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segunda-feira, 9 de setembro de 2019

São Pedro Claver, protetor da população negra

REDAÇÃO CENTRAL, 09 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- “Ego Petrus Claver, etiopum semper servur (Eu Pedro Claver, dos negros escravo para sempre)”, escreveu uma vez São Pedro Claver, que, como missionário em Cartagena (Colômbia), tornou-se protetor da população negra e escravos.

Pedro nasceu em Verdú (Espanha), em 26 de junho de 1580. Aos 19 anos ingressou na Companhia de Jesus. Mais tarde, foi enviado como missionário para Nova Granada e ordenado sacerdote em Cartagena, em 1616.
Nas missões, opôs-se às injustiças da escravidão institucionalizada, na qual vendiam escravos para todo tipo de trabalho forçado.
Enquanto os escravos estavam presos para ser comprados, Claver os instruía e batizava, o que lhe causou mais de um problema. Chegou a ser incompreendido pelas pessoas do povoado e, em algum momento, até pelos superiores.
Entretanto, o santo continuava com sua obra, tornando-se um grande profeta do amor evangélico que não tem fronteiras, nem cor. Partiu para a Casa do Pai em 9 de setembro de 1654, no território da atual Colômbia.
São João Paulo II, que visitou o túmulo deste santo em Cartagena, em 1986, disse que “hoje, como no século XVII em que viveu São Pedro Claver, a ambição do dinheiro domina o coração de muitas pessoas e as converte, mediante o comércio da droga, em traficantes da liberdade de seus irmãos aos quais escravizam com uma escravidão mais temível, às vezes, do que ados escravos negros...”.
“Como homens livres a quem Cristo chamou a viver em liberdade, devemos lutar decididamente contra essa nova forma de escravidão que a tantos subjuga em tantas partes do mundo, especialmente entre a juventude, a qual é necessário prevenir a todo custo e ajudar as vítimas da droga a se libertar dela”, enfatizou.
ACI Digital

domingo, 8 de setembro de 2019

23º DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano C: CONDIÇÕES PARA SER DISCÍPULO

+ Dom Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
O Evangelho (Lc 14,25-33) nos apresenta as condições para ser discípulo propostas por Jesus aos que o seguiam no caminho para Jerusalém. A expressão “não pode ser meu discípulo” aparece três vezes no relato de São Lucas. Não pode ser discípulo de Jesus, isto é, não pode seguir os seus passos, quem não for capaz de aceitar as renúncias e de carregar a cruz. É importante recordar-se que Jesus está caminhando para a paixão e a morte na cruz, em Jerusalém. O discípulo deve estar pronto para subir o calvário com Cristo e permanecer com ele na hora da cruz.
Quanto às renúncias, não basta deixar os pecados. É preciso renunciar também a coisas boas para seguir a Jesus. O Evangelho menciona o desapego à família, à própria vida e a renúncia aos bens materiais. O discípulo dever estar disposto a tais renúncias, ainda que elas não venham a ocorrer sempre de modo total. Isso que pode parecer demais para o mundo de hoje, ocorre frequentemente na vida cristã. Por exemplo, quem quiser participar da missa, servir a comunidade, atuar em alguma pastoral ou visitar um doente, deverá estar disposto a fazer alguma renúncia. Quem quiser viver para si ou unicamente para o trabalho ou a família, não terá tempo para estar na comunidade e servir os outros irmãos.
É preciso pensar no modo como seguimos a Cristo, conforme nos sugerem as imagens do construtor imprudente e do rei diante da batalha, utilizadas por Jesus no trecho meditado. Naquele tempo, assim como ocorre hoje, muita gente não tinha consciência da seriedade de ser discípulo, vivendo mais ou menos o Evangelho, sem dar a devida prioridade ao seguimento de Cristo.
Entretanto, qual é o homem que pode conhecer a vontade de Deus? (Sb 9,13). A esta pergunta, o próprio livro da Sabedoria nos responde, mostrando-nos que isso é possível somente pela sabedoria que Deus nos concede e pelo Santo Espírito que ele nos envia (Sab 9,17).   Com a sabedoria divina, podemos discernir retamente o valor dos bens deste mundo e perseverar no discipulado. Com ela, podemos tratar as pessoas com verdadeiro amor, tratando o próximo como “irmão querido” e não como “escravo”, conforme a expressão empregada por S. Paulo na Carta a Filemon, pedindo-lhe para  receber Onésimo “como pessoa humana e irmão no Senhor”.
Sejamos reconhecidos, hoje, como discípulos pela vivência do amor ao próximo, assumindo as renúncias que se fizerem necessárias para tratar a todos como “irmãos queridos”, em Cristo. Aproveite este mês especialmente dedicado à Bíblia, para ler e meditar mais a Palavra de Deus e com maior atenção. Faça a leitura orante da Bíblia! Procure por em prática a Palavra de Deus!
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

Natividade da Virgem Maria

REDAÇÃO CENTRAL, 08 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- A Igreja celebra neste dia 8 de setembro a Natividade da Santíssima Virgem Maria. “Esta Festividade Mariana é toda ela um convite à alegria, mais precisamente porque, com o nascimento de Maria Santíssima, Deus dava ao mundo como garantia concreta de que a salvação era já iminente”, disse São João Paulo II em 1980.

A celebração da festa da Natividade da Santíssima Virgem Maria é conhecida no Oriente desde o século VI. Foi fixada em 8 de setembro, dia com o que se abre o ano litúrgico bizantino, que é encerrado com a Assunção, em agosto. No Ocidente foi introduzida no século VII e era celebrada com uma procissão-ladainha, que terminava na Basílica de Santa Maria Maior.
O Evangelho não apresenta dados do nascimento de Maria, mas há várias tradições. Algumas consideram Maria descendente de Davi, assinalam seu nascimento em Belém. Outra corrente grega e armênia assinala Nazaré como berço de Maria.
Entretanto, já no século V existia em Jerusalém o Santuário Mariano situado junto aos restos da piscina Probática, ou seja, das ovelhas. Debaixo da formosa Igreja românica, levantada pelos cruzados, que ainda existe – a Basílica de Santa Ana – acham-se os restos de uma basílica bizantina e criptas escavadas na rocha que parecem ter feito parte de uma moradia que se considerou como a casa natal da Virgem.
Esta tradição, fundada em apócrifos muito antigos como o chamado Proto evangelho de São Tiago (século II), vincula-se com a convicção expressa por muitos autores a respeito de que Joaquim, o pai de Maria, fora proprietário de rebanhos de ovelhas. Estes animais eram lavados naquela piscina antes de serem oferecidos no templo.
A festa tem a alegria de um anúncio pré-messiânico. É famosa a homilia que pronunciou São João Damasceno (675-749) um 8 de setembro na Basílica da Santa Ana, durante a qual exclamou:
“Eia!, povos todos, homens de qualquer raça e lugar, de qualquer época e condição, celebremos com alegria a festa natalícia do gozo de todo o Universo. Temos razões muito válidas para honrar o nascimento da Mãe de Deus, por meio da qual todo o gênero humano foi restaurado e a tristeza da primeira mãe, Eva, transformou-se em gozo. Esta escutou a sentença divina: parirá com dor. Maria, pelo contrário, lhe disse: alegra-te, cheia de graça!”.
ACI Digital

sábado, 7 de setembro de 2019

Santa Regina, virgem e mártir

REDAÇÃO CENTRAL, 07 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- Santa Regina é uma virgem mártir gaulesa (hoje França) que, apesar de não ser muito conhecida fora de seu culto particular, está presente em muitas representações artísticas.

O nome Regina significa “rainha” em latim, por isso, é chamada pelos franceses de Sainte Reine. Foi filha de uma cidadão pagão de Alise, chamado Clemente, no Condado de Borgonha. Sua mãe faleceu ao dá-la à luz e, por isso, Regina foi entregue a uma ama de leite cristã que a educou na fé a e a batizou.
Quando cresceu, sua beleza atraiu os olhares de um prefeito chamado Olibrio, que ao saber que era de nascimento nobre, quis se casar com ela. A santa se negou, embora seu pai tenha tentado convencê-la.
O prefeito, ao saber que era cristã, mandou colocá-la em uma prisão. Interrogou-a algumas vezes e descobriu que a jovem não renunciaria a Cristo, a quem havia consagrado sua virgindade.
Uma daquelas noites, recebeu em seu calabouço o consolo de uma visão da cruz, enquanto uma voz lhe dizia que sua libertação estava próxima. No dia seguinte, Olibrio ordenou que fosse torturada de novo e que fosse decapitada em seguida.
Segundo as Atas, em 7 de setembro do ano 251, foi executada. A tradição detalha que naquele momento apareceu uma pomba branquíssima que causou a conversão de muitos dos presentes.
A iconografia da mártir a representa com a palma do triunfo nas mãos, o machado ou a espada com a qual foi decapitada e, mais frequentemente, segurança as correntes que a aprisionaram e que são veneradas em Flavigny.
Às vezes, aparece uma pomba suspensa sobre sua cabeça em referência ao Espírito Santo que desceu sobre ela ou com uma ovelha ao seu lado, aludindo ao seu trabalho de pastora.
ACI Digital

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Retornar a Nazaré para redescobrir a verdadeira identidade da Igreja

Crianças moçambicanas a espera do Papa Francisco em frente à Catedral da Imaculada Conceição
Crianças moçambicanas a espera do Papa Francisco em frente à Catedral da Imaculada Conceição  (ANSA)
Este é o caminho indicado pelo Papa Francisco em Maputo no encontro com os bispos, o clero, os religiosos (as), os catequistas e os animadores

De Andrea Tornielli

Diante da crise de identidade vivida pelos sacerdotes religiosos e religiosas, o caminho é o de retornar para Nazaré. Isso é, "aos lugares onde fomos chamados e onde era evidente que a iniciativa e o poder eram de Deus".
O Papa Francisco, na Catedral de Maputo, acrescentou outra peça ao perfil de quem consagra a própria vida a Deus e ao serviço de seus irmãos. Ele fez isso comparando os dois anúncios de que Lucas fala nas primeiras passagens de seu evangelho: o de Zacarias, sacerdote e pai de João Batista, ocorrido no templo de Jerusalém, no lugar mais sagrado da cidade mais importante. E aquele a Maria, jovem mulher leiga, ocorrido em Nazaré, na pequena e remota cidadezinha da Galileia.
 "Às vezes", explicou o Papa, "sem querer, sem culpa moral, habituamo-nos a identificar a nossa atividade quotidiana de sacerdotes, religiosos, consagrados, leigos catequistas, etc., com certos ritos, com reuniões e colóquios, onde o lugar que ocupamos na reunião, na mesa ou na aula é de hierarquia; parecemo-nos mais com Zacarias do que com Maria".
Em vez disso, precisamente "a grandeza incomensurável do dom que nos é dado para o ministério relega-nos entre os menores dos homens". O padre, acrescentou Francesco, " é o mais pobre dos homens, se Jesus não o enriquece com a sua pobreza; é o servo mais inútil, se Jesus não o trata como amigo; é o mais louco dos homens, se Jesus não o instrui pacientemente como fez com Pedro; o mais indefeso dos cristãos, se o Bom Pastor não o fortifica no meio do rebanho. Não há ninguém menor que um sacerdote deixado meramente às suas forças”.
É possível sair da crise de identidade se "os nossos cansaços estiverem mais relacionados com a nossa capacidade de compaixão", ou seja, naquela cotidiana partilha da vida das pessoas, naqueles compromissos "em que nosso coração estremece e se comove”. Porque assim se redescobre o caminho do serviço, o caminho de Nazaré, confiando não nas nossas próprias forças, nas  próprias estruturas, na própria bravura ou nas próprias estratégias, mas somente no Deus que "derrotou os poderosos dos tronos e elevou os humildes".

RÁDIO VATICANO

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Confira o programa detalhado da Viagem do Papa à África e os horários das transmissões

Logotipos da Viagem do Papa Francisco a Moçambique, Madagascar e Maurício
Logotipos da Viagem do Papa Francisco a Moçambique, Madagascar e Maurício 
De 4 a 10 de setembro de 2019, o Papa Francisco realiza uma Viagem Apostólica a Moçambique, Madagascar e Maurício, visitando as cidades de Maputo em Moçambique, Antananarivo em Madagascar e Port Louis em Maurício.
Cidade do Vaticano
Este é programa detalhado da Viagem Apostólica do Papa Francisco a Moçambique, Madagascar e Maurício. O Vatican News transmitirá os eventos públicos, com comentários em português. Os horários indicados são sempre os horários locais:
Moçambique: +5 em relação ao horário de Brasília, +1 em relação ao horário de Portugal. 
Madagascar e Mauricio:  +6 em relação ao horário de Brasília, +2 em relação ao horário de Portugal.
Quarta-feira, 4 de setembro de 2019

ROMA - MAPUTO
08:00 - Partida em avião do Aeroporto de Roma / Fiumicino para Maputo
18:30  - Cerimônia de boas-vindas no Aeroporto de Maputo
Quinta-feira, 5 de setembro de 2019

MAPUTO  (+5 em relação ao horário de Brasília, +1 em relação ao horário de Portugal.)
09:45 – Visita de cortesia ao Presidente no Palácio “Ponta Vermelha”
10:05 – Encontro com as Autoridades, a Sociedade Civil e o Corpo Diplomático no Palácio “Ponta Vermelha” - Discurso do Santo Padre (c/ transmissão)
10:50 – Encontro Inter-religioso com os jovens no Pavillon Maxaquene - Discurso do Santo Padre (c/ transmissão)
Almoço na Nunciatura
16:10 – Encontro com os bispos, os sacerdotes, religiosos (as), consagrados, seminaristas, catequistas e animadores pastorais na Catedral da Imaculada Conceição - Discurso do Santo Padre (c/              transmissão)
 17:25 – Visita Privada à Casa “Mateus 25”
Sexta-feira, 6 de setembro de 2019

MAPUTO-ANTANANARIVO
08:35 – Visita ao Hospital de Zimpeto – Saudação do Santo Padre  (c/ transmissão)
09:50 – Santa Missa no Estádio do Zimpeto -  Homilia do Santo Padre  (c/ transmissão)
12:25 – Cerimônia de despedida no Aeroporto de Maputo
12:40 – Partida do Avião Papal para Antananarivo
16:40 – Cerimônia de boas-vindas no Aeroporto de Antananarivo
Sábado, 7 de setembro de 2019

ANTANANARIVO  (+6 em relação ao horário de Brasília, +2 em relação ao horário de Portugal)
09:30 – Visita de cortesia ao Presidente no Palácio Presidencial "Iavoloha"
10:05 – Encontro com as Autoridades, a Sociedade Civil e o Corpo Diplomático no Ceremony Building -  Discurso do Santo Padre  (c/ transmissão)
11:10 – Hora Média no  no Mosteiro das Carmelitas Descalças – Homilia do Santo Padre  (c/ transmissão)
Almoço na Nunciatura
16:00 – Encontro com os bispos de Madagascar na Catedral de Andohalo - Discurso do Santo Padre  (c/ transmissão)
17:10 – Visita ao túmulo da Beata Victoire Rasoamanarivo
18:00 – Vigília com os jovens no Campo Diocesano de Soamandrakizay – Discurso do Santo Padre  (c/ transmissão)
Domingo, 8 de setembro de 2019

ANTANANARIVO
09:50 – Santa Missa no Campo Diocesano de de Soamandrakizay -  Homilia do Santo Padre e Angelus  (c/ transmissão)
Almoço com o Séquito Papal na Nunciatura
15:05 – Visita à Cidade da Amizade – Akamasoa – Saudação do Santo Padre  (c/ transmissão)
15:55 – Oração pelos trabalhadores no Estaleiro Mahatazana -  Oração do Santo Padre (c/ transmissão)
17:05 – Encontro com os sacerdotes, religiosos (as), consagrados e seminaristas no  no Collège Saint Michel -  Discurso do Santo Padre (c/ transmissão)
Segunda 9 de setembro de 2019

ANTANANARIVO - PORT LOUIS - ANTANANARIVO ( +6 em relação ao horário de Brasília, +2 em relação ao horário de Portugal)
08:50 – Partida do avião para Port Louis
10:40 – Cerimônia de boas-vindas no aeroporto de Port Louis
12:10 – Santa Missa no Monumento de Maria Rainha da Paz - Homilia do Santo Padre (c/ transmissão)
Almoço com os bispos da CEDOI no Episcopado
16:25 – Visita privada ao Santuário de  Père Laval
16:55 – Visita de cortesia ao Presidente no Palácio Presidencial
17:15 – Encontro com o Primeiro-Ministro no Palácio Presidencial
17:30 – Encontro com as Autoridades, a Sociedade Civil e o Corpo Diplomático no Palácio presidencial - Discurso do Santo Padre (c/ transmissão)
18:45 – Cerimônia de despedida no Aeroporto de Port Louis (c/ transmissão)
19:00 - Partida de avião para Antananarivo
20:00 - Chegada ao Aeroporto de Antananarivo
Terça-feira, 10 de setembro de 2019

ANTANANARIVO-ROMA
09:00 – Cerimônia de despedida no aeroporto de Antananarivo
09:20 - Partida em avião para Roma / Ciampino
 19:00 - Chegada ao aeroporto de Roma / Ciampino
VATICAN NEWS

Santa Teresa de Calcutá

REDAÇÃO CENTRAL, 05 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- “Se de verdade queremos que haja paz no mundo, comecemos por nos amarmos uns aos outros no seio das nossas próprias famílias”, costumava dizer Santa Teresa de Calcutá, fundadora das Missionárias da Caridade, defensora da família e dos pobres e modelo de misericórdia, cuja memória é celebrada neste dia 5 de setembro.

Agnes Gonxha Bojaxhiu nasceu em 1910 em Skopje, que naquela época pertencia à Albânia, e hoje é da Macedônia. Despertou para sua vocação à vida religiosa quando era uma jovem de 18 anos e, atendendo ao chamado de Deus, forjou seu trajeto para a santidade, dedicando-se aos pobres e doentes.
Em 29 de setembro de 1928, ingressou na Casa Mãe das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto, na Irlanda. Depois, foi enviada à Índia, a fim de iniciar seu noviciado. Fez sua profissão religiosa em 24 de maio de 1931, quando adotou o nome Teresa, em homenagem à carmelita francesa, Teresa de Lisieux, padroeira dos missionários.
Atuou como professora em Calcutá por 17 anos, com as filhas das famílias mais tradicionais da cidade. Até que, no dia 10 de setembro de 1946, viveu um fato marcante em sua história, o “Dia da Inspiração”. Em uma viagem de trem ao noviciado do Himalaia, deparou-se com um irmão pobre de rua que lhe disse: “Tenho sede!”. Desde então, teve a certeza de sua missão: dedicar sua vida aos mais pobres dos pobres, deixando o conforto do colégio da Congregação.
Em 1949, Madre Teresa começou a escrever as constituições das Missionárias da Caridade e, no dia 7 de outubro de 1950, a congregação foi aprovada pela Santa Sé, expandindo-se por toda a Índia e pelo mundo inteiro.
Pequena em estatura, magra e encurvada, Madre Teresa surpreendeu o mundo com o seu amor, humildade, simplicidade e entrega total pelos doentes. Com sua atuação, ensinou que a maior pobreza não estava nos subúrbios de Calcutá, mas nos países “ricos” quando falta o amor ou nas sociedades que permitem o aborto.
“Para mim, as nações que legalizaram o aborto são as nações mais pobres, têm medo de uma criança não nascida e a criança tem que morrer”, disse.
Neste sentido, estava convencida da importância do fortalecimento das famílias para alcançar um mundo de paz.
“Em todo mundo se comprova uma angústia terrível, uma espantosa fome de amor. Levemos, portanto, a oração para as nossas famílias, levemos a oração para as nossas crianças, ensinemos-lhes a rezar. Pois uma criança que ora, é uma criança feliz. Família que reza é uma família unida”, enfatizou a Santa.
Em 1979 foi homenageada com o Prêmio Nobel da Paz. Entretanto, isso não a encheu de vanglória, mas buscou levar as almas a Deus. Tal como o recordou São João Paulo II durante a beatificação de Madre Teresa em 19 de outubro de 2003.
“Satisfazer a sede que Jesus tem de amor e de almas, em união com Maria, Sua Mãe, tinha-se tornado a única finalidade da existência de Madre Teresa, e a força interior que a fazia superar-se a si mesma e ‘ir depressa’ de uma parte a outra do mundo, a fim de se comprometer pela salvação e santificação dos mais pobres”, ressaltou.
Por outro lado, em uma entrevista à revista brasileira missionária “Sem Fronteiras” (1997) perguntaram-lhe sobre a mensagem que gostaria de nos deixar e ela respondeu:
“Amem-se uns aos outros, como Jesus ama a cada um de vocês. Não tenho nada que acrescentar à mensagem que Jesus nos transmitiu. Para poder amar, é preciso ter um coração puro e é preciso rezar. O fruto da oração é o aprofundamento da fé. O fruto da fé é o amor. E o fruto do amor é o serviço ao próximo. Isso nos conduz à paz”.
Partiu para a Casa do Pai em 5 de setembro de 1997. Foi canonizada pelo Papa Francisco em 4 de setembro de 2016, dentro da celebração do Jubileu dos voluntários e operários da misericórdia.
ACI Digital

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Santa Rosália, virgem e eremita

REDAÇÃO CENTRAL, 04 Set. 19 / 06:00 am (ACI).- Santa Rosália foi uma nobre virgem e eremita do século XII, muito venerada em toda a Sicília e em Palermo (Itália), cidade da qual é padroeira. Seu nome em latim significa “Grinalda de rosas”.

O culto a esta santa foi promovido em todo o mundo pelos beneditinos, porque ao invocá-la obtinham a proteção contra doenças infecciosas como a peste ou recebiam auxílio em momentos difíceis.
Segundo a tradição da Igreja, foi uma mulher que viveu na solidão, pobreza e penitência; do mesmo modo, são atribuídos a ela inúmeros milagres, especialmente a extinção da peste que, em sua época, assolava o condado da Sicília.
A iconografia a apresenta como eremita ou vestida com hábito agostiniano. Seus principais atributos são: uma coroa de rosas, em alusão ao seu nome, e um crucifixo e uma caveira, por sua ascese.
Segundo o sacerdote bolandista (colaborador jesuíta que recompilava dados sobre os santos), Pe. João Stilting, a santa foi filha de Sinibaldo, o conde de Quisquina e Monte Rosa (atual território de Santa Stefano Quisquina e Bivona), e é descendente da família de Carlos Magno.
Rosália foi educada na corte e, por sua beleza e bondade, tornou-se dama de honra da rainha Margarida de Navarra, esposa do rei Guilherme II. Mas, ainda jovem, deixou seu lar e o palácio real para dedicar sua vida à oração e às mortificações, ocultando-se no mosteiro de São Salvador, em Palermo.
Como seus pais e um homem ao qual a tinham prometido queriam dissuadi-la, fugiu para uma cova perto de Bivona (Sicília) e, mais tarde, a outra localizada no Monte Peregrino, próximo a Palermo, na qual morreu e foi enterrada.
Seus restos mortais foram descobertos e levados à Catedral de Palermo em 1624. Um ano depois, provou-se a autenticidade de suas relíquias e o Papa Urbano VIII incluiu seu nome na lista do Martirológio Romano para o dia 15 de junho e 4 de setembro.
No dia 15 de junho, celebra-se na Sicília e em outras partes da Itália uma festa especial comemorando o translado de suas relíquias. Em 4 de setembro, sua festa é celebrada na Igreja Universal.
ACI Digital

terça-feira, 3 de setembro de 2019

Por que imitar os Santos?

Redação (Segunda-feira, 02-09-2019, Gaudium Press) É fácil perceber que os homens se influenciam mutuamente no relacionamento social.

Por que imitar os Santos-Giotto-Arquifo Gaudium Press.jpg
A criança imita os pais, um jovem músico inspira-se no mestre para executar uma melodia, os gestos de dois amigos tendem a se assemelhar, pois a imitação é conatural aos homens desde a infância, distinguindo-os como a criatura mais imitativa de todas.
Esse mimetismo inato vincado em nossa humanidade se verifica também no âmbito sobrenatural.
Santos: imagem de Deus transposta para o dia a dia
Conforme frisou Bento XVI, "os Santos constituem o comentário mais importante ao Evangelho, uma atualização sua na vida cotidiana e, por conseguinte, representam para nós um verdadeiro caminho de acesso a Jesus".(1)
Podemos, sem dúvida, considerá-los como imagem de Deus transposta para o dia a dia.
O conceito de imitação de Cristo - diretamente ou através dos Santos - está presente nos Livros Sagrados, sobretudo nas cartas de São Paulo, como a destinada aos filipenses: "Sede meus imitadores, irmãos, e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós" (3, 17).
Por que imitar os Santos-Arquivo.jpg
São Francisco de Assis estava bem cônscio de seu papel simbólico quando dizia: "Devo ser modelo e exemplo para todos os frades". (2)
Os louvores a São Francisco não se realizavam em detrimento da adoração a Nosso Senhor, antes, pelo contrário, a incentivava.
Na realidade, o franciscano só atingiria a santidade imitando seu santo fundador, Francisco tornou-se para eles um livro aberto de virtudes, um exemplo a ser praticado.
Cada capítulo de sua vida está marcado pelo intenso convívio com seus filhos espirituais e, após a morte, pelos favores de sua intercessão por eles na terra, os quais lhe retribuíam com ainda maior fervor e admiração.
Culto à Personalidade
Para o homem contemporâneo essas analogias entre Cristo e os Santos poderiam parecer despropositadas ou mesmo maldosamente tachadas de "culto à personalidade".
Nada de mais injusto ou afastado da realidade. As homenagens prestadas ao Santo, mesmo em vida, nada tinham de artificial, pois as multidões acorriam naturalmente para aclamá-lo e venerá-lo: "O povo prestava atenção em suas palavras como se falasse um Anjo do Senhor". (3)
Por Padre Felipe de Azevedo Ramos, EP
(Trecho do artigo "Imitar os Santos para imitar a Cristo") 

História: Os 36 doutores da Igreja

afecatolica.com.br
Cidade do Vaticano, 11 abr 2015 (Ecclesia) - O Papa Francisco vai proclamar este domingo São Gregório de Narek (950-1005) como 36.º doutor da Igreja, consagrando o legado do místico armênio.
Um ‘doutor’ é alguém reconhecido pela Igreja Católica como exemplo de “santidade de vida, ortodoxia doutrinal e ciência sagrada”.
O título foi atribuído a Santo António de Lisboa pelo Papa Pio XII, em 1946.
1. São Gregório Magno
2. Santo Agostinho
3. Santo Ambrósio
4. São Jerónimo
5. São Tomás de Aquino
6. Santo Atanásio
7. São Basílio Magno
8. São Gregório Nazianzeno
9. São João Crisóstomo
10. São Boaventura
11. Santo Anselmo
12. Santo Isidoro de Sevilha
13. São Pedro Crisólogo
14. São Leão Magno
15. São Pedro Damião
16. São Bernardo de Claraval
17. Santo Hilário de Poitiers
18. Santo Afonso Maria de Ligório
19. São Francisco de Sales
20. São Cirilo de Alexandria
21. São Cirilo de Jerusalém
22. São João Damasceno
23. São Beda, o venerável
24. Santo Efrém, o sírio
25. São Pedro Canísio
26. São João da Cruz
27. São Roberto Belarmino
28. Santo Alberto Magno
29. Santo António
30. São Lourenço de Brindisi
31. Santa Teresa de Jesus (Ávila)
32. Santa Catarina da Sena
33. Santa Teresa do Menino Jesus (Lisieux)
34. São João de Ávila
35. Santa Hildegarda de Bingen
36. São Gregório de Narek.
OC
Agência Ecclesia

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF