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terça-feira, 24 de setembro de 2019

Nossa Senhora das Mercês, a Virgem da Misericórdia

REDAÇÃO CENTRAL, 24 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 24 de setembro é celebrada Nossa Senhora das Mercês, que significa “misericórdia”, devoção que remonta ao século XIII, quando a Virgem apareceu a São Pedro Nolasco e o encorajou a seguir libertando os cristãos escravos.

Naquela época, os mouros saqueavam regiões costeiras e levavam os cristãos como escravos para a África. Nessa horrível condição, muitos perdiam a fé por pensar que Deus os tinha abandonado.
Pedro Nolasco, vendo essa situação, vendeu até seu próprio patrimônio para libertar os cativos. Do mesmo modo, formou um grupo para organizar expedições e negociar resgates. Quando o dinheiro acabou, então, pediram esmolas. Entretanto, as ajudas também terminaram.
Foi quando Nolasco pediu a Deus para ajudá-lo. Em resposta, a Virgem apareceu a ele e pediu que fundasse uma congregação para resgatar os cativos.
Nolasco lhe perguntou: “Ó Virgem Maria, Mãe da graça, Mãe de misericórdia, quem poderia acreditar que tu me envias?”.
Maria respondeu dizendo: “Não duvides de nada, porque é vontade de Deus que se funde uma ordem desse tipo em minha honra; será uma ordem cujos irmãos e professos, a imitação de meu filho Jesus Cristo, estarão postos para ruína e redenção de muitos em Israel, isto é, entre os cristãos, e serão sinal de contradição para muitos”.
Diante desse desejo, foi fundada a ordem dos Mercedários no dia 10 de agosto de 1218 em Barcelona, Espanha. São Pedro Nolasco foi nomeado pelo Papa Gregório IX como Superior Geral.
Os integrantes, além dos votos de pobreza, castidade e obediência, faziam um quarto voto em que se comprometiam a dedicar sua vida a libertar os escravos e que ficariam no lugar de um cativo que estivesse em perigo de perder a fé, quando o dinheiro fosse era suficiente para conseguir a libertação.
Mais tarde, no ano 1696, o Papa Inocêncio XII fixou o dia 24 de setembro como a Festa de Nossa Senhora das Mercês em toda a Igreja.
ACI Digital

Amarram e assassinam sacerdote para roubar Paróquia em Brasília

Pe. Kazimierz Wojno +. Crédito: Facebook Arquidiocese de Brasília
BRASILIA, 23 Set. 19 / 08:40 am (ACI).- Um grupo de seis homens invadiu uma paróquia em Brasília no sábado, 21 de setembro, onde amarraram e assassinaram o sacerdote polonês Kazimierz Wojno, de 71 anos, para depois roubar vários objetos de valor.
A Polícia Militar de Brasília informou que o sacerdote, conhecido como padre Casimiro, foi assassinado após celebrar a Missa na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, enquanto o caseiro, que também foi feito refém, ficou ferido, mas conseguiu escapar.
O caseiro, assinala Efe, pediu ajuda à polícia, enquanto o pároco foi encontrado sem vida em um terreno em obras, com os pés e as mãos amarrados e com um arame enrolado no pescoço.
Essa paróquia já havia sido atacada em abril. Naquela ocasião, os ladrões levaram um sacrário que mais tarde foi encontrado em Samambaia, perto de Brasília.
“É com pesar que a Arquidiocese de Brasília comunica o falecimento, nesta noite de sábado (21/9), do Padre Kazimerez Wojn ( conhecido como Casemiro), pároco do Santuário Nossa Senhora da saúde, na 702 norte”, indicou a Arquidiocese de Brasília.
O presbítero tinha 46 anos de sacerdote. A nota também indica que "a Arquidiocese está acompanhando o caso".
Depois de convidar os fiéis a participarem das exéquias do sacerdote, a Arquidiocese pediu que "rezemos por sua alma, sua família e sua comunidade paroquial".
ACI Digital

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

São Pio de Pietrelcina, o santo dos estigmas

REDAÇÃO CENTRAL, 23 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- “Oh Jesus, meu suspiro e minha vida, peço-te que faça de mim um sacerdote santo e uma vítima perfeita”, escreveu uma vez São Pio da Pietrelcina, cuja festa se celebra hoje. Sua oração foi escutada e lhe foi concedido o dom dos estigmas.

Durante sua vida, Deus o dotou de muitos dons, como o discernimento extraordinário que lhe permitiu ler os corações e as consciências. Por isso, muitos fiéis iam se confessar com ele.
Outros dons foram o da profecia para poder anunciar eventos do futuro, as curas milagrosas com a oração, a bilocação, que lhe permitiu estar em dois lugares ao mesmo tempo, e o perfume que exala das chagas dos estigmas.
Padre Pio nasceu em Pietrelcina, Itália, em 25 de maio de 1887. Seu nome era Francisco Forgione e tomou o nome de Frei Pio da Pietrelcina em honra a São Pio V, quando recebeu o hábito de Franciscano.
Aos cinco anos, apareceu-lhe o Sagrado Coração do Jesus, que posou sua mão sobre a cabeça do menino. O pequeno, por sua vez, prometeu a São Francisco que seria um fiel seguidor dele. Desde então, sua vida ficou marcada e começou a ter aparições da Santíssima Virgem.
Preferia passar o tempo em oração e estudo porque entendia o sacrifício que seus pais faziam para que recebesse uma boa formação.
Aos 15 anos, decidiu ingressar na Ordem Franciscana de Morcone e teve visões do Senhor em que lhe mostrou as lutas que teria que passar contra o demônio. “Eu estarei te protegendo, te ajudando, sempre a seu lado até o fim do mundo”, disse-lhe Jesus Cristo.
Em 10 de agosto de 1910, foi ordenado sacerdote. Pouco tempo depois voltaram as febres e as dores que o afligiam. Então, foi enviado a Pietrelcina para que restabelecesse sua saúde.
Em 1916, visitou o Mosteiro de São Giovanni Rotondo. O Padre Provincial, ao ver que sua saúde tinha melhorado, mandou-lhe retornar a esse convento onde recebeu a graça dos estigmas.
“Era a manhã de 20 de setembro de 1918. Eu estava no coro fazendo a oração de ação de graças da Missa… me apareceu Cristo que sangrava por toda parte. De seu corpo chagado saíam raios de luz que mais pareciam flechas que me feriam os pés, as mãos e o lado”, descreveu Padre Pio a seu diretor espiritual.
“Quando voltei a mim, encontrei-me no chão e com chagas. As mãos, os pés e o lado sangravam e me doíam até me fazer perder todas as forças para me levantar. Sentia-me morrer, e teria morrido se o Senhor não tivesse vindo me sustentar o coração que sentia palpitar fortemente em meu peito. Arrastei-me até a cela. Recostei-me e rezei, olhei outra vez minhas chagas e chorei, elevando hinos de agradecimento a Deus”, acrescentou.
Certo dia, uma avó lhe levou a sua neta chamada Gema, que tinha nascido sem pupilas. Padre Pio a abençoou e fez o sinal da cruz sobre seus olhos. A menina recuperou a vista, sem necessidade de ter pupilas. Mais adiante, Gema ingressou na vida religiosa.
Em 9 de janeiro de 1940, animou seus grandes amigos espirituais a fundar um hospital que se chamaria “Casa Alívio do Sofrimento”, a qual foi inaugurada em 5 de maio de 1956, com a finalidade de curar as doenças físicas e espirituais.
Segundo fontes que não se puderam confirmar, São João Paulo II sendo um jovem sacerdote visitava Padre Pio para confessar-se e, em uma dessas ocasiões, estando em transe, disse ao futuro Supremo Pontífice: “Vais ser Papa”.
Padre Pio retornou à Casa do Pai em 23 de setembro de 1968, enquanto murmurava: “Jesus, Maria!”.
São João Paulo II, durante sua canonização em 16 de junho de 2002, disse: “Oração e caridade, esta é uma síntese extremamente concreta do ensinamento de Padre Pio, que hoje volta a propor todos”.
ACI Digital

domingo, 22 de setembro de 2019

Educação católica, educação de valores

Redação (Segunda-feira, 09-09-2019, Gaudium Press) A educação, desde os filósofos gregos até o século XVIII, visava a formação do homem como um todo, procurando desenvolver suas habilidades e capacidades, explorando suas apetências, seguindo um currículo muito flexível, quase que adaptado a cada aluno.
As aulas das universidades ocorriam com frequência em espaços públicos, com acesso a qualquer um.
Senso católico no aprendiz de padeiro
A respeito dessa informalidade, conta-se, até, na vida de São Clemente Maria Hofbauer um fato significativo.
Na sua juventude, sendo aprendiz de padeiro, sentou-se na praça em Viena, Áustria, para assistir a uma aula de famoso teólogo. Em determinado momento ele interrompeu a exposição observando:
"Mestre, não sei explicar por quê, mas o que o Sr. acaba de falar está errado!"
Indignado, o professor expulsa o jovem da aula.
Anos depois, encontrando-se com São Clemente, agora sacerdote, o mestre lhe agradece aquela intervenção, explicando que fora tirar a limpo e, realmente, estava ensinando algo equivocado.
Era o senso católico prevalecendo sobre a mera erudição.
Mestre, preceptor, curiosidade
Competia nessa época ao mestre ou preceptor atender às legítimas curiosidades e pontos vivos de interesse do discípulo, pois se compreendia que cada indivíduo é único e tem uma visão do universo personalíssima, originalíssima e riquíssima.
São Tomás de Aquino (século XIII) "introduz um princípio pedagógico moderno e revolucionário para seu tempo: o de que o conhecimento é construído pelo estudante e não simplesmente transmitido pelo professor" (Revista Nova Escola, julho de 2008, p. 22, sem autor). Vê-se por aí que Piaget e o construtivismo não representaram nenhuma novidade pedagógica na História, como tantas vezes são apresentados.
Hoje fala-se de inter e transdisciplinaridade. Até na Revolução Francesa se ensinava assim...
O conhecimento era uno, coeso, formava um todo coerente, harmônico entre as partes, baseado na mesma concepção religiosa do universo.
Todos os conhecimentos se relacionavam entre si. Hoje fala-se que a criança deve aprender brincando ou que o aprendizado deve ser prazeroso.
Trtatado sobre o brincar...
Na pesquisa bibliográfica, pudemos constatar que São Tomás de Aquino já ensinava isso na Suma Teológica (II-II, q. 168, art. 2, 3 e 4), no século XIII, tendo inclusive escrito um Tratado sobre o brincar. E São João Bosco (século XIX) tinha como pedra fundamental de seu sistema preventivo na educação a "amorevolezza": a benquerença; a criança deveria ser benquista e sentir-se benquista pelo professor que, assim, conquistava a confiança do discípulo. Nos recreios salesianos havia uma só regra: é proibido estar triste.
Hoje dá-se muita importância aos laboratórios, às experiências (John Dewey, 1978); os antigos da Escola peripatética, de Aristóteles, a qual possuía uma orientação empírica, já procediam assim pelo ano 320 a.C. ...
Ou seja, as melhores tendências da pedagogia atual vão no sentido de restaurar o que a educação cristã vem fazendo há séculos. A chamada pedagogia "tradicional" - distinta da católica de que tratamos acima - é da idade moderna, fruto da Revolução Francesa. Um dos filósofos dessa escola foi Johann Friedrich Herbart (1776-1841), considerado o organizador da Pedagogia como ciência.
Restaurar o que a educação cristã faz a séculos
O conhecimento humano ficou compartimentado, fragmentado com o iluminismo e o racionalismo, gerando as incontáveis especializações estanques modernas.
Por se basear no princípio de que a mente humana apenas apreende novos conhecimentos e só participa do aprendizado passivamente, o herbartianismo resultou num ensino que hoje qualificamos de tradicional. "[...] um ensino totalmente receptivo, sem diálogo entre professor e aluno e com aulas que obedeciam a esquemas rígidos e preestabelecidos" (Revista Nova Escola, dezembro de 2004, p. 24, sem autor).
O sistema de ensino prevalente nas universidades medievais era baseado na intensa participação dos alunos através da "disputatio", o debate, que se seguia à apresentação de um tema, a "lectio", no qual cada um defendia sua opinião.
Nem o mais ousado sistema educacional hodierno chega a ser tão participativo como o medieval.

Por Padre Ricardo Basso, EP

25º DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano C: DEUS OU O DINHEIRO?

+ Dom Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
A parábola do administrador infiel (Lc 16,1-13) necessita ser bem compreendida para não se cair no erro de interpretá-la como favorável à desonestidade. O administrador é chamado a prestar contas da sua administração, pois estava sendo acusado de esbanjar os bens do proprietário. Ao final, ele foi elogiado, não por ser desonesto, mas “porque agiu com esperteza”. A sua atitude faz pensar que “os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz” (Lc 16,8). Diante dos problemas, não se pode ficar acomodado como mero expectador, mas agir com prontidão para superá-los. Diante dos bens materiais, a atitude deve ser a de administração prudente e responsável, ao invés de querer possuir sempre mais ou de obter bens de modo desonesto.
A parábola se completa com uma exortação a ser “fiel nas pequenas coisas” para ser “fiel também nas grandes”, pois quem é injusto nas pequenas coisas, será injusto também nas grandes. É comum as pessoas acharem que pequenas faltas não têm importância no dia a dia. Quando alguém se deixa levar pela infidelidade nas pequenas coisas, acabará caindo em infidelidades maiores, provocando sofrimento para si e para os outros.
A conclusão da parábola não deixa dúvidas sobre a condenação da desonestidade e da ganância na administração dos bens: “vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Lc 16,13), afirma Jesus. Nesta perspectiva, encontra-se a profecia de Amós (Am 8,4-7). Ele condena severamente a desonestidade e as injustiças, ressaltando que Deus não se esquecerá do que estão fazendo contra os pobres: “maltratam os humildes”, “causam a prostração dos pobres da terra”, “dominam os pobres”.
Na Primeira Carta a Timóteo (1Tm 2,1-8), proclamada na segunda leitura, S. Paulo nos recorda a necessidade da oração para a vida pessoal e social, recomendando “que em todo lugar os homens façam orações, erguendo mãos santas, sem ira e sem discussões” (2,8). A oração deve ser acompanhada do esforço para viver na santidade, especialmente, o amor ao próximo, o que inclui a honestidade. As mãos erguidas em oração devem ser também mãos estendidas aos irmãos. Na liturgia eucarística, erguemos as mãos para o Pai, em oração, para logo depois estendê-las aos irmãos, desejando-lhes a paz.
A Palavra de Deus deve ser acolhida e vivida para que possamos servir a Deus e não ao dinheiro. É preciso deixar-se interpelar por ela, procurando discernir o que Deus quer de nós, a cada dia.  Não se esqueça de continuar a ler e a meditar a Palavra durante a semana, especialmente, neste mês dedicado à Bíblia.

Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

sábado, 21 de setembro de 2019

São Mateus Evangelista

REDAÇÃO CENTRAL, 21 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- A Igreja recorda neste dia 21 de setembro a figura de São Mateus, Apóstolo e Evangelista, que viveu no Cafarnaum, junto ao lago da Galileia. Ele foi escolhido por Jesus para ser um dos Doze que o acompanharam durante sua vida pública.

O Evangelista foi um publicano que cobrava os impostos para os romanos. Ao encontrá-lo realizando esta função, Jesus passou e o chamou. Ele, então, sem questionar seguiu o chamado de Deus.
Ao subir o Senhor aos céus, Mateus pregou durante anos na Judeia e em países próximos.
São Mateus é considerado patrono dos banqueiros e é representado por um livro. São Jerônimo fixou a figura de um homem alado como símbolo de seu Evangelho.
Em uma data como esta, 21 de setembro, no ano de 1953, Jorge Mario Bergoglio, hoje Papa Francisco, tinha 17 anos de idade e experimentou, depois da confissão, o chamado à vida religiosa na Companhia de Jesus, fundada por Santo Inácio de Loyola. Seu escudo pontifício, inclusive, leva o lema “Olhou-o com misericórdia e o escolheu” como se descreve o encontro de Jesus com o Apóstolo Mateus.
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Há 66 anos, em uma data como esta, festa do Apóstolo São Mateus, o Papa Francisco descobriu seu chamado à vida sacerdotal, acontecimento cujos detalhes ele mesmo contou durante a Vigília de Pentecostes em 2013.
Participaram daquela Vigília alguns representantes de diversos movimentos e associações eclesiais que tiveram um diálogo com o Papa. Entre eles, uma jovem perguntou a Francisco: “Como alcançou na sua vida a certeza da fé?”.
Francisco explicou que um dia “muito importante” em sua vida foi o dia 21 de setembro de 1953, era o dia do estudante na Argentina, o qual coincide com o dia da primavera, que se celebra com uma grande festa.
“Antes de ir à festa passei em frente à paróquia que eu frequentava e encontrei um sacerdote que eu não conhecia e senti a necessidade de me confessar, e esta foi para mim uma experiência de encontro, encontrei alguém que me esperava”.
“Não sei o que aconteceu, não lembro, não sei por que esse sacerdote estava ali ou por que senti esta necessidade de me confessar, mas a verdade é que alguém me esperava, estava me esperando desde muito tempo e depois da confissão senti que algo havia mudado”.
“Eu não era o mesmo, havia sentido uma voz, um chamado. Fiquei convencido de que tinha que ser sacerdote, e esta experiência na fé é importante”, contou o Santo Padre.
Mais tarde, como recordação deste acontecimento, ao ser nomeado Bispo, Bergoglio escolheu como lema uma expressão de São Beda, que faz referência ao chamado de São Mateus, cuja festa é celebrada justamente no dia 21 de setembro: “miserando atque eligendo” (Olhou-o com misericórdia e o escolheu).
Atualmente, o Papa Francisco conserva esta frase em seu escudo pontifício. Do mesmo modo, sempre recomenda aos fiéis lerem o Evangelho de Mateus e, de maneira especial, o capítulo 25 das obras de misericórdia.
Há quatro anos, na Missa celebrada em Holguín (Cuba) na festa de São Mateus, o Papa Francisco destacou que quando o Senhor passou perto do evangelista “parou diante dele e sem pressa o olhou com paz, com olhos de misericórdia; olhou para ele como ninguém nunca havia olhado. E esse olhar abriu seu coração, o libertou e curou, deu-lhe uma esperança, uma nova vida”.
“Embora não tenhamos a coragem de levantar o olhar ao Senhor, Ele sempre nos olha primeiro. É nossa história pessoal; assim como a muitas pessoas, cada um de nós pode dizer: eu também sou um pecador em quem Jesus colocou o seu olhar”.
Neste sentido, exortou os fiéis a se deixarem olhar por Jesus. “Deixemo-nos olhar pelo Senhor na oração, na Eucaristia, na Confissão, em nossos irmãos, especialmente naqueles que se sentem desprezados e sozinhos. E aprendamos a olhar como Ele nos olha”.
ACI Digital

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Rússia terá seu primeiro Santuário dedicado à Nossa Senhora de Fátima

Rússia - São Petersburgo (Quinta-feira, 19-09-2019, Gaudium Press) Um dos frutos obtidos na audiência concedida pelo Papa Francisco aos Bispos Católicos de Ritos Orientais foi a aprovação do projeto do primeiro Santuário consagrado à Nossa Senhora de Fátima na Rússia. A informação foi confirmada pelo Bispo católico bizantino de Otests Aleksander, Dom Joseph Werth.
Rússia terá seu primeiro Santuário dedicado à Nossa Senhora de Fátima.jpg

"As confissões ortodoxas não se opõem a este projeto. Muitos russos têm grande devoção à Nossa Senhora de Fátima, que foi quem intercedeu pela conversão da Rússia", assegurou o Padre Alejandro Burgos, sacerdote de Valladolid, Espanha, que serve em São Petersburgo, Rússia. "Que se levante um Santuário à Nossa Senhora de Fátima é muito lógico. João Paulo II consagrou a Rússia à Nossa Senhora de Fátima e no dia 15 de maio de 2017, os Bispos russos consagraram seu país também ao ícone de Nossa Senhora de Fátima".

Para representar esta devoção conjunta das comunidades cristãs à Mãe de Deus sob a invocação de Nossa Senhora de Fátima, o Padre Burgos encarregou junto a outros sacerdotes um ícone desta devoção com a frase ‘Em ti a unidade'. O próximo Santuário será de rito católico bizantino, mas estará aberto às celebrações dos católicos de rito latino ou outros ritos e espera acolher a peregrinos e devotos de todas as comunidades cristãs.

O Cardeal Ricardo Blázquez, Arcebispo de Valladolid, anunciou ao Padre Burgos seu apoio ao projeto do Santuário e a possibilidade de que os Bispos espanhóis cooperem com esta iniciativa através do Fundo da Nova Evangelização da Conferência Episcopal Espanhola. Calcula-se que a totalidade do projeto terá um custo de três milhões de euros, dos quais 700 mil seriam destinados à aquisição dos terrenos necessários.

Uma vez que se conte com o espaço para edificar o templo, se levantará uma construção em madeira. "Ali colocaremos o ícone e começaremos a trabalhar", relatou o Padre Burgos. "O Santuário será finalizado em alguns anos". O projeto, a cargo do sacerdote espanhol, será administrado através da Associação Ícone de Fátima. (EPC)

Santo André Kim e companheiros mártires na Coreia

REDAÇÃO CENTRAL, 20 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- “Minha vida imortal está em seu ponto inicial. Convertam-se ao Cristianismo se desejam a felicidade após a morte”, dizia enquanto morria Santo André Kim, cuja festa é celebrada neste dia 20 de setembro, junto com seus 102 companheiros mártires na Coreia.

Santo André Kim Tae-Gon nasceu em Solmoe (Coreia) em 1821, em uma família nobre. Quando ainda era criança, sua família se mudou para Kolbaemasil para fugir da perseguição. Seu pai, Santo Inácio Kim, morreu mártir em 1839.
André foi batizado aos 15 anos e mais tarde ingressou no seminário de Macau (China). Em Shangai, recebeu a ordenação sacerdotal (1845), tornando-se o primeiro sacerdote coreano.
Posteriormente, regressou para a Coreia com a finalidade de facilitar a entrada de missionários em seu país e pôde ver sua mãe, a quem encontrou mendigando por comida.
Em seu país, dedicou-se a difundir a fé, pregando e batizando todos os que convertia com suas palavras e testemunho de vida. Realizava toda esta atividade colocando em prática certas normas de segurança para não ser descoberto.
Entretanto, foi preso ao tentar levar à Coreia os missionários franceses que estavam na China. Depois de alguns meses na prisão, morreu decapitado em 1846.
Os 103 mártires foram canonizados por São João Paulo II em 1984, quando o Pontífice visitou a Coreia.
ACI Digital

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Papa Francisco explica por que a Igreja não desabou apesar dos escândalos

Papa Francisco na Audiência Geral. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa
Vaticano, 18 Set. 19 / 08:52 am (ACI).- O Papa Francisco explicou por que a Igreja não desabou, apesar de terem ocorrido “tantos pecados e tantos escândalos” ao longo de sua história de dois milênios. Assim indicou o Santo Padre ao improvisar em sua catequese semanal nesta quarta-feira, 18 de setembro, na Praça de São Pedro, no Vaticano.
“Pensemos na história dos cristãos, incluindo a história da Igreja, com tantos pecados, tantos escândalos, tantas coisas ruins nesses dois milênios. E por que não desabou? Porque Deus está ali. Nós somos pecadores e muitas vezes escandalizamos. Mas Deus está conosco. Deus sempre salva. A força é Deus conosco”, disse o Pontífice em uma intervenção espontânea .
Durante sua catequese pronunciada em italiano, o Santo Padre continuou refletindo sobre o livro de Atos dos Apóstolos e enfatizou que, "diante da proibição dos judeus de ensinar no nome de Cristo, Pedro e os Apóstolos respondem com coragem".
"Os Doze mostram que possuem a ‘obediência da fé’ que eles desejam despertar em todas as pessoas", destacou o Papa, explicando que, "a partir de Pentecostes, eles deixam de ser pessoas sozinhas. Vivem uma sinergia especial que os descentraliza de si mesmos e os leva a dizer: ‘nós e o Espírito Santo’ – e acrescentou – sentem que não podem dizer ‘eu’ sozinho, mas ‘nós’, o ‘Espírito Santo e nós’, são homens descentralizados de si mesmos”.
No entanto, o Pontífice reconheceu a coragem "impressionante" que os apóstolos tinham que "não se deixam assustar por ninguém", mas também lembrou que nem sempre foram assim. “Pensamos que eram covardes: todos fugiram, fugiram quando Jesus foi detido... Todos. Mas, passaram de covardes a corajosos. Por quê? Porque o Espírito Santo estava com eles”, afirmou.
“O mesmo acontece conosco: se tivermos o Espírito Santo dentro nós, teremos a coragem de seguir em frente, a coragem de vencer muitas lutas, não por nós mesmos, mas pelo Espírito que está conosco”, encorajou o Papa.
Nesse sentido, o Santo Padre recordou as testemunhas intrépidas de Jesus ressuscitado, os mártires de todos os tempos, os mártires que "dão a vida, não escondem que são cristãos" e citou, como exemplo, o assassinato de cristãos coptas ortodoxos na praia na Líbia que foram degolados por extremistas islâmicos.
Além disso, Francisco assinalou que os apóstolos são “os megafones do Espírito Santo, enviados por Jesus ressuscitado a difundir com prontidão e sem hesitação a Palavra que salva” e reconheceu que “esta determinação deles faz tremer o sistema religioso judaico, que se sente ameaçado e responde com violência e condenações à morte”.
“A perseguição dos cristãos é sempre a mesma: as pessoas que não querem o cristianismo se sentem ameaçadas e levam os cristãos à morte”, alertou o Papa, que destacou o papel de Gamaliel, “homem prudente, doutor da lei”, que foi mestre de São Paulo.
Desse modo, o Papa Francisco explicou que Gamaliel "toma a palavra e convida os seus correligionários a exercer a arte do discernimento" em situações que excedem os padrões usuais.
Especificamente, o Pontífice frisou que “Gamaliel mostra, citando alguns personagens que se fingiram Messias, que todo projeto humano pode primeiro receber elogios e depois naufragar, enquanto tudo o que vem do alto e tem a ‘assinatura’ de Deus está destinado a durar".
“Os projetos humanos sempre falham; eles têm um tempo, como nós. Pensem em tantos projetos políticos, e como eles mudam de um lado para o outro, em todos os países. Pensem nos grandes impérios, pensemos nas ditaduras do século passado. Sentiam-se poderosos, que podiam dominar o mundo. Depois todos desabaram”, assinalou o Papa mais uma vez ao improvisar em sua catequese. Por isso, encorajou a refletir também “nos impérios de hoje” que “desabarão, se Deus não estiver com eles, porque a força que os homens têm em si não é duradoura. Somente a força de Deus permanece”.
“Pensemos na história dos cristãos, incluindo a história da Igreja, com tantos pecados, tantos escândalos, tantas coisas ruins nesses dois milênios. E por que não desabou? Porque Deus está ali. Nós somos pecadores e muitas vezes escandalizamos. Mas Deus está conosco. Deus sempre salva. A força é ‘Deus conosco’”, disse o Santo Padre.
Por isso, o Papa Francisco ressaltou que discernir permite “ver o evento cristão com uma nova luz e oferece critérios que ‘sabem de Evangelho’, porque convidam você a reconhecer a árvore por seus frutos".
“Peçamos ao Espírito Santo que atue em nós para que, pessoalmente ou comunitariamente, possamos adquirir o hábito do discernimento. Peçamos que nos ajude a ver sempre a unidade da história da salvação através dos sinais da passagem de Deus em nosso tempo e nos rostos daqueles que nos rodeiam, e a aprender que o tempo e os rostos humanos são mensageiros do Deus vivo” concluiu.
ACI Digital

São Januário, o santo da “liquefação do sangue”

REDAÇÃO CENTRAL, 19 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 19 de setembro, a Igreja celebra a festa de São Januário, que morreu mártir e cujo sangue, depositado há séculos em um relicário especial, sofre liquefação.

São Januário, padroeiro de Nápoles (Itália), foi Bispo de Benevento. Durante a perseguição contra os cristãos foi feito prisioneiro junto com seus companheiros e submetido a terríveis torturas. Um dia, ele e seus amigos foram lançados aos leões, mas os animais só rugiram sem se aproximar deles.
Então, foram acusados de usar magia e condenados a morrer decapitados perto de Pozzuoli, onde também foram enterrados. Isso aconteceu por volta do ano 305.
As relíquias de São Januário foram transladadas por diferentes lugares até que finalmente chegaram a Nápoles em 1497.
Embora muitos questionem, ninguém pode explicar o fato que acontece com o sangue do santo, o qual se torna líquido (liquefação) em três celebrações durante o ano: a transladação de seus restos mortais para Nápoles (no sábado anterior ao primeiro domingo de maio), sua festa litúrgica (19 de setembro) e o aniversário de sua intervenção para evitar os efeitos de uma erupção do vulcão Vesúvio em 1631 (16 de dezembro).
Em cada uma dessas ocasiões, o Bispo ou um sacerdote apresenta a relíquia com o sangue, diante da urna que contém a cabeça de São Januário. Tudo isso ante a presença dos fiéis. Depois de um tempo, ele agita o relicário, coloca-o de cabeça para baixo e a massa de sangue se torna líquida e com cor avermelhada e, às vezes, borbulha. Então anuncia: “O milagre aconteceu!”.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF