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quarta-feira, 25 de março de 2020

Papa Francisco: A defesa da vida não é uma ideologia, é uma realidade

Papa durante a audiência. Foto: Vatican Media
Vaticano, 25 Mar. 20 / 08:59 am (ACI).- O Papa Francisco enfatizou nesta quarta-feira, 25 de março, durante a Audiência Geral realizada na Biblioteca do Palácio Apostólico, que “a defesa da vida, para a Igreja, não é uma ideologia, é uma realidade. Uma realidade humana que compromete todos os cristãos”.
O Papa recordou em sua catequese que “há 25 anos, nesta mesma data de 25 de março, que na Igreja é a festa solene da Anunciação do Senhor, São João Paulo II promulgava a Encíclica Evangelium vitae, sobre o valor e a inviolabilidade da vida humana”.
O Santo Padre explicou que, no Evangelho do dia, que narra a Anunciação e o “sim” de Maria ao projeto de Deus, “a Virgem acolhe a Palavra que se faz carne, e aceita com confiança cuidá-lo. Aceita converter-se na mãe do Filho de Deus. Assim, em Maria, realiza-se o encontro de Deus com o homem”.
Destacou que "o elo entre a Anunciação e o ‘Evangelho da vida’ é íntimo e profundo, como destacou São João Paulo II na Encíclica".
"Hoje, nos encontramos oferecendo de novo esse ensinamento no contexto de uma pandemia que ameaça a vida humana e a economia mundial", enfatizou Francisco.
Essa situação “nos faz sentir-nos ainda mais comprometidos com a palavra com a qual começa a Encíclica. É esta: O Evangelho da vida está no coração da mensagem de Jesus. Acolhido pela Igreja cada dia com amor, é anunciada com fidelidade corajosa como boa nova para os homens de toda época e cultura".
O Papa insistiu que este Evangelho da vida “deve ser anunciado de forma prioritária. E penso com gratidão no testemunho silencioso de tantas pessoas que, de várias maneiras, estão se sacrificando a serviço dos doentes, dos idosos, de quem é só e mais indigente. Colocam em prática o Evangelho da vida, como Maria que, ao acolher o anúncio do anjo, foi ajudar a prima Isabel”.
Enfatizou que "a vida que somos chamados a promover e defender não é um conceito abstrato, mas se manifesta sempre numa pessoa em carne e osso: uma criança recém-nascida, um pobre marginalizado, um doente sozinho e desanimado ou em estado terminal, aquele que perdeu um emprego ou não consegue encontrá-lo, um migrante rejeitado ou segregado”.
"Todo ser humano é chamado por Deus a gozar da plenitude da vida", lembrou, "e sendo confiado à preocupação materna da Igreja, toda ameaça à dignidade e à vida humanas repercute no coração da Igreja, nas suas ‘vísceras’ maternas”.
Denunciou que “os atentados à dignidade e à vida das pessoas continuam, infelizmente, nesta nossa era, que é a era dos direitos humanos universais; Estamos diante de novas ameaças e nova escravidão, e a legislação nem sempre oferece a proteção da vida humana para os mais fracos e vulneráveis”.
“A mensagem da Encíclica Evangelium vitae, portanto, é mais atual do que nunca. Para além das emergências, como a que vivemos, trata-se de agir no plano cultural e educativo para transmitir às gerações futuras a atitude de solidariedade, do cuidado e do acolhimento, sabendo que a cultura da vida não é patrimônio exclusivo dos cristãos, mas pertence a todos aqueles que, lutando pela construção de relacionamentos fraternos, reconhecem o valor próprio de cada pessoa, mesmo quando são frágeis e sofrem”.
O Papa Francisco concluiu sua catequese repetindo que “toda vida humana, única e irrepetível, constitui um valor inestimável. Isto deve ser anunciado sempre novamente, com a coragem da palavra e a coragem das ações. Isso exige solidariedade e amor fraterno pela grande família humana e por cada um de seus membros".
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
ACI Digital

terça-feira, 24 de março de 2020

Assis: Missa no túmulo de São Francisco pelo fim da pandemia

Basílica de São Francisco em Assis
Basílica de São Francisco em Assis
“Assis, sente sua responsabilidade de testemunhar esperança, consolo e alegria”. Palavras do arcebispo Dom Domenico Sorrentino bispo de Assis na celebração eucarística no Túmulo de São Francisco, confiando ao Padroeiro da Itália este momento tão difícil.

Jean-Baptiste Sourou/Jane Nogara – Assis

No domingo 22 de março, o bispo de Assis dom Domenico Sorrentino presidiu uma celebração eucarística no Túmulo do Santo Padroeiro da Itália, São Francisco de Assis. O bispo pediu ao santo a sua intercessão neste momento difícil e o fim da pandemia em todo o mundo. Na ocasião afirmou: “Assis, marcada pelo seu carisma sente nestes dias toda a tristeza pela Itália, mas também toda a sua responsabilidade de testemunhar esperança, consolo e alegria”.

Homem, saúde, economia

A celebração contou com a participação em streaming de muitos jovens que deveriam participar exatamente nestes dias do evento “A Economia de Francisco”, desejado pelo Papa Francisco em Assis. O arcebispo Sorrentino recordou que “a crise do coronavírus mostrou mais uma vez como tudo está relacionado, e o aspecto da saúde pública é inevitavelmente ligado ao aspecto econômico”. Esta grande prova, explicou, "nos obriga a tomar consciência de que, mesmo com toda a tecnologia e ciência do nosso tempo, é suficiente um vírus para mudar completamente nossas vidas, nosso modo de viver”. Com esta consciência, torna-se mais do que nunca urgente “uma economia que seja cada vez mais marcada por critérios de inclusão e de fraternidade”, reiterou. Dom Sorrentino desejou então que o encontro destes dias, “A Economia de Francisco”, adiado para novembro “possa se realizar com entusiasmo ainda maior iluminado pelos problemas que esta crise mundial está fazendo surgir”.

A súplica ao Santo Padroeiro

No final da celebração eucarística, o bispo de Assis fez uma súplica particular a São Francisco pela Itália e pelo mundo, pela cura dos que são atingidos pelo vírus, pelos que estão cuidando deles, pelos problemas do momento, para que possamos ir ao encontro do futuro unidos e animados pela confiança e esperança.
Na ocasião estavam em comunhão espiritual com o Túmulo de São Francisco a comunidade dos Frades da Custódia da Terra Santa e o arcebispo Pierbattista Pizzaballa, Administrador Apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém.

Vatican News

Santa Catarina da Suécia, padroeira das virgens

REDAÇÃO CENTRAL, 24 Mar. 20 / 05:00 am (ACI).- Santa Catarina da Suécia foi a quarta filha de Santa Brígida, padroeira da Europa. É uma religiosa considerada a santa padroeira das virgens e, geralmente, é representada com um cervo selvagem ao seu lado, o qual, segundo a tradição, vinha ajudá-la quando jovens sem castidade tentavam atrapalhá-la.

Foi uma mulher simples e pobre que dedicou muitas horas do dia à meditação da paixão e morte de Cristo, à oração dos salmos penitenciais e ao Ofício da Virgem Maria. Costumava visitar os pobres e enfermos nos hospitais, realizava trabalhos domésticos e rezava nos lugares de culto.
Catarina nasceu na Suécia, em 1331 ou 1332. Aos 7 anos, foi encarregada à abadessa do convento de Risberg para que continuasse recebendo a educação católica compartilhada por seus pais. Foi assim que cresceu nela um desejo para a vida de automortificação e consagração total a Deus.
Apesar disso, aos 13 anos, seu pai decidiu casá-la com um nobre de ascendência alemã, Eggart von Kürnen. Depois do casamento, Catarina persuadiu seu esposo – que era crente – a manter um voto de castidade, o qual cumpririam até o final.
Em 1349, depois do falecimento de seu pai, Catarina chegou a um acordo com seu marido e partiu junto com Santa Brígida (sua mãe) em uma peregrinação para venerar os túmulos de São Pedro e São Paulo, em Roma.
Ao chegar, recebeu a notícia de que seu esposo tinha morrido e, tempos depois, recusou qualquer oferta de casamento. Foi assim que Catarina decidiu viver com sua mãe, imitando fervorosamente sua vida ascética e sua pertença a Deus.
Em 1372, Catarina e seu irmão Birger acompanharam sua mãe a uma peregrinação à Terra Santa. Brígida faleceu logo após seu retorno a Roma e seu corpo foi enviado à Suécia para que fosse enterrado em Vadstena, no convento onde fundou a Ordem do Santíssimo Salvador.
Catarina viveu e dirigiu o convento que sua mãe fundou até 1375, quando regressou a Roma para promover sua canonização. Apesar de não obter resultados, conseguiu a ratificação na aprovação das regras da ordem brigidina, por volta de 1378.
Após cinco anos, voltou para sua terra natal e a Diocese lhe entregou formalmente a direção da nova ordem religiosa. Pouco tempo depois, ficou doente e faleceu em 24 de março de 1381. Em 1484, Inocêncio VIII deu permissão para sua veneração como santa. Sua festa é celebrada pela Igreja em 24 de março.
ACI Digital

segunda-feira, 23 de março de 2020

"As pessoas abandonarão a Igreja se a Igreja as abandonar durante a epidemia" diz secretário do Papa

Padre Yoannis e Papa Francisco
Foi divulgada uma carta que o Padre Yoannis Lahzi Gadi, secretário do Papa Francisco, enviou a um grupo de sacerdotes. A carta, que foi aprovada pelo Papa, é um apelo a que todos os sacerdotes abandonem a epidemia do medo e comecem a agir segundo a lógica de Deus e não segundo a lógica dos homens: 
Quo vadis, Domine? (Senhor, para onde vais?)
É um episódio atribuído ao apóstolo Pedro que, segundo a tradição, fugiu de Roma para escapar das perseguições de Nero, teria encontrado Cristo, que carregava uma cruz nos ombros e ia na direcção de Roma. Pedro perguntou a Jesus: “Domine, quo vadis?” (Senhor, para onde vais?) E à resposta de Jesus: “Eo Romam iterum crucifigi.” (Vou a Roma para ser crucificado novamente.) Pedro compreendeu que tinha de voltar para Roma para enfrentar o martírio.
Pedro tinha, humanamente falando, todo o direito de escapar para salvar a sua vida da perseguição e talvez fundar outras comunidades e outras igrejas, mas, na realidade, de acordo com a lógica do mundo, as pessoas agiam como Satanás, ou seja, pensando como homens e não segundo Deus. Jesus, voltando-se, disse a Pedro:
“Vai-te da minha frente, Satanás, porque os teus pensamentos não são os de Deus, mas os dos homens.” (Mc 8, 33).
Cristo, no Evangelho de João, ao falar do “Bom Pastor” e do mercenário, chama a Si mesmo de “Bom Pastor”, que não apenas cuida das ovelhas, mas conhece-as pessoalmente e dá, até, a vida por elas. Jesus é o “guia” seguro das pessoas que procuram o caminho que conduz a Deus e aos irmãos.
Na epidemia do medo que todos estamos enfrentando, por causa da pandemia de corona vírus, todos corremos o risco de nos comportarmos como mercenários e não como pastores.
Não podemos e não devemos julgar, mas vem-nos à mente a imagem de Cristo, que encontra Pedro assustado e iludido, não para o censurar mas para ir morrer em seu lugar. Pensamos em todas as almas amedrontadas e abandonadas porque nós, pastores, seguimos as instruções civis – o que é correcto e certamente necessário neste momento para evitar o contágio – mas corremos o risco de deixar de lado as instruções divinas – o que é um pecado.
Pensamos como homens e não segundo Deus, colocamo-nos entre os assustados e não entre os médicos, enfermeiros, voluntários, trabalhadores e pais da família que estão na linha de frente. Penso nas pessoas que vivem alimentando-se da Eucaristia, porque acreditam na Presença Real de Cristo na Sagrada Comunhão. Penso nas pessoas que agora devem ser contentar-se com seguir a transmissão da Missa em streaming. Penso nas almas que precisam de conforto espiritual e de se confessar. Penso nas pessoas que certamente abandonarão a Igreja, quando esse pesadelo acabar, porque a Igreja as abandonou quando precisavam.
É bom que as igrejas permaneçam abertas. Os padres devem estar na linha de frente. Os fiéis devem encontrar coragem e conforto olhando para os pastores. Os fiéis devem saber que, a qualquer momento, podem correr a refugiar-se nas igrejas e paróquias e encontrá-las abertas e prontas para os acolher. A Igreja deve ser chegar às pessoas também através de um “número verde” para o qual a pessoa possa ligar para ser consolada, pedir combinar uma confissão, para receber a Sagrada Comunhão comunicado ou para que seja dada a entes queridos.
Devemos aumentar as visitas às casas, casa por casa, usando todas as precauções necessárias para evitar o contágio; nunca nos fechando mas sim vigiando. Caso contrário, acontece que são entregues nas casas as refeições, as pizzas, mas não a Comunhão, especialmente a pessoas idosas, doentes e carentes. Acontece que supermercados, quiosques e tabacarias permanecem abertos, mas não as igrejas.
O Governo tem o dever de garantir cuidado e apoio material às pessoas, mas nós temos o dever de fazer o mesmo com as almas. Que nunca se diga: “Eu não vou a uma igreja que não me veio visitar quando eu precisava”.
Portanto, aplicamos todas as medidas necessárias, mas não nos deixamos condicionar pelo medo. Peçamos a Graça e a coragem de nos comportarmos segundo Deus e não segundo os homens!
Don Yoannis Lahzi Gadi


São Turíbio de Mogrovejo, padroeiro do Episcopado latino-americano

REDAÇÃO CENTRAL, 23 Mar. 20 / 05:00 am (ACI).- No dia 23 de março é celebrada a festa de São Turíbio de Mogrovejo, padroeiro do Episcopado latino-americano e chamado “Santo Padre da América”. Defendeu os indefesos e explorados durante a colônia espanhola na América e convocou vários sínodos e concílios que renderam bons frutos ao Vice-reino do Peru.

Crismou Santa Rosa de Lima, São Mantinho de Lima e São João Macías e contou com o apoio do missionário São Francisco Solano.
Turíbio Afonso de Mogrovejo nasceu na Espanha por volta de 1538. Estudou direito e foi professor na Universidade de Salamanca. Sendo leigo, o rei Felipe II o nomeou juiz principal da Inquisição em Granada.
Por suas qualidades humanas e sua virtude, o rei o propôs ao Papa Gregório XIII como Arcebispo de Lima, que naquela época correspondia agrande parte da América do Sul hispânica. Embora humildemente São Turíbio tenha resistido, com dispensa papal, recebeu as ordens menores e maiores, sendo consagrado Bispo em 1580.
Embarcou para a América e, ao chegar ao Peru, imediatamente se preocupou em restaurar a disciplina eclesiástica e enfrentou abertamente os conquistadores, pessoas de poder, assim como sacerdotes que tinham cometido ou permitido abusos contra os nativos.
Isso fez com que fosse perseguido pelo poder civil e que o caluniassem, mas ele seguiu em sua defesa pelos pobres, argumentando que a quem sempre se devia agradar era a Cristo e não ao Vice-rei.
Construiu igrejas, conventos, hospitais e abriu o primeiro seminário na América Latina que se mantém até hoje. Estudou as línguas e dialetos locais para poder estar mais próximo de seus fiéis e comunicar-se com eles, o que favoreceu no incremento das conversas.
A fim de evangelizar, viajou por cidades e lugares afastados, caminhando ou a cavalo, muitas vezes sozinho e expondo-se às doenças e aos perigos. Certo dia, um mendigo se aproximou dele e, como não tinha o que lhe dar, o santo lhe entregou sua camisa.
Convocou três concílios ou sínodos provinciais e ordenou imprimir o catecismo em quéchua e aymara. Além disso, celebrou treze sínodos diocesanos que ajudaram ao cumprimento das normas do Concílio de Trento e à independência da Igreja em relação ao poder civil.
Aos 68 anos, São Turíbio ficou doente e partiu para a Casa do Pai, na Quinta-feira Santa, 23 de março de 1606. Em seu testamento, deixou a seus empregados seus bens pessoais e aos pobres o resto de suas propriedades. São João Paulo II o declarou padroeiro do Episcopado latino-americano.
ACI Digital

Qual pode ser a pior tentação do diabo na Quaresma?

Imagem referencial / Foto: Pixabay (Domínio Público)
Lima, 20 Mar. 20 / 05:00 am (ACI).- No tempo da Quaresma, os quarenta dias de preparação para viver a Semana Santa, os fiéis católicos podem enfrentar uma tentação grave: desafiar Deus.
Em declarações à EWTN Notícias em 2018, Pe. Samuel Bonilla, sacerdote conhecido nas redes sociais e no YouTube como “Padre Sam”, advertiu que “desde sempre” existe a tentação “de querer desafiar Deus”.
Recordou que essa tentação foi “a que o inimigo coloco para Jesus quando estava no deserto: ‘Se você é o Filho de Deus’. Mas essa tentação agora está com outro tipo de linguagem: ‘Se você é católico, se você é cristão, se você vai à igreja, então, por que permite isso? Se Deus é poderoso, por que ele permite isso?”.
“Essa tentação de desafiar Deus, acho que sempre estará presente ao longo de toda a história”.
Segundo Pe. Sam, o próprio Jesus nos ensina a resposta para esta tentação no Evangelho. “Não com a nossa inteligência. Não só com nossas capacidades. Mas com a Palavra de Deus”.
“Não se dialoga com a tentação, responde-se com a Palavra de Deus”, sublinhou.
Pe. Sam também destacou a importância dos “três pilares” da Quaresma: o jejum, a oração e a esmola.
“Estas três ações que a Igreja sempre nos recomendou é a melhor maneira de viver a Quaresma”, que é “um tempo de preparação, um tempo de arrependimento”, assinalou.
ACI Digital

domingo, 22 de março de 2020

O Papa convida todos os cristãos a rezar juntos o Pai-Nosso na quarta-feira

Francisco convida os Chefes das Igrejas e os líderes de todas as Comunidades cristãs, junto a todos os cristãos das várias confissões, a invocar o Altíssimo, Deus Todo-Poderoso, recitando simultaneamente a oração que Jesus Nosso Senhor nos ensinou. “Queremos responder à pandemia do vírus com a universalidade da oração, da compaixão, da ternura”, afirma o Papa, que também na sexta-feira presidirá um momento de oração no patamar da Basílica Vaticana.
Raimundo de Lima, Silvonei José - Cidade do Vaticano
Nestes dias de provação, enquanto a humanidade treme pela ameaça da pandemia, gostaria de propor a todos os cristãos unir suas vozes rumo ao Céu: disse o Pontífice na saudação após a oração mariana do Angelus, este domingo (22/03), recitada na Biblioteca do Palácio Apostólico - como tem feito excepcionalmente neste período, em tempos de coronavírus, sem fiéis na Praça São Pedro –, fazendo em seguida um forte convite para a próxima quarta-feira, 25 de março, solenidade da Anunciação do Senhor:
“Convido todos os Chefes das Igrejas e os líderes de todas as Comunidades cristãs, junto a todos os cristãos das várias confissões, a invocar o Altíssimo, Deus Todo-Poderoso, recitando simultaneamente a oração que Jesus Nosso Senhor nos ensinou. Portanto, convido todos a recitar o Pai-Nosso ao meio-dia da próxima quarta-feira, 25 de março. No dia em quem muitos cristãos recordam o anúncio da Encarnação do Verbo à Virgem Maria, que o Senhor possa ouvir a oração unânime de todos os seus discípulos que se preparam para celebrar a vitória de Cristo Ressuscitado.”


Vatican News

4º DOMINGO DA QUARESMA - Ano "A": ALEGRA-TE PELA LUZ DO MUNDO

Cardeal Dom Sérgio da Rocha
Administrador Apostólico da
Arquidiocese de Brasília
O 4º Domingo da Quaresma é denominado Laetare, palavra latina correspondente ao início da antífona de entrada da missa: “Alegra-te!”, conforme anuncia o profeta Isaías: “Alegra-te Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria! Sacia-vos com a abundância de suas consolações” (Is 66,10s).
A cura do cego de nascença, narrada pelo Evangelho segundo João (9,1-41), ocorre no contexto da festa das Tendas ou dos Tabernáculos, uma das maiores festas em que o povo peregrinava para Jerusalém, recordando o modo como Israel viveu no deserto após a libertação da escravidão no Egito. Durante a festa, os sacerdotes tiravam a água da piscina de Siloé para derramá-la sobre o altar e durante a noite Jerusalém era iluminada por tochas acesas, especialmente no átrio do templo.
A narrativa joanina ressalta a água e a luz, que são símbolos batismais. O homem cego foi lavar-se nas águas da piscina de Siloé, cujo nome significa “Enviado”, um dos títulos messiânicos de Jesus. Na fonte batismal, somos lavados e recebemos a vida nova em Cristo. Para curar aquele homem, Jesus utiliza a terra e a saliva, formando o barro, que nos recorda a criação do ser humano, descrita pelo Gênesis. Mediante o batismo, somos recriados, pois nele ocorre um novo nascimento, uma nova criação.
Na figura do cego está representado cada um de nós. Somos levados à fonte batismal; nela, somos purificados e passamos a enxergar com a luz da fé, ao aceitar Jesus como “a luz do mundo” (Jo 8,12). O que foi curado da cegueira, ao encontrar-se com Jesus, exclamou: “Eu creio, Senhor!” (Jo 9,38). O texto nos mostra que para chegar a esta atitude, ele percorreu um itinerário de crescimento e purificação na fé, que se repete na vida de quem é conduzido à fonte batismal. Quando questionado sobre quem o havia curado, ele se referiu primeiramente “àquele homem chamado Jesus”, chamando-o depois de “profeta”, para finalmente prostrar-se diante de Jesus, numa atitude de fé e adoração, reconhecendo-o como o “Senhor”.
O que se passa na celebração do batismo se estende ao longo da vida batismal. Renascidos pelo batismo e iluminados por Cristo, somos chamados a viver como “luz no Senhor”, como “filhos da luz”, renunciando às “obras das trevas” e produzindo os “frutos da luz” indicados por São Paulo: “bondade, justiça e verdade” (Ef 5,8-9). Aproveite esta Quaresma para acolher a luz, que é Cristo, dedicando-se mais à oração e à escuta da Palavra. Busque o perdão e a reconciliação pelo sacramento da Penitência.
Folheto: O Povo de Deus/Arquidiocese de Brasília

Hoje é celebrado o quarto Domingo da Quaresma

REDAÇÃO CENTRAL, 22 Mar. 20 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 22 de março, a Igreja celebra o quarto Domingo da Quaresma. O Evangelho de hoje, retirado de João 9,1.6-9.13-17.34-38, traz a história do cego de nascença, ao qual Jesus recuperou a visão e que, assim, passou das trevas à luz.

A seguir, leia e reflita o Evangelho deste quarto Domingo da Quaresma:
Jo 9,1.6-9.13-17.34-38
Naquele tempo, 1 ao passar, Jesus viu um homem cego de nascença. 6 E cuspiu no chão, fez lama com a saliva e colocou-a sobre os olhos do cego. 7 E disse-lhe: “Vai lavar-te na piscina de Siloé” (que quer dizer: Enviado). O cego foi, lavou-se e voltou enxergando.
8 Os vizinhos e os que costumavam ver o cego — pois ele era mendigo — diziam: “Não é aquele que ficava pedindo esmola?” 9 Uns diziam: “Sim, é ele!” Outros afirmavam: “Não é ele, mas alguém parecido com ele”.
Ele, porém, dizia: “Sou eu mesmo!”
13 Levaram então aos fariseus o homem que tinha sido cego. 14 Ora, era sábado, o dia em que Jesus tinha feito lama e aberto os olhos do cego. 15 Novamente, então, lhe perguntaram os fariseus como tinha recuperado a vista. Respondeu-lhes: “Colocou lama sobre os meus olhos, fui lavar-me e agora vejo!”
16 Disseram, então, alguns dos fariseus: “Esse homem não vem de Deus, pois não guarda o sábado”. Mas outros diziam: “Como pode um pecador fazer tais sinais?”
17 E havia divergência entre eles. Perguntaram outra vez ao cego: “E tu, que dizes daquele que te abriu os olhos?” Respondeu: “É um profeta”.
34 Os fariseus disseram-lhe: “Tu nasceste todo em pecado e estás nos ensinando?” E expulsaram-no da comunidade.
35 Jesus soube que o tinham expulsado. Encontrando-o, perguntou-lhe: “Acreditas no Filho do Homem?” 36 Respondeu ele: “Quem é, Senhor, para que eu creia nele?” 37 Jesus disse: “Tu o estás vendo; é aquele que está falando contigo”. Exclamou ele: 38 “Eu creio, Senhor!” E prostrou-se diante de Jesus.
ACI Digital

sábado, 21 de março de 2020

Como se preparar para a missa em casa durante a quarentena imposta pelo coronavírus

Missa no Lar | diocese-sjc.org
Em 19 de março, dia de São José, padroeiro da Cidade de Alto Piquiri (PR), na Diocese de Umuarama (PR), a missa foi transmitida pelas redes sociais da Paróquia São José. A missa foi presidida pelo padre Mário Augusto Sartori e concelebrada pelo padre Antônio Murilo Macedo da Luz. Devido à pandemia do COVID-19, não foi permitida a presença da comunidade.
Segundo o padre Mário tudo isso é uma provocação de Deus. “Isso também é um evangelho, a quaresma deste ano estarmos evangelizando dessa forma, nessa situação, optamos por enfrentar isso com fé. Por ser dia do nosso Padroeiro, feriado, e porque Deus é maior e Senhor de todas as coisas, fizemos um momento de adoração ao Santíssimo Sacramento. Eu andei pela Igreja, pelos bancos, corredores, dei a bênção para quem nos acompanha de casa e seguimos numa carreata por três horas pelas ruas da cidade”, explicou.
Como na cidade de Alto Piquiri, em muitos outros lugares a missa está sendo transmitida pela internet e também por todas as emissoras de tv de inspiração católicas (conforme programação abaixo).
O assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Leonardo José Pinheiro, recorda que há na orientação dos bispos, ao acolher as indicações das autoridades e profissionais da saúde, a dispensa da obrigatoriedade de participar fisicamente das celebrações dominicais nas comunidades. As missas nos meios de comunicação, segundo padre Leonardo, “se tornam, ainda mais neste momento, instrumentos eficazes de ‘reunir’ todos, cada um em suas casas, sobretudo os idosos, em torno da Palavra de Deus”.
Inspirada no Santuário de Schoenstatt de Belmonte, em Roma, a diocese de Jundiai (SP) elaborou 10 dicas importantes para orientar os fieis a se prepararem para as celebrações à distância, transmitidas pela internet ou pela TV.
  1. Prepara a tua mente
    Não é uma transmissão qualquer. É a Missa. Toma consciência do que será transmitido.
  2. Prepara o teu espírito
    Entra no clima como se estivesse entrando na Igreja. Convida o Senhor para visitar a tua casa.
  3. Preparar o teu corpo
    Que o exterior corresponda ao interior. Tira o pijama! Levante-te da cama. Arruma-te!
  4. Prepara a tua casa
    Cria um ambiente celebrativo: toalha na mesa, uma vela, o crucifixo, a Bíblia aberta. Tua casa é a Igreja doméstica.
  5. Evangelize
    Reúna tua família para rezarem juntos: nada de barulho, distrações ou conversas paralelas.
  6. Participe ativa e efetivamente
    Respondam e cante juntos a transmissão.
  7. Liturgia da Palavra
    Escute a Palavra de Deus com o coração aberto: ouça ou acompanha as leituras na Bíblia, nos subsídios ou mesmo nos aplicativos de celular.
  8. Liturgia Eucarística
    Cristo se faz presente com seu corpo, sangue, alma e divindade! Na consagração, coloquem-se de joelhos, adorando piedosamente o Senhor.
  9. A Comunhão Espiritual
    Reze a seguinte oração, enquanto o padre comunga por si e pela comunidade paroquial.
    “Meu Jesus, 
    eu creio que estais presente 
    no Santíssimo Sacramento.Amo-Vos sobre todas as coisas
    e minha alma suspira por Vós, mas, 
    como não posso receber-Vos agora, 
    no Santíssimo Sacramento,
    vinde ao menos espiritualmente
    a meu coração.Abraço-me convosco
    como se já estivésseis comigo:
    uno-me convosco inteiramente.
    Não permitais que eu algum 
    dia me separe de Vós.Ó Jesus, sumo bem
    e doce amor meu,
    inflamai meu coração,
    a fim de que esteja
    para sempre abrasado
    em Vosso amor.
    Amém!”(Oração atribuída a Santo Afonso Maria de Ligório)
  10. Começa a nossa missão
    Encaminha o link da transmissão das missas para outras pessoas que não puderam acompanhar ao vivo. Anuncie o Querigma, compartilhando uma palavra de ânimo, de acordo com a Liturgia da Palavra, nos grupos que você faz parte.

Missas nos meios de comunicação

A Pastoral da Comunicação (Pascom-Brasil) fez um levantamento junto às emissoras de televisão de inspiração católica para divulgar dias e horários das missas televisionadas (confira abaixo). Algumas destas emissoras também oferecem a transmissão pela internet.
O assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Leonardo José Pinheiro, recorda uma forma de estar em oração e em sintonia com a Igreja é por meio da meditação da Liturgia Diária sozinho ou em família: “mas é bom lembrar, sem aglomerações ou sem reunir gente de fora”, destaca padre Leonardo. Neste Tempo da Quaresma, além da liturgia do dia, é possível intensificar a leitura e meditação da Palavra de Deus, o terço e a Via Sacra.

Comunhão Espiritual

“Todos são chamados, mesmo não comungando concretamente como fariam se estivessem nas celebrações, a fazer sua comunhão espiritual, isto é, no momento da comunhão em suas casas unirem seu coração com toda a igreja cultivando no coração o desejo de estar recebendo o corpo do Senhor e juntando sua prece às preces de toda a Igreja, sobretudo para que se supere logo este momento da pandemia que estamos enfrentando. Estaremos assim unidos pela força da fé e pelas ondas dos meios de comunicação”, orienta o assessor da Comissão para a Liturgia da CNBB.

Restrições a aglomerações

Pensando na prevenção ao novo coronavírus e acatando determinações e orientações das autoridades, dioceses brasileiras têm dispensado os fiéis do preceito dominical e determinado que os padres celebrem de forma privada. Essas medidas significam que as missas com participação do povo de Deus estão suspensas e os padres celebrarão sozinhos. Até o 12h de 20 de março, 33 arquidioceses, 82 dioceses, 2 prelazias e a administração apostólica pessoal São João Maria Vianey que suspenderam as missas com público.

TV Aparecida

Domingo: 8h e 18h (Missa de Aparecida)
Segunda a sexta-feira: 6h45, 9h e 18h (Missa de Aparecida)
Sábado: 6h45 (Missa de Bom Jesus da Lapa) / 9h e 18h (Missa de Aparecida)

TV Canção Nova

Domingo a Domingo – 7h (Santuário Pai das Misericórdias)
Segunda-feira: 7h (Santuário), 15h30 (Santuário), 19h30 (SP – Paróquia Santa Cândida)
Terça, quarta e sexta-feira: 7h e 20h (Santuário)
Quinta: 7h, 16h30 (Santuário) e 20h (TV CN de Aracaju) [no dia 19/3, será às 19h30]
Domingo: 6h, 8h, 10h e 17h30
Segunda a sexta-feira: 7h e 19h30
Quarta-feira – Horário Especial: 9h
Sábado: 7h e 17h30

Rede Vida

Domingo: 8h e 17h30
Segunda a sexta: 6h55, 9h e 19h
Sábado: 7h, 9h, 15h e 17h30

TV Século 21

Domingo: 16h
Segunda a sábado: 7h45
Sexta-feira: 19h30
CNBB

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF