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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

São Pedro Damião, Doutor da Igreja

REDAÇÃO CENTRAL, 21 Fev. 20 / 05:00 am (ACI).- “Espera confiantemente a alegria que vem depois da tristeza”, dizia o beneditino São Pedro Damião, Doutor da Igreja. Em uma época difícil, ajudou com seus escritos e legações a reforma eclesiástica e clerical. Damião significa “o que doma seu corpo” e sua festa é celebrada neste dia 21 de fevereiro.

“Que a esperança dessa alegria te reanime, e a caridade acenda em ti o fervor, de tal modo que o teu espírito, santamente inebriado, esqueça os sofrimentos exteriores e anseie com entusiasmo pelo que contempla interiormente”, dizia São Pedro Damião.
O santo nasceu em 1007, em Ravena (Itália). Perdeu seus pais quando era criança e ficou sob os cuidados de um irmão que o tratou como escravo. Outro irmão, arcipreste de Ravena, se compadeceu e se encarregou de sua educação. Sentindo-se como um filho, Pedro adotou de seu irmão o nome Damião.
Desde jovem, São Pedro se acostumou à oração, vigília, jejum, convidava os pobres à sua mesa e lhes servia pessoalmente. Ingressou na vida monástica com os beneditinos da reforma de São Romualdo.
Para dominar suas paixões, colocava cintos com espinhos (cilício) debaixo de sua camisa, açoitava-se e jejuava com pão e água. Mas, seu corpo, por não estar acostumado, ficou debilitado e começou a sofrer de insônia.
Foi assim que compreendeu que esses castigos não deviam ser tão severos e que a melhor penitência é a paciência com as penas que Deus permite que nos cheguem. Esta experiência lhe serviu, mais tarde, para acompanhar espiritualmente os outros.
Quando morreu o Abade, Pedro assumiu, por obediência, a direção da comunidade. Fundou outras cinco comunidades de eremitas e, em todos os monges, buscava que fomentassem o espírito de retiro, caridade e humildade. Dentre eles, surgiram São Domingos Loricato e São João de Lodi.
Vários Papas recorreram a São Pedro por seus conselhos. Em 1057, foi criado Cardeal e Bispo de Ostia, embora o santo sempre tenha preferido sua vida de eremita. Posteriormente, lhe seria concedido o desejo de voltar para o convento como simples monge, mas com a condição de que poderia ser empregado no serviço da Igreja.
Dedicou-se a enviar cartas a muitos Pontífices e pessoas de alto escalão para que se erradicasse a simonia, que era a compra ou venda do que é espiritual por bens materiais, incluindo cargos eclesiásticos, sacramentos, sacramentais, relíquias e promessas de oração.
Escreveu o “Livro Gomorriano” (fazendo alusão à cidade de Gomorra, do Antigo Testamento) e falou contra os costumes impuros daquele tempo. Do mesmo modo, escrevia sobre os deveres dos clérigos, monges e recomendava a disciplina mais do que o jejum.
Costumava dizer: “É impossível restaurar a disciplina uma vez que esta decai; se nós, por negligência, deixamos cair em desuso as regras, as gerações futuras não poderão voltar à observância primitiva. Guardemo-nos de incorrer em semelhante culpa e transmitamos fielmente a nossos sucessores o legado de nossos predecessores”.
Era uma pessoa severa, mas sabia tratar os pecadores com indulgência e bondade quando a prudência e a caridade o requeriam. Em seu tempo livre, costumava fazer colheres de madeira e outros utensílios para não permanecer ocioso.
O Papa Alexandre II enviou São Pedro Damião para resolver um problema com o Arcebispo de Ravena, que estava excomungado por certas atrocidades cometidas. Lamentavelmente, o santo chegou quando o Prelado tinha falecido, mas converteu os cúmplices, aos quais impôs uma penitência justa.
De volta a Roma, ficou doente com uma febre aguda, em um mosteiro fora de Faenza. Partiu para a Casa do Pai em 22 de fevereiro de 1072. Dante Alighieri, no canto XXI do Paraíso, coloca São Pedro Damião no céu de Saturno, destinado aos espíritos contemplativos. Foi declarado Doutor da Igreja em 1828.
ACI Digital

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

São Francisco e Santa Jacinta Marto, videntes da Virgem de Fátima

REDAÇÃO CENTRAL, 20 Fev. 20 / 05:00 am (ACI).- “Rezem, rezem muito e façam sacrifícios pelos pecadores, pois muitas almas vão ao inferno porque não há quem se sacrifique e peça por elas”, foi o que pediu Nossa Senhora de Fátima a Francisco, Jacinta e Lúcia. E, neste dia 20 de fevereiro, a Igreja recorda a memória de dois desses pastorinhos, os Santos Francisco e Jacinta Marto.

Francisco Marto nasceu em 1908 e Jacinta, dois anos depois. Desde pequenos aprenderam a tomar cuidado com as más companhias e, por isso, preferiam estar com sua prima Lúcia, que costumava lhes falar sobre Jesus. Os três cuidavam das ovelhas, brincavam e rezavam juntos.
De 13 de maio a 13 de outubro de 1917, a Virgem lhes apareceu em várias ocasiões na Cova de Iria (Portugal). Durante estes ocorridos, suportaram com valentia as calúnias, injúrias, más interpretações, perseguições e a prisão. Eles diziam: “Se nos matarem, não importa; vamos ao céu”.
Logo depois das aparições, Jacinta e Francisco seguiram sua vida normal. Lúcia foi para a escola, tal como pediu a Virgem, e era acompanhada por Jacinta e Francisco. No caminho, passavam pela Igreja e saudavam Jesus Eucarístico.
Francisco, sabendo que não viveria muito tempo, dizia a Lúcia: “Vão vocês ao colégio, eu ficarei aqui com o Jesus Escondido”. Ao sair do colégio, as meninas o encontravam o mais perto possível do Tabernáculo e em recolhimento.
O pequeno Francisco era o mais contemplativo e queria consolar Deus, tão ofendido pelos pecados da humanidade. Em uma ocasião, Lúcia lhe perguntou: “Francisco, o que prefere, consolar o Senhor ou converter os pecadores?”. Ele respondeu: “Eu prefiro consolar o Senhor”.
“Não viu que triste estava Nossa Senhora quando nos disse que os homens não devem ofender mais o Senhor, que já está tão ofendido? Eu gostaria de consolar o Senhor e, depois, converter os pecadores para que eles não ofendam mais ao Senhor”. E continuou: “Logo estarei no céu. E quando chegar, vou consolar muito Nosso Senhor e Nossa Senhora”.
Jacinta participava diariamente da Santa Missa e tinha grande desejo de receber a Comunhão em reparação dos pobres pecadores. Atraía-lhe muito estar com Jesus Sacramentado. “Gosto tanto de dizer a Jesus que O amo”, repetia.
Certo dia, pouco depois da quarta aparição, Jacinta encontrou uma corda e concordaram em reparti-la em três e colocá-la na cintura, sobre a carne, como sacrifício. Isto os fazia sofrer muito, contaria Lúcia depois. A Virgem lhes disse que Jesus estava muito contente com seus sacrifícios, mas que não queria que dormissem com a corda. Assim o fizeram.
Concedeu a Jacinta a visão de ver os sofrimentos do Sumo Pontífice. “Eu o vi em uma casa muito grande, ajoelhado, com o rosto entre as mãos, e chorava. Fora, havia muita gente; alguns atiravam pedras, outros diziam imprecações e palavrões”, contou ela.
Por isso e outros feitos, as crianças tinham presente o Santo Padre e ofereciam três Ave Maria por ele depois de cada Rosário. Do mesmo modo, as famílias iam a eles para que intercedessem por seus problemas.
Em uma ocasião, uma mãe rogou a Jacinta que pedisse por seu filho que se foi como o filho pródigo. Dias depois, o jovem retornou para casa, pediu perdão e contou a sua família que depois de ter gastado tudo o que tinha, roubado e estado no cárcere, fugiu para bosques desconhecidos.
Quando se achou completamente perdido, ajoelhou-se chorando e rezou. Nisso, viu Jacinta que o pegou pela mão e o conduziu até um caminho. Assim, pôde retornar para casa. Logo interrogaram Jacinta se tinha se encontrado com o moço e ela disse que não, mas que tinha rogado muito à Virgem por ele.
Em 23 de dezembro de 1918, Francisco e Jacinta adoeceram de uma terrível epidemia de broncopneumonia. Francisco foi piorando aos poucos durante os meses posteriores. Pediu para receber a Primeira Comunhão e, para isso, confessou-se e guardou jejum. Recebeu-a com grande lucidez e piedade. Depois, pediu perdão a todos.
“Eu vou ao Paraíso; mas de lá pedirei muito a Jesus e à Virgem para que os leve também logo”, disse para Lúcia e Jacinta. No dia seguinte, em 4 de abril de 1919, partiu para a casa do Pai com um sorriso angelical.
Jacinta sofreu muito pela morte de seu irmão. Mais tarde, sua enfermidade se complicou. Foi levada ao hospital da Vila Nova, mas retornou para casa com uma chaga no peito. Logo confiaria a sua prima: “Sofro muito; mas ofereço tudo pela conversão dos pecadores e para desagravar o Coração Imaculado de Maria”.
Antes de ser levada ao hospital de Lisboa, disse para Lúcia: “Já falta pouco para ir ao céu… Diga a todos que Deus nos concede as graças por meio do Coração Imaculado de Maria. Que as peçam a Ela, que o Coração de Jesus quer que ao seu lado se venere o Imaculado Coração de Maria, que peçam a paz ao Imaculado Coração, que Deus a confiou a Ela”.
Operaram Jacinta, tiraram-lhe duas costelas do lado esquerdo e ficou uma grande chaga como de uma mão. As dores eram espantosas, mas ela invocava a Virgem e oferecia suas dores pela conversão dos pecadores.
Em 20 de fevereiro de 1920, pediu os últimos sacramentos, confessou-se e rogou que a levassem o viático porque logo morreria. Pouco depois, partiu para a Casa do Pai com dez anos de idade.
Os corpos do Francisco e Jacinta foram transladados ao Santuário de Fátima. Quando abriram o sepulcro de Francisco, viram que o Rosário que colocaram sobre seu peito estava envolvido entre os dedos de suas mãos. Enquanto o corpo de Jacinta, 15 anos depois de sua morte, estava incorrupto.
“Contemplar como Francisco e amar como Jacinta” foi o lema com o qual esses dois videntes da Virgem de Fátima foram beatificados por São João Paulo II em 13 de maio de 2000.
O Papa Francisco os canonizou em 13 de maio de 2017, em Fátima, no marco das celebrações pelo centenário das Aparições de Nossa Senhora de Fátima.
ACI Digital

Estudo indica que lei de suicídio assistido no Canadá seria a mais permissiva do mundo

Imagem referencial. Crédito: Pixabay
OTTAWA, 20 Fev. 20 / 08:00 am (ACI).- Um novo estudo alertou às pessoas com doenças mentais sobre a expansão do acesso à eutanásia no Canadá. O Expert Advisory Group (EAG) divulgou, na quinta-feira, um relatório sobre a Medical Assistance in Dying (MAiD), "assistência médica para morrer", o qual sugere várias salvaguardas que o governo do Canadá deveria adotar para proteger as populações vulneráveis.
O relatório do EAG foi redigido em 13 de fevereiro em resposta às recomendações do grupo Halifax, intituladas "Legislação MAiD em uma encruzilhada: Pessoas com transtornos mentais como a única condição médica subjacente". O relatório foi publicado pelo Instituto de Pesquisa em Políticas Públicas, em 30 de janeiro.
No Canadá, o MAiD é o termo legal para se referir ao procedimento comumente chamado de eutanásia ou suicídio assistido.
"Ao contrário de outras condições médicas com um desenvolvimento conhecido e previsível, as evidências mostram que as doenças mentais nunca podem ser previstas como irremediáveis", diz o relatório intitulado ‘Canadá em uma encruzilhada: Recomendações para a MAiD e pessoas com doenças mentais’.
A principal recomendação do relatório é que “as políticas e a legislação do MAiD devem reconhecer explicitamente que, até a data, as doenças mentais não podem ser determinadas como irremediáveis e irreversíveis; por isso, as solicitações da MAiD que tenham uma doença mental como a única condição médica subjacente, não atendem aos requisitos de elegibilidade".
Dr. K. Sonu Gaind, psiquiatra de Toronto e coordenador de EAG, disse que "a evidência mostra que é impossível prever que uma doença mental seja irremediável", afirmar isso manipularia a opinião pública sobre a MAiD e levaria a práticas discriminatórias.
"A sociedade pensaria que as pessoas são ajudadas a morrer com a MAiD para aliviar o sofrimento de uma doença irremediável, mas, na realidade, estaríamos acabando com nossas vidas por causa da solidão, pobreza e todo esse tipo de sofrimento na vida", disse Gaind no lançamento da pesquisa.
Diferentemente de uma doença como câncer terminal ou distúrbios neurológicos degenerativos, é possível melhorar de uma condição como a solidão, acrescentou.
"Eu não acho que os canadenses apoiam esse tipo de discriminação", afirmou.
Ao contrário do grupo Halifax, formado por membros do Conselho de Academias Canadenses, o EAG procurou incluir aqueles que tiveram experiências com doenças mentais. Nenhum dos membros do Halifax Group atendeu a esse critério, que o EAG considerou uma “omissão chave”.
Mark Henick, um membro do EAG que viveu com uma doença mental e depressão por duas décadas, disse em uma coletiva de imprensa que, obviamente, teria escolhido acabar com a sua vida através do MAiD se tivesse a opção disponível.
"Meu 'eu suicida' do passado não acreditaria em meu ‘eu curado’ do presente", disse, "mas é exatamente por isso que estou tão contente por não ter tido acesso a uma solução imediata para o meu sofrimento. Eu teria perdido tanto do que nunca imaginei que um dia seria possível, mas agora sou muito, muito grato pela vida”, disse.
"Todo mundo merece uma chance", disse Henick.
"O relatório EAG refutou a afirmação do grupo Halifax que argumenta que negar a eutanásia às pessoas com doenças seria discriminatório”.
"De fato, afirmar que o MAiD é fornecido para uma condição irremediável enquanto se permite a sua aplicação em transtornos mentais que não podem ser determinados como irremediáveis, seria a forma definitiva de discriminação", diz o relatório.
Em setembro, o Superior Tribunal de Quebec estabeleceu que a MAiD não deveria se restringir a pessoas com doenças terminais ou que tenham "uma morte razoavelmente previsível". O Governo Federal do Canadá anunciou que não pretende recorrer da decisão, mas deixará que siga seu curso. A lei entrará em vigor em março.
Antes dessa decisão, um canadense deveria ser adulto com uma "morte razoavelmente previsível" para poder ter acesso à "morte assistida". Não há requisitos legais para um paciente ter um prognóstico de certo número de meses ou semanas restantes na vida para receber "morte assistida".
O relatório da EAG alertou que essas mudanças que estão por vir farão com que o Canadá se torne a jurisdição mais permissiva do mundo para o MAiD, com a menor quantidade de salvaguardas contra mortes indesejadas, a menos que sejam introduzidas salvaguardas adicionais.
Em outros países, assinala o relatório, os pacientes são solicitados a mostrar uma "falta de alternativas razoáveis" antes de serem aprovados para a eutanásia. O Canadá seria a única jurisdição que careceria dessa proteção.
O EAG recomenda que “seja requerido um critério de não ambivalência para realizar a MAiD em situações em que a morte não seja razoavelmente previsível”, assim como um critério para “a falta de alternativas razoáveis” para pacientes potenciais de MAiD que não tenham uma morte razoavelmente previsível.
Aproximadamente 1,1% de todas as mortes no Canadá durante os primeiros 10 meses foram resultado de eutanásia. Ao contrário dos Estados Unidos, onde o suicídio assistido exige que os pacientes se auto-administrem os medicamentos, um paciente pode optar por ter um médico que lhe administre o medicamento letal e a grande maioria dos canadenses que se inscrevem no MAiD não se auto-administram.
Se uma média semelhante de mortes fosse registrada nos Estados Unidos, aproximadamente 30 mil pessoas poderiam morrer a cada ano nas mãos de um médico ou uma enfermeira que administre essas doses, número equivalente ao total de mortes por ferimento a tiro a cada ano.
Publicado originalmente em CNA. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
ACI Digital

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

São Simeão, Bispo e mártir

REDAÇÃO CENTRAL, 18 Fev. 20 / 05:00 am (ACI).- No século I, São Simeão serviu como o segundo Bispo de Jerusalém. Além disso, foi parente de Cristo, segundo descrevem os Evangelhos de São Mateus (13,55) e São Marcos (6,3).

No livro ‘História Eclesiástica’ de Eusébio de Cesareia (Pai da história da Igreja), este santo é descrito como primo do Senhor – segundo a carane – por ser filho de Cléofas, o irmão de São José.
Do mesmo modo, a mãe de Simeão é mencionada pelo escritor Hegesipo como concunhada da Virgem Maria. No evangelho de São João e da São Mateus é mencionada uma “irmã” da Mãe de Deus, que viria a ser Maria, esposa de Cléofas (pai de Simeão).
Depois do martírio pelos judeus do primeiro Bispo de Jerusalém, São Tiago o Justo, e a imediata tomada da cidade, a tradição conta que os apóstolos e discípulos do Senhor, que ainda permaneciam vivos, se reuniram e deliberaram que Simeão seria nomeado seu sucessor.
Como descreve Eusébio de Cesareia, na época do imperador Trajano, ressurgiu nas cidades e outros lugares da Palestina uma nova perseguição contra os cristãos por causa das revoltas do povo.
Foi então que o Bispo de Jerusalém, Simeão, foi denunciado como cristão e descendente de Davi, sendo sentenciado à morte pelo governador romano Ático. Foi torturado e crucificado aos 120 anos.
ACI Digital

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Sete santos fundadores da Ordem dos Servos de Maria

REDAÇÃO CENTRAL, 17 Fev. 20 / 05:00 am (ACI).- No século XIII, sete jovens ricos provenientes da República Livre de Florença (hoje Itália) decidiram abandonar suas riquezas para se entregar a Cristo, seu Evangelho e à Virgem Maria.

Mais tarde, fundaram a Ordem dos Servos de Maria, e sua festa é comemorada neste dia 17 de fevereiro.
Este é o único caso na história da Igreja Católica no qual sete pessoas fundaram uma ordem religiosa.
No dia 15 de agosto de 1233 (festa da Assunção de Maria), a Virgem apareceu a eles e lhes pediu que renunciassem ao mundo e se dedicassem exclusivamente a Deus.
Foi então que Buonfiglio dei Monaldi (Bonfilho), Giovanni di Buonagiunta (Bonajunta), Bartolomeo degli Amidei (Amadeu), Ricovero dei Lippi-Ugguccioni (Hugo), Benedetto dell’Antella (Maneto), Gherardino di Sostegno (Sóstenes) e Alesio de Falconieri (Aleixo), que nesta época formavam uma confraria de leigos chamada Laudenses, repartiram todo o seu dinheiros entre os pobres e se retiraram ao Monte Senario, perto de Florença, para rezar e fazer penitência. Lá construíram uma Igreja e uma ermida, na qual levaram uma vida austera.
Tempos depois, todos foram ordenados sacerdotes a pedido do Cardeal, delegado do Sumo Pontífice, exceto Santo Aleixo Falconieri, o mais novo deles, que por humildade quis permanecer sempre como irmão.
Em 1239, os sete fundaram a ordem religiosa dos Servos de Maria, após uma nova visão da Virgem na qual lhes disse para seguir as regras de Santo Agostinho e lhes mostrou um hábito negro, recomendando que o usassem em memória da Paixão de seu Filho.
Desde 1240, foram conhecidos como os Servitas e rapidamente estenderam seu trabalho apostólico por toda Florença, chegando a fundar vários conventos e igrejas.
As características desta organização são a grande devoção à Santíssima Virgem, a solidão e o retiro.
Os Servos de Maria foram reconhecidos pela Santa Sé em 1304. Sua memória é comemorada em 17 de fevereiro, dia em que, segundo consta, morreu o último de seus membros, Santo Aleixo Falconieri, no ano 1310.
ACI Digital

domingo, 16 de fevereiro de 2020

Reta final da visita Ad Limina do regional Centro-Oeste

Visita Ad Limina - CNBB Centro Oeste
Nesta sexta feira, 14 de fevereiro, já caminhando para o final da primeira etapa da visita ad limina da CNBB com o grupo de bispos do Centro-Oeste, uma programação ainda intensa será cumprida no Vaticano. Os bispos vão visitar celebrar missa na capela do hotel e depois visitar três dicastérios da Santa Sé na parte da manhã: o departamento para os Leigos, a Família e a Vida, o departamento para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral e o Pontifício Conselho para a Nova Evangelização. No período da tarde, eles têm apenas um compromisso oficial: vão visitar o Pontifício Conselho para a Tutela de Menores.
Quinta-feira
As atividades da quinta-feira, 13 de fevereiro, foram resumidas pelo padre Francisco Agamenilton, Administrador Diocesano de Uruaçu (GO) e correspondente, escolhido pelos colegas, para dar informações sobre a visita. Confira o texto enviado por ele:
Celebração da Eucaristia
Nosso dia se iniciou com a celebração da eucaristia na basílica São João de Latrão. A missa foi às 7h30 presidida pelo Cardeal Sérgio da Rocha.
Tribunal da Penitenciária Apostólica
Logo em seguida, nos dirigimos para o Tribunal da Penitenciaria Apostólica onde fomos recebidos pelo cardeal Piacenza, penitenciário maior, às 9h. Compete a este tribunal cuidar de tudo o que diz respeito às indulgências e ao foro interno, principalmente à confissão. É a este tribunal que se recorre quando se pede a absolvição dos pecados reservados à Santa Sé. Após a introdução feita por Dom José Aparecido, o cardeal enfatizou o aspecto da comunhão dos santos implicados na indulgência. Ele teceu comentários sobre a modalidade de lidar com o penitente e reforçou as atitudes de acolhida e misericórdia. Destacou ainda o testemunho de sacerdotes no empenho de favorecer o sacramento da confissão aos fieis.
Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica
O próximo compromisso foi às 10h30 na Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica. Este departamento cuida de todos os religiosos, monges, eremitas e leigos dos institutos seculares. Fomos recebidos pelo cardeal dom João Brás de Aviz e a equipe formada de vários consagrados. Dom Washington fez a apresentação do Regional Centro-Oeste no tocante à vida consagrada. Ele agradeceu todos estes homens e mulheres consagrados que no início de nossas dioceses desbravaram o Goiás com a evangelização. Neste departamento pudemos ouvir o Cardeal Aviz em sua apresentação panorâmica da situação da vida consagrada pelo mundo. Nós expomos nossos desafios e recebemos as devidas orientações.
Congregação para a Causa dos Santos
A manhã se encerrou com a visita à Congregação para a Causa dos Santos, às 12h. Fomos recebidos pelo secretário do dicastério, Dom Marcello Bartolucci. Esta congregação cuida de todo o processo que leva um católico à canonização. Desta vez a introdução foi feita por Dom Washington que apresentou como nosso povo é ligado ao culto aos santos. Dom Marcello destacou o fato de o santo ser uma grande fonte de pastoral e nos indicou alguns procedimentos no tratar a questão do processo de beatificação de alguém.
Pontifícia Comissão para a América Latina
À tarde, às 15h30, nos dirigimos para a Pontifícia Comissão para a América Latina. Sua principal função é aconselhar e ajudar as Igrejas particulares em América Latina. Logo depois da introdução feita por dom Fernando Brocchini, os oficiais da Comissão nos apresentaram a natureza da Comissão, seus trabalhos e se dispuseram a nos ajudar segundo a sua possibilidade.
Congregação para os Bispos
Terminamos nosso dia às 17h quando nos encontramos com o Cardeal Ouelet e seu secretário, dom Ilson Montanari, responsáveis pela Congregação para os Bispos. É este departamento que se ocupa daquilo que se refere à criação de uma diocese e à nomeação dos bispos, assim como o trabalho deles. Dom Waldemar apresentou o trabalho dos bispos e seus desafios no Regional Centro-Oeste. O cardeal Ouelet se interessou pelo trabalho missionário por meio dos conselhos missionários e nos incentivou a cuidar bem do clero e reforçar a colegialidade episcopal como grande sinal profético em um mundo fragmentado.
Arquidiocese de Brasília/CNBB
https://arqbrasilia.com.br/

6º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO "A" - O CAMINHO DA SABEDORIA E DA VIDA

+ Dom Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
Segundo o Livro do Eclesiástico, o homem tem diante de si dois caminhos: o bem e o mal, a vida e a morte. Com a sabedoria de Deus, é chamado a escolher a vida, pois o Senhor “não mandou a ninguém agir como ímpio e a ninguém deu licença para pecar” (Eclo 15,19).      São Paulo afirma que tal sabedoria “não é deste mundo”, mas vem de Deus. Ele anuncia a “sabedoria de Deus”, recordando-nos que aquilo que Deus preparou para nós vai muito além do que possamos ver, ouvir ou imaginar (1Cor 2,6-10).
O Evangelho nos mostra a sabedoria de Deus, Jesus Cristo, ensinando-nos a trilhar o caminho da vida. No “Sermão da Montanha”, narrado por Mateus, Jesus dá a nova Lei ao novo povo de Deus, assim como outrora Moisés subiu o monte Sinai para dar a Lei ao povo da Antiga Aliança. Contudo, logo no início do texto proclamado, Jesus esclarece que não veio para “abolir a Lei e os Profetas”, mas sim para dar-lhes pleno cumprimento (Mt 5,17).
Jesus ensina o verdadeiro sentido da Lei, que estava sendo esquecido, tornando-a muito mais exigente, conforme os quatro exemplos que são apresentados na passagem proclamada hoje: 1º) a respeito do homicídio, Jesus vai muito além do simplesmente “não matar”, excluindo qualquer tipo de dano ao irmão; 2º) sobre o adultério, ele ultrapassa a letra da lei advertindo sobre a raiz deste pecado, que está no coração do homem; 3º) quanto ao divórcio, Jesus recusa a prática então em vigor, recordando, numa outra passagem, que o Criador fez o homem e a mulher para se unirem numa só carne, não devendo o homem separar o que Deus uniu (cf. Mt 19,3-9); 4º) o último exemplo se refere aos juramentos; ao invés deles, Jesus afirma a importância da sinceridade e da verdade, ao propor que “seja o vosso sim: “Sim” e o vosso não: “Não”. Este modo mais exigente e fiel de compreender e viver a Lei deverá nortear a vida dos discípulos de Cristo, como caminho de vida e de verdadeira liberdade a ser trilhado pelo novo povo de Deus.
Em resposta à Palavra de Deus, seja sempre maior o nosso empenho em progredir na acolhida e vivência da sabedoria divina. Com o Salmo 118, nós reconhecemos que é “feliz o homem sem pecado em seu caminho, que na lei do Senhor Deus vai progredindo”! É feliz quem anda na nova Lei do Senhor! Por isso, procure ler e meditar, de modo especial, o Evangelho segundo Mateus, que está sendo proclamado nos Domingos do Tempo Comum, deste Ano Litúrgico, procurando discernir os passos que Deus espera de nós no caminho da sabedoria e da vida.
Folheto: O Povo de Deus/Arquidiocese de Brasília.

10 belas amizades de santos na história da Igreja

São Francisco e Santa Clara de Assis -
São João Paulo II e Santa Teresa de Calcutá/
Foto: Wikipédia (Domínio Público) -
L'Osservatore Romano
REDAÇÃO CENTRAL, 16 Fev. 20 / 06:00 am (ACI).- Um amigo fiel “não tem preço, e o seu valor é incalculável, é remédio que cura, e os que temem ao Senhor o encontrarão”, diz a Bíblia no capítulo 6 do livro de Eclesiástico.
Esses santos descobriram esse tesouro e testemunharam ao mundo que é possível ter uma amizade bonita, fecunda e centrada no Senhor. A seguir, apresentamos 10 belas amizades de santos na história da Igreja.
1. São Francisco e Santa Clara de Assis
A amizade desses dois santos italianos é uma das mais conhecidas na Igreja Católica.
Quando São Francisco de Assis conheceu Santa Clara, tomou a decisão de “retirar do mundo malvados tão precioso dom para enriquecer com ele o seu Divino Mestre”. Em 1212, a jovem fugiu da sua casa para consagrar-se a Deus na igreja de São Damião e prometeu obedecer Francisco em tudo.
Logo depois, ela fundou a Ordem das clarissas e cuidava dos doentes que Francisco lhe enviava. Em 1225, atendeu o seu amigo, que sofria devido aos estigmas e cuja saúde havia piorado.
Francisco, antes de morrer em 1226, enviou uma mensagem de encorajamento a Santa Clara para que não desanimasse com a sua partida.
2. São João Paulo II e Santa Teresa de Calcutá
A amizade entre o Papa polonês e a fundadora albanesa das Missionárias da Caridade é uma das que mais comove os fiéis na atualidade. São João Paulo II costumava chamá-la de “Minha mãe”.
O Papa peregrino desenvolveu a sua vocação religiosa em meio à guerra e ao comunismo, enquanto ela descobriu o seu chamado a servir os mais necessitados em Calcutá, uma das cidades mais pobres da Índia.
Santa Teresa de Calcutá o visitou várias vezes no Vaticano e em 1986 o Pontífice viajou à Índia, onde conheceu o asilo “Nirmal Hriday” (Sagrado Coração) que ela fundou. A religiosa expressou que este era “o dia mais feliz” da sua vida.
3. São Vicente de Paulo e Santa Luísa de Marillac
O principal motor da vida destes santos franceses foi a caridade. Aos 36 anos, São Vicente de Paulo sentiu o chamado a servir os pobres.
Decidiu fundar a Congregação da Missão (Vicentinos) para evangelizar os mais necessitados e trabalhar na formação do clero.
Alguns anos depois, conheceu uma corajosa e determinada viúva chamada Luísa de Marillac. O santo decidiu dar-lhe uma formação espiritual e juntos fundaram em 1633 a Companhia das Filhas da Caridade.
4. Santa Teresa do Menino Jesus e Santa Elisabete da Trindade
Santa Teresa de Lisieux e Santa Elisabete da Trindade foram duas religiosas carmelitas francesas cuja amizade se baseava em sua profunda vida espiritual.
Elas se conheceram no Carmelo de Dijon, localizado no leste da França. Elisabete, conhecida como a “irmã espiritual” de Santa Teresa, escreveu diversos livros sobre a Santíssima Trindade.
Ambas desejavam fervorosamente chegar ao céu e estar junto com o seu amado Jesus. Elas morreram antes de completar 30 anos de idade. Santa Teresa de Lisieux faleceu em 1897 e a sua amiga morreu nove anos depois.
5. Santa Rosa e São Martinho de Lima
Estes são os dois santos mais importantes do Peru e se tornaram conhecidos pelo seu testemunho de humildade e serviço aos mais necessitados. Segundo a tradição, ambos foram batizados na igreja de São Sebastião, com dois anos de diferença, e receberam o sacramento da Crisma das mãos de Santo Toríbio de Mogrovejo, o segundo Arcebispo de Lima.
Ambos cresceram em amizade enquanto atendiam os doentes e escravos da cidade. Além disso, pertenciam à ordem dos dominicanos. Santa Rosa de Lima era terciária, enquanto São Martinho era religioso.
6. Santo Inácio de Loyola e São Francisco Xavier
Estes dois santos espanhóis se conheceram na Universidade de La Sorbona em Paris, França. Santo Inácio de Loyola tinha aproximadamente 33 anos quando seu discípulo São Pedro Fabro o apresentou a São Francisco Xavier.
A princípio, Francisco considerou Inácio antipático, porque sempre repetia a frase de Cristo: “Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”. Pouco a pouco, o jovem deixou de lado a sua vaidade e fez os exercícios espirituais criados pelo fundador da Companhia de Jesus (Jesuítas).
Em 1540, o Papa Paulo III aprovou a criação da Ordem e Santo Inácio foi escolhido como seu primeiro Superior Geral, enquanto São Francisco Xavier partiu como missionário para Índia e Japão.
7. Santa Teresa d'Ávila e São João da Cruz
Teresa era uma jovem sonhadora e determinada quando fez seus votos no Carmelo, em 1536, aos 21 anos de idade. No Carmelo, percebeu que as carmelitas na Espanha e em outros lugares tinham diminuído e se converteram em um centro social para todos os que desejavam uma vida fácil e relaxada.
Quando começou a encontrar os novos conventos carmelitas, conheceu um jovem frade chamado João e depois de entrevistá-lo, convidou-o a fazer parte da reforma do Carmelo a fim de revitalizar o carisma original de pobreza e da oração.
Esses amigos também escreveram lindos poemas que são baseados em suas provações e alegrias espirituais. O mais conhecido de Santa Teresa d'Ávila é “Nada te turbe” e de São João Cruz é “A noite escura da Alma”.
8. São João Bosco e São Domingos Sávio
Após ser ordenado sacerdote em 1841, São João Bosco criou um oratório onde reuniu centenas de jovens para formá-los. Naquela época, um sacerdote o apresentou a um menino chamado Domingos. O santo ficou impressionado com a vida espiritual e a alegria do menino. Por isso, decidiu acolhê-lo e tornou-se seu diretor espiritual.
Em uma noite, Dom Bosco o encontrou tremendo de frio na cama e coberto apenas com um lençol. Quando chamou a atenção de São Domingos Sávio, o menino brincou dizendo: “Nosso Senhor não pegou nenhuma pneumonia no estábulo em Belém”.
Domingos morreu em 1857. Dois anos depois, Dom Bosco fundou a Ordem dos Salesianos junto com um grupo de jovens.
9. São Cornélio e São Cipriano
O Papa São Cornélio e o Bispo de Cartago, São Cipriano, testemunharam sua fé durante a perseguição que sofreram por parte do Império Romano.
Este Pontífice enfrentou o sacerdote Novaciano, que proclamou a heresia de que a Igreja Católica não tinha o poder para perdoar os pecados. O santo o enfrentou e foi apoiado neste debate pelo seu amigo São Cipriano.
São Cornélio foi enviado ao exílio e morreu decapitado em 253. Por sua parte, São Cipriano foi martirizado da mesma maneira cinco anos depois.
10. Santas Felicidade e Perpétua
Perpétua era uma jovem mãe de 22 anos, de família rica e Felicidade era a sua escrava. Elas foram presas por serem cristãs.
Na prisão, Felicidade deu à luz a uma menina e os cristãos ajudaram para que Perpétua pudesse permanecer com seu bebê durante os seus últimos dias de vida.
Receberam a comunhão antes de serem jogadas a uma vaca selvagem e morrer decapitadas em 203. Os cristãos criaram a filha da Felicidade, enquanto as tias e a avó de Perpétua foram responsáveis pela educação do seu filho.
ACI Digital

Santo Onésimo, Bispo de Éfeso

REDAÇÃO CENTRAL, 16 Fev. 20 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 16 de fevereiro, a Igreja celebra Santo Onésimo, que foi um escravo fugitivo que se tornou Bispo de Éfeso e que morreu mártir ao ser apedrejado em Roma. Seu nome vem do grego e significa “proveitoso”.

Segundo o Martirológio Romano, Onésimo “foi acolhido por São Paulo de Tarso e concebido como filho na fé”. Isto ocorreu quando fugia da justiça depois de ter roubado seu amo Filêmon, um cristão rico e líder da Igreja de Colossos (território da atual Turquia).
Foi quando Onésimo entrou em contato com São Paulo, que se encontrava, então, como prisioneiro em Roma. O Apóstolo o converteu, batizou e o enviou à casa de seu antigo amo com uma carta de recomendação tal como está escrito em sua carta a Filêmon 10-12: “Venho suplicar-te em favor deste filho meu, que gerei na prisão, Onésimo. Ele poderá ter sido de pouca serventia para ti, mas agora será muito útil tanto a ti como a mim. Torno a enviá-lo para junto de ti, e é como se fora o meu próprio coração”.
Nos versículos 18-19 da mesma epístola, Paulo se compromete a pagar as dívidas de Onésimo. “Se ele te causou qualquer prejuízo ou está devendo alguma coisa, lança isto em minha conta. Eu, Paulo, escrevo de próprio punho: Eu pagarei. Para não te dizer que tu mesmo te deves inteiramente a mim!”.
Dos 25 versículos que a carta de São Paulo a Filêmon contém, 12 são dedicados a apresentar Onésimo com seu filho . Em sua carta aos Colossenses (4,7-9), cita novamente Onésimo e conta que voltou à casa de Filêmon e finalmente foi enviado como um verdadeiro irmão:
“Quanto ao que me concerne, o caríssimo irmão Tíquico, ministro fiel e companheiro no Senhor, vos informará de tudo. Eu vo-lo envio para este fim, para que conheçais nossa situação e console os vossos corações. Ele vai juntamente com Onésimo, nosso caríssimo e fiel irmão, conterrâneo vosso. Ambos vos informarão de tudo o que aqui se passa”.
Ao que parece, Filêmon perdoou e colocou em liberdade seu escravo arrependido e o mandou se reunir de novo com São Paulo.
São Jerônimo conta que Onésimo chegou a ser pregador do Evangelho e, em seguida, Bispo de Éfeso por ordem do Apóstolo Paulo. Posteriormente, Onésimo foi feito prisioneiro e levado a Roma, onde morreu apedrejado.
ACI Digital

sábado, 15 de fevereiro de 2020

São Cláudio de la Colombiere, jesuíta entregue ao Coração de Jesus

REDAÇÃO CENTRAL, 15 Fev. 20 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 15 de fevereiro, a Igreja Católica comemora São Cláudio de la Colombiere, sacerdote jesuíta francês do século XVII, que escreveu sobre as visões do Sagrado Coração de Jesus de outra grande santa, Margarida Maria Alacoque.

Quando canonizou Cláudio em 1992, o Papa São João Paulo II o apresentou como modelo de jesuíta, recordando como “se entregou por completo ao Sagrado Coração, ‘sempre abrasado de amor’. Inclusive, praticou o esquecimento de si mesmo a fim de alcançar a pureza do amor e de elevar o mundo a Deus”.
Nascido no sul da França durante 1641, São Cláudio fazia parte de uma família de sete filhos, dos quais quatro entraram no sacerdócio ou na vida religiosa. Frequentou uma escola da Companhia de Jesus em sua juventude e ingressou na ordem aos 17 anos.
Como noviço, Cláudio admitiu ter uma “terrível aversão” ao rigoroso tratamento requerido pela ordem, mas o noviciado conseguiu incrementar o seu talento natural, o que o levaria, em seguida, a fazer um voto privado de obedecer as regras o mais perfeitamente possível.
Depois de completar os períodos de estudo, Cláudio foi ordenado sacerdote em 1669. Conhecido como um grande pregador, também ensinou na universidade e serviu como tutor dos filhos do ministro de finanças do rei Luís XIV.
Em 1674, foi eleito superior de uma casa dos jesuítas na cidade de Paray-le-Monial. Nessa época, quando também foi confessor em um convento de religiosas da localidade, Cláudio fez parte de diversos acontecimentos que mudariam sua própria vida e a história da Igreja no Ocidente.
Uma dessas religiosas era Santa Margarida Maria Alacoque, que dizia ter experimentado revelações privadas de Cristo, solicitando a devoção ao Seu coração. Entretanto, dentro do convento, esta notícia – que o tempo e a Igreja se encarregariam de mostrar que era verdadeira – foi recebida com certo desprezo.
Durante seu tempo em Paray-le-Monial, o Padre Cláudio se tornou o diretor espiritual desta grande santa e escutou cuidadosamente seu testemunho sobre as revelações, chegando à conclusão de que a Irmã Margarida Maria as tinha recebido, efetivamente, de maneira extraordinária.
Os escritos de Cláudio de la Colombiere e seu testemunho da realidade das experiências da santa ajudaram a estabelecer o Sagrado Coração como um dos pilares da devoção católica. Isto, por sua vez, ajudou a combater a heresia jansenista, que afirmava que Deus não quer a salvação de algumas pessoas.
No outono de 1676, o Padre Cláudio foi chamado à Inglaterra. Durante um momento de tensão no país religiosamente desgarrado, exerceu seu ministério como capelão e pregador de Maria de Modena, uma católica que havia se tornado a Duquesa de York.
Em 1678, um falso rumor se estendeu sobre um suposto complô católico contra a monarquia inglesa. A mentira levou à execução de 35 pessoas inocentes, entre eles, oito jesuítas. O Pe. Cláudio não foi assassinado, mas foi acusado, detido e preso em um calabouço durante várias semanas.
O jesuíta francês suportou heroicamente a provação, mas as condições na prisão maltrataram muito sua saúde antes de sua expulsão da Inglaterra. Voltou para a França em 1679 e retomou seu trabalho como professor e sacerdote, fomentando o amor pelo Sagrado Coração de Jesus entre os fiéis.
Em 1681, Cláudio de la Colombiere voltou a Paray-le-Monial, o local das revelações de Santa Margarida Maria Alacoque.
Lá, em 1682, quando tinha apenas 41 anos, o sacerdote morreu de uma hemorragia interna no primeiro domingo da Quaresma, no dia 15 de fevereiro.
Foi beatificado em 1929 – nove anos depois da canonização de Santa Margarida Maria Alacoque – e canonizado 63 anos depois, por São João Paulo II.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF