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domingo, 19 de janeiro de 2020

2º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO "A" - TESTEMUNHAS DO CORDEIRO

+ Dom Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
No dia seguinte à celebração da festa do Batismo do Senhor, que ocorreu no último domingo, teve início o “Tempo Comum”, caracterizado pela cor litúrgica verde. Neste Ano Litúrgico, a partir do próximo domingo e em todos os outros domingos do Tempo Comum, será proclamado o Evangelho segundo Mateus. Hoje, porém, a Liturgia nos propõe um texto do Evangelho segundo João (Jo 1,29-34). Nele, destaca-se o testemunho de João Batista apresentando Jesus como “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29) e referindo-se a manifestação do Espírito Santo no batismo de Jesus.  “Eu vi e dou testemunho!”, afirma João.  O Evangelho quer nos levar também a dar testemunho de Jesus, assim como fez João Batista, reconhecendo-o como o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
O título “Cordeiro de Deus”, aplicado a Jesus, nos mostra que ele é o novo cordeiro, imolado na nova e definitiva Páscoa, o Cordeiro-Servo do Senhor, anunciado pelo profeta Isaías, conduzido à morte para libertar a todos do pecado e da morte. O “Cordeiro” apresentado por João Batista é o cordeiro libertador do Êxodo, o cordeiro redentor anunciado por Isaías, o Cordeiro morto e ressuscitado. É ele que vem a nós em cada Eucaristia. Antes de receber a comunhão eucarística nós proclamamos que ele é o “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, crendo em seu poder e misericórdia, pois reconhecemos que não somos dignos que ele entre em nossa morada. Felizes os que participam da ceia do Cordeiro, conforme proclama o sacerdote na celebração eucarística. Feliz quem pode repetir como João: “eu vi e dou testemunho”.
Nós somos convidados a dar testemunho de Cristo, com simplicidade e coragem, como fez João Batista, “chamados a sermos santos junto com todos os que, em qualquer lugar, invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Cor 1,2). Pela vivência da santidade, no dia a dia, damos testemunho do Cordeiro de Deus, ajudando outras pessoas a segui-lo como verdadeiros discípulos e a participar da vida da Igreja. O anúncio do Evangelho seja sempre mais acompanhado do testemunho de vida!
Em resposta à Palavra anunciada, rezemos o Salmo 39, dizendo com os lábios e o coração: Eis que venho, Senhor! Com prazer, faço a vossa vontade! Esta atitude vivida de modo pleno pelo Cordeiro-Servo, nosso Redentor, seja hoje a nossa atitude diante de Deus, na liturgia e na vida.
Folheto "O Povo de Deus"/Arquidiocese de Brasília

10 razões pelas quais o Terço é tão poderoso

Imagem referencial/ Crédito: Pixabay
REDAÇÃO CENTRAL, 19 Jan. 20 / 05:00 am (ACI).- Pe. Dwight Longenecker, pároco de Our Lady of the Rosary, em Carolina do Sul (Estados Unidos), compartilhou um novo artigo para ‘National Catholic Register’ com 10 razões pelas quais a oração do Terço é uma das mais "poderosas".
“Os santos dizem. Os papas dizem. O Terço é uma arma poderosa contra o mal. Mas, já parou para descobrir por quê?”, escreveu o presbítero na introdução de seu recente artigo. 
A seguir, as 10 razões que explicam o poder do Terço:
1. Porque o Terço envolve a vontade
Sobre o primeiro ponto, Pe. Longenecker explicou: “A vontade humana é poderosa porque é compartilhar o poder de Deus. Dá-nos a vontade de escolher fazer o bem ou fazer o mal, e essa vontade, em si mesma, é uma arma poderosa no âmbito espiritual. É por isso que Satanás visa nos escravizar e incapacitar nossa vontade através de vícios. Quando nossa vontade se une à vontade de Deus através da oração, literalmente aproveitamos a fonte de poder de Deus”.
2. Porque o Terço é físico
O sacerdote revelou que, quando “usamos os aspectos físicos da oração”, como adotar uma postura intencional ou sacramentais como “velas abençoadas, água benta, incensos e quadros ou imagens sagradas”, então, “estamos usando as ferramentas que possuímos e que Satanás não possui”, o que significa uma vantagem.
Pe. Longenecker lembrou que “os anjos, e isso inclui os demônios, são criaturas puramente espirituais. Eles não têm a forma física e, portanto, são inferiores a nós”.
3. Porque o Terço envolve nossas funções linguísticas
O também escritor de livros espirituais recorda que "Satanás não tem os meios da fala física"; em troca, o homem recebeu de Deus "línguas para louvá-lo" e "cordas vocais e ânimo para falar e cantar".
“Por isso, devemos rezar o Terço em voz alta, movendo nossos lábios. Isso compromete nosso corpo físico e nosso intelecto, através dos quais podemos produzir fala”, acrescentou.
4. Porque o Terço implica nossa imaginação
Pe. Longenecker detalha que, quando meditamos os mistérios do Terço, envolvemos a parte não verbal de nossa mente, que se comunica através de imagens "de uma maneira positiva e purificadora".
“Satanás gosta de cativar nossa imaginação através de imagens pecaminosas. Essas imagens podem ser comunicadas através da Internet, televisão ou qualquer estímulo visual, mas também quer que nossa imaginação permaneça em imagens que são destrutivas. Portanto, nossa imaginação pode ser usada para fantasias luxuriosas, imaginações violentas contra nossos inimigos ou desfrutar de lembranças negativas”, recordou.
Portanto, disse que meditar os mistérios do Terço "limpa nossa imaginação e compromete e usa a imaginação para promover a vontade de Deus em vez do mal".
5. Porque recitar o Terço através da linguagem leva à meditação
O sacerdote explica que "nossas mentes geralmente funcionam de maneira linguística: usando a fala e os conceitos da fala para pensar em problemas, pensar no futuro, planejar o que vem depois etc.".
Então, quando se reza o Terço, a imaginação pode ser "limpa" com "a meditação".
"Ao rezar o Terço, esse canal de nossa mente está ocupado e as portas podem se abrir para a imaginação e o que eu chamo de partes ‘sub-linguísticas’ do nosso ser", afirmou.
6. Porque com o Terço é possível acessar experiências passadas para curá-las
Pe. Longenecker comenta que "as emoções verdadeiras são irracionais e inexplicáveis" e, portanto, é "na área emocional da alma onde temos nossas experiências fundamentais".
“No útero materno e nos estágios pré-linguísticos da vida, experimentamos a vida de maneira irracional e emocional. Enquanto rezamos o Terço e o canal linguístico está ocupado e o canal imaginativo está ocupado, o Espírito Santo pode acessar as experiências sub-linguísticas, profundas e cruas de nossos primeiros dias. Se houver feridas e más lembranças emocionais, a Mãe Maria poderá curá-las”, explicou o presbítero.
7. Porque, com o Terço, aplicam-se os mistérios curativos
“Escrevi mais sobre como isso funciona no meu livro 'Rezando o Terço para a cura interna', mas basta dizer que, ao rezar o Terço, os mistérios sobre o nascimento, o ministério, a paixão e a glória de Cristo se abrem e o Espírito Santo os aplica às nossas próprias necessidades internas. Onde há impurezas, são eliminadas. Onde há más lembranças, são curadas. Onde há feridas, o doutor Jesus e a enfermeira Maria atendem às nossas necessidades”, disse o presbítero.
8. Porque o Terço é a arma ideal para a batalha espiritual
Pe. Longenecker foi muito claro neste ponto: “Satanás odeia o Terço. Odeia Maria. Odeia o Evangelho. Odeia Deus. Odeia Cristo, o Senhor. Odeia a oração do Senhor. Odeia a Ave-Maria. Ele odeia você toda vez que reza o Terço por tudo que descrevi anteriormente, porque está entrando no território que ele quer reivindicar como dele. Ele quer controlar a sua vontade e você lhe tira isso. Ele quer controlar as suas palavras, mas você lhe tira isso. Ele quer ter controle sobre sua imaginação, mas você lhe tira isso. Ele quer ter controle sobre suas emoções e seus primeiros anos de vida; você lhe tira isso".
9. Porque as mesmas vitórias sobre o mal descritas nos Evangelhos se aplicam à vida real
O presbítero disse que, "em muitos sentidos, os mistérios do Evangelho dão vida à vitória de Cristo sobre Satanás e, rezando o Terço, podemos aplicar essas vitórias contra a obra de Satanás no mundo".
10. Porque o Terço é acessível e fácil para todos
Finalmente, para Pe. Longenecker, é “incrivelmente surpreendente” que Deus, através do Terço, gere “uma cura muito profunda na vida individual e no mundo da maneira mais acessível e fácil”.
“Não é necessário realizar longas sessões de psicanálise ou aconselhamento. Em vez disso, homens, mulheres, meninos e meninas comuns podem simplesmente rezar o Terço. Todas essas coisas boas acontecem mesmo quando não somos conscientes de que estão ocorrendo estes aspectos profundos de rezar”, ressaltou.
Publicada originalmente em CNA. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
ACI Digital

sábado, 18 de janeiro de 2020

Santa Margarida da Hungria, mediadora da tranquilidade e da paz

REDAÇÃO CENTRAL, 18 Jan. 20 / 05:00 am (ACI).- A Igreja celebra neste dia 18 de janeiro Santa Margarida da Hungria, mediadora da tranquilidade e da paz.

Nasceu em um família de santos. Foi filha do rei Bela IV e de Maria Láscaris, filha do imperador de Constantinopla. Em 1242, antes de nascer, foi oferecida a Deus pela libertação da Hungria dos tártaros.
Quando tinha apenas três anos, foi confiada às religiosas dominicanas de Veszprém e, aos doze anos, foi para o novo mosteiro edificado por seu pai, o rei, em uma ilha do Danúbio, perto de Budapeste, onde fez a profissão pelas mãos de frei Humberto de Romans.
Tomando consciência de sua extraordinária missão, a jovem princesa se dedicou com heroico fervor a percorrer o caminho da perfeição. A ascese conventual do silêncio, da solidão, da oração e da penitência se harmonizaram com um ardoroso zelo pela paz, um grande valor para denunciar as injustiças e uma grande cordialidade com suas companheiras, às quais servia com alegria nos mais humildes serviços.
Sua vida de piedade se qualificava pela devoção ao Espírito Santo, a Jesus crucificado, à Eucaristia e a Maria.
Morreu com apenas 28 anos, nesse mosteiro, em 18 de janeiro de 1270 e seu corpo permaneceu sepultado neste local até 1526. Depois de diversas vicissitudes, suas relíquias foram colocadas na igreja das clarissas de Bratislava (1618), mas desapareceram com a extinção do mosteiro em 1782.
No dia 19 de novembro de 1943, Pio XII a invocava em sua canonização como mediadora “de tranquilidade e de paz fundadas na justiça e na caridade em Cristo, não apenas para sua pátria, mas para todo o mundo”.
ACI Digital

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Vaticano concede "nihil obstat" para o início da causa de beatificação de jovem brasileiro

Marcelo Henrique Câmara / Foto: Arquidiocese de Florianópolis
FLORIANÓPOLIS, 10 Jan. 20 / 12:00 pm (ACI).- A Congregação para as Causas dos Santos concedeu o “nihil obstat” (nada obsta) para o processo de beatificação do jovem brasileiro Marcelo Henrique Câmara, que terá início em março deste ano.
Segundo a Arquidiocese de Florianópolis, o arcebispo local, Dom Wilson Tadeu Jönck, dará início ao processo de beatificação de Marcelo Henrique Câmara, no dia 8 de março de 2020, com sessão solene de instalação do Tribunal Arquidiocesano para a investigação da causa, no Santuário Sagrado Coração de Jesus, na paróquia dos Ingleses.
A Santa Missa está prevista para as 15h, seguida da Primeira Sessão do Tribunal. Neste Santuário, onde Marcelo Câmara serviu como catequista e ministro extraordinário da Sagrada Comunhão, também ficarão sepultados os restos mortais do Servo de Deus.
Caberá ao Tribunal Diocesano verificar a consistência da santidade do jovem Marcelo. Para tal, serão coletados depoimentos e testemunhos acerca de como ele exerceu em grau exemplar as virtudes cristãs; serão analisados os seus escritos e suas palestras já devidamente transcritas; e será averiguada a sua história enquanto jovem e cristão que viveu de modo fiel o seguimento de Cristo.
Com o início do processo, Marcelo Câmara se torna o primeiro candidato a ser declarado santo nascido na Ilha de Santa Catarina.
“No começo deste terceiro milênio, em meio aos desafios de um mundo altamente secularizado, Marcelo nos confirma que a santidade é possível, e é um chamado para todos os estados de vida. É possível ser jovem, e ser santo. Mais que isto, é preciso!”, declarou o postulador da causa, Padre Vitor Feller.
Breve biografia
O jovem leigo Marcelo Henrique Câmara nasceu em 26 de junho de 1979, em Florianópolis (SC). Formou-se em Direito e foi promotor de Justiça no estado catarinense e membro do Opus Dei. Faleceu aos 28 anos, 20 de março de 2008, devido a um câncer.
De acordo com a Arquidiocese de Florianópolis, após intensa conversão em um retiro promovido pelo Movimento de Emaús, Marcelo buscou se santificar na vida cotidiana, ordinária, em meio às realidades temporais, celebrando as alegrias e carregando as cruzes da sua existência, tornando-se um verdadeiro apóstolo da juventude, sobretudo em meio aos grupos de jovens desse movimento.
Participava da vida paroquial na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, no bairro dos Ingleses, onde era catequista de adultos e ministro extraordinário da Sagrada Comunhão.
Dedicou-se ao máximo aos estudos e pesquisas no curso de Direito e, depois, no ensino, como professor titular no IES e professor substituto na Universidade Federal de Santa Catarina.
Mesmo em meio à doença, estudou com afinco para se tornar promotor de justiça, cargo que exerceu por um ano com profissionalismo ético e dedicação evangélica.
Identificou-se com o sofrimento redentor de Cristo no oferecimento da sua enfermidade (leucemia), vivida com alegria e paz cristã, durante quatro anos, em consonância com os ensinamentos de São Josemaria Escriva, fundador do Opus Dei.
A biografia deste jovem é contada no livro “No Caminho da Santidade: a vida de Marcelo Câmara, um Promotor de Justiça”, que pode ser adquirido AQUI.
Mais informações sobre Marcelo Henrique Câmara e seu processo de beatificação também podem ser acessadas no site marcelocamara.org.br.
ACI Digital

Santo Antão, ilustre pai dos monges cristãos

REDAÇÃO CENTRAL, 17 Jan. 20 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 17 de janeiro, celebra-se a festa de Santo Antão, também conhecido como Santo Antônio Abade, ilustre pai dos monges cristãos e modelo de espiritualidade ascética.

Seu nome significa “florescente". Nasceu no Egito, por volta do ano 250, de pais camponeses e ricos. Em uma Missa, ressoaram nele as palavras de Jesus: “Se quer ser perfeito, vai, vende tudo o que tem e dá aos pobres”.
Quando seus pais morreram, tinha cerca de 20 anos. Repartiu seus bens entre os pobres e foi fazer penitência no deserto. Ali, passou a ter uma vida de eremita e, mais tarde, viveu junto a um cemitério, refletindo neste tempo sobre a vida de Jesus, que venceu a morte.
Fazia trabalho manual pois tinha ouvido que "o que não quer trabalhar não tem direito de comer" (2Ts 3,10). "Do que recebia guardava algo para sua manutenção e o resto dava aos pobres”, afirma Santo Atanásio na biografia que escreveu sobre o santo.
Organizou comunidades de oração e trabalho. Entretanto, optou, novamente, por ir para o deserto, onde integrou sua vida solitária com a direção e organização de um grupo de eremitas que se encontravam nessa área.
Assim, Santo Antão se tornou um dos iniciadores das comunidades de monges na história do cristianismo, que logo foram se expandindo por todo o mundo e que seguem existindo atualmente.
Junto com o Bispo Santo Atanásio, defendeu a fé contra o arianismo, uma heresia que negava a divindade de Jesus Cristo. Além disso, segundo São Jerônimo, o abade Santo Antão foi amigo de São Paulo, o eremita.
“Orava constantemente, tendo aprendido que devemos orar em privado sem cessar. Além disso, estava tão atento à leitura da Sagrada Escritura, que nada se lhe escapava: retinha tudo, e assim sua memória lhe servia de livros”, destaca Santo Atanásio.
“Todos os aldeões e os monges com os quais estava unido viram que classe de homem era ele e o chamavam ‘o amigo de Deus’, amando-o como filho ou irmão”, acrescenta.
Santo Antão partiu para a Casa do Pai por volta do ano 356, no monte Colzim, perto do Mar Vermelho. É considerado também padroeiro dos tecelões de cestas, fabricantes de pincéis, cemitérios e açougueiros.
ACI Didital

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

São Marcelo, Papa

REDAÇÃO CENTRAL, 16 Jan. 20 / 05:00 am (ACI).- Na série de Pontífices, o Papa Marcelo ocupa a posição número 30. Foi o Vigário de Cristo na terra durante um ano: de 308 a 309. Era um dos mais corajosos sacerdotes de Roma na terrível perseguição de Diocleciano nos anos 303 a 305,

Incentivava todos a permanecerem fiéis ao cristianismo embora os martirizassem. Eleito Sumo Pontífice, dedicou-se a reorganizar a Igreja que estava muito desorganizada, por já tinha 4 anos que o último Pontífice, São Marcelino, havia morrido.
Era um homem de caráter enérgico, embora moderado, e se dedicou a voltar a edificar os templos destruídos na perseguição anterior. Dividiu Roma em 25 setores e nomeou um presbítero ou pároco a frente de cada um.
Muitos cristãos tinham renegado a fé, por medo na última perseguição, mas desejavam voltar a pertencer á Igreja.
O Papa Marcelo, apoiado pelos melhores sábios da Igreja, decretou que aqueles que desejavam voltar à Igreja tinham que fazer algumas penitências por ter renegado a fé durante a perseguição.
Muitos aceitaram a decisão do Pontífice, mas alguns promoveram tumultos contra ele e até mesmo o acusaram diante do Imperador Maxêncio, o qual, abusando de seu poder que não lhe permitia interferir nos assuntos internos da religião, expulsou o Pontífice de Roma.
Segundo o “Livro Pontifical”, o Papa Marcelo se hospedou na cada de uma leiga muito piedosa de nome Marcela e, deste local, seguiu dirigindo os cristãos.
Ao ficar sabendo disse, o Imperador obrigou o Pontífice a realizar trabalhos forçados nas cavalarias e estábulos imperiais que foram transferidos a esta zona.
O Papa faleceu no ano 309.
ACI Digital

14/01/2020 - São Félix de Nola, mártir

REDAÇÃO CENTRAL, 14 Jan. 20 / 05:00 am (ACI).- São Félix de Nola foi um bispo romano que sofreu as perseguições desencadeadas pelos imperadores Décio e Valeriano, por isso é venerado como confessor da fé e mártir.

O pouco que se conhece deste santo é a partir de biografia elaborada no final do século IV pelo Bispo de Nola, São Paulino, que o teve como seu santo protetor. Também escreveram sobre ele Beda, Santo Agostinho e Gregório Turonense.
A partir desta informação, sabe-se que nasceu em Nola (hoje território da Itália), no século III, e foi filho de um nobre sírio. Abraçou o serviço apostólico desde muito jovem, distribuiu sua herança entre os pobres quando seu pai morreu e, em seguida, foi ordenado sacerdote pelo Bispo de Nola na época, São Máximo.
Durante as perseguições de cristãos, foi preso e, segundo contam, libertado por um anjo.
Tendo escapado da fúria desencadeada pelo imperador Décio, Félix se viu novamente ameaçado, junto com toda sua comunidade, pelas disposições que o imperador Valeriano ditou contra os cristãos, entre os anos 256 e 257.
Quando o Bispo Máximo morreu, quiseram forçar Félix a ocupar a cadeira episcopal, mas ele recusou, preferindo continuar como presbítero sua missão evangelizadora.
Morreu em 14 de janeiro, acredita-se que no ano 260. Foi enterrado em Nola e seu sepulcro se tornou lugar de peregrinação. Em Roma, uma basílica lhe foi consagrada.
ACI Digital

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Santo Hilário de Poitiers, doutor da Igreja

REDAÇÃO CENTRAL, 13 Jan. 20 / 05:00 am (ACI).- “Deus só sabe ser amor, e só sabe ser Pai. E quem ama não é invejoso, e quem é Pai o é totalmente”, dizia Santo Hilário de Poitiers, doutor da Igreja e grande defensor da divindade de Cristo. Sua festa é celebrada neste dia 13 de janeiro.

Santo Hilário nasceu em Poitiers, na França, no início do século IV, em uma família rica e recebeu formação literária. Aparentemente, não se formou em um ambiente cristão. Foi batizado por volta do ano 345 e foi eleito bispo de sua cidade natal entre 353 e 354.
Sua primeira obra, “Comentário ao Evangelho de Mateus”, é o comentário mais antigo em latim que chegou até os dias de hoje sobre este Evangelho. No ano 356, participou como Bispo no Sínodo de Béziers, no sul da França.
Esta reunião foi chamada pelo próprio santo como “o sínodo dos falsos apóstolos”, porque a assembleia estava dominada por bispos filoarianos, que negavam a divindade de Jesus Cristo.
Estes “falsos apóstolos” solicitaram ao imperador Constâncio que o Bispo de Poitiers fosse condenado ao exílio. Assim, Hilário teve que abandonar a Gália para ir viver na Frígia, atual Turquia, onde se inseriu em um contexto religioso dominado pelo arianismo.
Desta maneira e buscando o restabelecimento da unidade da Igreja, redigiu sua obra dogmática mais importante e conhecida como “De Trinitate” (sobre a Trindade), a qual defende a doutrina do Concílio de Niceia e demonstra que as Sagradas Escrituras testemunham claramente a divindade do Filho.
No ano 360 ou 361, Santo Hilário regressou do exílio para sua terra e, no Sínodo realizado em Paris por volta desses mesmos anos, retomou-se a linguagem do Concílio de Niceia.
Nos últimos anos de sua vida, elaborou os “Tratados sobre os Salmos”, um comentário a 58 salmos. O santo vê em todos os salmos a transparência do mistério de Cristo e de seu Corpo, que é a Igreja.
Pariu para a Casa do Pai no ano 367. Em 1851, o Beato Pio IX o proclamou Doutor da Igreja.
“Fazei, Senhor – reza Hilário, movido pela inspiração – que me mantenha sempre fiel ao que professei no símbolo de minha regeneração, quando fui batizado no Pai, no Filho e no Espírito Santo. Que eu vos adore, Pai nosso, e junto a vós, o vosso Filho; que seja merecedor do vosso Espírito Santo, que procede de vós através do vosso Unigênito… Amém” (“De Trinitate” 12, 57).
ACI Digital

domingo, 12 de janeiro de 2020

O Papa: batizar desde criança, para crescer com a força do Espírito Santo

VaticanNews
A criança sai do Batismo com a força do Espírito Santo dentro de si: “o Espírito que a defenderá, a ajudará durante toda a vida. Por isso é tão importante batizá-las desde crianças, para que cresçam com a força do Espírito Santo”, disse o Papa Francisco na missa este domingo (12/01), festa do Batismo do Senhor.

Raimundo de Lima - Cidade do Vaticano.

Batizar um filho é um ato de justiça, para ele. E por qual motivo? Porque nós no Batismo lhe damos um tesouro, nós no Batismo lhe damos um penhor: o Espírito Santo. Foi o que disse o Papa Francisco na missa na manhã deste domingo (12/01), festa do Batismo do Senhor, celebrada na esplêndida moldura da Capela Sistina, com o rito do Batismo das crianças.

Batizado de 32 recém-nascidos: 15 meninas e 17 meninos

De fato, como se dá habitualmente todos os anos nesta festa litúrgica que encerra o período do Natal, este ano o Santo Padre batizou 32 crianças: 15 meninas e 17 meninos.
Como Jesus foi batizar-se, assim também vocês trouxeram seus filhos para o Batismo, disse o Papa dirigindo-se aos pais.
Já no início da celebração, o diálogo de Francisco com os pais, padrinhos e madrinhas, com as perguntas próprias do rito do Batismo, e antes do sacramento, a renovação dos compromissos batismais.

Crescer com a luz do Espírito Santo

A criança sai do Batismo com a força do Espírito Santo dentro de si: “o Espírito que a defenderá, a ajudará durante toda a vida. Por isso é tão importante batizá-las desde crianças, para que cresçam com a força do Espírito Santo”, disse o Pontífice na homilia da celebração.
Está é a mensagem que eu gostaria de dar hoje a vocês, frisou Francisco. Vocês trazem seus filhos hoje, a fim de que tenham dentro o Espírito Santo. E cuidem para que “cresçam com a luz, com a força do Espírito Santo, através da catequese, da ajuda, do ensinamento, dos exemplos que vocês darão em casa. Esta é a mensagem”, acrescentou.

O choro de uma criança na igreja: uma bela oração

O Pontífice lembrou ainda que as crianças não estavam habituadas a vir à capela Sistina, num ambiente fechado um pouco quente, com tantas roupas para uma festa tão bonita. A qualquer momento poderão se sentir incomodadas e começarão a chorar. Não se assustem, deixem-nas chorar e gritar, se estiver com fome, pode amamentá-las, sempre em paz, disse ainda tranquilizando assim os pais, padrinhos e familiares presentes.
“É uma coisa bonita quando uma criança chora na igreja, é uma bela oração. Façam de modo que se sintam bem e sigamos adiante.” Não se esqueçam: as crianças levam o Espírito Santo dentro de si, reiterou por fim.

Vatican News

Festa do Batismo do Senhor

+ Dom Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
Concluindo o Tempo do Natal, a Igreja celebra a festa do Batismo do Senhor. O Evangelho segundo Mateus, hoje proclamado, narra o fato que motiva esta festa litúrgica. Trata-se de um momento decisivo da manifestação de Jesus Cristo ao mundo, como Filho de Deus Salvador e Messias-Servo. Embora o testemunho de João Batista a respeito de Jesus fosse muito importante, o Evangelho enfatiza o testemunho maior do Espírito e do Pai, revelando quem é Jesus Cristo.
Neste Tempo de Natal, podemos afirmar que no Batismo do Senhor ocorre um prolongamento da Epifania, há pouco celebrada, isto é, uma espécie de “segunda Epifania”, despertando em nós a fé em Jesus Cristo. Os dois momentos de manifestação de Jesus Cristo como Salvador são marcados pela simplicidade, assumindo ele inteiramente a nossa condição humana. No nascimento, através da fragilidade de uma criança envolta em faixas e deitada na humilde manjedoura; no Batismo, ao se colocar no meio do povo pecador que se aproximava de João Batista em busca de conversão.
Em Jesus Cristo, cumpre-se plenamente a profecia de Isaías sobre o “Servo” eleito e amado por Deus, no qual repousa o Espírito. Meditamos, hoje, o primeiro dentre os quatro cânticos de Isaías a respeito do Servo de Javé e de sua missão. O que Isaías anuncia aplica-se a Jesus, segundo o relato do Evangelho: “Eis o meu servo – eu o recebo; eis o meu eleito – nele se compraz minha alma; pus meu espírito sobre ele” (Is 42,1).
No nosso Batismo, o amor do Pai também se faz sentir, acolhendo a cada um de nós como seu “filho amado”. O Batismo cristão é oferecido a todos e não apenas ao povo da Antiga Aliança. O apóstolo Pedro reconhece que “Deus não faz distinção entre as pessoas” (At 10,34). Por isso, os que clamam a Deus como Pai querido são chamados a reconhecer e a tratar a todos como irmãos.
Aproveitemos esta festa litúrgica para agradecer a Deus a graça do Batismo recebido e para refletir a respeito de nossa vida batismal, a ser vivida com maior empenho durante este ano, através da participação na Igreja e do testemunho cristão cotidiano. Valorizar o Batismo implica também em ajudar os que não são batizados a acolherem a graça do Batismo e motivar os pais a batizarem seus filhos. É necessário dar maior atenção aos que receberam o batismo, mas não seguem a Cristo, nem participam da vida da Igreja. É cada vez mais importante, em nossos dias, testemunhar a fé em Cristo, com simplicidade e coragem, buscando sempre com a graça de Deus.
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF