia se dizer que o humilde filho de camponeses hoje em dia é pai de uma grande família espiritual que se estende por todo o mundo, no qual pessoas de todas as classes e condições, inclusive não católicos, o admiram e seguem seu exemplo.
“Falarás, como os hebreus no deserto, água amarga, isto é, desgosto, dificuldades, penas, dessabores etc., mas faz o que Moisés recomendou aos sujos, meter na água amarga o lenho que tem a qualidade de dulcificar a água: o lenho da cruz”, dizia São João Bosco.
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quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Solenidade da Assunção da Santíssima Virgem Maria

REDAÇÃO CENTRAL, 15 Ago. 19 / 05:00 am (ACI).- “A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial”. Assim o Papa Pio XII definiu em 1950, através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, este dogma que é celebrado solenemente neste dia 15 de agosto – a Assunção da Santíssima Virgem Maria.

Igreja no Brasil celebra essa solenidade no domingo seguinte, neste ano, dia 18 de agosto.
O dogma da Assunção se refere a que a Mãe de Deus, ao cabo de sua vida terrena, foi elevada em corpo e alma à glória celestial.
Na celebração desta solenidade, em 2010, o Papa Bento XVIdestacou a importância dessa data. “Nesta solenidade da Assunção, contemplamos Maria: ela nos enche de esperança a um futuro repleto de alegria e nos ensina o caminho para alcançá-lo: acolher na fé o Seu Filho; nunca perder a amizade com Ele, deixando-nos iluminar e guiar pela Sua Palavra; segui-lo cada dia, inclusive naqueles momentos nos quais sentimos que nossas cruzes ficam pesadas. Maria, a arca da Aliança que habita no santuário do céu, nos indica com claridade luminosa que estamos em caminha à nossa verdadeira Casa, a comunhão da alegria e da paz com Deus”.
Catecismo da Igreja Católica explica que “a Assunção da Santíssima Virgem constitui uma participação singular na Ressurreição do seu Filho e uma antecipação da Ressurreição dos demais cristãos” (966).
A importância da Assunção para homens e mulheres do começo do Terceiro Milênio da Era Cristã reside na relação que existe entre a Ressurreição de Cristo e nossa. A presença de Maria, ser humano como nós, que se encontra em corpo e alma já glorificada no Céu, é isso: uma antecipação da nossa própria ressurreição.
O Papa João Paulo II, em uma de suas catequeses sobre a Assunção, explicou isto nos seguintes termos: “O dogma da Assunção, afirma que o corpo de Maria foi glorificado depois de sua morte. Com efeito, enquanto para os demais homens a ressurreição dos corpos ocorrerá no fim do mundo, para Maria a glorificação do seu corpo se antecipou por singular privilégio”.
“Contemplando o mistério da Assunção da Virgem, é possível compreender o plano da Providência Divina com respeito a humanidade: depois de Cristo, Verbo Encarnado, Maria é a primeira criatura humana que realizou o ideal escatológico, antecipando a plenitude da felicidade prometida aos eleitos mediante a ressurreição dos corpos”, declarou São João Paulo II, na audiência geral de 9 de julho de 1997.
Ao celebrar esta solenidade em 1997, João Paulo II indicou: “Maria Santíssima nos mostra o destino final dos que ‘escutam a Palavra de Deus e a cumprem’ (Lc 11,28). Estimula-nos a elevar nosso olhar às alturas onde se encontra Cristo, sentado à direita do Pai, e onde também está a humilde escrava de Nazaré, já na glória celestial”.
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quarta-feira, 14 de agosto de 2019

São Maximiliano Maria Kolbe, o mártir da caridade

REDAÇÃO CENTRAL, 14 Ago. 19 / 05:00 am (ACI).- “Por Jesus Cristo estou disposto a qualquer tipo de sofrimento. A Imaculada está comigo e ela me ajuda”, costumava dizer São Maximiliano Kolbe, sacerdote que morreu mártir em um campo de concentração nazista e cujo memória litúrgica a Igrejacelebra neste dia 14 de agosto.

São Maximiliano Maria Kolbe nasceu na Polônia em 8 de janeiro de 1894 na cidade da Zdunska Wola, que naquele tempo estava ocupada pela Rússia. Foi batizado com o nome Raimundo, na Igreja paroquial. Aos 13 anos, ingressou no seminário franciscano da Ordem dos Frades Menores Conventuais, na cidade polonesa do Lvov, a qual, por sua vez, estava ocupada pela Áustria. No seminário, adotou o nome de Maximiliano. Finalizou seus estudos em Roma e em 1918 foi ordenado sacerdote.
Devoto da Imaculada Conceição, pensava que a Igreja devia ser militante em sua colaboração com a Graça Divina para o avanço da Fé Católica. Movido por esta devoção e convicção, fundou em 1917 um movimento chamado “Milícia da Imaculada”, cujos membros se consagrariam à Bem-aventurada Virgem Maria e teriam o objetivo de lutar mediante todos os meios moralmente válidos, pela construção do Reino de Deus em todo mundo.
Verdadeiro apóstolo moderno, iniciou a publicação da revista mensal “Cavaleiro da Imaculada”, orientada a promover o conhecimento, o amor e o serviço à Virgem Maria na tarefa de converter almas para Cristo. Com uma tiragem de 500 exemplares em 1922, alcançou cerca de 1 milhão de exemplares em 1939.
Em 1929, fundou a primeira “Cidade da Imaculada”, no convento franciscano de Niepokalanów a 40 quilômetros de Varsóvia, que no passar do tempo se converteria em uma cidade consagrada à Virgem.
Em 1931, logo após o Papa solicitar missionários, ofereceu-se como voluntário. Em 1936, retornou à Polônia como diretor espiritual do Niepokalanów e, três anos mais tarde, em plena Guerra Mundial, foi preso junto com outros frades e enviado a campos de concentração na Alemanha e Polônia. Foi liberado pouco tempo depois, precisamente no dia consagrado à Imaculada Conceição.
Foi feito prisioneiro novamente em fevereiro de 1941 e enviado à prisão de Pawiak, para ser transferido em seguida ao campo de concentração de Auschwitz, onde, apesar das terríveis condições de vida, prosseguiu seu ministério.
Em Auschwitz, o regime nazista procurava despojar os prisioneiros de todo rastro de personalidade, tratando-os de maneira desumana e impessoal, como um número; a São Maximiliano, atribuíram o número 16670. Apesar de tudo, durante sua estadia no campo, nunca abandonou sua generosidade e preocupação com os demais, assim como seu desejo de manter a dignidade de seus companheiros.
Na noite de 3 de agosto de 1941, um prisioneiro da mesma seção em que estava São Maximiliano fugiu; em represália, o comandante do campo ordenou sortear dez prisioneiros para serem executados. Entre os homens escolhidos estava o sargento Franciszek Gajowniczek, polonês, casado e com filhos. São Maximiliano, que não estava entre os dez prisioneiros escolhidos, se ofereceu para morrer em seu lugar. O comandante do campo aceitou a troca e o Padre Kolbe foi condenado a morrer de fome junto com os outros nove prisioneiros.
Dez dias depois de sua condenação e ao encontrá-lo ainda vivo, os nazistas lhe deram uma injeção letal em 14 de agosto de 1941. Em 1973, o Papa Paulo VI o beatificou e, em 1982, São João Paulo II o canonizou como Mártir da Caridade.
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terça-feira, 13 de agosto de 2019

Bem-aventurada Dulce dos Pobres, que será canonizada em outubro

REDAÇÃO CENTRAL, 13 Ago. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 13 de agosto é celebrado o dia da Bem-aventurada Dulce dos Pobres, a religiosa baiana que dedicou sua vida ao serviço aos pobres e doentes e que será canonizada no próximo dia 13 de outubro pelo Papa Francisco, no Vaticano.

O 13 de agosto foi escolhido como o dia oficial da festa litúrgica da religiosa conhecida como Anjo Bom da Bahia porque foi nesta mesma data, em 1933, na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em Sergipe, que Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, aos 19 anos de idade, recebia o hábito de freira e adotava, em homenagem à sua mãe, o nome de Irmã Dulce.
Segunda filha do dentista Augusto Lopes Pontes e de Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes, a pequena Maria Rita nasceu em 26 de maio de 1914, na capital baiana. Perdeu sua mãe aos sete anos de idade.
Desde cedo, começou a manifestar seu interesse pela vida religiosa. Aos 13 anos, passou a acolher mendigos e doentes em sua casa, transformando a residência da família em um centro de atendimento. A casa ficou conhecida como ‘A Portaria de São Francisco’, devido ao grande número de carentes que se aglomeravam à sua porta. Nessa época, expressou pela primeira vez o desejo de se dedicar à vida religiosa.
Entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe, em fevereiro 1933, tendo recebido o hábito agosto do mesmo ano, quando passou a ser chamada Irmã Dulce.
Sempre com muita fé, amor e serviço, o Anjo Bom iniciou na década de 1930 um trabalho assistencial nas comunidades carentes, sobretudo nos Alagados, conjunto de palafitas que se consolidara na parte interna do bairro de Itapagipe, na capital baiana.
Em 1939, Irmã Dulce invadiu cinco casas na Ilha dos Ratos, para abrigar os doentes que recolhia nas ruas de Salvador. Expulsa do lugar, peregrinou durante uma década, levando os seus doentes por vários locais da cidade. Até que em 1949, ocupou um galinheiro ao lado do convento, após a autorização da sua superiora, com os primeiros 70 doentes.
Esta iniciativa deu início à criação das Obras Sociais Irmã Dulce, instituição considerada hoje um dos maiores complexos de saúde pública do país, com cerca de quatro milhões de atendimentos ambulatoriais por ano.
“Quando nenhum hospital quiser aceitar algum paciente, nós aceitaremos. Esta é a última porta e por isso eu não posso fechá-la”, disse Irmã Dulce.
Em 1988, foi indicada pelo então presidente da República, José Sarney, com o apoio da Rainha Sílvia, da Suécia, para o Prêmio Nobel da Paz.
A religiosa também teve dois grandes momentos de sua vida ao lado de São João Paulo II. Em 7 de julho de 1980, encontrou-se com o então Papa que visitava pela primeira vez o Brasil. Na ocasião, ouviu dele o incentivo para prosseguir com a sua obra.
Os dois voltaram a se encontrar em 20 de outubro de 1991, na segunda visita do Sumo Pontífice ao Brasil. João Paulo II fez questão de quebrar o rigor da sua agenda e foi ao Convento Santo Antônio visitar a religiosa baiana, cuja saúde já se encontrava bastante debilitada em função de problemas respiratórios.
Cinco meses depois, no dia 13 de março de 1992, o Anjo Bom da Bahia faleceu, aos 77 anos.
Em janeiro de 2000, teve início o processo de canonização de Irmã Dulce. Em 2010, a Congregação para a Causa dos Santos reconheceu a autenticidade de um milagre atribuído à religiosa. Trata-se do caso de Claudia Cristina dos Santos, ocorrido em Itabaiana, em Sergipe.
Após dar à luz seu filho, Gabriel, a mulher sofreu uma forte hemorragia, durante 18 horas, tendo sido submetida a três cirurgias. Diante da gravidade do quadro, os familiares chamaram Padre José Almí para ministrar a unção dos enfermos. O sacerdote decidiu fazer uma corrente de oração pedindo a intercessão de Irmã Dulce e deu a Cláudia uma pequena relíquia da Bem-Aventurada. A hemorragia cessou subitamente.
Irmã Dulce foi beatificada no dia 22 de maio de 2011 e, no próximo dia 13 de outubro, será canonizada pelo Papa Francisco, no Vaticano, após o reconhecimento da cura milagrosa de um homem após 14 anos cego.
O maestro José Maurício Bragança Moreira ficou cego durante 14 anos por conta de um glaucoma. Em 2014, voltou a enxergar, após rezar pedindo à intercessão de Ir. Dulce dos Pobres.
Irmã Dulce dos Pobres será a primeira santa nascida no Brasil e está será a terceira canonização mais rápida da história recente da Igreja, conforme indicou o site das Obras Sociais da Irmã Dulce (OSID).
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segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Beato Inocêncio XI, Papa

REDAÇÃO CENTRAL, 12 Ago. 19 / 05:00 am (ACI).- O Beato Inocêncio XI foi o Papa número 240 da Igreja, entre 1676 e 1689, e é considerado por alguns como o Pontífice mais importante do século XVII.

Nasceu em 16 de maio de 1611, no norte da Itália, com Como. Realizou seus primeiros estudos na mesma cidade, com os jesuítas e, depois, na universidade La Sapienza de Roma e na Universidade da Nápoles, doutorando-se nesta última em direito civil e direito canônico (1639).
Não se tem dados sobre sua vocação e sua ordenação sacerdotal. Em 1645, o Papa Inocêncio X o nomeou cardeal diácono de São Cosme e Damião.
Durante seu pontificado, teve vários problemas com cardeaisfranceses e com o rei Luiz XIV da França, pois não respeitava os direitos da Igreja. Este último convocou em assembleia o clero francês determinando que a Igreja passaria a ser uma instituição submissa ao Estado. Por isso, o Santo Padre decidiu excomungar o clero.
Inocêncio XI foi um homem asceta, bondoso e generoso com os pobres, lutou fortemente contra o nepotismo do clero, embora esta prática acabaria logo no pontificado de Inocêncio XII, em 1692.
Além disso, reformou a administração da Cúria e ordenou as finanças do Vaticano.
Também escreveu sobre a Eucaristia, matéria de moral e de sistemas morais, assim como do sigilo da confissão.
Após uma longa enfermidade, morreu em 12 de agosto de 1689, no Palácio do Quirinal, o que gerou tristeza em todo o povo romano; foi sepultado em São Pedro.
Inocêncio XI foi beatificado pelo Venerável Pio XII em 7 de outubro de 1956. Sua festa é celebrada em 12 de agosto, aniversário de sua morte.
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11.08.2019: 19º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ADMINISTRADOR FIEL


+ Dom Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
A Liturgia da Palavra nos convida a atitude de vigilância, mostrando-nos o seu sentido e o que fazer para concretizá-la. Por que estar vigilantes? Por que estar “com os rins cingidos e as lâmpadas acesas” (Lc 12,38)? É preciso estar bem preparados para o encontro com o Senhor, a qualquer hora em que ele vier. Somos administradores dos seus bens. Ele espera que o administrador seja “fiel e prudente”. A expressão “rins cingidos” faz pensar em alguém preparado para uma viagem ou para a luta, sendo, portanto, sinal  de prontidão e de vigilância. Todos nós recebemos de Deus bens para serem administrados com responsabilidade. A última frase do texto proclamado se dirige a todos, mas principalmente a quem mais recebeu. “A quem muito foi dado, muito será pedido;  a quem muito foi confiado, muito mais será exigido” (Lc 12,48). Neste dia em que rezamos pelos pais, com especial afeto e gratidão, o Evangelho oferece ocasião privilegiada para os pais refletirem sobre como estão administrando a casa que o Senhor lhes confiou.
Contudo, a vigilância não pode ser confundida com o medo. Não é com o medo que nos preparamos para encontrar o Senhor, mas com a fidelidade e a confiança. “Não tenha medo, pequeno rebanho” (Lc 12,32) são as primeiras palavras de Jesus no texto proclamado. A confiança não deve ser colocada nos bens materiais. Ao contrário, Jesus propõe o despojamento e a busca do verdadeiro tesouro que se encontra em Deus. Por isso, trata-se da confiança que brota da fé. O servo vigilante não é medroso ou acomodado; é dedicado e responsável; vive da fé. A Carta aos Hebreus nos recorda de Abraão e Sara como modelos de fé, destacando a relação entre a fé e a esperança. No trecho proclamado, encontra-se uma das mais belas definições de fé: “é um modo de já possuir o que ainda se espera, a convicção acerca de realidades que não se veem” (Hb 11,1).
O livro da Sabedoria (Sab 18,6-9), ao recordar a noite do êxodo, nos faz pensar na importância da oração, referindo-se aos sacrifícios oferecidos a Deus, naquela ocasião. Ao mesmo tempo, nos motiva a viver a solidariedade “nos bens e nos perigos”, isto é, a caminhar juntos, como povo de Deus. A fé cresce e se fortalece pela oração e pela vida comunitária.
Estamos iniciando, hoje, a Semana da Família, tempo especial de oração, reflexão e evangelização. Como vai a sua família e o que você tem feito por ela? Procure valorizar a família, a começar da sua. Na família, juntamente com a mãe, o pai ocupa lugar de especial importância.  Neste Dia dos Pais, rezemos agradecidos a Deus Pai, suplicando pelos pais que continuam a sua missão, assim como, pelos pais falecidos. Ao Pai nosso, confiamos nossos pais e famílias!
Arquidiocese de Brasília - O Povo de Deus

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF